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SER GESTOR ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO

SER GESTOR ESCOLAR NO


ENSINO MÉDIO: COMPETÊNCIAS
E PRÁTICAS
TEXTO DE REFERÊNCIA

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SER GESTOR ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO
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TEXTO DE REFERÊNCIA

Ser gestor escolar no Ensino


Médio: competências e práticas
Olá, formador!

Neste texto, você encontrará subsídios para construir seu Itinerário Formativo

alinhado à sua prática de gestão. Os Itinerários Formativos trazem um con-

junto de ideias essenciais que ajudam a aprofundar e ampliar conhecimentos.

Considere as discussões sobre “Ser Gestor Escolar no Ensino Médio: compe-

tências e práticas” como porta de entrada para as reflexões sobre gestão.

Para começo de conversa, procure destacar duas premissas que evidenciam

a concepção de gestão com a qual queremos trabalhar, pois elas trazem um

tom diferenciado às práticas escolares:

• toda gestão que acontece no interior das escolas é uma gestão pedagógica que,

prioritariamente, tem o compromisso com a aprendizagem de todos;

• a responsabilidade da gestão no ambiente escolar é coletiva. Ainda que os atores

(professores, coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais, vice-direto-

res, diretores, secretários, etc.) tenham funções específicas, fazem parte do time

que promove, implementa ações e dá vida à proposta pedagógica da escola.

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Essas premissas vão ajudá-lo no processo de reflexão proposto em todo o

percurso formativo, em que três aspectos essenciais da gestão serão eviden-

ciados: do currículo, da aprendizagem e da inovação.

Vamos lá! Faça a leitura deste texto, que trará um panorama das dimensões

da gestão, suas demandas, mudanças de perspectivas e competências no

contexto do Ensino Médio. Procure lê-lo fazendo apontamentos que possam

ser destacados nos momentos de formação com sua equipe. Boa leitura!

1. A GESTÃO ESCOLAR E SUAS DEMANDAS

A gestão escolar é uma tarefa que requer a compreensão da sua função

social como representativa de formação/transformação social e se caracteriza

como espaço privilegiado de múltiplas aprendizagens. Gerir uma escola é

diferente de gerenciar outras organizações, em virtude das finalidades, da

estrutura pedagógica, das relações que se estabelecem entre as pessoas e,

ainda, do conhecimento que circula e se produz nesse espaço. Nesse sen-

tido, a gestão escolar também é engendrada como um sistema que agrega

pessoas, “considerando o caráter intencional de suas ações e as interações

sociais que estabelecem entre si e com o contexto sociopolítico, nas formas

democráticas de tomada de decisões” (LIB NEO, 2007, p. 324).

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Esse entendimento nos permite compreender que a tomada de decisão

na escola deve privilegiar o diálogo com os diferentes atores, considerando

a realidade de cada instituição conforme o contexto social. Assim, o gestor

escolar, numa dimensão política, exerce o princípio da autonomia, que requer

vínculos com a comunidade educativa, os pais, as entidades e as organiza-

ções paralelas à escola. Gestão é, então, a atividade pela qual se mobilizam

meios e procedimentos para atingir os objetivos da organização e envolve

aspectos gerenciais e técnico-administrativos.

Como marco legal dessa concepção, que direciona para a concretização da

gestão democrática e participativa, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (LDB), de 1996, destaca:

Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público

na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme alguns prin-

cípios como: a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto

pedagógico da escola; participação da comunidade escolar e local em conselhos

escolares ou equivalentes (BRASIL, 2001, p. 17).

Ainda que essa seja uma demanda prevista pela legislação, o processo de

implementação é gradual. É essencial que o gestor conheça o cotidiano da

escola, “a vida como ela é”, como se dão as práticas, as relações no dia a dia,

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os processos. Esse conhecimento é uma das condições para a construção de

um bom ambiente educacional que seja capaz de promover aprendizagens

e desenvolvimento.

É importante, ainda, que o gestor reconheça que os princípios da gestão

democrática oferecem possibilidades de desenvolvimento escolar nas esferas

administrativas e pedagógicas. Essa forma de gestão representa uma boa

estratégia no alcance da qualidade, pois gera a cultura de pertencimento,

engajamento, corresponsabilidade e fazer coletivo:

Essa nova forma de administrar a educação constitui-se num fazer coletivo, permanen-

temente em processo, processo que é mudança contínua e continuada, mudança que

está baseada nos paradigmas emergentes da nova sociedade do conhecimento, os

quais, por sua vez, fundamentam a concepção de qualidade na educação e definem,

também, a finalidade da escola (BORDIGNON; GRACINDO, 2004, p. 147).

Dessa maneira, os gestores devem organizar suas ações de modo que possam

atuar nas duas esferas: administrativa e pedagógica. A administrativa tem

ênfase na organização e na articulação de todos os setores da escola. Nesse

campo, o gestor cria e organiza as normas que devem ser seguidas no âmbito

escolar e cuida de manter o elo entre a comunidade e o ambiente escolar.

Na esfera pedagógica, cabe ao gestor exercer sua liderança: inspirando os

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processos de ensino-aprendizagem, estreitando laços com e entre professo-

res, alunos e a comunidade e, principalmente, estimulando tanto a inovação

quanto a melhoria constante no processo educacional.

Cabe destacar que essas duas esferas não podem ser entendidas como anta-

gônicas ou duais, mas sim complementares e interdependentes – ainda que

haja estudos que apontem maior ênfase na gestão administrativa, uma vez

que a maioria dos gestores dedica boa parte do seu tempo a desenvolver

tarefas ligadas a essa área. De acordo com Russo (2016), esse fenômeno está

associado a dois fatores: 1) à grande demanda na dimensão administrativa e

que ocupa muito tempo, e 2) à “falta de interesse e competência para con-

duzir as questões de natureza pedagógica da escola” (p. 197).

Demandas variadas são endereçadas aos gestores:

GESTÃO ESTRATÉGICA Pauta a organização da escola em planeja-


mento estratégico com o objetivo de orien-
tar suas ações, mobilizando a comunidade
para a busca de uma visão comum.

GESTÃO ESTRATÉGICA Foca nas ações e nos processos educacio-


nais de ensino-aprendizagem, além de
manter o acompanhamento dos resulta-
dos e planejar ações para a formação con-
tinuada de professores.

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GESTÃO ORGANIZACIONAL Busca alternativas para criar um ambiente


colaborativo propício ao autodesenvolvi-
mento, mantendo orientações que possam
conduzir pessoas e processos de maneira
mais eficaz.

GESTÃO DE PESSOAS E CLIMA ESCOLAR Atua na dimensão da gestão de conflitos,


com vistas a manter um clima escolar favo-
rável ao crescimento profissional e relacio-
nal de todos.

O gestor tem como necessidade assumir e organizar suas ações de forma

orquestrada, congregando todas as demandas elencadas. A qualidade da

gestão também tem forte relação com a capacidade de desenvolver ações

que adotem uma visão sistêmica que articula o todo e as partes que com-

põem a escola. Ao desenvolver essa habilidade, o gestor passa a ter melhores

condições de definir metas, avaliar resultados e atuar com maior objetivi-

dade e assertividade. Essa forma de pensamento tem estreita relação com a

construção da autonomia escolar como mecanismo de participação socio-

política e descentralização do poder, favorecendo o fortalecimento das ações

coletivas para ser e pensar a escola, no que diz respeito à aprendizagem, à

inovação, ao currículo e às práticas docentes.

Com essa mesma perspectiva, o sentido de autonomia coletiva deve ser

reforçado nas escolas pelo gestor, com a intencionalidade de estimular as

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autonomias individuais, gerando a convergência de ações e objetivos, visto

que o processo de construção de autonomia também se aprende.

A autonomia da escola não é a autonomia dos professores, ou a autonomia dos pais,

ou a autonomia dos gestores. A autonomia, neste caso, é o resultado do equilíbrio de

forças, numa determinada escola, entre diferentes detentores de influência (externa

ou interna), dos quais se destacam: o governo, os seus representantes, os professores,

os alunos, os pais e outros membros da sociedade local (BARROSO, 1996, p. 186).

2. O CENÁRIO DAS REFORMAS E AS POSSIBILIDADES DE GES-

TÃO DEMOCRÁTICA

As reformas educacionais têm grande relevância para o desenvolvimento

da educação ao longo da história. Sem reforma, a escola se torna um lugar

desconectado da realidade. Nas últimas décadas, o contexto das reformas

tem ganhado velocidade, dando, inclusive, indícios de que a Lei nº 9.394/96

(Lei de Diretrizes e Bases) já não corresponde mais às demandas de um

mundo de mudanças aceleradas.

O processo de globalização impulsionou muitas transformações na escola

com vistas a alcançar a qualidade: tecnologias, metodologias, concepções

de ensino-aprendizagem, professor, gestão, avaliação, currículo, entre outras.

"Nas palavras de Popkewitz (1997), a 'reforma educacional não transmite

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meramente informações em novas práticas. Definida como parte das rela-

ções sociais da escolarização, a reforma pode ser considerada como ponto

estratégico no qual ocorre a modernização das instituições'” (p. 21). Isso por-

que o autor entende que a escola é a instituição primeira na constituição de

valores que indicam os rumos pelos quais a sociedade trilhará seu futuro.

Cabe ao gestor escolar considerar as pessoas que estão na escola, o universo

particular que alinhava macro e micro, ou seja, cada intuição escolar, seus

interesses, sua cultura, os objetivos educacionais, para que as transformações

possam fazer sentido para os atores escolares.

A proposta consiste em reconhecer que, na escola, existem profissionais que

podem e devem ser intelectuais ativos, capazes de fazer propostas que repre-

sentem melhorias no sistema, dando vida ao projeto pedagógico da escola.

A escola democrática, participativa e de qualidade referenciada socialmente,

precisa de profissionais do magistério engajados e comprometidos com a

sua transformação cotidiana, mesmo considerando as condições objetivas

em que se estabelece o processo ensino-aprendizagem, o que implica dis-

cussão, proposição e materialização de um Projeto Político-Pedagógico (PPP)

específico, definindo princípios, diretrizes e metas coletivamente construídas.

Segundo Dourado (2006), o sentido da gestão democrática:

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adquire uma dimensão muito maior do que a ideia de comando e qualidade total,

presente no meio empresarial. Gerir democraticamente uma escola pública, uma

organização social dotada de responsabilidades e particularidades, é construí-la cole-

tivamente. Isto significa contrapor-se à centralização do poder na instituição escolar,

bem como primar pela participação dos estudantes, funcionários, professores, pais e

comunidade local na gestão do estabelecimento, na melhoria da qualidade do ensino

e na luta pela superação da forma como a sociedade está organizada (p. 30).

A escola que se compromete com a implantação da gestão democrática

precisa não só criar espaços de discussões que possibilitem a construção

do projeto educativo por todos os segmentos da comunidade escolar, mas

também consolidá-los como espaços que favoreçam a participação na ela-

boração, na implantação e na revisão do PPP da escola. O PPP deve ser

entendido “como um dos principais instrumentos para a organização do

trabalho e das atividades da escola e, particularmente, para a definição de

sua própria organização pedagógica” (DOURADO, 2006, p. 56). Nesse sen-

tido, destacam-se alguns apontamentos para que o gestor considere no

processo de implantação da gestão democrática: 1) planejamento escolar;

2) gestão administrativo-financeira; 3) comunicação e clima institucional; 4)

gestão descentralizada; 5) valorização do profissional de ensino; 6) atenção

aos indicadores; e 7) aperfeiçoamento das práticas.

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2.1 Planejamento escolar (PPP)

Quando bem definido e construído coletivamente, o planejamento escolar

ganha destaque no contexto de organização e funcionamento da escola. Essa

ação deve ocorrer ano a ano para que se possam traçar metas e estratégias

para o alcance dos objetivos estabelecidos a curto, médio e longo prazo. É

importante, ainda, criar espaços para monitoramento ao longo do ano letivo.

Desse modo, a instituição passa a lidar bem com os imprevistos, pois muitos

deles são antecipados. Esse plano deve considerar os recursos financeiros, de

modo a definir investimento e organização, considerando as necessidades.

Uma boa gestão considera que o planejamento é essencial para que a qua-

lidade do ensino seja alcançada, e isso perpassa não só a aprendizagem

dos “conteúdos didáticos”, mas outras esferas, considerando a formação

integral de cada pessoa que convive nesse espaço sistematizado de saberes

chamado escola.

O planejamento deve trazer orientações de ordem metodológica, com vistas

a manter as ações alinhadas aos objetivos de aprendizagem dos alunos. Para

tal, é importante levantar aspectos que interferem nesse processo. Desse

modo, o planejamento deve contemplar a gestão da aprendizagem, do cur-

rículo e das inovações.

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2.2 Gestão administrativo-financeira

A gestão financeira não deve ser só uma habilidade, e sim um dos pilares

da qualidade escolar. Com o planejamento e a gestão adequados, é possível

identificar necessidades que repercutem na qualidade do trabalho peda-

gógico desenvolvido pelas unidades escolares, uma vez que as ferramentas

pedagógicas e tecnológicas exercem grande influência nos resultados obti-

dos. Além disso, conhecer e pensar em melhorias para os processos adminis-

trativos, com foco na otimização do tempo e nas etapas de cada processo,

ajuda a dar agilidade e responsabilidade aos envolvidos e potencializa a

organização e acesso aos registros necessários.

2.3 Comunicação e formação de equipes

Comunicação clara e objetiva e abertura ao diálogo constante criam um

ambiente de confiança e engajamento. Cada um dos atores educacionais

deve ter clareza de sua função e do que se espera da sua atuação. Para tal,

reuniões com a equipe podem funcionar como uma boa estratégia para

alinhar objetivos e ações. Além disso, oferecer e ouvir feedbacks para que as

questões mais delicadas possam ser tratadas de forma reflexiva e analítica,

bem como debatidas com clareza. Nesses encontros, é importante que o

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gestor esteja disposto a ouvir críticas, sugestões e/ou comentários e possa

fazer suas reflexões pessoais no sentido de impulsionar o trabalho. Uma

comunicação transparente, contando com a participação e considerando

as diferentes visões, faz com que a relação de confiança e colaboração

entre todos os envolvidos seja mantida e represente uma força potente

na tomada de decisões.

Um recurso que pode ser grande aliado nos processos de comunicação é a

utilização da tecnologia. Seja com a equipe educacional, seja com alunos e as

famílias, o uso de tecnologias (como aplicativos, murais virtuais, etc.) promove

interação constante, dinamiza a comunicação e ainda traz objetividade. Os

portais também são uma alternativa excelente para facilitar a comunicação

com as famílias e engajá-las no processo de ensino e aprendizagem, além de

favorecerem a resolução de questões de ordem administrativas, como o envio

de documentos, evitando a interrupção de suas atividades diárias.

2.4 Gestão descentralizada e estratégica

Essa concepção traz a perspectiva de atuar de forma colaborativa e estraté-

gica, por meio de um planejamento que orienta a comunidade escolar para

a busca de uma visão comum. Segundo Amaral (2002), não se pode falar

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em gestão escolar sem citar a descentralização no nível da escola. Descen-

traliza-se para promover a melhoria das condições de funcionamento da

escola, o compartilhamento de responsabilidade, o melhor desempenho

nas ações, a maior participação dos atores envolvidos e a maior diversidade

de experiências e inovações. Isso só é possível se a escola tiver espaço para

tomar decisões que afetam seu dia a dia de forma descentralizada. Em uma

gestão democrática,

ao contrário de uma participação padronizada, tutelada, ritual, restrita e funcional, o

que deve ser buscado é a participação como nova forma de exercício do poder e, por

isso, deve ser reaprendida e, se necessário, reinventada. Nesse sentido, participação não

se impõe, não se decreta, constrói-se coletiva e diariamente (DOURADO, 2006, p. 61)

2.5 Valorização do profissional de ensino

A atuação docente tem impactos significativos na escola, seja dentro, seja fora

da sala, no desempenho dos estudantes, nas práticas adotadas pela escola,

quer dizer, nas formas de ser e pensar a escola. Nesse sentido, a valorização

do professor passa por diversos fatores e é um dos grandes desafios do nosso

país. Segundo o relatório Global Teacher Status 2018 | VarkeyFoundation, o

prestígio da profissão no Brasil tem o pior índice entre os 35 países avaliados.

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Buscar ações que possam oferecer boas condições de trabalho ao professor,

oferecendo recursos pedagógicos e tecnológicos indispensáveis, além de

desonerá-los ao máximo de tarefas burocráticas, pode ser um bom começo.

Nessa perspectiva, favorecer o potencial criativo oferecendo espaços para

planejamento em equipe, bem como encontros para socialização de boas

práticas, funciona como dispositivos de valorização e motivação.

2.6 Atenção aos indicadores

Ao estabelecer e analisar indicadores, a escola passa a avaliar suas ações,

pautada em dados concretos. Assim, a gestão passa a tomar conhecimento

de condições organizacionais que permitam implantar mudanças, canalizar

recursos e identificar condições que favoreçam ou impactem os resultados.

Além dos indicadores institucionais direcionados ao contexto particular das

escolas, é importante que sejam considerados os exames nacionais - Sistema

de Avaliação [...] (Ideb) -, que trazem elementos que tangenciam a aprendi-

zagem dos alunos.

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2.7 Aperfeiçoamento das práticas

Cabe ao gestor mobilizar a equipe para projetar e implantar planos de desen-

volvimento profissional, fazendo o levantamento de necessidades para pla-

nejar estratégias de apoio, processo de acompanhamento e considerando a

adoção de recursos que possam subsidiar iniciativas de formação continuada.

Os docentes precisam ser conhecedores da teoria, mas, sobretudo, tradu-

zi-las em práticas, bem como avaliar sua aplicação em sala de aula. Nesse

sentido, uma boa iniciativa é criar momentos de observação e feedback para

os professores em relação às práticas em sala de aula.

3. COMPETÊNCIAS DA GESTÃO NO CONTEXTO DO ENSINO MÉDIO

Com a perspectiva de um imenso contingente de adolescentes, jovens e adultos que

se diferenciam por condições de existência e perspectivas de futuro desiguais, é que

o Ensino Médio deve trabalhar. Está em jogo a recriação da escola que, embora não

possa por si só resolver as desigualdades sociais, pode ampliar as condições de inclusão

social, ao possibilitar o acesso à ciência, à tecnologia, à cultura e ao trabalho (MEC, 2011).

O Ensino Médio assume a representação social de ser etapa conclusiva da Edu-

cação Básica e traz o desafio de ampliação de condições de inclusão social e

valorização do protagonismo juvenil. A finalidade dessa etapa, que tem a duração

mínima de três anos, segundo a LDB 9394/96, em seu artigo 35º, é a seguinte:

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I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino

fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar

aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições

de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

III – o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética

e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

IV – a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos,

relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

Esse artigo acena para a complexidade que envolve a gestão do Ensino Médio

vinculado a grandes questões que perpassam conceitos de juventudes, relação

com o trabalho e o conhecimento. Desse modo, a forma como cada estudante

vivencia essa etapa da escolaridade e o sentido pessoal desse momento trazem

impacto nas relações que a posteriori serão estabelecidas com os diferentes

conhecimentos, o trabalho e as possibilidades de “ler” o mundo.

Assim, torna-se relevante que a equipe de gestão adote como premissa que

os estudantes têm a capacidade de aprender e, por isso, podem alcançar

seus objetivos independentemente de suas características pessoais, suas

histórias de vida e os caminhos trilhados. Dessa maneira, a instituição assume

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a inclusão das juventudes no projeto de sociedade mais plural, ao conside-

rar os projetos de vida dos estudantes – como indica o documento da Base

Nacional Comum Curricular do Ensino Médio (BNCC), de modo a:

• favorecer a atribuição de sentido às aprendizagens, por sua vinculação aos desa-

fios da realidade e pela explicitação dos contextos de produção e circulação dos

conhecimentos;

• garantir o protagonismo dos estudantes em sua aprendizagem e o desenvolvi-

mento de suas capacidades de abstração, reflexão, interpretação, proposição e

ação, essenciais à sua autonomia pessoal, profissional, intelectual e política;

• valorizar os papéis sociais desempenhados pelos jovens, para além de sua condi-

ção de estudante, e qualificar os processos de construção de sua(s) identidade(s)

e de seu projeto de vida;

• assegurar tempos e espaços para que os estudantes reflitam sobre suas experiên-

cias e aprendizagens individuais e interpessoais, de modo a valorizarem o conhe-

cimento, confiarem em sua capacidade de aprender, e identificarem e utilizarem

estratégias mais eficientes a seu aprendizado;

• promover a aprendizagem colaborativa, desenvolvendo nos estudantes a capaci-

dade de trabalharem em equipe e aprenderem com seus pares; e

• estimular atitudes cooperativas e propositivas para o enfrentamento dos desafios

da comunidade, do mundo do trabalho e da sociedade em geral, alicerçadas no

conhecimento e na inovação (BRASIL, 2018, p. 465).

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Como indicativo para dar movimento às ações escolares, o conceito de com-

petência assume, nesse documento, centralidade. Nas últimas duas décadas,

muito tem se discutido acerca da adoção de uma metodologia de compe-

tências e habilidades na perspectiva do ensino-aprendizagem e, por isso, a

relevância de desenvolver competências profissionais docentes. Perrenoud

(2001) propõe algumas competências que contribuem para compor a ati-

vidade docente, uma vez que as competências representam o saber-fazer

do professor em detrimento do conhecimento universal produzido pela

humanidade. O autor defende a ideia de que a competência surge na escola

como resposta “a um problema antigo: o de transferir conhecimentos” (PER-

RENOUD, 2013, p. 10).

A construção de competências, pois, é inseparável da formação de esquemas de

mobilização dos conhecimentos com discernimento, em tempo real, ao serviço de

uma ação eficaz. Ora, os esquemas de mobilização de diversos recursos cognitivos em

uma situação de ação complexa desenvolvem-se e estabilizam-se ao sabor da prá-

tica. No ser humano, com efeito, os esquemas não podem ser programados por uma

intervenção externa. Não existe, a não ser nas novelas de ficção científica, nenhum

“transplante de esquemas”. O sujeito não pode tão pouco construí-los por simples

interiorização de um conhecimento procedimental. Os esquemas constroem-se ao

sabor de um treinamento, experiências renovadas, ao mesmo tempo redundantes e

estruturantes, treinamento esse tanto mais eficaz quando associado a uma postura

reflexiva (PERRENOUD, 2013, p. 10).

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Conceitualmente, as competências incluem um saber (conceitual), um

saber fazer (procedimental) e um saber ser (atitudinal). Congrega o poder

de agir com eficácia em uma situação, mobilizando e combinando, em

tempo real e de modo pertinente, os recursos intelectuais e emocionais

(PERRENOUD, 2013, p. 45).

O quadro a seguir sintetiza, segundo Dalcorso (2019), as habilidades que cor-

roboram com a gestão por competências considerando o desenvolvimento

do trabalho docente, uma vez que é por meio do processo pedagógico de

ensino que o estudante adquire competências e habilidades.

DIMENSÃO HABILIDADE DESCRIÇÃO

Analisar e sintetizar É capaz de decompor ou distinguir as partes do


material em seus componentes, para que sua
estrutura organizacional possa ser mais bem
compreendida, como também de juntar partes
para formar um novo todo coerente ou único.

INTELECTUAL Antecipar Antecipa e posiciona-se estrategicamente


e projeta um sistema de ações e objetivos
delineados.

Projetar Toma decisões voltadas para o futuro imediato


e para o futuro distante; propõe não apenas
reagir a situações, mas colocar-se diante delas.

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DIMENSÃO HABILIDADE DESCRIÇÃO

Negociar Alcança os objetivos por meio de um acordo


nas situações em que existam conflitos, isto
é, divergências e antagonismos de interesses,
ideias e posições.

Comunicar Comunica-se de maneira desenvolta, sim-


ples e objetiva, utilizando-se de argumentos
claros e convincentes para transmitir ideias,
pensamentos e informações, de modo a
COMUNICAÇÃO
garantir que os receptores da mensagem a
apreendam em toda plenitude sem distor-
ções ou ruídos.

Dialogar É hábil em criar um ambiente livre de risco


para envolver as pessoas em conversas que
exploram questões, desaf ios ou relacio-
namentos ruins que estão prejudicando o
desempenho escolar.

Inteligência É capaz de gerenciar a si mesmo por meio da


emocional autoconsciência e do autogerenciamento, e é
capaz de gerenciar relacionamentos por meio
da empatia e da consciência social.

SOCIAL
Conscientização Torna-se consciente e mantém-se informado
ambiental sobre as tendências externas e internas, os
interesses e as questões com potenciais
impactos nas políticas, nas práticas, nos pro-
cedimentos e nas posições escolares.

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DIMENSÃO HABILIDADE DESCRIÇÃO

Tecnologia Utiliza eficazmente as mais recentes tecno-


logias para melhorar continuamente a ges-
tão da escola e melhorar a informação sobre
o estudante.

Sustentabilidade Percebe efetivamente as necessidades e as


preocupações dos outros; lida com tato com
os outros em situações emocionalmente
SOCIAL estressantes ou em conflito, relacionando-
-se de forma amistosa com pessoas de dife-
rentes origens étnicas, culturais e religiosas.

Relacionamento É capaz de expressar e ouvir o outro, bus-


Interpessoal cando equilíbrio de soluções satisfatórias nas
propostas apresentadas pelas partes, quando
há conflitos de interesse.

Criatividade Inova para solucionar problemas, lida com


a falta de recursos, administra situações
imprevistas e é prático na administração
das rotinas.

Flexibilidade Adapta-se com facilidade a situações novas


COMPORTAMENTAL e/ou pressões de trabalho. Assimila rapida-
mente mudanças de qualquer natureza.

Proatividade Toma iniciativa diante das situações, assu-


mindo responsabilidades na tomada de
decisões com o objetivo de concretizar
ideias, desenvolver e antecipar soluções.

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DIMENSÃO HABILIDADE DESCRIÇÃO

Persistência Persiste, tem constância, perseverança e


determinação na execução de atividade e
alcance de metas e resultados.

Resiliência Lida com problemas, supera dificuldades e


nem por isso desiste ou perde seu controle
emocional.

Senso de Toma a ação sem hesitação, assume riscos,


COMPORTAMENTAL
responsabilidade toma decisões com rapidez e não perde as
oportunidades.

Ética Sustenta-se em valores éticos e morais,


gerando credibilidade e confiança na sua
gestão por aqueles que fazem parte do seu
convívio diário: comunidade escolar. Man-
tém coerência entre discurso e prática.

Planejar e Planeja e organiza as atividades, nas dife-


organizar rentes fases de evolução de uma tarefa,
determinando objetivos, procedimentos,
prioridades, prazos e utilização adequada
de recursos para o atingimento de metas e

ORGANIZACIONAL
resultados.

Gerenciamento Estabelece metas, prioriza tarefas, lida com


do tempo os desperdiçadores de tempo, faz análise do
tempo, cria e maximiza sua programação
de uso do tempo.

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COMPONENTE - SER GESTOR ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO: COMPETÊNCIAS E PRÁTICAS

TEXTO DE REFERÊNCIA

DIMENSÃO HABILIDADE DESCRIÇÃO

Delegar Atribui efetivamente tarefas de trabalho


a outras pessoas de forma a proporcionar
experiências de aprendizagem para elas
e garantir o funcionamento eficiente da
escola, sem deixar de acompanhá-la.
ORGANIZACIONAL

Capacidade de Não deixa questões, perguntas ou requisitos


resposta para obter informações sem supervisão.

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COMPONENTE - SER GESTOR ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO: COMPETÊNCIAS E PRÁTICAS

TEXTO DE REFERÊNCIA

REFERÊNCIAS

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COMPONENTE - SER GESTOR ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO: COMPETÊNCIAS E PRÁTICAS

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ce-global-de-status-do-professor. Acesso em 3 abr. 2021.

Este texto faz parte do Nosso Ensino Médio, programa realizado pelos Institutos iungo e Reúna. Conheça mais
sobre o programa no site nossoensinomedio.org

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