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Material elaborado pela profª. Priscila de Medeiros
RESUMO
2º ENCONTRO
CURSO PREPARATÓRIO PARA PROFESSORES- PEB - 2º ENCONTRO
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Material elaborado pela profª. Priscila de Medeiros
Prof. Celso dos Santos Vasconcellos, Doutor em Educação pela USP, Mestre em
História e Filosofia da Educação pela PUC/SP, Pedagogo, Filósofo, pesquisador,
escritor, conferencista, professor convidado de cursos de graduação e pós-
graduação, responsável pelo Libertad - Centro de Pesquisa, Formação e
Assessoria Pedagógica.
Autor dos livros: Planejamento: Projeto de Ensino-Aprendizagem e
Projeto Político-Pedagógico; Construção do Conhecimento em Sala de
Aula; Avaliação: Concepção Dialética-Libertadora do Processo de Avaliação
Escolar; (In)Disciplina: Construção da Disciplina Consciente e Interativa em Sala de
Aula e na Escola; Para Onde Vai o Professor - resgate do professor como sujeito de
transformação; Superação da Lógica Classificatória e Excludente da Avaliação: do
“é proibido reprovar” ao é preciso garantir a aprendizagem; Avaliação da
Aprendizagem: Práticas de Mudança - por uma práxis transformadora;
Coordenação do Trabalho Pedagógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano
da sala de aula; Indisciplina e Disciplina Escolar: fundamentos para o trabalho
docente; Currículo: A Atividade Humana como Princípio Educativo.
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Celso Vasconcellos vem trazer, através deste livro, uma valiosa contribuição, na medida em
que coloca e desenvolve esta discussão, não mais num plano puramente especulativo, mas
naquele plano bem concreto e imediato da prática real do educador. É isso mesmo: sem perder,
em nenhum momento, o apoio rigoroso de seus referenciais teóricos, a exposição/ reflexão de
Celso parte da experiência concreta do trabalho pedagógico na sala de aula, onde ele acontece
de maneira efetiva e imediata.
A abordagem desenvolvida pelo autor já é uma experiência muito palpável da unidade profunda
dos processos envolvidos na relação educacional. Com razão, afirma que é na sala de aula que 'o
professor tem sua prática, seleciona conteúdos, passa posições políticas, ideológicas, transmite e
recebe afetos e valores. A relação pedagógica, cerne da efetivação da formação humana, é
mediada pela própria realidade, pois nela se 'dialoga' sobre o mundo real.
INTRODUÇÃO
Não há aprendizagem sem o interesse do aluno em aprender.
Articulação realidade-Objeto-Mediação
Vejamos que em certa fase da vida a criança pode deixar de entender algo que
para o homem na sua fase adulta seja tão óbvio, tão comum! Às vezes os adultos
não percebem certas coisas, mas nem por isso elas deixam de existir! Durante o
processo de ensino-aprendizagem é muito comum observarmos educadores que
pulam/queimam as etapas da aprendizagem – os professores ao invés de se
prenderem aos pormenores iniciais sobre o assunto, vão logo, para o que eles
dizem “ao que interessa”. É o que chamamos de técnica do atalho. Isso bloqueia
o raciocínio lógico do aluno, tendo em vista que a aprendizagem é um processo
visto em fases.
Uma característica da mobilidade para o conhecimento é a clareza dos objetivos.
Mas não tratamos aqui dos objetivos mecânicos que não despertam o sujeito para o
conhecimento, e sim, de objetivos que satisfaçam realmente as necessidades dos
alunos. Infelizmente os objetivos traçados pelas escolas só atendem às regras do
sistema, tendo como prioridade o programa conteudista, o que o diretor quer e o
que possivelmente poderá cair no vestibular.
Desse modo fica difícil educar para a vida! Sendo assim, a intencionalidade do
educador, que aponta a real definição sobre o seu papel, deixa de existir e,
consequentemente, a intencionalidade do sujeito/aluno também não tem sentido.
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO.
Em outro momento o sujeito esquece certa contradição e vai à busca daquela que
mais lhe interessa, esquecendo as demais – bloqueio de contradição.
O que o professor diz é investigado pelos alunos. Aqui, tanto a postura dos alunos
quanto a do professor tomam outro rumo. Face ao exposto, perguntamos: diante de
tanta liberdade dada ao aluno para que ele possa falar à vontade, podemos dizer
que o professor não pode mais falar? Claro que não! O professor sempre deverá
ser o mediador na sala de aula e a sua presença será muito importante para ajudar
o aluno a sair do estágio sincrético da construção do conhecimento. Certamente o
professor contribui para a aceleração da reconstrução do saber – investigação
versus exposição – quando orienta os alunos em meio às dúvidas na solução dos
problemas. O aluno traz o seu conhecimento sincrético e o professor como
mediador expões algumas informações e o aluno, nesse sentido, deverá ser capaz
de superar este estágio do conhecimento.
O professor, quanto à questão das técnicas, deverá ficar atento quando exigir dos
alunos apresentação de trabalhos em grupo. O que importa aqui não é esperar
uma apresentação, uma exposição espetacular daquilo que foi estudado pelos
alunos, nem sequer poupar as energias do professor. O mais importante mesmo
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com isso é ajudar para que dessa forma os alunos engrandeçam a sua construção
de conhecimento. De certa forma, esta ou outras técnicas deverão ser submetidas
a um método ideal, onde seja necessária a apresentação sincrética do objeto de
estudo, expressão das representações prévias, problematização, fornecimento de
subsídios, elaboração de hipóteses, síntese conclusiva, etc.
Necessidade de expressão
À medida que o sujeito vai conhecendo algo, interagindo com o mundo social à
sua volta, ele sente vontade de expressar-se sobre as descobertas advindas desse
conhecimento. E, ao passo que o objeto é mais estranho para o sujeito ele sente
muito mais vontade de fazer uso da palavra para poder conhecer o objeto de
estudo. No processo de determinação da síntese observamos que, enquanto aquilo
que sintetizamos está somente em nossa cabeça, podemos expor esse
conhecimento de forma mais generalizada, mas, à medida que formatamos a
síntese materializando-a para o texto escrito, estamos concretizando o trabalho,
realizando uma síntese conclusiva e restrita ao que está no papel.
É certo afirmar que jamais poderemos subjulgar a nossa síntese material, pois,
sendo assim estaríamos confessando a nossa própria impossibilidade de construir
o conhecimento. A interação social entre o educador e o caminho que o educando
está trilhando se concretiza no momento em que há a expressão contínua das
representações sintéticas elaboradas pelos educandos.
O professor, para isso, deverá ajudar para que esse ambiente saudável seja
criado. É nesse clima que tudo que o aluno fala deverá ter importância. Também
ninguém poderá tomar o espaço de outro falando demais. Mas falar de menos
também prejudica o desenvolvimento do trabalho. São tantas as formas de
expressão do conhecimento que o educando pode utilizar: oral, gestual, gráfica,
escrita, etc. em todas elas estão presentes a construção de conhecimento que, de
certa forma, provocou a mudança da realidade em relação a um conhecimento
prévio sobre o assunto abordado.
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Elaboração da síntese
Tendo em vista que a própria construção do conhecimento pode ser considerada
de síntese, e em virtude de que só podemos fazer análises do problema depois da
elaboração de uma síntese precária, fica difícil determinar em qual momento seria
oportuno e aconselhável para a elaboração da síntese, isto porque a análise e a
síntese estão intimamente muito articuladas.
Em se tratando dos níveis de síntese, podemos entender que há uma
complexidade específica para cada forma de expressão dessa síntese. Na ordem
crescente de abstração de conhecimento podemos citar a dramatização, a forma
verbal e por último a forma escrita.
Para qualquer objeto de conhecimento há infinita possibilidade de se realizar a
Análise
É o momento de mediação, de explorar os instrumentos teóricos na intenção de determinar
conceitos, para analisar, refletir, observar, etc.
Síntese
Se trata da observação atenta do conteúdo dos documentos incorporando as reflexões obtidas
durante a desconstrução/reconhecimento das partes até então estudadas isoladamente.
PONTOS IMPORTANTES
TESTES
1-Para que o educando, sujeito conhecedor ou transformador do objeto, no
processo de mobilização para o conhecimento, tenha sucesso na sua
empreitada a favor das descobertas, é necessário que a sua ação seja,
Segundo Vasconcelos:
A ( ) Consciente e sistemática
B ( ) aberta e flexível
C ( ) consciente e voluntária
D ( ) flexível e reguladora
V ( ) É nesse momento que o aluno vai conhecer o objeto a ser estudado, mas com
a ajuda do professor.
Está (ão) correta(s), exceto:
A( ) I e III
B( ) somente a III
C( ) I, II, IV
D( ) IV e V
A( ) aluno \ objeto
B( ) criança\ ensino
C( ) indivíduo\ meio
D( ) sujeito\objeto
A ( ) Investigador
B ( ) apoiador
C ( ) Mediador
D ( ) facilitador
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A ( ) I e III
B ( ) somente a II
C ( ) II e III
D ( ) todas estão incorretas
A( ) Insuficiente
B( ) Falsa
C( ) Questionável
D( ) Verdadeira
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GABARITO: