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Ensino de Matemática
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3
BLOCOS DE CONTEÚDOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL .............................. 4
o sistema de numeração decimal ............................................................................... 4
Operações ............................................................................................................... 10
Ensinando o algoritmo convencional: compreendendo as características das faixas
etárias ...................................................................................................................... 14
Utilizando o ábaco ................................................................................................... 19
Multiplicação ............................................................................................................ 20
Divisão ..................................................................................................................... 24
Frações .................................................................................................................... 26
Espaço e forma ........................................................................................................ 32
Geometria e medidas ............................................................................................... 33
Dimensões ............................................................................................................... 35
Identificação de figuras ............................................................................................ 37
Simetria .................................................................................................................... 42
Conceito de medida ................................................................................................. 43
Conceito de área ...................................................................................................... 48
Conceito de perímetro .............................................................................................. 48
Tratamento da informação ....................................................................................... 49
SUGESTÕES DE CONTEÚDOS DO 1º AO 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
................................................................................................................................. 53
RECURSOS PARA O PLANEJAMENTO DA MATEMÁTICA NO ENSINO
FUNDAMENTAL ...................................................................................................... 64
resolução de problemas ........................................................................................... 64
Portadores numéricos .............................................................................................. 75
Jogos ....................................................................................................................... 81
ATIVIDADES E ENCAMINHAMENTOS INTERESSANTES NO ENSINO DA
MATEMÁTICA ....................................................................................................... 105
Sequências didáticas no ensino da Matemática ..................................................... 105
Projetos didáticos como metodologia de trabalho também no ensino da ............... 109
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Ensino de Matemática
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INTRODUÇÃO
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Exemplo de atividade
Sistema de numeração decimal – Construindo e explorando uma TABELA
numérica
• Identificar números até 100.
• Ler, escrever e comparar números em diferentes contextos de uso.
• Perceber algumas regularidades do sistema de numeração decimal, tais
como: o valor posicional (quanto vale um numeral em sua posição na composição de
um número) – por exemplo o 3, em 34, que vale 30; a possibilidade de saber a
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grandeza do número por sua quantidade de algarismos – por exemplo, que 45 (dois
algarismos) é maior que 9 (um algarismo); e observar a ideia de “família de números”,
o que significa que todos os números daquela sequência se iniciam pelo mesmo
numeral, modificado a cada dez unidades – por exemplo, que após o 29 vem o 30 (31,
32, 33, 34, ... 39).
Conteúdos
• Ordem de grandeza e regularidade do sistema de numeração.
• Leitura e escrita numérica.
Anos
1º e 2º.
Tempo estimado
Ao longo de todo o ano escolar.
Material necessário
• Um cartaz como o do modelo a seguir, que vá até 100, deve ser afixado
para servir de “dicionário” e ser consultado. Uma sugestão é digitar os números,
recortá-los, distribuí-los aos alunos e pedir a eles que o auxiliem na colagem sob um
cartaz similar (quadriculado, com dez espaços em cada linha e dez em cada coluna),
mas com lacunas, sem os números escritos.
• Providencie uma cópia menor para cada aluno (com os números) e
mantenha ao alcance objetos que portem sequências numéricas similares como
calendários e volantes de jogos de casas lotéricas.
• As primeiras tabelas devem começar com 1 e não com 0, pois muitos
alunos se apoiam na contagem para encontrar as escritas que não conhecem.
• Organize a série de 10 em 10 para a identificação das regularidades.
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1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
6 6 6 6 6 6 6 6 6 6
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
7 7 7 7 7 7 7 7 7 7
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Desenvolvimento
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imediatamente depois do 39; o número que vem imediatamente antes de 67; o número
que está entre 72 e 74; entre outras possibilidades.
Operações
Por conta das necessidades cada vez mais complexas do homem, o sistema
de numeração decimal foi sendo desenvolvido para, por exemplo, controlar
quantidades pequenas de animais e quantificar o número de pessoas,
consequentemente calculando a quantia de alimentos necessários para saciar a fome
de cada um. Da mesma forma, as estratégias de cálculo também evoluíram e foram
se tornando cada vez mais complexas.
Atualmente somos capazes de realizar cálculos que nos permitem
compreender e alcançar até mesmo o que ainda não palpamos. Antes mesmo de o
homem pousar na Lua, engenheiros astronautas já calculavam essa possibilidade.
Podemos dizer que a criança que entra no Ensino Fundamental refaz essa trajetória
humana e repete etapas evolutivas da construção desse conhecimento. É comum
vermos crianças realizando contas com os dedos (base decimal = dez dedos),
utilizando riscos e outros grafismos não convencionais, exatamente como observamos
nas inscrições rupestres (desenhos em paredes de cavernas, ossos e peles de
animais) encontradas em sítios arqueológicos de muitas localidades do planeta.
Assim, a criança segue evoluindo, passando da necessidade absoluta do elemento
concreto à total possibilidade de abstração e pura imaginação. Da mesma forma o
homem, ao longo da história, evoluiu do uso de instrumentos rudimentares como
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Exemplo de atividade
Algoritmos
• Domínio dos fatos básicos: trata-se de operações em que são
empregados numerais de um só algarismo. São os cálculos realizados em uma
operação que devem ser realizados mentalmente, sem o auxílio do algoritmo (não
fazendo uso, por exemplo, de “arme e efetue”). Aos poucos o aluno deve memorizar
resultados que podem ser aplicados em diversas situações. As tabuadas de
multiplicação e de soma são exemplos de exercícios de aprendizagem dos fatos
básicos.
• Sugestão de atividade: pedir às crianças que retirem de seu estojo
cinco lápis de cor e desafiá-las a formar diferentes composições com esses.
Exemplos: III + II = 5, II + III = 5, I + IIII = 5 etc.
• Conhecimento de outras estratégias de resolução: é muito
importante que, antes de ensinar a técnica operatória convencional (“arme e efetue”)
– que obriga a criança a operar da unidade em direção à dezena e desta para a
centena (e assim por diante), ela possa conhecer outras formas de resolução, ou
estratégias de resolução. Para que se compreenda melhor essa possibilidade,
demonstramos, a seguir, algumas operações executadas por alunos do 4º ano de uma
escola do município de São Paulo.
• Conteúdo: ensinando a decompor.
• Pré-requisitos: saber contagens salteadas de 10 em 10 e 100 em 100.
Exemplos:
1) 156 + 234
1a etapa
156 + 234
100 200
50 30
6 4
2a etapa
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300
80
10
3a etapa
300
80 + 10 = 90
4a etapa
300 + 90=390
2) 342 + 839
1a etapa
300 + 800 = 1100 (ou 800 + 200 = 1000 + 100 = 1100)
2a etapa
40 + 30 = 70
3a etapa
2 + 9 = 11
4a etapa
300 + 800 = 1100
5a etapa
70 + 10 = 80 + 1 = 81
6a etapa
1000 + 100 + 81 = 1181
3) 321 + 547
3 2 1 + 5 4 7
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Exemplo de aplicação
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http://turmapsicopedagogiauva2012.blogspot.com/2012/12/dicas-de-jogos-caseiros.html
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Exemplo de aplicação
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mais força, com valores de cálculo cada vez maiores e mais desafiadores, e
aprimoram-se as estratégias de resolução para a subtração e a adição.
Por meio de instrumentos como a calculadora, o ábaco e o material dourado,
pode-se ensinar a “conta de armar”, ou algoritmo convencional. A criança deve ser
motivada a aprimorar seu cálculo mental, inclusive memorizando a tabuada/fatos da
adição, da subtração e da multiplicação, a chamada memorização compreensiva. O
trabalho com medidas pode ser ampliado, bem como o ensino da Geometria, da leitura
e interpretação de TABELAs e gráficos, e da leitura e compreensão dos números
fracionários (1/2, 1/3, 1/4).
Montagem de um ábaco
O ábaco é um dos muitos instrumentos de cálculo que ajudam na compreensão
do sistema de numeração deciama, além de ser um ótimo auxiliar na compreensão
do algorítimo convencional, ou contas de “armar”, facilitando o entendimento das
noções de “vai um” ou de “empréstimo”. Pode ser
construído com diversos materiais e formatos, um
dos mais comuns é o vertical (foto), em que as
argolas representam as unidades, dezenas,
centenas e milhares, de acordo com a sua posição
da direita para a esquerda. É possível encontrá-lo
pronto para comprar no comércio, em geral em
seu formato horizontal com argolas de “correr”.
Figura 2 - Montagem de um ábaco
Sempre que possível, os desafios matemáticos devem se aproximar das
situações reais de uso; assim, além das atividades tradicionais escolares, deve-se
fazer uso de jogos, incentivar a consulta de fontes diversas como jornais e revistas, e
criar situações de compra e fatos cotidianos, como a simulação de um mercado na
classe.
Utilizando o ábaco
Vamos apresentar algumas formas de ensinar o algoritmo convencional
(modelo “arme e efetue”) por meio de um instrumento simples, barato e muito útil.
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Multiplicação
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Camiseta * * *
amarela
Camiseta * * *
branca
Resposta: seis combinações (2 x 3 = 6)
10 + 10 + 10 6+6 7+7+7+7+7
2) Escreva a adição correspondente a estas multiplicações e dê o
resultado:
2x5= 5+5 = 10 .
8 x 2 = _______________________= ___________
5 x 6 = _______________________= ___________
4 x 5 = _______________________= ___________
3 x 7 = _______________________= ___________
5 x 5 = _______________________= ___________
3 x 4 = _______________________= ___________
3 x 8 = _______________________= ___________
4 x 3 = _______________________= ___________
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5 x 0 = _______________________= ___________
4 x 1 = _______________________= ___________
6 x 2 = _______________________= ___________
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
6 6 6 6 6 6 6 6 6 6
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
7 7 7 7 7 7 7 7 7 7
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
2) Quais os resultados que você encontrou nas multiplicações por 8?
3) Monte as multiplicações por 8:
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1x8=
2x8=
Exemplo C
1) Efetue as multiplicações por 9:
1x9=
2x9=
3x9=
4x9=
5x9=
6x9=
7x9=
8x9=
9x9=
10 x 9 =
2) Observe os resultados e registre suas descobertas:
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
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2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
6 6 6 6 6 6 6 6 6 6
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
7 7 7 7 7 7 7 7 7 7
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
4) Monte as multiplicações por 10:
1 x 10 =
2 x 10 =
Divisão
A divisão também tem dois enfoques. De início, a criança será levada a explorar
apenas a chamada divisão-repartição, para chegar depois à divisão-comparação ou
medida.
• Divisão-repartição: a ação de repartir encontra-se em situações nas
quais é conhecido o número de grupos que deve ser formado com um determinado
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Exemplo de atividade
Frações
As frações surgem, depois de todas as operações com números naturais terem
sido inventadas, da necessidade do homem quantificar e registrar partes
(frações/farturas) de um todo, que pode ser um objeto ou uma quantidade numérica
abstrata.
As operações com frações tornam-se um difícil aprendizado para os alunos se
partirmos para a explicação dos conceitos sem que eles tenham atingido a
compreensão de sua utilização na prática. É indispensável o contato com material
concreto e com dados da realidade, como uma forma de ajudar os alunos a
perceberem a utilidade prática de aprender a lidar com números fracionários.
Apresentamos a seguir uma sequência interessante que busca sistematizar a
leitura, o registro e o uso dos números representados por frações mais comuns. Visa
levar o aluno a compreender e calcular frações de quantidades utilizando pesquisa,
desenho e material concreto e o ensina a comparar frações e atingir a noção de
equivalência de frações.
A fração é um conceito matemático amplamente utilizado na nossa vida prática.
Quando fazemos receitas em nossa cozinha, ou quando enchemos o tanque de
combustível, estamos operando com frações, sem necessariamente estar entendendo
os conceitos envolvidos.
Nessa aula, pretendemos utilizar os conhecimentos trazidos pelos alunos e
suas experiências do dia a dia para dar significado aos conceitos sistematizados sobre
as operações com frações, estabelecendo assim um diálogo entre os conhecimentos
empíricos (da experiência dos alunos) e os sistematizados pela escola (teóricos).
Exemplo de atividade Sequência de frações
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Descrição da aula
Primeiro passo
Levar algumas receitas em que apareçam frações para a sala de aula, e pedir
que os alunos, em grupos, destaquem a forma como estão registradas as quantidades
de ingredientes. Abordar com os grupos suas conclusões e dúvidas, destacando na
lousa as informações obtidas e ressaltando de que maneira se lê e se interpreta os
números representados por frações.
O professor não precisa necessariamente utilizar os termos “numerador” e
“denominador”, porém precisará explicar aos alunos como se lê um número
fracionário. Deverá deixar claro que o número que fica acima do traço (numerador) lê-
se exatamente como é (um, dois, três etc.), e que o número abaixo do traço
(denominador), possui um nome particular: “2” lê-se meio, “3” lê-se terço, “4” lê-se
quarto, e assim por diante.
É importante explicar que o número fracionário representa uma parte do todo
que se quer utilizar. Portanto, quando se diz 1/4 (um quarto) do quilo de café, significa
que ao dividirmos o quilo de café em quatro partes, queremos utilizar apenas uma
delas. Esta explicação deverá ser retomada a todo instante, seja na orientação teórica,
seja na utilização de material concreto, para fixar com os alunos o seu significado.
Dica: Utilizar um quadro pode ser uma boa maneira de deixar esta explicação
exposta para futuras consultas.
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2 3 4 5 6 7 8 9
Segundo passo
Propor algumas atividades, tais como:
• fazer com os alunos algumas receitas em que sejam utilizadas frações;
• utilizar recipientes (copo, vaso, xícara, garrafa) para medir quantidades,
por exemplo: 1/2 xícara de açúcar, 1/4 de litro de leite, entre outros;
• utilizar alimentos que possam ser divididos, como pizza 1/2 mussarela
1/2 calabresa, 1/4 de quilo de café, entre outros.
Terceiro passo
Pedir aos alunos que pesquisem em quais situações do cotidiano se utilizam
frações. O professor também pode sugerir portadores de fração (receitas, cartazes
etc.), caso os alunos não tragam material suficiente. É possível que surjam respostas
como:
• receitas: 1/2 xícara, 1/4 de copo, 1/2 litro, 1/2 quilo;
• relógio: meia hora, meio-dia, meia-noite, 1/4 de hora;
• tanque de combustível: 1, 3/4, 1/2, 1/4;
• meias: meia 3/4, meia 7/8;
• construção civil: 1/2 metro, 1 1/2 polegada, 1/4 de areia;
• estatísticas: 1/3 da população; 1/4 das urnas foram apuradas até o
momento.
As informações devem ficar registradas em local de fácil consulta (caderno,
mural, cartaz).
Tendo como base as informações obtidas, portadoras de fração, o professor
poderá desenvolver diversas situações-problema, como por exemplo:
1) Para ir para o trabalho meu pai utiliza 15 litros de gasolina, ou 1/4 de
tanque de combustível. Responda:
a) Quanto ele gasta para ir e voltar?
( ) 3/5 ( ) 1/4 ( ) 1/2 ( ) 3/4
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b) Quantos litros ele gastará deixando o tanque vazio, sabendo que 1/4
corresponde a 15 litros?
2) Se 1/3 das urnas foram apuradas em 4 horas, quantas horas levará a
apuração inteira?
3) Numa sala de aula há 36 alunos, e 1/3 deles possuem animais de
estimação. Quantos não possuem?
Dicas:
• Redigir receitas com os alunos pode ser uma boa maneira para que
aprendam a registrar números fracionários. Elaborar as receitas também pode ajudar
a fixar os conceitos aprendidos.
• O trabalho com estatísticas pode enriquecer a aprendizagem. Por
exemplo, pode-se montar com os alunos um gráfico representando diversas
situações, como a fração de alunos do sexo masculino e feminino, a fração de alunos
que moram em casa ou apartamento, e assim por diante.
Quarto passo
Numerador e denominador
1/4
Frações equivalentes e simplificação de frações
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1/8 + 1/8 + 1/8 + 1/8 + 1/8 + 1/8 +1/8 + 1/8 = 8/8 ou 1 inteiro
Exemplo de atividade
Espaço e forma
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Dimensões
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gude. Propor que os alunos desenhem esses objetos de modo que o aluno os
reconheça nas suas diferenças, apenas observando os desenhos.
O professor deve comentar com toda a classe os vários trabalhos dos alunos,
discutindo com eles a necessidade de fixar alguns critérios para representar figuras
parecidas em uma folha de papel, levantando questões como quais foram as figuras
de maior dificuldade de representar e por que. Deve-se ainda associar essas
dificuldades à noção de dimensão e discutir as formas de representação feitas pelos
alunos e as vantagens de se adotar padrões de representação.
Identificação de figuras
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curva plana não simples fechada curva plana não simples aberta
Figura 3
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Figura 4
Os segmentos de reta podem ser classificados pela sua posição relativa no
espaço:
• Segmentos paralelos nunca se cruzam e os pontos de ambos estão em
um mesmo plano;
• Segmentos concorrentes possuem um único ponto em comum e não são
coincidentes;
• Segmentos colineares ocorrem quando os seus prolongamentos são
coincidentes;
• Segmentos reversos não se cruzam e não pertencem ao mesmo plano.
Exemplos:
Figura 5
Esses critérios de classificação de linhas e segmentos permitem definir os
polígonos.
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Figura 6
Quadro 4 – Polígonos
Curvas
Sólidos Superfícies Curvas fechadas
abertas
Fechadas
Abertas simples e
Polígonos Simples
simples não
Planas Planas
polígonos
Não Não
planas planas
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• 4 lados – quadrilátero;
• 5 lados – pentágono;
• 6 lados – hexágono;
• 7 lados – heptágono;
• 8 lados – octógono;
• 9 lados – eneágono;
• 10 lados – decágono.
Se os lados do polígono são todos do mesmo comprimento, então é um
polígono regular. Se os lados são diferentes é um polígono irregular.
A classificação dos quadriláteros é bem interessante. Se os 4 lados são
paralelos dois a dois, chama-se paralelogramo. Se dois lados são paralelos e dois
não, então é um trapézio. Se os quatro ângulos são retos (com 90º), é um retângulo.
Se todos os lados são iguais e paralelos, é um losango. Quando o quadrilátero for ao
mesmo tempo retângulo e losango, ele será um quadrado. Veja no esquema a seguir:
• os quadriláteros dentro da linha marrom são trapézios;
• os quadriláteros dentro da linha preta são todos paralelogramos;
• os quadriláteros dentro da linha azul são losangos;
• os quadriláteros dentro da linha vermelha são retângulos.
Observe onde estão os quadrados. Eles são ao mesmo tempo retângulos e
losangos.
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de metal e um geoplano, que é uma placa com vários pregos onde se podem criar
figuras com elásticos. Atividades de recortes de papel e colagem e dobraduras.
Simetria
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Conceito de medida
Curva 1
Curva 2
Curva 3
Curva 4
Figura 9
Outra ilusão que ocorre é a de que a mudança da forma de uma curva altera o
seu comprimento. Assim, se imprimirmos um fio esticado à forma de uma mola, ou
então ligarmos as suas extremidades formando uma curva fechada, muitos alunos
acreditarão que o comprimento da curva inicial foi alterado.
Um trabalho prévio de comparação de curvas entre si é necessário para que o
professor avalie o estágio em que a maioria dos alunos se encontra em relação à
noção de comprimento. É também um pré-requisito para a determinação do
comprimento por meio do método de cobrimento do objeto por uma unidade de
medida. Para isso é interessante apresentar situações de vários tipos:
• curvas que possuem a mesma forma e mesmo comprimento;
• curvas que possuem a mesma forma e comprimentos diferentes;
• curvas que possuem formas diferentes e mesmo comprimento;
• curvas que possuem formas diferentes e comprimentos diferentes.
Essas atividades podem ser feitas com a manipulação de fios maleáveis de
cobre, uns cortados em comprimentos diferentes e outros em comprimentos iguais.
Mudando as formas dos pedaços de fios e apresentando-os aos alunos, esses devem
observar e decidir quais têm o mesmo comprimento. Pede-se que os alunos
organizem os fios de comprimento diferente em ordem crescente. A seguir eles devem
conferir mudando as formas para melhor compararem.
Outro tipo de atividade é fornecer curvas impressas em uma folha de papel,
barbante para medir, cola, tesoura e pedir que façam as comparações. Veja no
exemplo:
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Figura 10
Exemplo A
Para esta atividade você precisará de:
• Régua.
• Estojo (com materiais).
• Lápis para escrever.
1) Meça com a régua o comprimento do maior objeto que tiver dentro do
estojo.
Objeto: _________________
Medida: _________________
2) Agora meça com a régua o comprimento do menor objeto que tiver
dentro do estojo.
Objeto: _________________
Medida: _________________
3) Você usaria sua régua para medir a altura de uma pessoa? Por quê?
Exemplo B
1) ________________ tem _____ centímetros de altura. Quantos
centímetros faltam para ele chegar a 150?
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Exemplo C
Lição de casa
1) Descubra a altura de sua mãe e escreva aqui.
2) Usando sua régua ou, se tiver, uma fita métrica ou trena, meça o
tamanho da cama em que você dorme e escreva aqui.
3) Sua mãe caberia em sua cama sem precisar dobrar o corpo?
Exemplo D
Lição de casa
1) Cada vez que você escova os dentes, usa 2 centímetros de pasta de dente.
Escovando os dentes 4 vezes ao dia você usará _____ centímetros por dia (se quiser
use a régua).
Exemplo E
1) Complete as informações do quadro:
Quadro 5 Grupo/professor
Nome Idade Altura
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Exemplo F
1) Complete este quadro com a sua altura e a de seus colegas:
Quadro 6
Alice
André Mendes
Arnaldo
Artur
Carolina
Giovanna
Laura
Lucca
Lúcia
Maria
Pedro
Rafaela
Vitória
2) Quem é o aluno mais alto?
3) Quem é o aluno mais baixo?
Exemplo G
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Conceito de área
Conceito de perímetro
Outro conceito interessante relacionado a medidas é o de perímetro, que é a
medida linear do contorno das figuras. Essa medida é expressa pelo sistema métrico
linear, e resulta da cobertura total do contorno com unidades de medida. O número
de unidades necessárias para cobrir todo o contorno é o perímetro.
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Ensino de Matemática
Tratamento da informação
Trata-se de ensinar o aluno a ler e interpretar diferentes textos em diferentes
linguagens, saber analisar e interpretar informações, fatos e ideias, ser capaz de
coletar e organizar informações, além de estabelecer relações, formular perguntas e
poder buscar, selecionar e mobilizar informações. Essas são habilidades básicas
muito úteis para a vida escolar e para a vida social mais ampla, pois possibilita
instrumentos para que exerça sua cidadania. Em jornais e revistas, por exemplo, é
comum a oferta de TABELAS e gráficos que complementam textos, trazem dados
relevantes e pertinentes ao assunto. Por essa razão, desde cedo recomendamos
ensinar a utilizar esse recurso.
Em geral, nos currículos do Ensino Fundamental, o foco desse bloco é o ensino
da leitura, interpretação e construção de TABELAS e gráficos. Compreende-se que
esses recursos são interessantes para a comunicação matemática e compõem uma
intersecção com os demais blocos de conteúdos apresentados, pois se utiliza dos
conteúdos apresentados para sua construção.
Exemplo de atividade
Exemplo A
Observe o quadro:
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Ensino de Matemática
35 40 20 70 50 30
2) Em que dia da semana ele vendeu mais sorvetes?
3) Quantos sorvetes ele vendeu na semana?
4) Em duas semanas quantos sorvetes ele vendeu?
Exemplo C
Observe o gráfico e responda as perguntas a seguir:
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Consumidores mirins
Número de entrevistados
Figura 14 – Programas preferidos dos entrevistados
1) Quais são as diversões favoritas?
2) Quais são as diversões que possuem mais de 50 entrevistados?
3) Quantos entrevistados escolheram como programa favorito ir ao
shopping?
4) Quantos entrevistados escolheram como programa favorito jogar
fliperama?
5) Desenhe uma barra no gráfico representando 50 entrevistados que
escolheram ir ao cinema.
Exemplo D
1) Para se organizar, o jornaleiro João anotou as vendas da semana da
seguinte maneira:
Quadro 9 – Vendas semanais de uma banca
Gibis Revistas Jornais
2ª feira 5 12 35
3ª feira 15 8 15
4ª feira 7 10 18
5ª feira 3 4 52
6ª feira 20 6 25
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Ensino de Matemática
Sábado 9 16 75
Domingo 1 10 100
Descubra:
a) João vendeu nessa semana _____ gibis, _____ revistas e _____ jornais.
b) Quantos jornais ele vendeu de sexta a domingo?
c) Foi no sábado ou no domingo que foram vendidos mais exemplares?
Quantos a mais?
d) Invente duas perguntas, usando a TABELA anterior.
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Blocos de conteúdos
• Sistema de numeração.
• Operações.
• Espaço e forma (geometria).
• Grandezas e medidas.
• Tratamento da Informação.
Operações
• Analisar, interpretar e resolver situações-problema.
• Compreender significados das operações pelo campo aditivo e
subtrativo: combinação, transformação e comparação.
• Compreender e memorizar alguns fatos básicos da adição e subtração
para desenvolver cálculos mentais.
• Fazer uso da multiplicação em campos visuais.
Tratamento da informação
• Ler e interpretar informações quantitativas em imagens.
• Desenvolver a comunicação de informações numéricas.
• Coletar dados e organizá-los.
• Validar estratégias pessoais de resolução.
• Compreender os usos do número em diferentes contextos.
• Ler e interpretar tabelas simples, de dupla entrada e gráficos de barra.
Geometria
• Localizar-se no espaço com base em pontos de referência.
• Utilizar vocabulário não convencional para comunicar posição.
• Compreender o vocabulário básico/usual de posição.
• Perceber e diferenciar tamanhos e formas.
• Descrever posicionamentos e movimentos no espaço e em TABELAS
de dupla entrada.
• Observar e identificar formas geométricas em elementos naturais e de
criação e perceber suas características.
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Metodologia e Prática no
Ensino de Matemática
Medidas
• Comparar grandezas de mesma natureza a partir da percepção e
estimativa.
• Fazer uso de vocabulário básico para comunicar grandezas.
• Conhecer e fazer uso de instrumentos convencionais e não
convencionais de medida.
• Identificar e fazer uso de medidas de tempo.
• Reconhecer e saber utilizar regularidades do sistema monetário.
Conteúdos Sistema de numeração
• Reconhecimento do número em situações do contexto diário e de suas
funções (quantificar e ordenar).
• Ordenação de coleções pela quantidade de elementos e ordenação de
grandezas pelo aspecto da medida.
• Organização de agrupamentos para facilitar a contagem e a comparação
entre coleções.
• Utilização de diferentes estratégias para quantificar elementos de uma
coleção, como: contagem, estimativa, emparelhamento, arredondamento,
correspondência entre agrupamentos.
• Leitura, escrita, comparação e ordenação de notações numéricas para
nomear, ler e escrever números.
• Formulação de hipóteses sobre a grandeza numérica, pela identificação
da quantidade de algarismos e da posição ocupada por eles na escrita numérica.
• Leitura e interpretação de números de uso frequente.
• OBSERVAÇÃO de critérios que definem uma classificação de números
(maior que/menor que, terminados em estar entre etc.) e de regras usadas em
seriações (mais 1, mais 2, dobro, metade, triplo etc.).
• Contar de um em um, dois em dois, três em três, cinco em cinco, dez em
dez, cem em cem a partir de um determinado número ou a partir de qualquer número
dado.
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Ensino de Matemática
Operações
• Análise, interpretação e resolução de situações-problema
compreendendo alguns significados das operações, no campo da adição –
combinação, transformação e comparação; no campo da multiplicação – razão e
configuração retangular.
• Construção de alguns fatos fundamentais da adição e da subtração a
partir de situações problema para constituição de um repertório básico ao
desenvolvimento do cálculo mental.
• Cálculos de adição e subtração por meio de estratégias pessoais e
construção de sua representação gráfica.
• Identificação de algumas regularidades das escritas numéricas
(TABELA, por exemplo) para valer-se posteriormente da decomposição em cálculos.
Tratamento da informação
• Leitura de informação quantitativa contida em imagens.
• Elaboração de perguntar que possam ser respondidas por meio da
informação expressa na imagem.
• Comunicação e interpretação dos procedimentos utilizados para ler e
organizar informações.
• Coleta e organização de dados e informações de experiências
realizadas.
• Exploração da função do número como código numérico na organização
de informações (linhas de ônibus, telefone, placas de carros etc.).
• Interpretação e elaboração de tabelas simples, tabela de dupla entrada
e gráficos de barra, para comunicar a informação obtida.
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Metodologia e Prática no
Ensino de Matemática
Geometria
• Localização no espaço com base em um ou dois pontos de referência e
algumas indicações de posição com compreensão do vocabulário usual de posição.
• Movimentação no espaço com base em um ou dois pontos de referência
e algumas indicações de direção e sentido.
• Descrição de posição no espaço com relação a um ou dois pontos de
referência usando terminologia não convencional.
• Descrição de movimentação no espaço, dando informações sobre
pontos de referência, direção e sentido.
• Indicação de posição com base em tabelas de dupla entrada.
Medidas
• Comparação de grandezas de mesma natureza com base na percepção
e na estimativa (comprimentos, capacidades, massas) com compreensão do
vocabulário usual.
• Comparação de grandezas de mesma natureza por meio de estratégias
pessoais e uso de instrumentos de medidas conhecidos – fita métrica, balança,
recipientes de 1 litro.
• Comparação de grandezas de mesma natureza com base no
estabelecimento de padrões não convencionais de medida.
• Identificação de unidades de tempo tais como: ano, semestre e utilização
de calendários.
• Leitura de horas e minutos comparando relógios digitais e de ponteiros.
• Identificação dos elementos necessários para comunicar o resultado de
uma medição e produzir “escritas métricas”.
• Reconhecimento de cédulas e moedas que circulam no Brasil.
• Reconhecimento de possíveis trocas entre cédulas e moedas em função
de seus valores.
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Metodologia e Prática no
Ensino de Matemática
Operações
• Utilizar regularidades das escritas numéricas e propriedades das
operações para desenvolver o cálculo mental exato e aproximado e as técnicas
operatórias da adição e subtração (sem e com recurso e transporte) multiplicação e
divisão por um, dois ou mais algarismos.
• Desenvolver estratégias de verificação e controle de resultados.
• Compreender e memorizar alguns fatos básicos da adição, subtração e
multiplicação para desenvolver cálculos mentais.
• Reconhecer as possibilidades de uso de uma única operação em
diferentes situações-problema e de uso de diferentes operações para resolver um
problema.
• Calcular por meio de multiplicação e divisão fazendo uso de estratégias
de representação gráficas pessoais e convencionais.
Tratamento da informação
• Identificar probabilidades em situações-problema simples e jogos.
Geometria
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Ensino de Matemática
Medidas
• Estabelecer relações entre unidades de medidas e suas divisões
(exemplo: metro e quilometro).
Operações
• Construção dos fatos fundamentais da multiplicação e da divisão a partir
de situações-problema para constituição de um repertório básico ao desenvolvimento
do cálculo mental.
• Reconhecimento de que diferentes situações-problema podem ser
resolvidas por uma única operação e de que diferentes operações podem resolver um
mesmo problema.
• Compreensão do algoritmo tradicional (conta de “armar”).
Tratamento da informação
• Identificação de acontecimentos previsíveis e utilização de informações
para efeito de previsões.
• Exploração da ideia de probabilidades em situações-problema.
• Leitura de diferentes tipos de gráficos.
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Metodologia e Prática no
Ensino de Matemática
Geometria
• Interpretação, descrição e representação de posição no espaço, de
diferentes pontos de vista a partir da análise de itinerários, guias de ruas, mapas,
planisférios, maquetes etc.
• Comparação entre objetos do espaço físico e objetos geométricos:
esféricos, cilíndricos, cônicos, cúbicos, piramidais – sem uso obrigatório de
terminologia convencional.
• Reconhecimento de semelhanças e diferenças entre diferentes
polígonos.
• Identificação de figuras em que é possível observar simetrias e analisar
características decorrentes.
• Ampliação e redução de figuras planas com uso de malhas
quadriculadas.
Medidas
• Relação entre unidades de tempo: dias, semanas, meses, anos,
décadas, séculos, milênio.
• Relação entre unidades como metro e quilômetro, quilograma e grama,
grama e miligrama, litro e mililitro.
Resolução de problemas
A utilização de problemas matemáticos em oposição aos exercícios mecânicos
vem-se tornando algo comum, principalmente no Ensino Fundamental. Buscamos
demonstrar que recorrer a esse recurso é grande oportunidade para ampliar as
estratégias de resolução do aluno e reforçar a noção de que a Matemática, como
ciência, é instrumento de desenvolvimento da autonomia investigativa. Também
buscamos defender o termo “problema” como oportunidade de reflexão e desafio
motivador da atividade participante.
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Ensino de Matemática
O saber do aluno
Saber o que o aluno já aprendeu sobre um determinado conteúdo é muito
valioso para se evitar duas situações que atrapalham o aprendizado da Matemática:
• a elaboração de atividades didáticas que estão muito além das
possibilidades do aluno;
• a oferta de atividades que não proporcionam nenhum desafio, pois já
foram aprendidas exaustivamente.
Compreender como se dá o processo de desenvolvimento psicossocial das
crianças em seu meio cultural pode apoiar a promoção de experiências pedagógicas
no ensino formalizado. Nessa perspectiva, a situação contrária – a ignorância aos
processos de interação e mediação cultural extraescolares – poderia retardar avanços
e mesmo tolher o desenvolvimento do conhecimento escolar organizado.
A escola não deveria desconsiderar a composição familiar e sua relação
cotidiana com o conhecimento, o que mobiliza pais e irmãos e envolve a interação
entre novatos e veteranos.
Levando em conta, de modo central, a natureza conflituosa da prática social,
damos mais ênfase em conectar questões de transformação sociocultural com a
mudança das relações entre novatos e veteranos no contexto de uma prática
compartilhada mutante (LAVE e WENGER in DANIELS (org.), 2002, p. 167).
Guias curriculares, como os Parâmetros Curriculares Nacionais, consideram
que a Matemática seja entendida pelos alunos como uma forma de compreender e
agir em um mundo em constante transformação. Almeja-se que ele compreenda a
Matemática como fruto da construção humana em sua interação com os diversos
contextos naturais, sociais e culturais. Dessa forma, o aluno compreenderá que sua
participação deve ser ativa, e não passiva, perante o fazer matemático.
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IIIIIIIIIIIIIII+IIIIIIIIIIIIIII
Resposta: 30
Percebendo que o aluno consegue conservar o primeiro valor (15), pois afirma
que o deixou na memória para depois somar com os risquinhos restantes (15), o
professor propõe a seguinte possibilidade de registro:
15 + I I I I I I I I I I I I I I I
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Ao fim de um jogo, Luiz e Pedro conferiram suas peças. Pedro tinha 16 e Luiz
tinha 10 a mais que Pedro. Quantas eram as peças de Luiz?
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Luiz e Pedro conferiram suas cartas. Luiz tem 14 e Pedro 7. Quantas cartas
Pedro precisa ganhar para ter o mesmo número que Luiz?
Fabiana iniciou um jogo com 20 pontos de desvantagem e terminou o jogo com
35 pontos de vantagem. O que aconteceu durante o jogo?
Multiplicação:
Um cachorro possui quatro patas, quantas patas há em 5 cachorros juntos?
Divisão:
Se quatro cachorros têm 16 patas. Quantas patas há quando dois cachorros
estão juntos?
Multiplicação:
Se em um teatro há 10 fileiras com 8 cadeiras cada, quantas pessoas cabem
sentadas?
Uma sala tem 5 metros de largura por 7 de comprimento. Quantos metros
quadrados há nessa sala?
Divisão:
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Conclusões
Portadores numéricos
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Organização da lousa
O calendário gregoriano, que usamos atualmente, tem sua origem nos antigos
romanos, por isso a denominação dos meses segue, ainda, a antiga ancestralidade.
Antes de homenagear deuses e imperadores, o calendário romano era composto de
dez meses e seus nomes derivavam da ordenação numérica. Os meses de setembro,
outubro, novembro e dezembro conservaram sua nomenclatura original, veja:
Quadro 10 – Origem dos nomes dos meses
Janeiro Por ser o primeiro mês recebeu o nome do guardião dos portões e
entradas, Janus.
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1ª aula
2ª aula
3ª aula
4ª aula
5ª aula
É importante que essa rotina/agenda escrita na lousa fique num canto visível
e, conforme as aulas forem se sucedendo, pode-se pedir aos alunos para marcar ou
apagar o que já foi feito. Esse procedimento, além de organizar as aulas, evitando que
os alunos permaneçam em estado de ansiedade por querer saber o tempo todo o que
irá acontecer, mostra ao aluno o quanto é importante saber dividir o tempo para
aproveitá-lo em diferentes atividades.
Explorar seu uso diário com autonomia torna-se um importante recurso aos
desafios matemáticos, pois fará com que o aluno relacione a data, escrita na lousa ou
no calendário, com a página correspondente ao dia e ao mês em que irá escrever.
Poderá ser proposto ao aluno preencher os telefones fundamentais, como os da
escola, dos pais e dos colegas. Ter um espaço para registrar os aniversariantes
também é interessante se a pretensão for relacionar a agenda ao uso do calendário,
pois ambos registram a passagem do tempo.
Tanto quanto o calendário, a agenda permite que o aluno registre
acontecimentos que ocorreram ou irão ocorrer, com a vantagem de poder controlá-los
com mais autonomia, por ser um instrumento que pode estar permanentemente em
posse do aluno.
A agenda pode ser confeccionada de acordo com o perfil e os objetivos da
escola ou da classe, encadernando suas folhas elaboradas na escola, transformando
um caderno pequeno em agenda, ou mesmo solicitando a compra de um dos diversos
modelos escolares que existem no mercado.
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Os murais
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Jogos
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pelo espanhol Alejandro Campos Ramirez para que crianças vítimas da guerra
pudessem jogar uma espécie de futebol. Jogos que envolviam mais de dez crianças
podiam agora ser desfrutados por duas e às vezes solitariamente. Mais recentemente,
a partir da década de 1980, a “individualização” do brincar tornou-se maior com o
advento dos jogos eletrônicos que muito se popularizaram entre as camadas de média
e alta renda. Atualmente vivemos um momento em que os jogos eletrônicos são
“baixados” da internet e se encontram em celulares que as crianças e adolescentes
carregam para todos os lugares.
Diante desse quadro, a escola passou a ser o lugar, ou um dos poucos, em que
o brincar coletivo é possível, desde que haja intenção daqueles que a organizam, pois
do contrário torna-se apenas mais um espaço de brincadeiras individuais.
É importante lembrar que esse movimento se dá com maior intensidade nos
grandes centros urbanos. A enormidade de nosso país não permite generalizações.
De fato, há privilegiados espaços sociais onde ainda se mantêm as antigas tradições
e se preservam as brincadeiras e jogos nas ruas, nas praças, nos terrenos e nos
grandes quintais.
Sobre a importância da escola ao universo lúdico infantil, é necessário falar
sobre dois aspectos essenciais do brincar/jogar escolar. O primeiro aspecto é o que
se refere à garantia de que em algum lugar social as pessoas convivam coletivamente,
com regras mútuas e com possibilidade de partilhar pontos de vista e impressões, e
testar seus limites corporais e intelectuais. Nesse sentido, o jogar/brincar na escola
adquire muitas vezes o papel de resgatar o lúdico que sempre fez parte da própria
essência do homem. Se hoje, nas grandes cidades, não vemos mais bandos de
crianças brincando juntas nas ruas, praças e terrenos, é no novo “quintal”, nos pátios,
ginásios e corredores da escola, que observamos essas ações. Os pais têm se
apercebido cada vez mais da importância das escolas, também neste sentido lúdico,
e muitos buscam compensar a ausência de espaços com alternativas como as
“escolinhas de esportes” e as “dormidas escolares” para que seus filhos aprendam
jogos tradicionais de sua infância. É também notório que o universo das amizades das
crianças tem, cada vez mais, se restringido aos colegas da escola, a ponto de ser
comum ouvirmos protestos delas quando chegam os feriados e férias, pois sabem que
seus amigos ficarão distantes por um tempo.
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educador repasse a tarefa de auxiliar nas dúvidas aos alunos mais experientes, como
forma de delegar autoridade e responsabilidades a eles.
Definição de jogo
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ponto de permitir que ela própria avalie se obteve sucesso ou não. Um bom jogo
permite que a criança, diante de seu fracasso, possa perceber onde errou e se
exercitar na resolução do problema, construindo relações entre os vários tipos de
ações e objetos.
No que diz respeito à participação da criança em um jogo, isso vai depender
também de seu nível de desenvolvimento. A participação ativa se refere à atividade
mental e envolvimento. É preciso verificar se a criança está sendo mobilizada
mentalmente e não apenas mecanicamente por meio de um jogo sem significado para
ela.
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A natureza do número
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grupos para jogar, enquanto circula pela sala observando se as regras foram
assimiladas e auxiliando em caso de dúvidas.
Outra maneira interessante é reservar um tempo da rotina escolar para montar
um circuito de cantos temáticos, com atividades conhecidas dos alunos e que não
exijam muito monitoramento, por exemplo: desenho, kit de montagem (peças de
encaixe), leitura de livros e revistas, jogos tradicionais etc. O educador organiza seus
alunos em pequenos grupos que irão “rodiziar” passando por todo o circuito. Em um
dos cantos fica uma mesa, na qual ele poderá explicar o funcionamento de um novo
jogo que deseje introduzir; dessa maneira, ao final da atividade, todos os alunos terão
vivenciado o novo jogo. Essa atividade, em geral, demanda alguns dias. O educador
pode programar a introdução do jogo novo ao longo de uma semana, sempre o
retomando em outros momentos, até que se torne comum ao acervo lúdico da classe,
e que, como os demais, possa ser jogado com autonomia.
Como explicitado, caberá ao educador avaliar a melhor maneira de introduzir
um novo jogo. A qualquer tempo, é importante que o educador avalie com os alunos,
ou com os outros profissionais envolvidos nesse planejamento, o andamento das
atividades de jogos. Ele deve permitir que as crianças busquem resolver da melhor
maneira os conflitos comuns à prática lúdica, subsidiando uma conduta autônoma.
Aliás, a busca da autonomia é um dos objetivos potenciais a serem alcançados no
trabalho escolar com jogos.
Essa autonomia deve ser buscada em todas as etapas do jogo. Desde a
escolha do local a ser jogado e de quem começa passando pela distribuição das
peças, o resgate das regras e seu cumprimento ou possíveis modificações, até o
momento de guardá-lo.
Tanto nas escolhas dos jogos tradicionais quanto na dos jogos pedagógicos
confeccionados, o educador que deseja utilizá-los intencionalmente para ensinar ou
reforçar um determinado conteúdo deve selecioná-los e motivar seus alunos a jogá-
los.
Jogar envolve prazer e, como toda novidade, há uma possibilidade de
resistência inicial de alguns alunos que dirão ser “chato”, muitas vezes sem mesmo
ter jogado uma única vez. Cabe ao educador fazer uma boa “propaganda”, buscando
introduzi-lo num momento mais oportuno, de descontração, como o recreio (intervalo),
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quando poderá colocar o jogo num canto no pátio e convidar algumas crianças mais
animadas para jogar. Sua divulgação será na base do “boca a boca”. Pode-se, ainda,
criar uma expectativa sobre o jogo que virá, combinando uma data em que irá
apresentá-lo. Fique todos os dias contando pequenos detalhes sobre o jogo, sem
completar todas as informações. A curiosidade é algo muito poderoso nas mãos de
um educador experiente. Lembre-se, gosto é algo que se aprende, afinal, quando
criança, todos nós estranhamos situações novas que depois passamos a adorar.
Há um aspecto muito importante a respeito do jogo na escola: o fato de que o
momento mais importante da atividade está no “durante”. Quando a partida está
acontecendo é que se percebe a quantidade enorme de conteúdos que estão sendo
construídos e assimilados. Desde conceitos explícitos do jogo, como os desafios
propostos, as regras escritas e as comandas, até os implícitos, como os
procedimentos e atitudes dos jogadores.
O jogo se autorregula. Os conflitos e emoções se dão o tempo todo, e o
educador deve utilizá-los como laboratório, como conteúdos que podem ser
aprendidos. São exemplos as boas condutas, a ética e a cidadania, o respeito às
diferenças, a compreensão de que o outro é tão importante quanto o eu e vice-versa,
o respeito às regras etc.
Jogar é uma atividade que faz parte da cultura do homem desde seus
primórdios. A utilização de objetos em situações de regras em grupos pode ser
localizada em diferentes épocas e lugares na história humana.
Em papiros egípcios do século XIII e XII a.C. já existem registros de jogos
extintos e outros que chegaram aos nossos dias, como as damas e os dardos.
Os romanos do século II d.C. jogavam dados feitos de ossinhos, par ou ímpar
e cara e coroa. O gamão e o xadrez já eram conhecidos e, retiradas leves variações,
permanecem os mesmos.
Entre os séculos XI e XIV, o xadrez iria se popularizar na França entre os
adultos, e a bola de gude, os dados e os piões, entre as crianças. Na Holanda do
século XVII, surgem o boliche e a malha.
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Muitos jogos que praticamos atualmente têm sua origem em tempos remotos.
O xadrez, surgido na Índia, retratava por meio de suas peças a organização social do
poder, com seus marajás e representações do exército, como o carro de guerra e os
elefantes (usados nos combates). Depois, sofreu mudanças na Europa Medieval, com
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• Jogo de dados
• Cartas de baralho
• Bingo
• Feche-a-caixa
• Fan-Tan
ou pedrinhas, no canto que desejar apostar. Um juiz eleito despeja sobre o centro do
tabuleiro certa quantidade de grãos (feijão, milho, ervilha etc.) e os separa em grupos
de quatro grãos. O último agrupamento determinará qual canto apostado será o
vencedor. O resultado poderá ser um agrupamento de 1, 2, 3 ou 4 sementes. O
ganhador leva toda a “banca”, ou seja, todas as apostas feitas pelos outros jogadores.
• Dominó
• Amarelinha
• Quadrados mágicos
Esse jogo consiste em alinhar números diferentes de modo que a soma de suas
linhas, horizontais, verticais ou diagonais, resultem sempre no mesmo produto.
Exemplo:
4 9 2
3 5 7 = 15
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Originou-se no Antigo Egito, e era usado pelos sacerdotes para prever o futuro.
Foi muito apreciado também na Europa Medieval. Os árabes o utilizavam para a
montagem do zodíaco. Há indícios de seu uso na China do século VII, a partir de
alguns resquícios literários.
• Damas
O jogo de damas foi criado provavelmente entre os séculos XII e XIII e é uma
variação simplificada dos jogos de xadrez e gamão. Tornou-se popular a partir do
século XVI, sendo difundido por toda a Europa e pelas Américas. Na sua versão mais
tradicional o tabuleiro possui 100 casas e 20 peças para cada jogador, mas existem
variações de cor, forma e quantidade.
• Resta um
• Bolinhas de gude
Encontrado até mesmo nas tumbas dos faraós egípcios, esse antiquíssimo
brinquedo atravessou o tempo e em nosso país constitui-se num jogo muito difundido
entre as crianças, em geral as de pouco poder aquisitivo.
Sua composição atual de vidro temperado é a mais encontrada, sendo as que
contêm adornos e enfeites internas verdadeiras peças de colecionador. Podem ser
feitas de cerâmica, barro cozido, mármore, madeira e até de sementes.
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• Argolas
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• Jogo-da-velha
Velho como seu próprio nome aponta, tem registros egípcios do século xIV
antes de Cristo, e chineses do século V antes de Cristo. Em todos eles, sejam orientais
ou ocidentais, os objetivos eram os mesmos de hoje em dia: formar uma trilha
horizontal, vertical ou diagonal com os símbolos x ou O, ou com objetos como pedras,
sementes e gravetos.
Trata-se de um jogo excelente, pois aprimora a capacidade de antecipação,
sem a complexidade de jogos como o xadrez.
• Cinco-marias (ou saquinhos)
Pouco se sabe sobre a origem deste jogo que data aproximadamente de 5000
anos antes de Cristo. Sabe-se que sua prática foi difundida no mundo todo e que no
Brasil chegou com nossos colonizadores.
Para jogá-lo, é preciso ter cinco objetos, como pauzinhos, pedras, sementes ou
saquinhos com areia. Joga-se um objeto para o alto e deve-se apanhar outro do chão
antes de pegar o que foi arremessado, e assim sucessivamente, até que todos
estejam em sua mão.
Existem outras variantes, mas essa é uma das mais utilizadas.
• Cama-de-gato
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exatamente como e por que se tornou tão popular, tem sua provável origem na África,
mas foi também localizado no Japão e entre os esquimós do Ártico.
• Jogo de Botão
Conclusões
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para que o aluno possa dar conta dos desafios propostos pela escola e, como objetivo
maior, utilize-os nas diferentes situações que venha a vivenciar também fora dela.
Chamamos de conteúdos de procedimentos as ações planejadas/ordenadas
em que se ensinam os passos ou etapas para alcançar uma meta. Tanto podem ser
concebidos como pré-requisitos básicos para a compreensão de um conhecimento
mais complexo, como também para a aprendizagem de certas técnicas que favoreçam
o alcance de um conhecimento. Um exemplo é a utilização do ábaco (instrumento
muito antigo usado como calculadora) para a compreensão do algoritmo convencional
(conta armada), pois o aluno terá que aprender a utilizar um instrumento que ajuda a
operacionalizar um tipo de conta bastante complexa, que implicará diferentes
conhecimentos interligados. Esse conhecimento todo está a serviço de um maior, a
compreensão do “sistema de numeração decimal” e a “base dez”. Trata-se, em
resumo, do aprender fazendo.
Considerações
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Exemplo de atividade
10 + 30 + 3 + 5 =
48
Na subtração
• Arredondar e depois fazer a compensação. Exemplo:
68 - 38 =
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(62 - 40) + 2 =
22 + 2 =
24
• Decompor o subtraendo (valor que será subtraído). Exemplo:
23 - 18 =
(23 - 10) - 8 =
13 - 8 =
5
• Alterar o minuendo para evitar o “empresta um”. Exemplo:
500 - 365 =
(499 - 365) + 1 =
134 + 1 =
135
• Agrupar as parcelas em unidades, dezenas e centenas. Exemplo:
20 - 15 =
(20 - 10) + (9 - 5) =
10 + 4 =
14
• Explorar a ideia da adição. Exemplo: 400 - 160. Quanto falta em 160 para
chegar a 400? Para 200 faltam 40; de 200 para 400 faltam 200. A resposta é 240.
Na multiplicação
• Decompor um dos fatores. Exemplo:
7 x 15 =
(7 x 10) + (7 x 5) =
70 + 35 = 105
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Na divisão
• Fazer simplificações sucessivas. Exemplo:
512 :32 =
256 : 16 =: 2
128 : 8 =: 2
64 : 4 =: 2
32 : 3 =: 2
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O cálculo mental é componente principal da chamada matemática não escolar,
porque ela tem alta relevância social, usada em situações cotidianas como fazer troco,
calcular quantidades de alimentos, entre outras utilidades.
Sugerimos também uma sequência de atividades que pode ajudar seu aluno a
melhorar em cálculo mental. Exemplo A
1) Tente resolver este desafio:
Coloque os números 1, 2, 3, 4, 5 e 6 nos círculos a seguir, de modo que a soma
de cada lado seja 9.
Figura 20
2) Vamos tentar resolver o exercício anterior alterando a soma para 10 e
mantendo os mesmos números? Será possível?
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Exemplo B
1) Resolva estes quadrados mágicos realizando as somas de forma a atingir os
resultados indicados a seguir. Lembre-se, não pode repetir números.
6 8
16
13
Figura 22
Exemplo C
Exercitando seu raciocínio lógico matemático.
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1) Quatro amigos se encontram nos finais de semana para brincar. Eles levam
ônibus, carrinho, caminhão e moto. Seguindo as dicas a seguir, descubra qual é o
brinquedo de cada criança e a cor de cada um deles.
• Lúcio é dono do brinquedo verde.
• Eduardo adora a sua moto, mas ela não é marrom.
• Bruno não tem um caminhão, nem um carro.
• O ônibus é amarelo.
• Fernando tem caminhão e seu brinquedo não é vermelho.
Quadro 13
Lúcio Bruno Eduardo Fernando
Brinquedo
Cor
2) Gabriela, Luiza, Ana e Julia saíram de férias. Siga as pistas e descubra para
onde cada uma foi, e de que maneira. Depois, complete a TABELA a seguir.
• Luiza adorou a viagem que fez para Curitiba.
• Ana viajou de trem.
• Gabriela não viajou para Santos.
• Quem foi para Santos viajou de ônibus.
• Gabriela não viajou de carro.
• Julia não foi para o Rio de Janeiro.
• Quem foi para o Peru viajou de avião.
Quadro 14
Lugar Transporte
Gabriela
Luíza
Ana
Julia
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