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Conclusão ................................................................................................................................... 9
1.1. Objectivos
1.1.2. Objectivos Gerais
Conhecer a planificação do sistema educacional e a planificação do currículo.
a) O currículo deve ser organizado para atender ao educando. Levando em conta suas
características e aspirações;
Lee e Traldi (1984) citados por Martins (1999,129) aborda o currículo como uma “estratégia
pela qual as escolas tentam satisfazer os fins de educação.”
Segundo Alarcão (1996: 96), "a crescente dinâmica de transformação das sociedades inquieta
a escola. Hoje a escola deve tentar sobreviver as transformações sociais procurando encarar o
conhecimento como dinâmico e mutável, construindo-o colaborativamente e relegando a
concepção tradicionalista de educação dentro da qual “o formando aprende imitando o mestre
as técnicas empregues pelo professor mais velho, mais experiente e perito na sua profissão,
seguindo as suas instruções e conselhos. A mestria no ofício é passada de geração em geração”
como se fosse válido para todos os contextos do ensino e/ou da formação".
É nesta dinâmica social em que o currículo se inscreve, para dentro do conjunto de disciplinas
“cada uma dela organizada numa sequência lógica em termos de conteúdo” (Martins, op.cit),
dar respostas concretas às circunstâncias contextuais onde o ensino ou a educação tem lugar.
Percebido desta forma, o currículo desempenha um papel político na educação pelo facto de na
sua concepção e realização comporta implicações sociais significativas ao tocar as necessidades
emergentes da sociedade.
Por isso, uma das componentes fundamentais do currículo é a planificação, planificação essa
que que “deve partir de uma pesquisa das necessidades socioculturais dos educandos e, a partir
daí, serão determinados os objectivos, os conteúdos, as actividades de aprendizagem e os meios
de avaliação.” (Ibidem).
2 – Selecção de conteúdo;
4 – Avaliação.
Os objectivos da planificação curricular, para além de ser adequado à estrutura matéria e física
da escola, o funcionamento, os recursos humanos, o próprio currículo e as actividades docentes,
devem permitir:
A escola como uma organização complexa e gerida por seres humanos dotados de pensamentos
diversos precisa, de facto, de uma planificação que preveja todos os pormenores
organizacionais. Desta forma, há que observar alguns princípios básicos e fundamentais para
tal.
Princípios gerais de uma planificação, de que a educação não deve estar alheia são:
a) O princípio da contribuição aos objectivos, e neste aspecto o planejamento deve sempre visar
aos objectivos máximos da organização. No processo de planejamento devem-se hierarquizar
os objectivos estabelecidos e procurar alcançá-los em sua totalidade, tendo em vista a
interligação entre eles.
c) O princípio de maior penetração e abrangência, pois o planejamento pode provocar uma série
de modificações nas características e actividades da organização.
Na planificação educacional intervêm variáveis de natureza diversa que também é preciso ter
em conta. Por exemplo, a própria educação tem uma forte influência sobre a vida das pessoas
nas comunidades, o que faz com que a variável social se afigure como importante.
Na variável social o sistema educativo deve estar atento as desigualdades sociais existentes, em
que uma classe social é tida como superior a outra, de tal modo que, ao querer manter o status
quo (detentora do poder) optará por uma educação conservadora em prejuízo de outra classe,
que é sempre submissa.
É a planificação educacional que deve antever até que ponto a previsão da acção educativa é
reflexiva e crítica às contradições sociais existentes na sociedade e facilitadoras de uma
educação libertadora e democrática.
A sociedade civil e a classe política compõem a sociedade. Há, dentro da sociedade civil,
pessoas detentoras do poder económico e muitas vezes aliena as massas populares do produto
do seu trabalho, o capital.
A classe política, em princípio zela pelos interesses dos cidadãos. Nota-se que o distanciamento
entre os interesses dos cidadãos e dos políticos tem sido, “normalmente” muito grande. A
planificação escolar deve velar pelos interesses justos dessas duas classes para uma ascensão
social conjunta e justa e imprimindo um ritmo de desenvolvimento que persegue uma qualidade
efectiva do sistema escolar.
TRALDI, L. L. (1984). Currículo: teoria e prática. São Paulo, Atlas Ribeirão. (1984)