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ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
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Observações:
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(Essa última lista é usada no caso de ter mais de 10 abreviaturas. Caso contrário, é
colocado na introdução. Todas as listas estão inseridas em uma tabela com linhas
ocultas com a finalidade de manter alinhamento, caso precisar acrescentar mais, só
adicionar mais linhas na tabela).
(Sobre a capa e a folha de rosto, que são as primeiras páginas, deve-se observar
para que o título fique alinhado bem ao meio da página. Tirar o zoom do documento
para conferir se o título/subtítulo da capa está na mesma direção que na folha de
rosto).
INTRODUÇÃO............................................................................................................14
2 METODOLOGIA......................................................................................................50
2.1 PROJETO DE PESQUISA....................................................................................50
2.1.1 Tipo de Pesquisa................................................................................................51
2.1.2 Enfoque..............................................................................................................51
2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA..................................................................................51
2.2.1 Sujeitos da Pesquisa..........................................................................................51
2.3 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS...............................51
2.3.1 Procedimentos de Aplicação de Instrumentos..................................................51
3 ANÁLISE DE RESULTADOS..................................................................................52
3.1 ORGANIZAÇÃO DOS RESULTADOS.................................................................52
3.2 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS........................................................................52
4 CONCLUSÃO..........................................................................................................53
5 RECOMENDAÇÕES................................................................................................54
REFERÊNCIAS...........................................................................................................55
ANEXOS.....................................................................................................................56
APÊNDICE..................................................................................................................57
INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS................Erro! Indicador não definido.
INTRODUÇÃO
Organização da Tese
A neurociência para vários estudiosos é uma ciência que tem muito potencial
para contribuir com a educação escolar. A mesma estuda as estruturais do cérebro para
tentar entender as funções que são executadas nesse impressionante órgão. Para
iniciarmos nosso trabalho caminharemos sobre as noções de neurociência.
Para tanto, essa seção será dividida em três subseções. Serão: Definição e
história da Neurociência; Neurociência na Educação e; Teorias Psicogenéticas na
Neurociência. Essas subseções contribuirão para termos uma noção da Neurociência,
sua história, conhecimentos sobre as teorias psicogenéticas que estão envolvidas com a
ciência neural e o aprendizado.
Se olharmos ao nosso redor, podemos ver como o progresso experimentado nas
últimas décadas, a humanidade atingiu níveis que eram difíceis imaginar alguns séculos
atrás. Avanços em vários campos de estudo significou romper em muitas ocasiões com
as crenças de que viemos arrastando de séculos anteriores. A revolução tecnológica em
que estamos atualmente submetido (em países desenvolvidos), supõe que temos que
reajustar continuamente a uma sociedade que está avançando a tal velocidade que nós
é difícil entender isso. O homem é capaz de criar quase tudo que é proposto, desde um
bichinho de pelúcia para um recém-nascido até o mais complexo de computadores
capazes de lidar com as máquinas mais complexas. Graças a alguns de esses avanços,
conseguimos entender um pouco melhor como o mais complexo dos órgãos
encontrados no corpo humano, o cérebro. Hoje sabemos que nosso cérebro funciona
como um todo ao mesmo tempo. Devido às muitas conexões que ocorrem no interior, é
capaz de adaptar-se a qualquer situação que levantamos no nosso dia a dia resolvendo
de forma efetiva o problema com que o indivíduo se encontra.
Na tabela a seguir, pode-se ver como a ciência está evoluindo no conhecimento
do cérebro
Pensamento antigo Novo pensamento
1. A forma como o cérebro depende de 1. A maneira como um cérebro se
genes com que nasce. desenvolve depende de uma interação
complexa entre os genes com os quais eles
nascem e as experiências que são tidas
2. As experiências que você tem antes 2. As primeiras experiências têm um impacto
dos três anos de idade eles têm impacto decisivo na arquitetura do cérebro, e na
limitado no desenvolvimento mais tarde. natureza e grau de capacidades adultas
3. Uma relação segura com a figura 3. Interações iniciais não apenas crie um
apego primário cria contexto favorável contexto; eles afetam diretamente do jeito
para o desenvolvimento e aprendendo que está "conectado" ou "interconecta" o
cérebro.
4. O desenvolvimento do cérebro é 4. O desenvolvimento do cérebro não é
linear:a capacidade de aprendizagem linear: existem momentos-chave para
de cérebro está crescendo adquirir várias chaves de conhecimentos e
constantemente à medida que o bebê habilidades.
progride em direção maioridade.
5. O cérebro de uma criança é muito 5. No momento em que as crianças chegar
menos ativo que o cérebro de um aos três anos de idade, seu cérebros são
estudante universitário. duas vezes mais ativos que de adultos.
Níveis de atividade eles caem durante a
adolescência.
Olhando para o passado se ver que o cérebro já era assunto de culturas antigas,
pois através do processo de trepanação temos o indicio de que os povos dessa época já
tinham interesses no estudo do crânio.
Já na área médica, através do papiro de Smith se pode encontrar o hieróglifo
para a palavra encéfalo, deixando a entender que em 1.600 anos antes de Cristo já
existia interesse pela descoberta do que poderia existe na caixa craniana.
Com o passar do tempo, o cérebro teve várias interpretações de funcionalidade.
Na Grécia Antiga, Platão defendia que o cérebro era o lugar das ideias.Já Aristóteles
dizia que não, sim que o coração comandava o comportamento e que o encéfalo era um
resfriador do sangue. Mas quem mais se aproximou da real funcionalidade do crânio foi
Hipócrates (460-379 a. C.) que sustentava que tal órgão era responsável pelas
sensações e sede da inteligência. Segundo Hipocrates:
No século II com Galeno de Pérgamo, o estudo sobre a funcionalidade do crânio
teve um grande avanço. Os achados do médico foram de grande relevância,
principalmente na área anatômica. Galeno dizia que o cérebro controlava o
comportamento através de movimentos de espíritos por dentro dos ventrículos. No
império Romano Galeno era muito próximo à igreja, como suas teorias envolvia
espíritos, as mesmas foram muito popularizadas.
Em 390 d.C. o bispo Nemesius ajudou a difundir as ideias de Galeno de que os
ventrículos eram responsáveis pelo comportamento humano. Com isso, tais ideias foram
mais ainda popularizadas. Essas raízes foram tão fortes que quase 1.200 anos depois,
em 1500 d.C. Leonardo Da Vinti fez uma descrição anatômica do cérebro, reafirmando
que os ventrículos eram o centro do comportamento humano.
Com a publicação de um amplo tratado de anatomia de Andrea e Vesalii em
1543, as ideias de Galeno receberam várias criticas e começaram a ruir. Nesse tratado
Andreas descreveu melhor a composição do encéfalo e assim, as ideias mais antigas,
como as de Galenos e Nemesius perderam credibilidade. Porém, todos e qualquer
estudo esbarravam na falta de desenhos ilustrativos que os sustentassem.
Em 1664, Cristonferren fez uma ilustração detalhada do encéfalo e publicou no
livro de Thoma Willis (CerebriAnatome: NervorumDescriptioEtUsus). Essa publicação
quebrou coma falta de desenhos para ilustrar as teorias. No entanto, as teorias dos
ventrículos começaram a ganhar forças novamente quando Rene Descartes publicou
seu trabalho sobre as ideias dos autômatos. Depois de tal teoria, vários estudos
surgiram possibilitando um conhecimento mais detalhado do encéfalo.
No final do século XVIII, o sistema nervoso central e periférico já tinham sido
totalmente descercados possibilitando o entendimento aprofundado da anatomia e
funcionalidade do encéfalo. Nessa época, já tinham conhecimentos de que o encéfalo
era constituído de cérebro, cerebelo e tronco encefálico, como também o detalhamento
da medula espinhal e dos nervos periféricos. Com isso, outras áreas da ciência
começaram a se aproximarem dos estudos do encéfalo.
No século XIX as descobertas foram fundamentais para o “desfendar” das
funções celebrais. Foram cem anos de achados muito mais importantes que tudo que já
se havia encontrado a respeito do funcionamento do cérebro. Neles quatros ideias
surgiram e marcaram esses anos, são: nervos como fios condutores; localizações de
funções específicas; evolução do Sistema Nervoso e; neurônios com células centrais.
Em 1751, o cientista Luigi Galvani e o biólogo Emil du Bois-Reymond
descobriram o fenômeno da eletricidade nos organismos, denominada de
ELETRICIDADE ANIMAL. Com isso, se sugeriu que os movimentos do corpo não eram
controlados por fluidos e sim por impulsos elétricos. A partir desse feito, passou-se a
estudar como eram produzidos esses impulsos e como eles se mantinham dentro do
corpo. Portanto, abriu-se um leque de possibilidades de estudos na neurociência.
Em 1810, o médico Charles Bell e o fisiologista François Magendi descobriram
que os nervos conduziam informações motoras como também sensoriais. No entanto,
quando essas mensagens chegavam à medula, as motoras se relacionavam com os
movimentos e as sensoriais com a sensibilidade. Sugerindo assim, que os nervos eram
mistos.
Em 1839, o zoólogo Theodor Schwann trouxe a Teoria Celular. O mesmo dizia
que todos os tecidos eram formados por unidades microscópicas, denominando de
células. Isso para aquela época foi revolucionário.
Em 1849, deu-se início da Era da Eletrofisiologia Científica com Emil Du Bois –
Reymond. Tal cientista registrou na época os potenciais elétricos do sistema nervoso,
descobriu a velocidade de propagação desses potenciais e seu papel na estimulação
nervosa e muscular. Com esses avanços técnicos da eletricidade, no final do século XIX
e início do XX, se descobriu a atividade elétrica global do sistema nervoso denominado
de eletroencefalograma.
No ano de 1859, quase que paralelos, Charles Darwin e Claude Bernard fizeram
duas proposições revolucionárias para a época. Darwin propus que o sistema nervoso
era resultado da evolução pela seleção natural. E Claude descobriu o Princípio da
Homeostasia, com isso, sugeriu que o mesmo era a base da vida e que o sistema nervo
e a mente seriam partes dos mecanismos da homeostasia.
Em 1861, Paul Broca teve contato com um paciente que não falava, mas
compreendia a linguagem. Examinando o mesmo após a sua morte, Broca descobriu
que ele tinha uma lesão no lobo frontal esquerdo. Devido a isso, o estudioso concluiu
que o lobo referido estava relacionado com a fala. E a área onde se localizava a lesão
passou a se chamar AREA DE BROCA. A partir desse momento, passou-se a estudar
áreas especificas do sistema Nervoso.
Já em 1900, foi descoberto que o neurônio era a unidade funcional do sistema
nervoso, a célula responsável pelas funções superiores cognitivas do cérebro. Com isso,
foi confirmada a Teoria celular no córtex, parte sensível do crebro.
Nesse contexto, surgiu Santiago Ramón e Cajal. Que utilizou a técnica de
Impregnação por Prata de Golgi, conseguindo descrever toda a citoarquitetura cerebral.
Através disso, percebeu que o sistema nervoso não era formado por uma reide
continua, mas sim por unidade distinta, ou seja, por células (Neurônios). Portanto, surge
a Doutrina Neural.
No século XX, a teoria de que os neurônios se comunicavam por impulsos
elétricos foi colocada de lado em prol da teoria que relatava que essa comunicação era
feita por impulsos químicos. Otto Loewi, em 1921, juntamente com outros estudiosos
identificaram os neuro-transmissores Adrenalina e Acetilcolina.
Portanto, através desse contexto histórico a neurociência adentrou na área das
ciências como uma base fundamental para o conhecimento das funções neurais que
serviria para se entender as funções do cérebro, como também o porquê dos distúrbios
cerebrais. No século XXI, muitas coisas a respeito da neurociência ainda estão sendo
descobertas e descritas. Sendo assim, esta ciência ainda tem muito a contribuir para
avanços futuros nas várias áreas do conhecimento, sendo a educação uma dessas
áreas.
A palavra neurociência é de uso muito recente. Começou a se incorporar das
ciências biomédicas. No momento, seu emprego inclui uma variedade de conhecimento
derivado de pesquisas e estudos em diferentes disciplinas relacionadas às ciências
clínicas, responsáveis pela análise do sistema neurológico.
Também é definido como o campo interdisciplinar que estuda vários aspectos do
sistema nervoso, como sua fisiologia, anatomia, patologia, desenvolvimento, genética,
química, farmacologia, entre outros. É um “conjunto de disciplinas cientistas que
estudam a estrutura, função e desenvolvimento da bioquímica, a farmacologia e
patologia do sistema nervoso e como é diferentes elementos interagem, dando origem
às bases biológicas do comportamento.
O estudo do cérebro tem sido favorecido pelo advento das tecnologias que
permitem observações mais próximas através do equipamento que gera neuroimagem
do que acontece no cérebro e no cérebro em certas situações, a fim de avaliar as
mudanças que ocorrem nesses eventos.
Outro termo e de igual importância é neuroplasticidade, citado por Espinoza,
Oruro, Carrión e Aguilar (2010) que chamam de capacidade que tem o cérebro humano
de mudança e auto-reparo manifestando-se a partir de maneiras diferentes, de
conexões nervosas ou sinapses aumentadas, até a recuperação das funções devido a
lesões cerebrais anteriores.
De acordo com essa definição, o cérebro e o sistema nervoso são um produto
que numa adaptação acabada e constante.
A respeito desse processo, Gómez (2004) citado por Costa (2021, p. 14) afirma
que:
A teoria proposta por Roger Sperry (1973) e Paul MacLean (1990), considerou a
cérebro como um todo trabalhando em uníssono. Para eles, o cérebro humano dividido
em três outros cérebros, a saber: o reptiliano, o sistema límbico e o Neocórtex. Cada
uma dessas áreas tem funções diferentes, mas todas elas juntos, eles formam o
comportamento humano.
1.-O Cérebro Reptiliano: esta parte do cérebro é responsável pelo que o
denominado "comportamento automático ou programado". Esta parte do cérebro não
teria capacidade de pensar ou sentir, simplesmente de agir. Portanto, é considerado
como o mais primário dos três. Em última análise, é uma parte do nosso cérebro que
define um tipo de comportamento instintivo no ser humano, sendo este programado e
poderoso dentro de nós, tornando-o muito resistente a mudanças. Está parte do nosso
cérebro é caracterizada pela ação.
2.-O sistema límbico: a função desta parte do nosso cérebro é controlar a vida
emocional do ser humano, dando processos emocionais como o amor, depressão, dor,
prazer, ódio ... Este sistema se encarrega de controlar e revisar todas as informações
que entram em nosso corpo, sendo imprescindível para a sobrevivência do indivíduo.
3.- O Neocórtex: nesta parte estão incluídos os dois hemisférios, nos quais o eles
realizam os processos intelectuais superiores. O hemisfério esquerdo seria o
encarregado de realizar os processos de raciocínio lógico, funções de análise, síntese e
decomposição de um todo em cada uma de suas partes e no hemisfério direito,
encarregado dos processos relacionados à imaginação, criação e associação de
conceitos.
Vemos como a teoria do cérebro triuno concebe o indivíduo como alguém que é
formados por diferentes capacidades, todas integradas entre si. Através do uso de todas
essas capacidades ou inteligências, o sujeito é capaz de funcionar em qualquer
ambiente, aproveitando ao máximo todo o poder do seu cérebro. Para que isso é
possível em sala de aula, o professor terá que desenvolver diferentes cenários de
aprendizagem, de modo que o aluno tenha que usar todos os três cérebros comentou,
permitindo assim o seu desenvolvimento completo. Para que isso aconteça, o currículo
também deve ser desenvolvido por meio de experiências reais para o aluno tão
significativo.
Teoria do cérebro total.
Tomando como referência o estudo anterior, bem como suas próprias pesquisas,
Ned Herrmann (1994) propôs a teoria do Cérebro Total. Esta teoria integra o neocórtex
e sistema límbico. A união entre os dois dá origem a uma divisão do cérebro em quatro
áreas ou quadrantes. Cada um deles executará funções diferenciado. O cérebro seria
distribuído da seguinte forma:
- Quadrante A (lobo superior esquerdo): seria o encarregado de pensar lógico,
qualitativo, analítico, crítico e matemático, enfim, tudo que baseou-se em fatos
concretos.
- Quadrante B (lobo inferior esquerdo): caracterizado por um estilo de
pensamento sequencial, planejado, detalhado e controlado.
- Quadrante C (lobo inferior direito): apresenta um estilo de pensamento
emocional, sensorial, humanístico, interpessoal, musical e simbólico.
- Quadrante D (lobo superior direito): conhecido por seu estilo de pensamento
conceitual, holístico, integrativo, global, sintético, criativo, artístico, espacial e
visual.
No parágrafo seguinte se abordará a Neurociência relacionada à educação. Essa
abordagem servirá para entendermos os passos que tal ciência percorreu para adentrar
na área educacional e, em especial, na área do aprendizado de nossos alunos.
Na sequência desses dois eixos outras concepções surgiram, mas como nosso
estudo está focado nas teorias psicogenéticas, abordaremos a concepção Interacionista.
Tal concepção envolve três grandes estudiosos: Jean Piaget; Vygotsky e Wallow. Para
os interacionistas existe uma interação entre o sujeito e o objeto para a formação da
psique. Para Piaget há uma interação entre as estruturas internas e o meio externo para
a produção de conhecimento. Oriundo das ideias de Piaget aparece na educação o
termo Construtivismo. Já Vygotsky explica essa geração de conhecimento através das
relações sociais, surgindo o termo Sócio-construtivismo.
O Construtivismo dá ideia de construção, onde o conhecimento é construindo
através da interação entre o objeto, o problema e o meio. Nosso intelecto já vem com
equilíbrio, quando surge um problema que gera dúvidas, há um desequilíbrio. Para
buscar um novo equilíbrio a mente busca outros conhecimentos que produz novos
aprendizados. O precursor do Construtivismo foi Jean Piaget.
Jean Piaget (1896/1980) era biólogo e centrou seus estudos na origem e
formação do conhecimento, denominando este contexto de pesquisa em
EPISTEMOLOGIA GENÉTICA. Tal contexto era centrado no desenvolvimento natural do
individuo. Ele dizia que nem no sujeito e nem no objeto estava o conhecimento, mas em
um ponto P de interação entre os dois.
Para Piaget, o desenvolvimento humano é influenciado por quatro fatores, são
eles: maturação – relacionado às questões biológicas; exercitação – ligado ao
funcionamento dos esquemas e órgãos que implica diretamente na formação de hábitos;
aprendizagem social–aquisição de valores, costumes e padrões sociais e culturais;
equilibração – processo de autoregulação interna do organismo. Segundo Piaget,
quando surge uma situação nova há um desequilíbrio, nesse momento dois
mecanismos são acionados, Assimilação e acomodação, com a ação deles há um novo
equilíbrio, gerando novos conhecimentos.
Jean Piaget esquematizou quatros etapas na construção da inteligência. São
elas: sensório-motor; pré-operatório; operatório concreto e; operatório formal.
Essas etapas obedecem quatro características, são elas: sequência invariável – não se
pode pular etapa, sair do sensório-motor e ir diretamente para o operatório concreto;
não são reversíveis – não pode realizar a trajetória inversa; faixa etária não rígida –
pode ser que uma criança atinja a etapa com idade menor ou maior; complexidades
crescentes – as estruturas criadas nas etapas são cada vez mais complexas. No
parágrafo posterior iremos explicar cada etapa.
O período SENSÓRIO-MOTORvai do zero aos dois anos de idade. Nele o bebê
começa a construir esquemas de ações, buscando assim, assimilar mentalmente o
meio. Nessa etapa a criança pega, joga, bate, balança. Essas ações são realizadas
baseadas em percepções sensoriais e nos esquemas motores que possui. A criança
aprende através dos sentidos e movimentos.
Para Piaget essa etapa é subdividida em seis estágios: 1- de zero a um mês – a
criança passa a maior parte do tempo dormindo, não expressa nenhuma ação quando
um objeto é retirado do seu campo de visão; 2- primeiro ao quarto mês – acontecem as
reações circulares (repetições) primárias. Nesse estágio a criança consegue
acompanhar o deslocamento dos objetos, mas continua olhando onde o objeto
desapareceu; 3- quarto ao oitavo/nono mês – acontecem as reações circulares
secundárias. Nesse momento, as ações agradáveis são intencionalmente repetidas.
Aqui os objetos escondidos parcialmente são procurados pelas crianças; 4- oitavo/nono
ao décimo primeiro/décimo segundo mês –Aplicações a situações novas. Quando o
objeto é escondido sucessivamente a criança sempre procura no primeiro local em que
ele foi escondido; 5- décimo primeiro/décimo segundo ao décimo oitavo mês – Surgem
as reações e esquemas terciários. Nesse estágio a crianças já cria novas ações para
atingir um determinado fim. Quando a criança acompanha visualmente os
deslocamentos dos objetos ela é capaz de considerá-los; 6- décimo oitavo ao vigésimo
quarto mês –combinação mental de esquemas, invenção e representações. É marcado
pelo início da representação mental dos acontecimentos. Nesse momento a criança
consegue representar mentalmente o deslocamento dos objetos escondidos.
O PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO vai de dois aos sete anos. A principal
característica desse período é o EGOCENTRISTO. As outras características desse
período são: Função Simbólica – a criança é capaz de formar imagem mental e
representá-la; Imitação Retardada–a criança é capaz de imitar mesmo sem a utilização
de um modelo; Jogo Simbólico – surgem as brincadeiras do “faz de conta” onde a
criança se transforma em tudo e conversa com amigos imaginários; Linguagem–nesse
período a criança fala no coletivo, mas continua falando para si mesma. Ela encontra no
nível monólogo/coletivo; Desenho – é uma forma da criança se expressa e tentar imitar
o real.
Para Piaget o egocentrismo do período pré-operatório é uma atitude espontânea
da criança, que colocar sua perspectiva particular nas diversas situações. Podemos citar
exemplos disso: Animalismo–atribuição de alma as coisas e animais (o cavalo está
triste); Finalismo – Responde conforme a finalidade funcional do objeto (a cadeira é para
sentar); Artificialismo – crença em coisas construídas pelo homem ou entidade divina;
Interpretação mágico-fenomenista– interpretação mágico-fenomenista do mundo (o dia
clareia porque ele abre o olho); Pensamento Intuitivo–é a fase conhecida pela idade dos
porquês, a curiosidade é sanada por perguntas. O pensamento intuitivo é importante
para entender as características do período operatório. Portanto, iremos detalhá-lo no
parágrafo posterior.
O Pensamento Intuitivo apresentar os seguintes traços: Justaposição – a
criança ainda não percebe a relação inclusiva, se perguntamos nesse momento a uma
criança se há mais meninas ou meninos na sala, ela não conseguirá responder;
Transdução – a criança precisa de uma conexão lógica entre os elementos, pois tem
dificuldades generalizadas; Sincretismo – a criança faz generalizações indevidas (se ela
não gostar de abacate porque é verde, também não gostar de outra fruta porque é
verde); Irreversibilidade –a criança não é capaz de reverter uma direção (não entende
que a subtração é o inverso da adição); Centralização–a criança não leva em conta
várias relações ao mesmo tempo.
O OPERATÓRIO CONCRETO vai dos sete aos onze anos. Nesse estagio o
pensamento da criança é lógico, objetivo e reversível. Ou seja, a criança não se
submete a uma representação imediata, para chegar a abstração ela ainda precisa do
mundo concreto. É o estágio dos processos mentais baseados na lógica. Tendo assim,
habilidades para discriminar os objetos por suas similaridades e diferencias.
As operações lógicas desse período estão assim divididas: INFRALÓGICAS -
quantidade, peso e volume, comprimento e superfície, tempo e velocidade;
LÓGICA MATEMÁTICA – classificação, seriado, multiplicação e numeração.
A fase OPERATÓRIO FORMAL vai dos doze anos em diante. No presente
estágio as operações do anterior passar para o campo do raciocínio hipotético-dedutivo.
Também é importe perceber a consolidação da personalidade, a socialização,
autonomia, moralidade e outros aspectos que passam por uma grande evolução nesse
período.
Nesta fase o pensamento abstrato emerge. Nela o adolescente deixa de
necessitar do concreto e começar a pensar mais no contexto abstrato do mundo, onde é
necessário raciocinar baseado no teórico e abstrato. Surgem os pensamentos voltados
para as questões morais, sociais, políticas e outras. Buscando usar o raciocínio dedutivo
indo de um principio geral para um especifico. Portanto, passar a vê o mundo com um
olhar mais cientifico.
Para Piaget o individuo se desenvolve e com isso ele passa pelos vários
estágios interagindo com o objeto, problema e o meio. Com essa interação o individuo
vai adquirindo aprendizado. Portanto, para Ele o individuo de desenvolve, interage e
depois adquire aprendizado.
Vygotsk (1896-1932) defendeu o Interacionismo Social. Para ele o individuo
aprende com as pessoas, nas trocas de experiências entre elas. Buscou entender como
essa interação social interfere no desenvolvimento e consequentemente no
aprendizado. Para ele uma criança não nasce pronta ou humana. Mas vai se humanizar
com a vivência com as pessoas, com o aprendizado dessa vivência. Denominou isso de
Socioconstrutivismo.
Juntamente com Luria e Leontiev, acreditava que as funções mentais superiores
surgiam a partir de uma interação entre os fatores biológicos com os culturais. Com isso,
surgiu a possibilidade de se entender como era o processo de apropriação de saberes
culturais pelas crianças. Contribuindo com a compressão do pensamento como função
cerebral.
Como funções psicológicas temos: as funções psicológicas elementares e as
superiores. As atividades psicológicas elementares são Atividades práticas, memória,
atenção e percepção (controle involuntário). As psicológicas superiores são controle
voluntário, consciência, discernimento intencionalidade e outros.
Vygotsky estudou os processos que envolvem a memória, a atenção, a
imaginação, o planejamento, a ação intencional, a representação simbólica, o
pensamento abstrato, a capacidade de solucionar problemas, a memória, a formação de
conceitos, a linguagem, e outros. Ou seja, estudou as funções superiores que se
originam nas relações dos indivíduos com seus contextos sociais, percebendo que o
desenvolvimento humano está correlacionado ao desenvolvimento histórico e ao
contexto social onde o sujeito está inserido.
Seguindo esta linha de pesquisa Vygotsky defendeu alguns conceitos. No
processo de ensino e aprendizagem ele defende o conceito de internalização. Nele a
criança trás para si o conhecimento a sua volta fazendo sua própria interpretação com
os conhecimentos já adquiridos. Através dele o pesquisador defende que o
desenvolvimento social precede o desenvolvimento individual. Outro conceito defendido
por Vygotsk é a mediação, nele a criança necessita de um mediador para organizar os
conhecimentos adquiridos e os transformar em aprendizado. Tornando-se não somente
um produto do meio, mas um participante ativo na criação ou transformação desse
meio.
Outro conceito importante na Teoria Vygotskiana é a Zona de Desenvolvimento
Proximal que é a distância entre a Zona de Desenvolvimento Real (ZDR) e a Zona de
Desenvolvimento Potencial (ZDP). Na ZDR a criança resolve os problemas sem a
intercessão de outra pessoa. Já na ZDP a criança necessita de ajudar de um adulto que
seja mais capaz. Portanto, para Vygotsky a pedagogia não deve se preocupar com o
ontem, mas com o amanhã do desenvolvimento da criança.
Como vimos anteriormente, para Piaget primeiro a criança se desenvolve e
depois vem o aprendizado. Para Vygotsky a aprendizagem precede o desenvolvimento.
Pois a mesma favorece a apropriação das ferramentas culturais que ativar o
desenvolvimento infantil.
Para este pesquisador a criança começa a aprender antes de entrar na escola,
pois antes de iniciar o processo de educação formal, nas instituições educacionais, a
criança já possui uma história de vida, ou seja, ela já tem um conhecimento empírico.
Porém, é na escola que terá contato com outros saberes, tanto trazidos pelas outras
crianças, como fornecidos pela escola através do conhecimento formal. Para tanto, o
papel do professor é importantíssimo, pois conduzirá o aluno à aquisição de
conhecimentos, começando com tarefas mais simples e tuteladas para tarefas
autônomas e desafiadoras. Como relata Papalia (2006) quanto menor a capacidade de
uma criança para uma tarefa, mais orientação o adulto deve dar. À medida que a
criança consegue fazer cada vez mais, o adulto ajuda cada vez menos. Quando a
criança consegue executar a tarefa sozinha, o adulto retira o “andaime” que não é mais
necessário.
A criança começa a
desenvolver as
capacidades de memória
e atenção voluntárias.
Da Adolescência Mais ou menos a partir dos Onde o indivíduo passa por
onze, doze anos, a criança uma série de conflitos
começa a passar pelas internos e externos.
transformações físicas e
Os grandes marcos desse
psicológicas
estágio são a busca de
da adolescência.
auto-afirmação e o
desenvolvimento da
sexualidade.
Fonte: Própria.
1.4.2 Piaget
16
A inteligência é definida como a habilidade de resolver problemas ou de criar produtos que sejam
valorizados dentro de um ou mais cenários culturais.
44
neurônios. Poucos dias após o nascimento, o cérebro humano já tem cercade cem
bilhões de células nervosas chamadas neurônios. O mesmo é uma célula estrelada
longo, formada basicamente, como mostra a figura 01, de Corpo Celular, dendrito,
Axônio e Bainha de Mielina.
Figura 01 – O neurônio
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/
até suas terminações que são chamados de botões terminais, nelas existem as
vesículas que liberam substâncias químicas que produzem as sinapses ou fendas
sinápticas.
O neurônio é a peça fundamental para a comunicação dentro de nosso
organismo que possui canais cheios de nervos que fazem as informações, geradas
por estímulos, chegarem ao cérebro e voltarem como respostas dos referidos
estímulos. Os neurônios têm uma capacidade neural muito importante, eles
precisam ser estimulados. Tal capacidade gera cinco propriedades, que são:
irritabilidade – a célula detecta as modificações do meio ambiente; condutibilidade –
passar uma informação de um neurônio para o outro; contratilidade – tem um
movimento próprio; excitabilidade – receber e transformar a informação em resposta;
referências arquivadas – aprendizados anteriores.
Como já foi descrito anteriormente, os neurônios produzem sinapse que é
uma região de comunicação entre os neurônios. Existe dois tipos de sinapse, uma
física e outra química. A física é aquela que é estimulada pelo meio externo, sendo
produzida pelos nossos sentidos, nesse caso a informação é enviada ao Tálamo que
a distribui pelas várias áreas do cérebro. A química está ligada diretamente ao nosso
sistema neuroendrócno, enviando ao nosso sangue os neurotransmissores.
Portanto, o ser humano aprende através da sinapse física que é estimulada pelo que
vem do meio externo e da química que libera em nossa corrente os mensageiros
químicos.
Segundo Contreras, Palma e Pedraza (2017) os neurotransmissores mais
importantes são: adrenalina (estabelece os níveis de energia), serotonina
(relacionado ao humor e emoção), GABA (estabelece níveis deansiedade),
dopamina (associada ao prazer e movimento) e acetilcolina (responsávelde
estimulação muscular). Esses neurotransmissores permitem a conexão neuronal
devido a um grande número de mecanismos conhecidos como plasticidade
sináptica.
Para que possamos entender a nós mesmos e as outras pessoas, é
fundamental que conheçamos os neurônios. Pois, essas unidades básicas são as
responsáveis pelo funcionamento do nosso sistema nervoso e consequentemente
de nosso organismo. Portanto, os neurônios fomentam a interação entre nosso
organismo e o meio ambiente, fazendo-nos perceber o mundo a nossa volta e com
ele aprender e sentir as sensações excitatórias e inibidoras.
47
Fonte: https://conhecimentocientifico.r7.com/cerebro/
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/367709/
Figura 00.
Aprendizagem
01 Transtorno da Leitura. Dificuldade em compreender palavras
escritas.
02 Transtorno da Matemática Dificuldade em associar as habilidades
– conhecida como matemáticas básicas com mundo que cerca
discalculia. a criança.
03 Transtorno de expressão. Dificuldades de compor textos escritos.
Fonte: livro Neurociência e Transtorno de Aprendizagem de Relvas (2015).
Então, por ser uma educação fora dos padrões normais, a literatura coloca
que esse aluno deve ter um processo de desenvolvimento de abrangência normal,
total, isto é, uma necessidade de ser incluso, de saltar para uma realidade de
aperfeiçoamento integral e que, nesse novo conhecimento adquirido, ele possa
preencher com êxito as deficiências potencialmente necessárias.
No entanto, Inclusão vai muito além daquilo que pensamos, e este assunto
está diretamente ligado a escola, local este que a sociedade determinou que serão
erguidos ou derrubados tabus, conceitos e preconceitos. E foi pensando neste
espaço Escola que houve a necessidade de aprofundar o trabalho sobre Inclusão,
57
mas não me deter para a questão física e/ou mental, mas sim as políticas que
tratam, abordam a Inclusão.
É na escola que todo educador divide seu tempo, suas conversas e dúvidas e
questionamentos. É através dela que se constrói o sujeito da História, um sujeito
crítico ou acomodado, não só o aluno, mas também o professor que muitas vezes
chegam às escolas com seus “saberes, no entanto poderão ser modificados.
Portanto, Educação Inclusiva não é aquela que apenas incluído os alunos nas
salas de aulas regulares, sim uma educação que busca possibilidades de
aprendizados significativos.
sistema geral de ensino. A Lei nº. 5.692/71, que altera a LDBEN de 1961, define
‘tratamento especial’ para os discentes com deficiências físicas, mentais, que se
encontram em atraso quanto à idade regular de matrícula e os superdotados; no
entanto, a mesma não fundamenta um sistema de ensino capaz de atender as
necessidades educacionais especiais, reforçando assim o encaminhamento dos
alunos para as classes e escolas especiais.
Em 1973, é criado o Centro Nacional de Educação Especial (CENESP) no
Ministério de Educação e Cultura (MEC), responsável pela gerência da educação
especial no Brasil. Com isso, há um impulsionamento das ações educacionais
voltadas às pessoas com deficiência e às pessoas com superdotação. No entanto,
as ações se caracterizaram como campanhas assistenciais e ações isoladas do
Estado. Sendo assim, não se efetiva uma política pública de acesso universal à
educação. Portanto, apesar do acesso ao ensino regular, não é organizado um
atendimento especializado em prol das singularidades de aprendizagem desses
alunos.
Em 1988, é implantada a nova Constituição Federal. Ela define em seu artigo
205 a educação como um direito de todos. E no artigo 206, inciso I, estabelece a
igualdade de condições de acesso e permanência na escola. Como também, no
artigo 208, garante a educação como um dever do Estado, o qual dever oferta um
atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de
ensino. Abrindo um enorme leque de ações voltadas para o ensino especial.
A Lei nº 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, trás
consigo um avança ao direito de aprendizados aos necessitados de educação
especial. No artigo 24, inciso V, define a possibilidade de avanço nos cursos e nas
séries mediante verificação do Aprendizado. No artigo 37, oportunidades
educacionais especializadas, conforme as características dos discentes, seus
interesses, condições de vida e trabalho, através de cursos e exames. No artigo 59,
preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo,
métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades;
assegura ainda, a terminalidade específica àqueles que não atingiram o nível exigido
para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências e
aceleração de estudos aos superdotados para conclusão de estudo.
Em 1999, o Decreto nº 3.298 que regulamenta a Lei nº 7.853/89, define a
educação especial como uma modalidade transversal a todos os níveis e
61
O papel do educador é intervir nas atividades que o aluno ainda não tem
autonomia para desenvolver sozinho, ajudando o estudante a se sentir
capaz de realizá-las. É com essa dinâmica que o professor seleciona
procedimentos de ensino e de apoio para compartilhar, confrontar e resolver
conflitos cognitivos. (ALONSO, 2013)
Apesar das inovações garantidas pela lei, sabemos que na prática, no cotidiano
escolar, a inclusão de todos os alunos ainda questionada quanto a sua real atuação
na rede regular de ensino, visto que as leis não avançam como deveriam
acompanhar as inovações. Ao referirmos as leis é importante considerarmos
Mantoan (2003, p. 42) que diz “[...] a LDB de 1996 não contempla o direito de opção
das pessoas com deficiência e de seus pais ou responsáveis, limitando-se a prever
as situações em que se dará a educação especial normalmente na prática por
imposição da escola ou da rede de ensino.”
A mesma autora citada (p. 43) acrescenta “[...] o acesso a todas as séries do
ensino fundamental, (obrigatório) deve ser incondicionalmente garantido a todos.”
Para tanto os critérios de avaliação e de promoção, com base no
aproveitamento escolar, previsto na LDB de 1996 (art. 24), devem ser reorganizados
de forma a cumprir os princípios constitucionais da igualdade de direito ao acesso e
a permanência na escola básica bem como do acesso aos níveis mais elevados de
ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um.
A Constituição Federal (1988) tem como fundamentos a cidadania e a
dignidade da pessoa humana. (art. 1º, inciso II e III) e tem como um de seus
objetivos fundamentais a promoção do bem de todos sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, inciso IV)
garante com isto a todos o direito a igualdade devendo visar o pleno
desenvolvimento da pessoa, sua preparação para a cidadania e para o trabalho. Ao
estado cabe a garantia de acesso aos níveis mais elevados de ensino, pesquisa e
criação artística, segundo a capacidade de cada um (art.208, inciso V). Sendo a
constituição a carta magna do nosso país a dar destaque quanto a inclusão da
pessoa com necessidades especiais, caberá a nós, enquanto pessoas inseridas na
sociedade, fazer cumprir as leis, isto é, exigirmos a inclusão, porém discursos não
nos dizem nada, é preciso fazer valer os seus direitos.
A inclusão hoje é fato e está presente em nossas escolas e desta forma
constata-se a necessidade de introduzir modificações na formação inicial dos
educadores, e na formação continuada e sistemática ao longo da carreira
profissional dos professores e demais profissionais da educação.
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aberto de escuta entre estes profissionais. Desta forma torna-se mais “palpável” lidar
com impasses do cotidiano, do dia a dia de quem está na sala de aula e do
ambiente escolar, trocando experiências e aprendendo novas formas de ensinar.
Para Kupfer (2001), o professor precisa sustentar sua função de produzir
enlace, em acréscimo a sua função pedagógica e para isso necessita de apoio de
uma equipe de profissionais.
Segundo Jerusalinsky e Páez (2001, p.35) “São poucas as experiências onde
se desenvolvem os recursos docentes e técnicos e o apoio específico necessário
para adequar as instituições escolares e os procedimentos pedagógicos – didáticos
às novas condições de inclusão”.
2 METODOLOGIA
2.2.1 Enfoque
3 ANÁLISE DE RESULTADOS
se pode dizer que os mesmos podem terem uma vasta experiência na educação
como professores.
% 20,59 79,41
Verificando os dados da tabela 13, eles nos mostram que nas capacitações e
planejamentos das escolas pesquisadas, as mesmas não procuram realizarem
formações oferecendo os conteúdos da neurociência baseado na aprendizagem
cognitiva. Pois, 91,18 dos docentes pesquisados responderam que tal estudo não
85
ocorreu em suas formações e planejamentos. Isso evidência que a escola não deu
muito credito aos ensinamentos da neurociência.
11- Sim, seria ótimo o professor ter mais conhecimentos a respeito dessa
problemática para que pudessem ajudar melhor os seus alunos que sofrem com
isso. A neurociência nos ajudaria a compreender o funcionamento do cérebro e
porque cada pessoa aprende de forma diferente.
12- Sim. Na busca da origem do problema na aprendizagem.
13- A neurociência ajuda no sentido de compreender o processo de
aprendizagem e como funciona o cérebro.
14- Sim. Uma vez que a neurociência estuda como funciona o cérebro, ele
poderia ajudar no processo de aprendizagem, sendo que cada indivíduo tem sua
forma de aprender, mostrando um direcionamento de trabalho a ser realizado para
cada grupo de dificuldades de aprendizagem no meio escolar.
15- Sim. Para sabermos por exemplo como a aprendizagem, a
memorização ocorre e quais as combinações de estímulos o cérebro precisa.
16- Considerando que todo estudo científico pode contribuir para o
aprimoramento do processo ensino aprendizagem, posso dizer que sim. Acredito,
mas sem conhecimento mínimo do assunto não tenho como dizer como isso pode
contribuir no meu planejamento.
17- Sim. Contribuirá para responder algumas questões que venham está
interferindo no aprendizado do aluno que possui dificuldades na aprendizagem.
18- Sim. Eu acredito que a neurociência pode contribuir com o despertar da
criança para a aprendizagem. Fazendo com que as crianças realizem atividades que
despertem a curiosidades deles e os faça avançarem. É necessário lavá-los a
enfrentar desafios, a fazer perguntas e procurar repostas.
19- Sim. Pode trazer novos conhecimentos para compreender a dificuldade
de cada criança.
20- Apesar do pouco conhecimento do assunto em questão, penso que
este ramo do conhecimento possa contribuir para a aprendizagem explicando de
que maneira ocorre a memorização. Bem como, o processamento de
armazenamento das informações em nosso cérebro.
21- Sim. Sabemos que não existe uma receita e nem um manual prático do
passo a passo. É preciso muito estudo e pesquisa.
22- Sim. Com palestras e vídeos educativos.
23- Sim, com palestras.
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informações e criam conexões para estimular a aprendizagem será bem mais fácil
alcançar o resultado que se espera do aluno quando ensinado.
4. Acredito que a escola, ou, cursos sobre a neurociência são muito
importantes e imprescindíveis para que os educadores possam ver a estudar e se
aprofundar. Seria interessante também colocar nas grades das licenciaturas esses
campos de estudo dentro da neurociência.
5. Nada a acrescentar.
6. A neurociência seria de grande soma no meio escolar para treinamento
de docentes, onde abriria o campo de conhecimento de professores e ajudaria
bastante no desenvolvimento de trabalhos pedagógicos junto à sociedade estudantil.
7. Precisamos ter mais acesso a este tema.
8. A temática em questão é fundamental para o conhecimento e
desenvolvimento de práticas pedagógicas voltadas para o processo educacional
como forma eficaz na construção do saber.
9. Acredito muito que a inclusão é um passo muito importante na vida dos
alunos, porém deve ser sempre levado em consideração o processo de suporte ao
docente e a criança que está sendo inclusa, pois na maioria das vezes, isso não
ocorre.
17; 49%
18; 51%
33; 94%
Sim Não
10; 24%
9; 21%
8; 19%
6; 14%
6; 14%
2 6; 10%
32; 55%
13; 22%
33; 94%
Testes/provas Trabalhos de pesquisa.
Seminários Apresentações cênica.
Sim Não Outros
Gráfico 05. Você discute os resultados de suas avaliações com a equipe pedagógica.
4; 11%
7; 20%
28; 80%
Sim Não
17; 49%
18; 51%
Sim Não
CONCLUSÃO
RECOMENDAÇÕES
97
REFERÊNCIAS
BASTOS, José Alexandre. O cérebro e a Matemática. São José do Rio Preto, São
Paulo: Edição do autor, s/d.
ANEXOS
100
APÊNDICE