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Colégio Estadual Edmundo Silva

DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM

Agatha Nascimento de Souza


Bruna Luíza Oliveira da Silva Santos1
RESUMO
Esta produção científica aborda questões relacionadas as Dificuldades de Aprendizagem dentro de um ambiente
escolar, tendo como referências fontes de estudos, de alguns livros de pensadores de relevância ao tema como:
Levi Vygotsky, Jean Piaget, Emília Ferreiro, dentre outros. Logo, a questão/problema central desta pesquisa é
quanto às práticas inclusivas/adaptações e estratégias de ensino voltadas a atender as necessidades dos alunos
que apresentam dificuldades de aprendizagens. Pensar nas possibilidades didático-pedagógicas para adaptar
diversas atividades, rotinas, dependendo do grau de dificuldade do aluno em prol da sua inclusão, não visando
somente a sua socialização, mas sob uma ótica holística, quanto às suas potencialidades no que se refere ao
aspecto do seu desenvolvimento e sua aprendizagem. É fundamental a flexibilidade pedagógica e explorar novos
métodos alternativos de ensino, respeitando as especificidades do aluno, seu tempo de aprendizagem e
estimulação adequada. Diante das pesquisas, e a partir das observações nas escolas, pode-se apontar o seguinte:
A falta de apoio e de estímulo das famílias, a falta de interesse e atenção, além de problemas emocionais e
indisciplina; a necessidade/importância da formação continuada do professor e suporte pedagógico. A proposta
desta produção é oportunizar a reflexão acerca das práticas inclusivas, identificar e analisar como o profissional
da educação, enquanto mediador e interventor da aprendizagem, as dificuldades nesse processo, e como este
pode interceder para que a criança construa seu conhecimento, desenvolvendo a sua autonomia. Faz-se relevante
nesta abordagem compreender a importância quanto à responsabilidade da família nesse processo, apontar
estratégias de ensino e estratégias de aproximação das famílias às atividades escolares, compreender o papel do
professor no processo ensino-aprendizagem ao considerar às dificuldades de aprendizagem nesse processo,
abordar a dificuldade de aprendizagem e identificar os principais fatores que dificultam o processo de inclusão
dos alunos com dificuldades de aprendizagens.

PALAVRAS-CHAVE: Dificuldades de Aprendizagem, Inclusão, Prática Pedagógica,


Relação Professor-aluno, Mediação, Relação Família-Escola.

INTRODUÇÃO
Observando o dia a dia da sala de aula diante das dificuldades presenciadas nos
estágios realizados nas escolas, viu-se alunos sem motivação, apresentando falta de atenção,
indisciplina, dentre outros, onde suscitou-se a necessidade desta temática ser abordada, uma
vez que a inclusão e as dificuldades de aprendizagem sempre estão presentes nas pautas em
Educação e sempre se faz relevante e atual este tema.
Cabe aqui a reflexão em torno da formação continuada do professor, da necessidade
deste se atualizar sempre, pois a Educação é dinâmica e desafiadora. Abrir mão de práticas
arcaicas e descontextualizadas, cômodas a um sistema segregativo que não cabe mais nos

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Alunos concluintes da 3ª Série do Ensino Médio, Curso de Formação de Professores, orientados por Lecy
Cardoso Teixeira, Professora de Práticas Pedagógicas e Iniciação à Pesquisa, ano de 2023.
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nossos dias. Diante de um público diverso, os alunos trazem consigo e anseiam por uma
pedagogia que atenda às suas expectativas e necessidades, seja considerando alunos no âmbito
da inclusão ou não.
A proposta desta produção é oportunizar a reflexão acerca das práticas inclusivas,
identificar e analisar como profissional da educação, enquanto mediador e interventor da
aprendizagem, as dificuldades nesse processo, e como este pode este interceder para que a
criança construa seu conhecimento, desenvolvendo a sua autonomia. Faz-se relevante nesta
abordagem compreender a importância quanto à responsabilidade da família nesse processo,
apontar estratégias de ensino e estratégias de aproximação das famílias às atividades
escolares, compreender o papel do professor no processo ensino-aprendizagem ao considerar
às dificuldades de aprendizagem nesse processo, abordar a dificuldade de aprendizagem e
identificar os principais fatores que dificultam o processo de inclusão dos alunos com
dificuldades de aprendizagem.
1. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Antes de abordarmos o assunto da dificuldade de aprendizagem, precisamos lembrar
que a aprendizagem envolve muitas variáveis como, por exemplo: questões biológicas,
cognitivas, sociais, entre outro. “O termo Dificuldade de aprendizagem Específicas foi
definido como uma determinada dificuldade em uma área de aprendizagem de uma criança
que tem desempenho satisfatório em outras áreas.” (WORTHINGTON, 2003).
Por outro lado, existem alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem seja por
não se adaptarem às metodologias aplicadas ou por questões psicológicas. Mas nada disso
indica falta de inteligência ou até mesmo de motivação para estudar. Podemos dizer que a
dificuldade de aprendizagem é uma desordem mental que atrapalha o ritmo com que um
estudante. Essa desordem pode acontecer por vários motivos como, por exemplo: a
metodologia de ensino, ambiente escolar e até mesmo problemas pessoais e familiares.
O termo dificuldade de aprendizagem é usado para pessoas que precisam de uma
metodologia diferenciada para se desenvolver. Uma vez que os métodos tradicionais acabam
sendo muito complexos, porém, isso não quer dizer que elas não conseguem aprender.
é comum nas escolas alunos apresentarem dificuldade de aprendizagem, onde professores e
educadores enfrentam essa questão, diariamente, junto com os alunos e familiares. Por isso, é
importante acompanhar se elas são momentâneas ou mais duradouras, para assim procurar
ajuda profissional para orientar sobre possíveis tratamentos.

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Antes de abordamos os transtornos de aprendizagem ,devemos saber que é de extrema
importância sabermos diferenciar os tipos de dificuldades de aprendizagem. Algumas
dificuldades de aprendizagem são causadas pelo lar familiar, ou até mesmo psicólogo. Cabe
os
responsáveis , terem responsabilidade e recorrerem aos profissionais da educação e
profissionais da saúde.

" O aprendizado do indivíduo não pode ser dissociado do contexto histórico, social e
cultural em que está inserido" (VYGOTSKY 2007)

Para que o aluno tenha um bom desenvolvimento ,é necessário que o mediador saiba
diferenciar as dificuldades ,usando seu plano semanal ,o profissional da educação consegue
fazer com que o aluno tenha um bom desempenho .

A criança com dificuldade de aprendizagem não deve ser classificada como deficiente.
Trata-se de uma criança normal que aprende de uma forma diferente, a qual apresenta
uma discrepância entre o potencial atual e o potencial esperado. (FONSECA 1995)

Existem várias maneiras de analisar os transtornos de aprendizagem como por exemplo :


fala ,comportamento, gestos, psicólogo ,pedagogos ,neurologistas entre outros.
Os familiares deveriam trabalhar em conjunto para que a criança tenha um desempenho
melhor.
1.1. A inclusão
Na escola, essa realidade não se altera. Além das diferenças naturais, há os que têm
dificuldade para aprender e por isso são diferentes. Há os que não conseguem simpatizar-se
com o regime disciplinar e também são diferentes. Os tempos e as formas de aprender
diferem, pois, a diferença é inerente ao ser humano. A realidade numa sala de aula é
multifacetada e exige práticas que atendam as diferenças de tempo e de aprendizagem.
O que se entende por inclusão é resultado de um longo processo histórico de
compreensão de homem e sociedade. Para efetivar esse direito sem discriminação e
com base na igualdade de oportunidades, os estados partes assegurarão sistema
educacional inclusivo em todos os níveis, bem como o aprendizado ao longo de toda
a vida. (ONU,2006).

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A partir de meados do século XX, com a intensificação dos movimentos sociais de
luta contra todas as formas de discriminação que impedem o exercício da cidadania das
pessoas com deficiência, emerge, em nível mundial, a defesa de uma sociedade inclusiva.
1989 – Lei nº 7.853/89Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência e sua
integração social. Define como crime recusar, suspender, adiar, cancelar ou extinguir a
matrícula de um estudante por causa de sua deficiência, em qualquer curso ou nível de
ensino, seja ele público ou privado.
Dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências.

No decorrer desse período histórico, fortalece-se a crítica às práticas de categorização


e segregação de estudantes encaminhados para ambientes especiais, que conduzem, também,
ao questionamento dos modelos homogeneizadores de ensino e de aprendizagem, geradores
de exclusão nos espaços escolares.

Na busca de enfrentar esse desafio e construir projetos capazes de superar os processos


históricos de exclusão, Jomtien/1990, chama a atenção dos países para os altos índices de
crianças, adolescentes e jovens sem escolarização, tendo como objetivo promover as
transformações nos sistemas de ensino para assegurar o acesso para permanência de jovens de
todas as classes sociais.

2. A ESCOLA INCLUSIVA
A sociedade e a escola. mais os professores na sala de aula, devem estar preparados e
capacitados para poder tratar e conviver com diferenças. A escola deve prover de recursos
humanos e materiais que possam permitir ao aluno o desenvolvimento de suas
potencialidades. Isso significa que a escola inclusiva se preocupará em ajustar-se em todos os
sentidos para que o aluno que apresente qualquer tipo de dificuldade seja capaz de superá-las.
O aluno que apresenta um problema qualquer merece sentir-se acolhido, valorizado,
incluído e não simplesmente tolerado no seu grupo.
Perceber a dificuldade que o aluno tenha é importante, porém não é este o fator que
determina sucesso ou fracasso. O que deve movem as práticas escolares inclusivas é
reconhecer as condições do alunado e objetivar o desenvolvimento de suas competências em
potencial.

O certo é que, pensada para ser solução de um problema, essa escola foi se tornando
parte do problema, que tinha por objetivo resolver. Criada para dar educação básica a
todos e à qual todos deveriam ter acesso, a escola tradicional desenvolveu práticas e
que colocaram precocemente fora da corrida da competência largos extratos da
população escolar. (Rodrigues, David 2001, p. 57)

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Este termo aborda a temática da inclusão e sua relação com o contexto escolar a partir
de um estudo teórico. Inicialmente expõe-se a constituição histórica dos movimentos sociais
nacionais e internacionais com vistas à defesa dos direitos humanos. Em seguida discute-se a
institucionalização do acesso e permanência da pessoa com deficiência nos sistemas escolares
e as práticas atuais de exclusão nos contextos social e escolar. Finalmente, apresentam-se
algumas reflexões sobre possíveis contribuições da Psicologia Escolar crítica para a
diminuição do preconceito e da discriminação, possibilitando o oferecimento de educação de
qualidade a todos, sem distinção. Como resultado, detectou-se a importância de estabelecer
coletivamente estratégias para superar as limitações surgidas no cotidiano escolar que
envolvem a informação e formação de novos posicionamentos que sejam realmente
inclusivos.

3. O PROFESSOR INCLUSIVO
O professor inclusivo é aquele que tem todo um preparo para os alunos inclusivos,
oferecendo um espaço agradável, integrando o aluno ao convívio com outros alunos que não
possuem deficiência. O papel do professor inclusivo é ser facilitar o processo de
aprendizagem e fazer com que aquele aluno evolua através do seu desenvolvimento e do
planejamento do professor.
Na escola, a educação enfrenta o aluno, enfrenta a instituição, enfrenta o sistema,
enfrenta a sociedade. Conspiram contra ele as dificuldades econômicas, a falta de recursos e
de equipamentos didáticos, a má vontade e a falta de estímulo do sistema e das autoridades, os
alunos negligentes, arrogantes e desinteressados, a compreensão de diretores e dos próprios
pais, a morosidade e a longa espera pela colheita. Além disso, vem a sociedade que costuma,
lançar em cima da escola e do professor a culpa de todos os problemas sociais:

A escola vai acumulando responsabilidades: ou é culpada pela crise familiar ou deve


resolve- lá. Ou é culpada pela crise econômica ou deve resolvê-la. Ou é culpada pela
crise política ou deve solucioná-la. A escola é responsável por praticamente tudo.
Esse tipo de interpretação desestrutura, desarma, desanima. (GENTIL, Pablo, 1999,
p. 21)

De repente, cai-se na realidade: cada aluno é um aluno; e como tal deve ser
considerado e tratado. A partir da individualidade do aluno, a partir dele de seus problemas,
com criatividade, dando uma de alfaiate, costurando todas as teorias e mais a última, a do
aluno em pauta, pode-se chegar a uma tentativa de solução, mais ou menos adequadas.
3.2. O mediador
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Todos os alunos precisam ter alguma maneira para indicar a seus professores que os
objetivos curriculares estão sendo alcançados. Além disso, todos os alunos socialmente tanto
com seus colegas quantos com os adultos. A comunicação é a chave para o sucesso em ambos
às áreas. Para o aluno participar plenamente e colher os benefícios de uma escolaridade
inclusiva, podem ser necessárias adaptações. Algumas são bastante fáceis de fazer.
Na prática, trata-se do profissional de educação que se coloca como um incentivador,
facilitador ou motivador da aprendizagem.
Em relação as pesquisas feitas, o mediador é responsável pelo o acompanhamento
pedagógico do aluno, o mediador deve-se trabalhar de forma articulada com o profissional da
educação.
é o processo de intervenção de um elemento intermediário numa relação; a relação deixa,
então, de ser direta e passa a ser mediada por esse elemento (OLIVEIRA, 2002, p. 26).

Na prática, o mediador é aquele incentiva o aluno a se empenhar nas atividades. O


mediador vai muito além de incentivo.
O mediador é aquele que estabelece uma relação de respeito e empatia com o aluno e
tendo a sensibilidade em relação a criança que está a aprender.

3.3. Inclusão e práticas pedagógicas


O que não mudou, no entanto, foi a natureza complexa das dificuldades de
comunicação experimentadas por eles. As adaptações são necessárias para que posam
comunicar-se eficientemente nas salas de aula de ensino regular. Primeiro, o de rever
brevemente as maneiras pelas quais as várias deficiências podem afetar as habilidades de
comunicação e como estas podem destruir o sucesso em ambientes inclusivas. Segundo, o de
identificar várias opções pata melhorar as habilidades de comunicação. Há uma grande
variedade de opções: algumas delas são mais complexas.
No caso, o mais importante não é trabalhar sua leitura automática, mas sim possibilitar
o crescimento vertical da estrutura cognoscitiva, para que ela pudesse atingir o nível de
competência desejados pela situação escolar, reforçando, ao mesmo tempo, o vínculo
adequado com a leitura e a escola em geral.
Ás práticas pedagógicas dentro da sala de aula devem ser de uma forma
política, crítica e democrática, sendo assim o educador devem ver o educando
como um sujeito social e participativo para intervir no mundo.(PAULO
FREIRE 1996)

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A prática pedagógica é nada mais nada menos do que a interação com o aluno ,é
necessário pensar em um planejamento, onde prenda a atenção da criança, o que é prazeroso
para o professor ver o aluno prestando atenção e conseguindo realizar as atividades
previstas .Contudo, compreendemos que é mais complexo do que pensamos, porque na
prática é totalmente diferente, por isso, é essencial a disponibilização de recursos lúdicos e
pedagógicos afim de entreter e estimular o desenvolvimento cognitivo, intelectual nos meios
de aprendizagem.

3.4 Formação Continuada do professor


Chamamos a atenção para necessidade de professor e acolhimento à criança que está
vivendo uma situação “emocionalmente difícil para ela” e entender que o problema no
momento da execução de uma tarefa escolar não é “preguiça, malandragem, burrice etc.”

Na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da


reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje
ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática”. (FREIRE, 1996, p.
39).

O professor/educador pode-se ver a imagem de um semeador: o semeador de alguns


anos atrás que, enchendo as mãos de grãos, lançava muitas sementes em terrenos os mais

diversos, terrenos que encontrava in-cultivados e mal conseguia, sem ferramentas, prepará-lo
para o plantio. Se quisesse colher os frutos as sementes lançadas, devia suar, carpir, limpar,
sempre, até o fim, até a colheita. O cultivo, sempre lento, deve ser constante.

Art. 13 A Formação Continuada em Serviço deve oferecer aos docentes a


oportunidade de aprender, junto com seus colegas de trabalho, com suporte de
um formador experiente (mentoria ou tutoria), compartilhando aprendizagens
já desenvolvidas, atendendo ao disposto no Parágrafo único do artigo 61 da
LDB.

Sendo assim, entende-se que a formação continuada é uma ótima maneira da escola
conseguir desenvolver os educadores para que eles tenham um ensino de qualidade. A
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formação continuada serve-se também para aprimorar os profissionais da educação ,servindo
assim como base para construir uma escola melhor e também mais sólida.

3.4. Relação professor e o aluno


As diferenças, em geral, são mais notadas quando trazem algum componente
negativo. Raramente uma diferença que coloca a pessoa acima da média rende-lhe um
apelido. Tanto mais que, quem está acima não precisa de cuidados ou favores, nem de
ninguém que se preocupe consigo.
A criança responde às impressões que as coisas lhe causam com gestos
dirigidos a elas ( Henri Wallon)

Segundo Henri Wallon é necessário que haja afetividade vindo do educador para as
crianças, para que eles se sintam seguros e acolhidos no meio escolar, quando o aluno é
inserido num convívio social afetivo e agradável ele se sente confortável para a elaboração de
suas tarefas. Estudos comprovam que a assimilação é um dos elementos para o percurso no
processo de ensino e aprendizagem.
Professor e aluno devem vivenciar a liberdade com relação à autoridade do
professor, sendo ela absolutamente necessária para o desenvolvimento da
liberdade dos alunos (JEAN PIAGET)

É importante que a relação do professor e o aluno seja bem construída, cabe o profissional
da educação assumir essa responsabilidade. É a partir dessa decisão que o professor cria um
vínculo importante para o aluno, onde esse aluno consegue superar as dificuldades e também
consegue consultar suas dúvidas.

4. RELAÇÃO FAMÍLIA-ESCOLA
Para a maioria dos pais e mães, os responsáveis pelos maus resultados obtidos por seus
filhos são as próprias crianças ou então os professores. Eles acham que as crianças não ou
então os professores. Os responsáveis acham que os próprios filhos não tiram boas notas por
conta da instituição escolar, ou no emocional da criança.
Os responsáveis também se sentem eles próprios, meio culpados porque não são capazes
de ajudar os filhos como gostariam nos deveres de casa e na preparação dos exames. Eles
chegam exaustos do trabalho, ainda têm que se ocupar dos filhos menores e, muitas vezes,
não dominam os conhecimentos e as matérias que a escola exige.

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Art.2º. A educação, dever da família e do estado, inspirada nos princípios de liberdade
e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.

A maioria dos pais e mães de alunos acham que a responsabilidade da professora é


muito grande nos bons ou maus resultados escolares de seus filhos. Os responsáveis como
meio primário e ponte do aluno para o meio social, necessitam de apoio e suporte para a ajuda
na realização das respectivas dificuldades das crianças.

Art.205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será


promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.

Por isso, é de suma importância que a família e escola estejam ligadas em prol do aluno e
das suas respectivas dificuldades em âmbito escolar, para que haja a intervenção e melhoria
nas condições de aprendizagens e também no desenvolvimento pessoal do aluno. Podendo
assim oferecer e obter pontos positivos e favoráveis na jornada de ensino.

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Conclusão

Sendo assim, em decorrências dos fatores que podem levar à dificuldade de


aprendizagem, são mudanças nos conceitos e práticas tradicionais, que precisam ser revistos,
não somente sob o ponto de vista dos que ensinam, mas também dos que aprendem.
As dificuldades de aprendizagens estão diretamente relacionadas a relação entre o
aluno e os responsáveis, com base em uma sociedade capitalista que produz injustiças sociais,
minorias e exclusões por conta da dificuldade de aprendizagem.
A inteligência Emocional não nasce com o ser humano, a mesma deve ser
desenvolvida na escola, justamente com o professor para garantir o sucesso no
desenvolvimento do aluno.
O professor tenta buscar formas de fazer com que as crianças se sintam habituadas e
confortáveis no âmbito escolar, alcança-se, enfim o desenvolvimento da inteligência
Emocional.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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