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Universidade do Estado do Pará

Centro de Ciências Sociais e Educação


Departamento de Matemática e Estatística
Curso de Licenciatura em Matemática

JULIANA TELES DE ANDRADE

FUNÇÃO SENO: Análise do livro didático à luz da Teoria


Antropológica do Didático

Belém-Pará
2023
JULIANA TELES DE ANDRADE

FUNÇÃO SENO: Análise do livro didático à luz da Teoria


Antropológica do Didático

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Licenciatura em Matemática,
como requisito à obtenção do grau de
Licenciatura em Matemática da Universidade
do Estado do Pará. Orientador: Prof.º Dr.
Carlos Alberto Miranda. Co-Orientador: Prof.
Msc. Fabricio da Silva Lobato.

Belém-Pará
2023
SUMÁRIO
1.Introdução...........................................................................................................................7

2.Metodologia........................................................................................................................7

3.Objetivos.............................................................................................................................7

3.1 Geral..............................................................................................................................7

3.2 Específicos....................................................................................................................7

4.Referencial Teórico Metodológico................................................................................7

4.1 Didática da Matemática...............................................................................................7

4.2 Teoria Antropológica do Didático...............................................................................9

4.3 Modelos Didáticos de Josep Gascón......................................................................11

5.Estudo sobre Função Seno..........................................................................................11

5.1 Revisão de Literatura.................................................................................................11

5.2 Objeto Matemático.....................................................................................................12

5.2.1 Fenômenos Periódicos.......................................................................................12

5.2.2 Definição de Função Periódica.........................................................................12

5.2.3 Função de Euler..................................................................................................12

5.2.4 Função Seno........................................................................................................12

6.Análise do Livro Didático..............................................................................................12

Considerações Finais........................................................................................................13

Referências Bibliográficas...............................................................................................13
RESUMO

ABSTRACT

LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1. Introdução
Os livros didáticos de Matemática constituem-se como suporte de
conhecimento ao educando, auxiliando o professor na trajetória do seu planejamento
para o ensino dos conteúdos propostos. Percebe-se que o livro passou por
modificações no decorrer do tempo, pois a sociedade foi se modificando e as obras
visam a atender à demanda social de cada geração. Então o livro didático é um
instrumento que transmite informação aos professores e educandos, constituindo em
partes um guia de ensino. O livro didático, junto com a prática docente, pode
proporcionar uma mediação na construção do conhecimento dos educandos
(NASCIMENTO; MATTOS; FONSECA, 2023).
Nessa perspectiva, a globalização trouxe consigo melhorias para o
aprendizado, como acesso à educação, aos livros didáticos na maioria das escolas,
e o despertar pelo interesse do saber. No entanto, é perceptível que tais melhorias
não são universais, uma vez que fatores socioeconômicos, ambientais e próprios
dos indivíduos passem a influenciar no interesse e adesão ao aprendizado.
Além disso, a desigualdade social vem como um fator intrínseco ao
aprendizado, visto que, aqueles menos assistidos economicamente passam a ter
menos oportunidades de acesso às instituições de ensino ou formas reduzidas de
manter-se dentro destas. Ainda, outro fator que corrobora para que haja dificuldades
dentro do processo de ensino aprendizagem na educação matemática é um estigma
criado muitas das vezes pela falha do vínculo entre docentes e discentes, onde
muitas vezes há a falha no diálogo e surgem pré-conceitos com a disciplina.
Sob essa ótica, pode-se observar o quanto isso reverbera por todos os anos
de formação, pois quando o aluno vem a ser apresentado a assuntos como a função
seno há o estigma criado sobre as dificuldades, formas de interpretação de questões
e até mesmo a expectativa por cálculos extremamente difíceis de desenvolver. Logo,
estes são alguns fatores que levam a uma comunidade desinteressada pelo
aprender no processo ensino aprendizagem.
Logo, a Teoria Antropológica do Didático de Chevellard - cuja avalia a
interação da matemática com as ações humanas e instituições sociais e tendo por
objetivo avaliar como a matemática com seus conceitos e métodos são vistos pelo
social -, subsidia que a para que este estudo seja objetivado a atividade do professor
deve ser avaliada e compreendida a sua finalidade, assim como a forma como esta
será recebida por seus aprendizes. Isto é, o conjunto social, comportamental e
institucional deve ser analisado como um todo, a fim de compreender os
determinantes praxeológicos.
Além disso, outras teorias surgiram com a finalidade de compreender ainda
mais as formas de aprender e ensinar a matemática, e com o passar dos anos é
possível observar o surgimento de práticas, métodos e formas novas e eficazes no
ensino-aprendizagem.
Brousseau (1996) ao criar a Teoria das Situações, considerou que o discente
aprende a partir de constantes adaptações a um meio permeado de contradições,
dificuldades e desequilíbrios. Esse meio é criado pelo docente e considera que as
respostas dos discentes surgirão a partir de duas hipóteses, a saber: #) o aluno
consegue resolver o problema dando respostas corretas ou ##) o aluno não
consegue alcançar a resposta correta, carecendo de um ensino para resolver o
problema proposto. Assim, as respostas dos alunos, segundo essa teoria,
evidenciam sua aprendizagem (Gama, 2020).
Gama (2020) frisa o papel fundamental do docente em mediar a troca de
conhecimento e reforça não ser uma função exclusiva, isto é, o discente deve ser
ativo e aceitar a mediação do saber ofertada pelo docente. Ainda, o autor reafirma a
necessidade e importância de estímulo por parte dos docentes na busca pela
aprendizagem.
No nosso país, a partir de 1985, coube ao Plano Nacional do Livro Didático
(PNLD) configurar qualidade às obras. O Ministério da Educação pública então o
Guia de Livros Didáticos para Matemática - PNLD, elencando ali as diversas
competências e capacidades que os livros didáticos utilizados nos níveis de ensino
básico deveriam propiciar (SOUSA, 2020).
Diante do exposto, observa-se que docentes devem estar habilitados a
conduzirem o ensino-aprendizagem, com o intuito de cumprir as metas propostas
pelo PNLD, uma vez que para manusear o livro didático há a necessidade não só de
dominar o conhecimento, mas a de saber e conseguir compartilhar com os discentes
que entrarão em uma nova fase de aprendizagem de forma integral.
Assim sendo, este trabalho será disposto em partes que justifiquem a
abordagem de forma clara e concisa, com metodologia clara que sirva para auxiliar
futuras pesquisas, fundamentação teórica com detalhamentos, estudo aprofundado
da função seno e análise de livros didáticos a fim de alcançar os objetivos traçados
para esta pesquisa.
2. Metodologia
Trata-se de um estudo metodológico de abordagem qualitativa para a
qualificação de um trabalho de conclusão de curso. A pesquisa qualitativa foi a
alternativa escolhida para a realização deste estudo, pois é apropriada para a
avaliação formativa, quando se trata de melhorar a efetividade de um programa, ou
plano, ou mesmo quando é o caso da proposição de planos, ou seja, quando se
trata de selecionar as metas de um programa e construir uma intervenção
(ROESCH, 2005).
Cabe ressaltar que a pesquisa se deu por meio do mapeamento de estudos
disponibilizados em bases de dados (Google acadêmico para direcionamento aos
repositórios universitários). Como ferramentas para o aprimoramento de buscas
utilizou-se, como critérios de inclusão: trabalhos de conclusão de curso e teses de
mestrado e doutorado em português, estudos realizados em território nacional nos
últimos 10 anos
Ainda, as palavras chaves: função seno, matemática, antropologia do
didático, em seguida fora realizada a avaliação de dados nos trabalhos encontrados
e refinamento de informações para extração de dados úteis a pesquisa.
Em um segundo momento, livros didáticos também foram analisados. Estes
foram selecionados do seguinte modo: livros que atendam ao Plano Nacional de
Livros Didáticos de 2015, cujos autores abordem a função seno e suas vertentes, e
que apresentem as mudanças aplicadas pelo PNLD de 2015.

3. Objetivos

3.1 Geral

Investigar as organizações matemáticas e didáticas da Função Seno,


mediante à análise dos livros didáticos empregue no PNLD de 2015.
3.2 Específicos

 Analisar as organizações praxeológicas no livro didático de matemática do


PNLD de 2015
4. Referencial Teórico Metodológico
4.1 Didática da Matemática
O programa epistemológico de investigação em Didática da Matemática
iniciou na França, nos anos 60, mas somente nos anos 70, é que as discussões
foram se intensificando com a Teoria das Situações Didáticas (TSD) de Guy
Brousseau, que integrou o “matemático” e o “pedagógico” modelando de maneira
inseparável os conhecimentos matemáticos e as suas condições de utilização em
situação escolar. Tendo como fundamentação a TSD, Yves Chevallard desenvolveu
a Teoria da Transposição Didática, na qual discute as noções de saber sábio, saber
a ensinar e saber ensinado. Estes conceitos permitem mostrar as diferenças entre o
saber matemático (produzido pelos matemáticos) e o saber a ser ensinado, o qual
sofre as transformações adaptativas de um objeto de saber a ensinar em objeto de
ensino (PINHEIRO, 2015).
Por conseguinte, Brousseau na TSD aborda que a aprendizagem matemática
ocorre a partir da resolução de situações-problema, que são criadas ou selecionadas
pelos docentes, e que permitem aos discentes mobilizar seus conhecimentos
prévios e construir novos conhecimentos matemáticos. As situações didáticas
devem ser bem estruturadas, coerentes e relevantes para os alunos, e devem estar
de acordo com o nível de desenvolvimento dos mesmos. Além disso, o autor propõe
que o ensino da matemática deve ter como objetivo principal a formação de
competências matemáticas nos alunos, que vão além do simples conhecimento de
conceitos e técnicas, e que permite-os resolver problemas em diferentes contextos,
isto é, o ensino deve contemplar a parte específica dos saberes da matemática - as
competências matemáticas incluem a capacidade de interpretar e representar
situações matemáticas, de formular e resolver problemas, de comunicar e justificar
resultados e de mobilizar os conhecimentos matemáticos em outras áreas do
conhecimento.
Para além, Brousseau aborda a questão da transposição didática, cuja trata a
transformação do conhecimento matemático em conhecimento escolar. Este propõe
que os docentes devem ter uma compreensão clara dos objetivos do ensino da
matemática, das competências matemáticas a serem desenvolvidas pelos discentes
e das situações didáticas que serão utilizadas, a fim de garantir uma transposição
didática adequada e eficiente.
A Transposição Didática ocorre nos âmbitos externos e internos da escola. As
instituições de transposição de saberes, espaço onde se opera a interação entre o
sistema didático e o ambiente social, são definidas por Chevallard (2005) como
noosfera, as competências estão delimitadas com precisão pelos representantes do
sistema de ensino e os representantes da sociedade (PINHEIRO, 2015).
Sob essa ótica a passagem do conhecimento matemático científico para o
conhecimento escolar é aborda por Chevallard. Onde, a transposição didática
implica uma mudança na natureza do conhecimento, que passa de um
conhecimento técnico-científico, produzido e utilizado por especialistas, para um
conhecimento escolar, acessível e assimilável por alunos em diferentes níveis de
desenvolvimento cognitivo. Além disso, o autor argumenta não ser uma tarefa
simples de transmissão de conteúdo, mas sim que envolve uma complexa
negociação entre a cultura escolar e a cultura científica, bem como entre o discente
e o aluno. O processo de transposição didática implica a adaptação do
conhecimento matemático ao contexto escolar, levando em consideração as
características dos alunos, os objetivos do ensino e as normas culturais e
pedagógicas da escola.
4.2 Teoria Antropológica do Didático
Da problemática da Transposição Didática, Chevallard (1999) desenvolveu a
Teoria Antropológica do Didático (TAD), que inicialmente foi construída como uma
teoria cujo objetivo consiste em controlar os problemas da difusão de conhecimentos
e de saberes quaisquer, compreendidos em suas especificidades, assim como, os
conhecimentos matemáticos. As primeiras formulações da TAD, e que
posteriormente evoluíram, surgiram da problematização do conhecimento
matemático, na qual Chevallard (1999) evidencia a relatividade institucional do
conhecimento matemático e sua evolução no centro de uma instituição didática.
Para o autor, a TAD estuda o homem perante o saber matemático, e mais
especificamente, perante situações matemáticas. Um motivo para a utilização do
termo “antropológico” é que a TAD situa a atividade matemática e, em
consequência, o estudo da matemática, dentro do conjunto de atividades humanas e
das instituições sociais (PINHEIRO, 2015).
Para Chevallard, a atividade matemática é uma realização social e cultural,
que envolve um conjunto de práticas e concepções que são construídas e
compartilhadas pelos membros de uma comunidade. Essas práticas incluem o todo,
desde os procedimentos e técnicas matemáticas até as formas de comunicação, as
normas e os valores culturais que são mobilizados no processo de ensino e
aprendizagem da matemática.
Elemento importante da Teoria Antropológica do Didático é o estudo das
organizações praxeológica: a noção de Organização Matemática (OM), que constitui
a ferramenta fundamental para modelizar a atividade matemática. Uma organização
matemática é qualquer estrutura possível de atuação e conhecimento, assumindo
que toda atividade humana apresenta dois aspectos inseparáveis: a prática
matemática ou “práxis”, que consta de tarefas (T) e técnicas (𝝉), e o discurso
fundamentado ou “logos” sobre essa prática que é constituída por tecnologias (𝜃) e
teorias (𝜣) (PINHEIRO, 2015).
Em resumo, uma praxeologia ou organização praxeológica é constituída por
dois blocos: o saber fazer (prático-técnico), e o bloco do saber (tecnológico-teórico).
Assim, ao unir a práxis ao logos obtêm-se as organizações praxeológicas. Em suma,
um dos discursos da TAD é que um objeto existe a partir da existência de
instituições e pessoas que cultivam relações com esse objeto. A questão da
natureza desse objeto nos leva assim ao problema da descrição das práticas
institucionais, em que o objeto está inserido, problema ao qual é preciso responder
em termos de organizações praxeológicas. Seguindo este pensamento, podemos
pensar quais são os tipos de tarefas e técnicas que compõem as praxeologias
institucionais que compõem a Análise Combinatória e quais elementos tecnológicos
e teóricos vêm descrever e justificar essas práticas, e que organizam um discurso
sobre este objeto matemático. Pois, segundo Chevallard e Bosch (1999), os
conceitos matemáticos podem assim ser considerados como emergentes dessas
praxeologias e das relações institucionais em torno desse objeto (PINHEIRO, 2015).
Nesse contexto, é relevante salientar a presença filosófica e, vista por alguns
autores como, abstrata no embasamento de Chevallard. No entanto, ao mesmo
tempo o autor aponta para a sua adaptação a realidade, considerando as práticas
culturais e sociais envolvidas na construção do conhecimento. Logo por tratar-se do
antropológico, propõe-se que por meio de questionamentos propostos pela
implementação da problemática ecológica seja possível alcançar sua compressão.
Para além, é possível a TAD permite uma análise da didática em relação à atividade
matemática, considerando os processos de transposição didática, isto é, a
transformação do conhecimento matemático em conhecimento escolar, e de ajuste
didático, ou seja, a adaptação do conhecimento escolar às características dos
alunos e do contexto escolar. Em síntese, a TAD propõe uma abordagem teórica da
didática que considera a atividade matemática como uma atividade social e cultural,
e que analisa a relação entre o conhecimento matemático, o conhecimento escolar e
as práticas pedagógicas em uma determinada comunidade.
4.3 Modelos Didáticos de Josep Gascón
Na organização didática teoricista predomina o momento tecnológico/teórico;
isto implica que a atividade matemática enfatiza o aspecto teórico. O ensino da
matemática se apresenta como conhecimento acabado, deixando de lado a
importância da exploração da atividade matemática. Gascón (2003) explica que as
organizações didáticas teoricistsa são identificadas pelo processo de ensinar e
aprender teorias matemáticas e que o referido processo começa e praticamente
acaba no momento que as teorias são transmitidas para os alunos. O autor ressalta
que a resolução de problemas é considerada uma atividade secundária dentro do
processo de ensino e que serve como um elemento auxiliar na aprendizagem das
teorias (PINHEIRO, 2015). Logo, esta é uma abordagem centrada no docente, que
tem como objetivo ensinar aos alunos aquilo que ele sabe. É um modelo comum nas
instituições de ensino tradicionais, no entanto recebe críticas por não levar em
consideração as características e necessidades dos alunos.
A organização didática tecnicista enfatiza o aspecto da técnica e, com isso,
pode-se dizer que o mais importante na atividade matemática é o uso de algoritmos.
Segundo Gascón (2003), o tecnicismo parte de certas técnicas algorítmicas e
propõe unicamente aqueles exercícios que servem como treinamento para chegar a
dominar as técnicas. Diante disso, não são utilizadas estratégias de resolução de
problemas sem aplicação de algoritmos. Para Gascón (2003), a atividade de
resolução de problemas nas organizações didáticas Teoricistas e Tecnicistas
apresenta (PINHEIRO, 2015).
Já, nesta perspectiva, o objetivo é criar um ambiente de aprendizagem no qual
os alunos possam construir seu próprio conhecimento, participando ativamente do
processo de ensino e aprendizagem, isso baseado na pressuposição de que cada
aluno tem suas particularidades, interesses e necessidades que influenciam em seu
aprendizado.
Ainda, o pesquisador trabalha a didática modernista cuja surge com a crítica ao
modelo tradicional de ensino que era utilizado no século XX – onde o ensino era
centrado no professor, o qual passava informações prontas e não levava em conta o
que os alunos apresentavam como dificuldades, necessidades e interesses. Este
modelo então, trabalha a capacidade de os alunos desenvolverem e aprenderem de
acordo com a influência do meio em que vivem e fatores que influenciem na
aprendizagem.
Para Gáscon cada aluno é único, logo, possui um jeito ímpar de desenvolver-
se no processo de ensino-aprendizagem, por esses motivos a didática modernista
tem como princípios fundamentais o aprender significativo, a participação ativa no
processo de ensino e aprendizagem e o aprender contextualizado com o social e
cultural de cada discente. Sob essa ótica, Pinheiro refere que “as organizações
didáticas Modernistas se caracterizam por desenvolver atividades matemáticas que
incluem os sujeitos (professores e/ou alunos) em um processo de pensamento livre
e criativo. Para isso, as teorias e técnicas matemáticas ficam distantes do processo
de ensino e aprendizagem”.

5. Estudo sobre Função Seno


5.1 Revisão de Literatura
TIRA ISSO
Aqui vc pode pegar 3 ou 2 Dissertações sobre o analise de livro didático que usaram a teoria
antropológica do didático

5.2 Objeto Matemático


Retira

5.2.1 Fenômenos Periódicos


Os fenômenos periódicos constituem um componente essencial tanto no
contexto da matemática quanto na compreensão dos processos naturais. São
caracterizados pela ocorrência de eventos ou padrões que se repetem em intervalos
regulares de tempo ou espaço. Este trabalho tem como objetivo explorar em
profundidade os fenômenos periódicos, enfatizando a sua relevância tanto no
ambiente matemático quanto no mundo natural.
Lobato (2022) explica que, na Matemática, inúmeras funções matemáticas
demonstram comportamento periódico, onde um ciclo se repete indefinidamente. A
função seno, por exemplo, descreve oscilações regulares e é um exemplo notável.
Outras funções periódicas incluem o cosseno, a tangente e funções trigonométricas
mais complexas. Essas funções desempenham um papel fundamental na
modelagem de uma ampla gama de fenômenos físicos e naturais. Séries periódicas
consistem em somatórias infinitas de funções com comportamento periódico. A Série
de Fourier é uma técnica matemática crucial que permite descrever como uma
função periódica pode ser representada como uma combinação de senos e
cossenos com diferentes frequências. Essa abordagem é essencial em áreas como
análise de sinais, processamento de áudio e teoria eletromagnética.
Na Natureza, os movimentos dos planetas no sistema solar são exemplos
marcantes de fenômenos periódicos. A órbita da Terra ao redor do Sol é um
exemplo clássico, onde cada ano representa um ciclo repetitivo. Esses movimentos
celestes têm sido objeto de estudo ao longo da história e são de importância central
na astronomia. As marés dos oceanos são outro exemplo significativo de fenômenos
periódicos. Elas são, principalmente, resultado da influência gravitacional exercida
pela Lua e pelo Sol. As marés seguem um padrão regular de fluxo e refluxo,
conhecido como ciclo de maré, com um período médio de aproximadamente 12
horas e 25 minutos.
Na biologia, muitos processos exibem ritmos circadianos, que têm um ciclo
aproximado de 24 horas. Esses ritmos incluem os ciclos de sono e vigília em seres
humanos, bem como os padrões de atividade em muitos animais. Além disso, ciclos
sazonais, como o florescimento de plantas, também exemplificam fenômenos
periódicos.
Fenômenos que envolvem ondas, como ondas sonoras e ondas
eletromagnéticas, são altamente periódicos. A frequência dessas ondas determina
características como a altura do som ou a cor da luz percebida, tornando esses
fenômenos essenciais para a comunicação e a tecnologia.
Em resumo, fenômenos periódicos desempenham um papel crucial tanto na
matemática quanto na nossa compreensão do mundo natural. Eles são descritos e
analisados por meio de conceitos matemáticos, como funções e séries periódicas,
permitindo-nos modelar e prever uma variedade de eventos recorrentes em nosso
universo. Esta exploração aprofundada destaca a relevância desses fenômenos em
ambientes matemáticos e naturais, contribuindo para uma compreensão mais
completa dos processos que nos rodeiam. ( achas q eu tiro essa parte?)
5.2.2 Definição de Função Periódica
Uma função periódica é um conceito matemático fundamental que descreve
uma característica de repetição em seu comportamento ao longo de seu domínio.
Essa repetição ocorre em intervalos regulares da variável independente, e o
intervalo específico no qual o padrão se repete é conhecido como período da função
periódica.
Para Lobato (2022), uma função 𝑓: 𝑅 → 𝑅 é considerada periódica se existir
um número real não nulo 𝛼 tal que 𝑓(𝑥 + 𝛼) = 𝑓(𝑥) para todo 𝑥 ∈ 𝑅. O menor valor
positivo de 𝛼 que satisfaz essa relação é denominado período fundamental da
função 𝑓.De forma precisa, podemos afirmar que uma função f(x) é considerada
periódica quando existe um valor positivo real P que satisfaz a seguinte relação para
todos os valores de x dentro do domínio da função:f(x)=f(x+P)
Essa definição indica que, para qualquer valor de x, ao adicionar o período P
a x, a função retornará ao mesmo valor f. Isso implica que a função demonstra um
comportamento repetitivo e previsível em todo o seu domínio.
Lucena (2020) exemplifica que funções periódicas incluem a função seno
(sin(x)) e a função cosseno (cos(x)), ambas com um período igual a 2π radianos.
A compreensão das funções periódicas é de fundamental importância em
diversas áreas, incluindo a matemática, ciências naturais e engenharia, pois oferece
uma ferramenta poderosa para a modelagem e análise de eventos que exibem
repetição em sua dinâmica. Essa definição serve como base sólida para
compreender esses fenômenos cíclicos e suas aplicações interdisciplinares em
diversos campos do conhecimento.

5.2.3 Função de Euler


A função de Euler desempenha um papel fundamental na geração das
funções seno e cosseno, proporcionando uma abordagem natural para definir as
funções trigonométricas. Essa função, representada por 𝐸 ∶ 𝑅 → 𝐶, associa o
conjunto dos números reais (𝑅) à circunferência unitária (𝐶) no plano cartesiano 𝑅².
Aqui, 𝐶 representa a circunferência unitária centrada na origem, caracterizada pela
equação 𝑥² + 𝑦² = 1, Lobato (2022).
Lobato (2022) esclarece que, para cada ponto (𝑥, 𝑦) pertencente a 𝐶, as
coordenadas 𝑥 e 𝑦 estão restritas ao intervalo fechado de −1 ≤ 𝑥 ≤ 1 e −1 ≤ 𝑦 ≤ 1.
Portanto, se 𝐸(𝑡) = (𝑥, 𝑦), pode-se adotar as relações 𝑥 = cos(𝑡) e 𝑦 = sen(𝑡), onde 𝑥
e 𝑦 representam, respectivamente, a abscissa e a ordenada do ponto 𝐸(𝑡) na
circunferência unitária 𝐶. Isso resulta na expressão 𝐸(𝑡) = (cos(𝑡), sen(𝑡)). Destaca
também que a circunferência unitária 𝐶 tem um comprimento total de 2𝜋. Assim,
quando o ponto 𝑡 descreve um intervalo de comprimento 2𝜋, sua imagem 𝐸(𝑡)
completa uma volta completa ao redor da circunferência unitária, retornando ao
ponto de partida. Isso cria um padrão de repetição periódico, indicando que, para
todo 𝑘 ∈ 𝑍, 𝐸(𝑡 + 2𝑘𝜋) = 𝐸(𝑡) para todo 𝑡 ∈ 𝑅.

5.2.4 Função Seno

Texto matemático

6. Análise do Livro Didático

Aqui vamos fazer a análise do Livro didático Tendo como Base a teoria antropológica do
didático e o Modelo didático de Gascon

Considerações Finais

Será feita por ultimo

Referências Bibliográficas
OLIVEIRA, Aline Tatiane Evangelista de. ORGANIZAÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA
FUNÇÃO SENO NO ENSINO MÉDIO: UM EXPERIMENTO DIDÁTICO FORMATIVO. 2021. 272 f.
Tese (Doutorado) - Curso de Matemática, Universidade de Uberaba, Uberaba, 2021.
PINHEIRO, Carlos Alberto de Miranda. Análise combinatória: organizações matemáticas e
didáticas nos livros escolares brasileiros no período entre 1895-2009. 2015. 145 f. Tese (Doutorado
em Educação) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2015.
ROESCH, S. M. A. Projetos de estágios e de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2005.
TEIXEIRA, Paulo Jorge Magalhães; PASSOS, Claudio Cesar Manso. Um pouco da teoria das
situações didáticas (tsd) de Guy Brousseau. Zetetiké – Fe/Unicamp, Campinas, v. 21, n. 39, p. 155-
168, jun. 2013. Semestral. Disponível em:
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/zetetike/article/view/8646602. Acesso em: 26 abr.
2023.

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