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Administração escolar
Práticas pedagógicas
Administração escolar
Práticas pedagógicas
Introdução........................................................................................................................................2
Objetivos..........................................................................................................................................3
Desenvolvimento.............................................................................................................................4
Administração centralizada..........................................................................................................7
Metodologia...................................................................................................................................11
Conclusão......................................................................................................................................12
Referências bibliográficas.............................................................................................................13
Introdução
Desde que a educação passou a ser sistematizada e de responsabilidade de redes que requerem
um modelo de organização, o processo educativo não parou de crescer e de se transformar em
objeto de teorias que se debruçaram em analisar as melhores maneiras para que o processo de
ensino e aprendizagem seja ofertado satisfatoriamente para que o público a que se destina
possa gozar do aprendizado dos componentes que norteiam o campo científico, bem como a
sociabilidade que edifica a cidadania.
Para a consecução desta tarefa, a escola precisa estar adequada às transformações sociais,
traçando objetivos e se alimentando das teorias atinentes ao campo científico educativo. Desse
modo, a sistematização da administração escolar se torna fundamental para que os objetivos
dos sistemas escolares tenham reverberação na sociedade.
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Objetivos
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Desenvolvimento
Os assuntos apresentados neste artigo são considerados recentes em grande parte das escolas do
país, porém vem ganhando muita atenção dos profissionais da área de educação. O conceito de
gestão escolar envolve diversas questões do ambiente estudantil que devem sempre estar nas
pautas de discussão.
A administração escolar é uma forma de gerir a escola por inteiro. Isto quer dizer que a boa
administração está na busca por atender as exigências de todos os setores envolvidos. Desde os
funcionários, estrutura física do prédio, até em relação ao contato com os pais e alunos, e o clima
destes com o ambiente educacional. Para que se tenha um ambiente saudável financeiramente e
socialmente, cada peça deste quebra cabeça deve ser tratada com igual relevância.
Além dos quesitos internos, é preciso adequar a escola ao que é importante para cada indivíduo.
Ou seja, os educadores têm a importante missão de formar cidadãos íntegros, de opinião, críticos
sobre a realidade em que vivem e ainda os auxiliarem no desenvolvimento de suas habilidades e
competências, sejam elas naturais ou aprendidas com o passar do tempo.
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Designação geralmente atribuída a Compayré (séc. XIX), remete para um campo de práticas de
administração, gestão, governo ou direção de sistemas, ou redes escolares e de escolas, ou outras
unidades de ensino e, simultaneamente, para um campo de estudos, teorias, disciplinas
acadêmicas e cursos, ou programas. Como campo de práticas, inclui os aparelhos
organizacionais e administrativos da educação escolar em seus distintos níveis: nacional,
estadual, municipal, ou outros, consoante a organização de cada país, e os serviços que produzem
políticas e orientações normativas para a educação escolar, incluindo ainda as escolas. Aos
distintos níveis de intervenção, do ministério da educação a cada escola concreta, a
Administração Escolar compreende as estruturas legais, organizacionais e administrativas, e
também os atores e as ações com intervenção nos processos de utilização racional de recursos, ou
meios, para a realização de determinados fins. Como decorre do conceito de administração
(DUNSIRE, 1973), também a Administração Escolar envolve sentidos aparentemente
contraditórios: por um lado, de governo, direção, definição de políticas e de filosofias de
educação, planos de ação, normas e recursos; por outro lado, de serviço, apoio e execução
detalhada das orientações políticas. A determinação da política, dos valores e objetivos, no
primeiro caso, e a execução em conformidade daquelas orientações, dentro dos limites fixados,
no segundo caso, representam desde o século XIX, e especialmente nos Estados Unidos da
América, uma base da dicotomia entre política e administração e, mais tarde, da distinção entre
administração e gestão no contexto industrial. Atualmente, porém, registra-se uma tendência no
sentido de recusar a separação entre política e administração: toda a administração é um ato
político e, no limite, não existe política sem administração. Isso não significa que a análise dos
atores que formulam as políticas educacionais e controlam as principais funções de concepção,
decisão, execução, avaliação, tal como a definição dos objetivos educativos, a determinação dos
programas, a organização das redes de ensino, a atribuição de meios, a formulação de regras de
funcionamento, a inspeção (DURANDPRINBORGNE, 1989) não deva considerar as assimetrias
de poder entre as autoridades e os atores escolares, ou entre os níveis centrais e locais. Em
administrações de tipo centralizado, seja de feição concentrada ou desconcentrada, isto é, de
natureza monocêntrica ou de características territorialmente dispersas, mas mantendo a
centralização de poderes face às escolas, a descentralização, o reforço da autonomia das escolas e
a sua gestão democrática são inviabilizados ou dificultados. No que concerne à distinção entre
administração e gestão escolares, embora seja possível encontrar autores a sustentá-la, a questão
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não é consensual, dado que os conceitos são fluidos e intermutáveis (BARROSO, 1995). Na
maioria dos dicionários, administração e gestão surgem como sinônimos, sendo também esse o
entendimento da UNESCO (1988) no caso da educação. A expressão “administração escolar”
tende a ser mais usada nos Estados Unidos da América, no Canadá e na Austrália, por exemplo,
ao passo que “gestão escolar” surge como mais frequente na Grã-Bretanha e noutros países
europeus (BUSH, 2003). No Brasil e noutros países, como Portugal, na sequência da
democratização política, foi a expressão “gestão democrática” que conheceu grande
protagonismo. No Brasil, a designação “gestão escolar”, ou “gestão educacional”, tem sido
conotada como menos próxima da administração empresarial, recusando a tradicional
subordinação do campo da Administração Escolar às teorias e práticas de origem industrial. Em
Portugal e noutros países, porém, alguns autores concluem, em sentido inverso, atribuindo à
palavra administração maior proximidade com as políticas e as instituições públicas. Isso
significa que a questão não reúne consenso teórico, estando dependente das conotações dos dois
vocábulos nas diversas línguas, e mesmo dos usos distintos da língua portuguesa, bem como de
diferentes épocas históricas e contextos políticos.O debate terminológico implica já a
consideração da Administração Escolar como campo de estudos, como disciplina ou
especialidade acadêmica, com expressões variadas e existência intermitente desde finais do
século XIX, em disciplinas universitárias de formação de professores, em diferentes países. No
caso da América Latina, e designadamente do Brasil, Sander (1995) identificou a emergência de
vários enfoques, com destaque para os enfoques jurídico e tecnocrático e, posteriormente, para o
enfoque sociológico, análise coincidente com as de autores de outros países, embora nem sempre
com as mesmas cronologias. O ensino e a pesquisa foram influenciados por abordagens
legalistas, assentes na interpretação jurídica e, mais tarde, pela transferência de teorias e
princípios da “administração industrial e geral”, proposta por autores da “Administração
Científica” como F. Taylor e H. Fayol, para a Administração Escolar. Félix (1984) e Paro (1986)
destacam-se na crítica à sobredeterminação teórica exercida pela administração empresarial
capitalista sobre a administração escolar, tendo recusado uma definição de Administração
Escolar como aplicação de uma “administração geral” ao caso concreto das escolas, a partir de
uma “pretensa universalidade de princípios” (PARO, 1986: 11). A deslocação do campo das
abordagens normativistas / pragmáticas para as abordagens de vocação analítica/interpretativa
(LIMA, 2009) tem permitido que, ao longo das últimas duas décadas, a formação e a pesquisa
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em Administração Escolar tenham adquirido um pendor pluriparadigmático sem precedentes,
com destaque para os contributos da Ciência Política, da Sociologia das Organizações, das
Ciências da Administração, entre outros, e no domínio dos estudos educacionais, com relevo
para os contributos da investigação em Sociologia da Educação e Políticas Educacionais. Trata-
se de um movimento de refundação teórica, em boa parte conduzido através do ensaio de
perspetivas críticas, em que as análises sociológicas e organizacionais, as abordagens
sociopolítica e histórico-crítica têm revelado protagonismo e suportado novas investigações
teóricas e empíricas, valorizando especialmente o estudo organizacional das escolas e das
práticas dos atores escolares, bem como as articulações entre políticas públicas e administração
das escolas.
Entre muitos tipos de administração escolar, dois se destacam e sintetizam todos os outros: a
administração centralizada, também chamada de burocrática, e a administração descentralizada e
participativa, também conhecida como gestão democrática.
Administração centralizada
Neste tipo de administração, a diretoria trabalha com total autonomia para tomar decisões, sem
participá-las a outras pessoas envolvidas na comunidade escolar. É um modelo hierarquizado,
com cargos e funções bem especificados, sempre com orientação do diretor, que assume a
responsabilidade de supervisionar todas as tarefas executadas. Nesta gestão, a comunicação
geralmente é verticalizada, com grande ênfase no resultado – e não tanto nas relações
interpessoais. Algumas escolas que exercem uma gestão clássica já começaram a mudar o
modelo e a investir em decisões compartilhadas com seus coordenadores e outros colaboradores.
“Numa instituição em que há uma cultura de descentralização do poder, o que se tem são
decisões tomadas sobre um volume mais amplo de informações, vários pontos de vista e, se esse
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processo for bem feito, isso eleva a qualidade das decisões. Mas muitas vezes isso gera o risco de
um atraso nas entregas”
Este tipo de gestão tem como base a tendência internacional de descentralizar a gestão escolar,
priorizando a participação de toda a comunidade escolar na tomada de decisões, na programação
de objetivos, na implementação de atividades. Ou seja, envolvendo, gestores, coordenadores,
professores, funcionários, alunos e pais.
Um grande desafio da gestão democrática, é que relações mais horizontais costumam gerar
processos mais demorados, pois envolvem articular muitas opiniões diferentes sobre cada tema.
Chegar a definições de forma dinâmica e ágil é sempre um desafio. Vale lembrar existem saídas
para isso, como criar cronogramas para o planejamento de ações, determinando datas limite para
a tomada de decisões.
Outra dificuldade é conseguir o engajamento de todos, inclusive de pais de alunos. Outro
problema que vem sendo combatido, por exemplo, com o uso de aplicativos de comunicação
escolar, como o classapp. Os apps de comunicação aumentam o envolvimento dos pais na vida
escolar dos filhos, o que acaba gerando benefícios para todos. No caso de escolas
descentralizadoras, nas quais os pais de alunos participam do processo decisório, eles tendem a
ficar mais atentos ao desempenho de seus filhos e a ter maior participação no dia a dia da vida
escolar.
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contrário da visão anterior, essa tendência se baliza pela ausência de autoridade e poder.
Todas as decisões precisam ser tomadas coletivamente em reuniões e assembleias, onde se
organizam as eleições e se planeja a alternância de funções. É importante salientar a ênfase
nas relações, e isso geralmente pode comprometer a realização das tarefas. Com ausência de
hierarquia, esta é uma tendência libertária, onde as decisões do estado não constituem estofo
fundamental para a organização do trabalho.
Participativa – Esta é a perspetiva que tem sido mais valorizada dentre os autores mais
destacados nos estudos sobre educação brasileira, como Savianni e Libâneo. A gestão
democrática da educação prevê um modo de organização no qual a equipe escolar define os
objetivos sociopolíticos e pedagógicos da escola. Nela se torna necessário que haja uma
articulação entre as atividades da escola – as pessoas que fazem parte da comunidade escolar,
ou seja, quem se beneficia e faz uso dela. Por isso, é necessário que a equipe conte com
profissionais qualificados e com diversas competências. É característico da gestão
democrática participativa, a objetividade na organização e na gestão de informações reais.
Portanto, visa o acompanhamento das avaliações com finalidades pedagógicas que têm a
pretensão de reorientar as estratégias de organização do trabalho. Diferentemente das outras
perspetivas, na gestão democrática se tem hierarquias, porém, não são rígidas, com uma
verticalização dura, já que todos podem dirigir e ser dirigidos, de acordo com as tarefas, que
não se sobrepõem às relações, e nem vice-versa.
Interpretativa – Baseia-se no subjetivismo em relação à escola, interpretando que ela não está
dentro de um âmbito planejado e que possui objetivos. A principal preocupação reside na ação
organizadora, com pouco foco no ato de organizar, e forte tendência a valores compartilhados.
Esta tendência valoriza a subjetividade e “rejeita” a norma. Seu aporte filosófico consiste na
interpretação dos signos da educação e não em fatores constatáveis.
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Modelo da administração escolar na escola secundária de albazine
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Metodologia
Para a consecução deste trabalho foi necessária uma revisão bibliográfica que objetivou
selecionar os conteúdos mais relevantes para a construção dos argumentos que fortalecem a
investigação do nosso problema de pesquisa, já que não estivemos em campo extraindo outras
informações a serem analisadas.
Essas análises foram feitas à luz de metodologias já previstas nas epistemologias que
embasam os campos específicos de proposições científicas, no intuito de direcionar e tornar
eficaz a construção do conhecimento acerca do objeto a ser “explorado”. Nesse sentido, segue
uma breve exposição dos métodos por nós utilizados.
De saída, usamos a metodologia de pesquisa bibliográfica, que de acordo com Andrade (1997)
se constitui como um trabalho em si, ou seja, pode ser aferida como o produto final na
conclusão de um curso. Monografia, dissertação ou tese podem ser consideradas como um
trabalho de pesquisa bibliográfica, desde que se tenha um tema delimitado e uma coleta de
dados acerca do que será desenvolvido, e isto estará presente em outras pesquisas já
concluídas (teses, dissertações, monografias, livros, vídeos etc.) sobre o assunto a ser
pesquisado.
Para o método de pesquisa bibliográfica é recomendado que após a identificação das obras a
serem estudadas, se faça uma leitura prévia dos elementos chave desses livros, respetivamente
nesta ordem: sumário, contracapa, prefácio, orelha, título e subtítulo. Após esse processo se
torna necessário fazer uma leitura seletiva, em que os títulos e os subtítulos terão maior
importância para análise de quais obras realmente nos interessarão pesquisar, pois assim se
torna mais fácil e mais consistente o nosso trabalho (ANDRADE, 1997).
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Conclusão
Este trabalho teve como tema “ administração escolar”, numa primeira fase começou-se por
definir os conceitos de organização e administração para a compreensão do trabalho. O trabalho
foi longo, muita coisa foi descrita sobre o tema, e não se pretendeu com isto terminar com as
questões acerca do tema, apenas trouxemos um pouco do seu essencial.
Organizar e administrar uma escola é controlar e fazer direcionamento das tarefas a serem
exercidas, a partir de uma hierarquia, partindo do pressuposto que uma ordem deve ser cumprida.
Nota-se que a concepção de administração escolar, conforme foi observado está vinculada ao
contexto social, económico e político. A obra de Filho (2007) na qual nos espelhamos para fazer
o presente trabalho, deixa claro que a administração escolar serve de instrumento para
desenvolver os objetivos da educação, e que dessa maneira é essencial ter claro a filosofia e
política a que se serve. Nesse sentido, faz-se necessário um comprometimento político, uma
visão ampla de educação, voltada para formação do homem integral, e a educação deve ser
considerada como um fenómeno social, e um acto de educar-se, pensado na sua forma pura.
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Referências bibliográficas
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