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AS DIFICULDADES DO ENSINO E APRENDIZAGEM NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

Autor: Clicia Maria Silva da Cruz 1

Tutor externo: Sandra Mara Alcioles do Nascimento 2

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

PED(4787) – Estágio Curricular Obrigatório I.

29/06/2022

RESUMO

O presente trabalho apresenta reflexões a respeito das dificuldades de ensino e


aprendizagem, abordando suas causas, como detectá-las, a importância da escola,
professor e família para uma aprendizagem significativa. A pesquisa se funda em
relatos de experiência da vivência do estagio Supervisionado do Curso de Pedagogia
ao qual foi detectada a problemática em questão. Com o intuito de contribuir e alertar
sobre os impactos causados por fatores que vão de um profissional da educação não
hábil a família e vida do estuante no processo de ensino e aprendizagem das crianças
em fase de educação infantil, ressaltando a importante presença do psicopedagogo
nas instituições de ensino . O estudo parte do entendimento da Pedagogia como uma
prática social transformadora o que necessariamente influencia a organização e
transformação das práticas educativas e consequentemente as práticas docentes.

Palavras-chave: Educação Infantil. Dificuldade de ensino e aprendizagem. Educação


significativa.

1 INTRODUÇÃO

Sabemos que nas últimas décadas escolas, educadores e educandos estão


passando pelas dificuldades de ensino e aprendizagem que muitas das vezes acaba

1
Acadêmico do Curso de Licenciatura em Pedagogia; E-mail: klissiasilva82@gmail.com
2
Tutor Externo do Curso de Licenciatura em Pedagogia – Polo Av. Boulevard Pedro Rates, 0 -
69400000 - MANACAPURU / AM; E-mail: @uniasselvi.com.br
sendo levadas ao acaso, esquecimento e descuido. Nos últimos anos ouve um elevado
índice de fracasso escolar devido a problemas de aprendizagem, levando a uma
educação fragilizada em que o aluno vai pulando de série em série sem saber o básico
da educação como ler e escrever, as consequências são sentidas nos anos finais do Ens.
Fundamental e do Ens. Médio.

Mediante o assunto em questão, o presente trabalho busca refletir, discutir,


analisar e detectar as causas e fatores que contribuem para as causas das inúmeras
dificuldades de ensino e aprendizagem ao qual tem impactado na educação do brasil.
Ressaltar a importante presença do psicopedagogo nas instituições de ensino e
oportunizar atividades que promovam aprendizagem significativa. Partindo da
experiência vivenciada no decorrer do estágio realizado na escola Centro Educacional
Prof. Sandra Burga, onde foi possível perceber as dificuldades de aprendizagem de
alguns alunos. Desta forma a problematização se baseia em verificar e descobrir formas
apropriadas para lidar com as dificuldades de aprendizagem e ainda o fundamental e
diferencial papel do educador em uma educação significativa.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

A pesquisa focalizou em explorar dificuldades de aprendizagem, que não se


originam apenas pelos transtornos da criança, mas que podem também se originar de
problemas escolares, expor fatores que prejudicam a boa aprendizagem, visando evitar
esses processos que constroem as dificuldades do conhecimento.
A escolha do tema surgiu ao identificar durante o estagio dificuldades no ensinar
e aprender, dificuldades essas que são a causa do elevado índice de fracasso escolar nos
anos iniciais. Os estudiosos afirmam que uma educação infantil de qualidade contem
um grande resultado no desenvolvimento da criança, influenciando positivamente na
sua vida futura.
Mas como ter uma educação significativa diante de tantas descobertas,
inseguranças, falta de ens. de qualidade, profissionais não haptos e ausência de boa
estrutura familiar e pedagogia. Tudo isso engloba uma série de questões que vão de uma
politica comprometida com a educação e escolas preparadas para lidar com certas
situações.
Segundo (PILETTI, 2002) preconiza que:

O maior causador de problemas de aprendizagem é a escola, porque


geralmente não se preocupa em saber como é a vida do aluno fora do
âmbito escola, ou seja, como é sua vivência em família, se há
dificuldades financeiras ou emocionais no convívio familiar, ou se
apresenta algum distúrbio neurológico que podem levar a criança a
desenvolver problemas na aprendizagem.

O início da vida escolar não é fácil. A criança passa a enxergar a transformação


de sua vida a partir do momento em que sai de casa, da companhia de sua família e vai
para um ambiente que para ela é desconhecido, com pessoas novas. É um passo
marcante onde é necessário que essa criança seja observada dentro e fora de sala de
aula, pelos professores e pais, formando uma parceria entre escola e família buscando o
melhor desenvolvimento e uma educação de qualidade, evitando assim traumas que
possam afetar sua vida educativa e aprendizagem.

Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva,


pois a muita coisa mais que a uma informação mútua: este
intercambio acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente,
em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida
ou das preocupações profissionais dos pais, ao proporcionar,
reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola, chega-
se até mesmo a uma divisão de responsabilidades […]. (PIAGET,
1998).

É papel do educador está atendo e acompanha seus alunos, identificar as


dificuldades, o que pode estar ocasionando no atraso, buscar formas de aprendizagem
para compreensão de todos. Ao observar a turma ele poderá traçar alternativas em busca
de resultados positivos, pois quando uma criança tem dificuldades de aprendizagem é
necessário primeiramente que essas dificuldades sejam identificadas.

Cada criança possui uma personalidade própria, todavia alguns educadores não
buscam compreender as dificuldades e realidade de seus educandos, talvez pela falta de
experiência, orientação ou até mesmo descuido. Um profissional despreparado acaba
culpando a família ou aluno pelo fato de querer desviar a culpa de uma criança não ter
aprendido. Conforme Oliveira(2014, p. 7). Uma das alternativas para suprir a
necessidade de educadores despreparados seria a incentivação e obrigação da formação
continuada, tirando professores da sua zona de conforto ao qual não busca
comprometimento de uma excelente educação como educador. A relação aluno-
professor é de inteira importância, criar vinculo, desperta interesse e principalmente
respeitar o ritmo de aprendizagem individual de seus alunos conscientizando a todos de
sua capacidade individual, a fim de cumprir a função social de seu trabalho enquanto
sujeito responsável pela educação e consequentemente pela transformação da sociedade.

É importante que o professor conheça seus alunos e saiba identificar


as dificuldades de aprendizagem que estes apresentem.
Desenvolvendo seu trabalho enquanto profissional responsável por
uma educação transformadora, dentro do âmbito escolar. (BARROS,
2001).

Segundo a BNCC a formação inicial e continuada do educador deve ser baseada


em três dimensões, que são: conhecimento, prática e engajamento. A dimensão do
conhecimento está relacionada ao domínio dos conteúdos. A prática refere-se a saber
criar e gerir ambientes de aprendizagem. A terceira dimensão, engajamento, diz respeito
ao comprometimento do professor com a aprendizagem e com a interação com os
colegas de trabalho, as famílias e a comunidade escolar. Para cada dimensão, estão
previstas quatro competências específicas. Esse documento aponta que na prática os
professores não dão a devida atenção ao como deverá ensinar, não valorizam as
didáticas e metodologia de ensino.

Existem vários fatores relacionados, como as condições de vida e subsistência,


as péssimas condições econômicas, a fome, a desnutrição; a falta de moradias
adequadas e de saneamento básico, que algumas crianças têm. O professor deve
observar a maturação, ritmo de aprendizagem e preferências de cada aluno, adequando
as aulas e atividades às características individuais destes. (PILETTI, 2002, p. 154).

Portanto Para que ocorra aprendizagem é necessário que o indivíduo seja


motivado, que tenha o desejo de aprender, ao educador cabe descobrir a rota de como
chegar ao estudante. O incentivo que ocorre em sala de aula deve ser suficientemente
forte e eficaz de forma a envolver o aprendiz na situação de aprendizagem,
oportunizando a ocorrência de mudanças desejáveis. E é nesse momento que o
Psicopedagogo é fundamental na educação, pois ele pode atuar em várias áreas de forma
terapêutica e preventiva, usando estratégias e soluções.

Cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no


processo de aprendizagem participar da dinâmica da comunidade
educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações
metodológicas de acordo com as características e particularidades
dos indivíduos do grupo, realizando processo de orientação. Já que
no caráter assistencial, o psicopedagogo participa de equipes
responsáveis pela colaboração de planos e projetos no contexto
teórico/pratico das políticas educacionais, fazendo com que os
professores, diretores e coordenadores possam repensar o papel da
escola frente a sua docência e às necessidades individuais de
aprendizagem da criança ou, da própria ensinagem (BOSSA, 1994, p
23).

Esse profissional considera a realidade dentro e fora da escola, ajudando a


promover mudanças que conduzem à superação progressiva das dificuldades de
aprendizagem, realizado dinâmicas com a sociedade educativa com intuito de
estabelecer troca e interação. Para o sucesso desse trabalho ser garantido o
psicopedagogo conta o auxílio da família, escola, professor e sociedade. Bossa(2000)
ressalta o acompanhamento do psicopedagogo e no contexto escolar que é
indispensável, ele tem muito o que contribuir para o bom andamento escolar.

Assim o planejamento deixará de ser teoria e se tornará uma prática em busca de


quebrar paradigmas promovendo a solução para os problemas encontrados, tanto de um
único individuo quanto de um grande grupo.

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

O estágio nos dá a oportunidade de analisar na prática, o aprendizado teórico que


vivenciamos ao longo do curso. No decorrer dessas semanas é posto em prática as
teorias e conhecimentos absorvidos para a análise do que se pode melhorar como
educador. É nesse momento que descobrimos os desafios de ser um educador, uma
experiência que de certa forma nos impulsiona a um caminho em nossa carreira como
docente.

Ao chegar na escola a pedagoga me recebeu calorosamente, me apresentou o


corpo docente e a escola, deu algumas orientações em relação a rotina, obrigações,
regras e deveres da instituição e me apresentou a turma ao qual realizaria o estagio. No
primeiro contato com a turma percebo seus olhares de curiosidade, um frio na barriga
toma de conta, os alunos nos olham como se fossemos deuses, alegres, carinhosos e
curiosos; de alguma forma eles sentiam que havia novidades.

A primeira coisa a me chamar atenção na escola foi o modo de como as crianças


são tratadas pelos educadores quando fazem birra, não fazem tarefa, ou conversam de
mais, a maioria dos docentes gritam com elas; por alguns dias senti que estava em uma
ditadura, não era só a forma de gritar em cima da criança mas também, a forma de
ensinar, As crianças tornaram o tipo de que só ouvem quando o professor grita, ao
questionar a forma como os educadores lidavam com tal situação, foi me retornado que
é preciso ter purso forte se não elas não obdecem. O que me fez indagar se elas não
foram acostumadas assim. Garcia (2020) diz que “Quando escolhem gritar, a criança
não presta atenção naquilo que eles estão dizendo, mas obedece pelo medo e o susto
causados pelo grito.” Isso explica o transtorno de aprendizagem de alguns alunos na
escola.

Durante as observações noto como a rotina é necessária para a organização do


cotidiano escolar, está que se faz necessário para o bom andamento das atividades,
apresentando funcionalidade para o trabalho pedagógico. De acordo com Barbosa(,
2006, p. 37): “as rotinas podem ser vistas como produtos culturais criados, produzidos e
reproduzidos no dia a dia, tendo como objetivo a organização da cotidianidade” .

Ao observar a prática docente da professora, uma característica que aparece


fortemente é o não respeitar o tempo de aprendizagem de cada aluno, nem todos
desenvolvem as atividades ao mesmo tempo ou não conseguem, em função disso a
mesma acaba por gritar e exigir algo que o aluno não está pronto para entregar. Para
Spinello(2014), afirma que cada criança é um ser único, tem o seu próprio jeito de
pensar, aprender e compreender tudo a sua voltá.

Cada ser humano aprende de uma forma diferente. Alguns aprendem


apenas olhando, outros precisam da fala, e outros ainda da escrita e
do manual. É preciso que o professor se esforce e repita o conteúdo
de formas diferentes. As pessoas associam fatos do seu dia a dia
outros já estudados por ela, sendo esta mais uma etapa da
aprendizagem. SE aprendermos a todo o momento, as dificuldades
também acontecem a todo o momento. (SPINELLO, 2014 p. 7).

Vejo que a mesma não busca mecanismo, nem outras formas de ensinar, como
se a pressão sobre o aluno fosse a única forma onde o colocasse em uma situação de
tudo ou nada; ou ele aprende ou aprende. Spinello(2014) preconiza ainda que “A
criança aprende com mais facilidade aquilo que lhe é concreto, pois o abstrato não lhe
chama muita atenção, nesta fase a emoção do conhecimento novo lhe transmite novas
habilidades”. Com essa atitude da professora percebo que muitas crianças se isolam,
tem medo do erro, do fracasso e muitas acabam por não progredir, pois com esses
padrões rígidos da escola levam a criança a desenvolver medo de errar e a estruturarem
uma identidade baseada na autocobrança. Chego a me questionar se por ser uma escola
particular ela tem essa atitude, se dá mesma forma que ela cobra os alunos ela é cobrada
dos diretores, mas não deveria a escola juntamente com o educador trabalhar as
dificuldades desses alunos?.

“[…] É preciso confortar as crianças e os adultos de que não vejam


nessa ilusão de controle uma base para se pensarem felizes. E a
escola deve entregar o gosto do saber, mas, ao mesmo tempo,
ensinar a conviver com o não saber. Tanto na escola quanto na
família, deveria se relativizar o que se entende por derrota. O erro na
escola deveria nos permitir ensinar que somos o que somos, e somos
feitos da maneira que somos por um erro. Digo como biólogo, toda a
evolução foi feita em cima do erro, toda arte e poesia foi feita, como
diria Manuel de Barros, no ato de ‘errar bonito’[…]”.(COUTO, 2020)

Neste contexto é importante salientar o papel da escola como um todo na vida


dos estudantes com dificuldades de aprendizagem, pois a mesma deve ser um ambiente
favorável tratando as dificuldades e facilitando o processo de aprendizado.

Durante duas semanas em que estive na escola percebo que não a metodologia
para sanar essas dificuldades de aprendizagem desses alunos, nem sequer um reforço.
Acabando por levar a frente um método que não está dando certo nem se desenvolve.
Vygotsky (1896-1934), esclarece que o educador deve ter estratégias diferentes para
atender os alunos, já que todos não detêm os mesmos conhecimentos nem aprende de
forma igual.

No que diz repeito a relação entre professor e aluno percebe-se que os mesmos
têm um ótimo relacionamento, porém quando o professor se torna exigente causa nos
alunos antipatia principalmente quando o método de ensino utilizado não contribui para
atrair o interesse. Ao questioná-la sobre as dificuldades dos alunos a mesma diz que é
por falta de acompanhamento dos pais, são crianças desassistidas e que a mesma já
havia conversado com os pais e pedido para que contribuíssem na educação dos filhos.
De acordo com Spinello(2014, p. 9) a família é de suma importância no processo de
aprendizagem, porém muitos dos pais não aceitam que seus filhos tenha alguma
dificuldade e é nesse processo que o Psicopedagogo é fundamental, pois ele traçara
mecanismos entre família, aluno e professor para esclarecer e sanar dúvidas existentes
em relação aos transtornos que seu filho possa ter.
Sem a contribuição da família no processo escolar da criança o risco
que ela corre é bem maior, pois além de problemas escolares terá na
vida como um todo. Se a família, o psicopedagogo e o professor
trabalharem juntos obterão melhor resultado diante do transtorno
apresentado, pois os mesmos são responsáveis pela aprendizagem e
não aprendizagem da criança. (SPINELLO, 2014, p. 8)

Diante disso é perceptivo como é importante a formação continuada de


educadores, e como profissionais precisam de uma orientação pedagógica eficiente para
lidar com situações como a que foi posta nessa pesquisa.

Partindo para a prática\regência procurei colocar em prática todo a teoria


aprendida, do modo a tratar a criança ao ensinar. As aulas se deram sobre as
dificuldades ao qual observei. Foi um pouco tenso no começo pois por ter traumas de
outros ensinos as crianças acabavam não se entregando as aulas por medo do erro, mas
com calma demonstrei que não tinha problema em errar, em alguns momentos foi
necessário sim chamar atenção mas sem a necessidade de gritar. Ao observar os
problemas de aprendizagem, planejei minhas aulas em cima do lúdico, com bastante
prática e conteúdos que estavam presentes no cotidiano dos alunos como por exemplo
as junções das vogais. “o trabalho docente deve ser pautado pelas vivências cotidianas
dos alunos, priorizando a ação destes e as interações professor-aluno, aluno - processo;”
(SANTOS,1990 p. 174).

Com isso notei que com música aqueles que tinha problemas na aprendizagem
demostravam mas interesse e consequentemente aprendiam ao conteúdo ministrado. Os
alunos que se isolavam finalmente interagiam com os outros colegas, procurei didáticas
ao qual trabalha-se principalmente em chamar a atenção do aluno a aprender.

As mudanças de estratégias de ensino podem contribuir para que


todos aprendam. Em alguns casos, as estratégias de ensino não
estão de acordo com a realidade do aluno. A prática do professor em
sala de aula é decisiva no processo desenvolvimento dos educandos.
Esse talvez seja o momento do professor rever a metodologia
utilizada para ensinar seu aluno, através de outros métodos e
atividades ele poderá detectar quem realmente está com dificuldade
de aprendizagem, evitando os rótulos muitas vezes colocados
erroneamente, que prejudicam a criança trazendo-lhe várias
consequências, como a baixa autoestima e até mesmo o abandono
escolar. “O que é ensinado e aprendido inconscientemente tem mais
probabilidade de permanecer” (COELHO, 1999 p. 12).
Portanto percebe-se que o ensinar e aprender andam juntos, e que se um aluno
não aprendi a um problema a ser resolvido. Fernandez(2001, p.29), “entre o ensinante e
o aprendente, abre-se um campo de diferenças ou se situa o prazer de aprender.” A
educação e o conhecimento é o bem mais precioso de um homem e o professor é o
principal agente transformador da realidade educacional.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

A experiência da vivência de estagio sem dúvida é um momento crucial, a


junção do conhecimento teórico com a prática docente em sala de aula é o ponta pé para
escolher um campo de atuação. Nós possibilita ter um olhar amplo e nos enche de
esperança ao ver que podemos mudar realidades e contribuir para uma aprendizagem
significativa.

Em face de tudo o que já foi descrito neste trabalho, pode-se afirmar que o
Estagio foi de muito proveito e essencial a formação acadêmica e principalmente ao
início da construção da identidade profissional, pois através deste é possível refletir
sobre os desafios e as possibilidades da inserção de um ensino de qualidade, além da
troca de experiências com pessoas que já estão a mas tempo nesse ramo, nos permitindo
observar detalhes e fazermos reflexões sobre nossa própria prática e métodos de aula.

Ao lecionar coloca-se em prática tudo o que se foi aprendido na universidade, a


insegurança e o sentimento de estar perdido faz parte da nossa própria aprendizagem,
visto que estamos em constante construção, e precisamos estar sempre atualizados. A
participação dos alunos, vê-los interessados nas aulas, participando das atividades e
principalmente aprendendo nos enche de orgulho, logo obtermos mais confiança em
nosso trabalho e passamos a nos sentir importante no processo de aprendizagem
daquelas crianças mesmo que por pouco tempo.

No que diz respeito as aulas ministradas, acredito que a turma conseguiu


absorver todo o conteúdo, foi gratificante ver os alunos ao qual tinham dificuldades
progredirem tanto em tão pouco tempo, tornando desta forma a aprendizagem
significativa. Através desta compreendo que algumas dificuldades apresentadas pelos
educandos poderiam ser reduzidos através de um acompanhamento do professor ou
mesmo recursos didáticos mas interessante. Umas das dificuldades encontradas foi a
falta de material multimídia ao qual tive que improvisar para minha regência, com isso
concluo que a realidade escolar é bastante dinâmica, repleta de imprevistos e como
futuros professores temos que estar preparados para nos doar ao máximo e saber lidar
com improvisos e mudanças no planejamento das atividades pedagógicas.

Em tese, essa vivência é indispensável para a formação docente visto que


contribui para o desenvolvimento do pensamento criativo nos tornando aptos a buscar
soluções, com flexibilidade e autonomia, além de nos auxiliar caracterizando o campo
de atuação do futuro professor. Levando em consideração os aspectos observados, pode-
se notar que as dificuldades de aprendizagem não devem ser atribuídas somente a
fatores externos, como também a fatores internos como os métodos de ensino, a falta de
materiais didáticos apropriados, condições psicológicas do aluno entre outros fatores.
Contudo é necessário um trabalho mutuo para sanar essa deficiência na
aprendizagem, governo, escola, professor e família, todos juntos pra uma educação
estruturada que possa desenvolver aprendizagem e conhecimento, com maior incentivo,
professores bem preparados, já que estes têm direito à educação e orientação
educacional.

REFERÊNCIAS
BARROS, Célia Silva Guimarães. Pontos de Psicologia do Desenvolvimento. 12.ed.
São Paulo: Ática, 2001.
BOSSA, Nádia. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto
Alegre: Artes Médicas Sul, 1994.
COELHO, Maria Teresa. Problemas de aprendizagem. Editora Ática, 1999.
COUTO, Mia. conversa sobre infância, sentimentos e a importância da literatura
na construção das relações. 30 de outubro de 2020. Disponível em:
<https://porvir.org/o-medo-de-errar-e-talvez-o-maiordosconstrangimentosquenosforam
impostos/>. Acesso em: 26/06/2022.
FERNÁNDEZ, A. A inteligência aprisionada; abordagem psicopedagógica clínica
da criança e sua família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Formação de professores será norteada pelas
regras da BNCC. 19 de Dezembro de 2018. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/component/content/article/211-noticias/218175739/72141for
macao-de-professores-sera-norteada-pelas-regras-da-bncc?Itemid=164>. Acesso em: 24
de junho de 2022.
OLIVEIRA, Josivania Feliciano. Dificuldades de Aprendizagem na Educação
Infantil. In. Universidade Estadual da Paraiba – UEPB. Disponível em:
<http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/6909/1/PDF%20%20Josivani
%20Feliciano%20de%20Oliveira.pdf>. Acesso em: 27/06/2022.
PIAGET, J. Problema de psicologia genética. Rio de Janeiro: Forense Universitária,
1998.
PILETTI, Nelson. Psicologia Educacional. 17.ed. São Paulo: Ática, 2004.
SANTOS, J.M.R Alfabetização: uma questão epistemológica? São Paulo, 1990. Tese
(Doutorado) — Instituto de Psicologia, USP.
SPINELLO, N. C. As dificuldades de aprendizagem Encontradas na Educação
Infantil. Revista de Educação do Ideau – REI. Volume 9 – N° 29 – Julho – Dezembro
2014 Semestral ISSN: 1809 – 6220. Página 03.
VYGOTSKY, L.S.A. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos
psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
ANEXO

Registro de Frequência

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