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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 4
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 PLANEJAMENTO EDUCACIONAL
Fonte: buzzero.com
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estrutura do plano escolar é um documento produzido a partir dessa reflexão da
realidade instituída.
Fonte: correio9.com.br
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Segundo Moretto (207, P. 100), percebe-se que o planejamento é imprescindível
na vida humana, no entanto, no ambiente escolar não se aplica tanta importância assim
“o planejamento no contexto escolar não parece ser tão importante quanto deveria
ser”.
“Hoje vivemos a segunda onda do planejamento. A primeira entrou em crise
nos anos 1970. Embora houvesse uma grande resistência ao planejamento na prática,
nos anos 1980, ano mais eficaz em entender as necessidades, pesquisar, esclarecer
e comprovar essa ferramenta."(GANDIN, 2008).
A citação demonstra a necessidade de compreender a importância do
comportamento planejado, não apenas em nossas atividades diárias, mas
principalmente no dia a dia da sala de aula.
Para Moretto (2007), planejar é organizar a ação. Uma definição simples, mas
que mostra a importância do comportamento planejado, pois o plano deve existir para
promover o trabalho de professores e alunos, por isso deve ser visto como uma
organização de ideias e informações.
GANDIN (2008) sugeriu que o planejamento deve ser visto como uma
ferramenta para que a ação humana seja eficaz, ou seja, deve ser utilizado para a
tomada de decisão organizacional, e para melhor compreendê-lo é necessário
compreender alguns conceitos, tais como: planejamento e planos, segundo
MENEGOLLA & Segundo SANT'ANNA (2001, p.38) “são palavras sofisticadamente
pedagógicas e que “rolam” de boca em boca, no dia-a-dia da vida escolar”.
Porém, para PADILHA (2003, p. 29), esses termos podem ser entendidos de
várias maneiras. Dentre eles, os seguintes destaques:
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ampliação das oportunidades educacionais. Um segundo grupo de metas diz respeito
especificamente à redução das desigualdades e à valorização da diversidade,
caminhos imprescindíveis para a equidade. O terceiro bloco de metas trata da
valorização dos profissionais da educação, considerada estratégica para que as
metas anteriores sejam atingidas, e o quarto grupo de metas refere-se ao ensino
superior. (MEC, 2014)
Plano de Curso: O plano curricular consiste em sistematizar as sugestões
gerais do trabalho docente de uma determinada disciplina ou campo de investigação
numa dada realidade. Pode ser anual ou semestral, dependendo da forma como a
disciplina é ministrada. (VASCONCELLOS, 1995, p.117 in Padilha, 2003).
Tem por finalidade referir-se aos conteúdos, métodos, procedimentos e
técnicas utilizadas no processo de ensino-aprendizagem das unidades escolares que
são escolas de ensino básico e médio, faculdades e cursos técnicos de todos os
níveis. O plano curricular deve conter, no mínimo, como seguintes diretrizes:
integração sequencial do conteúdo didático; detalhe da proposta pedagógica; lista de
materiais a ser utilizados; como formas de avaliação individual e coletiva; objetivos
gerais; objetivos específicos; conclusão.
Plano de Aula: Esta é a ordem de todos os conteúdos que serão desenvolvidos
no dia letivo. ("...). É a sistematização de todas as atividades que ocorrem durante o
período de interação professor e aluno, na dinâmica de ensino e aprendizagem."
(PILETTI, 2001, p.73).
Plano de Ensino: É a previsão das metas e tarefas de ensino para um ano ou
semestre; é um documento mais detalhado que lista objetivos específicos, conteúdo
e desenvolvimentos metodológicos. (LIBÂNEO, 1994).
Projeto Político Pedagógico: É o plano geral que inclui o processo de reflexão,
decisões sobre a organização, atividade e a proposta educacional da instituição. Este
é um processo de organização e coordenação do comportamento do professor. Ele
esclarece as atividades escolares e a origem social da escola. O plano define o
objetivo do trabalho docente. (MEC, 2006).
Os conceitos apresentados visam mostrar aos professores a importância,
funções e, principalmente, a relação íntima entre esses tipos. Segundo FUSARI (2008,
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p.45), “Embora os educadores geralmente utilizem "planejamento e plano como
sinônimos em seu trabalho diário, na verdade, não o são”.”.
Segundo SCHMITZ (2000, p.108), outro aspecto importante é que “os nomes
variam muito. Basta ter clareza sobre o significado de cada um desses planos e suas
características”. É importante observar: "Qualquer atividade requer planejamento para
ter sucesso. Planejar é uma garantia de resultados. A educação, especialmente a
educação escolar, é uma atividade sistemática que organiza as situações de
aprendizagem. Obviamente, ela precisa de um planejamento muito cuidadoso. A
educação não pode ser improvisada, independentemente de seu nível. " (SCHMITZ,
2000, p. 101).
Educação, escola e ensino são os meios pelos quais as pessoas procuram
realizar seus planos de vida. Portanto, cabe às escolas e aos professores o
planejamento de ações educativas para a construção de sua felicidade (MENEGOLLA
e SANT'ANNA, 2001).
As citações acima ilustram a importância da escola e do professor na formação
das pessoas, por isso toda ação educativa deve partir da perspectiva da construção
de uma sociedade consciente de seus direitos e deveres, sejam eles, individuais ou
coletivos.
Apesar do planejamento pedagógico ser de suma importância, existem
professores que são negligentes na sua prática educativa, improvisam suas
atividades, não alcançando os objetivos quanto à formação do cidadão.
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Para Moretto (2007, p.100) “Há, ainda, quem pense que sua experiência como
professor seja suficiente para ministrar suas aulas com competência. ” Os professores
com esta forma de pensar não estão cientes da importância e da função de um bom
planejamento. Simplesmente se preocupam apenas com o conteúdo pedagógico e
ignoram a realidade e o patrimônio cultural de cada comunidade escolar e suas
necessidades.
Um aspecto que tem afetado o processo de planejamento dos professores são
os materiais didáticos ou as respectivas instruções metodológicas neles contidos para
os professores, os mesmos fazem um apanhado geral dos conteúdos dispostos
nesses materiais e confrontam com o tempo que dispõem para ensiná-los aos alunos e
a partir desses dados divide-os atribuindo erroneamente a este ato o nome de plano
de aula.
F
Fonte: agencia3.com.br
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4.2 Planejamento de currículo
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Se a educação não pode tudo, alguma coisa fundamental a educação pode.
(FREIRE, 2013 apud SANTOS, 2017).
Fonte: onlinesites.com.br
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Sem a coleta e o diagnóstico, corre-se o risco de sugerir o impossível, o
desinteressante, ou mesmo sugerir algo já alcançado.
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6.5 Execução do Plano
7 PLANO ESCOLAR
Fonte: fleeng.com
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O plano escolar é a preparação pedagógica e administrativa da unidade,
explica a filosofia de ensino do professor, como fundamento do método teórico de
organização do ensino, o enquadramento socioeconômico, político e cultural da
escola, caracterização da escola, clientes, objetivos educacionais gerais e currículo,
diretrizes metodológicas gerais, sistemas de avaliação, planejamento, estruturas
organizacionais e administrativas.
O plano escolar é um guia de orientação para o planejamento do processo de
ensino. Os professores precisam ter esse plano abrangente em mãos, não só para
uma orientação do seu trabalho, mas para garantir a unidade teórico-metodológica
das atividades escolares.
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do pessoal docente e administrativo, e normas gerais de funcionamento da vida
coletiva.
Fonte: escolaweb.com.br
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Objetivos: É a descrição clara do que pretende alcançar como resultado de
nosso trabalho. Os objetivos surgem do próprio contexto: da comunidade, família,
escola, disciplina, do professor e primeiro o aluno. Portanto, os objetivos são sempre
do aluno e para o aluno.
É preciso que o educador tenha uma formação adequada para que tenha
condições de ser um educador. Afinal, ninguém ensina o que não se sabe.
(GATTI, 2009 apud DOS SANTOS, 2018).
9 PLANO BIMESTRAL
Fonte: praticaspedagogicascompetentes.com
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9.2 Modelo de José Carlos LIBÂNEO (Pedagogia crítico-social dos conteúdos):
Fonte: aosmestresdaescola.com
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9.3 Modelo de Nelson Piletti:
Unidade didática:
Preparação:
Introdução do assunto:
Sistematização e aplicação:
Avaliação:
Referencial teórico:
Fonte: colheitadeaprendizagem.com
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10 O CURRÍCULO ESCOLAR
Fonte: www.paraibatotal.com.br
Segundo Sacristán (1998 apud LIMA M. 2006), sem conteúdo não há ensino
qualquer projeto educativo acaba se concretizando na aspiração de conseguir
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alguns efeitos nos sujeitos que se educam (...) quando há ensino é porque se
ensinam algo ou se ordena o ambiente para que alguém aprenda algo (...) a
técnica de ensinar não pode preencher todo o discurso didático evitando
problemas para o conteúdo colocado.
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10.1 Currículo escolar: limites e possibilidades
Pode-se dizer que o ensino, como uma das funções primordiais de uma escola,
é promover a "conversão docente" do conhecimento, de modo que o processo de
tornar o conhecimento "ensinável, praticável e avaliável" possa distinguir às três
etapas da transformação:
1.º — da cultura fora da escola aos cursos formais; 2.º — dos cursos formais
aos cursos reais;
3.º — de cursos reais para aprendizagem efetiva (PERRENOUD, 1993, p. 25).
Para isso, a escola precisa estabelecer um currículo que seja capaz de:
Coordenar e gerir o conhecimento científico da produção moderna e o exercício
da plena cidadania, formação moral e autonomia intelectual, competências cognitivas
e sociais, humanismo e tecnologia;
Considere as múltiplas interações entre o conteúdo da matéria e a abertura, e
sensibilidade para determinar a relação entre a escola e a vida pessoal e social, entre
o que foi aprendido e observado, entre os alunos e objetos de conhecimento, e entre
a teoria e seus resultados, e a prática como o pressuposto decisivo da sua
organização; tratar a linguagem como o elemento básico que constitui conceitos,
relações, comportamentos e valores, o conhecimento como construção coletiva e a
aprendizagem como um mobilizador de emoções e relações interpessoais (COLL,
1997); escolher conteúdos que sejam realmente relevantes e consistente no
extraordinário sistema de conhecimento disponível hoje, forçou as escolas a se
dedicarem a fornecer aos professores a capacidade de "mapear" conhecimentos
relevantes para atender às necessidades e possibilidades dos alunos.
Ora, esta tarefa, sem dúvida, não é fácil. Uma das maiores dificuldades para
atingir esse objetivo é que, na maioria das escolas, as prescrições do direito e dos
cursos formais reproduzem a colcha de retalhos de informações descontextualizadas
e fragmentadas, para dizer o mínimo, moldadas por tradições pedagógicas
desatualizadas e inofensivas.
É como se quiséssemos ajudar uma pessoa a visitar um lugar maravilhoso que
conhecemos há muito tempo. Para guiá-lo, desenhamos um mapa. No entanto, esse
mapa é baseado em informações desatualizadas e obscuras, guardadas em um canto
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empoeirado da memória. É improvável que este mapa seja eficaz. O terreno mudou.
As referências são diferentes. Muitos sinais já não existem, enquanto outros surgiram,
mudando o panorama. Você precisa estudar novamente a área e conduzir um
levantamento atualizado antes de criar um mapa útil que possa fornecer orientação
de segurança em um terreno que pode não apenas mudar sua aparência, mas sua
própria natureza.
A escola não pode mais fixar sua visão no dedo que aponta, mas veja a que o
dedo se refere: uma constelação de novos saberes, além de representar o recurso
mais importante do mundo contemporâneo, é também um dos exemplos de unidade
como uma das ligações mais fortes entre os membros da espécie humana,
precisamos refletir sobre o próprio conhecimento. Essa atitude vai prejudicar nossos
interesses. Em última análise, ela forma a base de toda a ética.
Portanto, acreditamos que a organização curricular é pautada pela visão do
conhecimento, consistente com essa deformação racional, e sua característica é a
utilização de métodos atualizados inovadores e para resolver o conteúdo escolar e a
situação de aprendizagem para evidenciar as múltiplas interações entre as disciplinas
curriculares.
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O currículo é essencialmente uma rede de significados, que pode estabelecer
uma relação positiva entre os alunos e os objetos de conhecimento, e conectar
dialeticamente o que eles aprenderam com o que observaram, e a teoria com seus
resultados e aplicações práticas.
Mas um grande obstáculo se interpõe: a realidade em questão, no que diz
respeito à educação escolar, contém um procedimento metodológico conservador
muito resistente, que considera objetos isolados e estáticos, totalmente construídos e
determinados. Portanto, muitos problemas decorrem não apenas de possíveis falhas
no conhecimento científico ou de sua organização histórica, mas, principalmente, da
própria realidade (DEMO, 1998).
Fonte: onatlas.com
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ambiente escolar. Esse processo não é apenas ação burocrática e cadastral, mas
requer ação consciente e flexível, visando redefinir a prática docente conforme a
realidade. Segundo GAMA E FIGUEIREDO (2006), o ato de planejar sempre esteve
com a história da humanidade, então o ser humano tem pensado sobre suas próprias
ações, mesmo sem saber o significado da palavra planejar. Esse conceito pode ser
entendido como comportamentos que enfatizam o comportamento humano, como
imaginação, raciocínio e ações preditivas. O planejamento está presente no nosso dia
a dia mesmo que de forma implícita mesmo sem perceber. No processo educacional
o planejamento funciona como uma ferramenta de fundamental importância, pois as
ações educativas precisam ser propositivas não se limitando a atividades
improvisadas independentemente da complexidade atual no ambiente educacional.
Assim a profissão docente requer reflexão regular com base em um planejamento
flexível e adaptabilidade à realidade.
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No que diz respeito ao currículo, a PPP da escola enfatiza a necessidade de
um planejamento curricular estruturado, que está conectado aos Parâmetros
Curriculares Nacionais e à Lei de Diretrizes e Bases, e considera os aprendizes como
vidas autônomas em uma relação dialética com o mundo. A PPP ainda reconhece a
necessidade de criar e recriar estratégias curriculares de prática pedagógica voltadas
para o alcance dos objetivos básicos da organização. Concentre-se no
desenvolvimento integral das crianças e respeite sua idade, aspectos físicos e
psicológicos.
SILVA (2003) enfatizou ao observar as questões teóricas aplicadas ao currículo
escolar, que não se busca uma forma curricular ideal, mas a possibilidade de construí-
lo a partir de novas teorias, que surgiram para solucionar os problemas decorrentes
do desenvolvimento social. Portanto, na construção do currículo, fatos históricos e
sociais devem ser considerados.
Portanto, não existe um método único para definir o currículo, existem
proposições de diferentes formas que incorporam questões específicas da origem
social: identidade, relações de poder, cultura, religião, gênero, diversidade, raça,
orientação sexual, etc. a flexibilidade de existência é considerada porque não pode
ser usada como uma ferramenta única após construída, mas deve ser adaptada às
mudanças e necessidades que surgem. Considere também a dificuldade de
acompanhar o curso de acordo com todo o conteúdo especificado pelo curso. É
preciso tratá-lo como uma ferramenta que vai incrementar a prática docente e não
dificultar a execução das ações.
A escola também é responsável por elaborar planos realistas a partir dos
momentos sociais e históricos que vivemos. Desta forma, não apenas o que você
planeja é importante, mas também como você planeja. Um dos principais desafios
associados ao planejamento organizacional da escola é colaborar e integrar as metas
delineadas para criar uma cultura.
É necessário equilibrar as responsabilidades individuais e coletivas nas
instituições escolares. Esse equilíbrio pode ser alcançado por ações planejadas,
envolvendo a todos na superação das dificuldades existentes. Quanto maior o nível
de participação, maior a oportunidade de ver o plano concluído.
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É importante considerar que o planejamento é complexo e envolve uma série
de ações e capacidades. Além disso, sua construção requer a participação e interação
do corpo principal, envolvendo uma série de escolhas, pois dependerá da participação
de profissionais e participantes.
Visto que o planejamento é uma ferramenta comumente usada para gerenciar
coisas, planejar caminhos e atingir metas, reconhecemos a importância e os requisitos
dessa abordagem em todos os setores onde existem atividades humanas. Desse
modo, o ensino não pode evitar isso, pois para obter melhor desempenho e
rendimento pedagógico é necessário planejar o caminho a ser percorrido, pois, assim
o processo de ensino pode ser racionalizado, organizado e coordenado. Uma ação
pedagógica que articula o meio escolar com o meio social. Portanto, toda prática
educacional, seja sistemática ou proposital, requer um plano para organizá-la e
orientá-la.
Ao planejar, questionará fatores educacionais, pedagógicos, éticos e políticos,
portanto, além de nortear as crenças e valores da prática docente, também requer do
professor a tomada de decisões sobre questões metodológicas e teóricas. Por essas
razões, o comportamento de planejamento reflete a postura dos professores na
sociedade e no processo educacional e revela o que você espera alcançar com a
prática. Por exemplo, se a intenção é produzir o desejo de mudar a sociedade entre
os alunos ou a sensação de que o modelo de organização social não pode ser
mudado.
O plano é a primeira e principal parte do bom desempenho profissional de todos
os professores e todo o processo de ensino é baseado nele. É necessário analisar as
necessidades dos alunos desde o início para ser possível atendê-las e, assim, saber
o que planejar, ou seja, entender os alunos e o ambiente é essencial.
O planejamento da aula é extremamente importante para a prática docente,
pois evita a rotina e improvisação, melhora a eficiência do ensino, garante melhor
desempenho da prática docente, orienta as atividades, evita a confusão da sala de
aula e garante a segurança das orientações do ensino. E, além disso, também é vital
para o sucesso no processo de ensino. A prática pedagógica é uma atividade cognitiva
complexa que requer o desenvolvimento de diferentes habilidades, incluindo: atenção,
compreensão, memorização, comunicação, expressão, raciocínio e criatividade. Isso
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leva à criação de novos conhecimentos que, subsequentemente, geram novas
experiências. Este ato pretende identificar os efeitos do planejamento, na prática
docente na aprendizagem dos alunos e nos resultados da avaliação.
O planejamento não se limita aos professores em sala de aula, mas é uma ação
que permeia toda a comunidade escolar e está vinculada a todas as experiências
impostas pela sociedade e trazidas pelos alunos. Portanto, pode-se dizer com certeza
que o trabalho docente é sistemático, sempre visando o sucesso do aluno na
aprendizagem. Portanto, o professor pode planejar seu curso separadamente, mas
deve seguir algumas orientações estabelecidas pela direção da escola e pela
secretaria de educação, de modo a não se desviar muito do plano geral da escola, o
que prejudica a autonomia do professor na execução do seu plano de aula.
Portanto, para aprender mais sobre o plano e sua importância, também é
preciso entender a forma e o nível do plano: planos de aula, planos de ensino, planos
de escola e currículo.
No planejamento educacional, o currículo escolar precisa ser considerado, uma
palavra do latim, curriculum, significa caminho, caminho, em geral, é a distribuição dos
conteúdos a serem aprendidos e das atividades a serem realizadas durante o
percurso do ensino fundamental. Trata-se da trajetória de cada aluno, incluindo as
disciplinas que serão ministradas em cada semestre, os temas que cada disciplina
abordará e as habilidades que o aluno deverá dominar ao final de cada etapa.
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dos projetos políticos educacionais. Todas as pessoas que estão direta ou
indiretamente relacionadas à dinâmica do processo educacional de uma escola
particular devem participar do desenvolvimento do currículo escolar, mas o objetivo
final é definido pelo diretor, supervisor de ensino, consultor educacional e professor.
Para melhor compreender o planejamento de ação docente, é necessário
distingui-lo do conceito de plano, pois possuem significados diversos. Portanto, o
planejamento é um processo psicológico que inclui a análise, a reflexão e a previsão
do comportamento, por outro lado, o plano é o resultado do processo psicológico do
planejar, ou seja, o delineamento dos fragmentos obtidos no processo.
Diante da urgência do planejamento, muitos professores se perguntam “O que
ensinar? ” Portanto, sabendo que o mais importante é promover o desenvolvimento
harmonioso geral dos alunos. Envolve as áreas de cognição, emoção e psicomotora,
e não se deve considerar a quantidade de conteúdo. Em vez disso, considere a
qualidade do conteúdo. São os objetivos delineados acima que devem nortear a
escolha desses propósitos. Outro aspecto de um bom plano é que ele é flexível, ou
seja, se necessário, possíveis ajustes podem ser feitos para melhores aplicações sem
comprometer sua unidade e continuidade.
Sabendo que, na prática docente, planejar é também atingir os objetivos
esperados, superar dificuldades, garantir a unidade e a continuidade. Além de diminuir
a improvisação, isso é comum no planejamento, alguns professores não buscam
refletir a sua prática sucumbindo à improvisação. Percebemos que o planejamento é
essencial para o melhor desenvolvimento de professores e alunos. Embora o
planejamento seja uma ferramenta essencial para o desenvolvimento profissional do
professor, o grau em que está implementado varia conforme os diferentes perfis de
professores.
Desse modo, afirmamos que o planejamento orienta a prática docente e
também que existem princípios norteadores que conduzem ao próprio ato de planejar,
um dos quais é a flexibilidade, no que diz respeito à disponibilidade: avaliar, ajustar e
replanejar o percurso; outro aspecto importante é a participação, que envolve a
mobilização e participação de toda a comunidade escolar, para fins de formulação de
ideias e práticas. A consistência também é uma parte importante do planejamento,
pois estabelece a consistência entre os elementos do plano (objetivos, conteúdo,
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metodologia, recursos e avaliação). Junto à ousadia e objetividade estão os princípios
que, juntos, fazem um bom planejamento, na hora de pensar as práticas possíveis.
(FARIAS et al, 2014).
Portanto, o planejamento consiste em elementos de várias naturezas, incluindo
a definição de objetivos, metas a serem alcançadas na escola ou mais
especificamente na sala de aula. É importante que as tarefas e exigências sociais da
escola sempre existam nas metas, conforme o ambiente de vida do aluno, além disso,
as metas estão sempre relacionadas aos outros componentes do plano (conteúdo,
métodos, avaliação). Na definição dos objetivos da sala de aula, questiona-se como o
conteúdo é disseminado, ou seja, quais métodos e recursos os professores devem /
podem utilizar como ferramentas eficazes para promover a aprendizagem dos alunos,
inclusive quando se considera os planos escolares, que por acaso estão em um nível
mais global, a escola estabelece metas.
Também podemos falar sobre definição de conteúdo, e sua relevância para o
aprendizado é enorme. Sabendo da importância, o objetivo agora é a qualidade e não
a quantidade, não sendo mais necessário dar muitas informações aos alunos, pois a
escola é mais importante para promover o desenvolvimento harmonioso geral dos
alunos, incluindo domínios cognitivos, emoções e movimentos psicológicos. Outro
aspecto é a categoria de conteúdo selecionado, ou seja, o mais importante é o
cotidiano da vida escolar do aluno. Porém, há uma conexão direta entre conteúdo e
objetivos, pois segundo PILETTI (2007), estes devem orientá-los para que o conteúdo
não seja mais um fim, mas um meio para atingir os objetivos buscados no processo
de aprendizagem. O conteúdo passou por duas etapas: seleção e organização, a
estrutura do material didático é um dos padrões de sua organização.
Um bom planejamento de aula decorre de um currículo bem estruturado.
Existem muitas definições de currículo, porém não faltam pessoas que declaram o fim
do currículo como área de estudo e pesquisa. Porém “o currículo é uma construção
de pessoas e como tal traz a marca do tempo e do espaço social dessas construções”
(PEDRA 1997).
Segundo BOURDIEU (1996) podemos dizer que quanto mais um sistema
educacional consegue ocultar sua função social de legitimar a diferença de classes
social sua função técnica de produzir padrões suficientes, melhor o sistema
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educacional consegue integrar um bom currículo para as necessidades do mercado
de trabalho.
Não há dúvida que para o processo de ensino e aprendizagem um bom
planejamento pode contribuir significativamente. Segundo VASCONCELLOS (1995),
alguns dos atributos importantes do plano são: adequada organização dos currículos,
racionalização do tempo, contribuição para não desperdiçar atividades de
aprendizagem, auto formação dos professores, valorização da participação dos
alunos e a expropriação a que os professores foram submetidos.
Por outro lado, de acordo com SACRISTÁN (1998), é necessário ter cautela
em face das observações de ensino de cursos. Não se deve esquecer que o currículo
pressupõe a finalidade social e cultural, a concretização da socialização, e atribui a
educação escolar o desenvolvimento, estímulo perspectiva do ambiente.
Cada vez mais alunos nos perguntam sobre a importância de determinados
conteúdos em várias disciplinas. Conteúdo oficial na história, mas pode não ser tão
importante no contexto atual. Pensar, repensar, discutir e refletir sobre os rumos
parece ser uma forma coerente de se livrar do dogma atual.
Segundo MOREIRA (1990), um importante papel do professor crítico é
estimular o desenvolvimento de comportamentos, modelos sociais e crenças em
harmonia com a nova sociedade. Alimentar-se com os desejos e interesses dos
alunos e do mercado pode ser um grande passo na transição de expropriação de
professores teóricos para professores críticos.
Além disso, segundo MOREIRA (1990), a teoria do currículo segue um novo
rumo, pois o método técnico dos problemas curriculares (inicialmente baseado na
formação técnica e profissional) está sendo gradativamente utilizado por um método
sociológico básico (que se presume formação geral, humanística e científica). Em
pesquisa com professores universitários, ele citou professores afirmando que, dada a
sua reflexão sobre o curso, dificilmente forneciam equipamentos para especialistas,
mas atribuíam grande importância ao aspecto político do currículo.
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habilidades que os capacitem a decidir assuntos na vida adulta”. (DEWEY,
1978 apud AGUIAR G. F. 2011).
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12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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