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FACULDADE ANHANGUERA DE BRASÍLIA

CURSO DE PEDAGOGIA

Fundamentos de gestão em educação

BRASÍLIA-DF,24 DE MARÇO DE 2014

2014
FACULDADE ANHANGUERA DE BRASÍLIA

CURSO DE PEDAGOGIA

ATPS(Relatório) do 6°
semestre à disciplina de fundamentos
e gestão e educação do curso de
pedagogia da FACULDADE
ANHANGUERA DE BRASÍLIA, sob
a orientação do Prof. (a) Milene .

BRASÍLIA-DF

2014
IDENTIFICAÇÃO

Eide Rozendo Martins---------------------------------------------- RA 4143240716

Iraci de Souza Barboza -------------------------------------------- RA: 3373585965

Janilla Souza ---------------------------------------------------------- RA 3227000775

Mariane Rosa ----------------------------------------------------------- RA 3200495458

Rosana Baraúna de Souza ---------------------------------------- RA 3307475909

Francisco------------------------------------------------------------------ RA

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SUMÁRIO

1. Introdução ---------------------------------------------------------------------------03
2. Conclusão-----------------------------------------------------------------------------09
3. Considerações Finais -------------------------------------------------------------10
4. Referências Bibliográficas -------------------------------------------------------11

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo mostrar a importância do gestor educacional na


instituição escolar, por ser ele o principal articulador na construção de um ambiente de
diálogo e de participação propício para melhor desenvolvimento do trabalho dos profissionais
e, conseqüentemente, para o sucesso do processo educativo-pedagógico.
A abordagem retrata a importância do perfil do gestor na formação de uma equipe
participativa e de construir um ambiente que permite o bem estar coletivo. Também analisa
como é importante que o gestor como líder seja audacioso, tenha visão, diálogo e seja bom
ouvinte sempre disposto a buscar “novos caminhos”, novas respostas, visando o que há de
melhor para a instituição, pois isso resulta na melhoria da educação.
Podemos entender como “novos caminhos” desafios a serem enfrentados pelo gestor
educacional que deve viver no presente, semlamentar o passado e planejar o futuro criando
novas ações sem medo da ocorrência de falhas por sentir segurança junto a sua equipe.
Torna-se indispensável que o gestor escolar lidere a realização do Projeto Político-Pedagógico
o qual deve estabelecer as propostas elaboradas pela comunidade intra e extra-escolar para
nortear as práticas pedagógico-educativas.

Para embasar esse processo, fazer a avaliação é primordial para saber como anda o
desempenho da instituição. A avaliação institucional realizada deve apresentar metas a serem
atingidas nas quais se fundamentarão a construção das melhorias.
Enfim, este artigo sobre “A Importância do Gestor Educacional na Instituição Escolar” analisa
os novos desafios da gestão educacional, as características dos gestores e sua influência nos
resultados educacionais.

Qual o papel do gestor educacional e escolar para a modernidade?O dinamismo das


mudanças, a sofisticação da tecnologia e a velocidade da comunicação em termos globais
exigem de qualquer gestor um perfil aberto a novas idéias e de valorização aos saberes de
cada membro da equipe para contar com a participação de todos e construir uma gestão
emancipatória, fundamental na formação de jovens cidadãos.

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A ESCOLA ENTRE O SISTEMA DE ENSINO E A SALA DE AULA

Organização considerada em três instâncias

• O Sistema de Ensino
• As escolas
• A sala de aula

• A escola é portanto O espaço de realização tanto dos objetivos do sistema de ensino


quanto dos objetivos de aprendizagem;
• As críticas sobre os sistemas de ensino e as políticas educacionais precisam ter como
referência a escola e a sala de aula;
• Da mesma forma os profissionais atuantes na escola precisam ter uma visão mais
ampla do sistema de ensino a que pertencem.
• A escola integra todo o social, sendo que é afetada pela estrutura econômica e social,
pelas decisões políticas e pelas relações de poder em vigor na sociedade;

As políticas, as diretrizes curriculares, as formas de organização do sistema de ensino estão


carregadas de significados sociais e políticos que influenciam as ideias e comportamentos de
alunos e professores, bem como nas práticas pedagógicas.

Existe uma relação entre sociedade, o sistema de ensino, a instituição escolar e os sujeitos na
qual são influenciados e também influenciam.

Papel educativo

• Desempenhado pelas formas de organização e gestão, dando conformação às


atitudes, às ideias e aos modos de agir tanto de professores quanto de alunos;

Em decorrência disto...

• Existe a necessidade de que os futuros professores reconheçam e compreendam


as relações entre o espaço escolar, o sistema de ensino e o sistema social mais
amplo;

Importante também

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• Saber como e por que são tomadas certas decisões no âmbito do sistema de
ensino, como a direção da escola lhes transmite tais decisões e como estas
expressam relações de poder, expressas na concepção de aluno a ser educado,
formas de avaliação e de controle do trabalho escolar;
• Contudo, não podem os mesmos negar toda decisão vinda de cima.
• No que se refere à questão escolar, ela é sempre relativa;
• Os sistemas de ensino tem o dever de zelar pelo cumprimento de dias letivos e
demais normas pertinentes;
• As escolas devem reunir-se com o corpo docente e direção e tomar conhecimento
de normas e diretrizes pedagógicas, bem como rotinas de trabalho.

OS OBJETIVOS DA ESCOLA E AS PRÁTICAS DE ORGANIZAÇÃO E DE GESTÃO

A escola é uma instituição social que tem como objetivos:

1. Desenvolvimento das potencialidades físicas;


2. Desenvolvimento das potencialidades cognitivas;
3. Desenvolvimento das potencialidades afetivas

Repensando a Gestão Escolar para a construção de uma escola


pública de qualidade

• CLÁSSICA OU TRADICIONAL: relações pessoais e intuitiva, sem preocupação


de se ter um plano de trabalho.
• RACIONAL BUROCRÁTICA: regras definidas verticalmente, relações formais
e valorização da competência técnica; mudanças funcionais.
• ESTRATÉGICA E PARepensando a Gestão Escolar para a construção de uma
escola pública de qualidade

PARTICIPATIVA: mudanças estruturais; sujeitos protagonista; incorpora


valores de liberdade, cidadania e ética.

Características da gestão democrática

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• Gerenciamento colegiado
• Descentralização das decisões
• Superação das especializações estanques
• Criação de instrumentos de formulação de políticas de
gestão e de fiscalização

GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA PÚBLICA LDB

• Atribui à escola a incumbência de elaborar e executar sua


proposta pedagógica.
• Atribui aos docentes a incumbência de participar da
elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de
ensino.
• Atribui aos sistemas de ensino a incumbência de definir as
normas da gestão democrática do ensino público na
educação básica, tendo como princípios a participação dos
profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola, bem como da comunidade escolar e
local em conselhos escolares ou equivalentes

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Instrumento em que se definem, entre outros aspectos, a missão
da escola, sua visão de homem, de sociedade, de currículo, de
aprendizagem, de avaliação, de conduta ética e moral; os direitos
e deveres de toda a comunidade escolar, enfim, nessa perspectiva,
é a doutrina da escola.

Plano Global ou Plano de Ação ou Plano de Desenvolvimento da


Escola

• É o instrumento que explicita o planejamento dos trabalhos da escola para um


determinado período de tempo. Embasa-se no PPP.
• O Plano de Desenvolvimento da Escola não é doutrinário e sim operacional.
• A comunidade escolar após a realização do Diagnóstico, irá definir, neste Plano,
os objetivos a serem alcançados mediante ações, metas e estratégias, no decorrer
de um pré-determinado espaço de tempo.

Regimento Escolar

Baseia-se no Projeto Político Pedagógico da escola sem, entretanto, confundir-se com ele.
É o instrumento que normatiza a estrutura e o funcionamento da escola, que lhe dá um
ordenamento legal. Define as competências dos diversos segmentos da comunidade
escolar; os direitos e deveres, assim como ordena as relações intra e interinstitucionais.

O Projeto Político Pedagógico

1- Expressa a ideologia, a filosofia, a linha política e pedagógica.

2- Realização: médio e longo prazos.

3- O Projeto é político no sentido de que expressa um compromisso com a formação do


cidadão para um determinado tipo de sociedade.

4- O Projeto é pedagógico porque possibilita a efetivação da intencionalidade da escola.

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Condições para elaborar o PPP

1- Protagonismo de todos os envolvidos.

2- Participação sistematizada, organizada, superação do senso comum.

3- Reflexão sobre os temas básicos que serão abordados e detalhados, a partir da


reflexão e discussão.

4- Reflexão sobre os desdobramentos dos temas básicos.

Partes do Projeto Político Pedagógico

1- Identificação e contextualização da escola em uma perspectiva histórica.

2- Definição dos Princípios e Finalidades.

3- Definição dos temas e sub-temas a serem abordados.

Exemplos de Princípios

• Todo ser humano é capaz de aprender e de se desenvolver desde que lhe seja
assegurado, além do acesso, boas condições para sua inclusão e permanência na
escola.
• A escola deve efetivar não apenas a formação intelectual, mas também a
formação moral, emocional e física de cada aluno.

Exemplos de Finalidades

• Proporcionar condições para que o aluno compreenda a realidade social em que


está inserido e, assim, possa exercer sua cidadania.
• Formar o aluno com competências cognitivas, relacionais e comunicativas
necessárias para que ele viva e atue plenamente na sociedade.
• Levar o aluno a gostar de aprender, pesquisar, estudar, incentivando sua
curiosidade, a fim de dotá-lo de autonomia intelectual.

Desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico

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Sugestões de aspectos que devem ser contemplados:

A prática pedagógica: currículo; metodologia; organização do tempo e do espaço


escolar; formas de enturmação; acompanhamento e avaliação do desenvolvimento do
aluno; classificação e reclassificação do aluno; ambiente educativo, utilização dos
recursos e materiais didáticos, novas tecnologias aplicadas à educação; disciplina e
formação ética dos alunos, entre outras.

Infra-estrutura, equipamentos, recursos e materiais didáticos e de suporte: merenda


escolar; rede física, mobiliário e equipamentos; Caixa Escolar, entre outras.

5 – Avaliação externa e auto-avaliação da escola: formas de se avaliar internamente;


avaliação pelo Colegiado Escolar; avaliação pela comunidade externa; acompanhamento
dos alunos egressos; conhecimento e aplicação dos resultados das avaliações externas,
entre outras.

Plano Global ou Plano de Ação ou Plano de Desenvolvimento da Escola

• É o instrumento que explicita o planejamento dos trabalhos da escola para um


determinado período de tempo. Embasa-se no PPP.
• O Plano de Desenvolvimento da Escola não é doutrinário e sim operacional.

A comunidade escolar após a realização do Diagnóstico, irá definir, nesse Plano, os


objetivos a serem alcançados mediante ações, metas e estratégias, no decorrer de um
pré-determinado espaço de tempo, que não deve ser muito longo.

O que é o planejamento ?

• É o instrumento que possibilita a superação de rotinas, visando organizar e


disciplinar a ação.
• Deve ser realizado pela comunidade para que, nesta perspectiva, haja a
possibilidade da transformação social, haja um elemento essencial que é o
diálogo, haja um posicionamento crítico.
• Fases do Planejamento

1- Elaboração:

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a) Definição da realidade desejada;
b) Realização do diagnóstico;
c) Definição da programação.

2- Execução

3- Avaliação

O Plano de Desenvolvimento da Escola ou Plano de Ação

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

OU

PROPOSTA POLÍTICO PEDAGÓGICA

(Ordenamento político, filosófico, pedagógico da escola)

O gestor educacional é o principal responsável pela escola, por isso deve ter visão de
conjunto, articular e integrar setores, vislumbrar resultados para a instituição educacional, que
podem ser obtidos seembasados em um bom planejamento, alinhado com comportamento
otimista e de autoconfiança, com propósito macro bem definido, além de uma comunicação
realmente eficaz.

O fato de a equipe institucional cultivar sensações positivas, compartilhar aspirações


profissionais, atitudes de respeito e confiança, gera valores realmente significativos para a
instituição, pois professores e funcionários ao estarem num ambiente estimulante sentem-se
mais dispostos e encorajados para trabalhar e ainda promover um trabalho coletivo
cooperativo e prazeroso.

Segundo Libâneo (2004, p.217):Muitos dirigentes escolares foram alvos de críticas por
práticas excessivamente burocráticas, conservadoras, autoritárias, centralizadoras. Embora
aqui e ali continuem existindo profissionais com esse perfil, hoje estão disseminadas práticas
de gestão participativa, liderança participativa, atitudes flexíveis e compromisso com as
necessárias mudanças na educação.

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Como mostra o autor, algo considerado de extrema importância para o gestor
educacional é a necessidade de administrar suas próprias ações, respeitando as diferenças,
pesquisando, analisando, dialogando, cedendo, ouvindo e acima de tudo aceitando opiniões
divergentes.
Deste modo, o gestor educacional poderá “construir” a escola em conjunto com a comunidade
interna e externa, buscando atender suas aspirações, mas, principalmente, suas necessidades.
Por isso, deve ter muita disciplina para integrar, reunir osesforços necessários para realizar as
ações determinadas para a melhoria da qualidade de ensino, ter coragem de agir com a razão e
a liderança para as situações mais adversas do cotidiano.

O gestor educacional, também, deve ter disciplina para superar os desafios que são
encontrados nas funções de sua responsabilidade. Ao realizar suas funções, deve manter em
evidência a necessidade da valorização da escola, dos funcionários e, principalmente, de seus
alunos, para que os mesmos se sintam estimulados e incentivados para aprender e assimilar
novos conhecimentos.

A autoridade, a responsabilidade, a decisão, a disciplina e a iniciativa são fatores e


características que estão estritamente relacionadas com o papel do gestor educacional, e
apontam que a escola não pode ser resumida ao fato de que “alguém manda e alguém
obedece”, e sim ser um ambiente envolvente de aprendizagem que promova com prazer o
crescimento.
O gestor educacional que promove o crescimento da educação na instituição onde atua,
certamente estará contribuindo para a formação de pessoas que buscam o sucesso.
Pretende- se que no século XXI possamos contar com um sistema educacional voltado para a
educação da cidadania. O gestor educacional deste século deverá estar ciente dos pressupostos
fundamentais e instrumentais, que de acordo com Hannoun (1996), são:
Pressupostos fundamentais: a humanidade seja capaz de operar a felicidade; - seja ela positiva
a imagem do homem quevai ser formado; - a pessoa humana seja perfectível; - a pessoa
humana esteja capacitada para a responsabilidade.

Pressupostos instrumentais: a educação seja um processo dialógico; - a finalidade da


educação seja fundamentada; - as estruturas escolares sejam adequadas; - os conteúdos
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escolares estejam de acordo com a verdade; - a avaliação escolar não seja tendenciosa; - quem
ensina seja capaz de ensinar; - a mensagem coletiva possa ser criticamente processada e
individualizada por cada educando; - a motivação educacional seja real; - a competência
adquirida seja na prática; - a educação não seja manipulação, - a virtude possa ser ensinada
pela vivência.

Entender esses pressupostos possibilita aos que atuam na escola valorizar a


humanização do sujeito e abrir espaços para sua autonomia, pois segundo Martins (1999,
p.136):
O educador é, sem dúvida, o elemento fundamental da comunidade educativa, pois
desempenha a missão de formar a alma do educando. Em função disso, não pode limitar-se a
um mero transmissor de conhecimento ou a ser apenas alguém que faz da educação um meio
de ganhar a vida. Antes disso, o educador deve irradiar entusiasmo, vibrando com a ação
educativa.

O gestor educacional tem assim, uma árdua tarefa de buscar o equilíbrio entre os
aspectos pedagógicos e administrativos, com a percepção que o primeiro constitui-se como
essencial e deve privilegiar a qualidade, por interferir diretamente no resultado da
formaçãodos alunos e o segundo deve dar condições necessárias para o desenvolvimento
pedagógico.
Assim, a gestão constitui-se como um processo mais abrangente que a administração, pois,
segundo Martins (1999, p. 165), “a administração é o processo racional de organização,
comando e controle”, enquanto que a gestão caracteriza-se pelo reconhecimento da
importância da participação consciente e esclarecida das pessoas nas decisões sobre a
orientação e execução do seu trabalho.

Deste modo, o gestor educacional poderá “construir” a escola em conjunto com a


comunidade interna e externa, buscando atender suas aspirações, mas, principalmente, suas
necessidades. Por isso, deve ter muita disciplina para integrar, reunir os esforços necessários
para realizar as ações determinadas para a melhoria da qualidade de ensino, ter coragem de
agir com a razão e a liderança para as situações mais adversas do cotidiano.
O gestor educacional, também, deve ter disciplina para superar os desafios que são
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encontrados nas funções de sua responsabilidade. Ao realizar suas funções, deve manter em
evidência a necessidade da valorização da escola, dos funcionários e, principalmente, de seus
alunos, para que os mesmos se sintam estimulados e incentivados para aprender e assimilar
novos conhecimentos.
Problematização da atuação do gestor escolar na educação.

O professor-gestor, em processo de formação no Curso de Especialização em Gestão


Escolar deverá ampliar suascapacidades no sentido de ser capaz de:
· Aprofundar a compreensão a educação escolar como direito social básico e como
instrumento de emancipação humana no contexto de uma sociedade com justiça social.
· Atuar na gestão da educação e da escola visando com efetivação o direito à educação básica
com qualidade social, por meio de práticas caracterizadas pela transparência, pelo trabalho
coletivo, pela participação da comunidade nas decisões e pela postura ética, crítica e criativa,
pelo compromisso com a elevação do IDEB de sua escola e da educação escolar.
· Realizar e fortalecer a gestão democrática do ensino como princípio legal e formativo
fundamental sustentado em práticas e processos que conduzam ao trabalho coletivo e à
participação nos processos decisório da educação e da escola.

· Dominar e implementar mecanismos e estratégias que favoreçam a realização da gestão


democrática, em especial dos órgãos colegiados, dentre eles o Conselho Escolar, em função
do Projeto Político-Pedagógico (e a escolha do dirigente escolar com a participação da
comunidade escolar por meio de processo eletivo).
· Participar ativamente nos processos de elaboração e implementação do Projeto Político-
Pedagógico da escola, num trabalho que assegure a participação efetiva de toda comunidade
escolar e a ação coletiva e colegiada.

Desenvolver, incentivar e consolidar, no âmbito da educação e da escola, processos de


trabalho e relaçõessócio-educativas que favoreçam o trabalho coletivo, o partilhamento do
poder, o exercício da pedagogia do diálogo, o respeito à diversidade e às diferenças, a
liberdade de expressão, a construção de projetos educativos e a melhoria dos níveis de
aprendizagem nos processos de ensino.
· Ampliar a realidade educacional e a gestão da educação e da escola como dimensão dos
processos socioculturais, políticos e econômicos que engendram a educação brasileira.
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· Atuar de forma consciente com vistas ao fortalecimento dos processos de descentralização
na educação e na escola, da autonomia da escola e do financiamento público da educação.
· Intervir na formulação e implementação de políticas no campo educacional de modo a
consolidar a realização do direito à Educação Básica, a gestão democrática do ensino, a
autonomia da escola e o trabalho coletivo e participativo.
· Compreender a educação em todas suas dimensões e formas de manifestações humanas e
que se desenvolvem a partir de ações educativas que visam à formação de sujeitos éticos,
participativos, críticos e criativos.
· Dominar e utilizar ferramentas tecnológicas no campo da organização dos processos de
trabalho nos sistemas e unidades de ensino, tomando essas ferramentas como importantes
ferramentas para realização da gestão democrática da educação.

A formação com qualidade dos professores-gestores escolares, em nível de pós-


graduação lato-sensu, requer, interligadamente, aprofundamentoteórico que permita a
compreensão sobre o alcance, as possibilidades e os limites das práticas de gestão nas escolas
públicas como instituições que compõem a prática social, aliado à possibilidade de oferecer
oportunidades para a reflexão a respeito dos aspectos operacionais que lhes são próprios.
Assim, pretende-se, também, que os processos formativos impliquem na apropriação de
meios, mecanismos e instrumentos que permitam intervenções mais satisfatórias, do ponto de
vista pedagógico, no dia-a-dia escolar, a partir da compreensão dos condicionantes sócio-
políticos e econômicos que permeiam a organização escolar.
PROJETO POLÍTICO–PEDAGÓGICO

O que é o projeto político-pedagógico? Planejamento? Direcionamento? Uma nova


estrutura? Dentre essas perguntas e outras buscamos traçar um ponto de partida como uma
iniciação para que possamos entender esse importante instrumento dentro da gestão escolar.
O que é um projeto político-pedagógico? É um instrumento de trabalho que mostra o que vai
ser feito, quando, de que maneira, por quem, para chegar a que resultados.

Além disso, explicitam uma filosofia e harmonia as diretrizes da educação nacional


com a realidade da escola, traduzindo sua autonomia e definindo seu compromisso com a
clientela. É a valorização da identidade da escola e um chamamento à responsabilidade dos
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agentes com as racionalidades interna e externa. Esta idéia implica a necessidade de uma
relação contratual, isto é, oprojeto deve ser aceito por todos os envolvidos, daí a importância
de que seja elaborado participativa e democraticamente. (VEIGA, 1995, p.110) Como afirma
a autora, o projeto político-pedagógico é uma construção coletiva da escola com propostas de
ações estabelecidas por todos os envolvidos e, respeitando “... princípios de igualdade,
qualidade, liberdade, gestão democrática e a valorização do magistério” (Veiga,1995, p. 22).
Para ser colocado em prática e ser compartilhado deve-se ter uma reflexão constante sobre as
práticas assumidas, por ser um desafio contínuo a busca da qualidade.

Nessa perspectiva, o projeto político-pedagógico vai além de um simples agrupamento


de planos de ensino e de atividades diversas. O projeto não é algo que é construído e em
seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova do cumprimento
de tarefas burocráticas. Ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os
envolvidos com o processo educativo da escola. (VEIGA, 1995, p. 12-13)

O projeto político-pedagógico deve ser construído por todos, para que todos percebam
a importância de sua participação no alcance dos objetivos e metas estabelecidas, dando
significado ao debate, ao diálogo, à reflexão coletiva para um trabalho mais dinâmico. O
dinamismo acontecerá naturalmente quando a equipe enfrentar com ousadia os caminhos
propostos para a realização do mesmo.
Para que a construção do projeto político-pedagógico sejapossível não é necessário convencer
os professores, a equipe escolar e os funcionários a trabalhar mais, ou mobilizá-los de forma
espontânea, mas propiciar situações que lhe permitam aprender a pensar e a realizar o fazer
pedagógico de forma coerente. (VEIGA, 1995, p.15)
Com a sociedade cobrando sempre mais da escola torna-se importante que cada instituição
possa construir seu projeto pedagógico e administrá-lo de forma a realizar as ações propostas
para a solução dos problemas diagnosticados.

1. É muito fácil montar o projeto e deixá-lo arquivado em uma pasta. Contudo torna-se
fundamental a maneira como é implantado e trabalhado dentro da instituição, pois,
uma vez em construção deve inspirar práticas constantes com novas idéias críticas,
que permitam ao projeto definir-se em ação e reflexão. A construção do projeto
político-pedagógico, segundo Veiga (1995), baseia-se no processo de:

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2. Análise de situação – analisar e indicar as condições da equipe pedagógica, do prédio,
os materiais;
3. Definição dos objetivos – discutir metas a serem colocadas em práticas, visando
melhoria da realidade escolar.
4. Escolha das estratégias – apontar o que deve ser melhorado, pontos fortes e fracos,
estabelecendo prioridades.
5. Estabelecer cronogramas.
6. Coordenação entre os profissionais e setores envolvidos, privilegiando o pedagógico.
7. Implementação.

Acompanhamento e Avaliação.

Essas etapas para a construção do projetopolítico-pedagógico devem ser desenvolvidas pela


equipe tendo como foco a dimensão educativa do trabalho e o sucesso no processo ensino e
aprendizagem.
Esse processo, se trabalhado pela equipe escolar permite identificar o que necessita ser
recuperado e construído dentro da instituição por meio da avaliação. De modo geral,
funcionários, professores e comunidade devem se unir para fazer das idéias uma estrutura
com prática para a autonomia e a melhoria da escola, visando atender aos alunos de forma a
torná-los capazes de serem atuantes na sociedade da qual fazem parte.

A avaliação institucional permite verificar os pontos a serem aprimorados, caminhos a serem


traçados para um melhor resultado no processo educativo, os quais só fazem sentido quando
colocados em prática. Todas as informações devem ser trabalhadas em seus diferentes
aspectos pela equipe. A avaliação institucional é essencial para firmar as propostas do Projeto
Político-Pedagógico, pois:
...Muito mais que olhar distante, a avaliação institucional requer a postura dinâmica de
conhecer, produzir e cimentar as relações, de construir a articulação e a integração dos
diversos níveis, áreas e dimensões institucionais. Ela adensa os processos comunicativos e as
relações de trabalho, reforça, articula e intervém. (BALZAN; SOBRINHO 2000, p. 64)

A avaliação institucional fornece subsídios e indicadores para o estabelecimento de


objetivos e metas no processo de melhoria da educação, o quepor sua vez, exige a
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participação da equipe, tendo o diálogo como um fator de maior interação entre os membros
da escola para facilitar e harmonizar as relações sociais de trabalho.

Levando em conta essas considerações, é fundamental ressaltar a importância de


escutar e interpretar os atores que estiverem envolvidos no processo de avaliação
institucional, pois eles permitirão explicitar aquilo que por vezes está oculto, fazendo emergir
o qualitativo, além de compreender com olhar interno e externo de maneira a se concretizar de
fato, a meta – avaliação e atingindo, se possível, a sua plenitude. (LOBO, 2006, p. 29)
Avaliar consiste em saber/conhecer o processo de desenvolvimento, seja a avaliação em sala,
seja dos professores e da instituição. Qualquer tipo de avaliação consiste em examinar,
averiguando onde criar aprimoramento, onde deixar de lado certas coisas e criar visão de
novos aspectos.

A avaliação institucional não é um instrumento de medida de atividades de indivíduos


isolados, nem de trabalhos deslocados de seus meios de produção; não é um mecanismo para
exposição pública de fragilidades ou ineficiência d profissionais individualizados. A avaliação
institucional deve ser promovida como um processo de caráter essencialmente pedagógico.
Não se trata apenas de conhecer o estado da arte, mas também de construir. A avaliação há
que reconhecer as formas e a qualidade das relações na instituição, mas também construir
asarticulações, integrar as ações em malhas mais amplas de sentido, relacionar as estruturas
internas aos sistemas alargados das comunidades acadêmicas e da sociedade. (BALZAN &
SOBRINHO, 2000, p. 61)

Nessa perspectiva avaliar tem que ser constante, tornando-se assim um processo
diário, no qual os julgamentos e resultados devem ser construídos com observações que visem
o desenvolvimento qualitativo. Isso significa que dados e relatórios devem ser consideráveis,
mas os sujeitos do processo são importantes na observação e no desenvolvimento. “... Ao
pensar a sua própria realidade em sua ação avaliativa interna e externa, ela articula a teoria e a
prática e realimenta as dimensões científicas e pedagógicas...” (Balzan & Sobrinho,2000,
p.65)

As instituições são diferentes umas das outras, cada qual com seu modo de vista, suas
metas, seus projetos e compromissos. Mas os gestores educacionais, independente da
instituição, devem manter sempre a meta de avaliar, melhorar e construir, buscando assim
aquilo que é de melhor para a instituição. “... gostaria de enfatizar que o assunto “avaliação” é
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sabidamente complexo e que não há pronto para consumo, um modelo ideal e único para o
país. Creio que é inútil procurá-lo. Ele precisa ser por nós construídos.” (Balzan & Sobrinho,
2000, p.51)

Avaliar o quanto anda o desempenho de uma instituição vai muito mais além de sua
realização. Deve-se pensar em resultados que possam privilegiar oseducandos, os educadores,
a comunidade e outros possíveis parceiros que se envolverem com a instituição, pois o
coletivo ajuda a destacar qual o melhor caminho na busca de qualidade da educação.
Quando se decide avaliar, o resultado não se apresenta de imediato, é necessário ter
persistência e coragem para ir em frente. Portanto, a avaliação é a saída do comodismo, pois
permite por meio do diagnóstico, a elaboração de propostas de ações, do estabelecimento de
metas e melhorias, do resultado a ser obtido, ancorados num planejamento participativo e
numa gestão democrática, conduzida por gestores que sabem liderar.

Mapa Conceitual das Diretrizes do Projeto Político Pedagógico

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Projeto Político Pedagógico:

Toda escola tem objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O
conjunto dessas aspirações, bem como os meios para concretizá-las, é o que dá forma e vida

20
ao chamado projeto político-pedagógico - o famoso PPP. Se você prestar atenção, as próprias
palavras que compõem o nome do documento dizem muito sobre ele:

É projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado


período de tempo.É político por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos
conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade,
modificando os rumos que ela vai seguir.

É pedagógico por quedefine e organiza as atividades e os projetos educativos


necessários ao processo de ensino e aprendizagem.
O PPP ampara a Lei 9394/96 artigos 12,13,14
Pressupõe uma concepção de mundo, homem, sociedade e escola:O Projeto Político
Pedagógico pressupõe uma concepção de: sociedade, educação, inclusão, homem, cultura,
ciência, tecnologia, cidadania, conhecimento, ensino, aprendizagem, currículo e avaliação,
fundamentados na democracia e na justiça social. A escola e condicionada pelos aspectos
sociais, políticos, econômicos e culturais, garantindo um espaço que aponta a possibilidade de
transformação social.A educação possibilita a compreensão da realidade historico-social e
explicita o papel do sujeito construtor/transformador dessa realidade.
Exige uma participação efetiva de professores, pais, alunos, comunidade:

Todos devem ter o seu espaço de participação, mas não se deve confundir o espaço das
atribuições, ultrapassando os limites de competência de cada um: Direção, professores e
profissionais de suporte pedagógico são os responsáveis diretos pela mobilização da escola e
da comunidade para a construção da proposta. Além disso, cabe-lhes a tomada de decisões
sobre conteúdos, métodos de ensino e carga horária das disciplinas do currículo. Os alunos
são fontes de informação das suas necessidades de aprendizagem, que se vão constituir no
núcleo das preocupações da escola. São eles, de fato, o alvo de todo esseesforço.
Interfere na realidade: Ao representar e incorporar a constante transformação do cotidiano da
escola, esse Projeto precisa procurar reforçar a articulação teoria/prática, compreendendo a
prática a partir da teoria e realizando a prática com base teórica sólida. E, para isto, é
necessário um esforço conjunto, no sentido de um planejamento coletivo e participativo. Isto
não é um processo fácil, pois exige que os envolvidos compreendam, de fato, a importância e
a necessidade desse projeto para a escola. O P.P.P. preocupa-se em propor uma forma de
organizar o trabalho pedagógico visando uma superação dos conflitos, buscando rechaçar as
relações competitivas, corporativas e autoritárias. Na tentativa, de acabar com a rotina do
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mundo interno da instituição.

Texto critico reflexivo sobre gestão democratica na escola


Organizar o trabalho pedagógico na escola não é uma tarefa fácil é algo abrangente,requer
uma formação de boa qualidade além de exigir do gestor um trabalho coletivo que busque
incessantemente a autonomia, liberdade, emancipação e a participação na construção do
projeto político-pedagógico. Numa gestão democrática, o gestor precisará saber como
trabalhar os conflitos e desencontros, deverá ter competência para buscar novas alternativas e
que as mesmas atendam aos interesses da comunidade escolar, deverá compreender que a
qualidade da escola dependerá da participação ativa de todos membros, respeitando
individualidade de cada um e buscando nos conhecimentos individuais novas fontes de
enriquecer o trabalho coletivo.

A educação é o objeto de estudo da escola, ela é um instrumento primordial que


viabiliza a prática da gestão democrática, pois seu papel é dirimir a filosofia,o pensamento,o
comportamento e as relações humanas que os alunos necessitam para viver numa sociedade,
pois dessa forma estarão aptos a construir uma visão sólida e crítica da realidade educativa,
buscando alternativas coletivas para os problemas no âmbito social e escolar.
A organização do trabalho pedagógico é uma estratégia educacional para democratizar o
processo ensino-aprendizagem,então é de suma relevância para um gestor implementar novas
forma de administrar em que a comunicação e o diálogo estejam inseridos na prática
pedagógica do docente.Cabe ao gestor assumir a liderança deste processo com competência
técnica e política.Ao assumir esse papel o gestor deve,necessariamente buscar a articulação
dos diferentes atores em torno de uma educação de qualidade,o que implica uma liderança
democrática,capaz de interagir com todos os segmentos da comunidade escolar.A liderança do
gestor requer uma formação pedagógica crítica e autônoma dos ideais neoliberais.Nesse
sentido,o objetivo é construir uma verdadeira educação com sensibilidade e também com
destrezas para que se possa obter o máximo de contribuição e participação dos membros da
comunidade.ConformeLibâneo(2001,p.102).

A participação é o principal meio de assegurar a gestão democrática da


escola,possibilitando o envolvimento de profissionais e usuários no processo de tomada de
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decisões e no funcionamento da organização escolar.Além disso,proporcionar um melhor
conhecimento dos objetivos e metas,da estrutura organizacional e de sua dinâmica das
relações da escola com a comunidade,e favorece uma aproximação maior entre
professores,alunos e pais.

De acordo com o autor, pode-se observar que a escola precisa ter liderança de um
gestor comprometido com a qualidade da educação e com as transformações sociais que
possibilite avançar o aluno nos mais variados aspectos:social, político,intelectual e
humano.Organizar o trabalho pedagógico requer enfrentar contradições oriundas das diversas
realidades que se encontram numa escola pública,daí a necessidade da escola educar para a
democracia,e essa tendência pedagógica deverá ser observada ao longo dessa labuta.
A pouco tempo,o modelo de gestão escolar se configurava num diretor autoritário e submisso
aos órgãos centrais e seu função se restringia a de administrador de determinações
estabelecidas pelas instâncias superiores.O processo de autonomia da escola se deu a partir da
década de oitenta quando tomaram posse os primeiros governantes eleitos pelo voto direto.A
parti daí a discursam por uma educação democrática ganhou amplitude e vários movimentos
começaram a incentivar a luta por uma escolaparticipativa, autônoma e de qualidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Consideramos que ser um gestor educacional vai muito além de um mero cargo ou uma
profissão de grande responsabilidade. Ser gestor implica em ser autêntico, com visão, ser
líder, pois o líder envolve a todos no trabalho, fazendo das suas ações um exemplo, tornando
importante cada membro de sua equipe, motivando para que todos os envolvidos acreditem no
seu próprio valor pessoal e profissional para uma gestão com qualidade.
Consideramos que o gestor educacional pode promover uma gestão participativa e
democrática, participar do convívio cotidiano, compartilhar acertos e desacertos. Valores
como respeito, confiança, sinceridade, fortalece muito a equipe pedagógica de uma
instituição, construindo dessa maneira relações interpessoais saudáveis e solidárias e um
ambiente de formação e aprimoramento de conhecimentos dos profissionais.
Com a evolução da tecnologia e o avanço da ciência vêm-se exigindo cada vez mais da
instituição escolar, e esses são os novos desafios a serem enfrentados por todos que dela

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fazem parte. Conseqüentemente, a maneira como são enfrentados os desafios trazem
resultados marcados pelo desempenho de cada um e de todos na instituição, voltados por um
único foco: o processo de ensino e aprendizagem e o sucesso dos alunos.

Cabe ao gestor servir e liderar, compartilhar acertos e insucessos, ajudar, acolher,


aceitar críticas e opiniões, criar ambiente que envolva prazerosamente toda a instituição e
acima de tudo ter amor e vontade para fazer do seu trabalho não uma obrigação penosa, mas
uma realização prazerosa voltada para a educação dos alunos, da sua equipe e da sua
comunidade, valorizando sempre o conhecimento e a realização pessoal e coletiva de todos.
Esperamos que novos e constantes estudos possibilitem aos gestores ampliar o caminho
trilhado com alternativas que despertem a alegria de realizar um trabalho bem sucedido,
voltado para a formação plena de crianças e jovens.indivíduos isolados, nem de trabalhos
deslocados de seus meios de produção; não é um mecanismo para exposição pública de
fragilidades ou ineficiência de profissionais individualizados. A avaliação institucional deve
ser promovida como um processo de caráter essencialmente pedagógico. Não se trata apenas
de conhecer o estado da arte, mas também de construir. A avaliação há que reconhecer as
formas e a qualidade das relações na instituição, mas também construir as articulações,
integrar as ações em malhas mais amplas de sentido, relacionar as estruturas internas aos
sistemas alargados das comunidades acadêmicas e da sociedade. (BALZAN & SOBRINHO,
2000, p. 61)Nessa perspectiva avaliar tem que ser constante, tornando-se assim um processo
diário, no qual os julgamentos e resultados devem ser construídos com observações que visem
o desenvolvimento qualitativo. Issosignifica que dados e relatórios devem ser consideráveis,
mas os sujeitos do processo são importantes na observação e no desenvolvimento. “... Ao
pensar a sua própria realidade em sua ação avaliativa interna e externa, ela articula a teoria e a
prática e realimenta as dimensões científicas e pedagógicas...” (Balzan & Sobrinho, 2000,
p.65)As instituições são diferentes umas das outras, cada qual com seu modo de vista, suas
metas, seus projetos e compromissos. Mas os gestores educacionais, independente da
instituição, devem manter sempre a meta de avaliar, melhorar e construir, buscando assim
aquilo que é de melhor para a instituição. “... gostaria de enfatizar que o assunto “avaliação” é
sabidamente complexo e que não há, pronto para consumo, um modelo ideal e único para o
país.

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Creio que é inútil procurá-lo. “Ele precisa ser por nós construídos.” (Balzan &
Sobrinho, 2000, p.51)Avaliar o quanto anda o desempenho de uma instituição vai muito mais
além de sua realização. Deve-se pensar em resultados que possam privilegiar os educandos, os
educadores, a comunidade e outros possíveis parceiros que se envolverem com a instituição,
pois o coletivo ajuda a destacar qual o melhor caminho na busca de qualidade da
educação.Quando se decide avaliar, o resultado não se apresenta de imediato, é necessário ter
persistência e coragem para ir em frente. Portanto, a avaliação é a saída do comodismo, pois
permite por meio do diagnóstico, a elaboração de propostas de ações, do estabelecimento de
metas e melhorias, do resultado a ser obtido, ancorados num planejamento participativo e
numa gestão democrática, conduzida por gestores que sabem liderar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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teorias e experiências. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2000.
BRASIL. Lei 9394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf . Acesso em 30/04/2008.

DAVIS, Keith; NEWSTROM, John W. Comportamento Humano no Trabalho. Vol. 1


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tendências, novos desafios. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2000.

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LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: Teoria e Prática – 5. ed.
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duas universidades. Dissertação de Mestrado. Campinas: PUC, 2006.

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PILETTI, Nelson e PILETTI, Claudino. História da Educação. São Paulo – SP: Ática,
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RIOS, Teresinha Azerêdo. Compreender e Ensinar: por uma docência da melhor


qualidade.
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