1 INTRODUÇÃO
Esta classificação acarreta sérios problemas para a vida escolar dos alunos,
principalmente daqueles considerados fracos pois desde o início existe uma baixa
expectativa em relação à eles e, em conseqüência, pouco investimento. Em alguns
casos, o professor chega a limitar o conteúdo para estes alunos por acreditar que
não têm condição de aprender mais do que o que foi determinado previamente para
eles.
Os problemas de comportamento, raciocínio lento, dificuldades de
concentração e os problemas de aprendizagem são motivos constantes de
encaminhamento para a educação especial.
É necessário fazer um trabalho com os professores de modo que possam
rever a sua prática pedagógica, no caso das dificuldades que decorrem desta
prática. No caso dos alunos que apresentam os problemas citados realmente é
necessário pensar num processo de interação que permita a reversão dos
problemas. Para tanto, deve ser dado ao professor o apoio que se faz necessário.
Os alunos mesmos acabam por formar uma auto-imagem muito negativa,
baseada na incapacidade, e esta percepção os acompanha ao longo de suas vidas,
gerando na própria família a idéia de que são incapazes, problemáticos, deficientes.
Visto que capacitar, incluir são verbos que fazem parte do processo
educativo, de que a criança está pronta a aplicar suas energias e forças em
aprendizagem formal e memória, vive a etapa em que o ser humano deve ser
construir a idéia de que o mundo é bom, de que se movimenta o tempo todo e
aprende imitando, observa e incorpora o modo como os adultos tratam uns aos
outros a já conquistou o espaço (anda), venceu a superação (deu nome as coisas),
domina o tempo (vai do passado ao futuro), devemos cada vez mais incluir em: eu
sou capaz, todos, considerando-se todo letra mento e experiências já adquiridas
pala criança especial ou não.
Ser especial não impossibilita ninguém de conquistar seu espaço. O processo
educativo ampliou seus horizontes, atendendo a um grande número de crianças
especiais.
Partindo do principio auto-estima, elevamos a categoria de capaz todo ser,
contando com avanços medicinais, tecnológicos e educativos.
A educação desempenha papel fundamental no enquadramento destas
crianças especiais Adaptadas a gerir recursos humanos, adaptar espaços físicos,
rever avaliações, a nós educadores cabe o papel de inserir na sociedade crianças
3
No Brasil, até os anos 50, não se falava em educação especial, mas sim, na
educação de deficientes. As escassas instituições que existiam e a restrita literatura
disponível direcionavam-se às deficiências específicas, não se configurando como
sistema e definindo sua clientela como pessoas excepcionais, isto é, “aquelas que
em virtude de características intrínsecas, diferentes da maioria da população,
necessitavam de processos especiais de educação”. Não se pode negar que, nesta
década, a educação especial sofreu um processo mais intenso de atuação, incluindo
distúrbios, desajustes e inadaptações de diferentes origens, culminando por volta
dos anos 70 com a instalação de um subsistema educacional, com a disseminação
de instituições públicas e privadas de atendimento ao excepcional e com a criação
de órgãos normativos, nas esferas estadual e federal. (BUENO, 1993)
A despeito de figurar, na política educacional brasileira, desde o final da
década de cinqüenta do século passado até os dias atuais, a educação especial tem
sido, com grande freqüência, interpretada como um apêndice indesejável, pois,
segundo Mazzotta (1996, apud Mantoan e cols., 1997), numerosos são os
educadores e legisladores que a vêem como meritória obra de alguns “abnegados”
que se dispõem a tratar de crianças e jovens deficientes físicos ou mentais. O
sentido a ela atribuído é, ainda hoje, muitas vezes, o de assistência aos deficientes e
não o de educação de alunos que apresentam necessidades educacionais
especiais.
Ao longo da história da Psicologia, a Educação Inclusiva, vem se mostrando
como um desafio, pois durante muito tempo, os portadores de deficiências físicas,
ficavam segregados em instituições, para estudar e se tratar. Essa prática de
exclusão social, servia apenas para reforçar os já marginalizados pela sociedade.
Mas, atualmente, o que está acontecendo, é a Educação Especial decorrendo pela
mesma via da Educação Regular. Hoje, privilegia-se a Educação Inclusiva numa
escola, onde os professores possam buscar práticas de educar com êxito todas as
crianças portadoras de necessidades educativas especiais. E também os
9
Este pensamento, nos remete ao fato de que são os professores que têm o
papel preponderante na atuação com o Aluno com Necessidades Educativas
Especiais (ANEEs). Entendê-los também, pode nos ajudar na compreensão de uma
possível Educação para todos, mais flexível, produtiva e, especialmente, voltada
para a justiça social. Para podermos aprofundar nessa linha de raciocínio e de
conhecimento, temos de conhecer a história, na qual a exclusão, o preconceito e a
rejeição foram constantemente invocados e presentes e, por esse caminho, chegar
ao que hoje desejamos e propomos.
A constatação da problemática e o dilema da Educação Inclusiva colocam,
como prioridade, a necessidade de formação de professores, que deveriam centrar-
se em saber como trabalhar na aula e que inclua, portanto, a aprendizagem de todas
aquelas habilidades e estratégias para planejar convenientemente o trabalho em
aula: programações gerais e específicas; adaptações curriculares; metodologia(s);
organização de tempo e espaço em sala de aula; processos de avaliação; técnicas
de trabalho diversificadas; e diferentes estratégias de intervenção em função dos
problemas de aprendizagem.
Enfim, a confiança e a motivação do professor em sua tarefa é uma variável
fundamental que favorece as atitudes e manifestações positivas, ao defrontar-se
com a integração e a inclusão, que levem a repercussões em todo processo
educativo dos seus alunos.
De acordo com Stainback (1999), os educadores precisam ter uma visão
crítica do que está sendo exigido de cada aluno.
Embora os objetivos educacionais básicos, para todos os alunos, possam
continuar sendo os mesmos, os objetivos específicos da aprendizagem curricular
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A ordem para se chegar a essa sociedade inclusiva não se deu por acaso, é
resultado de fatores e tendências irreversíveis. A trajetória, dentro das deficiências,
teve início com a exclusão social total, passando para o atendimento especializado
segregado e depois para a integração social.
Portanto, Sassaki conceitua a inclusão social:
Como processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir em seus
sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e,
simultaneamente, estas preparam para assumir seus papéis na sociedade,
A inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas,
ainda excluídas, e a sociedades buscam, em parceria, equacionar
problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidade
para todos. (1997, p.41).
possibilidades couber a cada um. Além de garantir este espaço adequado para
todos, ela valoriza que a diversidade humana é cheia de diferenças e se destaca na
importância de pertencer, de conviver, e de cooperar para que viva melhor e com
satisfação.
As primeiras tentativas sobre a inclusão social aconteceram há muito tempo,
nos anos 80, aconteceu em países mais desenvolvidos, na década de 90 em países
em desenvolvimento, agora, no século XXI, desenvolve-se em quase todas as
partes do mundo, sendo aplicado em todo o sistema social. Com a idéia de que
tudo que existe é para e é de todos não importando o ambiente em que se encontra.
E quando todas as sociedades realmente adotarem a inclusão acontecerá à
sociedade de todos a sociedade inclusiva.
Portanto, percebe-se que a inclusão é modelo de outros países que, devagar
foi sendo aplicada no Brasil.
A referência do conceito de sociedade Inclusiva a respeito dos assuntos de
deficiência vem crescendo diariamente, no início, os textos foram traduzidos no
português, por exemplo, Werneck, que colaborou muito com este trabalho.
A Organização das Nações Unidas –ONU- foi a primeira em expressar uma
sociedade para todos, este assunto está registrado na resolução 45/91 da
assembléia Geral das Nações Unidas, onde a meta é uma sociedade para todos e
até de 2010, será conhecido como sociedade inclusiva, em média isto deverá ser
desenvolvido em prazo de 20 anos, neste caso, estamos na metade.
Assim, segundo, a ONU, citada por Sassaki, diz que:
A ordem para se chegar a essa sociedade inclusiva não se deu por acaso, é
resultado de fatores e tendências irreversíveis. A trajetória, dentro das deficiências,
teve início com a exclusão social total, passando para o atendimento especializado
segregado e depois para a integração social.
Portanto, Sassaki conceitua a inclusão social:
Como processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir em seus
sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e,
simultaneamente, estas preparam para assumir seus papéis na sociedade,
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4 CONCEITOS INCLUSIVOS
Sendo que todo indivíduo, diferente ou não, possui direitos iguais a todos,
deveres, as obrigações também são iguais.
Os indivíduos portadores de deficiência devem fazer parte, sempre que
possível dos serviços gerais dentro do próprio país ou de outros países, desde que
seja acessível a sua deficiência. Não é necessário ser exclusivamente do governo,
mas em entidades públicas de diversos níveis, as organizações não governamentais
ou as empresas. Recebendo assim, oportunidades de trabalho e de formação
profissional com remuneração e não pensões de aposentadorias, pagas pelo
governo, isso só em último caso.
Para Sassaki (1997 p.41),
Portanto o ensino deve ser fornecido no sistema normal. O trabalho deve ser
proporcionado mediante o emprego aberto e a moradia facilitada, da mesma forma
que a população geral.
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5 INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO
II- terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível
exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiência, e
aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para super dotado;
IV- educação especial para o trabalho, visando sua efetiva integração na vida
em sociedade, inclusive condições adequada para os que não revelarem
capacidade de inserção no trabalho competitivo,mediante articulação com órgãos
oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas
áreas artística, intelectual ou psicomotor;
5.2 LDB
A inclusão não se refere apenas aos alunos com deficiência, mas a todos, e
este é o desafio enfrentado por alunos, por educadores e pela escola, em
desenvolver e praticar um trabalho coletivo, sem fragmentação, para melhor atender
as diferentes necessidades dos alunos.
Para atingir o sucesso da inclusão as escolas devem transformar-se em
comunidades conscientes. Sergiovanini (1994), descreveu a importância da
comunidade para o ensino.
5.5.5 Avaliação
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
7 REFERÊNCIAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................1
2 REVISANDO O HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL......................................8
2.1 MOVIMENTOS CÍCLICOS DE INCLUSÃO...........................................................9
3 PORTADOR DE NECESSIDADES ESPECIAIS VERSUS PORTADOR DE NE-
CESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS................................................................13
3.1 CONCEITUANDO INTEGRAÇÃO E INTERAÇÃO..............................................13
3.2 INCLUSÃO SOCIAL............................................................................................ 15
4 CONCEITOS INCLUSIVOS.....................................................................................20
4.1 CONCEITOS: ROMPENDO COM OS ESTEREÓTIPOS....................................21
4.1.1 Autonomia, Independência, Empowerment (Emponderamento).......................22
4.1.2 Equiparação de Oportunidade...........................................................................24
5 INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO..................................................................................25
5.1 AS POLITICAS EDUCACIONAIS VOLTADAS A EDUCAÇÃO ESPECIAL.........26
5.2 LDB......................................................................................................................28
5.3 DECLARAÇÃO DE SALAMANCA.......................................................................29
5.4 RENOVAÇÃO DA ESCOLA................................................................................30
5.5 ESCOLA INCLUSIVA.......................................................................................... 32
5.5.1 Espaço Escolar..................................................................................................33
5.5.2 Quem são os Atores e Autores desse Espaço Escolar?...................................34
5.5.3 Fundamentos do Ensino Inclusivo.....................................................................35
5.5.4 Adaptações Curriculares...................................................................................35
5.5.5 Avaliação............................................................................................................36
5.5.6 Dificuldade de Aprendizagem Intrínseca e Extrínseca ao Aluno......................37
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................39
7 REFERÊNCIAS........................................................................................................44
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