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Fortalecimento da

Aprendizagem

Material do
professor

língua portuguesa
fortalecimento da aprendizagem 2
realizadores início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Equipe de Avaliação Especialista de avaliação Instituto Unibanco Moises João do Nascimento
Idealização Beatriz Nunes Tadeu da Ponte Paulo Sérgio Miron caixa de ferramenta
Instituto Reúna CONSELHO DE
Filomena Siqueira Valéria Aparecida Marretto do professor
Nathaly Corrêa de Sá Leitora Crítica com foco ADMINISTRAÇÃO
Realização Stefanny Lopes Fernandes em Projeto de Vida, Presidente EQUIPE TÉCNICA abertura das sequências

Instituto Reúna juventudes e competências Pedro Moreira Salles Superintendente Executivo sequência 1
Instituto Unibanco Equipe de Relações socioemocionais Ricardo Henriques orientações de estudo

Institucionais Carolina Rodrigues Miranda Vice-Presidente


Roberto Martinez Pedro Sampaio Malan Gerentes sequência 2
Milena Emilião Leitora Crítica de Língua Maria Julia Azevedo Gouveia orientações de estudo
Instituto Reúna Conselheiros
Portuguesa Mirela de Carvalho
Diretora-executiva Antonio Jacinto Matias
sequência 3
EQUIPE DE PRODUÇÃO Paula Cristina Marques Núbia Freitas Silva Souza
Katia Stocco Smole Claudia Costin orientações de estudo
Coordenadora de Cardoso Mathias Pinto Tiago Borba
matemática Cláudio de Moura Castro
Conselho Consultivo
Maria Ignez Diniz Revisão de texto: Cláudio Luiz da Silva Haddad EQUIPE DE PRODUÇÃO
Camila Pereira Cardoso anexos do professor
Heloísa Orsi Koch Delgado Marcelo Luis Orticelli Coordenação de
Marisa de Santana da Costa
Autoras de Língua Rebeca Martinez Américo Marcos de Barros Lisboa Desenvolvimento da Gestão avaliação inicial
Priscila Fonseca da Cruz
Portuguesa Ricardo Paes de Barros Daniela Arai língua portuguesa
Wilson Martins Poit Edição de Texto
Taila Virgine Costa Rodolfo Villela Marino propostas de intervenção na
Cláudia Barros Lima Beatriz Vichessi Equipe forma de orientação de estudos
Conselho Fiscal
Diretoria Bruna Nunes
Alex Rodrigues Projeto gráfico e protocolo para
Coordenadora de Língua Cláudio José Coutinho Fernanda Arantes avaliação formativa
Camila Anker diagramação
Portuguesa Arromatte Letícia Daidone
Emilio Carlos Morais Martos Caronte Design: análise das habilidades
Eliane Aguiar Jânio Gomes Lisandra Saltini
Renata Borges La Guardia Beatriz Marassi descritores
Leila Cristiane Barboza Braga
Autoras de Matemática Felipe Portella
Coordenação da Iniciativa de Melo sugestões de práticas
Sandra Regina Corrêa Amorim
Cléa Ferreira Marcelo Luis Orticelli
Carla S. Moreno Battaglioli Ilustrações
Priscila Oliveira (Jornadas e produtos)
Isabela Chiferi Vanelli Humaaans/Pablo Stanley
fortalecimento da aprendizagem 3
realizadores início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

Instituto Reúna Instituto Unibanco sequência 2


Educação é um direito de todas as crianças, adolescen- Criado em 1982, o Instituto Unibanco atua para a melho- orientações de estudo

tes e jovens do Brasil. Mas não qualquer educação. O Insti- ria da educação pública no Brasil por meio da gestão educa-
tuto Reúna acredita em uma educação transformadora que cional para o avanço contínuo. O Instituto apoia e desenvolve
sequência 3
orientações de estudo
prepara para a vida, para a cidadania e para a formação so- soluções de gestão para aumentar a eficiência do ensino nas
cial e humana. Uma organização sem fins lucrativos funda- escolas públicas. Além de resultados sustentáveis de apren-
da por Katia Smole, educadora e ex-secretária de Educação dizagem, trabalha pela equidade no ensino, tanto entre as
anexos do professor
Básica do MEC. escolas, como no interior de cada uma delas, com base em
quatro valores fundamentais: conectar ideias, acelerar trans- avaliação inicial
O objetivo do Reúna é garantir uma educação mais sig-
língua portuguesa
formações, valorizar a diversidade e ser fundamentado em
nificativa, de qualidade e com equidade. Para isso, reunimos
evidências. propostas de intervenção na
ferramentas técnicas e conteúdos práticos alinhados à Base forma de orientação de estudos

Nacional Comum Curricular. São materiais que ajudam a es-


protocolo para
truturar e alinhar as diferentes frentes de ensino –dos currí- avaliação formativa
culos aos materiais didáticos, passando pelas avaliações e
pelas práticas pedagógicas. Reunindo o que há de melhor análise das habilidades
descritores
nas experiências e referências educacionais. Reunindo co-
nhecimentos para a secretaria de educação, a escola e o sugestões de práticas
professor. Reunindo oportunidades e caminhos para a edu-
cação avançar.
fortalecimento da aprendizagem 4
índice início índice estrutura realizadores

Índice Abertura das


sequências
Clique nas indicações para ser
Sequência 1 língua portuguesa
redirecionado ou, se preferir,
busque pela página indicada.
Caixa de orientações de estudo

Introdução ferramenta Sequência 2 língua portuguesa


orientações de estudo
Estrutura
do ciclo página 06 do professor Sequência 3 língua portuguesa
página 21 orientações de estudo
Jornadas e produtos

Avaliação inicial
língua portuguesa
propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos

Anexos do Protocolo para


avaliação formativa
início
página 01

professor Análise das habilidades estrutura


página 136 descritores página 05

Sugestões de Práticas
realizadores
página 02
fortalecimento da aprendizagem 5
estrutura início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Estrutura
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

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os conteúdos, basta clicar sobre o capítulo no menu sequência 1
lateral ou no menu superior. orientações de estudo

sequência 2
menu superior menu lateral orientações de estudo

Ele está presente em todas sequência 3


INÍCIO ÍNDICE ESTRUTURA REALIZADORES as páginas e tem como orientações de estudo
função um direcionamento
rápido para o capítulo de seu
Ao clicar em Em índice, você Você está aqui. Ao clicar em
interesse. anexos do professor
início, você é volta para a Pode voltar a realizadores, terá
redirecionado página 4, uma qualquer momento informações sobre Você também pode acessar avaliação inicial
para a capa outra maneira clicando neste as instituições os capítulos no botão índice língua portuguesa
deste guia. de acessar os botão. que viabilizaram do menu superior. propostas de intervenção na
capítulos é o a produção deste forma de orientação de estudos
menu lateral. conteúdo.
protocolo para
avaliação formativa

análise das habilidades


descritores

Ao longo do texto você encontrará este ícone. sugestões de práticas


Ele indica a presença de um link que você pode
clicar para ser redirecionado.
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estrutura do ciclo

Vamos conversar?
jornadas e produtos

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abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

Se muitas foram as dificuldades impostas à educação Para contribuir com todo esse movimento o Reúna e o A iniciativa, na forma de parceria com as redes, envolve a
nos anos de 2020 e 2021, muitas também foram as refle- Instituto Unibanco são parceiros na iniciativa FORTALECI- formação dos professores e material de apoio aos docentes
xões suscitadas por esse período e ações colocadas em MENTO DA APRENDIZAGEM, um verdadeiro convite para para aprofundar habilidades que englobam os descritores anexos do professor

prática na educação, Brasil afora. Em um curto espaço de todas as redes de ensino do país. O objetivo principal desta identificados como prioritários nas avaliações diagnósticas avaliação inicial
tempo, redes de ensino concretizaram oportunidades de co- proposta é a de mapear e reduzir as defasagens de aprendi- realizadas. A iniciativa tem como foco, também, resgatar os língua portuguesa

laboração entre si e com outras instâncias da gestão públi- zagem dos jovens matriculados na 3a série do Ensino Médio, jovens que não vêem sentido em seguir estudando, a fim de propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
ca e da sociedade civil; práticas didáticas foram revisitadas, uma vez que, apesar dos esforços feitos, os resultados ain- levá-los a concluir o ano letivo. Para isso, os materiais ofere-
revitalizadas e criadas; estudantes tiveram espaço para for- da se demonstram insuficientes no SAEB ou nas avaliações cem pautas formativas para que coordenadores pedagógi- protocolo para
diagnósticas realizadas pelo estado ou pela rede. cos possam orientar os professores no uso e na aplicação avaliação formativa
talecer sua autonomia, assumindo maior protagonismo e
ampliando suas habilidades de autogestão; ferramentas tec- de sequências didáticas exemplares. Todas podem ser com-
Os materiais produzidos também podem ser utilizados análise das habilidades
nológicas foram mais utilizadas; e as famílias se esforçaram plementadas de acordo com as necessidades identificadas descritores
com estudantes de novas turmas da 3ª série e de outras
na integração com a comunidade escolar. Sem dúvida, ficou pelos professores em cada turma.
séries do Ensino Médio, pois as metodologias e atividades sugestões de práticas
evidente o compromisso dos educadores com os estudan- propostas apoiam no fortalecimento de aprendizagens es- Vale destacar que as habilidades priorizadas nas sequên-
tes, assim como sua criatividade e competência na busca senciais para o avanço nos estudos em qualquer momento cias didáticas foram selecionadas da etapa do Ensino Médio
por soluções para assegurar a formação de todos. dessa etapa de ensino. da Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2018). Isso sig-
fortalecimento da aprendizagem 7
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introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
nifica que o material está alinhado aos novos currículos refe- avaliações formativas, e de atividades e orientações de pla-
renciais para o Ensino Médio que serão implementados nas nos de estudo aos estudantes nos momentos de autogestão. caixa de ferramenta
redes a partir de 2022. do professor
Como não poderia deixar de ser quando falamos em En-
É essencial deixar claro que a iniciativa FORTALECIMEN- sino Médio, a iniciativa FORTALECIMENTO DA APRENDIZA- abertura das sequências
TO DA APRENDIZAGEM respeita a autonomia de cada rede GEM tem relação com o projeto de vida dos alunos. Isso fica sequência 1
de ensino e dos professores e se propõe a complementar o evidente na escolha das habilidades comunicação, autoco- orientações de estudo
trabalho que já vem sendo realizado por esses atores. Com
nhecimento e autoconfiança (significativas para a constru-
foco nos componentes curriculares de Língua Portuguesa sequência 2
ção da identidade dos jovens) e das habilidades persistência
e Matemática, as sequências didáticas e pautas formativas orientações de estudo
e capacidade de enfrentar e buscar soluções para as mais
também oferecem recursos para a realização de avaliações
diversas situações-problema (mais voltadas para a continui- sequência 3
para compreender como os estudantes iniciam e finalizam
dade dos estudos e para inserção no mundo do trabalho). orientações de estudo
o percurso de estudos. Para tal acompanhamento da apren-
dizagem, a proposta apresenta protocolos de elaboração de Vamos embarcar nessa jornada juntos?

anexos do professor

avaliação inicial
Conheça os institutos envolvidos na iniciativa língua portuguesa
Instituto Reúna: a organização zela pela qualidade técnico- Instituto Unibanco: desde 1982, o Instituto sem fins
propostas de intervenção na
pedagógica da implementação da BNCC e das inovações do lucrativos apoia e desenvolve soluções para a melhoria da forma de orientação de estudos
Ensino Médio. Desde 2019, tem como foco criar referências qualidade da educação pública no Ensino Médio. Seu objetivo
nacionais para a construção de um sistema educacional é contribuir para a permanência dos estudantes na escola, protocolo para
avaliação formativa
coerente. Seu propósito é construir bases consistentes para melhoria da aprendizagem e redução das desigualdades
aprendizagens efetivas, mobilizadoras e para todos. Com educacionais. Além de resultados sustentáveis de
análise das habilidades
uma abordagem que procura entender e antecipar desde aprendizagem, trabalha pela equidade no ensino, tanto entre
descritores
as necessidades específicas das redes educacionais até as escolas quanto no interior de cada uma delas, com base
as questões mais amplas dos sistemas de educação, o em quatro valores fundamentais: conectar ideias, acelerar sugestões de práticas
Instituto produz ferramentas que se adequem aos diferentes transformações, valorizar a diversidade e ser fundamentado
contextos e inspirem crianças e jovens. em evidências.
fortalecimento da aprendizagem 8
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introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Para compreender o Fortalecimento


da Aprendizagem
caixa de ferramenta
do professor

abertura das sequências


Como se trata de uma nova iniciativa a ser realizada junto Sobre as habilidades da BNCC (2018), consideradas es- zz Favorecimento à inclusão de temas do mundo do traba- sequência 1
aos jovens estudantes, a sugestão é criar um ciclo de acolhi- senciais, presentes nas atividades das sequências didáticas, lho, disparadores de saberes que permitam maior proprie- orientações de estudo
mento e melhoria, propondo ações contínuas e interligadas a vale explicar que elas foram selecionadas levando em conta dade em processos seletivos.
fim de criar um ambiente de aprendizagem acolhedor e que a urgência no fortalecimento da relação entre os estudantes sequência 2
zz Possibilidade de desenvolvimento de saberes tecnológi-
estimule a motivação e o engajamento estudantil. e o conhecimento e o tempo limitado para uma ação efetiva orientações de estudo
cos e digitais.
de aprendizagem.
sequência 3
atenção , professores e gestores ! Sendo assim, para a priorização curricular, foram primei- Critérios relacionados aos componentes orientações de estudo
ramente consideradas três dimensões que se articulam mu- específicos
Dicas para mobilizar os jovens a participar da iniciativa. tuamente: (i) o engajamento dos estudantes e as exigências
zz Abrangência de diferentes campos de atuação social da
● Destaque a característica mão na massa das propostas! da vida em sociedade, (ii) os componentes curriculares de anexos do professor
Língua Portuguesa e diferentes unidades temáticas de
Língua Portuguesa e Matemática, e (iii) as demandas das avaliação inicial
● Apresente as habilidades e os objetivos que serão Matemática
avaliações nacionais. Com base em cada uma delas, foram língua portuguesa
explorados pelos alunos e como as aprendizagens zz Favorecimento de relações entre conceitos, processos e
considerados, então, alguns critérios para a seleção das ha- propostas de intervenção na
conquistadas podem prepará-los para os processos
bilidades, reunidos em três grupos: representações. forma de orientação de estudos
seletivos que vêm pela frente!
zz Possibilidade de retomada de conhecimentos já adquiri- protocolo para
● Indique as competências que serão desenvolvidas com
Critérios relacionados ao engajamento dos, para que o estudante avance. avaliação formativa
as propostas de estudo e requisitadas no mundo do
trabalho!
dos estudantes e às exigências da vida
análise das habilidades
em sociedade Critérios relacionados às avaliações descritores
● Converse com a turma sobre as atividades, deixando
claro que elas sempre consideram o ponto de partida
zz Favorecimento de atividades mais motivadoras, que per- nacionais
sugestões de práticas
mitam protagonismo dos estudantes. Compatibilidade com descritores com baixo resultado
em que a classe está. A intenção é respeitar o ritmo zz
de cada um, sem sobrecarregar ninguém, mas visando zz Permissão do trabalho transversal com uma abordagem nas avaliações SAEB para a 3ª série do Ensino Médio
sempre a aprendizagem de todos! de 2019.
socioemocional, inclusiva e socialmente diversa.
fortalecimento da aprendizagem 9
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introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Compatibilidade com descritores com baixo resultado nas As habilidades selecionadas foram distribuídas em três de itens, vídeos e questões que podem compor tarefas
avaliações da rede que realizou as avaliações diagnósticas. sequências didáticas exemplares para Língua Portuguesa estabelecidas pelo professor, para auxiliar os alunos em caixa de ferramenta
e três para Matemática, sendo a primeira de cada compo- momentos de estudo individual e de autogestão. do professor
zz Compatibilidade com conteúdos mais cobrados no Exa-
me Nacional do Ensino Médio (Enem). nente sempre associada a conteúdos e contextos em que zz o Protocolo de Avaliação Formativa, documento com re- abertura das sequências
os jovens possuem algum conhecimento. Com isso, a ideia
Articulando os critérios dos três grupos acima, a expec-
cursos estruturados para o acompanhamento e o registro sequência 1
é justamente engajá-los na aprendizagem. Já as demais se- sobre o processo de aprendizagem, além de orientações
tativa é promover o desenvolvimento integral dos estudantes, orientações de estudo
quências tem como foco habilidades nas quais os estudan- para compartilhar essas informações com os jovens e
permitindo que continuem estudando, trilhem um percurso de
tes demonstram mais dificuldades tendo como referências com a gestão da escola. sequência 2
aprendizagem mais efetivo e adentrem no mundo do trabalho.
as lacunas identificadas nas avaliações diagnósticas. orientações de estudo
E, para apoiar o trabalho da equipe pedagógica, a Caixa
habilidades : por que trabalhar com elas ? As propostas apresentadas como exemplares possuem de Ferramentas do Formador apresenta orientações para a sequência 3
uma lógica em seu desenvolvimento e apresentam atividades realização dos momentos formativos, na forma de pautas, orientações de estudo
A opção de organizar os conteúdos lançando mão das
habilidades da BNCC (2018) diz respeito ao fato de que os com resultados comprovados de aprendizagem. No entanto, textos de apoio, conteúdos anexos e apresentações para
descritores identificados como lacunas de aprendizagem elas são sugestões, modelos que podem ser adaptados para apoiar os momentos formativos. As pautas formativas con-
na matriz diagnóstica e no SAEB são expectativas o trabalho com os alunos e integradas a outras habilidades, templam oito horas de formação para cada um dos com- anexos do professor
de aprendizagem dessas habilidades. Assim, o seu
respeitando as necessidades específicas identificadas em ponentes e têm como objetivo facilitar a compreensão das avaliação inicial
desenvolvimento favorece que os estudantes revelem o
cada turma e a cultura de cada unidade escolar. O tempo de sequências didáticas, da metodologia proposta para o de- língua portuguesa
que indica cada descritor.
duração sugerido para cada proposta é de 16 horas/aula. senvolvimento das habilidades essenciais. As pautas forma- propostas de intervenção na
Os resultados das avaliações diagnósticas realizadas pelo tivas têm, ainda, as Instruções de uso do Protocolo de Ava- forma de orientação de estudos
estado, bem como os resultados do SAEB (2019), estão Além das sequências didáticas apresentadas no FORTA-
liação Formativa, que auxilia a compreensão do Protocolo protocolo para
presentes no documento Análise habilidades x Descritores LECIMENTO DA APRENDIZAGEM, faz parte da iniciativa um
de Avaliação Formativa (este, por sua vez, está na Caixa de avaliação formativa
da avaliação diagnóstica . conjunto organizado especialmente para os docentes, a Caixa
Ferramenta do Professor).
de Ferramentas do Professor, com os seguintes materiais: análise das habilidades
Cada sequência didática apresenta a relação entre os
descritores
descritores das avaliações e as habilidades tratadas. zz uma sugestão de avaliação inicial e outra de avaliação fi-
Porém, as primeiras sequências de Língua Portuguesa e de sugestões de práticas
nal para acompanhar os jovens desde o ponto em que se
Matemática (por terem como objetivo mobilizar novamente os
encontram até a aquisição das aprendizagens esperadas;
estudantes para o conhecimento e resgatar a autoconfiança),
não endereçam os descritores mais críticos. Eles serão zz o documento Orientações ao professor para elabora-
trabalhados com maior ênfase nas sequências seguintes.
ção e execução de planos de estudos com sugestões
fortalecimento da aprendizagem 10
introdução início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Como formar e engajar uma


comunidade de aprendizagem?
caixa de ferramenta
do professor

abertura das sequências


A ideia de comunidade de aprendizagem parte do princí- a. o ciclo de aprendizagem, detalhado em papéis; Conheça mais a fundo cada uma das etapas do ciclo de sequência 1
pio de que todos são responsáveis, todos aprendem, todos b. as jornadas de cada um dos agentes educativos: aprendizagem e as expectativas/funções de cada um dos ges- orientações de estudo
ensinam. Então, para formar uma comunidade de aprendiza- estudantes, professores e gestores escolares. tores, coordenadores e professores de cada unidade escolar.
gem, é fundamental que todos os agentes do processo educa- sequência 2
Para saber mais sobre comunidades de aprendizagem, a. Avaliação inicial: ferramenta que permite a coleta de orientações de estudo
cional entendam que seus esforços precisam convergir para
acesse a trilha elaborada pelo Nosso Ensino Médio. informações sobre quanto os estudantes sabem a res-
o resultado, de modo que a integração seja um pré-requisito.
peito de determinados conteúdos, procedimentos e ha- sequência 3
Em uma comunidade de aprendizagem, saberes e ex- bilidades esperadas para a série escolar em que estão. orientações de estudo
periências individuais são valorizados, mas é no comparti- a. O ciclo de aprendizagem do O resultado dessa avaliação fornece subsídios para o
lhamento e na conexão que surgem as aprendizagens mais Fortalecimento da Aprendizagem planejamento docente e para se fazer intervenções pe-
enriquecedoras — e, para construí-las, todos podem contri- anexos do professor
A sugestão é que essa proposta seja realizada de forma dagógicas adequadas. O valor dessa avaliação inicial é
buir. Por isso mesmo, na iniciativa FORTALECIMENTO DA permitir conhecer o ponto de partida dos estudantes a avaliação inicial
cíclica, com as seguintes etapas:
APRENDIZAGEM, é importante que secretarias de educa- língua portuguesa
a. avaliação inicial; fim de não sobrecarregá-los, exigindo níveis iniciais mui-
ção, professores, coordenadores, diretores, estudantes e, propostas de intervenção na
to altos, nem subestimá-los, exigindo níveis mais baixos.
sempre que possível, familiares se considerem parte de uma b. planejamento e desenvolvimento das atividades de forma de orientação de estudos

comunidade de aprendizagem que deseja contribuir para a acolhimento e fortalecimento;


Papéis protocolo para
formação integral e o desenvolvimento de cada estudante. c. avaliação formativa, avaliação formativa
Diretor: sua função se estende desde antes da apli-
Para o pleno funcionamento de uma comunidade de d. devolutiva. cação do levantamento inicial até o momento poste- análise das habilidades
aprendizagem, é esperado que cada um tenha a percepção Vale destacar que as equipes especializadas das Secretarias rior. É importante que os estudantes e as famílias se- descritores

de si próprio e de sua função. Isso faz com que todos se sin- de Educação são parceiras desta iniciativa e portanto têm pa- jam mobilizados para a realização da avaliação, para sugestões de práticas
tam mobilizados e cumpram com suas responsabilidades. pel importante para viabilizar a proposta. As secretarias podem que seja possível sistematizar e analisar os resulta-
Para fazer isso acontecer na prática, é possível usar dois re- coordenar as ações, definir as formações a serem realizadas e dos obtidos. É essencial também promover o plane-
cursos como apoio: acompanhar docentes e estudantes, se e quando necessário. jamento do ciclo e pactuar, com a equipe pedagó-
fortalecimento da aprendizagem 11
introdução início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
gica, as estratégias de acompanhamento. A relação b. Atividades de acolhimento e fortalecimento: sequ- viço, orientando, acompanhando e apoiando o grupo
estreita entre a direção e os demais atores deve ge- ências didáticas orientadas por habilidades previa- de docentes. Para tal, a Caixa de Ferramentas do caixa de ferramenta
rar coerência e confiabilidade na avaliação realizada. mente priorizadas, para acolher o estudante de modo Formador apresenta orientações para compreender do professor
integral — de forma cognitiva e socioemocional —, e como o professor se apropria, planeja e põe em práti-
Coordenador pedagógico da escola ou pedagogo: abertura das sequências
fortalecer as aprendizagens. As primeiras propostas ca as sequências didáticas que contemplam o acolhi-
sua responsabilidade é formar os professores para sequência 1
de atividades têm como foco conteúdos mais básicos mento do estudante e o fortalecimento das aprendiza-
a aplicação das provas. Para isso, na Caixa de Fer- orientações de estudo
e propõem fazer retomadas do conhecimento para gens em Língua Portuguesa e em Matemática.
ramentas do Formador está disponível um conjun-
to de recursos para cada momento formativo junto
que os jovens reconheçam o que sabem e se sintam
Professor: como agente central dessa proposta, sua
sequência 2
motivados para continuar aprendendo. As demais se- orientações de estudo
aos docentes da escola. Também é esperado que o função é participar da formação continuada, de olho
quências têm como foco novos conhecimentos, sem-
coordenador apoie a análise e a discussão dos resul- no currículo a ser usado no desenvolvimento de ha-
pre considerando o desenvolvimento de habilidades sequência 3
tados, para a definição dos passos. bilidades essenciais, planejar e executar sequências
prioritárias para aprender mais e a preparação para orientações de estudo
Professor: sua função é participar da formação con- didáticas de forma adequada. Para isso, os docen-
desafios futuros na continuidade dos estudos ou no
tinuada, com disposição para reavaliar suas práticas tes têm como apoio materiais direcionados às au-
mundo do trabalho. Nessas atividades, é possível en-
pedagógicas, aplicar a avaliação, analisar os resulta- las com os estudantes na Caixa de Ferramentas do anexos do professor
contrar ainda sugestões não obrigatórias de práticas
dos e retomar as habilidades priorizadas. Seu con- Professor, além de orientações para propor planos avaliação inicial
com foco em gênero, relações étnico-raciais, inclusão
tato direto com os jovens é uma grande oportunida- de estudos individualizados ( e poder acompanhar língua portuguesa
e acessibilidade, mundo do trabalho e tecnologia, a fim
de para estabelecer vínculos e reunir as evidências e analisar o percurso de aprendizagem de cada jo-
de contribuir para a formação integral dos estudantes. propostas de intervenção na
vem). Para aperfeiçoar a avaliação, encontra-se, na forma de orientação de estudos
e necessidades que podem passar despercebidas
para outros agentes, aprimorando ainda mais o ci- Papéis Caixa de Ferramentas, o documento “Protocolo de protocolo para
clo proposto. Esses dados podem orientar melhor a Diretor: sua função é planejar e executar estratégias Avaliação Formativa”. Ele reúne recursos estrutura- avaliação formativa

proposição de planos de estudos específicos e indi- de engajamento e de articulação com os estudantes dos para o acompanhamento e o registro sobre o
análise das habilidades
vidualizados para os alunos. e com as famílias, organizando agendas, espaços e processo de aprendizagem, além de orientações descritores
recursos para as ações previstas e apoiar os atores para compartilhar essas informações com os jovens
Estudante: é esperado que a avaliação seja realizada sugestões de práticas
envolvidos sempre que necessário. e com a gestão da escola.
por ele da melhor forma possível, para que os resulta-
dos possam oferecer visibilidade de seus pontos for- Coordenador pedagógico da escola ou pedagogo: Estudante: orientado pelo professor e na companhia
tes e pontos para desenvolvimento de forma assertiva. sua responsabilidade é formar os professores em ser- dos colegas, é esperado que o jovem vivencie ativi-
fortalecimento da aprendizagem 12
introdução início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
dades estruturadas nas sequências didáticas exem- cessário. Os docentes podem ser incentivados a es- Jornada do Estudante
plares, gerenciando seu próprio tempo, e acompa- tudar o Protocolo de avaliação formativa, tendo em A palavra-chave é VIVENCIAR. caixa de ferramenta
nhe seu desenvolvimento na apropriação de novos vista que é um documento orientador para persona- A jornada do estudante começa com uma avaliação do professor
conhecimentos e referências. lizar os momentos de aula. inicial para identificar o ponto de partida do aprendizado, abertura das sequências

c. Protocolo de avaliação formativa: documento par- Professor: ao conhecer o Protocolo, sua função é permitindo a análise de seus pontos fortes e de seus pon- sequência 1
te da Caixa de Ferramentas do Professor e expli- identificar momentos de avaliação conforme as si- tos de desenvolvimento. Para que esse início seja tranquilo, orientações de estudo

ca as formas de registrar a avaliação, como propor tuações de aula, planejá-los e realizá-los, assim como é importante que o jovem se sinta motivado em realizar a
apoiar os planos de estudo dos jovens com base nas sequência 2
a autoavaliação e como usar as práticas avaliativas avaliação, tendo clareza de seu propósito. Por isso, a su-
autoavaliações e nas devolutivas das atividades de orientações de estudo
conforme as situações de aula. O objetivo do proto- gestão é realizar a avaliação depois da segunda semana de
colo é ser um suporte para o acompanhamento das avaliação realizadas.
aula. Assim, o jovem se sente mais familiarizado e confian- sequência 3
aprendizagens dos jovens, sempre respeitando a au- Estudante: é esperado que vivencie as avaliações e te com as atividades e com a participação nas aulas e faz a orientações de estudo
tonomia docente. O documento é composto por um reflita sobre a devolutiva dada pelo professor, de olho avaliação com mais envolvimento e responsabilidade, sem
quadro com referências para observação de conhe- em ajustes a serem feitos em seus planos de estudo, receio de se expor ou de ser julgado.
cimentos que os estudantes já têm, sugestões para no gerenciamento do tempo e na sua dedicação aos anexos do professor
motivá-los a continuar aprendendo e três práticas de Depois disso, o estudante vai vivenciar as três sequên-
estudos. Assim, ele pode ser corresponsável pelo avaliação inicial
avaliação formativa: i) autoavaliação e socialização; cias didáticas e acompanhar seu próprio desenvolvimento
seu processo de aprendizagem, conforme as dificul- língua portuguesa
ii) avaliação da turma pelo professor; iii) devolutiva pelas atividades de avaliação formativa que se encontram
dades ou possibilidades de avançar apontadas. propostas de intervenção na
estruturada. Elas podem ser escolhidas e combina- em cada sequência. forma de orientação de estudos

das pelo docente em função dos momentos de aula


b. As jornadas previstas para os protocolo para
e das sequências didáticas organizadas.
agentes educativos atenção avaliação formativa

Papéis Propor jornadas para cada agente educativo (estudante,


é importante que os estudantes entrem em contato análise das habilidades
Coordenador pedagógico da escola ou pedagogo: professor, coordenador pedagógico da escola ou pedagogo e descritores
com as temáticas antes de que seja proposto realizar as
seu papel é orientar e apoiar os professores para que diretor) tem como objetivo evidenciar, detalhadamente, quais os sequências didáticas. Se o professor optar pela construção
sugestões de práticas
realizem as atividades e as devolutivas, fazendo uma papéis e qual o percurso sob responsabilidade de cada um na de novas sequências, a sugestão é atualizar os temas de
ponte entre eles e a direção escolar, sempre que ne- iniciativa FORTALECIMENTO DA APRENDIZAGEM. Confira: estudo nas aulas.
fortalecimento da aprendizagem 13
introdução início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Jornada do professor: Ao final de cada sequência didática sugerida, o docente Durante sua jornada, o coordenador pedagógico pode
As palavras-chave são PROMOVER, PLANEJAR e ACOMPA- vai encontrar também sugestões de práticas com foco em contar sempre com a Caixa de Ferramentas do Formador, caixa de ferramenta
NHAR. gênero, relações étnico-raciais, inclusão e acessibilidade, com as pautas formativas estruturadas e apresentações do professor
mundo do trabalho e tecnologia. Essas sugestões podem para os encontros formativos e com o material Instruções abertura das sequências
A jornada do professor engloba a jornada do estudante,
ser trabalhadas como novas atividades, caso haja disponibi- de uso do Protocolo de Avaliação Formativa. Este item, es-
já que as atividades de ambos estão diretamente relaciona- sequência 1
lidade de tempo ou funcionar como adaptações do que a se- pecificamente, apresenta o Protocolo de Avaliação Forma-
das, ainda que tenham perspectivas diferentes. orientações de estudo
quência propõe. A ideia é usá-las para explorar os momentos tiva a ser utilizado pelos docentes, além de alguns anexos
Ao professor, cabe aplicar as avaliações inicial e final. A
da vida em sociedade, contribuir com o projeto de vida dos que devem ser reproduzidos para o formador trabalhar com sequência 2
primeira delas é proposta na primeira sequência didática e,
estudantes e fortalecer a formação cidadã de cada um deles. os professores. orientações de estudo
a segunda, prevista para o fim da terceira sequência didá-
tica. É importante que ele também realize as atividades de Vale ressaltar que atividades de acolhimento socioemo- Para o formador, é fundamental avaliar de forma crítica sequência 3
acolhimento, aplique as avaliações formativas e oriente os cional estão presentes nas sequências didáticas iniciais e o contexto em que a escola está inserida e as práticas que orientações de estudo

estudantes na realização dos planos de estudos individuais acompanham toda a jornada do estudante. O objetivo é que formam seu cotidiano a fim de fortalecer o trabalho dos pro-
em momentos de autogestão. Outro ponto de diferenciação ele desenvolva o autoconhecimento, a autoconfiança e a per- fessores. Coordenadores pedagógicos e diretores podem
é que, para entender a proposta e se apropriar do conjunto de sistência, além de aumentar sua autoestima em relação à apoiar nas ações de busca e acolhimento dos jovens. As- anexos do professor
ferramentas oferecido pela iniciativa FORTALECIMENTO DA capacidade de aprender. sim, quando o docente entra em ação, ele amplia e fortale- avaliação inicial
APRENDIZAGEM, a jornada docente começa no momento ce o acolhimento por meio do trabalho realizado em sala. língua portuguesa
da formação, junto com a coordenação pedagógica. Jornada do coordenador pedagógico da Como sugestão para apoiar a tarefa do formador de organi- propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
Durante ou ao final da exploração de cada sequência didá- escola ou pedagogo zar ações de acolhimento, vale conhecer os protocolos de

tica, o jovem pode ser orientado pelo professor na elaboração As palavras-chave são FORMAR e ACOMPANHAR. acolhimento ao estudante e implementar uma rotina de protocolo para
avaliação formativa
de um plano autônomo de estudos . O estudo individual é uma prevenção ao abandono, propostas elaboradas pelo Insti-
A jornada do coordenador pedagógico ou pedagogo é
das formas de exercício de protagonismo do jovem em seu tuto Unibanco . análise das habilidades
fundamental para o sucesso de toda a iniciativa, pois é ele o
percurso de aprendizagem. As devolutivas do docente, após as descritores
agente educativo que apoia e forma os professores para rea- E, ainda sobre acolhimento, durante os momentos for-
avaliações formativas, ajudam os estudantes a organizar me- lizarem o acolhimento socioemocional dos jovens, usarem mativos dos docentes, são essenciais também a prática de sugestões de práticas
lhor a gestão do tempo e a dedicação aos estudos. Para isso, novas metodologias de ensino em classe, compreenderem a escuta e o cuidado do outro, considerando a legitimidade do
o professor encontra orientações específicas ao final de cada
priorização curricular e prepararem as devolutivas de avalia- que é dito pela pessoa acolhida, a criação de vínculos e a
sequência didática e no Protocolo de Avaliação Formativa.
ção dos estudantes. construção de sentido nas atividades junto aos jovens.
fortalecimento da aprendizagem 14
introdução início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
A formação docente sugerida para ser realizada tem oito -se nas temáticas e envolver os estudantes nesta proposta, ta de uma priorização curricular, apoiada em acolhimento so-
horas de duração por componente, divididas, por sua vez, em um clima de motivação e de engajamento. cioemocional e em um ciclo de avaliação - ação - avaliação. caixa de ferramenta
em quatro pautas formativas com momentos de mobiliza- Destaque o apoio à formação e o acompanhamento próximo, do professor
As rotinas de acolhimento e de prevenção de abandono para tranquilizar a engajar os professores nessa iniciativa.
ção, engajamento, revisão das práticas pedagógicas, siste- abertura das sequências
escolar, propostas pelo Instituto Unibanco, são materiais
matização e avaliação (não obrigatoriamente nessa ordem).
que podem apoiar a jornada do diretor na volta às aulas Depois, converse com os estudantes e os familiares e sequência 1
As pautas formativas reúnem conhecimentos específicos e após o período de suspensão das aulas presenciais. responsáveis. Explique que a iniciativa FORTALECIMENTO orientações de estudo
conhecimentos didáticos e podem ser adaptadas à realidade DA APRENDIZAGEM será colocada em prática com uma
Para colocar as propostas em prática, não deixe de
de cada escola. priorização curricular a fim de favorecer a continuidade dos sequência 2
analisar de forma crítica o cenário em que a escola está
estudos dos jovens e a sua inserção no mundo do trabalho, orientações de estudo
A jornada do coordenador pedagógico não se encerra e suas práticas cotidianas. É recomendável também
consultar os protocolos de acolhimento ao estudante e sem descuidar da formação integral de cada um. Para au-
com o término da formação. Acompanhar o percurso dos sequência 3
implementar uma rotina de prevenção ao abandono . mentar a motivação, uma boa estratégia é revelar alguns dos
professores, apoiando o grupo sempre que necessário, com- orientações de estudo
Também é essencial que a jornada do diretor contemple a temas e o tom “mão na massa” das atividades.
preender as priorizações curriculares e a análise de resulta-
dos das avaliações são ações fundamentais. Fazendo isso, escuta e o cuidado do outro, considerando a legitimidade No desenrolar do projeto, mantenha o canal aberto para
do que é dito pela pessoa acolhida, a criação de vínculos
é mais fácil identificar as práticas que funcionam bem, re- tirar dúvidas e acolher sugestões. Vale também divulgar os anexos do professor
e a construção de sentido nas atividades junto aos jovens.
tomá-las em outros momentos e sugeri-las para o trabalho avanços e os sucessos das ações para toda a comunida- avaliação inicial
Essa é uma ação que precisa acontecer em parceria com
com outros componentes. os docentes, de forma que a gestão fortaleça o trabalho de escolar, sempre cuidando para que as dificuldades indi- língua portuguesa
dos professores e vice-versa. viduais sejam conversadas com a equipe da escola, sempre propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
de modo respeitoso.
Jornada do Diretor Organizar a comunicação sobre o que será desenvolvido
protocolo para
As palavras-chave são MOBILIZAR e VIABILIZAR. na escola com a iniciativa FORTALECIMENTO DA APRENDI- Vamos seguir em frente? avaliação formativa
A jornada do diretor consiste em organizar agendas, es- ZAGEM é outra função importante da direção escolar. Confi- Agora que você já conhece as motivações e justificati-
análise das habilidades
paços e recursos para apoiar a coordenação pedagógica es- ra uma sugestão de passo a passo para engajar a comunida- vas por trás da iniciativa FORTALECIMENTO DA APRENDI- descritores
colar e os professores, investindo, principalmente, na forma- de escolar e motivar todos a participarem ativamente. ZAGEM os objetivos e a estrutura de trabalho proposta, é
sugestões de práticas
ção e no acompanhamento dos docentes. chegada a hora de mergulhar nos materiais e de explorar os
Para começar, convide a equipe docente para apresentar
recursos apresentados para os próximos passos.
Quando a equipe se sente apoiada e valorizada, fica mais a proposta FORTALECIMENTO DA APRENDIZAGEM e con-
tranquila para colocar em cena novas práticas, aprofundar- versar sobre o que virá pela frente: deve ficar claro que se tra- Mãos à obra e bom trabalho!
fortalecimento da aprendizagem 15
estrutura do ciclo início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Avaliação inicial e final Avaliação Atividades de fortalecimento


O que é inicial da aprendizagem
Permite a coleta de informações sobre quanto os O que é
estudantes sabem a respeito de determinados Sequências didáticas para o desenvolvimento de
conteúdos, procedimentos e habilidades habilidades previamente priorizadas, para acolher o
esperadas para a série escolar em que estão. estudante de modo integral — cognitiva e socioemocional
O resultado dessas avaliações fornecem — e fortalecer as aprendizagens.
subsídios para o planejamento docente e para Atividades de Protocolo de
intervenções pedagógicas adequadas no ínicio fortalecimento avaliação
e no final do trabalho realizado por meio das da aprendizagem formativa
sequências.

Protocolo de avaliação formativa


O que é
Explica as formas de registrar a avaliação, como propor a
Avaliação autoavaliação e como usar as práticas avaliativas conforme
final as situações de aula. O objetivo do protocolo é ser um
suporte para o acompanhamento das aprendizagens dos
jovens, sempre respeitando a autonomia docente.
fortalecimento da aprendizagem 16
jornadas e produtos início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Jornadas e produtos
jornadas e produtos

Jornada do Estudante 
A palavra-chave é VIVENCIAR

Jornada do Professor 
As palavras-chave são PROMOVER, PLANEJAR e ACOMPANHAR

Jornada do coordenador pedagógico / formador 


As palavras-chave são FORMAR e ACOMPANHAR

Jornada do Diretor 
As palavras-chave são MOBILIZAR e VIABILIZAR.
fortalecimento da aprendizagem 17
jornadas e produtos início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Jornada do Estudante Palavra-chave: Vivenciar

Atividades de Fortalecimento
Avaliação Inicial / final Protocolo de Avaliação Formativa
da Aprendizagem

O que faz Orientado pelo professor e na companhia dos Vivencia as avaliações formativas, realiza sua
Realiza as avaliações iniciais e finais para que os colegas, o jovem vivencia atividades estruturadas autoavaliação e reflete sobre a devolutiva dada pelo
resultados possam oferecer ao professor nas sequências didáticas exemplares, gerencia seu professor. Efetiva as orientações recebidas em seus
a visibilidade de seus pontos fortes e próprio tempo em momentos de estudos, e acompanha planos de estudo e no gerenciamento da dedicação e do
pontos para desenvolvimento o seu desenvolvimento na apropriação de novos tempo para estudo. É corresponsável pelo seu processo
conhecimentos e referências de aprendizagem

O que vivencia
Que o jovem se sinta motivado em realizar a avaliação,
Que ele desenvolva o autoconhecimento, a autoconfiança
tendo clareza de seu propósito e mais familiarizado e
e a persistência, além de aumentar sua autoestima em
confiante para participar das aulas e atividades
relação à capacidade de aprender

Ao que tem acesso


Plano de estudos construído com o Professor
fortalecimento da aprendizagem 18
jornadas e produtos início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Jornada do Professor Palavras-chave: Promover, planejar e acompanhar

Atividades de Fortalecimento
Avaliação Inicial / final Protocolo de Avaliação Formativa
da Aprendizagem

O que faz Participa da formação continuada para apropriação das Sequências


Ao professor, cabe aplicar as avaliações inicial e final. Identifica momentos de avaliação conforme as
Didáticas. Planeja e executa as aulas com apoio das Sequências
A primeira delas é proposta na primeira Sequência situações de aula. Planeja e realiza as avaliações.
Didáticas. Complementa as Sequências com planos de estudos
Didática e, a segunda, prevista para o fim da terceira Organiza os planos de estudo dos jovens com
individualizados para momentos de autogestão dos estudantes e os
Sequência Didática. Ele também realiza a análise dos base nas autoavaliações e nas devolutivas das
acompanha. Acompanha, analisa e compartilha com a gestão da
resultados e retoma as habilidades priorizadas. atividades de avaliação realizadas
escola o percurso de aprendizagem de cada jovem.

O que promove A jornada docente começa no momento da formação, junto com a


O objetivo é que o professor consiga diagnosticar As devolutivas do docente, após as avaliações
coordenação pedagógica, momento em que entende a proposta
o estágio dos estudantes e orientar melhor a formativas, ajudam os estudantes a realizarem
e se apropria do conjunto de ferramentas. Ao longo de toda a
proposição de planos de estudos específicos e a autoavaliação, a organizar melhor a gestão
sua jornada, o professor realiza com os estudantes atividades de
individualizados para eles. do tempo e a dedicação aos estudos.
acolhimento socioemocional.

Materiais que terá  Anexos do Professor – Avaliação Inicial Matemática  Sequências Didáticas de Matemática 1, 2 e 3
acesso  Anexos do Professor – Avaliação Inicial Língua  Sequências Didáticas de Língua Portuguesa 1, 2 e 3   Protocolo de Avaliação Formativa 
Portuguesa   Orientações para elaboração de planos de estudos
 Plataforma de apoio á Aprendizagem em momentos de autogestão do estudante 
fortalecimento da aprendizagem 19
jornadas e produtos início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Jornada do coordenador pedagógico / formador Palavras-chave: Formar e Acompanhar

Atividades de Fortalecimento Protocolo de Avaliação


Avaliação Inicial / final
da Aprendizagem Formativa

O que faz Forma os professores em serviço, orientando,


Forma os professores para a aplicação das provas de acompanhando e apoiando o grupo de docentes. Para
Forma os professores para o
avaliação inicial e final. Apoia a análise e a discussão tal, compreende como o professor se apropria, planeja e
acompanhamento das aprendizagens dos
dos resultados, e colabora na definição de ações põe em prática as Sequências Didáticas que contemplam
estudantes e incentiva o uso do protocolo
para a aprendizagem dos jovens. o acolhimento do estudante e o fortalecimento das
aprendizagens em Língua Portuguesa e em Matemática.

O que promove Coordenadores pedagógicos juntamente com os Apoia e forma os professores para realizarem o acolhimento Realiza o acompanhamento do
Diretores apoiam nas ações de busca e acolhimento socioemocional dos jovens, usarem novas metodologias de ensino, trabalho do professor no dia a dia com
dos jovens. Assim, quando o docente entra em ação, em classe, compreenderem a priorização curricular e prepararem, as o objetivo de traçar, conjuntamente, as
ele amplia e fortalece o acolhimento por meio do devolutivas de avaliação dos estudantes, considerando o contexto em estratégias de intervenção pedagógica
trabalho realizado em sala. que a escola está inserida e as práticas que formam seu cotidiano. e planejamento das aulas e atividades.

Ao que tem acesso  Pautas Formativas de Matemática 1, 2, 3 e 4  Instruções de uso do Protocolo de


 Pautas Formativas de Língua Portuguesa 1, 2, 3 e 4 Avaliação Formativa
fortalecimento da aprendizagem 20
jornadas e produtos início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Jornada do Diretor Palavras-chave: Mobilizar e Viabilizar tempo, espaços e recursos de aprendizagem

Atividades de Fortalecimento
Avaliação Inicial / final Protocolo de Avaliação Formativa
da Aprendizagem

O que faz Antes da aplicação do levantamento inicial até o


Planeja e executa estratégias de engajamento
momento posterior, mobiliza os estudantes e as
e de articulação com os estudantes e com Acompanha os dados de avaliação
famílias para a realização da avaliação, e sistematiza
as famílias. Organiza agendas, espaços e provenientes da utilização do Protocolo de
e analisa os resultados obtidos. Planeja com a equipe
recursos para as ações previstas. Apoia os atores avaliação formativa
pedagógica, as estratégias de acompanhamento desde
envolvidos sempre que necessário
os resultados iniciais ate os finais

O que promove Sua jornada contempla a escuta e o cuidado do outro, Ajuda a equipe a se sentir apoiada e valorizada, assim
considerando a legitimidade do que é dito pela pessoa ficam mais tranquilos para colocar em cena novas práticas,
acolhida, a criação de vínculos e a construção de sentido nas aprofundar-se nas temáticas e envolver os estudantes nesta
atividades junto aos jovens. Realiza essa ação em parceria com proposta, em um clima de motivação e de engajamento. Para
os docentes, de forma que a gestão fortaleça o trabalho dos colocar as propostas em prática, analisa de forma crítica o
professores e vice-versa cenário em que a escola está e suas práticas cotidianas

Ao que tem acesso  Protocolos de acolhimento  Instruções de uso do Protocolo de


 Rotina de prevenção ao abandono Avaliação Formativa
fortalecimento da aprendizagem 21
abertura das sequências início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

Caixa de ferramenta
abertura das sequências
sequência 1
orientações de estudo

do professor sequência
orientações de estudo

sequência
2

3
orientações de estudo

anexos do professor

avaliação inicial
língua portuguesa
propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos

protocolo para
avaliação formativa

análise das habilidades


descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 22
abertura das sequências início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Abertura das sequências


jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

Neste arquivo você também vai encontrar estes recursos:

anexos do professor
  atenção para a avaliação !
avaliação inicial
língua portuguesa
propostas de intervenção na
  para se aprofundar forma de orientação de estudos

protocolo para
avaliação formativa

  # borasepreparar ?! análise das habilidades


descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 23
abertura das sequências início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Uma palavra sobre as


jornadas e produtos

caixa de ferramenta

Sequências Didáticas
do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
Para contextualizar a existência dos materiais que aqui dio têm por objetivo apoiar a rede nas ações pedagógicas bilidades para organizar os conteúdos, passa pelo entendi-
orientações de estudo
apresentamos, é preciso reconhecer as dificuldades trazidas previstas e que estão sendo realizadas para a continuida- mento de que os descritores identificados como gargalos de
pela pandemia para a aprendizagem das crianças e jovens de da aprendizagem. Além disso, destina-se também a re- aprendizagem da matriz da avaliação inicial e do SAEB são
nas diferentes etapas da Educação Básica. Ao mesmo tem- conectar os estudantes que encontram-se em ameaça de componentes dessas habilidades, de forma que o seu desen- anexos do professor
po, é preciso reconhecer o esforço e o comprometimento abandono escolar, oferecendo oportunidades para que eles volvimento proporciona a aprendizagem destes descritores. avaliação inicial
das redes públicas de ensino no sentido de intervir para o consigam concluir o ano letivo. Dentre essas oportunida-
Nos materiais, é possível consultar também a relação entre língua portuguesa
Fortalecimento da Aprendizagem de todos que vivenciaram des, encontra-se a disponibilização de recursos de apren-
os descritores das avaliações e as habilidades tratadas em propostas de intervenção na
a escola neste contexto. dizagem para se trabalharem habilidades essenciais, como forma de orientação de estudos
cada uma das três sequências didáticas.
O Fortalecimento da Aprendizagem para os estudantes um currículo priorizado para os objetivos desta proposta. protocolo para
do Ensino Médio se insere nesse contexto, juntamente com Nesse ponto, é importante enfatizar que a sequência di- avaliação formativa
Os critérios de escolha que nortearam a definição des-
o compromisso da rede para criar condições e mecanismos, dática 1 possui alguns propósitos a mais, que são o de reen-
sas habilidades foram tanto o resultado das avaliações diag- análise das habilidades
assegurando aos estudantes a continuidade de suas rotinas nósticas realizadas pelo Estado, bem como os resultados do gajar os estudantes no processo de aprender, contribuir para descritores
de estudos e o desenvolvimento das habilidades essenciais e SAEB 2019, conforme é possível observar no quadro geral de seu sentimento de confiança na aprendizagem e criar as ba-
sugestões de práticas
necessárias para a formação integral desses jovens. ses para as próximas atividades. Por essa razão, as habilida-
habilidades previstas e expectativas de aprendizagem apre-
Nesse sentido, os materiais que compõem o Fortaleci- sentado ao longo da Sequência Didática. Sobre este aspecto, des dessa unidade não endereçam os descritores mais críti-
mento da Aprendizagem para os estudantes do Ensino Mé- vale destacar que a opção por incorporar a dimensão de ha- cos, que serão trabalhados nas sequências seguintes.
fortalecimento da aprendizagem 67
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Sequência didática 2
jornadas e produtos

caixa de ferramenta

Língua Portuguesa
do professor

abertura das sequências


sequência 1
Práticas de leitura no Campo artístico-literário orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

Olá, professor/a! anexos do professor

leitor literário, por meio de práticas de trocas de experiências avaliação inicial


Nesta sequência de atividades 2, a proposta é trabalhar
língua portuguesa
diferentes gêneros do campo artístico-literário a fim de pro- leitoras e da problematização conjunta de diferentes possibi-
propostas de intervenção na
mover o desenvolvimento de habilidades de leitura e articu- lidades de sentidos provocados pelos textos. forma de orientação de estudos
lá-las às demais práticas de linguagem (escrita, oralidade e Além disso, tais atividades também propiciam a amplia-
protocolo para
análise linguística e semiótica). Em linhas gerais, trata-se de ção das competências socioemocionais, tendo em vista a avaliação formativa
possibilitar o contato com as manifestações artístico-cultu- potência da arte, em especial da literatura, como instrumento
rais, em especial com a arte literária, e de oferecer as condi- que permite o contato com diversificados valores, comporta- análise das habilidades
descritores
ções necessárias para que se possa reconhecer, valorizar e mentos e contextos, o que contribui para a compreensão de
fruir um texto literário. si mesmo e do outro e ao desenvolvimento de uma atitude sugestões de práticas
de respeito e valorização ao que é diferente.
Para tanto, serão disponibilizadas sugestões de ativida-
des que contemplem, de maneira significativa, a formação do Bom trabalho!
fortalecimento da aprendizagem 68
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Quadro geral de habilidades previstas e expectativas de aprendizagem
caixa de ferramenta
do professor
Habilidades Expectativas de aprendizagem
abertura das sequências
 EM13LP51  • Relatar experiências de leitura de textos de diferentes gêneros literários e temporalidades da literatura sequência 1
Analisar obras significativas da literatura brasileira e da literatura de outros países brasileira. orientações de estudo
e povos, em especial a portuguesa, a indígena, a africana e a latino-americana, • Analisar efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos.
com base em ferramentas da crítica literária (estrutura da composição, estilo, • D6 – Identificar o tema de um texto. sequência 2
aspectos discursivos), considerando o contexto de produção (visões de mundo, • D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos sobre o mesmo orientações de estudo

diálogos com outros textos, inserções em movimentos estéticos e culturais, etc.) e tema, em função das condições em que foi produzido e daquelas em que será recebido.
o modo como elas dialogam com o presente. • D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou tema.
sequência 3
orientações de estudo
• D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
• D1 – Localizar informações explícitas em um texto.
• D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão
• D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa anexos do professor

avaliação inicial
 EM13LP49  • D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que
língua portuguesa
Analisar relações intertextuais e interdiscursivas entre obras de diferentes contribuem para a continuidade de um texto
propostas de intervenção na
autores e gêneros literários de um mesmo momento histórico e de momentos • D1 – Localizar informações explícitas em um texto. forma de orientação de estudos

históricos diversos, explorando os modos como a literatura e as artes em geral se • D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão
protocolo para
constituem, dialogam e se retroalimentam. • D6 – Identificar o tema de um texto.
avaliação formativa
• Estabelecer relações intertextuais e interdiscursivas entre obras de diferentes autores e gêneros literários e
um mesmo momento histórico e de momentos históricos diversos. análise das habilidades
• D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do descritores
mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.
sugestões de práticas
• D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo
tema.

continua
fortalecimento da aprendizagem 69
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
 EM13LP20  • Utilizar ferramentas de curadoria para selecionar canções, considerando o tema escolhido previamente.
Produzir de forma colaborativa e socializar playlists comentadas de preferências • Produzir, de forma colaborativa, e socializar playlists comentadas, considerando a curadoria de canções.
caixa de ferramenta
culturais e de entretenimento, revistas culturais, fanzines, e-zines ou publicações • D6 – Identificar o tema de um texto.
do professor
afins que divulguem, comentem e avaliem músicas, games, séries, filmes,
quadrinhos, livros, peças, exposições, espetáculos de dança etc., de forma a abertura das sequências

compartilhar gostos, identificar afinidades, fomentar comunidades, etc. sequência 1


orientações de estudo
 EM13LP46  • Analisar efeitos de sentido de procedimentos e recursos poéticos na significação de textos literários.
Participar de eventos (saraus, competições orais, audições, mostras, festivais, • Relatar experiências de leitura de textos literários, de diferentes gêneros e de diferentes temporalidades, em sequência 2
feiras culturais e literárias, rodas e clubes de leitura, cooperativas culturais, jograis, práticas de trocas com outros leitores.
orientações de estudo
repentes, slams, etc.), inclusive para socializar obras da própria autoria (poemas, • Discutir diferentes possibilidades de leitura de um texto.
contos e suas variedades, roteiros e microrroteiros, videominutos, playlists • D6 – Identificar o tema de um texto. sequência 3
comentadas de música, etc.) e/ou interpretar obras de outros, inserindo-se nas • D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do orientações de estudo
diferentes práticas culturais de seu tempo. mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.

 EM13LP48  • D1 – Localizar informações explícitas em um texto.


anexos do professor
Perceber as peculiaridades estruturais e estilísticas de diferentes gêneros • D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
literários (a apreensão pessoal do cotidiano nas crônicas, a manifestação livre e • D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que avaliação inicial

subjetiva do eu lírico diante do mundo nos poemas, a múltipla perspectiva da vida contribuem para a continuidade de um texto. língua portuguesa

humana e social dos romances, a dimensão política e social de textos da literatura • D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
marginal e da periferia etc.), para experimentar os diferentes ângulos de apreensão • Relatar experiências de leitura de textos de diferentes gêneros literários, temporalidades e culturas.

do indivíduo e do mundo pela literatura. • Identificar assimilações, rupturas e permanências no processo de constituição da literatura brasileira e ao protocolo para
longo de sua trajetória. avaliação formativa
• D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do
mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido. análise das habilidades
descritores
• D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão.
sugestões de práticas
 EM13LP53  • Avaliar diferentes objetos do campo artístico-literário (livros, filmes, discos, canções, espetáculos de teatro e
Produzir apresentações e comentários apreciativos e críticos sobre livros, filmes, dança, exposições, etc.).
discos, canções, espetáculos de teatro e dança, exposições etc. (resenhas, vlogs e • Produzir textos de apreciação, em diferentes gêneros, linguagens e mídias.
podcasts literários e artísticos, playlists comentadas, fanzines, e-zines, etc.).
fortalecimento da aprendizagem 70
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Atividade 1: tema, em função das condições em que ele foi produzido “Barbie quebrada”, de Cristiane Sobral: https://gdd.jur.puc-
Arte: uma maneira de ler o mundo e daquelas em que será recebido. rio.br/poesia-para-des-e-re-construtir-6-poemas-de-cris caixa de ferramenta
tiane-sobral/ do professor
Habilidades: (EM13LP51), (EM13LP49), (EM13LP20), zz D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais
(EM13LP46), (EM13LP48) e (EM13LP53) opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema. Competências socioemocionais: comunicação, colabora- abertura das sequências

Expectativas de aprendizagem zz D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da esco- ção, abertura para o novo, percepção e iniciativa social sequência 1
Relatar experiências de leitura de textos de diferentes gê- lha de uma determinada palavra ou expressão. orientações de estudo
zz O objetivo principal desta atividade é promover o contato
neros literários e temporalidades da literatura brasileira. do estudante com textos literários em versos (poemas e le-
Tempo previsto: 8 (oito) aulas sequência 2
zz Analisar efeitos de sentidos provocados pelos usos de re- tras de música), a fim de mobilizá-los a desenvolver procedi- orientações de estudo
Possíveis materiais: papel kraft, canetinhas, cópias das ques-
cursos linguísticos e multissemióticos. mentos e estratégias de leitura para reconhecer relações in-
tões propostas no tópico #Borasepreparar?!, dos quadros-
tertextuais e temáticas entre obras de diferentes autores, de sequência 3
zz Estabelecer relações intertextuais e interdiscursivas entre -sínteses, das letras de músicas e dos poemas, disponíveis
momentos históricos diversos, explorando a maneira como orientações de estudo
obras de diferentes autores e gêneros literários e um mes- nos links abaixo:
se constituem, dialogam e se retroalimentam.
mo momento histórico e de momentos históricos diversos.
Canções:
zz Utilizar ferramentas de curadoria para selecionar canções, Nesse sentido, ao tratar do tema da representação da anexos do professor
Aí, que saudade de Amélia: https://www.letras.mus.br/mario
considerando o tema escolhido previamente. mulher em diferentes épocas, a atividade está intimamente
-lago/377002/ , avaliação inicial
ligada à competência específica 2: Compreender os proces- língua portuguesa
zz Produzir, de forma colaborativa, e socializar playlists co-
“Desconstuindo Amélia” : https://www.letras.mus.br/pitty/15 sos identitários, conflitos e relações de poder que permeiam
mentadas, considerando a curadoria de canções. propostas de intervenção na
24312/ as práticas sociais de linguagem, respeitar as diversidades, forma de orientação de estudos

zz D1 – Localizar informações explícitas em um texto. a pluralidade de ideias e posições e atuar socialmente com
“Não precisa ser Amélia”: https://www.letras.mus.br/bia-ferreira protocolo para
zz D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. /nao-precisa-ser-amelia base em princípios e valores assentados na democracia, na avaliação formativa
igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando a empatia, o
zz D2 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. análise das habilidades
Poemas: diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, e combaten- descritores
zz D6 – Identificar o tema de um texto. do preconceitos de qualquer natureza. BNCC (2018).
“Teresa” de Manuel Bandeira: https://www.escritas.org/pt/t/
sugestões de práticas
zz D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. 4840/teresa Para tanto, são sugeridas propostas, tais como roda de
zz D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma infor- “Com licença poética”, de Adélia Prado: https://contobrasilei letra de música, roda de poema e elaboração de uma playlist
mação na comparação de textos que tratam do mesmo ro.com.br/com-licenca-poetica-adelia-prado/ comentada.
fortalecimento da aprendizagem 71
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
precisa de artistas? Então fecha os olhos, mora no breu? (Aqui, os estudantes podem citar: os jogos eletrônicos,
Momento 1
o hip hop, o grafite, o funk. etc. O fundamental é acolher
(Sensibilização - 1 aula) (D2 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão). Além caixa de ferramenta
os comentários dos estudantes, de modo a promover a do professor
zz Nesta etapa de sensibilização, o principal foco é propi- dessas perguntas, considere a possibilidade de lançar ou-
percepção do protagonismo e mobilização juvenil).
ciar que o estudante possa refletir sobre os diferentes tras questões no nível da localização e identificação, con- abertura das sequências
objetos e manifestações culturais que compõem o cam- forme o desdobramento da discussão. Como estratégia para sintetizar as informações e discus-
zz
sequência 1
po artístico-literário, a partir da leitura do texto “Vida em sões propostas nesta etapa, a sugestão é montar um dia-
zz Finalizada essa parte, faça outras perguntas para ampliar a orientações de estudo
branco”, de Zélia Duncan. Ressalta-se que é fundamental grama-síntese em colaboração com os estudantes. Nes-
leitura do texto. Por exemplo: a) Por que a vida sem a arte
estimulá-los a expor as suas experiências pessoais e vi- seria uma “vida em branco”, segundo a autora do texto?; b)
se caso, uma possibilidade é fixar um pedaço de papel sequência 2
são de mundo, posicionando-se enquanto consumidor kraft no quadro da sala de aula para produzir esse mate- orientações de estudo
Você concorda com esse pensamento da autora?; c) Le-
e/ou produtor de arte. rial. Verifique abaixo um modelo:
vante inferências: Quais tipos de arte a autora citou no tex- sequência 3
zz Para iniciar, proponha que os estudantes leiam ou assis- to? Você se lembra de algum momento em que a arte foi Cinema orientações de estudo
tam o vídeo no qual Zélia Duncan declama o seu texto importante na sua vida? Pode compartilhar com a turma?
Literatura Música
“Vida em branco”. Contudo, antes de disponibilizar o tex- zz Na sequência, proponha outras provocações, a fim de le-
to, procure contextualizar o poema. Para tanto, traga in- vá-los a refletir sobre o papel da juventude enquanto con- anexos do professor
formações, tais como quando foi produzido, o que estava sumidora/produtora de diferentes manifestações artísti- Teatro Arte Pintura avaliação inicial
acontecendo no período da produção, quem Zélia Duncan co-culturais. Nesse caso, questione-os: língua portuguesa
representa, qual grupo a voz dela representa? Nesse sen- Dança propostas de intervenção na
a. Considerando as manifestações artístico-culturais ci- Escultura forma de orientação de estudos
tido, explique que a autora escreveu o texto com o propó-
tadas no texto, quais delas você mais gosta? Quais Fotografia
sito de rebater críticas e ataques feitos aos artistas, grupo protocolo para
no qual ela faz parte. fazem parte do seu cotidiano? avaliação formativa
zz Finalizada a elaboração do diagrama, peça aos estudan-
b. Você acha que, atualmente, o jovem é mais produtor
zz Em seguida, coletivamente, promova dois momentos de tes para assinarem que assinem os seus nomes na cai- análise das habilidades
ou consumidor de produções artístico-culturais? descritores
discussão do texto. Na primeira etapa, proponha pergun- xa de texto correspondente ao tipo de arte que eles mais
tas do tipo: a) Qual é o tema do texto? ( D6 Identificar o c. Quais manifestações artístico-culturais são mobiliza- apreciam. Essa é uma maneira de possibilitar que os estu- sugestões de práticas
tema de um texto); b) Por que a autora escreveu esse tex- das/apreciadas por jovens? dantes imprimam a sua identidade ao material desenvolvi-
to? (D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gê- d. Você já participou de clube de leituras, saraus, slams, do, estabelecendo, assim, conexões e proximidade com a
neros); c) Qual é o sentido da palavra “breu” em: Você não oficinas de grafite, etc.? sequência de atividade.
fortalecimento da aprendizagem 72
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introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Aproveite para comentar, em linhas gerais, os objetivos Como sugestão, indica-se “Ai! Que saudade da Amélia”, zz Na sequência, entregue um quadro-síntese para que o es-
dessa sequência, ressaltando que o foco principal é tra- de Mário Lago e Ataulfo Alves e “Desconstruindo Amé- tudante possa registrar as suas reflexões sobre a represen- caixa de ferramenta
balhar com a literatura e a música (em destaque no dia- lia”, de Pitty. tação da mulher nos dois textos. Veja a seguir um modelo: do professor
grama). Além disso, em parceria com a turma, retome as
zz Para iniciar a roda de letra de música, lance alguns ques- abertura das sequências
estratégias utilizadas para analisar o poema. Por exemplo: Representação da mulher – Anotações
tionamentos, tais como:
“Ai! Que saudade da Amélia” “Desconstruindo Amélia”
sequência 1
a identificação da temática, da finalidade do texto, do con-
orientações de estudo
texto de produção, a inferência do sentido de palavras, etc. a. Você já parou para pensar no modo como a mulher é
retratada nas músicas que você costuma ouvir? sequência 2
zz Após a escuta da canção, promova a discussão do texto.
Momento 2: b. De que modo a mulher é representada nessas músicas?
Para isso, questione-os:
orientações de estudo
(Desenvolvimento - 5 aulas) - A representação da
c. Como você acha que a mulher era vista antigamente? 3
mulher: diálogos entre diferentes épocas a. De que modo a mulher é retratada na canção?
sequência
d. Você acha que as mulheres conseguiram alguns di- orientações de estudo
(Espera-se que o estudante reconheça que a
Parte 1: Músicas para ler o mundo reitos? Quais? figura feminina é retratada como submissa ao seu
zz Professor/a, nesta etapa da sequência, o principal ob- zz Nessa etapa, o importante é possibilitar que o estudante companheiro, sem vaidade e cuidado consigo mesma).
jetivo é mobilizar o estudante a reconhecer a presença anexos do professor
exponha as suas opiniões e percepções sobre o tema, de
de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes b. No trecho “Amélia não tinha a menor vaidade / Amélia avaliação inicial
modo a prepará-los para a análise das letras de músicas.
visões de mundo, em textos literários, percebendo nas é que era mulher de verdade”. Por que Amélia seria a língua portuguesa
canções analisadas formas de estabelecer múltiplos zz Finalizada essa discussão prévia, coloque, primeiramente, mulher de verdade na visão desse homem? propostas de intervenção na
a música “Ai! Que saudade da Amélia”. Entregue cópias forma de orientação de estudos
olhares sobre as identidades, o contexto social e histó- (Aqui, é importante que o estudante perceba que, na

rico de sua produção. Para tanto, sugerimos trabalhar da letra impressa para que possam acompanhar o texto. visão do homem, Amélia é que era mulher de verdade,
protocolo para
porque ela estava sempre submissa e disponível para avaliação formativa
com a comparação entre textos com base no recorte zz Após a escuta da canção, solicite que grifem pistas/in-
cumprir as vontades e os caprichos dele).
temático: A representação da mulher: diálogos entre formações que denunciem como a mulher era retratada. análise das habilidades
diferentes épocas. Observe que procedimentos como sublinhar/grifar são zz Observe que a finalidade dessas perguntas orientadoras é descritores

zz Recomenda-se para essa primeira parte do desenvolvi- estratégias que contribuem para uma análise mais atenta promover uma análise dialogada, a fim de levar o estudan-
sugestões de práticas
mento, promover uma roda de letra de música para que do texto, uma vez que essa orientação de estudo ajuda te a construir e reconstruir sentidos para o texto. O que
os estudantes possam ouvir/analisar duas canções escri- os estudantes a se apropriarem de ações que auxiliam a está em jogo, nesse caso, é a movimentação de ideias
tas em diferentes épocas, mas com temática semelhante. identificar as informações relevantes das periféricas. para formar novos leitores, demonstrando que, além des-
fortalecimento da aprendizagem 73
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introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
sas expectativas de respostas indicadas em cada uma e. Quais diferenças entre as “Amélias” de cada um dos g. Na letra de “Não precisa ser Amélia para ser de verda-
das questões, os jovens podem estabelecer outras cone- textos? de”, o eu lírico insinua que canta para grupos específi- caixa de ferramenta
xões a partir do seu repertório. Aqui, o estudante deve perceber que em cos de mulheres. Quais? do professor
“Desconstruindo Amélia”, a mulher passou por
zz O fundamental nessa discussão é levar o estudante a re- zz Para finalizar, divida a turma em três grupos e proponha que abertura das sequências
mudanças de comportamento, tornando-se livre
conhecer que, por se tratar de uma letra de música escri- e “dona” de si mesma. Já em “Ai! Que saudade da produzam uma playlist comentada. Nesse caso, proponha sequência 1
ta em 1942, retrata o contexto histórico-cultural e a visão Amélia”, isso não ocorre. aos estudantes que escolham três músicas: duas delas po- orientações de estudo
dessa época. dem ser do próprio universo do jovem a fim de mobilizá-los
zz Chame a atenção da turma para a ideia de que os textos lite-
a analisar o modo como a figura feminina é retratada e a sequência 2
zz Depois, coloque a canção “Desconstruindo Amélia”, de rários refletem a visão de uma determinada época, ou seja,
outra deve ser uma das canções analisadas na sequência. orientações de estudo
Pitty (2017), para que todos possam ouvi-la.
permite-nos entrar em contato com as vivências e concep-
zz Em seguida, considerando a reflexão anterior, promova ções de outras pessoas, o que nos dá uma visão amplia-
zz Como estratégia para orientar esse trabalho, projete ou sequência 3
entregue um roteiro para direcionar o trabalho dos grupos. orientações de estudo
uma análise comparativa entre as canções. Para tanto, da e simbólica da nossa própria história e, assim, podemos
siga a mesma ideia de discussão coletiva por meio de per- compreender melhor o passado, o presente e o futuro.
Orientações
guntas-chave, tais como:
zz Para ampliar ainda mais o debate, coloque a música “Não 1ª. etapa: registro anexos do professor
c. Por que o título da canção é “Desconstruindo Amélia”? precisa ser Amélia para ser de verdade”, de Bia Ferreira, zz Registre as principais informações da música. Por avaliação inicial
Aqui, a expectativa é que o estudante note que lançada em em 2018 e entregue cópias da letra. exemplo: língua portuguesa
“desconstruir” significa desfazer, ou seja, o desejo do
zz Peça aos estudantes que sublinhem os versos que mais a. Quem é o compositor? propostas de intervenção na
eu lírico é dar outra perspectiva à Amélia, diferente da
forma de orientação de estudos
canção “Ai! Que saudade da Amélia”. despertaram sua atenção. b. Quem é o intérprete?
c. Em qual ano a música foi lançada? protocolo para
zz Em seguida, peça-lhes que compartilhem os versos subli- avaliação formativa
d. De que modo a mulher é retratada no texto “Descons-
nhados. Aproveite esse momento para, oralmente, fazer d. Qual é a principal mensagem retratada na canção?
truindo Amélia”?
alguns questionamentos. Por exemplo: e. Quais as impressões/opiniões do grupo sobre análise das habilidades
Neste item, espera-se que o estudante perceba
descritores
que há duas situações: na primeira parte da letra, a f. A letra da música “Não precisa ser Amélia para ser música?
mulher não cuidava de si mesma, pois se ocupava 2ª. etapa: produção de um comentário sugestões de práticas
de verdade”, parte da canção “Ai! Que saudade da
de cuidar dos afazeres domésticos e dos outros. No zz Um dos integrantes do grupo deverá gravar um breve
Amélia” para contestar a concepção da mulher atri-
entanto, a partir dos versos: “E eis que de repente ela
comentário sobre a canção analisada, considerando
resolve então mudar/Vira a mesa/Assume o jogo”, há buída pelo eu lírico masculino ? De que modo isso
as questões propostas na etapa anterior.
uma mudança em seu comportamento. ocorre?
fortalecimento da aprendizagem 74
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introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Caso seja possível, em parceria com estudantes, propo- Sugestões de poemas
nha a organização da playlist no mural digital padlet a fim caixa de ferramenta
Grupo 1: À mesma d. Ângela de Gregório de Matos Grupo 2: “Marieta” de Castro Alves
de inserir links com vídeos das canções e áudios com do professor
1683 1852
os comentários dos estudantes. Essa é uma ferramen-
abertura das sequências
ta mais simples, o que pode favorecer a otimização e o À mesma d. Ângela Marieta
sequência 1
compartilhamento do trabalho. Anjo no nome, Angélica na cara! Como o gênio da noite, que desata orientações de estudo
zz Professor, como forma de valorizar e atribuir uma função Isso é ser flor, e Anjo juntamente: O véu de rendas sobre a espádua nua,
real ao trabalho dos estudantes, proponha o compartilha- Ser Angélica flor, e Anjo florente, Ela solta os cabelos... Bate a lua sequência 2
mento do link em redes sociais da escola e/ou comunida- Em quem, senão em vós, se uniformara: orientações de estudo

de. Além disso, os estudantes podem divulgar a playlist Nas alvas dobras de um lençol de prata...
Quem vira uma tal flor, que a não cortara,
sequência 3
em suas redes socais e/ou em aplicativos de mensagens O seio virginal que a mão recata,
De verde pé, da rama fluorescente; orientações de estudo
instantâneas. Embalde o prende a mão... cresce, flutua…
E quem um Anjo vira tão luzente,
Que por seu Deus o não idolatrara? Sonha a moça ao relento... Além na rua
Parte 2 : Roda de leitura de poemas anexos do professor
Preludia um violão na serenata!...
Professor (a), nesta etapa, o objetivo é propor uma roda de Se pois como Anjo sois dos meus altares, ... Furtivos passos morrem no lajedo... avaliação inicial
leitura em parceria com os estudantes, a fim de promover a aná- Fôreis o meu Custódio, e a minha guarda, Resvala a escada do balcão discreta… língua portuguesa
lise de um poema com a mesma temática de representação Livrara eu de diabólicos azares. propostas de intervenção na
das mulheres. Para tanto, sugere-se o seguinte passo a passo forma de orientação de estudos
Matam lábios os beijos em segredo...
zz Organize a turma em grupos colaborativos de trabalho; Mas vejo, que por bela, e por galharda, Afoga-me os suspiros, Marieta! protocolo para
Posto que os Anjos nunca dão pesares, Oh surpresa! Oh palor! Oh pranto! Oh medo! avaliação formativa
zz Explique aos estudantes que deverão montar uma roda de Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda. Ai! noites de Romeu e Julieta!...
leitura para analisar o poema indicado ao grupo, conforme análise das habilidades
quadro-síntese. Veja a seguir, sugestões de poemas. descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 75
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introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Grupo 3: “ Teresa’, de Manuel Bandeira, publicado no livro
zz Identifique, a partir dos grifos, o assunto do texto. Guia de leitura - Grupo 4:
“Libertinagem” em 1932
“Com licença poética” de Adélia Prado
zz Marque indícios no texto que mostrem quem é o eu lírico caixa de ferramenta
zz Grife as palavras que sugerem o tema do texto. do professor
e de que lugar ele fala.
Grupo 4: “Com licença poética”, de Adélia Prado, publicado no zz Identifique, a partir dos grifos, o assunto do texto.
abertura das sequências
livro “Bagagem” em 1976
zz Sublinhe os versos nos quais o eu lírico caracteriza fisica-
Marque indícios no texto que mostrem quem é o eu lírico
mente a mulher retratada no soneto.
zz
sequência 1
Professor (a), no caso deste poema, sugere-se solicitar que e de que lugar ele fala.
orientações de estudo
o grupo leia “O poema de sete faces”, de Carlos Drummond,
zz Sublinhe os versos nos quais o eu lírico caracteriza fisica-
para que possam perceber a relação intertextual Guia de leitura - Grupo 2: sequência 2
mente a mulher retratada no poema
estabelecida entre os textos. “Marieta” de Castro Alves
orientações de estudo
zz Grife as palavras que sugerem o tema do texto.
Guia de leitura - Grupo 5:
Grupo 5: Poema “Barbie Quebrada”, de Cristiane Sobral,
zz Identifique, a partir dos grifos, o assunto do texto. Poema “Barbie Quebrada” de Cristiane Sobral sequência 3
publicado na coletânea Cadernos Negros, v. 37. Quilombhoje. orientações de estudo
zz Grife as palavras que sugerem o tema do texto.
(2016) zz Marque indícios no texto que mostrem quem é o eu lírico
e de que lugar ele fala. zz Identifique, a partir dos grifos, o assunto do texto.
zz Professor/a, caso queira, utilize outros poemas. O impor- zz Marque indícios no texto que mostrem quem é o eu lírico
zz Sublinhe os versos nos quais o eu lírico utiliza a lingua- anexos do professor
tante, nesse caso, é atender ao tema desta atividade e, e de que lugar ele fala.
gem figurada para retratar uma relação sexual entre um avaliação inicial
também, ao critério de ser escrito em épocas diferentes, zz Sublinhe os versos nos quais o eu lírico caracteriza fisica-
homem e uma mulher. língua portuguesa
uma vez que o foco é propiciar a comparação entre textos mente a mulher retratada no poema
e o reconhecimento de diferentes contextos de produção propostas de intervenção na
zz Marque os indícios do texto nos quais podemos observar forma de orientação de estudos
e visões de mundo. Guia de leitura - Grupo 3:
“Teresa, de Manuel Bandeira o empoderamento feminino.
protocolo para
zz Verifique abaixo um modelo de guia de leitura, para que zz Grife as palavras que sugerem o tema do texto. avaliação formativa
os grupos utilizem-no como ferramenta de sistematiza-
zz Além desse guia de leitura, recomenda-se estabelecer, cole-
zz Identifique, a partir dos grifos, o assunto do texto. análise das habilidades
ção do estudo dos poemas.
tivamente, critérios para a roda de leitura. Decidir os critérios descritores
zz Marqueindícios no texto que mostrem quem é o eu lírico
de forma coletiva e colaborativa favorece a participação do
e de que lugar ele fala. sugestões de práticas
Guia de leitura - Grupo 1: estudante e propicia o senso de responsabilidade e compro-
À mesma d. Ângela de Gregório de Mattos zz Sublinhe os versos nos quais o eu lírico caracteriza fisica- misso diante do trabalho a ser realizado. Contudo, é impor-
zz Grife as palavras que sugerem o tema do texto. mente a mulher retratada no poema tante que você proponha alguns critérios prévios, tais como:
fortalecimento da aprendizagem 76
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
determinação de tempo de apresentação de cada grupo;
�  “Marieta” de Castro Alves
� Organizar o ambiente em que realizará a leitura, adequando
leitura
�  do texto em voz alta; o espaço com o uso de almofadas e tapetes ou colocando Nesse poema, o eu lírico retrata a proximidade física entre caixa de ferramenta
as carteiras em círculo para se tornar acolhedor e ele e a mulher, a sensualidade e o erotismo.Diferentemente do professor
�  utilização do roteiro como norteador da discussão; do outro poema, há um rompimento com a lógica pueril.
agradável à leitura, de modo que todos se vejam.
Percebe-se que o eu lírico se refere à Marieta como uma abertura das sequências
realização
�  de pesquisas para saber mais sobre o au-
tor, a obra e contexto de produção. � Apresentar o objetivo das leituras selecionadas, a mulher fogosa e desejosa, porém, proibida, suplicando sequência 1
fim de despertar o interesse sobre o que será lido. por noites de amor intenso, sensual, completamente orientações de estudo
zz Chame a atenção dos estudantes sobre o que se espera Aproveite para destacar que um dos propósitos é descontrolado de seus sentidos, misturando surpresa,
de uma roda de leitura, destacando a intencionalidade comparar os textos, a fim de reconhecer de que pranto e medo. sequência 2
dessa estratégia, uma vez que irão atuar como apresen- maneira a figura feminina é retratada. orientações de estudo

tadores dos textos. Comente, então, que se trata de uma “Teresa’ de Manuel Bandeira
Fazer a mediação da leitura, abrindo espaço para uma
forma de leitura e análise compartilhada, ou seja, eles

A figura feminina, nesse poema, não é retratada com sequência 3
boa conversa sobre o texto lido, que vá para além do
idealizações. Inclusive o eu lírico cita as imperfeições orientações de estudo
deverão ler o poema e construir, em colaboração com os óbvio, do “literal” do texto, que estimule os estudantes
físicas observadas nos primeiros encontros.
colegas, a discussão do texto. a falarem o que sentiram, o que pensaram e que chame
a atenção para pontos fortes do texto, relendo trechos,
zz Incentive os grupos a prepararem alguns recursos de “Com licença poética” de Adélia Prado anexos do professor
fazendo perguntas, etc.
apoio à roda de leitura, tais como: cartazes com esque- No poema, o eu lírico é feminino, o que de antemão já
avaliação inicial
mas, banco de perguntas sobre os textos analisados, en- constitui um olhar direcionado ao universo feminino. Além
zz Finalizada as apresentações dos grupos, proponha uma língua portuguesa
disso, a figura feminina é apresentada como alguém que
tre outras possibilidades. discussão com a finalidade de retomar a comparação en-
tem uma missão, um papel a cumprir, ainda que o eu propostas de intervenção na
tre os textos. Aqui, você pode lançar uma pergunta proble- forma de orientação de estudos
zz Observe no quadro “Para se aprofundar”, algumas dicas lírico expressa a fragilidade da mulher, na condição dos
para a preparação dessa roda de leitura. matizadora: O que vocês notaram de diferente no que se “subterfúgios” que lhe cabem. protocolo para
refere à representação da mulher nos poemas lidos? avaliação formativa
Poema “Barbie Quebrada” de Cristiane Sobral
  para se aprofundar
zz Observe, no quadro abaixo, os principais aspectos que os
No poema de autoria feminina, é evidente o
análise das habilidades
estudantes deverão reconhecer. descritores
empoderamento feminino, uma vez que a mulher não
Roda de leitura pressupõe intencionalidade de
À mesma d. Ângela de Gregório de Mattos aceita a submissão, a desvalorização e a imposição. sugestões de práticas
aprendizagem, encantamento pelas palavras, pelos textos
Esse poema lírico amoroso representa a mulher de Cansada de viver situações de desprezo e objetificação,
lidos e, acima de tudo, o prazer em ler. Observe abaixo
maneira idealizada e como símbolo de pureza, delicadeza, muda a sua condição e rompe um modelo imposto pelo
algumas dicas.
sendo exaltada pelo eu poético. seu companheiro.
fortalecimento da aprendizagem 77
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Para finalizar essa etapa de discussão, destaque o caráter Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
Vale verificar se, no Protocolo de Avaliação Formativa, há
da literatura como eco das vozes do seu tempo, da his- por isso se declara e declama um poema:
alguma estratégia estruturada para acompanhamento da caixa de ferramenta
tória de um grupo social, de seus valores, preconceitos, aprendizagem dos estudantes. Para guardá-lo: do professor
etc. Ressalta-se, desse modo, que a literatura se configura Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
abertura das sequências
como um aporte para a legitimação de posturas e alteri- Guarde o que quer que guarda um poema:

dades, estabelecendo relações entre indivíduos, de modo


  # borasepreparar ?! Por isso o lance do poema: sequência 1
Por guardar-se o que se quer guardar. orientações de estudo
que sejam valorizadas as diferenças.
Os exercícios trazem propostas e atividades para o de- Antonio Cicero. In: MORICONI, I. (org.). Os cem melhores
zz Se houver tempo, proponha que os estudantes reflitam poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. sequência 2
senvolvimento de habilidades específicas de leitura de textos
sobre suas próprias opiniões e percepções em relação ao orientações de estudo
literários. Por isso, peça que os estudantes utilizem as estra- A memória é um importante recurso do patrimônio cul-
papel da mulher na sociedade e tentem identificar ou se
tégias de leitura desenvolvidas ao longo da sequência de ati- tural de uma nação. Ela está presente nas lembranças sequência 3
lembrar de questões ou situações em que mudaram de
vidade, como por exemplo, sublinhar palavras e ideias-chave, do passado e no acervo cultural de um povo. Ao tratar orientações de estudo
opinião a partir de algo que viram, leram ou de alguém
identificar o tema, a finalidade do texto, etc. para que, desse o fazer poético como uma das maneiras de se guardar
com quem conversaram. modo, possam fazer uma leitura mais qualificada do texto. o que se quer, o texto
Questão 1 anexos do professor
a. ressalta a importância dos estudos históricos para a
  atenção para avaliação do grupo
construção da memória social de um povo. avaliação inicial
(Enem, 2011)
Como fechamento dessa atividade, proponha que os língua portuguesa
Guardar b. valoriza as lembranças individuais em detrimento das
grupos avaliem a sua participação na roda de leitura. Essa propostas de intervenção na
narrativas populares ou coletivas. forma de orientação de estudos
estratégia permite que o estudante reflita sobre o seu Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
desenvolvimento individual e o desempenho do grupo, Em cofre não se guarda coisa alguma. c. reforça a capacidade da literatura em promover a sub-
protocolo para
de um modo geral, a fim de reconhecer pontos fortes e Em cofre perde-se a coisa à vista. jetividade e os valores humanos. avaliação formativa
aspectos a melhorar. Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por d. destaca a importância de reservar o texto literário
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado. análise das habilidades
Sugere-se, aqui, retomar os critérios definidos na etapa de àqueles que possuem maior repertório cultural. descritores
preparação da roda de leitura e suas observações durante Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por ela,
e. revela a superioridade da escrita poética como forma
o trabalho dos grupos a fim de apresentar a todos sua isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela, sugestões de práticas
ideal de preservação da memória cultural.
avaliação em relação às aprendizagens esperadas e o que isto é, estar por ela ou ser por ela.
faltou e precisa ser melhorado, para que possam continuar Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro Comentário: neste item, espera-se que o estudante, a partir
aprendendo. Do que um pássaro sem vôos. da leitura do poema, reflita sobre o fazer poético e reconheça
fortalecimento da aprendizagem 78
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
a superioridade da escrita poética como patrimônio cultural a. imprimir ritmo e visibilidade à expressão poética. Texto II
de uma nação. De acordo com a matriz Saeb:
b. redefinir o espaço de circulação da poesia urbana. Transforma-se o amador na cousa amada caixa de ferramenta
D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. do professor
Gabarito: c c. estimular produções autorais de usuários de Libras. Transforma-se o amador na causa amada,
abertura das sequências
d. traduzir expressões verbais para a língua de sinais. por virtude do muito imaginar;
Questão 2
sequência 1
e. proporcionar performances estéticas de pessoas
(Enem, 2020) não tenho, logo, mais que desejar, orientações de estudo
surdas.
Slam do Corpo é um encontro pensado para surdos e ou- pois em mim tenho a parte desejada.
vintes, existente desde 2014, em São Paulo. Uma iniciativa Comentário: neste item, espera-se que o estudante reconheça sequência 2
Camões. Sonetos. Disponível em: http://www.jornalde
pioneira do grupo Corposinalizante, criado em 2008. (An- uma informação explícita em um texto. De acordo com a poesia.jor.br . Acesso em 03 set. 2010 (fragmento). orientações de estudo

tes de seguirmos, vale a explicação: o termo slam vem do matriz Saeb:


inglês e significa — numa nova acepção para o verbo ge- D1 – Localizar informações explícitas em um texto. Nesses fragmentos de poemas de Hilda Hilst e de Ca- sequência 3
ralmente utilizado para dizer “bater com força” — a “poesia Gabarito: a orientações de estudo
mões, a temática comum é
falada nos ritmos das palavras e da cidade”). Nos saraus,
a. o “outro” transformado no próprio eu lírico, realizando-
o primeiro objetivo foi o de botar os poemas em Libras na Questão 3
-se por meio de uma espécie de fusão de dois seres
roda, colocar os surdos para circular e entender esse en- anexos do professor
(Enem, 2010) em um só.
contro entre a poesia e a língua de sinais, compreender o avaliação inicial
encontro dessas duas línguas. Poemas de autoria própria, Texto I b. a fusão do “outro” com o eu lírico, havendo, nos versos língua portuguesa
três minutos, um microfone. Sem figurino, nem adereços, XLI de Hilda Hilst, a afirmação do eu lírico de que odeia a propostas de intervenção na
nem acompanhamento musical. O que vale é modular a si mesmo. forma de orientação de estudos
Ouvia:
voz e o corpo, um trabalho artesanal de tornar a palavra
Que não podia odiar c. o “outro” que se confunde com o eu lírico, verificando- protocolo para
“visível”, numa arena cujo objetivo maior é o de emocionar avaliação formativa
E nem temer -se, porém, nos versos de Camões, certa resistência
a plateia, tirar o público da passividade, seja pelo humor,
horror, caos, doçura e outras tantas sensações. Porque tu eras eu. do ser amado. análise das habilidades
d. a dissociação entre o “outro” e o eu lírico porque o descritores
NOVELLI. O. Poesia incorporada. Revista Continente, E como seria
n. 189. set. 2016 (adaptado).
Odiar a mim mesma ódio ou o amor se produzem no imaginário, sem a sugestões de práticas
Na prática artística mencionada no texto, o corpo assu- realização concreta.
E a mim mesma temer.
me papel de destaque ao articular diferentes linguagens e. o “outro” que se associa ao eu lírico, sendo tratados
HILST, H. Cantares. São Paulo:
com o intuito de Globo, 2004 (fragmento). nos Textos I e lI, respectivamente, o ódio e o amor.
fortalecimento da aprendizagem 79
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Comentário: neste item, o estudante deve ser capaz de À medida que vem ganhando espaço na mídia, o funk fazem parte da vida de quase todos os humanos do pla-
estabelecer relações temáticas entre os dois textos. Como carioca vem abandonando seu caráter local, associado neta. Chamados por muitos de “ouro do século 21”, “ele-
caixa de ferramenta
indicado no descritor da matriz Saeb: mentos do futuro” ou “vitaminas da indústria”, eles estão do professor
às favelas e à criminalidade da cidade do Rio de Janeiro,
D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma nos materiais usados na fabricação de lâmpadas, telas de
tornando-se uma espécie de símbolo da marginalização
informação na comparação de textos sobre o mesmo tema, abertura das sequências
computadores, tablets e celulares, motores de carros elé-
das manifestações culturais das periferias em todo o
em função das condições em que foi produzido e daquelas
tricos, baterias e até turbinas eólicas. Apesar de tantas sequência 1
em que será recebido. Brasil. O verso que explicita essa marginalização é:
aplicações, o Brasil, dono da segunda maior reserva do orientações de estudo
a. “O nosso som não tem idade, não tem raça”.
Gabarito: a mundo desses metais, parou de extraí-los e usá-los em
b. “Mas a sociedade pra gente não dá valor”. 2002. Agora, volta a pensar em retomar sua exploração. sequência 2
Questão 4: orientações de estudo
c. “Se existia o lado ruim, hoje não existe mais”. SILVEIRA, E. Disponível em: www.revistaplaneta.com.br .
Acesso em: 6 dez. 2017 (adaptado).
(Enem, 2009) d. “Agora pare e pense, se liga na ‘responsa”’. sequência 3
Som de preto
e. “se ontem foi a tempestade, hoje vira a bonança”. As aspas sinalizam expressões metafóricas emprega- orientações de estudo

O nosso som não tem idade, não tem raça das intencionalmente pelo autor do texto para
Comentário: neste item, o estudante deve ser capaz de
E não tem cor. reconhecer qual dos versos explicita a marginalização sofrida a. imprimir um tom irônico à reportagem.
pelo funk. Como indicado no descritor da matriz Saeb anexos do professor
Mas a sociedade pra gente não dá valor. b. incorporar citações de especialistas à reportagem.
D6 – Identificar o tema de um texto. avaliação inicial
Só querem nos criticar, pensam que somos animais. c. atribuir maior valor aos metais, objeto da reportagem.
Gabarito: b língua portuguesa
Se existia o lado ruim, hoje não existe mais, d. esclarecer termos científicos empregados na reporta-
propostas de intervenção na
porque o ‘funkeiro’ de hoje em dia caiu na real. Questão 5 gem. forma de orientação de estudos

Essa história de ‘porrada’, isso é coisa banal e. marcar a apropriação de termos de outra ciência pela protocolo para
(Enem, 2020)
Agora pare e pense, se liga na ‘responsa’: O ouro do século 21 reportagem. avaliação formativa

se ontem foi a tempestade, hoje virá a bonança. Comentário: neste item, o estudante deve ser capaz de
Cério, gadolínio, lutécio, promécio e érbio; sumário, tér- análise das habilidades
identificar o efeito de sentido das expressões metafóricas
É som de preto bio e disprósio; hólmio, túlio e itérbio. Essa lista de nomes
descritores
destacadas por aspas. Como indicado pelo descritor da
De favelado esquisitos e pouco conhecidos pode parecer a escalação matriz Saeb: sugestões de práticas
Mas quando toca ninguém fica parado de um time de futebol, que ainda teria no banco de reser- D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha
vas lantânio, neodímio, praseodímio, európio, escândio de uma determinada palavra ou expressão.
Música de Mc’s Amicka e Chocolate. In: Dj Malboro.
Bem funk. Rio de Janeiro, 2001 (adaptado). e ítrio. Mas esses 17 metais, chamados de terras raras, Gabarito: a
fortalecimento da aprendizagem 80
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Momento 3: Síntese (2 aulas) Título do poema As orientações apresentadas no Protocolo de Avaliação
Professor/a, nesta etapa, o foco é sintetizar as informa- Formativa podem auxiliar na preparação de uma devolutiva caixa de ferramenta
Autor estruturada com base no posicionamento dos estudantes e do professor
ções discutidas nessa atividade. Para tanto, propõe-se o se-
em seus registros durante as aulas.
guinte passo a passo. abertura das sequências
Data de publicação do poema
Proponha como estratégia de sistematização, a elabora-
sequência 1
Atividade 2:
zz
orientações de estudo
ção de uma linha do tempo para que, em grupos, os es-
Representação da Figura Feminina Juventudes, namoro e outras histórias
tudantes possam registrar informações, tais como título sequência 2
do poema, autor, época que foi escrito e de que modo o Habilidades: (EM13LP51), (EM13LP49), (EM13LP20),
zz Caso a opção seja construir a linha em formato físico, en- orientações de estudo
eu lírico representou a figura feminina. Esse recurso visual (EM13LP46) e (EM13LP48)
tregue cartolinas, canetinhas, lápis de cor, etc. Se o mate-
favorece a formação de noções de anterioridade, poste- rial for produzido em formato digital, indica-se o uso do Expectativas de aprendizagem sequência 3
rioridade e contemporaneidade. capzles. Com essa ferramenta, é possível inserir fotos, orientações de estudo
zz Relatar experiências de leitura de textos de diferentes gê-
No item sobre a representação feminina no poema, suge- imagens, vídeos, etc.
zz neros literários e temporalidades da literatura brasileira.
re-se que o registro seja feito por meio de palavras-chave. zz Por fim, organize as produções dos estudantes em um
zz Analisar efeitos de sentidos provocados pelos usos de re- anexos do professor
Aqui, é possível avaliar a capacidade de o estudante sinte- local da escola que seja acessível à comunidade escolar.
cursos linguísticos e multissemióticos. avaliação inicial
tizar informações. Essa é uma maneira de expor as potencialidades dos es-
língua portuguesa
tudantes, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da zz Estabelecer relações intertextuais e interdiscursivas entre
zz Exemplifique alguns modelos de linha do tempo para o propostas de intervenção na
autoconfiança. obras de diferentes autores e gêneros literários de um mes- forma de orientação de estudos
estudante. Contudo, incentive-os a explorar diferentes re-
mo momento histórico e de momentos históricos diversos.
cursos multissemióticos, como, por exemplo, fotos, cores,
  atenção para a avaliação !
Explorar recursos multissemióticos para elaborar uma
protocolo para
avaliação formativa
tipos de traço, caixas de textos, etc. Observe que essa pro- zz

posta propicia, também, o desenvolvimento de habilida- Professor/a, sugerimos que retome os objetivos desta ilustração, a partir de um poema.
análise das habilidades
des do campo das práticas e da pesquisa, uma vez que atividade e apresente à turma algumas das expectativas
zz D1 – Localizar informações explícitas em um texto. descritores
de aprendizagem esperadas, aquelas que os estudantes
possibilita ao estudante criar uma ferramenta para siste-
podem compreender e identificar nas produções feitas, nas zz D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. sugestões de práticas
matizar a sua aprendizagem.
conversas sobre os textos e nas questões respondidas.
Observe-os e faça registros que o auxiliem a acompanhar zz D2 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
zz Verifique a seguir um modelo de linha do tempo, que po-
eventuais dificuldades ao longo das próximas aulas.
derá ser mostrado como exemplo: zz D6 – Identificar o tema de um texto.
fortalecimento da aprendizagem 81
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma infor- Mobilização (duas aulas): no que se refere ao meio de comunicação utilizado pelo
mação na comparação de textos sobre o mesmo tema, De um poema nasce uma ilustração eu lírico para se comunicar com a sua namorada. caixa de ferramenta
em função das condições em que foi produzido e daque- zz Professor/a, para iniciar essa etapa de mobilização, ano- do professor
zz Oriente-os a sublinhar todos os versos que indicam o itine-
las em que será recebido. te no quadro o título da atividade “Juventudes, namoro e
rário comunicativo entre os namorados. Espera-se, nesse abertura das sequências
outras histórias” e, em seguida, leia em voz alta o poema
zz D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais caso, que identifiquem os seguintes processos: sequência 1
“A namorada” de Manoel de Barros.
opiniões relativas ao mesmo fato ou tema. orientações de estudo
amarrar
�  o bilhete em uma pedra presa por um cordão;
zz Sugere-se que após a leitura do texto, você faça pergun-
zz D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da esco-
tas com o propósito de mobilizar o estudante a desenvol- pinchar
�  a pedra no quintal da casa da namorada; sequência 2
lha de uma determinada palavra ou expressão.
ver habilidades, tais como: orientações de estudo
enganchar
�  o bilhete nos galhos da goiabeira.
zz D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os ele-
mentos que constroem a narrativa.
D1 – Localizar informações explícitas em um texto. Nes-
zz Organize a turma em pequenos grupos e proponha que sequência 3
se caso, mostre os motivos (físicos e não físicos que orientações de estudo
os estudantes elaborem uma ilustração, a fim de repro-
Tempo previsto: 8 (oito) aulas afastavam a namorada do eu lírico).
duzir o itinerário comunicativo entre os namorados. Ob-
Possíveis materiais: sulfite, lápis de cor, canetinhas, papel D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão: o serve que essa produção favorece o reconhecimento
kraft e cópias dos textos indicados na atividade. anexos do professor
que será pinchar? das principais informações do poema; além de permitir
Competências socioemocionais: comunicação, colabora- que o estudante faça a transposição da linguagem ver- avaliação inicial
D2 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão: O
língua portuguesa
ção, abertura para o novo/criatividade. que seria ‘no tempo do onça’? bal para não-verbal.
propostas de intervenção na
O objetivo central dessa atividade é promover a leitura D6 – Identificar o tema de um texto. zz Distribua folhas de sulfite e /ou cartolinas, lápis de cor, ca- forma de orientação de estudos

contextualizada de textos narrativos escritos em diferentes netinhas, etc.


D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da es- protocolo para
épocas, de modo a propiciar que o estudante estabeleça re- avaliação formativa
colha de uma determinada palavra ou expressão: Obser- zz Organize-as, depois de prontas, em um painel, cuja sessão
lações temáticas, resgate a historicidade dos textos e reco-
var o título, os substantivos que levam à ideia do texto. poderá ter o seguinte título: “No tempo da onça era assim…”. análise das habilidades
nheça diálogos entre eles. Para tanto, são sugeridas ativida-
descritores
des como, por exemplo, ilustração de um poema (etapa de zz Na sequência, proponha uma dinâmica que tenha por fina- zz Solicite que um representante de cada grupo faça consi-
mobilização), círculo de leitura (etapa de desenvolvimento) e lidade proporcionar ao estudante, de forma lúdica, o aces- derações sobre o processo de criação do trabalho (O que sugestões de práticas
quiz literário (etapa de síntese). so ao cotidiano de uma geração anterior a sua, sobretudo pensamos? Por que fizemos assim? O que cada desenho
fortalecimento da aprendizagem 82
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
representa? De que modo a ilustração estabelece relações Desenvolvimento (quatro aulas): e produtoras de arte em diferentes espaços da
com o poema? ). Círculos de leitura periferia. Para exemplificar, você pode mostrar-lhes
caixa de ferramenta
zz Nesta etapa, o foco é propiciar que os jovens participem vídeos de jovens declamando poemas no “Slam da do professor
zz Observe que essa atividade, além do reconhecimento do Guilhermina”, no sarau da Cooperifa, encabeçada
de círculos de leitura. Espera-se que essa proposta pos-
tema do poema, pressupõe a exploração de recursos mul- pelo poeta Sérgio Vaz. abertura das sequências
sa estimulá-los a participarem e criarem outros círculos
tissemióticos, uma vez que se exige o estabelecimento de sequência 1
e clubes de leitura, na escola e/ou na comunidade com Você sabe o que é círculo de leitura? Já participou
relações entre a linguagem verbal e não-verbal. Além dis- � 
orientações de estudo
livros e obras selecionadas por eles. de algum?
so, é uma oportunidade para que o estudante, por meio
de uma ilustração, imprima o seu olhar sobre um texto zz Para iniciar, promova uma roda de conversa, a fim de le- Aqui, aproveite os comentários dos estudantes
sequência 2
literário. Dessa forma, o estudante é mobilizado a desem- para explicar que se trata da realização orientações de estudo
vantar o repertório prévio do estudante sobre propostas
penhar uma função ativa diante do texto lido, já que es- de incentivos à leitura. Como problematização inicial, leia de reuniões regulares entre leitores, para
conversarem sobre suas experiências de leitura.
sequência 3
tabelecerá um diálogo com o autor, utilizando técnicas um trecho do artigo “Literatura, pão e poesia”, escrito
Os círculos promovem a socialização de leitura e orientações de estudo
interpretativas, valendo-se de pistas presentes no próprio pelo autor Sergio Vaz:
discussão de livros, rodas de conversa sobre obras
texto, articulando-as com sua memória discursiva e seu
A literatura na periferia não tem descanso, a cada de literatura.
repertório cultural (linguístico-discursivo e informacional),
dia chegam mais livros. A cada dia chegam mais es- anexos do professor
para criar um novo texto. E nas redes sociais, você conhece canais e/ou per-
critores e, em consequência disso, mais leitores. Só � 
avaliação inicial
zz Com o propósito de estabelecer um paralelo entre tem- os cegos não querem enxergar este movimento que fis com foco na leitura literária? língua portuguesa
pos atuais e antigos, pergunte aos estudantes como ocor- cresce a olho nu, nesse início de século. É importante chamar a atenção dos estudantes para propostas de intervenção na
esse assunto, uma vez que, atualmente, o contexto forma de orientação de estudos
re atualmente a comunicação entre os namorados, quais
zz Em seguida, faça perguntas, tais como:
meios utilizam para se comunicarem entre si. da Web 2.O propicia a circulação de textos, entre eles
protocolo para
o texto literário. Nesse contexto, há influenciadores
a. Você conhece e/ou já participou de eventos envolven- avaliação formativa
zz Peça-lhes que escrevam essas informações em outra que fazem resenhas sobre os livros lidos, e autores
do a leitura, como por exemplo, competições orais,
sessão do painel, com o título: “Atualmente é assim…”. que, em seus perfis, passaram a revelar bastidores análise das habilidades
audições, mostras, festivais, feiras culturais e literá- de seu processo de produção, ao mesmo tempo em descritores
zz Por fim, proponha uma discussão para estabelecer com-
rias, rodas, cooperativas culturais, jograis, repentes, que divulgam suas obras, especialmente aqueles
parações e refletir sobre mudanças sofridas pela socieda- sugestões de práticas
slams, etc.? dedicados ao público juvenil.
de. Aproveite essa oportunidade para destacar que a lite- Nessa discussão, ainda que o jovem não comente
ratura, entre tantos outros aspectos, retrata o cotidiano da que participe de manifestações artístico-culturais, zz Finalizada essa discussão prévia, comente que eles irão
humanidade dentro de um contexto temporal e espacial. diga que há , por exemplo, comunidades leitoras participar de dois círculos de leitura para trocar experiên-
fortalecimento da aprendizagem 83
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
cias leitoras sobre os textos indicados. Como sugestão de terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoi- e audaz, que entrava na vida de botas e esporas, chicote
textos para essa atividade, sugerem-se as obras elenca- tecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com na mão e sangue nas veias, cavalgando um corcel ner- caixa de ferramenta
das abaixo. No entanto, você pode selecionar outros tex- a diferença de serem desta vez um pouco mais fortes; e no voso, rijo, veloz, como o corcel das antigas baladas, que do professor
tos literários que atendam ao tema dessa atividade. dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e o romantismo foi buscar ao castelo medieval, para dar
abertura das sequências
familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos. com eles nas ruas do nosso século. O pior é que o estafa-
ram a tal ponto, que foi preciso deitá-lo à margem, onde o
sequência 1
Texto 1: Quando saltaram em terra começou a Maria a sentir cer-
orientações de estudo
realismo o veio achar, comido de lazeira e vermes, e, por
Trecho do capítulo 1 do livro “Memórias de um Sargento tos enojos: foram os dois morar juntos: e daí a um mês
compaixão, o transportou para os seus livros.
de Milícias de Manuel Antônio de Almeida manifestaram-se claramente os efeitos da pisadela e do sequência 2
beliscão; sete meses depois teve a Maria um filho, formi- Sim, eu era esse garção bonito, airoso, abastado; e facil- orientações de estudo
Era no tempo do rei.
dável menino de quase três palmos de comprido, gordo mente se imagina que mais de uma dama inclinou dian-
(...) e vermelho, cabeludo, esperneador e chorão; o qual, logo
te de mim a fronte pensativa, ou levantou para mim os sequência 3
depois que nasceu, mamou duas horas seguidas sem lar- orientações de estudo
olhos cobiçosos. De todas porém a que me cativou logo
Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo gar o peito. E este nascimento é certamente de tudo o que
foi uma... uma... não sei se diga; este livro é casto, ao me-
algibebe em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do temos dito o que mais nos interessa, porque o menino de
nos na intenção; na intenção é castíssimo. Mas vá lá; ou
negócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe por quem falamos é o herói desta história.
se há de dizer tudo ou nada. A que me cativou foi uma anexos do professor
proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos
empossado, e que exercia, como dissemos, desde tempos (...) dama espanhola. Marcela, a «linda Marcela», como lhe avaliação inicial
remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer chamavam os rapazes do tempo. E tinham razão os rapa- língua portuguesa
o quê, uma certa Maria da hortaliça, quitandeira das pra- zes. Era filha de um hortelão das Astúrias; disse-mo ela propostas de intervenção na
Texto 2: forma de orientação de estudos
ças de Lisboa, saloia rechonchuda e bonitona. O Leonardo, mesma, num dia de sinceridade, porque a opinião aceita
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
fazendo-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade é que nascera de um letrado de Madri, vítima da invasão protocolo para
(Capítulo 14)
mal-apessoado, e sobretudo era maganão. Ao sair do Tejo, francesa, ferido, encarcerado, espingardeado, quando ela avaliação formativa
Primeiro beijo
estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo tinha apenas doze anos. Cosas de España. Quem quer que
fosse, porém, o pai, letrado ou hortelão, a verdade é que análise das habilidades
fingiu que passava distraído por junto dela, e com o ferra- Tinha dezessete anos; pungia-me um buçozinho que eu
descritores
do sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direi- forcejava por trazer bigode. Os olhos, vivos e resolutos, Marcela não possuía a inocência rústica, e mal chegava
to. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu como eram a minha feição verdadeiramente máscula. Como a entender a moral do código. Era boa moça, lépida, sem sugestões de práticas
envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de dis- ostentasse certa arrogância, não se distinguia bem se escrúpulos, um pouco tolhida pela austeridade do tempo,
farce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda. era uma criança com fumos de homem, se um homem que lhe não permitia arrastar pelas ruas os seus estou-
Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da com ares de menino. Ao cabo, era um lindo garção, lindo vamentos e berlindas; luxuosa, impaciente, amiga de di-
fortalecimento da aprendizagem 84
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
nheiro e de rapazes. Naquele ano, ela morria de amores – O lenço.
Considere os itens b e c como estratégias para dis-
por um certo Xavier, sujeito abastado e tísico, uma pérola.
Ela ia abrir-me caminho para tornar à sala; eu segurei-lhe caixa de ferramenta
cutir os elementos de uma narrativa.
nas mãos, puxei-a para mim, e dei-lhe um beijo. Não sei do professor
Via-a, pela primeira vez, no Rossio Grande, na noite das
luminárias, logo que constou a declaração da indepen- se ela disse alguma coisa, se gritou, se chamou alguém; d. Quais trechos fundamentais serão destacados? abertura das sequências
dência, uma festa de primavera, um amanhecer da alma não sei nada; sei que desci outra vez as escadas, veloz e. Quais comentários o grupo fará sobre o texto lido? sequência 1
pública. Éramos dois rapazes, o povo e eu; vínhamos da como um tufão, e incerto como um ébrio.
Nessa etapa, peça aos estudantes que façam pes- orientações de estudo
infância, com todos os arrebatamentos da juventude.
Professor/a, para otimizar e qualificar o processo de lei- quisas sobre os livros nos quais as obras foram escritas.
Via-a sair de uma cadeirinha, airosa e vistosa, um corpo
tura, recomenda-se que o clube de leitura aconteça em dife-
sequência 2
esbelto, ondulante, um desgarre, alguma coisa que nun- 3ª. etapa: círculo de leitura intragrupo orientações de estudo
rentes etapas. São elas:
ca achara nas mulheres puras. -Segue-me, disse ela ao Quando todos terminarem a leitura e fizerem suas
pajem. E eu seguia-a, tão pajem como o outro, como se anotações, convide os grupos a conversar sobre o que sequência 3
a ordem me fosse dada, deixei-me ir namorado, vibran- Orientações
leram, compartilhando suas anotações com os grupos orientações de estudo
te, cheio das primeiras auroras. A meio caminho, cha- 1ª. etapa: divisão em pequenos grupos
que leram o mesmo texto. Durante as conversações, visite
maram-lhe «linda Marcela», lembrou-me que ouvira tal Essa leitura colaborativa potencializa a análise do
cada um dos grupos, como um observador. Anote exem-
nome a meu tio João, e fiquei, confesso que fiquei tonto. texto, de modo a preparar e qualificar a participação do anexos do professor
plos e comentários para compartilhar na discussão geral.
estudante no momento de leitura em um grupo maior.
Três dias depois perguntou-me meu tio, em segredo, se avaliação inicial
Nesse caso, a sugestão é que metade da sala leia o tex- 4ª. etapa: círculo de leitura da turma
queria ir a uma ceia de moças, nos Cajueiros. Fomos; era língua portuguesa
to 1 e a outra metade leia o texto 2. Terminado esse momento de troca intergrupos, or-
em casa de Marcela. O Xavier, com todos os seus tubér- propostas de intervenção na
ganize a sala num grupo. Caso seja possível, utilize o forma de orientação de estudos
culos, presidia ao banquete noturno, em que eu pouco ou 2ª. etapa: definição de roteiro de leitura
pátio da escola. Peça, então, que os grupos iniciem a
nada comi, porque só tinha olhos para a dona da casa. Que Elabore, em parceria com os estudantes, um roteiro protocolo para
gentil que estava a espanhola! Havia mais uma meia dúzia leitura dos textos. Na medida em que cada texto for lido,
para a leitura do texto. Por exemplo: avaliação formativa
de mulheres, -todas de partido-, e bonitas, cheias de graça, solicite que os grupos apresentem as suas análises dos
mas a espanhola... O entusiasmo, alguns goles de vinho, a. Qual é a temática retratada? textos. Como forma de ampliar o repertório dos estu- análise das habilidades
b. De que modo o narrador apresenta pistas para dantes, traga informações gerais sobre as obras “Me- descritores
o gênio imperioso, estouvado, tudo isso me levou a fazer
uma coisa única; à saída, à porta da rua, disse a meu tio caracterizar as personagens psicologicamente? mórias de um Sargento de Milícias” e “Memórias Póstu- sugestões de práticas
que esperasse um instante, e tornei a subir as escadas. E fisicamente? mas de Brás Cubas” que complementem as pesquisas
c. Onde ocorre a narrativa? De que modo o narra- feitas por eles. Além disso, faça a mediação da leitura e
– Esqueceu alguma coisa? perguntou Marcela de pé no
patamar. dor caracteriza o cenário? análise dos grupos.
fortalecimento da aprendizagem 85
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Finalizados os círculos de leitura, proponha uma autoava- para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a a. “A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para
liação coletiva para que a turma possa comentar sobre o primeira capa de superficialismo. quem escreve.” caixa de ferramenta
trabalho desenvolvido. Para tanto, faça perguntas como: b. “Um Camões e outros iguais não bastaram para nos do professor
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais com-
O que mais gostamos nessa atividade? O que aprende- dar para sempre uma herança de língua já feita.”
plicado. Às vezes se assusta com o imprevisível de uma abertura das sequências
mos nessa atividade? Quais foram os desafios? O que po- frase. Eu gosto de manejá-la – como gostava de estar c. “Todos nós que escrevemos estamos fazendo do tú- sequência 1
demos aprimorar para o próximo círculo de leitura? montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes a mulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.” orientações de estudo
Além disso, é interessante abrir um espaço para que os galope. Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao
zz d. “Mas não falei do encantamento de lidar com uma lín-
estudantes possam trocar ideias e formar novos círculos máximo em minhas mãos. E este desejo todos os que es- sequência 2
gua que não foi aprofundada.”
crevem têm. Um Camões e outros iguais não bastaram orientações de estudo
de leitura, com livros de suas preferências, dentro ou fora
para nos dar para sempre uma herança de língua já feita. e. “Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só
do espaço da sala de aula.
Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo para que a minha abordagem do português fosse vir- sequência 3
do pensamento alguma coisa que lhe dê vida. gem e límpida.” orientações de estudo
  # borasepreparar ?! Comentário: espera-se, neste item, que o estudante
Essas dificuldades, nós as temos. Mas não falei do encan-
identifique uma opinião em um texto literário. De acordo com
tamento de lidar com uma língua que não foi aprofunda-
Os exercícios trazem propostas e atividades para o de- descritor da matriz Saeb: anexos do professor
da. O que recebi de herança não me chega.
D1 – Localizar informações explícitas em um texto.
senvolvimento de habilidades específicas de leitura de textos avaliação inicial
literários. Por isso, peça que os estudantes utilizem as estra- Se eu fosse muda e também não pudesse escrever, e me língua portuguesa
Gabarito: c
tégias de leitura desenvolvidas ao longo da sequência de ati- perguntassem a que língua eu queria pertencer, eu diria:
propostas de intervenção na
vidade, como por exemplo, sublinhar palavras e ideias-chave, inglês, que é preciso e belo. Mas, como não nasci muda e Questão 2: forma de orientação de estudos

pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim


identificar o tema, a finalidade do texto, etc. para que, desse (Enem, 2015) protocolo para
que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até avaliação formativa
modo, possam fazer uma leitura mais qualificada do texto. O peru de Natal
queria não ter aprendido outras línguas: só para que a
Questão 1: minha abordagem do português fosse virgem e límpida. O nosso primeiro Natal de família, depois da morte de meu análise das habilidades
pai, acontecida cinco meses antes, foi de consequências descritores
(Enem, 2017) LISPECTOR. C. A descoberta do mundo.
Rio de Janeiro Rocco, 1999. Adaptado. decisivas para a felicidade familiar. Nós sempre fôramos
Declaração de amor sugestões de práticas
familiarmente felizes, nesse sentido muito abstrato da feli-
Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. O trecho em que Clarice Lispector declara seu amor pela cidade: gente honesta, sem crimes, lar sem brigas internas
Ela não é fácil. Não é maleável. [...] A língua portuguesa língua portuguesa, acentuando seu caráter patrimonial e nem graves dificuldades econômicas. Mas, devido princi-
é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo sua capacidade de renovação, é: palmente à natureza cinzenta de meu pai, ser desprovido
fortalecimento da aprendizagem 86
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
de qualquer lirismo, duma exemplaridade incapaz, acol- Questão 3 As narrativas apresentam confluência, pois nelas o(a)
choado no medíocre, sempre nos faltara aquele aprovei- (Enem, 2014) a. criminalidade é algo inerente ao ser humano, que su- caixa de ferramenta
tamento da vida, aquele gosto pelas felicidades materiais, Texto I do professor
cumbe a suas manifestações.
um vinho bom, uma estação de águas, aquisição de gela- João Guedes, um dos assíduos frequentadores do boliche
b. meio urbano, especialmente o das grandes cidades, abertura das sequências
deira, coisas assim. Meu pai fora de um bom errado, quase do capitão, mudara-se da campanha havia três anos. Três
dramático, o puro-sangue dos desmancha-prazeres. anos de pobreza na cidade bastaram para o degradar. Ao estimula uma vida mais violenta. sequência 1
ANDRADE, M. In: MORICONI, I. Os cem melhores contos
morrer, não tinha um vintém nos bolsos e fazia dois meses c. falta de oportunidades na cidade dialoga com a po- orientações de estudo

brasileiros do século. São Paulo: Objetiva, 2000. que saíra da cadeia, onde estivera preso por roubo de ovelha. breza do campo rumo à criminalidade.
A história de sua desgraça se confunde com a da maioria
sequência 2
No fragmento do conto de Mário de Andrade, o tom con- d. êxodo rural e a falta de escolaridade são causas da
dos que povoam a aldeia de Boa Ventura, uma cidadezi- orientações de estudo
fessional do narrador em primeira pessoa revela uma violência nas grandes cidades.
nha distante, triste e precocemente envelhecida, situada
concepção das relações humanas marcada por distan- e. complacência das leis e a inércia das personagens sequência 3
nos confins da fronteira do Brasil com o Uruguai.
são estímulos à prática criminosa. orientações de estudo
ciamento de estados de espírito acentuado pelo papel MARTINS, C. Porteira fechada. Porto Alegre: Movimento, 2001.
das gerações. Comentário: espera-se, neste item, que o estudante
Texto II reconheça a relação temática estabelecida entre os dois
a. relevância dos festejos religiosos em família na socie-
Comecei a procurar emprego, já topando o que desse e textos. De acordo com descritor da matriz Saeb: anexos do professor
dade moderna.
viesse, menos complicação com os homens, mas não tava avaliação inicial
b. preocupação econômica em uma sociedade urbana D20 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação
fácil. Fui na feira, fui nos bancos de sangue, fui nesses língua portuguesa
em crise. na comparação de textos sobre o mesmo tema, em função
lugares que sempre dão para descolar algum, fui de por- propostas de intervenção na
das condições em que foi produzido e daquelas em que será forma de orientação de estudos
c. consumo de bens materiais por parte de jovens, adul- ta em porta me oferecendo de faxineiro, mas tava todo
recebido.
tos e idosos. mundo escabreado pedindo referências, e referências eu
protocolo para
só tinha do diretor do presídio. Gabarito: c avaliação formativa
d. pesar e reação de luto diante da morte de um familiar
FONSECA, R. Feliz Ano Novo. São Paulo: Cia. das Letras, 1989.
querido. Questão 4: análise das habilidades
Comentário: espera-se, neste item, que o estudante infira A oposição entre campo e cidade esteve entre as temáti- descritores
(Enem, 2020)
uma concepção do narrador sobre as relações humanas. De cas tradicionais da literatura brasileira. Nos fragmentos A vida às vezes é como um jogo brincado na rua: esta- sugestões de práticas
acordo com o descritor da matriz Saeb: dos dois autores contemporâneos, esse embate incor- mos no último minuto de uma brincadeira bem quente e
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
pora um elemento novo: a questão da violência e do de- não sabemos que a qualquer momento pode chegar um
Gabarito: a semprego. mais velho a avisar que a brincadeira já acabou e está na
fortalecimento da aprendizagem 87
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
hora de jantar. A vida afinal acontece muito de repente Questão 5: d. depreciação do sentido da vida diante da consciência
— nunca ninguém nos avisou que aquele era mesmo o da morte iminente.
(Enem, 2020) caixa de ferramenta
último Carnaval da Vitória. O Carnaval também chegava do professor
Na sua imaginação perturbada sentia a natureza toda e. instabilidade psicológica da personagem face à reali-
sempre de repente. Nós, as crianças, vivíamos num tem-
agitando-se para sufocá-la. Aumentavam as sombras. dade hostil. abertura das sequências
po fora do tempo, sem nunca sabermos dos calendários
No céu, nuvens colossais e túmidas rolavam para o Comentário: espera-se, neste item, que o estudante
de verdade. [...] O “dia da véspera do Carnaval”, como di- sequência 1
abismo do horizonte... Na várzea, ao clarão indeciso do reconheça os recursos linguísticos utilizados para construir
zia a avô Nhé, era dia de confusão com roupas e pinturas orientações de estudo
crepúsculo, os seres tomavam ares de monstros... As a personagem e o cenário da narrativa. De acordo com o
a serem preparadas, sonhadas e inventadas. Mas quan- descritor da matriz Saeb:
montanhas, subindo ameaçadoras da terra, perfilavam- sequência 2
do acontecia era um dia rápido, porque os dias mágicos D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
-se tenebrosas... Os caminhos, espreguiçando-se sobre
passam depressa deixando marcas fundas na nossa me- orientações de estudo
os campos, animavam-se quais serpentes infinitas...
mória, que alguns chamam também de coração. Gabarito: b
As árvores soltas choravam ao vento, como carpideiras sequência 3
ONDJAKI. Os da minha rua. Rio de Janeiro: Língua Geral, 2007. fantásticas da natureza morta... Os aflitivos pássaros orientações de estudo

As significações afetivas engendradas no fragmento


noturnos gemiam agouros com pios fúnebres. Maria Síntese:
quis fugir, mas os membros cansados não acudiam aos Quiz literário (duas aulas)
pressupõem o reconhecimento da
ímpetos do medo e deixavam na prostrada em uma an- Professor/a, nessa etapa, o objetivo é sistematizar as lei-
zz anexos do professor
a. perspectiva infantil assumida pela voz narrativa. gústia desesperada. turas e discussões dessa atividade. Para isso, a proposta
avaliação inicial
b. suspensão da linearidade temporal da narração. ARANHA. J. P. G. Canaã. São Paulo: Ática, 1997. é utilizar um quiz literário como estratégia. língua portuguesa
c. tentativa de materializar lembranças da infância.
No trecho, o narrador mobiliza recursos de linguagem zz Observe que os objetivos dessa dinâmica são: checar co- propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
d. incidência da memória sobre as imagens narradas. que geram uma expressividade centrada na percep- nhecimentos preexistentes, fornecer mais informações
e. alternância entre impressões subjetivas e relatos fac- ção da sobre assuntos já trabalhados em sala de aula, incentivar protocolo para
avaliação formativa
tuais. a. relação entre a natureza opressiva e o desejo de liber- pesquisas sobre temas discutidos em sala, indicando fon-
tação da personagem. tes confiáveis. análise das habilidades
Comentário: espera-se, neste item, que o estudante infira
descritores
uma informação em um texto. De acordo com o descritor da b. confluência entre o estado emocional da personagem zz Para tanto, formule entre dez e quinze perguntas sobre os
matriz Saeb: e a configuração da paisagem. textos lidos nessa atividade, que atentam aos níveis de pro- sugestões de práticas
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
c. prevalência do mundo natural em relação à fragilida- ficiência leitora dos seus estudantes. Veja abaixo, o modelo
Gabarito: d de humana. com uma pergunta para que você possa criar outras.
fortalecimento da aprendizagem 88
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

1. Quais os adjetivos o narrador do texto 1 utiliza para


quiz um momento de interatividade em sua aula, uma for-   atenção para a avaliação !
ma de atrair a atenção e incentivar a participação do seu caixa de ferramenta
caracterizar a Maria da hortaliça? Professor/a, você encontra orientações para o
aluno. Para isso, é importante abrir espaço para discus- do professor
desenvolvimento de autoavaliações no Protocolo de
a. Namoradeira e brava. são e troca de experiências.
Avaliação Formativa. Na sugestão proposta, é possível abertura das sequências
b. Luxuosa, impaciente.
inserir rubricas em função dos objetivos de cada atividade. sequência 1
c. Austera e pedante.   para encerrar : autoavaliação
orientações de estudo
d. Rechonchuda e bonitona. 
Como finalização desta sequência de atividades, propo- sequência 2
zz Uma outra sugestão é propor que os estudantes também orientações de estudo
nha uma avaliação. Observe que instrumentos como esse
possam participar desse processo de elaboração das per-
são importantes para que o estudante tome consciência de
guntas. Nesse caso, cada grupo cria uma pergunta e os sequência 3
suas descobertas, desafios, pontos fortes, etc. e seja gestor
demais grupos devem respondê-la. Essa é uma forma de orientações de estudo
de sua própria aprendizagem.
promover o protagonismo, com vistas a colocar o estu-
dante ainda mais como corresponsável pelo processo de Preciso
Sim
aprimorar
aprendizagem. anexos do professor
Reconheço-me como um leitor/
avaliação inicial
zz Uma estratégia para a condução dessa atividade é orga- produtor e apreciador de arte?
língua portuguesa
nizar pequenos grupos para que os estudantes possam
Sou capaz de observar valores, propostas de intervenção na
discutir e definir qual é a resposta mais adequada para forma de orientação de estudos
posicionamentos e ideologias em
cada pergunta. textos literários de diferentes épocas?
protocolo para
zz Além disso, é necessário estipular um tempo para cada Quando você encontra dificuldades na leitura de um texto, avaliação formativa
rodada de perguntas, definir que somente um integrante o que costuma fazer?
análise das habilidades
do grupo dê a resposta, bem como outras regras decidi-
descritores
das por você.
Essa sequência mobilizou você a participar de sugestões de práticas
zz Caso haja recursos digitais, utilize o kahoot como ferra-
manifestações culturais em sua escola, comunidade, redes
menta. Se não houver essa disponibilidade, coloque per-
sociais? Por quê?
guntas dentro de um saco para que os grupos possam
retirá-las a cada rodada. O importante é que você faça do
fortalecimento da aprendizagem 89
orientações de estudo – sequência 2 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Orientações de estudo para o estudante


jornadas e produtos

caixa de ferramenta

em momentos de autogestão do professor

abertura das sequências

Língua Portuguesa sequência


orientações de estudo
1

Sequência didática 2 sequência 2


orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor
Caro professor/a, Para auxiliá-lo na organização do plano de estudo, apre- liá-los no desenvolvimento das habilidades de leitura.
avaliação inicial
sentamos a seguir uma curadoria de atividades que podem Observe que este material pode contribuir para que o es-
O plano de estudo de cada estudante pode ser individua- língua portuguesa
ser propostas aos estudantes, com foco na leitura de textos
lizado em função de suas observações sobre o percurso de tudante organize a sua rotina e desenvolva procedimentos propostas de intervenção na
do campo artístico-literário. As questões a seguir podem ser forma de orientação de estudos
cada um dos jovens de sua turma. Selecionar questões ou de estudo. Com a finalidade de ajudá-lo, procure dar algu-
propostas ao final de cada etapa vivenciada em sala, uma
leituras em função das dificuldades identificadas por você mas dicas, como por exemplo: protocolo para
vez que elas estão diretamente relacionadas ao tema desen- avaliação formativa
ou pela avaliação inicial permite esse cuidado efetivo para o
volvido em cada parte desta sequência didática. a. organização de um cronograma de estudos;
avanço de cada estudante.
análise das habilidades
Incentive o estudante a consultar as anotações e ma- b. 
mobilização de diferentes estratégias (realização das
Lembramos que estudar individualmente é uma parte descritores
teriais produzidos nas aulas, bem como elaborar respostas atividades em pares ou individualmente, gravações de
importante do processo de fortalecimento da aprendizagem. sugestões de práticas
completas e contextualizadas para cada questão indicada. áudios para registrar a aprendizagem e/ou dúvidas, sín-
Nesse momento, o estudante se depara com o que sabe e
teses, etc.).
o que falta aprender, o que favorece que busque orientação Ao final das indicações, são sugeridas algumas possibi-
para continuar engajado nas aulas presenciais. lidades de orientação e retomada, para que você possa auxi- Bom trabalho!
fortalecimento da aprendizagem 90
orientações de estudo – sequência 2 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Propostas para o estudante: Prá aliviar a dor... 1. Com base no texto, responda:
Bloco 1: Mobilização A gente não quer Só dinheiro a. Sobre o que fala o texto de Eduardo Galeano? caixa de ferramenta
do professor
Atividades de leitura A gente quer dinheiro E felicidade b. O título do texto é “A função da arte”. Que relações po-
A gente não quer Só dinheiro demos estabelecer entre o título e o conteúdo do texto? abertura das sequências
Vamos iniciar esta oficina ouvindo a música Comida, da
banda Titãs. Considere, atentamente, a letra desta canção. A gente quer inteiro E não pela metade... c. Como essa narrativa permite explicar a função da arte? sequência 1
orientações de estudo
Bebida é água! Comida é pasto!
Texto 1 2. O objetivo do texto de Galeano é:
Você tem sede de quê? Você tem fome de quê?... sequência 2
Comida a. contar a história de Diego e de seu pai.
(ANTUNES, A. BRITTO, S. FROMER, M. Comida. In.: Titãs:
orientações de estudo
(Composição: Arnaldo Antunes / Acústico Mtv. Intérprete: Titãs. São Paulo: WEA Music, 1997. CD). b. argumentar que ver o mar pela primeira vez é uma
Marcelo Fromer / Sérgio Britto)

Leia o texto a seguir e responda às questões.


experiência inesquecível. sequência 3
Bebida é água! Comida é pasto!
c. discutir a função da arte como experiência do belo. orientações de estudo
Você tem sede de quê? Você tem fome de quê?... Texto 2
d. argumentar que os pais são importantes na educa-
A gente não quer só comida A gente quer comida A função da arte
(Eduardo Galeano) ção dos filhos.
Diversão e arte anexos do professor
“Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff,
A gente não quer só comida A gente quer saída
levou-o para que descobrisse o mar.
Bloco 2: Desenvolvimento avaliação inicial
Para qualquer parte... língua portuguesa
Na primeira parte desta oficina, você vai ler dois contos
A gente não quer só comida A gente quer bebida Viajaram para o Sul. propostas de intervenção na
que tratam do amor. forma de orientação de estudos
Diversão, balé
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
A gente não quer só comida A gente quer a vida Texto 1 protocolo para
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas A moça tecelã avaliação formativa
Como a vida quer...
alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava
(Marina Colasanti) análise das habilidades
Bebida é água! Comida é pasto!
na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e
descritores
Você tem sede de quê? Você tem fome de quê? tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol che-
gando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear. sugestões de práticas
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo,
A gente não quer só comer A gente quer comer
gaguejando, pediu ao pai: Me ajuda a olhar!”. Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da
E quer fazer amor luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquan-
(GALEANO, E. A função da arte. In.: GALEANO, E. O livro dos
A gente não quer só comer A gente quer prazer abraços. Porto Alegre: L&PM, 2002. pp. 15). to lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.
fortalecimento da aprendizagem 91
orientações de estudo – sequência 2 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o
hora, em longo tapete que nunca acabava. tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entreme- sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrema-
caixa de ferramenta
ar no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. tar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam do professor
Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as
E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplu- os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira.
pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cin- abertura das sequências
mado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxa-
zentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, sequência 1
do. Estava justamente acabando de entremear o último
trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto
fio da ponta dos sapatos, quando bateram à porta. orientações de estudo
pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva da mais alta torre.
vinha cumprimentá-la à janela. Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçane-
– É para que ninguém saiba do tapete – ele disse. E
sequência 2
ta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida. orientações de estudo
Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam antes de trancar a porta à chave, advertiu:
com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça Aquela noite, deitada contra o ombro dele, a moça
– Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos! sequência 3
tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltas- pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ain-
orientações de estudo
se a acalmar a natureza. da mais a sua felicidade. Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido,
enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as sa-
Assim, jogando a lançadeira de um lado para o outro E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem ti-
las de criados. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo
e batendo os grandes pentes do tear para frente e para nha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha anexos do professor
o que queria fazer.
trás, a moça passava os seus dias. descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não
avaliação inicial
ser nas coisas to- das que ele poderia lhe dar. E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tris-
língua portuguesa
Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo teza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus
– Uma casa melhor é necessária, – disse para a mu- propostas de intervenção na
peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe es- tesouros. E pela primeira vez pensou como seria bom es- forma de orientação de estudos
lher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que es-
tava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, tar sozinha de novo.
colhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para protocolo para
suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E
os batentes, e pressa para a casa acontecer. Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o mari- avaliação formativa
à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia
do dormia sonhando com novas exigências. E descalça,
tranquila. Mas pronta a casa, já não lhe pareceu sufi- ciente.
para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, análise das habilidades
descritores
Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria – Para que ter casa, se podemos ter palácio? pergun- sentou-se ao tear.
fazer. tou. Sem querer resposta, imediatamente ordenou que sugestões de práticas
Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Se-
fosse de pedra com arremates em prata.
Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em gurou a lançadeira ao contrário, e, jogando-a veloz de um
que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou como Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça te- lado para o outro, começou a desfazer o seu tecido. Deste-
seria bom ter um marido ao seu lado. cendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços. ceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins.
fortalecimento da aprendizagem 92
orientações de estudo – sequência 2 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Depois desteceu os criados e o palácio e todas as mara- a. Extraia do texto dois exemplos desse recurso. Texto 1
vilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pe- b. Que efeito o uso das personificações produz no texto? Dos ficantes aos namoridos caixa de ferramenta
quena e sorriu para o jardim além da janela. do professor
3. Releia com atenção os cinco primeiros parágrafos do Se você é deste século, já sabe que há duas tribos que
A noite acabava quando o marido, estranhando a abertura das sequências
texto e responda: Qual relação pode ser estabelecida en- definem o que é um relacionamento moderno.
cama dura, acordou e, espantado, olhou em volta. sequência 1
tre a seleção das lãs utilizadas pela tecelã e o ambiente
Uma é a tribo dos ficantes. O ficante é o cara que te orientações de estudo
Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o de- em que ela está?
namora por duas horas numa festa, se não tiver se inscri-
senho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desapare-
cendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo
4. A partir de certo ponto, a autora passa a empregar o pre- to no campeonato “Quem pega mais numa única noite”, sequência 2
corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.
térito perfeito (“Afinal o palácio ficou pronto”, “o marido quando então ele será seu ficante por bem menos tempo orientações de estudo

escolheu para ela”). Por que ocorre essa mudança? — dois minutos — e irá à procura de outra para bater o
Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça es- próprio recorde. É natural que garotos e garotas queiram sequência 3
colheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre
5. Considerando a estrutura da narrativa, exposta no qua-
conhecer pessoas, ter uma história, um romance, uma fi- orientações de estudo
os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na li- dro a seguir, resuma cada uma das partes do conto “A
cada, duas ficadas, três ficadas, quatro ficadas... Esquece,
nha do horizonte. moça tecelã”.
não acho natural coisa nenhuma. Considero um desper-
(COLASANTI, M. A moça tecelã. In.: COLASANTI, M. dício de energia. anexos do professor
Doze reis e a moça no labirinto do vento. Rio de Janeiro: Orientação
Editorial Nórdica, 1985. pp. 12-6). avaliação inicial
Complicação Pegar sete caras. Pegar nove “mina”. A gente está fa-
língua portuguesa
Resolução lando de quê, de catadores de lixo? Pegar, pega-se uma
1. O conto de Marina Colasanti tem duas personagens. propostas de intervenção na
caneta, um táxi, uma gripe. Não pessoas. Pegue-e-leve, forma de orientação de estudos
a. Quem são essas personagens? pegue-e-largue, pegue-se, pegue-e-chute, pegue-e-con-
protocolo para
b. Quais são as principais características dessas perso- Bloco 3: Síntese te-para-os-amigos.
avaliação formativa
nagens? As leituras feitas em nossa oficina anterior permitiram Pegar, cá pra nós, é um verbo meio cafajeste. Em vez
que iniciássemos uma discussão sobre o tema dos “relacio- análise das habilidades
Moça tecelã de pegar, poderíamos adotar algum outro verbo menos
descritores
Marido da moça tecelã namentos entre os jovens”. Na oficina de hoje, vamos ampliar frio. Porque, quando duas bocas se unem, nada é assim
essa discussão, lendo dois textos que falam do “namoro”. O tão frio, na maioria das vezes esse “não estou nem aí” é sugestões de práticas
2. A personificação é uma figura de linguagem que con- primeiro texto é outra crônica da autora Martha Medeiros; o jogo de cena. Vão todos para a balada fingindo que deixa-
siste na atribuição de características humanas a objetos segundo é um poema de nosso grande Carlos Drummond ram o coração em casa, mas deixaram nada. Deixaram a
inanimados ou seres irracionais. de Andrade. personalidade em casa, isso sim.
fortalecimento da aprendizagem 93
orientações de estudo – sequência 2 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
No entanto, quem pode contra o avanço (???) dos cos- Namoro é teste, é amostra, é ensaio, e por isso a a. Extraia do texto as definições de:
tumes e contra a vulgarização do vocabulário? Falando dedicação é intensa, a sedução é ininterrupta, os mi- ● ficante. caixa de ferramenta
nisso, a segunda tribo a que me referia é a dos namori- nutos são contados, os meses são comemorados, a von- do professor
● namorido.
dos, a palavra mais medonha que já inventaram. Trata-se tade de surpreender não cessa — e é a única relação
b. Além de definir cada uma das tribos, a autora tam- abertura das sequências
de um homem híbrido, transgênico. que dá o devido espaço para a saudade, que é fermen-
to e afrodisíaco. Depois de passar os dias se vendo só bém descreve seu comportamento. Como Martha sequência 1
Em tese, ele vale mais do que um namorado e menos
de vez em quando, viajar para um fim de semana jun- Medeiros caracteriza no texto o relacionamento entre: orientações de estudo
que um marido. Assim que a relação começa, juntam-se
tos vira o céu na Terra: nunca uma sexta-feira nasce ● ficantes?
os trapos e parte-se para um casamento informal, sem sequência 2
tão aguardada, nunca uma segunda-feira é enfrentada ● namoridos?
papel passado, sem compromisso de estabilidade, sem orientações de estudo
com tanta leveza.
planos de uma velhice compartilhada — namoridos não
2. O que há de semelhante no comportamento dessas tri-
foram escolhidos para serem parceiros de artrite, reu- Namoro é como o disco “Sgt. Peppers”, dos Beatles: sequência 3
bos?
matismo e pressão alta, era só o que faltava. parece antigo e, no entanto, não há nada mais novo e orientações de estudo

revolucionário. O poeta Carlos Drummond de Andrade 3. Releia:


Pois então. A ideia é boa e prática. Só que o índice de
também é de outro tempo e é para sempre. É ele quem O ficante é o cara que te namora por duas horas numa
príncipes e princesas virando sapo é alta, não se evita o
tédio conjugal (comum a qualquer tipo de acasalamento encerra esta crônica, dando-nos uma ordem para a festa, se não tiver se ins- crito no campeonato “Quem anexos do professor

sob o mesmo teto) e pula-se uma etapa quentíssima, a vida: “Cumpra sua obrigação de namorar, sob pena de pega mais numa única noite”. avaliação inicial
melhor que há. viver apenas na aparência. De ser o seu cadáver itine- língua portuguesa
Observe que, ao descrever o comportamento dos fican-
rante”. propostas de intervenção na
Trata-se do namoro, alguns já ouviram falar. É quan- tes, a autora os compara aos competidores de um cam- forma de orientação de estudos
‹http://pensador.uol.com.br/frase/NTc3NTM/
do cada um mora na sua casa e tem rotinas distintas e peonato. Por que ela faz essa comparação?
poucos horários para se encontrar, e esse pouco ganha a protocolo para
1. Releia: avaliação formativa
importância de uma celebração. 4. Você sabe o que é um verbete de dicionário? Um verbe-
“Se você é deste século, já sabe que há duas tribos que
te corresponde a cada um dos itens de um dicionário, análise das habilidades
Namoro é quando não se tem certeza absoluta de definem o que é um relacionamento moderno”.
no qual estão registrados os vários significados de uma descritores
nada, a cada dia um segredo é revelado, brotam infor-
mações novas de onde menos se espera. De manhã, um O texto de Martha Medeiros, conforme indica o primeiro palavra, seguidos de exemplos. No quadro a seguir, leia,
sugestões de práticas
silêncio inquietante. À tarde, um mal-entendido. À noite, parágrafo, fala das “duas tribos que definem um relacio- com atenção, um verbete que apresenta alguns dos vá-
um torpedo reconciliador e uma declaração de amor. namento moderno”. rios significados do verbo pegar.
fortalecimento da aprendizagem 94
orientações de estudo – sequência 2 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
pegar b. O que a autora pensa sobre os namoridos? a. Extraia do texto as definições de namoro.
[Do lat. picare, ‘untar de pez’.] Verbo transitivo direto. c. Em relação ao tema, qual é a tese defendida pela au- b. Para caracterizar esse tipo de relacionamento, a auto- caixa de ferramenta
Fazer aderir; colar, grudar: do professor
tora? ra utiliza uma metáfora: “Namoro é teste, é amostra, é
Pôs a carta no correio sem pegar os selos.
6. Sobre o comportamento dos ficantes e sobre o verbo ensaio”. Explique essa metáfora. abertura das sequências
Agarrar, prender, segurar: “pegar”, utilizado por eles, a autora questiona: c. O que diferencia o namoro de outros tipos de relacio- sequência 1
Pegou descuidado a louça, deixando-a cair; Correu e pe-
“No entanto, quem pode contra o avanço (???) dos costu- namentos “modernos” descritos no texto? orientações de estudo
gou o fugitivo; O goleiro pegou a bola tranquilamente.
mes” [...]?.
Adquirir (enfermidade) por contágio, por debilidade or- 9. Considere este outro verbete: sequência 2
As interrogações entre parênteses podem ser interpreta- orientações de estudo
gânica etc. ironia
Adquirir, contrair, criar: das como um sinal de que:
[Do gr. eironeía, “interrogação”, “dissimulação”, pelo lat. ironia.]
a. a autora teve dúvidas ao escolher a palavra “avanço”.
sequência 3
Pegar um mau hábito. Substantivo feminino.
orientações de estudo
Fonte: Dicionário Aurélio – b. a autora não vê o comportamento dos ficantes como Modo de exprimir-se que consiste em dizer o contrário
versão digital.
um avanço. daquilo que se está pensando ou sentindo, ou por pudor

Considere, agora, a seguinte frase: em relação a si próprio ou com intenção depreciativa e


c. a autora considera o comportamento dos ficantes anexos do professor
“Pegar sete caras. Pegar nove ‘mina’”. sarcástica em relação a outrem:
um avanço.
avaliação inicial
d. a autora não concorda com a forma vulgar de falar Voltaire foi um mestre da ironia. língua portuguesa
a. Construa uma definição para o verbo pegar utilizado
dos ficantes. Contraste fortuito que parece um escárnio:
nessa frase. propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
7. Vamos voltar ao título do texto: Dos ficantes aos namo- Ironia do destino.
b. Por que a autora afirma que “pegar é um verbo meio
ridos. Sarcasmo, zombaria. protocolo para
cafajeste“?
avaliação formativa
c. Explique o uso das aspas na palavra “mina”. a. Compare o título escolhido pela autora com esta ou- Fonte: Dicionário Aurélio –
versão digital.
tra possibilidade: “Os ficantes e os namoridos”. Em análise das habilidades
5. Além de descrever e caracterizar o comportamento das descritores
sua opinião, eles têm o mesmo significado? Explique Considerando os significados de ironia, encontre no tex-
duas tribos, Martha Medeiros expressa sua opinião so- o título escolhido pela autora. to exemplos desse recurso e indique as palavras ou ex- sugestões de práticas
bre esses novos modelos de relacionamento moderno.
8. O texto também descreve e caracteriza outro tipo de re- pressões que exprimem esses sentidos nos exemplos
a. O que a autora pensa sobre os ficantes? lacionamento: o namoro. destacados.
fortalecimento da aprendizagem 95
orientações de estudo – sequência 2 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Leia, agora, o poema de Drummond, mencionado no tex- Os códigos, desarmados, retrocedem Há que aprender com as mulheres as finezas finíssimas
to de Martha Medeiros. Sinalize, no texto, os versos, as metá- de sua porta, as multas envergonham-se de alvejá-lo, as do namoro. caixa de ferramenta
foras, as estrofes de que você mais gostou. guerras, os tratados internacionais encolhem o rabo O homem nasce ignorante, vive ignorante, às vezes do professor
diante dele, em volta dele. O tempo, afiando sem pausa morre
Texto 2 abertura das sequências
a sua foice, espera que o namorado desnamore para três vezes ignorante de seu coração e da maneira de
Aos namorados do Brasil sequência 1
sempre. usá-lo.
(Carlos Drummond de Andrade) orientações de estudo
Mas nascem todo dia namorados novos, renovados,
Dai-me, Senhor, assistência técnica para eu falar aos inovantes, Só a mulher (como explicar?) entende certas coisas
sequência 2
namorados do Brasil. e ninguém ganha ou perde essa batalha. que não são para entender. São para aspirar como
orientações de estudo
Será que namorado algum escuta alguém? Adianta falar essência, ou nem assim. Elas aspiram o segredo do
a namorados? Pois namorar é destino dos humanos, destino que mundo.
sequência 3
E será que tenho coisas a dizer-lhes regula Há homens que se cansam depressa de namorar, outros
orientações de estudo
que eles não saibam, eles que transformam nossa dor, nossa doação, nosso inferno gozoso. E quem que são infiéis à namorada.
a sabedoria universal em divino esquecimento? vive, atenção: Pobre de quem não aprendeu direito,
Adianta-lhes, Senhor, saber alguma coisa, quando cumpra sua obrigação de namorar, sob pena de viver ai de quem nunca estará maduro para aprender, triste
anexos do professor
perdem os olhos apenas na aparência. De ser o seu cadáver itinerante. de quem não merecia, não merece namorar.
para toda paisagem, perdem os ouvidos para toda De não ser. De estar, e nem estar. avaliação inicial
melodia Pois namorar não é só juntar duas atrações no velho língua portuguesa

e só veem, só escutam O problema, Senhor, é como aprender, como exercer a estilo ou no moderno estilo, propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
melodia e paisagem de sua própria fabricação? arte de namorar, que audiovisual nenhum ensina, e vai com arrepios, murmúrios, silêncios, caminhadas,
além de toda universidade. jantares, gravações, protocolo para
Cegos, surdos, mudos – felizes! – são os namorados Quem aprendeu não ensina. Quem ensina não sabe. E fins de semana, o carro a toda ou a 80, lancha, piscina, avaliação formativa

enquanto namorados. Antes, depois o namorado só aprende, sem sentir que aprendeu, por dia dos namorados, foto colorida, filme adoidado,
análise das habilidades
são gente como a gente, no pedestre dia a dia. Mas obra e graça de sua namorada. rápido motel onde os espelhos
descritores
quem foi namorado sabe que outra vez voltará à sublime não guardam beijo e alma de ninguém.
invalidez A mulher antes e depois da Bíblia é pois enciclopédia sugestões de práticas
que é signo de perfeição interior. Namorado é o ser fora natural Namorar é o sentido absoluto
do tempo, fora de obrigação e CPF, ciência infusa, inconsciente, infensa a testes, fulgurante que se esconde no gesto muito simples, não intencional,
ISS, IFP, PASEP, INPS. no simples manifestar-se, chegado o momento. nunca previsto,
fortalecimento da aprendizagem 96
orientações de estudo – sequência 2 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
e dá ao gesto a cor do amanhecer, para ficar durando, 10. Drummond inicia seu poema dirigindo um pedido ao Observe a palavra namoramor. Ela é um neologismo, ou
perdurando, som de cristal na concha “Senhor”: “Dai-me, Senhor, assistência técnica para falar seja, uma palavra que não existe, foi inventada pelo poeta. caixa de ferramenta
ou no infinito. aos namorados do Brasil”. do professor
a. Como essa palavra foi formada?
a. Que significado você daria à expressão “assistência b. Comente esse neologismo presente na estrofe que fi- abertura das sequências
Namorar é além do beijo e da sintaxe, não depende de
estado ou condição. Ser duplicado, ser complexo,
técnica” no verso citado anteriormente? Que efeito de naliza o poema. sequência 1
sentido essa expressão atribui ao texto? orientações de estudo
que em si mesmo se mira e se desdobra, o namorado, a Aprofundando a leitura do poema
namorada b. Por que o poeta faz esse pedido?
Atividade em grupo sequência 2
não são aquelas mesmas criaturas que cruzamos na
11. Releia, agora, a segunda estrofe do poema. Você teve a oportunidade de ler o poema de Drummond orientações de estudo
rua.
São outras, são estrelas remotíssimas, fora de qualquer a. Grife, nos versos, palavras ou expressões que o poeta e analisar mais atentamente algumas de suas estrofes. Su-
sequência 3
sistema ou situação. A limitação terrestre, que os usa para definir os namorados. gerimos, agora, que você aprofunde essa leitura, tentando
orientações de estudo
persegue, tenta cobrar (inveja) b. Como você entende essas definições? explicar os versos a seguir, interpretando suas metáforas e
o terrível imposto de passagem: “Depressa! Corre! Vai outros recursos semânticos de construção do poema.
c. Observe que Drummond, nessa estrofe, diferencia as
acabar! Vai fenecer!
pessoas que namoram das pessoas que não namo- Mas quem foi namorado sabe que outra vez voltará à anexos do professor
ram, quando afirma: “Antes, depois são gente como sublime invalidez
avaliação inicial
Vai corromper-se tudo em flor esmigalhada na sola dos
a gente, no pedestre dia a dia”. Como você interpreta Que é signo de perfeição interior. língua portuguesa
sapatos [...]”
essa afirmação? Você concorda com ela? propostas de intervenção na
Ou senão: Os códigos, desarmados, retrocedem forma de orientação de estudos
“Desiste! Foge! Esquece!” 12. O texto de Drummond é um elogio, uma exaltação aos de sua porta, as multas envergonham-se de alvejá-lo, as
E os fracos esquecem. Os tímidos desistem. Fogem os guerras, os tratados internacionais encolhem o rabo protocolo para
namorados, que são tratados como seres especiais, di-
avaliação formativa
covardes. ferentes dos demais. Grife no texto frases que demons- diante dele, em volta dele.
Que importa? A cada hora nascem outros namorados análise das habilidades
tram isso.
para a novidade da antiga experiência. O tempo, descritores
E inauguram cada manhã (namoramor) 13. Releia: afiando sem pausa a sua foice, espera que o namorado
desnamore para sempre. sugestões de práticas
o velho, velho mundo renovado. A cada hora nascem
outros namorados para a novidade da antiga experiência. Mas nascem todo dia namorados novos, renovados,
(Fonte: ANDRADE, C. D. Aos namorados do Brasil. In.: Carlos
Drummond de Andrade por Paulo Autran. Intérprete: Paulo
E inauguram cada manhã (namoramor) o velho, velho inovantes,
Autran. Rio de Janeiro: Luz da Cidade, 1999). mundo renovado. e ninguém ganha ou perde essa batalha.
fortalecimento da aprendizagem 97
orientações de estudo – sequência 2 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
A limitação terrestre, que os persegue, tenta cobrar plícitas em um texto, D6 Identificar o tema de um texto e D20
Orientações gerais:
(inveja) Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na caixa de ferramenta
As atividades propostas neste plano foram divididas em
o terrível imposto de passagem: “Depressa! Corre! Vai comparação de textos que tratam do mesmo tema, em fun- do professor
acabar! Vai fenecer! Vai corromper-se tudo em flor
três blocos, de modo a considerar as diferentes etapas da
ção das condições em que ele foi produzido e daquelas em abertura das sequências
esmigalhada na sola dos sapatos [...]” sequência de atividades: Mobilização, desenvolvimento e
que será recebido.
Ou senão: síntese, bem como os temas e as habilidades indicadas. sequência 1
“Desiste! Foge! Esquece!”
Já o segundo bloco de questões aborda a temática da orientações de estudo
Além disso, destaca-se que o diálogo temático entre os
representação da figura feminina em textos literários. Além
textos propostos neste plano de estudo e na sequência de ati- sequência 2
E os fracos esquecem. Os tímidos desistem. Fogem os disso, esse bloco prevê as seguintes expectativas de apren-
vidades contribui para a ampliação do repertório dos estudan- orientações de estudo
covardes. dizagem: D1 – Localizar informações explícitas em um texto
tes com vistas a potencializar e qualificar as discussões em
Que importa? A cada hora nascem outros namorados e D4 – Inferir uma informação implícita em um texto, nas sequência 3
sala de aula.
para a novidade da antiga experiência. questões e 2. É foco também, o D3 – Inferir o sentido de uma orientações de estudo
Ressalta-se, ainda, que as expectativas de resposta das
E inauguram cada manhã (namoramor) palavra ou expressão, nas questões 7, 8 e 9.
questões são indicadas nos materiais para o professor do
o velho, velho mundo renovado.
material “Conexão” e “Entre Jovens” No terceiro bloco, a proposta é mobilizar o estudante
anexos do professor
a analisar os textos em parceria com um grupo de colegas.
Debate final No primeiro bloco são indicadas a análise de uma letra avaliação inicial
Nesse caso, incentive-os a montar um círculo de leitura, as-
de música e um texto do escritor Eduardo Galeano. Observe, língua portuguesa
Martha Medeiros cita, em seu texto, o poema de Carlos sim como sugerido na etapa de desenvolvimento da ativida-
nesse caso, que ambos os textos mobilizam os estudantes propostas de intervenção na
Drummond, que você acabou de ler. Agora, você poderá dis- de 2 da sequência. Dessa forma, é possível promover tra-
a refletirem sobre a arte. Assim, estabelecendo diálogo com forma de orientação de estudos
cutir com seu grupo as opiniões dos autores sobre o tema balho colaborativo extraclasse, de modo que os estudantes
a mobilização proposta na atividade 1 da sequência. Além protocolo para
desta oficina. Dialogue com esses escritores. O que você possam dialogar, negociar, argumentar a fim de encontrar
disso, em consonância com a proposta de roda de letra de avaliação formativa
pensa sobre o assunto em pauta caminhos para analisar textos literários.
música e de poemas, possibilita o desenvolvimento de ha-
análise das habilidades
Fonte das questões: bilidades de leitura do texto literário em versos. Destaca-se, Ressalta-se, ainda, que as expectativas de resposta das
descritores
Material “Entre Jovens” (Volume 2) também, que as questões pressupõem como expectativa de questões são indicadas nos materiais para o professor do
Material “Entre Jovens” (Volume 1) aprendizagem os descritores: D1 – Localizar informações ex- material “Entre Jovens”, indicados no início de cada bloco. sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 136
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

Anexos do professor
abertura das sequências
sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor

avaliação inicial
língua portuguesa
propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos

protocolo para
avaliação formativa

análise das habilidades


descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 137
avaliação inicial — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução

Avaliação inicial estrutura do ciclo

Língua Portuguesa
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

observações
 ID DA QUESTÃO: 1042 CÓDIGO DO DESCRITOR: P017  O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Au- sequência 2
1. Leia o texto e responda à questão a seguir. gustinho Neto, esteve no evento e ressaltou que a edu- orientações de estudo
cação indígena deve ser libertadora. “Uma educação que
• As questões que contém o código ID Líder indígena defende direito à educação
procure emancipar, libertar, é o que deve ser a palavra de sequência 3
foram extraídas do material Conexão e diz que há preconceito nas escolas
ordem.” orientações de estudo
Aprendizagem - Língua Portuguesa -
25/10/2016 - 9h31  Maíra Heinen
Questões - Fase 1 O evento segue até sexta-feira e deve ainda promover di-
Cerca de 300 indígenas estão na Universidade de Brasí- versas manifestações culturais em escolas, shoppings e
• As intervenções indicadas estão anexos do professor
disponíveis no material Conexão lia para o segundo Fórum de Educação Escolar Indígena. universidades do distrito Federal.
Aprendizagem - Fichas de conteúdo - Eles debatem temas diversos como o financiamento da avaliação inicial
http://radioagencianacional.ebc.com.br/educacao/
Língua Portuguesa | Fase 1 educação, o sistema próprio de educação e a criação da audio/2016-10/lider-indigena-defende-direito-educacao-e-diz- língua portuguesa
que-hapreconceito-nas-escolas . Acesso em 29/10/2016.
universidade indígena. propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
Durante a abertura, muitos indígenas citaram o precon- Segundo o texto, o evento noticiado aborda diversos te-
mas, dentre os quais: protocolo para
ceito nas escolas, como reforça Gersem Baniwa, um dos
avaliação formativa
coordenadores do evento. a. manifestações violentas de indígenas em escolas,
As alternativas corretas shoppings e universidades. análise das habilidades
“Aqueles indígenas que criaram a coragem de exercerem
descritores
estão em destaque. seu direito de cidadãos, de deixarem suas aldeias para b. eleição de lideranças indígenas.
estudar, nas vilas próximas às aldeias indígenas, nas ci- c. a manutenção de privilégios indígenas. sugestões de práticas
dades próximas ou nas grandes cidades, sofrem enorme
d. preconceito contra indígenas nas escolas. 
preconceito, um preconceito arraigado desde o início da
colonização.” e. o desaparecimento da cultura indígena.
fortalecimento da aprendizagem 138
avaliação inicial — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
 ID DA QUESTÃO: 1047 CÓDIGO DO DESCRITOR: P037   ID DA QUESTÃO: 1083 CÓDIGO DO DESCRITOR: P114 

2. Leia o texto e responda à questão a seguir. 3. Leia o texto e responda à questão a seguir. caixa de ferramenta
Educação financeira deve começar em do professor
A tirinha provoca no leitor:
casa e desde cedo Cotidiano abertura das sequências

No AR em 5/5/2017 - 14h sequência 1


orientações de estudo
O programa Cotidiano de sexta-feira (5) entrevistou o
consultor financeiro João Pessine, que dá dicas de como sequência 2
envolver os filhos na educação financeira.
orientações de estudo

Para João, os filhos desde pequenos devem aprender


sequência 3
educação financeira para planejar suas finanças e não a. uma quebra de expectativa em relação à situação retratada. 
orientações de estudo
passarem aperto ao longo da vida.
b. uma reflexão crítica a respeito do universo da publicidade.
João Pessine esclarece que a mesada é importante, mas c. um efeito de humor através da palavra de baixo calão utilizada.
que os pais devem orientar os filhos a usá-la da melhor anexos do professor
d. uma confirmação de expectativas em relação à situação retratada.
forma possível.
e. um efeito de humor causado pelo esquecimento do personagem. avaliação inicial
[. . . ] língua portuguesa

http://radios.ebc.com.br/cotidiano/2017/05/educacao-financeira- propostas de intervenção na


 ID DA QUESTÃO: 1087  CÓDIGO DO DESCRITOR: P123 
deve-comecar-em-casa-e-desde-cedo .Acesso em 22/05/2017. forma de orientação de estudos
4. Leia a tirinha e responda à questão a seguir.
protocolo para
A que termo anterior refere-se a palavra em negrito?
avaliação formativa
Assinale a alternativa correta:
a. João. análise das habilidades
descritores
b. educação financeira.
c. consultor financeiro. sugestões de práticas

d. programa.
e. filhos. 
fortalecimento da aprendizagem 139
avaliação inicial — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
A tirinha constrói seu humor a partir: Assinale a alternativa que indique um implícito que pode de professor. Trabalhador da rede pública estadual de

a. da situação ruim em que se encontra o condutor. ser depreendido da palavra destacada no texto acima. São Paulo, nada convidativo financeiramente, mas ainda
caixa de ferramenta
assim, digno. do professor
b. do fato de que há dois animais falantes. a. A autora quer deixar claro que está inventando a no-
meação “Massacre do Carandiru”. Conciliar profissão à militância política foi uma opção abertura das sequências
c. da crueldade do animal contra o ser humano.
b. A autora se posiciona favoravelmente ao massacre consciente – outro privilégio para poucos. Trabalho, ga- sequência 1
d. dos problemas psiquiátricos do animal.
do Carandiru. nho a vida e pago minhas contas fazendo o que amo:
orientações de estudo
e. do duplo sentido da palavra “soltar”.  educação, logo, política. A vida que escolhi me levou a
c. A autora não quer se comprometer com a criação do
pessoas incríveis: líderes políticos, intelectuais, atletas e sequência 2
nome “Massacre do Carandiru”. 
 ID DA QUESTÃO: 1072  CÓDIGO DO DESCRITOR: P093  artistas. Levou-me a lugares impensáveis: salas acarpe- orientações de estudo
d. A autora se posiciona desfavoravelmente ao massa- tadas de governos, viagens para debates, palestras e ati-
5. Leia o texto e responda à questão a seguir.
cre do Carandiru. vidades políticas das mais diversas em quase todos os es- sequência 3
Artistas fazem ato em SP para lembrar tados brasileiros e até nos EUA. Em todos esses espaços,
e. A autora defende uma outra nomeação para o acon- orientações de estudo
Massacre do Carandiru tanto em momentos de conflito com adversários, quanto
tecimento em questão.
1/11/2016 – 12h12 – São Paulo em momentos de elaboração e confraternização com os

Cátia Rodrigues meus da “esquerda”, uma coisa nunca mudou: sou um anexos do professor
 ID DA QUESTÃO: 1063  CÓDIGO DO DESCRITOR: P069 
homem negro. E como um negro no país da democracia
Será realizado hoje (1º) na capital paulista um ato para avaliação inicial
6. Leia o texto e responda à questão a seguir. racial, sempre soube que o tratamento gentil e tolerante
lembrar o chamado Massacre do Carandiru, ocorrido no língua portuguesa
“A POLÍTICA NÃO É LUGAR PRA PRETO a mim dispensado sempre esteve condicionado a que eu
dia 2 de outubro de 1992. soubesse o meu lugar e que não me atrevesse a sair dele.
propostas de intervenção na
VAGABUNDO FEITO VOCÊ!” forma de orientação de estudos

Os participantes vão ler os nomes dos 111 presos mortos. [. . . ]


Postado em 26 de setembro de 2016 protocolo para
A leitura contínua de 24 horas será feita no alto de um
Por Douglas Belchior (http://negrobelchior.cartacapital.com.br/politica-nao-e-lugar- avaliação formativa
prédio na região central da cidade a partir das 16h. pra-preto-vagabundo-feito-voce/ . Acesso em 30/10/2016.)
Tenho plena consciência de que represento uma exceção. análise das habilidades
O ato está programado para terminar amanhã (2), Dia de Assinale a alternativa que melhor explique o fato de o
Ainda que miscigenado (fosse a pele retinta, bem sei que descritores
Finados, na mesma hora em que policiais militares inva-
a vida reservaria ainda mais dificuldades), como homem autor do texto considerar-se uma exceção:
diram o presídio durante uma rebelião. sugestões de práticas
negro, estudei. Alcancei o banco de uma universidade re- a. o fato de se definir como miscigenado.
http: //radioagencianacional. ebc. com. br/direitos-humanos/ conhecida, a PUC-SP, onde me formei em História e alcei
audio/2016-11/artistas-fazem-ato-em-sp-para-lembrar- b. o fato de sofrer preconceito racial.
massacre-docarandiru Acesso em 6/11/2016. o desvalorizado, mas nem por isso menos nobre, status
fortalecimento da aprendizagem 140
avaliação inicial — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
c. o fato de se definir como negro. homicídio, vítima de assalto. Isso é recorrente na minha últimos anos e apelamos para que isso seja retomado,
família, desde então eu acho importante participar da ca- um policiamento próximo ao povo.”
d. o fato de ter se formado em uma universidade reco- caixa de ferramenta
minhada da paz, principalmente aqui na zona sul de São do professor
nhecida.  A 21ª Caminhada pela Vida e pela Paz foi organizada pelo
Paulo, onde a criminalidade é muito grande e não existe
e. o fato de ser trabalhador. Fórum em Defesa da Vida. Para o próximo dia 19, o fórum abertura das sequências
punição para quem comete crimes de tamanha gravida-
organiza um Tribunal Popular para julgar a responsabili- sequência 1
de como essa.
dade do Estado pela morte da população jovem.
 ID DA QUESTÃO: 1094  CÓDIGO DO DESCRITOR: P149  orientações de estudo
O bairro do Jardim Ângela já foi conhecido como o mais
7. Leia o texto e responda às questões a seguir. Assinale a alternativa que melhor identifique um dos te-
violento do mundo. Já o cemitério São Luiz ficou famoso sequência 2
por ser o cemitério com o maior número de jovens se- mas presentes no texto.
Paulistas promovem caminhada pela paz e orientações de estudo
pedem fim da violência pultados no Brasil. Foram estatísticas assim que motiva- a. Religião.
ram a primeira caminhada, que aconteceu em 1996. De b. Formas de policiamento.  sequência 3
2/11/2016 – 19h02 – São Paulo lá para cá, a situação melhorou. Os índices de violência orientações de estudo
Eliane Gonçalves c. Terrorismo.
diminuíram, mas para uma das lideranças do lugar, o
padre Jaime Crowe, da Paróquia Santos Mártires, a vio- d. Paz internacional.
No extremo sul da cidade de São Paulo, o Dia de Finados
lência ainda faz parte do cotidiano. e. Comemorações de feriados anexos do professor
foi marcado pela Caminhada pela Vida e pela Paz. A re-
gião, que já foi considerada uma das mais violentas do “Já caiu a violência, mas ainda não chegamos aonde que- avaliação inicial
mundo, segue marcada por assassinatos, principalmente remos. Queremos, como vamos usar a frase de hoje, ne-  ID DA QUESTÃO: 1116 CÓDIGO DO DESCRITOR: P177  língua portuguesa
de jovens. nhuma morte a mais, nenhum jovem a menos. Enquan- 8. Assinale a alternativa que melhor identifique uma ideia propostas de intervenção na
to estão ainda sendo assassinados adolescentes jovens, forma de orientação de estudos
A caminhada partiu da Paróquia Santos Mártires, no defendida no texto.
precisamos levantar o nosso grito pela vida.
bairro do Jardim Ângela, e seguiu até o cemitério São protocolo para
a. Deve-se defender a paz mundial.
avaliação formativa
Luiz. O trajeto de quase cinco quilômetros foi percorrido Para o padre, a mudança passa por uma reestruturação
b. Deve-se pôr fim à violência policial em bairros po-
por familiares de vítimas e ativistas que pedem o fim da das forças policiais. Ele defende uma polícia comunitária
bres.  análise das habilidades
violência na região. Pessoas como Henrique Gaudêncio, no lugar da polícia militar. descritores
de 32 anos, que participa do ato desde que tinha 10 anos c. Deve-se melhorar o sistema carcerário.
“Que haja uma mudança na polícia, a desmilitarização sugestões de práticas
e conhece de perto a violência. d. Deve-se ampliar o policiamento ostensivo em bairros
da polícia e que haja uma polícia mais próxima ao povo.
pobres.
“Há sete anos eu perdi um primo vítima de um homicídio Uma das lutas do Fórum em Defesa da Vida foi o policia-
e há quatro anos eu perdi um outro primo vítima de um mento comunitário e isso foi jogado para escanteio nos e. Deve-se pôr fim ao terrorismo de Estado.
fortalecimento da aprendizagem 141
avaliação inicial — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
 ID DA QUESTÃO: 2423  CÓDIGO DO DESCRITOR: P623  c. decidiu acompanhar uma marcha militar que pas- – Errou! interrompeu Camilo, rindo.
9. Leia o texto para responder a questão a seguir: sava  caixa de ferramenta
– Não diga isso, Camilo. Se você soubesse como eu tenho
CONTO DE ESCOLA do professor
d. começou a sentir uma coceira incontrolável nos pés andado, por sua causa. Você sabe; já lhe disse. Não ria de

e. não podia ouvir os tambores da marcha militar que mim, não ria. . . abertura das sequências
Machado de Assis
passava Camilo pegou-lhe nas mãos, e olhou para ela sério e fixo. sequência 1
Na rua encontrei uma companhia do batalhão de fuzilei-
Jurou que lhe queria muito, que os seus sustos pareciam orientações de estudo
ros, tambor à frente, rufando. Não podia ouvir isto quieto.
de criança; em todo o caso, quando tivesse algum receio,
Os soldados vinham batendo o pé rápido, igual, direita,  ID DA QUESTÃO: 1043  CÓDIGO DO DESCRITOR: P015 
sequência 2
a melhor cartomante era ele mesmo.
esquerda, ao som do rufo; vinham, passaram por mim, 10. Leia o texto e responda à questão a seguir. orientações de estudo
e foram andando. Eu senti uma comichão nos pés, e tive Depois, repreendeu-a; disse-lhe que era imprudente an-
A cartomante
ímpeto de ir atrás deles. Já lhes disse: o dia estava lindo, e dar por essas casas. sequência 3
depois o tambor. . . Olhei para um e outro lado; afinal, não Machado de Assis orientações de estudo
ASSIS, Machado de. Obra completa.
sei como foi, entrei a marchar também ao som do rufo, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1962. v. 2.
Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e
creio que cantarolando alguma coisa: Rato na casaca. . .
Não fui à escola, acompanhei os fuzileiros, depois enfiei na terra do que sonha a nossa filosofia. Era a mesma ex- No último parágrafo do trecho acima, o personagem Ca-
anexos do professor
pela Saúde, e acabei a manhã na praia de Gamboa. Vol- plicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa sex- milo não vê com bons olhos o fato de Rita consultar uma
ta-feira de novembro de 1869, quando este ria dela, por cartomante, porque: avaliação inicial
tei para casa com as calças sujas, sem pratinha no bolso
ter ido na véspera consultar uma cartomante; a diferença língua portuguesa
nem ressentimento na alma. E, contudo, a pratinha era a. tem medo de que Rita esteja querendo abandoná-lo.
é que o fazia por outras palavras. propostas de intervenção na
bonita e foram eles, Raimundo e Curvelo, que me deram
b. não acredita em cartomantes, acha isso desnecessá- forma de orientação de estudos
o primeiro conhecimento, um da corrupção, outro da de-
– Ria, ria. Os homens são assim; não acreditam em nada. rio e perigoso. 
lação; mas o diabo do tambor. . . protocolo para
Pois saiba que fui, e que ela adivinhou o motivo da con- c. sente-se inferiorizado em relação a Rita, por não co- avaliação formativa
Fonte: ASSIS, Machado de. Conto de Escola. Disponível em:
sulta, antes mesmo que eu lhe dissesse o que era. Apenas nhecer filosofia.
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000268.pdf
Acessado em: 09/10/2018. começou a botar as cartas, disse-me: “A senhora gosta de análise das habilidades
d. não gosta que Rita tenha amizade com Hamlet e com descritores
uma pessoa. . .” Confessei que sim, e então ela continuou
No trecho acima, o narrador não foi à escola porque: Horácio.
a botar as cartas, combinou-as, e no fim declarou-me que sugestões de práticas
a. decidiu ir à praia, onde acabara a manhã eu tinha medo de que você me esquecesse, mas que não
e. acredita que a cartomante consultada por Rita seja

b. estava com as calças muito sujas era verdade. . . incompetente


fortalecimento da aprendizagem 142
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Propostas de intervenção na forma


jornadas e produtos

caixa de ferramenta

de orientação de estudos do professor

abertura das sequências

Língua Portuguesa sequência


orientações de estudo
1

sequência 2
orientações de estudo
Muitos linguistas (Linguística é a ciência que estuda a que aparecem na “superfície” do texto; quer dizer, são es-
No caso de erros na questão 1
linguagem verbal) já procuraram e continuam procuran- critas com palavras de sentido exato, literal. Essas pala- sequência 3
A questão trata do reconhecimento de um tema do respostas para essas questões, que são bem difíceis vras são as que contribuem mais diretamente para iden- orientações de estudo
abordado em uma notícia. Para avançar no mesmo. O que melhor conseguiram definir, até agora, é o tificarmos a informatividade de um texto.
desenvolvimento de habilidades de leitura de notícias que chamamos de textualidade.
(textos informativos), leia as páginas 11 e 12 e realize Mas o que é que a gente entende por “informações”? São
anexos do professor
as atividades das páginas 13 e 14 do material Conexão Textualidade é um conjunto composto por diversos fato- dados, fatos, tópicos, temas, assuntos; mas podem ser
Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 res que contribuem para que um texto seja organizado também ideias, pensamentos, opiniões. Tudo o que um avaliação inicial

ID DO CARTÃO: 1194 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01F e faça sentido, diferenciando-o assim de meras palavras texto quer nos fazer ver e crer. Identificar informações língua portuguesa
jogadas ao acaso. Um desses fatores é aquilo que chama- com clareza e precisão é uma responsabilidade tanto do propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
mos de informatividade. próprio texto (e do seu autor), quanto do leitor.

 ID DO CARTÃO: 1194 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01F  protocolo para


Informatividade é o caráter que todo texto possui em car- Isso é, um texto deve ser escrito e organizado de forma
avaliação formativa
regar e comunicar informações. Isso pode parecer óbvio, a ser plenamente capaz de transmitir suas informações
O caráter informativo de todo texto
não é? Afinal, é lógico que todo texto traz informação, co- (deve saber o que quer e aonde quer chegar); e o leitor, da análise das habilidades
Você já se perguntou o que é um texto? Um texto é ape-
munica algo. No entanto, existem muitas maneiras dife- sua parte, deve ter a competência leitora suficiente para descritores
nas um amontoado de palavras e frases ou é algo mais
rentes para que um texto carregue as suas informações e saber o que é possível e o que não é possível “enxergar”
do que isso? Se for, o que é que faz que um texto seja um sugestões de práticas
muitas maneiras diferentes também para o leitor captá-las. dentro do texto (como vimos no item anterior).
texto? Isso é, o que é que traz organização e significado
para esse conjunto de palavras, frases, parágrafos a que Antes de mais nada, um texto traz informações explíci-
chamamos texto? tas. Como já dissemos no item anterior, são informações
fortalecimento da aprendizagem 143
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
1. A partir do que você leu no texto explicativo acima, cite “O Brasil é o quarto país em população carcerária do o policial que prende, o Judiciário que garante a execução
e explique, com suas próprias palavras, o que é e de que mundo, tem um sistema prisional absolutamente viola- e o sistema falido”, disse.
caixa de ferramenta
se compõe o caráter informativo de todo texto. dor de direitos, onde tortura e superlotação existem. O do professor
Segundo a conselheira, a crise e as desigualdades contri-
Estado admite facções dominando presídios, admite si-
Orientação de resposta: Conforme se lê no texto buem para o agravamento das ameaças aos direitos hu- abertura das sequências
tuações insalubres e é um país que ainda quer trancafiar
explicativo, o caráter informativo de todo texto é manos. “Porque isso não é resolvido só com segurança,
a juventude”, disse a presidente do CNDH, Ivana Farina, sequência 1
composto pela sua informatividade, ou seja, informações mas com saúde, com educação, com alimentação de qua-
que o texto transmite. Essas informações podem referindo-se à tentativa de redução da maioridade penal orientações de estudo
lidade, com lazer etc. Não percebemos essa integração de
aparecer em forma explícita (literal) ou implícita (“nas que tramita no Congresso. Segundo ela, as violações de
direitos humanos nos sistemas prisional e socioeducati-
políticas de maneira tão transversal com intervenção na sequência 2
entrelinhas”), além de que essas informações podem
segurança pública. ” orientações de estudo
se constituir de fatos (acontecimentos, lugares ou vo têm que ser uma preocupação nacional.
pessoas reais) ou opiniões (avaliações, juízos de valor, O CNDH é um órgão composto por representantes do
Durante reunião ampliada em Brasília, conselheiros de sequência 3
posicionamentos pessoais a respeito de fatos). Poder Público e da sociedade civil que, além de mo-
17 estados e do Distrito Federal levaram informações orientações de estudo
nitorar as violações, tem competência para apurar si-
para compor um mapeamento e propor ações de prote-
tuações ou condutas contrárias aos direitos humanos,
ção aos direitos humanos em todo o país. As violências
podendo fazer recomendações a entidades públicas e
 ID DO CARTÃO: 1190 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01G  contra a juventude negra, contra povos indígenas e qui- anexos do professor
privadas em todo o país.
lombolas, em grandes empreendimentos e contra pes-
2. Leia o texto a seguir para avançar no estudo do que é o avaliação inicial
soas em situação de rua também foram apontadas pelos (http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/
caráter informativo dos textos: noticia/2016-10/violacao-de-direitos-humanos-no-sistema- língua portuguesa
conselheiros, segundo Ivana. carcerario-e-recorrente-diz . Acesso em 24/10/2016. )
propostas de intervenção na
Violação de direitos humanos no sistema
A vice-presidente do Conselho Estadual de Direitos Hu- forma de orientação de estudos
carcerário é recorrente, diz conselho
manos de Pernambuco, Edna Jatobá, criticou a política
 ID DO CARTÃO: 1191 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01H 
protocolo para
20/10/2016 – Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
de encarceramento brasileira e as condições do sistema avaliação formativa
para recuperação dos detentos. 3. Você já leu o texto “Violação de direitos humanos no sis-
O sistema prisional brasileiro, um dos maiores do mundo
análise das habilidades
em população carcerária, é um ambiente de frequentes tema carcerário é recorrente, diz conselho”, de Andreia
“O Estado prende muito e prende muito mal, e quando ele descritores
violações de direitos humanos. A avaliação está em le- prende mal acaba forjando novos crimes e criminosos. Verdélio, para avançar no estudo do que é o caráter in-
vantamento apresentado hoje (20) pelo Conselho Nacio- formativo dos textos. Agora observe a análise realizada sugestões de práticas
Uma pessoa presa por tráfico quando sai da prisão vira
nal dos Direitos Humanos (CNDH) sobre os tipos de vio- um homicida. Temos um desajuste no sistema de Justiça a seguir sobre esse texto. Quais são as informações que
lações de direitos mais recorrentes no país. criminal de que o Estado não consegue dar conta, desde o texto traz explicitamente? Vamos ver?
fortalecimento da aprendizagem 144
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
a. O texto trata do sistema prisional brasileiro (assunto): levaram informações para compor um mapeamento  ID DO CARTÃO: 1205 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02C 

(1o parágrafo) “O sistema prisional brasileiro, um dos e propor ações de proteção aos direitos humanos em
caixa de ferramenta
maiores do mundo em população carcerária, é um todo o país.” Substituição e Proforma do professor
ambiente de frequentes violações de direitos humanos.” (6o parágrafo) “Segundo a conselheira, a crise e as Para evitar a repetição de uma mesma palavra várias ve-
abertura das sequências
desigualdades contribuem para o agravamento das zes (o que pode prejudicar a fluidez do texto, a não ser que
b. O texto procura transmitir dados específicos a respeito
ameaças aos direitos humanos. “Porque isso não é
se queira destacar ou intensificar o sentido dessa palavra),
sequência 1
do sistema prisional brasileiro (delimitação do assunto): resolvido só com segurança, mas com saúde, com orientações de estudo
(2o parágrafo) “’O Brasil é o quarto país em população podemos substituí-la, em alguns momentos, por uma pro-
educação, com alimentação de qualidade, com lazer etc.”
carcerária do mundo, tem um sistema prisional forma que pode retomá-la (neste caso, temos uma anáfora, sequência 2
absolutamente violador de direitos, onde tortura  # resumindo ou função anafórica) ou precedê-la (catáfora, ou função ca-
orientações de estudo
e superlotação existem. O Estado admite facções
tafórica). Para um exemplo disso, veja o texto a seguir:
dominando presídios, admite situações insalubres e é Todo texto é formado por fatores (ou elementos) de
Trabalho escravo é ainda uma realidade no Brasil
sequência 3
um país que ainda quer trancafiar a juventude’, disse a textualidade. Dentre esses, destaca-se a informatividade,
orientações de estudo
presidente do CNDH, Ivana Farina, [...]” que é o fato de um texto transmitir informações
Esse tipo de violação não prende mais o indivíduo a correntes,
primeiramente de um modo explícito.
c. Esses dados vêm acompanhados de uma avaliação mas acomete a liberdade do trabalhador e o mantém submisso

negativa da atual situação do sistema prisional brasi- a uma situação de exploração


anexos do professor
leiro, em depoimentos de pessoas entrevistadas: No caso de erros na questão 2 NATALIA SUZUKI E THIAGO CASTELI – 4 de maio de 2016
avaliação inicial
(5o parágrafo) “’O Estado prende muito e prende A questão trata do reconhecimento de um referente, língua portuguesa
O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos hu-
muito mal, e quando ele prende mal acaba forjando considerando as relações lógico-discursivas no texto.
manos que persiste no Brasil. A sua existência foi assu- propostas de intervenção na
novos crimes e criminosos. Uma pessoa presa Para avançar nos estudos sobre coesão textual, leia forma de orientação de estudos
por tráfico quando sai da prisão vira um homicida. mida pelo governo federal perante o país e a Organização
as páginas 25 -29 do material Conexão Aprendizagem
Temos um desajuste no sistema de Justiça criminal Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez que se protocolo para
- Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1
que não consegue dar conta, desde o policial que tornasse uma das primeiras nações do mundo a reconhe- avaliação formativa
Em seguida, realize as propostas das páginas 30 a 32.
prende, o Judiciário que garante a execução e o cer oficialmente a escravidão contemporânea em seu ter-
Leitura: análise das habilidades
sistema falido’, disse. ” ritório. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhado-
ID DO CARTÃO: 1205  CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02C descritores
res foram libertados de situações análogas à de escravidão
d. O texto traz propostas para a solução dos problemas ID DO CARTÃO: 1200  CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02D
em atividades econômicas nas zonas rural e urbana. sugestões de práticas
apontados, também através da voz de especialistas Exercícios
ouvidos: Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho
ID DO CARTÃO: 1203  CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02E
(3o parágrafo) “Durante reunião ampliada em Brasília, escravo não é somente uma violação trabalhista, tam-
ID DO CARTÃO: 1201  CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02F
conselheiros de 17 estados e do Distrito Federal pouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial
fortalecimento da aprendizagem 145
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos Quem é o trabalhador escravo? Em geral, são migrantes Muitas vezes, o trabalhador submetido ao trabalho escra-
não prende mais o indivíduo a correntes, mas compre- que deixaram suas casas em busca de melhores condi- vo consegue fugir da situação de exploração, colocando a caixa de ferramenta
ende outros mecanismos, que acometem a dignidade e ções de vida e de sustento para as suas famílias. Saem de sua vida em risco. Quando tem sucesso em sua emprei- do professor
a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma suas cidades atraídos por falsas promessas de aliciado- tada, recorre a órgãos governamentais ou organizações
abertura das sequências
situação extrema de exploração. res ou migram forçadamente por uma série de motivos, da sociedade civil para denunciar a violação que sofreu.
que pode incluir a falta de opção econômica, guerras e Diante disso, o governo brasileiro tem centrado seus es-
sequência 1
[...] Qualquer um dos quatro elementos abaixo é suficien-
até perseguições políticas. No Brasil, os trabalhadores orientações de estudo
te para configurar uma situação de trabalho escravo: forços para o combate desse crime, especialmente na
proveem de diversos estados das regiões Centro-Oes- fiscalização de propriedades e na repressão por meio da
TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obrigado a se sub- sequência 2
te, Nordeste e Norte, mas também podem ser migran- punição administrativa e econômica de empregadores
meter a condições de trabalho em que é explorado, sem tes internacionais de países latino-americanos – como
orientações de estudo
flagrados utilizando mão de obra escrava.
possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, a Bolívia, Paraguai e Peru –, africanos, além do Haiti e
seja por ameaça e violências física ou psicológica. Enquanto isso, o trabalhador libertado tende a retornar a
sequência 3
do Oriente Médio. Essas pessoas podem se destinar à
orientações de estudo
região de expansão agrícola ou aos centros urbanos à sua cidade de origem, onde as condições que o levaram a
JORNADA EXAUSTIVA: expediente penoso que vai além
procura de oportunidades de trabalho. migrar permanecem as mesmas. Diante dessa situação,
de horas extras e coloca em risco a integridade física do
o indivíduo pode novamente ser aliciado para outro tra-
trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas é insu-
Tradicionalmente, o trabalho escravo é empregado em balho em que será explorado, perpetuando uma dinâmi- anexos do professor
ficiente para a reposição de energia. Há casos em que o
atividades econômicas na zona rural, como a pecuária, a ca que chamamos de “Ciclo do Trabalho Escravo”. avaliação inicial
descanso semanal não é respeitado. Assim, o trabalhador
produção de carvão e os cultivos de cana-de-açúcar, soja língua portuguesa
também fica impedido de manter vida social e familiar. Para que esse ciclo vicioso seja rompido, são necessárias
e algodão. Nos últimos anos, essa situação também é ve-
propostas de intervenção na
SERVIDÃO POR DÍVIDA: fabricação de dívidas ilegais rificada em centros urbanos, principalmente na constru- ações que incidam na vida do trabalhador para além do forma de orientação de estudos

referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel ção civil e na confecção têxtil. âmbito da repressão do crime. Por isso, a erradicação do
protocolo para
e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de problema passa também pela adoção de políticas públi-
No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho es- avaliação formativa
forma abusiva e descontados do salário do trabalhador, cas de assistência à vítima e prevenção para reverter a
cravo rural são homens. Em geral, as atividades para as
que permanece sempre devendo ao empregador. situação de pobreza e de vulnerabilidade de comunida- análise das habilidades
quais esse tipo de mão de obra é utilizado exigem for- descritores
des. Dentre essas políticas, estão as ações formativas no
CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto de elemen- ça física, por isso os aliciadores buscam principalmen-
âmbito da educação, como aquelas propostas pelo pro-
tos irregulares que caracterizam a precariedade do tra- te homens e jovens. Os dados oficiais do Programa Se- sugestões de práticas
grama Escravo, nem pensar!.
balho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é guro-Desemprego de 2003 a 2014 indicam que, entre os
submetido, atentando contra a sua dignidade, como des- trabalhadores libertados, 72,1% são analfabetos ou não ● Natalia Suzuki é jornalista, mestre em Ciência Política
crito no diagrama a seguir. concluíram o quinto ano do Ensino Fundamental. pela FFLCH-USP e coordenadora do programa
fortalecimento da aprendizagem 146
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Escravo, nem Pensar!, programa de educação para A mesma coisa vale para o substantivo “país” (2o perío- ende outros mecanismos, que acometem a dignidade e
prevenção do trabalho escravo da ONG Repórter Brasil do), o qual retoma o nome próprio “Brasil” (1o período), sendo a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma
caixa de ferramenta
sinônimo dele (na verdade, um hiperônimo: isto é, um “si- situação extrema de exploração. do professor
● Thiago Casteli é historiador pela USP e coordenador
assistente do programa Escravo, nem pensar! nônimo” que pertence a uma categoria superior; Brasil é um
[...] Qualquer um dos quatro elementos abaixo é suficien- abertura das sequências
país, assim como existem vários outros países).
(http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/ te para configurar uma situação de trabalho escravo: sequência 1
trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/
Acesso em 28/10/2016.)
Por sua vez, a expressão “daquele ano” (3o período), for- orientações de estudo
mada pela contração de uma preposição e de um prono- TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obrigado a se sub-

1. Vamos reler o primeiro parágrafo do texto, prestando me demonstrativo (de + aquele) e pelo substantivo “ano”, meter a condições de trabalho em que é explorado, sem sequência 2
possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, orientações de estudo
atenção nas palavras destacadas? retoma o numeral “1995” (2o período). Essa retomada é im-
seja por ameaça e violências física ou psicológica.
portante, pois tal dado (em 1995, o governo federal do Brasil
O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos hu- sequência 3
assumiu a existência de trabalho escravo em seu território)
manos que persiste no Brasil. A sua existência foi assu- orientações de estudo
JORNADA EXAUSTIVA: expediente penoso que vai
será necessário para que o texto progrida nas informações
mida pelo governo federal perante o país e a Organiza-
além de horas extras e coloca em risco a integridade fí-
ção Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez que quer transmitir (desde que foi assumida oficialmente
sica do trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas
que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a persistência do trabalho escravo em nosso país, há 21
é insuficiente para a reposição de energia. Há casos em anexos do professor
a reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea anos, foram libertados mais de 50. 000 trabalhadores pre-
que o descanso semanal não é respeitado. Assim, o tra- avaliação inicial
em seu território. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil sos a essa condição).
balhador também fica impedido de manter vida social e língua portuguesa
trabalhadores foram libertados de situações análogas à
familiar. propostas de intervenção na
de escravidão em atividades econômicas nas zonas ru- forma de orientação de estudos
ral e urbana.  ID DO CARTÃO: 1200 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02D 
SERVIDÃO POR DÍVIDA: fabricação de dívidas ilegais
protocolo para
referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel
O pronome possessivo “sua” (2o período) refere-se a 2. Vejamos, agora, o seguinte trecho: avaliação formativa
e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de
uma expressão que já foi citada anteriormente no texto: Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho forma abusiva e descontados do salário do trabalhador, análise das habilidades
“trabalho escravo” (1o período). Tem uma função anafórica: escravo não é somente uma violação trabalhista, tam- descritores
que permanece sempre devendo ao empregador.
seu objetivo é evitar a repetição dessa mesma expressão: pouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial
sugestões de práticas
“A existência do trabalho escravo foi assumida pelo gover- e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto de elemen-
no federal [...]”. não prende mais o indivíduo a correntes, mas compre- tos irregulares que caracterizam a precariedade do tra-
fortalecimento da aprendizagem 147
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
balho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é  ID DO CARTÃO: 1203 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02E  De acordo com ele, as novas formas de manifestação tam-
submetido, atentando contra a sua dignidade, como des- 3. Leia o texto a seguir para avançar no estudo do que é bém exigem dos governos novas formas de negociação. Os
caixa de ferramenta
crito no diagrama a seguir. coesão: movimentos são pulverizados, não têm uma única lideran- do professor
ça. Na maioria dos estados, os estudantes pedem que as ne-
A expressão “outros mecanismos” refere-se a algo que Ocupações de escolas mostram necessidade de abertura das sequências
gociações ocorram com pelo menos um representante de
ainda aparecerá explicitamente no texto, logo abaixo: os rever relação com a comunidade sequência 1
cada escola ocupada. “O Estado tem que mudar a estraté-
“mecanismos” que configuram trabalho escravo contempo- 13/6/2016 – 7h47 – Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil gia, é sempre reativo, não tem capacidade de se antecipar, orientações de estudo
râneo (trabalho forçado, jornada exaustiva, servidão por dí- reage ao processo de pressão e depois fica refém”, diz Testa.
As ocupações de escolas mudaram a forma de os estudan-
vida e condições degradantes). Sua função é catafórica, ou sequência 2
tes se manifestarem, deram força à categoria e mostraram a Além das jornadas de 2013
seja: antecipar, anunciar. Podemos dizer o mesmo de “um” orientações de estudo
necessidade de os estados se reinventarem na relação com Para o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à
e “quatro”, que se referem precisamente aos quatro meca-
a comunidade escolar, de acordo com especialistas ouvidos Educação, Daniel Cara, as ocupações “são a melhor novi- sequência 3
nismos de trabalho escravo atual que serão enumerados
pela Agência Brasil. As ocupações de escolas por secunda- dade no debate público brasileiro”. Segundo ele, os estu- orientações de estudo
em seguida.
ristas começaram no ano passado em São Paulo e se esten- dantes deram um passo além das jornadas de junho.
deram para outros estados – Espírito Santo, Rio Grande do
“Em 2013, havia mais gente mobilizada, mas tinha um pon-
 # resumindo
Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Goiás e Ceará.
to que negava as organizações e as instituições e fazia senti- anexos do professor
As pautas específicas de cada localidade variam, mas o do ali, mas quando se negam inclusive as organizações que avaliação inicial
Um texto é formado por várias partes (palavras, frases,
movimento tem uma demanda comum: educação pública podem ser parceiras, isso dificulta o processo. As ocupações língua portuguesa
parágrafos) que se unem em um todo (o próprio texto). E,
para melhor compreendermos o significado de um texto, de qualidade. “As ocupações mostram que no Brasil está não fecham as portas para ninguém. São os secundaristas propostas de intervenção na
havendo uma articulação de vários segmentos contra a in- forma de orientação de estudos
devemos saber relacionar as partes entre si e as partes que têm autonomia e que coordenam o movimento. Acredi-
com o todo. capacidade do Estado de prestar um serviço como deveria to que a maturidade política vem sendo estabelecida e uma
protocolo para
ser”, avalia o cientista político e sociólogo da Universidade nova forma de exercício de liderança”, analisa. avaliação formativa
Esse tipo de ligação se chama coesão. Existem diversas
de Brasília Antônio Testa.
maneiras de se estabelecerem relações coesivas, dentre as Segundo ele, mulheres e a população LGBT [Lésbicas, análise das habilidades
quais podemos citar a repetição e a substituição. A primeira Segundo Testa, essa insatisfação começou a ganhar as ruas Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros] descritores
ajuda a reforçar, destacar ou intensificar o sentido de certas na jornada de protestos de junho de 2013. “Os movimentos têm exercido protagonismo nesse processo, o que é positi-
expressões, importantes para o significado do texto como sugestões de práticas
mostravam que a população estava insatisfeita com trans- vo. “Eles, de fato, mudam o dia a dia na escola, os estudan-
um todo. A segunda ajuda a tornar o texto mais fluido –
porte, educação e segurança. A sociedade está se mobili- tes se apropriam do direito à educação. Percebe-se uma
sem o “travamento” causado por repetições exageradas e
zando, tem internet para ajudar e está mostrando que con- liderança apolítica, mais horizontal, menos discursiva e
desnecessárias.
segue pressionar o Poder Público para as suas razões. ” mais pautada no exemplo”, diz Cara.
fortalecimento da aprendizagem 148
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Daniel Cara considera que os governos têm agido mal ao ferramentas bem interessantes de interlocução com os es- b. Releia, agora, o primeiro período do segundo parágra-
não compreenderem o que as ocupações significam. “Não tudantes, como nunca antes foi possível. ” fo do texto: caixa de ferramenta
compreendem essas ocupações e não percebem que sig- do professor
Segundo o secretário, é necessário que haja espaços aber- As pautas específicas de cada localidade variam, mas
nificam uma oportunidade de fazer uma discussão quali-
tos de diálogo de ambos os lados. “Os problemas da edu- o movimento tem uma demanda comum: educação abertura das sequências
tativa da educação e de fazer que o jovem se responsabi-
lize e ajude a desenvolver a gestão democrática”, afirma.
cação só serão resolvidos com um grande pacto nacional pública de qualidade. A palavra em destaque retoma sequência 1
e não por meio de um ambiente de conflito permanente. ” uma expressão presente no parágrafo anterior. Que orientações de estudo
Os estados (http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-06/ expressão é essa?
O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Edu-
ocupacoes-apontam-necessidade-de-governos-reverem- sequência 2
relacao-com-comunidade . Acesso em 28/10/2016. ) c. Ainda sobre o período reproduzido na questão ante-
cação (Consed), Eduardo Deschamps, diz que os secretá- orientações de estudo
rior, a palavra destacada antecipa outra palavra que
rios veem a situação com apreensão.
será citada dentro do mesmo parágrafo. Qual? sequência 3
“Em primeiro lugar, pelos prejuízos aos estudantes por  ID DO CARTÃO: 1201 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02F 
orientações de estudo
causa das dificuldades de cumprir os 200 dias letivos den- 4. Você já leu o texto “Ocupações de escolas mostram ne- Resposta:
tro do ano. Nesse caso, os prejuízos aos estudantes, em
cessidade de rever relação com a comunidade”, de Ma- a. Refere-se a “estudantes”. A palavra “categoria” refe-
especial aos do ensino médio, podem vir a ser irrepará-
riana Tokarnia. Agora acompanhe a análise de alguns anexos do professor
re-se ao termo “estudantes”, que aparece na oração
veis. Em segundo lugar, pelas dificuldades de negociação
aspectos dele e responda: anterior, dentro do mesmo período. Trata-se de um avaliação inicial
com o grupo de alunos que ocupam as unidades escola-
recurso de coesão (substituição por sinônimos) que língua portuguesa
res pois, segundo relato dos secretários, é difícil encontrar a. Releia o primeiro período do texto:
evita a repetição desnecessária da mesma palavra. propostas de intervenção na
uma pauta clara para atendimento e discussão, além de,
“As ocupações de escolas mudaram a forma de os Tal recurso também é chamado de anafórico, pois re- forma de orientação de estudos
em alguns casos, a liderança ser difusa e, ao contrário do
estudantes se manifestarem, deram força à cate- toma um elemento já citado na ordem do texto.
que prega, se negar ao diálogo. ” protocolo para
goria e mostraram a necessidade de os estados se avaliação formativa
b. Retoma “ocupações de escolas”. A palavra “movi-
Deschamps diz que todos os secretários querem garantir reinventarem na relação com a comunidade esco- mento” retoma a expressão “ocupações de escolas”,
a melhor educação possível aos estudantes. “Porém as so- lar, de acordo com especialistas ouvidos pela Agên- presente no parágrafo anterior, como diz o enunciado
análise das habilidades
cia Brasil”. descritores
luções são complexas. Temos observado a ampliação de da questão. Trata-se, mais uma vez, de um recurso
espaços para que os estudantes e suas lideranças possam de coesão (substituição por sinônimos) que evita a sugestões de práticas
participar do processo de definição das ações educacio- A palavra destacada em negrito refere-se a um ele- repetição desnecessária da mesma palavra. Tal re-
nais em cada estado. As novas formas de comunicação, mento já citado anteriormente, dentro da mesma curso também é chamado de anafórico, pois retoma
por meio das mídias sociais, vêm se transformando em frase. Indique qual. um elemento já citado na ordem do texto.
fortalecimento da aprendizagem 149
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
c. Antecipa “ocupações”. O mesmo substantivo “movi- procuram ser uma representação direta das coisas, tais quais Ironia: figura de linguagem que se caracteriza por dar a uma
mento” antecipa a palavra “ocupações”, a qual apare- são (numa relação de semelhança). São, em vez disso, uma palavra o sentido contrário do que ela teria, originalmente. caixa de ferramenta
cerá mais para a frente, ainda dentro do mesmo pará- do professor
representação indireta: ou seja, uma coisa que provoca ou é No caso da tirinha que estamos vendo, a palavra progresso
grafo. Trata-se, mais uma vez, de um recurso de coesão
(substituição por sinônimos) que evita a repetição des- provocada por outra. geralmente tem um sentido positivo; mas, para Papa-Capim, abertura das sequências
necessária da mesma palavra. Porém, desta vez, temos ela é uma palavra negativa, pois se refere a algo que destrói sequência 1
aqui um catafórico (elemento que antecipa outro na or- Por exemplo: a natureza. orientações de estudo
dem do texto).
Tocos de árvores não são, literalmente, “progresso”. São
sequência 2
apenas tocos de árvores. Porém, da maneira como esses to-
orientações de estudo
No caso de erros na questão 3 cos se apresentam (com um corte liso e preciso, como se al-
A questão propõe o reconhecimento do humor em uma guma serra os tivesse atravessado; e todos eles iguais, como sequência 3
tirinha. Para retomar procedimentos de leitura desse tipo se todas as árvores da região tivessem sido sistematicamente orientações de estudo
de texto, leia as páginas 37 e 38 do material Conexão derrubadas por alguma força organizada), nós conseguimos
No primeiro quadrinho, o personagem Papa-Capim che-
Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 identificar que se tratam de árvores derrubadas por pessoas.
ID DO CARTÃO: 1208  CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D05B).
ga para Kava e começa a falar quais nomes o homem “ci-
E, ativando mais uma vez nosso conhecimento de mun- anexos do professor
vilizado” (“caraíba”, na língua indígena) dá para diversos ele-
Em seguida, realize os exercícios das páginas 41 e 42 do, nós perguntamos? O que é que leva as pessoas a pro- avaliação inicial
mentos da natureza: lua (jaci) e cobra (m’boi). No segundo
ID DO CARTÃO: 1212  CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D05D moverem um desmatamento tão vasto e organizado? Justa- língua portuguesa
quadrinho, o pequeno Kava pergunta que nome o “caraíba”
mente o que chamamos de “progresso” – pelo menos, certo propostas de intervenção na
dá para “aquilo”. Para onde ele aponta? forma de orientação de estudos
modelo de progresso que implica a exploração (destruição)
 ID DO CARTÃO: 1212 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D05D 
O jovem indígena aponta para árvores derrubadas, das não sustentável dos recursos naturais. protocolo para
quais só sobrou o toco ligado à raiz. Papa-capim responde, avaliação formativa
Logicamente, a palavra “progresso” está sendo usada
Índices: ironicamente: “progresso”. Para entendermos tal resposta –
análise das habilidades
com um sentido irônico (pelo personagem), ou seja, a tirinha
Também chamados de indícios, são signos que adqui- assim como o efeito de humor e crítica social que ela carrega descritores
(o autor que elaborou essa pequena história) está fazendo
rem significado através de algum tipo de relação lógica com – precisamos compreender o modo de funcionamento dos
uma crítica a tal forma de progresso – as tirinhas, formadas sugestões de práticas
o seu referente. Geralmente, essa relação é de causa ou con- índices (ainda que não saibamos propriamente o seu concei- por dois ou três quadrinhos, geralmente, possuem esse cará-
sequência. Com isso, podemos entender que os índices não to ou sequer o sentido da palavra “índice”). ter de humor e reflexão crítica.
fortalecimento da aprendizagem 150
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Com isso, pode-se concluir que:  ID DO CARTÃO: 2171 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D3B  O orvalho vem caindo

1. os tocos, antes de mais nada, são ícones: representam di- Noel Rosa caixa de ferramenta
Inferir o sentido de uma palavra ou expressão do professor
retamente (trata-se de um desenho) árvores desmatadas O orvalho vem caindo, vai molhar o meu chapéu e tam-
Às vezes, estamos lendo um texto, tranquilamente. To-
(muitos índices são, em princípio, também ícones); bém vão sumindo, as estrelas lá do céu Tenho passado abertura das sequências
das as palavras estão fazendo perfeito sentido, está tudo
2. os tocos são também índices, pois tal desmatamento é se encaixando sem qualquer problema. De repente, aparece tão mal sequência 1
orientações de estudo
provocado (causado) pelo “progresso”; por isso, são um uma palavra (ou expressão) que parece não fazer sentido al- A minha cama é uma folha de jornal
sinal de que o progresso “passou” por ali. O progresso dei- gum. Pelo menos, parece não fazer sentido algum de acordo
O orvalho vem caindo, vai molhar o meu chapéu e tam- sequência 2
xou sua marca naquelas árvores abatidas. com o resto do texto que estávamos lendo. Essa situação lhe
bém vão sumindo, as estrelas lá do céu Tenho passado orientações de estudo
parece familiar? Calma, todos nós passamos por isso. . .
1. Releia a tirinha reproduzida acima e extraia dela duas tão mal
sequência 3
imagens que podem ser consideradas “ícones”, segun- Uma palavra ou expressão cujo significado lhe pareça
A minha cama é uma folha de jornal orientações de estudo
do os conceitos que aprendemos. estranho, dentro do texto do qual faz parte, pode ser um sinal
de que essa mesma palavra (ou expressão) esteja sendo usa- Meu cortinado é um vasto céu de anil E o meu desperta-
Orientação da resposta:
da em sentido conotativo. Mas o que é mesmo sentido “cono- dor é o guarda civil (Que o dinheiro ainda não viu!)
Observando-se, por exemplo, o primeiro quadrinho, anexos do professor
tativo”? É o sentido não- literal, figurativo, de alguma palavra,
as imagens que o compõem e, até mesmo, a fala do O orvalho vem caindo, vai molhar o meu chapéu e tam-
oposto ao seu sentido denotativo, ou seja, literal, próprio. avaliação inicial
personagem, podemos identificar, facilmente, dois ícones: bém vão sumindo, as estrelas lá do céu Tenho passado
língua portuguesa
a lua e a cobra, ambas presentes na imagem e referidas tão mal
O sentido conotativo de uma palavra ou expressão esta-
no discurso do personagem. propostas de intervenção na
rá, desse modo, sempre implícito no texto; isto é, nas “entre- A minha cama é uma folha de jornal
forma de orientação de estudos

linhas”. A nossa tarefa, enquanto leitores, é de inferir o senti-


No caso de erros na questão 4 protocolo para
A minha terra dá banana e aipim
do conotativo dessa palavra ou expressão; isto é, descobri-lo avaliação formativa
A questão trata do reconhecimento do duplo sentido através de um raciocínio que envolva os seus conhecimentos Meu trabalho é achar quem descasque por mim (Vivo
em uma tirinha. Sobre esse assunto, leia as páginas prévios no assunto do texto, uma relação entre as informa- análise das habilidades
triste mesmo assim!)
283 e 284 do material Conexão Aprendizagem - descritores
ções que ele transmite e uma atenção para o contexto.
Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 O orvalho vem caindo, vai molhar o meu chapéu e tam-
sugestões de práticas
Enfim, o processo de se identificar o duplo sentido das bém vão sumindo, as estrelas lá do céu Tenho passado
ID DO CARTÃO: 2171 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D3B
palavras não é muito difícil. Vamos estudar um exemplo: tão mal
fortalecimento da aprendizagem 151
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
A minha cama é uma folha de jornal  ID DO CARTÃO: 2170 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D3C  Vamos ver como isso funciona na prática?

A minha sopa não tem osso e nem tem sal Se um dia pas- caixa de ferramenta
Palpite infeliz
Inferir o sentido de uma palavra ou expressão do professor
so bem, dois e três passo mal (Isso é muito natural!)
Noel Rosa
O que significa ler um texto e compreender, de verdade, abertura das sequências
O seguinte verso, parte do refrão da música, chama a
tudo o que está escrito nele? Esse procedimento vai muito Quem é você que não sabe o que diz? Meu Deus do Céu,
atenção: “A minha cama é uma folha de jornal”. Se formos
sequência 1
além de uma leitura “superficial”, que envolve apenas explicar que palpite infeliz! Salve Estácio, Salgueiro, Mangueira, orientações de estudo
lê-lo ao “pé-da- letra”, vai parecer estranho: como pode uma Oswaldo Cruz e Matriz
tudo o que aparece dentro do texto explicitamente, ou seja,
única folha de jornal formar uma cama inteira? Na verdade, sequência 2
com “todas as letras”. Nós, leitores, sempre acrescentamos
a palavra “cama” está sendo usada em sentido conotativo: Que sempre souberam muito bem Que a Vila Não quer
(modo de dizer) informações ao texto, informações que não orientações de estudo
abafar ninguém,
o eu-lírico quer dizer que não tem onde se deitar para dor-
estão lá escritas com todas as palavras, mas que estão nas
mir, pois não tem moradia (ele se encontra em um estado de
“entrelinhas”, implícitas, escondidas. Só quer mostrar que faz samba também sequência 3
grande pobreza). orientações de estudo
Essas informações estão lá para quem quiser ver e dizer: Fazer poema lá na Vila é um brinquedo Ao som do samba
Assim, a sua única opção é dormir no chão da rua, tendo dança até o arvoredo Eu já chamei você pra ver
“tem coisa aqui por trás dessas palavras...” O ato de inferir é
como única “cama” uma folha de jornal. Nas duas primeiras es-
apenas isso. Mas vamos esclarecer bem uma coisa aqui: fazer Você não viu porque não quis anexos do professor
trofes (“o orvalho vem caindo”), ele descreve o amanhecer, ao
uma inferência não é inventar algo que o texto não diz, nem
qual assiste da rua mesmo. Mais uma palavra em sentido cono- Quem é você que não sabe o que diz? avaliação inicial
pretende dizer. Toda leitura tem que ser feita com pertinên-
língua portuguesa
tativo: “o meu despertador é o guarda civil” (ele não tem relógio
cia, antes de mais nada. Uma informação implícita pode es- A Vila é uma cidade independente
propostas de intervenção na
despertador, mas o policial irá acordá-lo mesmo assim).
tar escondida nas entrelinhas, mas está sim dentro do texto. forma de orientação de estudos
Que tira samba mas não quer tirar patente Pra que ligar
Desse modo, quando a gente diz que fazer inferências é a quem não sabe protocolo para
No caso de erros na questão 5 avaliação formativa
acrescentar informações ao texto, a gente está querendo di-
Aonde tem o seu nariz?
Para avançar na questão da inferência zer, na verdade, que se trata de trazer à tona informações que
análise das habilidades
(reconhecimento de informações implícitas), podem não ser captadas por todos os leitores, em uma pri- Quem é você que não sabe o que diz? descritores
retome as páginas 284 a 287 do material Conexão
meira (e superficial) leitura. Muitos textos, propositalmente,
Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 Podemos inferir que a canção acima é uma resposta, sugestões de práticas
não dizem tudo de maneira explícita; deixam muitas coisas
ID DO CARTÃO: 2170 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D3C bastante indignada, a uma crítica feita por alguém à escola
em elipse (isto é, implícitas), para serem captadas apenas
ID DO CARTÃO: 2173 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D3D de samba defendida pelo Eu-lírico (Vila Isabel, do Rio de Ja-
pelos leitores mais atentos.
neiro). Essa crítica está presente dentro do texto, com todas
fortalecimento da aprendizagem 152
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
as palavras? Não, não está. Mas, analisando as palavras do é essa? Uma implicação lógica, que busca enxergar as liga- Na desordem da roupa e do cabelo, o vento. . .
Eu-lírico, inferimos que foi feita, sim, uma crítica, e que a can- ções entre o todo e as partes que o compõem. O filósofo gre- caixa de ferramenta
E senta-se. Compõe as roupas. Olha em torno Com seus
ção está procurando se defender dela. go da antiguidade Aristóteles estudou muito os processos do professor
olhos azuis onde a inocência boia; Nessa meia penumbra
dedutivos. Por exemplo: e nesse ambiente morno, abertura das sequências
“Quem é você que não sabe o que diz?” Inferimos que o
interlocurtor (“você”) disse alguma coisa muito negativa (“o Informação 1: Todas as pessoas são mortais. Pegando da costura à luz da claraboia, sequência 1
que diz”), com a qual o poeta não concordou e está reba- Põe na ponta do dedo em feitio de adorno, orientações de estudo
Informação 2: Joana é uma pessoa.
tendo a crítica (“quem é você que não sabe”). Na verdade, o O seu lindo dedal [3] com pretensão de joia.
Inferência (dedutiva): Portanto, Joana é mortal. (Informação 3.) sequência 2
poeta questiona a competência do interlocutor em fazer tal
Explicação do exemplo: No poema acima, vemos a figu- orientações de estudo
crítica: “Eu já chamei você pra ver / Você não viu porque não No raciocínio dedutivo, eu já tenho um conhecimento do
quis”. Como pode alguém criticar algo que não viu? todo (“todas as pessoas são mortais”); a partir disso, eu de- ra de uma mulher que chega do campo, entra na sua casa e
sequência 3
duzo um conhecimento parcial (se Joana é mortal ou não), começa a costurar algumas roupas.
O próprio título da canção (“Palpite infeliz”) já vai adian- orientações de estudo
tomando como base o que eu já sei a respeito do todo. Se já [1]  Tinta de parede
tando que o poeta irá tentar desconstruir, questionar, uma
foi dito que TODAS as pessoas (sem exceção) são mortais, [2] branco
fala (crítica, palpite) que ele considera sem embasamento na
há lógica em deduzir que Joana, sendo uma pessoa, tam- [3]  Instrumento usado em costura anexos do professor
realidade. Junto disso, ele procura demonstrar uma imagem
bém será mortal. avaliação inicial
de humildade da escola de samba que defende: “Que a Vila Explicação do exemplo: No poema acima, vemos a figu-
Rústica língua portuguesa
Não quer abafar ninguém, / Só quer mostrar que faz samba ra de uma mulher que chega do campo, entra na sua casa
propostas de intervenção na
também”. Francisca Júlia
e começa a costurar algumas roupas. Através da descrição forma de orientação de estudos

Da casinha, em que vive, o reboco [1] alvacento [2] feita, podemos deduzir uma característica a mais dessa
protocolo para
mulher: ela é jovem. avaliação formativa
 ID DO CARTÃO: 2173 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D3D 
Reflete o ribeirão na água clara e sonora.
Mas o poema não fala da faixa etária dela. Como po-
Este é o ninho feliz e obscuro em que ela mora; Além, o análise das habilidades
Inferir o sentido de uma palavra ou expressão demos deduzir isso? Muito simples: basta analisar as se- descritores
Uma das mais importantes técnicas que podemos utili- seu quintal, este, o seu aposento. guintes expressões: “vem do campo a correr” (2ª estrofe) e
“seus olhos azuis onde a inocência boia” (3ª estrofe). Tais sugestões de práticas
zar para fazer inferências é a dedução. Trata-se de uma for- Vem do campo, a correr; e úmida do relento, Toda ela,
ma de raciocínio lógico que busca estabelecer um tipo de fresca do ar, tanto aroma evapora Que parece trazer con- expressões sugerem a figura de uma menina, uma moça,
relação específica entre diferentes informações. Que relação sigo, lá de fora, uma donzela jovem.
fortalecimento da aprendizagem 153
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Em outras palavras, ela veio correndo para casa (sem linguagem específicos, fazer o leitor compreender o seu pado, talvez demais, em lamber botas de gente influente,
nenhum motivo aparente; podemos interpretar que essa tema e aceitar a sua tese (processo de persuasão através da política ou da própria profissão, enquanto empresta o
caixa de ferramenta
“corrida” foi por mero gosto, gasto de energia acumulada de argumentos). nome, ou o rosto, a um certo jornalismo de grife. do professor
e prazer, como fazem as crianças e adolescentes) e seus
Uma tese é definida e desenvolvida ao longo do texto, em Essa espécie curiosa da natureza de vez em quando se abertura das sequências
olhos sugerem inocência (que costumamos atribuir às pes- vê obrigada a andar a pé, cair na rua, conviver com gen-
um processo de análise contextualizada do tema, estabele- sequência 1
soas mais jovens). te diversa, estranha daquela que costuma circular entre
cendo diversos tipos de relações e chegando a conclusões orientações de estudo
palácios e escritórios, e se assombra.
(no final do texto), as quais muitas vezes envolvem propostas
No caso de erros na questão 6 sequência 2
de ação – já que muitos temas tratam de problemas sociais No assombro, muitas vezes recorre à escolta; em outras,
orientações de estudo
Para avançar na distinção do que é fato e o que é que precisam ser resolvidos. desenvolve e dá vida a um certo olhar antropológico sobre
opinião, uma vez que a questão propõe a leitura os costumes dessas salas sem ar-condicionado. É capaz,
de um artigo de opinião, leia a página 82 e faça os
sequência 3
por exemplo, de ver beleza onde os cidadãos comuns, re-
exercícios das páginas 83 a 85 do material Conexão  ID DO CARTÃO: 1235 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07G  orientações de estudo
ais, veem exploração. Por exemplo, o trabalho infantil.
Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 Texto 1
Num momento em que a ordem, entre os filhos de certa
(ID DO CARTÃO: 1233 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07F) Precisamos falar sobre trabalho infantil
casta com um mínimo de conforto ou o máximo de privilé- anexos do professor
(ID DO CARTÃO: 1233 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07G)
Seria deboche, não fosse outra coisa, exaltar o trabalho infan- gios, é custear a escola integral dos filhos, e pavimentar as- avaliação inicial
til dedicado a servir sim a argamassa para a entrada triunfal a um mercado já língua portuguesa
suficientemente seleto, seria mero deboche, não fosse outra
Por Matheus Pichonelli – publicado em 14/6/2016 12h09, propostas de intervenção na
 ID DO CARTÃO: 1233 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07F 
última modificação: 14/6/2016, 12h48 coisa, exaltar em público a força de trabalho de uma crian- forma de orientação de estudos

ça de 9 e outra de 12 a auxiliarem o pai em um restaurante


Informações de um texto A profissão é, por definição, uma ponte entre a realidade, protocolo para
a servir ao figurão. A “lição” vem de outro país, como se por
avaliação formativa
As informações que um texto transmite são de dois tipos: a informação e o interesse público. O profissional nem aqui faltasse, não sobrasse, mão de obra infantil.
1. Fatos; sempre anda na rua. Desconhece a própria rua. O próprio análise das habilidades
Alguns, menos sensíveis à beleza da cena, ousaram ba- descritores
2. Opiniões. público.
ter no vidro, construído em formato de bolha, para dizer:
Ou seja, todo texto tem um tema (o assunto) e uma E, do alto do pedestal, de onde opina sobre a conduta de “Olha, muito legal, muito bonito, mas, a se fiar pelo exem- sugestões de práticas
tese (o posicionamento / opinião do autor a respeito do vida de leitores e espectadores, acaba perdendo a noção plo, que horas as crianças vão brincar ou ter direito a ser,
assunto). E os textos procuram, através de recursos de do próprio mundo. Passa tempo demais encastelado, ocu- ao menos nessa parte da vida, criança?”
fortalecimento da aprendizagem 154
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
A resposta da tropa veio em rajadas. Pois, por esses la- Não é preciso pisar nesses espaços, ali mesmo perto da Ber- Fundação Abrinq. Isso, quase sempre, significa estar
dos de conexões fartas e ideias escassas, só o trabalho rini. Ou visitar os campos gerais – os nossos. Uma sugestão: fora da escola. Só 56% dos adolescentes no ensino mé-
caixa de ferramenta
liberta. Liberta, é fato, em certas classes, idades e con- assistir, ao menos uma vez na vida, a um pequeno docu- dio estão matriculados na série correspondente à sua do professor
textos. mentário chamado Assalto à Gameleira, de André Patroni. idade. Não há lição alguma a ser dada por quem se en-
abertura das sequências
canta a ver crianças ajudando os pais a trabalhar du-
Em outras, as dedicadas a servir, muitas vezes condena: Ali podemos ter ideia sobre a ideia de “tudo” o que sobra- sequência 1
rante as férias em outro país. Por aqui não falta trabalho
condena a passar o tempo todo ali, servindo, para embe- va em direitos a crianças e adolescentes a quem só temos
infantil. Sobra. orientações de estudo
lezar os olhos de quem é servido, enquanto outros, menos como solução o encarceramento, inclusive prisional. Não
libertários, se trancam em salas de estudo para concen- tiveram direito a um pai. Entre as crianças de 0 e 14 anos, quase a metade (44%) sequência 2
trar o repertório exigido em vestibulares, universidades encontra-se em situação de pobreza e 17%, em situação orientações de estudo
Não tiveram direito à proteção do alcoolismo dos respon-
públicas, trabalho imaterial. de extrema pobreza. “Lição”: em um país onde tantas
sáveis. Não tiveram direito à escuta quando denuncia-
crianças trabalham e têm tanto a aprender com as crian- sequência 3
Desses desavisados, talvez acomodados demais com os vam agressões e ameaças. Não tiveram direito a escapar
ças trabalhadoras de outros países, poucas delas estão orientações de estudo
atalhos das redes, valem sempre as altas prosopopeias daquela via pelo estudo ou outras atividades lúdicas tão
protegidas. Quase 19% dos homicídios no país são pra-
acerca de conquistas pessoais, talhadas desde cedo, e a valorizadas entre nossos iguais.
ticados contra crianças e adolescentes, sendo 80% deles
impressão de que, neste país, criança pode tudo, menos
Mas os que não conhecem a lição, perdidos num mar de com armas de fogo. anexos do professor
trabalhar honestamente.
muitos direitos e poucos deveres além o de apanhar ca-
(http://www.cartacapital.com.br/sociedade/precisamos-falar- avaliação inicial
(Vai ver isso explica a inclinação, quando adultos, a um lados, não são nossos iguais. Estão mais longe do que os sobre-trabalho-infantil Acesso em 1/12/2016)
língua portuguesa
certo humor infantilizado, estacionado em algum canto anfitriões de qualquer outro país. São de fora, mas ser-
propostas de intervenção na
das infâncias e adolescências interrompidas). vem de exemplo: têm como opção a jaula ou aceitar, ale- 1. Relendo o texto acima, retire dele um dado estatístico forma de orientação de estudos
gremente, a perpetuação de nosso fosso. Nele, uns ser- que permite comprovar os fatos que apresenta.
Por tudo e por honestamente podemos inverter a ordem protocolo para
vem; outros são servidos. Quem gostou bate palma, vai
do sujeito. Por exemplo, o empregador (a quem a lei não Orientação de resposta: avaliação formativa
ao Twitter e pede mais.
alcança e a quem, sobre esse vácuo, cabe determinar re- Comprovando o fato de que existe trabalho infantil no
gras, normas, expedientes). Em tempo análise das habilidades
Brasil, podemos citar os dados expressos no penúltimo
descritores
parágrafo, que segue:
Por exemplo, a fartura de direitos aos quais crianças e No mundo real, mais de 3,3 milhões de crianças e ado-
sugestões de práticas
adolescentes, de quem adultos deveriam ser protegidos lescentes, entre 5 e 17 anos, estão em situação de traba- “No mundo real, mais de 3,3 milhões de crianças e
pelas audácias e periculosidades, têm acesso à vida real. lho infantil no Brasil, segundo levantamento feito pela adolescentes, entre 5 e 17 anos, estão em situação de
fortalecimento da aprendizagem 155
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
trabalho infantil no Brasil, segundo levantamento feito ratura brasileira. Julio Cortázar foi um renomado escri-
pela Fundação Abrinq. Isso, quase sempre, significa No caso de erros na questão 7
tor argentino, e Eduardo Galeano retratou injustiças no caixa de ferramenta
estar fora da escola. Só 56% dos adolescentes no ensino Para avançar nas habilidades de leitura de textos continente. do professor
médio estão matriculados na série correspondente à jornalísticos, faça a leitura e as atividades das páginas
sua idade. Não há lição alguma a ser dada por quem 15 a 17 do material Conexão Aprendizagem - Fichas - Nenhum desses grandes nomes se encaixa nas ideali- abertura das sequências
se encanta a ver crianças ajudando os pais a trabalhar Língua Portuguesa| Fase 1 zações de gênero com as quais crianças são bombar- sequência 1
durante as férias em outro país. Por aqui não falta deadas desde cedo pela literatura infantil. Notórios por orientações de estudo
trabalho infantil. Sobra. ” ID DO CARTÃO: 1195 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01I
seus talentos e lutas, os protagonistas da coleção Anti-
ID DO CARTÃO: 1196 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01J
princesas e Antiheróis, da editora argentina Chirimbo- sequência 2
te, são latino-americanos e se contrapõem ao estereóti- orientações de estudo
 ID DO CARTÃO: 1236 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07H 
po feminino de princesa e masculino de superpoderes.
2. Agora que você já leu o texto “Precisamos falar sobre  ID DO CARTÃO: 1195 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01I  sequência 3
No Brasil desde o fim do ano passado pelas mãos da
trabalho infantil”, de Matheus Pichonelli, reflita sobre a Leia o texto a seguir para avançar no estudo do que é o orientações de estudo
distribuidora Sur Livro e vendidos também em países
questão abaixo. caráter informativo dos textos:
como Colômbia, Uruguai, Chile e Bolívia, os livros foram
Qual é a tese defendida no texto? Justifique com um tre- Coleção sobre antiprincesas e antiheróis bem recebidos não somente por pais e mães, mas tam-
anexos do professor
cho retirado do próprio texto. ajuda a desconstruir estereótipos de bém por professores que viram neles potencial para fo-
avaliação inicial
Resposta: gênero em sala de aula mentar discussão e dar início a uma mudança de men-
língua portuguesa
O texto é contrário ao trabalho infantil e defende a sua talidade em relação às construções sociais comumente
Livros resgatam personagens latino-americanas como Frida propostas de intervenção na
erradicação. Podemos comprovar essa tese através do transmitidas às crianças.
forma de orientação de estudos
penúltimo parágrafo: Kahlo, Violeta Parra e Clarice Lispector
Na Escola Primária Nº 8 Atahualpa Yupanqui, em San
LUCIANA TADDEO – 20 de junho de 2016 protocolo para
“No mundo real, mais de 3,3 milhões de crianças e Vicente, na província de Buenos Aires, os livros estão avaliação formativa
adolescentes, entre 5 e 17 anos, estão em situação de Frida Kahlo era manca, dedicou-se às artes e tornou-se sendo usados com alunos da primeira à sexta série. “O
trabalho infantil no Brasil, segundo levantamento feito análise das habilidades
um ícone da pintura mexicana. Violeta Parra preferiu a que mais nos interessava era o conteúdo sobre mulhe-
pela Fundação Abrinq. Isso, quase sempre, significa estar descritores
vida artística à doméstica e fez história na música chile- res de verdade, que não precisaram de ninguém que as
fora da escola. Só 56% dos adolescentes no ensino médio
na. Juana Azurduy comandou tropas em lutas indepen- salvasse. Queríamos romper com os estereótipos que sugestões de práticas
estão matriculados na série correspondente à sua idade.
Não há lição alguma a ser dada por quem se encanta a ver dentistas do Alto Peru no início do século XIX. Clarice temos hoje em dia nas escolas, muito refletidos na vio-
crianças ajudando os pais a trabalhar durante as férias em Lispector “abandonou uma vida de princesa” ao lado do lência entre meninos e meninas”, explica Julieta Alon-
outro país. Por aqui não falta trabalho infantil. Sobra. ” marido diplomata e escreveu importantes obras da lite- so, professora de dança.
fortalecimento da aprendizagem 156
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Os livros são aproveitados de forma interdisciplinar, in- tiprincesa ou antiherói retratado. Mas, segundo a autora escolhido ficar com a arte, mas se ela tivesse ficado com
clusive por professores de áreas artísticas. “Achamos im- Nadia Fink, a coleção não foi ele, tudo bem. Ela tem que poder escolher”, explica. A caixa de ferramenta
portante trabalhar desde cedo com a percepção corporal aula foi complementada com análise das letras do nome do professor
idealizada como algo puramente educativo: “Pensamos
dos alunos, com o que as mulheres podem fazer com seus Violeta em comparação com as de seu instrumento, vio-
mais em gerar histórias de mulheres reais para pais e abertura das sequências
corpos e não simplesmente ficar em casa, esperando um lão, e de seu apelido, Viola. A cultura popular também
mães terem a possibilidade de aproximar outro material sequência 1
príncipe vir salvá-las”, conta. foi abordada, já que a artista percorreu seu país resga-
às crianças”, explica. orientações de estudo
tando canções.
Um dos trabalhos com o livro de Juana Azurduy, por exem-
A repercussão da proposta surpreendeu. “Não imagina-
plo, é os alunos imaginarem como a guerreira se desenvol- Com o livro de Frida, Almeida estimulou que os alunos sequência 2
mos nunca gerar esse movimento. Evidentemente a so-
via em um campo de batalha. “Eu disse: vamos represen- fizessem autorretratos. “Trabalhei com eles a questão orientações de estudo
ciedade estava esperando algo para ocupar um espaço
tar o que ela faria, como cuidaria dos seus filhos [em meio da identidade, de que origem e cor eram. Eles sempre se
neste momento em que a questão de gênero, o repensar
ao conflito]. Eles têm uma base técnica de movimentos e, pintavam de rosa, então usamos um espelho para que sequência 3
com música e imaginação, montaram uma sequência co- estereótipos e a violência contra as mulheres estão tão
vissem a si mesmos e aos colegas”, conta. O acidente que orientações de estudo
reográfica e dançaram uma batalha”, lembra. em evidência”, completa.
a deixou manca foi abordado para tratar diferenças: “Eu

A socióloga argentina Trinidad Haedo, por sua vez, utili- De fato, o caso recente de estupro coletivo de uma ado- uso óculos porque não enxergo bem, Frida precisava de

zou o da pintora mexicana Frida Kahlo na disciplina Ética, lescente no Rio Janeiro fez que o docente Leonardo Ro- uma bengala porque tinha uma perna menor que a outra anexos do professor

Direitos Humanos e Construção da Cidadania na Educa- cha de Almeida aproveitasse a aquisição do livro sobre e tem gente que não tem um braço. Cada pessoa é dife- avaliação inicial
ção Primária do professorado da Escola Normal Superior a artista chilena Violeta Parra para abordar a questão de rente”, diz sobre a abordagem. língua portuguesa
N°1, de Buenos Aires, para trabalhar “a desnaturaliza- gênero com seus alunos da Escola Municipal de Ensino propostas de intervenção na
Marcelo Duvidovich, dono da Sur Livro, diz que as ver-
ção das etiquetas, estereótipos, generalizações e sentido Fundamental Senador Alberto Pasqualini, de Porto Ale- forma de orientação de estudos
sões em português de Frida Kahlo e Violeta Parra ultra-
comum”. Para isso, levou também uma entrevista com a gre. “Eu não podia deixar passar em branco o que acon-
passaram 7 mil exemplares vendidos e que mesmo as protocolo para
autora publicada em um site, para discutir, com docentes teceu”, explica. avaliação formativa
edições em espanhol tiveram boa recepção. “A coleção
em formação, objetivos e possíveis repercussões desse
Com seus alunos de 7 a 8 anos, o gaúcho contou a histó- traz toques do que é autoritarismo e ditadura, que não
tipo de obra infantil centrada em mulheres lutadoras e análise das habilidades
ria da artista, identificou a localização do Chile em um são fáceis de transmitir, de forma leve. Os professores descritores
revolucionárias.
globo terrestre e ressaltou a passagem em que o marido adoram isso, porque podem trabalhar não só a leitura,
de Violeta pede que ela escolha entre a arte ou ele, que a mas também a temática”, explica. “Quanto mais surgem sugestões de práticas
Os livros trazem desenhos do ilustrador Pitu Saá, são
diagramados por Martín Azcurra e contam com páginas queria em casa. A cantora decide cuidar dos filhos sem histórias de violação de direitos das mulheres, mais vem
de atividades que dialogam com a história ou obra da an- abandonar a arte. “Eu disse a eles: é muito legal ela ter à tona a importância deste tipo de obra. ”
fortalecimento da aprendizagem 157
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Os próximos personagens reais da coleção serão a antiprin- dentistas do Alto Peru no início do século XIX. Clarice 2 Julieta Alonso, professora argentina; Trinidad Haedo,
cesa Gilda, cantora de cumbia argentina, e o antiherói será Lispector “abandonou uma vida de princesa” ao lado do socióloga argentina; Nadia Fink, autora de um dos livros
caixa de ferramenta
Ernesto “Che” Guevara. No Brasil, os livros de Frida Kahlo marido diplomata e escreveu importantes obras da lite- da coleção; Leonardo Rocha de Almeida, professor do professor
e de Violeta Parra estão à venda em português. A previsão é ratura brasileira. Julio Cortázar foi um renomado escri- brasileiro; Marcelo Duvidovich, dono da editora que
publicou a coleção. abertura das sequências
de que os próximos lançamentos sejam a obra sobre Clarice tor argentino, e Eduardo Galeano retratou injustiças no
Lispector em julho e a sobre Eduardo Galeano mais adiante. continente. ”
sequência 1
3 O nome da artista é retomado nos parágrafos 10 e 11
orientações de estudo
(http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/colecao-sobre- do texto, com o intuito de demonstrar a maneira como
antiprincesas-e-antiherois-ajuda-a-desconstruir-estereotipos- Posteriormente, o texto retomará o nome da artista chi-
de-genero-em-sala-de-aula/ Acesso em 24/10/2016. ) o professor Leonardo Rocha de Almeida utilizou o livro sequência 2
lena Violeta Parra. Identifique o parágrafo em que isso
sobre Violeta Parra para discutir com seus alunos
orientações de estudo
ocorre e explique em que consiste essa retomada. questões de gênero.
 ID DO CARTÃO: 1196 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01J 
4. Releia o título do texto: sequência 3
4 Os estereótipos de gênero são o comportamento de
Você já leu o texto “Coleção sobre antiprincesas e an-
orientações de estudo
“Coleção sobre antiprincesas e antiheróis ajuda a des- “princesa” para as meninas (submissão, docilidade,
tiheróis ajuda a desconstruir estereótipos de gênero em sala
construir estereótipos* de gênero em sala de aula” fragilidade, passividade) e de “herói” para os meninos
de aula”, de LUCIANA TADDEO. Agora responda a algumas
(força, agressividade, violência), conforme fica claro no
questões sobre ele: *Estereótipo: uma imagem ou ideia excessivamente sim- anexos do professor
2o parágrafo: “Notórios por seus talentos e lutas, os
plificada que se faça de algo ou alguém, geralmente cor- protagonistas da coleção Antiprincesas e Antiheróis, da
1. O texto trata da publicação de uma coleção de livros in- avaliação inicial
respondendo a alguma generalização superficial – e pre- editora argentina Chirimbote, são latino-americanos e
fantojuvenis. O que ele diz a respeito da recepção des- língua portuguesa
conceituosa. se contrapõem ao estereótipo feminino de princesa e
ses livros pelo público? propostas de intervenção na
masculino de superpoderes. ” forma de orientação de estudos
Relendo o texto como um todo, explique em que consis-
2. O texto cita os depoimentos de cinco pessoas que aju-
tem os estereótipos de gênero que a coleção em ques- protocolo para
dam o leitor a compreender melhor a recepção que os No caso de erros na questão 8 avaliação formativa
tão visa a desconstruir. Exemplifique sua explicação
livros tiveram. Quem são essas cinco pessoas?
Ainda que o texto seja informativo, a questão trata do
com um trecho retirado do próprio texto. análise das habilidades
3. Releia o primeiro parágrafo do texto: reconhecimento de uma tese (opinião) defendida no texto.
descritores
Resposta: Para retomar essas habilidades de leitura, leia e faça
“Frida Kahlo era manca, dedicou-se às artes e tornou-se
as atividades das páginas 91 e 92 do material Conexão sugestões de práticas
um ícone da pintura mexicana. Violeta Parra preferiu a 1 O texto diz que os livros tiveram uma ótima recepção.
Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1
vida artística à doméstica e fez história na música chile- Tiveram grande vendagem e foram muito bem avaliados
(ID DO CARTÃO: 1239 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07K
na. Juana Azurduy comandou tropas em lutas indepen- pelo público.
fortalecimento da aprendizagem 158
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
 ID DO CARTÃO: 1239 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07K  2ª frase: O autor faz uma dura crítica às pessoas que, durante via-

A tese de um texto gens de férias ao exterior, “se encantam” ao ver crianças tra- caixa de ferramenta
“Isso, quase sempre, significa estar fora da escola. ”
balhando”, mesmo que seja só ao “ajudar” os seus pais. Com do professor
Muitas vezes, a tese de um texto pode ser identificada
Aqui, o autor não coloca nenhum dado concreto, numérico, isso, consequentemente, o autor se posiciona contrariamen-
através de um estilo de linguagem muito específico, que des- abertura das sequências
baseado em pesquisa. Ele faz uma afirmação objetiva através te ao trabalho infantil, em qualquer que seja a sua forma, em
toa do estilo utilizado em outras partes do texto – diferindo sequência 1
de uma dedução, colocando algo que seria um fato, baseado qualquer país.
mesmo de outras partes do mesmo parágrafo. Como exem- orientações de estudo
plo, vamos ler o trecho abaixo e analisá-lo frase por frase: em outro fato. Isto é, ele deduz que a maioria das crianças e
5ª e 6ª frases:
adolescentes que trabalham no Brasil não estão matriculados sequência 2
“No mundo real, mais de 3,3 milhões de crianças e ado- “Por aqui não falta trabalho infantil. Sobra. ”
em nenhuma escola, não estudam, uma vez que as jornadas orientações de estudo
lescentes, entre 5 e 17 anos, estão em situação de trabalho
infantil no Brasil, segundo levantamento feito pela Fun- de trabalho comuns, no Brasil, são longas, o que impossibilita- Reforço da tese manifestada anteriormente. Implicita-
sequência 3
dação Abrinq. Isso, quase sempre, significa estar fora da ria essas crianças e adolescentes de frequentarem a escola. mente, o autor critica as pessoas que acreditam que as crian-
orientações de estudo
escola. Só 56% dos adolescentes no ensino médio estão ças deveriam trabalhar, ou trabalhar mais. Ele diz que não
3ª frase:
matriculados na série correspondente à sua idade. Não “falta” trabalho infantil no Brasil; “sobra”, ou seja, há trabalho
há lição alguma a ser dada por quem se encanta a ver “Só 56% dos adolescentes no ensino médio estão matri-
infantil demasiadamente, quando não deveria haver trabalho
culados na série correspondente à sua idade. ” anexos do professor
crianças ajudando os pais a trabalhar durante as férias infantil algum. Os dados citados anteriormente comprovam
em outro país. Por aqui não falta trabalho infantil. Sobra.” avaliação inicial
Mais uma vez, informações objetivas, a partir de dados esse fato.
língua portuguesa
(http://www.cartacapital.com.br/sociedade/precisamos-falar-
sobre-trabalho-infantil )
numéricos/concretos.
propostas de intervenção na
No caso de erros na questão 9 forma de orientação de estudos
4ª frase:
1ª frase:
A questão trata do reconhecimento de uma protocolo para
“Não há lição alguma a ser dada por quem se encanta a
“No mundo real, mais de 3,3 milhões de crianças e ado- informação do enredo de um conto. Sobre esse avaliação formativa
ver crianças ajudando os pais a trabalhar durante as fé-
lescentes, entre 5 e 17 anos, estão em situação de traba- assunto, leia as páginas 94 e 95 do material Conexão
lho infantil no Brasil, segundo levantamento feito pela rias em outro país. ” Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 análise das habilidades
descritores
Fundação Abrinq. ”
Agora, o tom da escrita muda. Preste atenção ao come- ID DO CARTÃO: 1240 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10B
sugestões de práticas
O estilo, aqui, é bastante objetivo. A frase, essencialmente, ço da frase: “Não há lição ALGUMA...” Trata-se de uma afir-
transmite informações objetivas a respeito de fatos: o número mação categórica, expressando um ponto de vista subjetivo,
alto de crianças e adolescentes que trabalham no Brasil. uma opinião, uma tese a respeito de um tema, um fato.
fortalecimento da aprendizagem 159
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
 ID DO CARTÃO: 1240 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10B  desencadeará um processo (é o que chamamos de enredo) –  Espere aí, diabada!…
que atingirá um resultado final – sem mais transformações. caixa de ferramenta
Os dois gatunos sumiram-se aos pinotes.
Enredo: Vamos ver um exemplo? do professor
–  Boa peça, hem? – disse o macaco lá longe. O gato sus-
Toda narrativa tem uma história. O que é que isso quer O macaco e o gato abertura das sequências
Monteiro Lobato pirou:
dizer? Não existirá uma narrativa sem acontecimentos que sequência 1
sejam a própria substância dessa narrativa. Uma história que –  Para você, que comeu as castanhas. Para mim foi pés-
Simão, o macaco, e Bichano, o gato, moram juntos na orientações de estudo
se conta nada mais é do que alguma coisa que acontece, em sima, pois arrisquei o pelo e fiquei em jejum, sem saber
mesma casa. E pintam o sete. Um furta coisas, remexe
princípio. Todas as narrativas partem da seguinte estrutura gavetas, esconde tesourinhas, atormenta o papagaio; ou-
que gosto tem uma castanha assada… sequência 2
básica: tro arranha os tapetes, esfiapa as almofadas e bebe o leite (https://peregrinacultural.wordpress.com/2013/08/24/fabula-o- orientações de estudo
macaco-e-o-gato-texto-de-monteiro-lobato/
das crianças.
1. Nada acontece; Acesso em 27/11/2016) sequência 3
2. Acontece alguma coisa; Mas, apesar de amigos e sócios, o macaco sabe agir com orientações de estudo
Qual é o estado inicial na história acima? O cotidiano do
3. Nada mais acontece. tal maromba que é quem sai ganhando sempre. Foi as-
macaco e do gato, vivendo na mesma casa e fazendo as mes-
sim no caso das castanhas.
E qual é a natureza de um acontecimento? O que é que acon- mas coisas, sempre. Isso não significa exatamente que nada
A cozinheira pusera a assar nas brasas umas castanhas anexos do professor
tece quando uma coisa (qualquer coisa) acontece? Você já pa- aconteça, mas apenas que nada provocará mudança alguma
e fora à horta colher temperos. Vendo a cozinha vazia, os avaliação inicial
rou para pensar nisso? A resposta é muito lógica. Um aconteci- nesse cotidiano inicial. Então, acontece alguma coisa diferen-
dois malandros se aproximaram. Disse o macaco: língua portuguesa
mento nada mais é do que uma mudança no estado de alguma te, e é aí que se inicia o enredo propriamente dito da história.
propostas de intervenção na
coisa – em outras palavras, uma mudança de estado. Com isso, –  Amigo Bichano, você que tem uma pata jeitosa, tire as forma de orientação de estudos
Uma narrativa começa a se desenrolar a partir de um
conseguimos elaborar melhor nossa estrutura narrativa básica: castanhas do fogo. O gato não se fez insistir e com muita
conflito gerador do enredo. No caso da fábula do macaco e protocolo para
arte começou a tirar as castanhas.
1. Estado inicial – sem mudanças; do gato, esse conflito/fato/situação que provocará uma mu- avaliação formativa
2. Estado intermediário – mudanças acontecendo; –  Pronto, uma… dança no estado inicial acontece quando vemos o macaco
análise das habilidades
3. Estado final – o estado das coisas após as mudanças (e –  Agora aquela lá… Isso. Agora aquela gorducha… Isso. pedir para o gato pegar as castanhas. A partir de então, o descritores
sem novas mudanças). E mais a da esquerda, que estalou… narrador vai contar detalhadamente tudo o que acontecerá e
sugestões de práticas
quais as consequências.
Vamos reforçar: para que exista uma narrativa, ou o prin- O gato as tirava, mas quem as comia, gulosamente, pis-
cípio do que seja de uma narrativa, é preciso haver uma trans- cando o olho, era o macaco… De repente, eis que surge a No final, volta-se ao mesmo cotidiano (o macaco levando
formação no estado de alguma coisa; essa transformação cozinheira, furiosa, de vara na mão. vantagem sobre o gato), mas com um diferencial: a reclama-
fortalecimento da aprendizagem 160
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
ção do gato, que traz a conclusão e a moral da história (não Através dos personagens, a narrativa compartilha com
No caso de erros na questão 10
podemos nos deixar ser explorados por outras pessoas). É o leitor experiências, vivências, sensações, emoções e ideias caixa de ferramenta
por isso que essa história merece ser contada, apesar de não Para avançar na leitura de textos narrativos, leia profundamente humanas, fazendo o leitor também vivenciá- do professor
as páginas 96 e 97 que tratam da construção das
se diferenciar muito do dia a dia dos dois personagens. -las, de certa maneira, graças ao processo de identificação
personagens, disponível no material Conexão abertura das sequências
com os personagens de uma história. De todos os perso-
É importante a gente entender também que é o conflito Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 sequência 1
nagens de um texto narrativo, é particularmente importante
gerador que traz a motivação para as ações das personagens: ID DO CARTÃO: 1244 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10C). orientações de estudo
acompanharmos o personagem principal (também chama-
o macaco e o gato, ao verem as castanhas sendo assadas,
quiseram comê-las; mas o macaco não quer dividi-las com o Para praticar a leitura de um texto narrativo, faça as do de protagonista), ou principais. sequência 2
gato nem correr o risco de roubá-las sozinho; então, ludibria o atividades propostas nas páginas 108 a 114. Os acontecimentos, transformações de estado e senti- orientações de estudo
ID DO CARTÃO: 1249 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10H
seu companheiro para pegá-las todas, enquanto só ele come. dos de uma narrativa tendem a se concentrar em torno do
ID DO CARTÃO: 1248 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10I
sequência 3
personagem principal. Suas ações (e as motivações delas)
1. Relendo o conto acima, indique o acontecimento que orientações de estudo
são as mais importantes, pois elas é que mais desencadeiam
permite a passagem do estado inicial ao conflito gera-
os acontecimentos contados, interferindo nas ações dos ou-
dor de enredo, a partir dos conceitos já explicados.  ID DO CARTÃO: 1244 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10C 
tros personagens, nos rumos e na conclusão da história. Por
anexos do professor
Orientação de resposta: exemplo:
Personagens: avaliação inicial
O acontecimento que provoca o desequilíbrio necessário A lei língua portuguesa
à condução da narrativa é o fato de o macaco pedir Dissemos mais atrás que toda história é alguma coisa
Lima Barreto propostas de intervenção na
para o gato pegar as castanhas (fato novo e inesperado, que acontece. Agora, vamos aprimorar um pouco essa ideia: forma de orientação de estudos
segundo a introdução do conto): toda história é algo que acontece com alguém. O foco cen- Este caso da parteira merece sérias reflexões que tendem
a interrogar sobre a serventia da lei. protocolo para
“A cozinheira pusera a assar nas brasas umas castanhas tral dos acontecimentos narrativos é sempre os persona-
avaliação formativa
e fora à horta colher temperos. Vendo a cozinha vazia, os gens. São os personagens que trazem o conteúdo humano
Uma senhora, separada do marido, muito naturalmente
dois malandros se aproximaram. Disse o macaco: para todas as narrativas. Mesmo que estes não sejam pro- análise das habilidades
quer conservar em sua companhia a filha; e muito natu-
descritores
– Amigo Bichano, você que tem uma pata jeitosa, tire as priamente humanos (por exemplo, os animais nas fábulas), ralmente também não quer viver isolada e cede, por isto
castanhas do fogo. ” sempre representarão simbolicamente seres humanos. ou aquilo, a uma inclinação amorosa. sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 161
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
O caso se complica com uma gravidez e para que a lei, (http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/ de um bom errado, quase dramático, o puro-sangue dos
conteudo/LimaBarreto/cronicas/alei.htm Aceso em 27/11/2016)
baseada em uma moral que já se findou, não lhe tire a desmancha-prazeres.
caixa de ferramenta
filha, procura uma conhecida, sua amiga, a fim de provo- Quem é a personagem principal dessa história? A parteira do professor
Morreu meu pai, sentimos muito, etc. Quando chegamos
car um aborto de forma a não se comprometer.
(o narrador não nos diz o nome dela). Qual é a ação dela que vai nas proximidades do Natal, eu já estava que não podia abertura das sequências
Vê-se bem que na intromissão da “curiosa” não houve desencadear os outros acontecimentos que levarão ao fim da mais pra afastar aquela memória obstruente do morto, sequência 1
nenhuma espécie de interesse subalterno, não foi ques- história? Um aborto que ela tenta realizar para uma amiga. Quais que parecia ter sistematizado pra sempre a obrigação de
orientações de estudo
tão de dinheiro. O que houve foi simplesmente camara- são as motivações dessa ação? Ajudar a sua amiga. Quais as uma lembrança dolorosa em cada almoço, em cada gesto
dagem, amizade, vontade de servir a uma amiga, de li- consequências dessa ação? Uma perseguição injusta por parte mínimo da família. Uma vez que eu sugerira à mamãe sequência 2
vrá-la de uma terrível situação. da lei e da sociedade, que levará a pobre parteira a suicidar-se. a ideia dela ir ver uma fita no cinema, o que resultou fo- orientações de estudo
ram lágrimas. Onde se viu ir ao cinema, de luto pesado! A
Aos olhos de todos, é um ato digno, porque, mais do que
dor já estava sendo cultivada pelas aparências, e eu, que sequência 3
o amor, a amizade se impõe.  ID DO CARTÃO: 1249 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10H  sempre gostara apenas regularmente de meu pai, mais orientações de estudo
Acontece que a sua intervenção foi desastrosa e lá vem a lei, 2. Leia o texto a seguir para avançar no estudo da narrativa por instinto de filho que por espontaneidade de amor, me
os regulamentos, a polícia, os inquéritos, os peritos, a facul- de um texto: via a ponto de aborrecer o bom do morto.
dade e berram: você é uma criminosa! Você quis impedir que anexos do professor
O Peru de Natal Foi decerto por isto que me nasceu, esta sim, esponta-
nascesse mais um homem para aborrecer-se com a vida! Mário de Andrade
neamente, a ideia de fazer uma das minhas chamadas avaliação inicial
Berram e levam a pobre mulher para os autos, para a jus- O nosso primeiro Natal de família, depois da morte de “loucuras”. Essa fora aliás, e desde muito cedo, a minha língua portuguesa
tiça, para a chicana, para os depoimentos, para essa via- meu pai acontecida cinco meses antes, foi de consequ- esplêndida conquista contra o ambiente familiar. Desde propostas de intervenção na
cedinho, desde os tempos de ginásio, em que arranjava forma de orientação de estudos
-sacra da justiça, que talvez o próprio Cristo não percor- ências decisivas para a felicidade familiar. Nós sempre
resse com resignação. fôramos familiarmente felizes, nesse sentido muito abs- regularmente uma reprovação todos os anos; desde o bei-
protocolo para
trato da felicidade: gente honesta, sem crimes, lar sem jo às escondidas, numa prima, aos dez anos, descoberto avaliação formativa
A parteira, mulher humilde, temerosa das leis, que não
brigas internas nem graves dificuldades econômicas. por Tia Velha, uma detestável de tia; e principalmente
conhecia, amedrontada com a prisão, onde nunca espe- análise das habilidades
Mas, devido principalmente à natureza cinzenta de meu desde as lições que dei ou recebi, não sei, de uma criada
rava parar, mata-se. descritores
pai, ser desprovido de qualquer lirismo, de uma exem- de parentes: eu consegui no reformatório do lar e na vas-
Reflitamos, agora; não é estúpida a lei que, para prote- plaridade incapaz, acolchoado no medíocre, sempre nos ta parentagem, a fama conciliatória de “louco”. “É doido, sugestões de práticas
ger uma vida provável, sacrifica duas? Sim, duas porque faltara aquele aproveitamento da vida, aquele gosto pe- coitado!” falavam. Meus pais falavam com certa tristeza
a outra procurou a morte para que a lei não lhe tirasse a las felicidades materiais, um vinho bom, uma estação de condescendente, o resto da parentagem buscando exem-
filha. De que vale a lei? águas, aquisição de geladeira, coisas assim. Meu pai fora plo para os filhos e provavelmente com aquele prazer dos
fortalecimento da aprendizagem 162
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
que se convencem de alguma superioridade. Não tinham E descarreguei minha gelada indiferença pela nossa pa- companheira. Está claro que omiti onde aprendera a re-
doidos entre os filhos. Pois foi o que me salvou, essa fama. rentagem infinita, diz-que vinda de bandeirantes, que ceita, mas todos desconfiaram. E ficaram logo naquele ar
caixa de ferramenta
Fiz tudo o que a vida me apresentou e o meu ser exigia bem me importa! Era mesmo o momento pra desenvol- de incenso assoprado, se não seria tentação do Dianho do professor
para se realizar com integridade. E me deixaram fazer ver minha teoria de doido, coitado, não perdi a ocasião. aproveitar receita tão gostosa. E cerveja bem gelada, eu
abertura das sequências
tudo, porque eu era doido, coitado. Resultou disso uma Me deu de sopetão uma ternura imensa por mamãe e garantia quase gritando. É certo que com meus “gostos”,
existência sem complexos, de que não posso me queixar titia, minhas duas mães, três com minha irmã, as três já bastante afinados fora do lar, pensei primeiro num vi- sequência 1
um nada. mães que sempre me divinizaram a vida. Era sempre nho bom, completamente francês. Mas a ternura por ma- orientações de estudo

aquilo: vinha aniversário de alguém e só então faziam mãe venceu o doido, mamãe adorava cerveja.
Era costume sempre, na família, a ceia de Natal. Ceia reles,
peru naquela casa. Peru era prato de festa: uma imun- sequência 2
já se imagina: ceia tipo meu pai, castanhas, figos, passas, Quando acabei meus projetos, notei bem, todos estavam orientações de estudo
dície de parentes já preparados pela tradição, invadiam
depois da Missa do Galo. Empanturrados de amêndoas felicíssimos, num desejo danado de fazer aquela loucura
a casa por causa do peru, das empadinhas e dos doces.
e nozes (quanto discutimos os três manos por causa dos em que eu estourara. Bem que sabiam, era loucura sim, sequência 3
Minhas três mães, três dias antes já não sabiam da vida
quebra-nozes...), empanturrados de castanhas e monoto- mas todos se faziam imaginar que eu sozinho é que estava orientações de estudo
senão trabalhar, trabalhar no preparo de doces e frios
nias, a gente se abraçava e ia pra cama. Foi lembrando desejando muito aquilo e havia jeito fácil de empurrarem
finíssimos de bem-feitos, a parentagem devorava tudo
isso que arrebentei com uma das minhas “loucuras”: pra cima de mim a... culpa de seus desejos enormes. Sor-
e ainda levava embrulhinhos pros que não tinham po-
riam se entreolhando, tímidos como pombas desgarradas, anexos do professor
–  Bom, no Natal, quero comer peru. dido vir. As minhas três mães mal podiam de exaustas.
até que minha irmã resolveu o consentimento geral:
Do peru, só no enterro dos ossos, no dia seguinte, é que avaliação inicial
Houve um desses espantos que ninguém não imagina. mamãe com titia ainda provavam num naco de perna, –  É louco mesmo!. . . língua portuguesa
Logo minha tia solteirona e santa, que morava conosco, vago, escuro, perdido no arroz alvo. E isso mesmo era propostas de intervenção na
advertiu que não podíamos convidar ninguém por causa Comprou-se o peru, fez-se o peru, etc. E depois de uma forma de orientação de estudos
mamãe quem servia, catava tudo pro velho e pros filhos.
do luto. Missa do Galo bem mal rezada, se deu o nosso mais ma-
Na verdade ninguém sabia de fato o que era peru em
ravilhoso Natal. Fora engraçado: assim que me lembrara protocolo para
nossa casa, peru resto de festa. avaliação formativa
–  Mas quem falou de convidar ninguém! essa mania... de que finalmente ia fazer mamãe comer peru, não fizera
Quando é que a gente já comeu peru em nossa vida! Peru Não, não se convidava ninguém, era um peru pra nós, outra coisa aqueles dias que pensar nela, sentir ternura
análise das habilidades
aqui em casa é prato de festa, vem toda essa parentada cinco pessoas. E havia de ser com duas farofas, a gorda por ela, amar minha velhinha adorada. E meus manos descritores
do diabo... com os miúdos, e a seca, douradinha, com bastante man- também, estavam no mesmo ritmo violento de amor, to-
teiga. Queria o papo recheado só com a farofa gorda, em sugestões de práticas
dos dominados pela felicidade nova que o peru vinha im-
–  Meu filho, não fale assim. . .
que havíamos de ajuntar ameixa preta, nozes e um cálice primindo na família. De modo que, ainda disfarçando as
–  Pois falo, pronto! de xerez, como aprendera na casa da Rose, muito minha coisas, deixei muito sossegado que mamãe cortasse todo
fortalecimento da aprendizagem 163
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
o peito do peru. Um momento aliás, ela parou, feito fatias Quando que ela havia de imaginar, a pobre! que aquele mãe por fim sabendo que peru era manjar mesmo digno
um dos lados do peito da ave, não resistindo àquelas leis era o prato dela, da Mãe, da minha amiga maltratada, que do Jesusinho nascido. caixa de ferramenta
de economia que sempre a tinham entorpecido numa sabia da Rose, que sabia meus crimes, a que eu só lem- do professor
Principiou uma luta baixa entre o peru e o vulto de pa-
quase pobreza sem razão. brava de comunicar o que fazia sofrer! O prato ficou su-
pai. Imaginei que gabar o peru era fortalecê-lo na luta, e, abertura das sequências
blime.
–  Não senhora, corte inteiro! Só eu como tudo isso! está claro, eu tomara decididamente o partido do peru. sequência 1
–  Mamãe, este é o da senhora! Não! não passe não! Mas os defuntos têm meios visguentos, muito hipócritas orientações de estudo
Era mentira. O amor familiar estava por tal forma incan-
de vencer: nem bem gabei o peru que a imagem de papai
descente em mim, que até era capaz de comer pouco, só Foi quando ela não pôde mais com tanta comoção e
pra que os outros quatro comessem demais. E o diapa-
cresceu vitoriosa, insuportavelmente obstruidora. sequência 2
principiou chorando. Minha tia também, logo perce-
orientações de estudo
são dos outros era o mesmo. Aquele peru comido a sós, bendo que o novo prato sublime seria o dela, entrou no –  Só falta seu pai. . .
redescobria em cada um o que a quotidianidade abafa- refrão das lágrimas. E minha irmã, que jamais viu lá-
Eu nem comia, nem podia mais gostar daquele peru per- sequência 3
ra por completo, amor, paixão de mãe, paixão de filhos. grima sem abrir a torneirinha também, se esparramou
feito, tanto que me interessava aquela luta entre os dois orientações de estudo
Deus me perdoe mas estou pensando em Jesus. . . no choro. Então principiei dizendo muitos desaforos pra
mortos. Cheguei a odiar papai. E nem sei que inspiração
Naquela casa de burgueses bem modestos, estava se re- não chorar também, tinha dezenove anos... Diabo de
genial, de repente me tornou hipócrita e político. Naquele
alizando um milagre digno do Natal de um Deus. O peito família besta que via peru e chorava! coisas assim. To-
instante que hoje me parece decisivo da nossa família, anexos do professor
do peru ficou inteiramente reduzido a fatias amplas. dos se esforçavam por sorrir, mas agora é que a alegria
tomei aparentemente o partido de meu pai. Fingi, triste: avaliação inicial
se tornara impossível. É que o pranto evocara por as-
–  Eu que sirvo! língua portuguesa
sociação a imagem indesejável de meu pai morto. Meu –  É mesmo... Mas papai, que queria tanto bem a gente,
propostas de intervenção na
“É louco, mesmo” pois por que havia de servir, se sem- pai, com sua figura cinzenta, vinha pra sempre estragar que morreu de tanto trabalhar pra nós, papai lá no céu
forma de orientação de estudos
pre mamãe servira naquela casa! Entre risos, os gran- nosso Natal, fiquei danado. há de estar contente... (hesitei, mas resolvi não mencio-
des pratos cheios foram passados pra mim e principiei nar mais o peru) contente de ver nós todos reunidos em protocolo para
Bom, principiou-se a comer em silêncio, lutuosos, e o avaliação formativa
uma distribuição heroica, enquanto mandava meu mano família.
peru estava perfeito. A carne mansa, de um tecido muito
servir a cerveja. Tomei conta logo de um pedaço admirá- análise das habilidades
tênue boiava fagueira entre os sabores das farofas e do E todos principiaram muito calmos, falando de papai. A
vel da “casca”, cheio de gordura e pus no prato. E depois descritores
presunto, de vez em quando ferida, inquietada e redese- imagem dele foi diminuindo, diminuindo e virou uma es-
vastas fatias brancas. A voz severizada de mamãe cortou
jada, pela intervenção mais violenta da ameixa preta e o trelinha brilhante do céu. Agora todos comiam o peru com sugestões de práticas
o espaço angustiado com que todos aspiravam pela sua
estorvo petulante dos pedacinhos de noz. Mas papai sen- sensualidade, porque papai fora muito bom, sempre se sa-
parte no peru:
tado ali, gigantesco, incompleto, uma censura, uma cha- crificara tanto por nós, fora um santo que “vocês, meus
–  Se lembre de seus manos, Juca! ga, uma incapacidade. E o peru, estava tão gostoso, ma- filhos, nunca poderão pagar o que devem a seu pai”, um
fortalecimento da aprendizagem 164
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
santo. Papai virara santo, uma contemplação agradável, deitar, dormir ou mexer na cama, pouco importa, por- a. livrar-se da “sombra” deixada pelos costumes do pai
uma inestorvável estrelinha do céu. Não prejudicava mais que é bom uma insônia feliz. O diabo é que a Rose, cató- que morrera; caixa de ferramenta
ninguém, puro objeto de contemplação suave. O único lica antes de ser Rose, prometera me esperar com uma do professor
b. cometer mais uma de suas “loucuras”;
morto ali era o peru, dominador, completamente vitorioso. champanha. Pra poder sair, menti, falei que ia a uma
c. comemorar a data festiva com fartura; abertura das sequências
festa de amigo, beijei mamãe e pisquei pra ela, modo de
Minha mãe, minha tia, nós, todos alagados de felicida- sequência 1
d. homenagear a memória do pai morto;
de. Ia escrever “felicidade gustativa”, mas não era só isso contar onde é que ia e fazê-la sofrer seu bocado. As ou-
orientações de estudo
tras duas mulheres beijei sem piscar. E agora, Rose!. . . e. esbanjar a herança deixada pelo pai.
não. Era uma felicidade maiúscula, um amor de todos,
um esquecimento de outros parentescos distraidores do (http://www.releituras.com/marioandrade_natal.asp 3. O conto é narrado por: sequência 2
grande amor familiar. E foi, sei que foi aquele primeiro Acesso em 27/11/2016)
a. um narrador em 1a pessoa que é apenas testemunha orientações de estudo
peru comido no recesso da família, o início de um amor
dos fatos;
novo, reacomodado, mais completo, mais rico e inventi- sequência 3
vo, mais complacente e cuidadoso de si. Nasceu de então
 ID DO CARTÃO: 1248 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10I  b. um narrador em 3a pessoa que recebeu a história de
orientações de estudo
uma felicidade familiar pra nós que, não sou exclusivista, Agora que você já leu o texto “O Peru de Natal”, de Mário outras mãos;
alguns a terão assim grande, porém mais intensa que a de Andrade, reflita sobre ele com base nas questões abaixo: c. um narrador em 1a pessoa que é protagonista da his-
nossa me é impossível conceber. tória; anexos do professor
1. O acontecimento que desencadeia o conflito do enredo
Mamãe comeu tanto peru que um momento imaginei, d. um narrador em 3a pessoa onisciente e que não par- avaliação inicial
desse texto é:
aquilo podia lhe fazer mal. Mas logo pensei: ah, que faça! ticipa da história; língua portuguesa
mesmo que ela morra, mas pelo menos que uma vez na a. a morte do pai do protagonista; e. uma mistura de narrador em 1a e 3a pessoas. propostas de intervenção na
vida coma peru de verdade! forma de orientação de estudos
b. o protagonista querer comer peru no Natal com a 4. O desfecho do conto demonstra que:
A tamanha falta de egoísmo me transportara o nosso in- família; protocolo para
a. as ações do narrador não tiveram impacto na vida da avaliação formativa
finito amor... Depois vieram umas uvas leves e uns doces,
c. as “loucuras” da infância do protagonista; família;
que lá na minha terra levam o nome de “bem-casados”.
análise das habilidades
d. a má relação entre o protagonista e seu pai; b. as ações do narrador pioraram a vida da família;
Mas nem mesmo este nome perigoso se associou à lem- descritores
brança de meu pai, que o peru já convertera em dignida- e. a chegada do Natal após a morte do pai do protago- c. as ações do narrador contribuíram para a fragmenta-
sugestões de práticas
de, em coisa certa, em culto puro de contemplação. nista. ção da família;

Levantamos. Eram quase duas horas, todos alegres, 2. O que motiva a ação do protagonista em querer comer d. as ações do narrador ampliaram o horizonte de vivên-
bambeados por duas garrafas de cerveja. Todos iam peru no Natal com a família? cias da família;
fortalecimento da aprendizagem 165
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
e. as ações do narrador fizeram que a família passasse
a odiar o pai falecido. caixa de ferramenta
5. Assinale a alternativa que corresponde ao ponto de vista do professor

adotado pelo narrador da história: abertura das sequências

a. o pai; sequência 1
b. a mãe; orientações de estudo

c. os irmãos do filho protagonista; sequência 2


d. ponto de vista neutro; orientações de estudo

e. o filho protagonista.
sequência 3
Resposta: orientações de estudo

1. B; 2. A; 3. C; 4. D; 5. E

1.  lternativa B; toda a ação começa quando o filho faz


A
anexos do professor
questão de que seja servido peru na ceia de natal com a
família. avaliação inicial
língua portuguesa
2.  lternativa A; o protagonista quer livrar-se do trauma
A
propostas de intervenção na
causado pela culpa de comer peru no natal, causada forma de orientação de estudos
pelo pai que morrera.
protocolo para
3. 
Alternativa C; o narrador é personagem e utiliza a 1ª avaliação formativa
pessoa do discurso para falar de si mesmo.
análise das habilidades
4. 
Alternativa D; o narrador conseguiu superar o trauma descritores
causado pela lembrança do pai e ainda promoveu um
momento de alegria e satisfação na ceia com a família. sugestões de práticas

5. 
Alternativa E; sendo o narrador o próprio filho,
naturalmente o ponto de vista será o dele mesmo.
fortalecimento da aprendizagem 166
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Protocolo para avaliação


jornadas e produtos

caixa de ferramenta

formativa
do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

Apresentamos a seguir um quadro de referência e três zz Prática 2 — Avaliação da turma pelo professor: propõe uso delas conforme a necessidade identificada em cada
anexos do professor
práticas de avaliação formativa, que podem ser escolhidas e apoiar o professor para poder mapear e intervir nas princi- aula. Para apoiá-los na identificação de quando utilizá-las,
combinadas pelo professor em função do momento da aula e/ pais lacunas observadas na turma e nos alunos que este- este protocolo também oferece um roteiro para a aplicação avaliação inicial
língua portuguesa
ou da sequência didática, conforme os roteiros subsequentes. jam avançando menos na sequência didática. das práticas avaliativas.
propostas de intervenção na
No anexo, consta o referencial metodológico, cuja leitura zz Prática 3 — Devolutiva estruturada: propõe ações aos Por fim, para tornar ainda mais concreta a aplicação des- forma de orientação de estudos

é recomendada como preparação do professor para aplicar docentes para apoiarem orientações de estudo ao final de ses instrumentos, são oferecidos exemplos e casos de uso protocolo para
as práticas avaliativas deste protocolo. cada aula; favorecerem a motivação dos estudantes; pro- dessas práticas. Em cada uma das sequências didáticas, há avaliação formativa
moverem estratégias para ajudá-los a aprender melhor e quadros indicando “Atenção para Avaliação!”. Essas indica-
Este protocolo está organizado em três práticas avaliati-
desenvolver as habilidades relacionadas às atividades de análise das habilidades
vas para serem utilizadas ao longo das sequências didáticas: ções ajudam o professor a prever quando e de que forma descritores
aprendizagem com que estiverem envolvidos; fecharem o poderão aplicar uma prática avaliativa no planejamento de
zz Prática 1 — Autoavaliação e Socialização: propõe uma processo, com revisão e ajuste no ensino. sugestões de práticas
cada uma de suas aulas. Ao final deste documento, (ou Pro-
ação de reflexão dialogada entre os estudantes e o pro-
As práticas avaliativas sugeridas não possuem uma se- tocolo) constam alguns exemplos de aplicação dos roteiros
fessor sobre a própria aprendizagem e com base no
quência específica e, portanto, os professores podem fazer relacionados às indicações apontadas acima.
Quadro de Referência.
fortalecimento da aprendizagem 167
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Quadro de Referência
caixa de ferramenta
Para descrever o aprendizado dos estudantes na dimensão do conhecimento, assim como a motivação e o uso de estra-
do professor
tégias para aprender, propõe-se a seguinte escala sintética, apresentada na tabela a seguir. As práticas avaliativas terão como
objeto tarefas desempenhadas em uma aula, em uma parte da sequência didática ou mesmo na sequência didática em sua to- abertura das sequências

talidade. O termo “atividade” denota, portanto, este objeto da prática avaliativa. sequência 1
orientações de estudo

Quadro de Referência sequência 2


orientações de estudo
Dimensão Nível 1 Nível 2 Nível 3
sequência 3
Não conseguiu realizar a atividade ou realizou sem Conseguiu realizar a atividade de aula, com o apoio do Consegue realizar as atividades de estudo individual com
Conhecimento orientações de estudo
compreendê-la. professor e/ou com a colaboração do grupo. base no que realizou em aula.

Ao longo da atividade, teve motivação para realizar


Não teve motivação para (efetuar) a atividade ou a
Motivação algumas tarefas, mas faltou motivação para a A motivação se manteve alta ao longo de toda atividade. anexos do professor
realizou sem se envolver.
realização de outras.
avaliação inicial
Não conseguiu organizar suas anotações e nem o Organizou o raciocínio e realizou anotações ao longo Criou uma lógica de pensamento para a atividade que o/a língua portuguesa
Estratégias
raciocínio para realizar a atividade. da atividade, para compreendê-la. ajudou a aprender o que foi ensinado. propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos

protocolo para
Para realizar as práticas avaliativas, o professor deve dimensão e verifique o entendimento inicial deles sobre seu zz Motivação: poderão pensar sobre a motivação na ativida- avaliação formativa

compartilhar com os estudantes o quadro de referência e conteúdo, conforme orientações a seguir: de, o quanto estão se envolvendo e mantendo o interesse
análise das habilidades
combinar com eles que mantenham esse registro em seu Este quadro ajudará vocês a avaliar a própria aprendiza- em aprender. descritores
material para usos posteriores. Pode-se imprimir e distribuir gem e vai me ajudar a conversar com vocês sobre isso. Ve- zz Estratégias: registrarão como estão organizando seu ra-
sugestões de práticas
cópias ou reproduzi-lo no quadro e pedir que todos copiem. jam que temos nele três partes: ciocínio, sua forma de pensar e considerar as anotações
Sugere-se que, assim que os estudantes estiverem com o zz Conhecimento: poderão pensar sobre o quanto estão en- nos cadernos para realizar a atividade.
quadro em seus materiais, o professor faça a leitura de cada tendendo e conseguindo realizar cada atividade.
fortalecimento da aprendizagem 168
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
O objetivo de pensarmos sobre isso é que este exercí- zz Vamos. agora, pensar um pouco sobre a atividade1 que Em outro exemplo, se um estudante avalia seu conheci-
cio ajuda a gente a melhorar o nosso próprio jeito de apren- estamos realizando. Reflitam sobre o quanto vocês pude- mento no nível 1, motivação no nível 2, mas estratégias no caixa de ferramenta
der, e vocês também poderão compartilhar comigo e com ram aprender e qual o nível de motivação de vocês.. nível 1, apresentará a seguinte representação: do professor
os colegas dúvidas e ideias interessantes que surgirem ao
Concretizada a reflexão, o professor propõe aos estudan- abertura das sequências
refletir sobre a atividade. N1 N2 N3
tes que construam uma grade para representar sua autoava- sequência 1
liação, conforme modelo abaixo. Conhecimento
orientações de estudo

Prática 1: N1 N2 N3
Motivação
sequência 2
autoavaliação e socialização Conhecimento Estratégias
orientações de estudo
Esta prática corresponde a uma atividade metacognitiva,
Motivação
em que os estudantes, em poucos minutos, são convidados a: Sugere-se a orientação a seguir para que todos os estu- sequência 3
Estratégias dantes realizem o preenchimento do quadro. orientações de estudo
a. refletir sobre a própria aprendizagem;
A proposta é que cada jovem possa desenhar esta pe- zz Montem agora o quadro no caderno de vocês e preen-
b. sistematizar essa reflexão em um quadro simples;
quena malha em suas próprias folhas de caderno e pintar ou cham conforme o quadro de referência.
c. dialogar com o professor, revelando alguns destaques anexos do professor
marcar um    para representar sua autoavaliação. Por exem-
de sua autoavaliação. Essa sistematização ativa processos metacognitivos dos
plo, um estudante que avalia seu conhecimento no nível 2, avaliação inicial
estudantes, os quais estabelecem para eles uma linguagem língua portuguesa
Para que os estudantes possam efetuar essa reflexão, motivação no nível 3, mas estratégias no nível 1, apresentará
para representarem seus pensamentos, bem como susci- propostas de intervenção na
devem conhecer, desde o começo das sequências didáticas, a seguinte representação:
forma de orientação de estudos
tam ideias para dialogarem com o professor (como proposto
o quadro de referência apresentado anteriormente. As pri-
N1 N2 N3 no item c anterior). Para além dos níveis representados nos
meiras práticas desta autoavaliação exigirão um diálogo do protocolo para
Conhecimento quadros, o porquê da avaliação em cada dimensão ajudará o avaliação formativa
professor com todos da turma para que se apropriem das
escalas, bem como construam os significados metacogniti- Motivação estudante a explicitar ao professor sua experiência naquela
análise das habilidades
vos para utilizá-las. etapa de cada sequência didática. descritores
Estratégias
Sugere-se a orientação a seguir para que os estudantes Dependendo do foco do professor no momento da au- sugestões de práticas
realizem a reflexão sobre a atividade. 1 O professor pode especificar a atividade para deixar mais toavaliação, pode-se solicitar aos estudantes que escrevam
claro aos estudantes sobre o que estão fazendo a reflexão. o que pensaram para preencher a grade. Por exemplo, se no
fortalecimento da aprendizagem 169
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
momento da ação avaliativa o professor faz uma verificação Prática 2: O professor pode usar os próprios objetos da atividade
mais rápida dos entendimentos e dúvidas relacionados à di- Avaliação da turma pelo professor em que os estudantes trabalharam para especificar as per- caixa de ferramenta
mensão do conhecimento, ele pode pedir que os estudantes guntas acima. Este mapeamento deve ser feito de maneira do professor
A avaliação do professor terá dois objetivos: intervir so-
escrevam abaixo da grade sua dúvida ou o que não com- coletiva, com atenção aos pontos de maior frequência de en-
bre as principais lacunas coletivas da turma e propor ações abertura das sequências
preenderam. O mesmo vale se o foco estiver na motivação tendimento ou dúvida da turma.
específicas para aqueles que estejam perdendo o vínculo de sequência 1
ou nas estratégias para aprendizagem.
aprendizagem nas atividades da sequência didática. Sugere-se que o professor organize no quadro ou em uma orientações de estudo
A seguir apresentam-se duas sugestões para a sociali- folha, da maneira que for mais conveniente, os pontos comen-
Em termos práticos, o professor coleta os dados para
zação das autoavaliações dos estudantes. tados pelos estudantes, conforme exemplo a seguir, baseado sequência 2
sua avaliação de duas maneiras:
na parte 4 da primeira sequência didática de Matemática. orientações de estudo
Caso os estudantes estejam realizando a atividade em
1. Na observação dos estudantes enquanto realizam as ta-
grupo, o professor pode sugerir que façam a socialização de
refas propostas. O que foi aprendido? O que ainda é dúvida? sequência 3
suas autoavaliações entre os colegas, enquanto circula para orientações de estudo
2. Na socialização das autoavaliações realizadas por eles . 2 Cálculo da média O que é “bimodal”
interagir com cada grupo. Sugere-se que sejam dadas as se-
aritmética
guintes orientações a eles. Como calcular mediana
Nas duas situações, recomenda-se ao professor questio-
nar os estudantes sobre tópicos específicos da atividade sen- Conceito de moda anexos do professor
zz Compartilhe no grupo de vocês o que cada um preencheu Como resolver os problemas

em seu quadro. do realizada, cujos objetivos estão no planejamento do profes- de média no gráfico avaliação inicial
sor, permitindo que se oriente pelas seguintes perguntas: língua portuguesa
zz Verifique os pontos diferentes entre os colegas e conver- É interessante que este registro possa ser observado pe-
propostas de intervenção na
sem sobre estes itens. Se você teve alguma ideia interes- � O que foi aprendido?
los estudantes, o que favorecerá o momento de devolutiva e forma de orientação de estudos

sante, conte para seu colega. zz Qual é dúvida ainda? o resgate das dúvidas.
protocolo para
zz Circularei pelos grupos para solucionarmos as dúvidas. O professor também deve abordar com os estudantes avaliação formativa
2 
A autoavaliação é um processo novo para a maioria
Pode-se repetir a sequência de interações acima para nesta etapa as dimensões de motivação e das estratégias
dos alunos e requer prática, bem como a construção análise das habilidades
a dimensão de Motivação ou Estratégias. Conforme o mo- de vínculos de confiança com o professor para que a para a aprendizagem. Para isso, apresentam-se no quadro a descritores
mento da aula, a categoria de atividade e a intenção do pro- socialização de suas reflexões não possa ser motivo de seguir algumas perguntas que podem ser feitas aos estudan-
sugestões de práticas
fessor, pode-se começar por qualquer uma delas. exposição. Ao usar esses dados, o professor deve fazê-lo tes. Não é necessário fazer todas, pode-se escolher uma de
coletivamente sem expor individualmente qualquer aluno. cada dimensão em cada momento de avaliação. O professor
fortalecimento da aprendizagem 170
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
também pode formular perguntas similares a estas, mas que Recomenda-se que interação com os estudantes em Estes registros devem ser guardados para acesso exclu-
estejam mais adequadas ao contexto e momento de diálogo relação às dimensões de motivação e estratégias para sivo do professor e podem ter duas finalidades: caixa de ferramenta
com os estudantes. aprendizagem seja oral e dinâmica, estimulando que pen- do professor
zz possibilitar ao professor uma ação mais imediata, pro-
sem sobre o que e como estão aprendendo.
pondo uma conversa individual com o estudante, seja de abertura das sequências
Motivação Estratégias
Por fim, é importante que o professor circule entre os maneira reservada ao longo da aula enquanto os demais sequência 1
Vocês
�  acham esse Que
�  ideia ou raciocínio desse
estudantes buscando identificar aqueles que atribuíram ní- efetuam alguma atividade, seja em algum momento logo orientações de estudo
conhecimento conteúdo vocês acharam
importante? Como interessante? Por quê? vel 1 nas três dimensões da autoavaliação. Se possível, é após a aula em que ambos tenham disponibilidade. Es-
importante que o professor pergunte de maneira mais in- sas conversas podem ser mobilizadoras e o mecanismo sequência 2
você pode usá-lo?
Houve
�  alguma parte que dividual a estes estudantes porque atribuíram estes níveis que rege a mudança de comportamento do jovem, após orientações de estudo
Qual
�  foi a parte mais vocês não entendiam, mas
nas suas autoavaliações. Estas informações podem ser essa situação, é a sua percepção de que o professor se
interessante do que depois ficou clara? O que sequência 3
registradas pelo professor em uma folha, como mostra o importa com sua aprendizagem. A crença do estudante
que acabamos de “destravou” o entendimento? orientações de estudo
exemplo a seguir. que ninguém se importa se ele aprende ou não reside
aprender? Por quê?
Houve
�  alguma parte que entre as causas raízes de baixa motivação e ausência de
Qual
�  foi a parte mais você não estava entendendo estratégias para aprendizagem.
desafiadora? Por quê? e ficou mais fácil com a anexos do professor

explicação de um colega? zz acompanhar comportamentos recorrentes em diferen- avaliação inicial


Esse
�  conhecimento tes aulas, o que pode ser um sinal de desengajamento
Como foi? Aluno 1: não consegue entender os gráficos, língua portuguesa
se relaciona com algo
e levar à evasão ou ao abandono escolar. A consolida- propostas de intervenção na
que você já conhecia? De
�  que maneira vocês ficou chateado por não conseguir fazer as
forma de orientação de estudos
ção dessa informação de um estudante ao longo de um
Quais relações você organizaram as ideias dessa atividades com o grupo.
mês de aula, por exemplo, pode ser discutida com a co- protocolo para
percebeu? atividade que acabaram de
realizar? ordenação e/ou direção da escola, para a busca de solu- avaliação formativa
Aluna 2: ficou confusa com a média e a
Vocês
�  sentem ções mais sistêmicas, eventualmente com atendimento
mediana e não entende por que precisa análise das habilidades
algum temor sobre Houve
�  alguma parte em psicopedagógico, se for algo possível, ou mesmo com o
o que acabamos que você estava lendo ou aprender isso. descritores
envolvimento da família.
de aprender? Como fazendo sem entender? sugestões de práticas
podemos lidar com Como percebeu e o que você Aluna 3: diz não entender nada.
isso? fez para entendê-la?
fortalecimento da aprendizagem 171
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Prática 3: no tempo e com os recursos disponíveis na aula. O pro- significados sobre os pontos apresentados com suas pró-
devolutiva estruturada. fessor pode também usar tais informações para sugerir prias ideias também favorece que se apropriem de maneira caixa de ferramenta
aos estudantes uma priorização de estudos em casa. mais efetiva dos encaminhamentos, conteúdo e habilidades, do professor
Visto que as práticas avaliativas descritas anteriormente
cujo desenvolvimento se propõe nesta devolutiva.
são processos dialogados com os estudantes, a devolutiva zz [ajustar o ensino]: caso o professor avalie que alguns pon- abertura das sequências
deve cumprir alguns papéis: tos de dúvida devem ser solucionados em uma aula ou sequência 1
momento posterior, seja por sua importância na sequên- Roteiros para práticas avaliativas. orientações de estudo
zz [orientar para o estudo individual]: o professor pode es-
cia didática, seja por alguma interdependência com outro As práticas avaliativas podem ser aplicadas pelo pro-
clarecer as dúvidas (ou de atenção, aqui, não está claro)
conteúdo subsequente, o professor pode planejar como fessor de forma conjunta, conjuntamente, em sequência, ou sequência 2
ao final da aula, para que os estudantes superem even-
abordar esses pontos em outra aula, apresentando e de- separadamente, conforme o momento da aula ou parte da orientações de estudo
tuais dificuldades por meio de roteiros de estudo em mo-
senvolvendo com os estudantes explicações e estratégias sequência didática que está realizando.
mentos de autogestão de seu conhecimento. sequência 3
alternativas.
Os objetivos diferentes do professor em suas aulas po- orientações de estudo
zz [favorecer a motivação] nas situações em que o profes-
As conversas individuais com os estudantes com triplo dem requerer usos diferentes de combinações das práticas.
sor percebe que os estudantes estão perdendo o interes-
nível 1 na autoavaliação também são momentos essenciais Nos roteiros a seguir, apresentam-se quatro possibilidades
se na atividade. O professor pode apresentar-lhes infor-
de devolutiva. que podem ser convenientes ao professor: anexos do professor
mações ou argumentos que reforcem a importância de
aprenderem o conteúdo e desenvolverem as habilidades Para ser efetiva, a prática da devolutiva estruturada deve avaliação inicial
a. verificação rápida: ocorre em situações em que o
relacionadas à atividade. se dar em dois passos: língua portuguesa
professor ensinou por uma atividade e gostaria de
propostas de intervenção na
zz [promover estratégias] nas situações em que o professor 1. preparo do professor de dois ou três pontos a serem co- saber o que os estudantes compreenderam e quais forma de orientação de estudos
percebe que pode ajudar os estudantes a aprender me- municados aos estudantes; dúvidas surgiram. Tipicamente, o professor está mais
protocolo para
lhor o conteúdo ou desenvolver as habilidades relaciona- interessado na dimensão do conhecimento, embora
2. certeza de que os estudantes registrarão as informações avaliação formativa
das à atividade. Por exemplo, o professor pode apresentar informações sobre motivação e estratégias também
para que possam se apropriar melhor delas.
alguma sugestão de esquema para organização das ano- possam surgir. análise das habilidades
O professor pode comunicar os pontos preparados aos descritores
tações ou dar alguma dica de como se aprimorar naquele
b. retomada da atenção: ocorrem em situações em que
conteúdo. estudantes da maneira que lhe for conveniente. É importante
sugestões de práticas
a atenção da turma para a atividade diminui e a disper-
que ele solicite aos estudantes que tomem nota dos pontos
zz [Concluir o processo]: o professor revisa com os estudan- são aumenta. Essencialmente, o professor usa a prá-
e, posteriormente, detalhe cada um com a turma, verificando
tes os principais pontos de dúvida e busca esclarecê-los tica avaliativa para fazer uma pausa com os estudan-
se os compreenderam. Pedir aos estudantes que construam
fortalecimento da aprendizagem 172
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
tes em seus esforços cognitivos e falar sobre eles, ou Os roteiros para cada categoria de situação acima são apresentados a seguir.
seja, realizar um exercício metacognitivo. Essa pausa caixa de ferramenta
A. Verificação rápida
tem como efeito a retomada da atenção para continu- do professor
ar a atividade com a energia dos estudantes em alta. Em algumas partes das sequências didáticas, uma rápida reflexão com os estudantes é apropriada, praticando-se
abertura das sequências
prioritariamente a autoavaliação, conforme os três passos a seguir:
c. fechamento de etapa: marca o fechamento de cada sequência 1
1. solicitar aos estudantes que montem a grade de autoavaliação;
etapa da sequência didática com uma prática ava- orientações de estudo

liativa, especialmente contemplando uma devolutiva 2. pedir que reflitam sobre a atividade que acabaram de realizar e registrem na grade;

3. pedir que anotem sua dúvida e o que não entenderam;


sequência 2
estruturada, visto que os estudantes deverão cumprir
orientações de estudo
os roteiros de estudos individuais, para consolidar sua 4. escutar os pontos levantados e dialogar com eles trazendo os esclarecimentos necessários.
aprendizagem sobre eles. A devolutiva pode contem- sequência 3
À medida que os estudantes se acostumam a efetuar a autoavaliação, essa verificação se torna um procedimento mais
plar dicas que os ajudem nas atividades de estudos
rápido, devendo tomar de 5 a 10 minutos. orientações de estudo
individuais.
B. Retomada da atenção
d. fechamento de sequência didática: marca o fe-
Em outras partes da sequência didática, durante sua execução em sala com os estudantes, podem ocorrer momentos em anexos do professor
chamento de uma sequência didática, em que uma
devolutiva estruturada pode ser utilizada para ex- que a atenção geral da turma se dispersa. Uma prática de autoavaliação pode ajudar a quebrar ciclos contraproducentes, avaliação inicial
plicitar aos estudantes o que aprenderam e avaliar conforme passos a seguir: língua portuguesa

com eles como a motivação e as estratégias para 1. solicitar aos estudantes que montem a grade de autoavaliação; propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
aprender evoluíram. Essa conversa de fechamento 2. pedir que reflitam sobre a atividade que estão realizando e registrarem na grade;
ajuda a consolidar significados sobre o que apren- protocolo para
3. pedir que escrevam porque acham que sua atenção e a atenção da turma caiu nos últimos instantes; avaliação formativa
deram na sequência didática e desenvolver uma vi-
4. escutar os pontos levantados pelos estudantes e incentivá-los a propor soluções.
são mais sistêmica de seu conteúdo e das habilida- análise das habilidades
des desenvolvidas. A própria discussão sobre as razões da diminuição da atenção deverá trazer ao professor e aos estudantes um estado mais descritores
favorável de retomada da sequência didática.
sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 173
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
C. Fechamento de etapa Exemplos e casos de uso
Em cada parte ou momento das sequências didáticas, caixa de ferramenta
Ao fechar uma etapa de uma sequência didática, é recomendado que o professor realize o ciclo completo proposto neste
do professor
protocolo, conforme passos a seguir: há quadros indicando “Atenção para Avaliação!” Essas indi-
cações ajudam o professor a prever quando e de que forma abertura das sequências
1. solicitar aos estudantes que montem a grade de autoavaliação, reflitam sobre aquela etapa e efetuem o registro;
aplicar uma prática avaliativa, no planejamento de cada uma sequência 1
2. dialogar com os estudantes levantando oralmente as dúvidas e pontos relacionados à motivação e estratégia;
de suas aulas. A seguir, apresentam-se alguns exemplos de orientações de estudo
3. fazer a avaliação do professor, coletiva, com registro das principais dúvidas e lacunas da turma;
aplicação dos roteiros relacionados a essas indicações.
4. registrar os casos dos estudantes que atribuíram nível 1 nas três dimensões de sua autoavaliação; sequência 2
orientações de estudo
5. sistematizar uma devolutiva para os estudantes, indicando os próximos passos para o resgate das dúvidas e lacunas. Sequência didática 1
Como é um processo marcado principalmente por interação oral, mesmo que a discussão seja densa, é possível realizá-lo Língua Portuguesa — Momento 2 sequência 3
em um tempo razoável da aula, entre 15 min e 20 min, aproximadamente. (Desenvolvimento — 5 aulas) orientações de estudo
Ao longo de cinco aulas, o professor realizará com os
D. Fechamento de sequência didática estudantes a leitura e análise de cinco textos diferentes no
No fechamento de uma sequência didática, a abordagem do professor pode se pautar prioritariamente por uma devolutiva campo jornalístico-midiático. As leituras ocorrerão confor- anexos do professor
estruturada, visto que acumulou os registros das ações avaliativas de fechamento das etapas. Sugerem-se os passos a me a dinâmica realizada pelo professor com os grupos e, in- avaliação inicial
seguir: dependentemente da ordem em que ocorerem, o professor língua portuguesa
1. retomar os objetivos de aprendizagem da sequência didática; pode incluir em seu planejamento práticas avaliativas, con- propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
forme exemplos a seguir:
2. apresentar aos estudantes os resumos sobre as dúvidas e lacunas registradas nas etapas;
zz ao término da leitura e análise do primeiro texto pelos es- protocolo para
3. dialogar com os estudantes para investigar o que já foi solucionado e o que permanece como dúvida; avaliação formativa
tudantes pode-se aplicar uma verificação rápida (roteiro
4. apresentar os objetivos da próxima sequência didática e comentar sobre eventuais conexões com os objetos de
A), para que se possa levantar as dúvidas e dificuldades análise das habilidades
conhecimento da sequência didática que se conclui.
iniciais, buscando meios de solucioná-las nas próximas descritores
Este processo também deve ser realizado entre 15 min e 20 min, aproximadamente.
leituras; sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 174
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz alguns textos podem ser mais densos e cansativos para zz ao término da atividade de analisar e completar o gráfico para lidar com os problemas contextualizados, com razo-
os estudantes do que outros; ao perceber que os estudan- sem informações, o professor pode aplicar uma verifica- ável carga de leitura; caixa de ferramenta
tes estão se dispersando na leitura de um material especí- ção rápida (roteiro A), o que ajudará a identificar com a do professor
zz ao final das três aulas, pode-se aplicar o fechamento de
fico, o professor pode aplicar uma retomada da atenção turma qual elemento da composição de um gráfico ainda etapa (roteiro C), incluindo dicas e direcionamentos para abertura das sequências
(roteiro B), em que o próprio conteúdo da sequência di- não está bem compreendido. Essa será provavelmente a os estudantes realizarem a resolução das questões de es- sequência 1
dática, relacionado à importância de se elevar a capaci- primeira aplicação da autoavaliação com socialização, de tudo individual. orientações de estudo
dade de cada um de compreender as informações com modo que é necessário passar aos estudantes o quadro
que tem contato, pode constituir argumento ou ponto de de referência no início da atividade. Deve-se prever um Anexo: referencial metodológico sequência 2
debate sobre a motivação; tempo adequado para aplicar o roteiro, explicando aos es- orientações de estudo
Neste anexo, apresenta-se um referencial metodológico
zz ao final das 5 aulas, pode-se aplicar o fechamento de eta- tudantes o preenchimento do quadro e o significado de
sobre os quais foram elaborados os roteiros e as práticas sequência 3
pa (roteiro C), incluindo dicas e direcionamentos para os es- cada dimensão ali presente.
avaliativas deste protocolo. Sua leitura é recomendada para orientações de estudo
tudantes resolverem as questões do “#Borasepreparar?!”. zz alternativamente, no mesmo momento de conclusão a aplicação em sala de aula, pois o entendimento pelo pro-
da atividade de completar o gráfico sem informações, fessor dos conceitos aqui apresentados deve conferir-lhe au-
Sequência Didática 1 pode-se aplicar a retomada da atenção (roteiro B). Essa tonomia para a escolha e o uso efetivo do protocolo em sala anexos do professor
Matemática – Parte 1: Gráficos para quê? escolha pode ser feita pelo professor se ele perceber que de aula com suas turmas.
avaliação inicial
(3 aulas)
é mais importante naquele momento tratar das dimen- Este Protocolo para Avaliação Formativa é parte de um língua portuguesa
Nesta parte, os estudantes analisarão um gráfico sem
sões de motivação e estratégias para aprendizagem conjunto de materiais elaborados para os professores pro- propostas de intervenção na
informações e, com as orientações do professor, buscarão forma de orientação de estudos
do que manter o foco na dimensão do conhecimento. moverem aprendizagens específicas em um tempo determi-
compreender os elementos que o compõem, a partir da
Como é uma atividade em que os estudantes são esti- nado para seus estudantes. Sua elaboração foi feita junta- protocolo para
identificação analítica do que está faltando. Em seguida, re-
mulados a construir conhecimento sobre o gráfico, eles mente com as Sequências Didáticas e com os Roteiros de avaliação formativa
solverão problemas que envolvem interpretações de gráficos
naturalmente desenvolvem estratégias próprias, o que Estudos.
e desenvolverão a capacidade de interpretar as informações análise das habilidades
pode tornar particularmente interessante a discussão descritores
neles apresentadas por meio dos elementos constituintes Consequentemente, o professor deve pensar nestes três
sobre esta dimensão;
do gráfico aprendidos na atividade anterior. Tal sequência recursos de maneira integrada, pois o protocolo foi desenha- sugestões de práticas
proporciona ao professor, conforme indicado nos quadros zz ao longo da resolução dos problemas propostos, pode ser do para ser aplicado ao longo da execução das sequências
“Atenção para a avaliação!”, oportunidades de aplicação dos necessário também aplicar a retomada da atenção (rotei- didáticas, considerando que os estudantes estarão concomi-
roteiros de práticas avaliativas, conforme exemplos a seguir: ro B), dado o esforço cognitivo necessário aos estudantes tantemente cumprindo os roteiros de estudo.
fortalecimento da aprendizagem 175
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
As partes e os momentos das sequências didáticas indicam a realização de avaliações Apesar de importante na dinâmica de ensino e aprendiza-
e as práticas e os roteiros previstos neste protocolo se propõem a instrumentalizar o pro- gem presente nas escolas, esse processo avaliativo guarda caixa de ferramenta
fessor em como realizá-las. O esquema a seguir representa esta integração: algumas limitações: do professor

I. o professor corrige as respostas dadas pelo estudante em abertura das sequências


1
Did ência a

um momento anterior, sem acesso ao como este condu- sequência


d
Seq par te
um o de

par ima

Did ência
ziu as suas construções;

Seq da
orientações de estudo

x
i

a
te
Iníc

Pró
a

átic

átic
u

u
II. não há interação do professor com o estudante ao longo sequência 2
da atividade de respostas às questões propostas para que orientações de estudo
as dúvidas e lacunas de conhecimento sejam compreen-
didas e solucionadas; sequência 3
orientações de estudo
III. não se proporciona ao estudante a oportunidade de pen-
ava ática

rote o

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rote o

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ava ática

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sar e falar sobre o conhecimento que está tentando de-
liat

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ep

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alu indivi

alu indivi

alu indivi

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monstrar, ficando a expectativa que se forma e o significa-

alu o indi
a1

a2

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tica anexos do professor

as
Aul

Aul

Aul

Aul
udo

udo

udo

do que se atribui à avaliação apenas relacionados à nota.


no

no

no

Prá
de

ud
avaliação inicial

no
Est

Est

Est

Est
IV. Admitindo que cada escola já tem bem definidos os pro- língua portuguesa

cessos avaliativos que cumprem a finalidade somativa propostas de intervenção na


forma de orientação de estudos
Dessa forma, ao aplicar um roteiro de práticas avaliati- Qual a diferença das provas tradicionais para descrita acima, este protocolo propõe ao professor que
vas, o professor deve sempre considerar o que o estudante as práticas avaliativas deste protocolo? conduza com seus estudantes o que denominamos aqui protocolo para
já fez nas atividades realizadas em aula, mas também os di- O termo avaliação na sala de aula normalmente remete avaliação formativa
por práticas avaliativas com finalidade formativa. Es-
recionamentos para o estudo individual. a uma prova que os estudantes respondem e, posteriormen- sencialmente, como o próprio termo formativo declara, análise das habilidades
Em seu desenho, as práticas avaliativas foram conce- te, o professor corrige. Uma nota é atribuída e ela vai para o esta finalidade tem como consequência a avaliação que descritores

bidas para que a transição entre as atividades de ensino e registro escolar, tendo consequências para aprovação. Esse retroalimenta a dinâmica de ensino e aprendizagem em
sugestões de práticas
aprendizagem e a aplicação dos roteiros que a realizam seja processo tem como finalidade quantificar de maneira sin- que não há a atribuição e o registro escolar de uma nota,
suave ao professor e aos estudantes, diluindo a pressão de tética o conhecimento acumulado pelo estudante durante mas sim do estabelecimento de uma linguagem para que
avaliação para gerar uma nota. um período e, por essa razão, é denominada de somativa. professor e estudante formulem e resolvam os problemas
fortalecimento da aprendizagem 176
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
que emergem nessa dinâmica. Em termos mais especí- 1. [autoavaliação]: possibilitar aos estudantes refletir sobre
ficos, as três limitações apresentadas acima devem ser o que estão aprendendo; Alunos fazem autoavalialção caixa de ferramenta
superadas para assegurar a finalidade formativa o profes- (individual) do professor
1. [avaliação do professor]: descrever o que e como os
sor realiza a ação avaliativa durante o processo de apren-
estudantes estão aprendendo, bem como as lacunas abertura das sequências
dizagem do estudante, coletando informações sobre sua
que ficaram no processo e as barreiras que limitam as sequência 1
estrutura de pensamento, entendimentos e dúvidas
aprendizagens. Professor fornece Professor coleta orientações de estudo

V. o estudante interage com o professor ao longo da ação devolutivas coletivas e informações individuais
avaliativa, deixando evidente suas dúvidas e lacunas; 1. [devolutiva]: possibilitar ao professor dar devolutivas aos individuais aos alunos e faz avaliação coletiva sequência 2
estudantes. orientações de estudo
VI. o estudante é estimulado a pensar sobre as ideias e os co-
nhecimento com os quais está tendo contato e descrevê- Tais ações devem ser realizadas junto com as sequên- sequência 3
-los, bem como as estruturas que constrói em sua mente cias didáticas e encontram espaço para serem realizadas nos Em termos das dimensões a serem avaliadas, propõe-se orientações de estudo

para aprendê-las. momentos devidamente indicados. Os momentos de avaliar que permitam a professor e estudantes identificar a conse-
não são apenas ao final das sequências didáticas ou de cada cução das aprendizagens, contemplando, portanto, a dimen-
Este protocolo tem por objetivo propor aos professores a
uma de suas partes, mas sim ao longo das atividades, diluí- anexos do professor
são do conhecimento; mas também que coloquem luz sobre
estrutura e o roteiro para a realização de ações avaliativas com
das no processo. Os ajustes que o professor promove junto os mecanismos que podem promovê-las ou, eventualmente, avaliação inicial
finalidade formativa ou, simplesmente, avaliações formati-
às turmas e nas atividades de ensino devem ser contínuos, representar barreiras, especificamente a motivação e estra- língua portuguesa
vas. O protocolo foi elaborado considerando que sua aplicação
o que torna necessário que a avaliação esteja imersa no pro- tégias para aprender. propostas de intervenção na
acontecerá ao longo de sequências didáticas bem definidas, forma de orientação de estudos
cesso de aprendizagem, com as reflexões dos estudantes e
nas quais se indicam inclusive os momentos para sua prática.
a sistematizações do professor. protocolo para
Fundamentação sobre as dimensões avaliação formativa
Estrutura para a avaliação formativa deste Neste protocolo, as dimensões são definidas e os instru- A avaliação da dimensão do conhecimento estará dire-
protocolo mentos para que as três ações acima sejam realizadas em tamente ligada ao conteúdo ministrado na respectiva parte análise das habilidades
descritores
A avaliação formativa proposta aqui deve representar três ciclos contínuos pelos professores são propostos conforme da sequência didática em que houver a ação avaliativa. Me-
ações concretas na prática do professor com os estudantes: ilustra a imagem a seguir. diados pelo professor, os estudantes deverão refletir sobre sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 177
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
as ideias e conceitos com que trabalharam e avaliar o que do e processando simultaneamente novos eventos.” (Badde- rede complexa de inter-relações, ou seja, pode-se dizer que é
aprenderam e em que tiveram dificuldade. Com base nos ob- ley & Hitch, 1974) o conjunto de tudo o que uma pessoa sabe. caixa de ferramenta
jetivos de aprendizagem daquela parte da sequência didáti- do professor
Esse tipo de memória apresenta dois componentes prin- A transição da memória de trabalho para a memória de
ca, o professor registra e sistematiza as principais lacunas
cipais: longo do prazo acontece através de conexões que se estabe- abertura das sequências
evidenciadas na turma, de maneira coletiva.
zz uma área de armazenamento de memória de trabalho lecem entre as novas ideias e aquelas conhecidas, destacan- sequência 1
As dimensões da motivação e das estratégias para do-se os seguintes efeitos: orientações de estudo
temporária, que brevemente sustenta inputs sensoriais e/
aprendizagem têm por objeto a relação do estudante com o
ou resgata conhecimento da memória de longo prazo; [efeito atenção]: algo que “chama a atenção” na memória
conhecimento e o professor. Com base no referencial teórico
zz
sequência 2
zz um sistema de processamento que combina atenção e de trabalho; orientações de estudo
que aqui se adota (Duncan & McKeachie, 2015), estas não são
características fixas entre os estudantes, mas sim assumi- outras ações cognitivas que modificam o conteúdo dos zz [efeito repetição]: algo que ocupa a memória de trabalho
elementos armazenados temporariamente.
sequência 3
mos que a “motivação é dinâmica e relacionada ao contexto” em ciclos repetidos;
orientações de estudo
do estudante, bem como as estratégias para aprendizagem Os primeiros estudos que sistematizaram esse conceito zz [efeito processamento]: algo que já foi suficientemente
“podem ser aprendidas e colocados sob o controle dos es- apontaram para uma capacidade limite humana de armaze- processado na memória trabalho;
tudantes”. Ambas as dimensões são, portanto, dependentes nar 7±2 unidades de informação simultaneamente. Estudos anexos do professor
da disciplina em que a experiência de aprendizagem do estu- zz [efeito conexão ou associação]: algo que esteja junto na
mais recentes chegam a limitar estes números para 4.
memória trabalho. avaliação inicial
dante se insere;, consequentemente, um mesmo estudante
A capacidade de memória de trabalho de um indivíduo língua portuguesa
pode ter altos níveis de motivação e aprendizagem em uma No outro sentido, a transição da memória de longo prazo
depende de: propostas de intervenção na
disciplina do que em outra. para a memória de trabalho se dá, principalmente, pelo efei- forma de orientação de estudos
zz alcance: o número de elementos que se conseguem ar- to de reconhecimento e associação de padrões: algo que
Para seguir com o detalhamento da motivação e das es- protocolo para
mazenar; seja identificado como igual ou pertencente ao mesmo con-
tratégias para aprendizagem, é necessário sistematizar um avaliação formativa
modelo para os mecanismos por meio dos quais acontece a zz velocidade: o quão rápido se consegue processar os ele- junto, ou categoria de algo que está na memória de trabalho
análise das habilidades
aprendizagem, ou seja, sobre o funcionamento da memória mentos na memória de trabalho para substituí-los por no- é resgatado da memória de longo prazo.
descritores
de trabalho e da memória de longo prazo. vos elementos.
A motivação para aprendizagem é composta pelas
sugestões de práticas
A memória de trabalho é definida como “Capacidade de A memória de longo prazo contempla o repertório de crenças do estudante sobre o valor que ele atribui à discipli-
sustentar na mente representações em transição, assimilan- objetos de conhecimento, ideias e seus significados em uma na, sobre sua capacidade de ser bem-sucedido nela e sobre
fortalecimento da aprendizagem 178
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
a expectativa ou ansiedade em relação a potenciais resul- zz controle de crenças negativas sobre aprendizagem: é da memória de trabalho dos estudantes. Literalmente, baixa
tados nas avaliações que realizará. Em termos analíticos, o frequente os estudantes não entenderem algum objeto ou alta motivação pode, respectivamente, fechar ou abrir as caixa de ferramenta
professor pode entender a motivação para a aprendizagem de conhecimento específico, ou parte de seu conteúdo, portas do cérebro para o conhecimento. do professor
composta pelos seguintes atributos: e realizarem inferências mais gerais para si mesmos, por
As estratégias para aprendizagem correspondem aos abertura das sequências
exemplo, de que não conseguem aprender nada relacio-
zz orientação a objetivos intrínsecos: reflete as razões recursos cognitivos e metacognitivos que o estudante conti- sequência 1
mais internas do estudante para desejar aprender, inde- nado com tal objeto. O estudante não compreende as nuamente desenvolve para aprender na disciplina. Analitica- orientações de estudo
pendentemente de eventuais consequências para o não definições iniciais dos logaritmos e assume que nunca mente, podemos elencar as seguintes estratégias:
aprendizado. aprenderá nada relacionado a logaritmos; sequência 2
zz autorregulação: corresponde à habilidade do estudante
orientações de estudo
zz orientação a objetivos extrínsecos: contempla as ra- zz ansiedade em provas: parte significativa dos estudantes de monitorar o próprio pensamento durante as atividades
zões para aprender que o estudante atribui em função têm uma experiência muito aflitiva em provas porque an- que realiza. O estudante pensar no que está aprendendo, sequência 3
de consequências de seu processo, como, por exemplo, tecipam de maneira desproporcional um resultado negati- e em como seu pensamento se desenvolve tem como orientações de estudo
desejar uma nota alta ou obter aprovação dos pais e/ou vo, comportamento de ansiedade em relação ao que está consequências o aprimoramento do próprio processo de
do professor; por vir. Ocorre em grau de intensidade que limita a própria aprender representa a essência da prática metacognitiva.
capacidade do estudante de responder adequadamente Em termos práticos, a auto-regulação permite ao estu- anexos do professor
zz valor atribuído à tarefa: reflete o quanto o estudante con-
às questões e obter um resultado satisfatório. A ansieda- dante identificar em que ponto da leitura de um texto sua avaliação inicial
sidera importante ou útil a atividade que está realizando
para aprender, seja decorrente do valor que atribui ao ob- de em provas acaba se tornando uma profecia auto-reali- compreensão foi perdida, e retornar e retomar, bem como língua portuguesa

jeto de conhecimento em pauta, seja pela formulação de zável, o estudante está convicto de que seu resultado será efetuar uma operação matemática pensando no significa- propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
uma teoria positiva de esforço-resultado, ou seja, o estu- ruim, que seu nervosismo gerará essa consequência. Ao do de seu resultado e avaliando sua razoabilidade. A autor-
dante enxerga significado e sentido no que está fazendo e antecipar que a experiência de prova representará esse regulação também pode ser entendida como o estudante protocolo para
grau de sofrimento, o estudante também se desmobiliza avaliação formativa
percebe que está aprendendo; tomar o controle sobre as associações e conexões feitas
nas atividades de sala de aula. entre memória de trabalho e memória de longo prazo.
zz autoeficácia para aprendizagem e desempenho: tra- análise das habilidades
Os itens acima podem ser direcionadores da motivação descritores
duz a crença do estudante em sua própria capacidade zz reprodução e elaboração: algumas aprendizagens de-
de aprender, um desdobramento individual da mentalida- de diferentes estudantes de maneiras diferentes, ou seja, po- mandam, dos estudantes, prática por meio da reprodução sugestões de práticas
de de crescimento, ou seja, o estudante assume para si dem se motivar ou desmotivar por razões e de maneiras mui- de sequências de procedimentos apresentados pelo pro-
a capacidade de aprimorar sua inteligência e aprender o to distintas. A relevância de se monitorar a motivação decor- fessor o que, por si só, não constitui uma aprendizagem
que lhe é apresentado; re do fato de que ela é a principal responsável pela alocação significativa, permanecendo mais restrita à memória de
fortalecimento da aprendizagem 179
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
trabalho. No entanto, a reprodução pode levar a uma ela- é diferente para diferentes estudantes e o esforço para
boração de significados conceituais pelo estudante, sus- o mesmo estudante aprender diferentes coisas também caixa de ferramenta
citando pensamentos mais abstratos e generalização das varia consideravelmente. Aliada à autorregulação meta- do professor
ideias, bem como conexões na memória de longo prazo. cognitiva, o controle do estudante sobre possíveis fontes
abertura das sequências
Alguns estudantes demandam mais prática do que ou- de distração e sobre a manutenção da própria atenção
sequência 1
tros, assim como apresentam diferentes níveis de resiliên- compõem este atributo. Uma prática mais efetiva pelos
orientações de estudo
cia para se manterem na atividade. estudantes da regulação do esforço está relacionada ao

zz organização: corresponde à capacidade do estudante


entendimento que desenvolvem sobre seus objetivos de sequência 2
aprendizagem, ou seja, visto que o estudante sabe qual é orientações de estudo
de selecionar e categorizar adequadamente as informa-
a sua meta em uma atividade, colocar energia para con-
ções para (efetuar) uma gestão eficiente de sua memó-
trolar tudo o que é necessário para realizá-la acontece sequência 3
ria de trabalho tanto para decidir o que incluir em seu
de maneira mais natural. orientações de estudo
processamento quanto para conseguir abranger infor-
mações que transcendem sua capacidade. Por exemplo, zz busca por ajuda: para além da ideia mais imediata
se o estudante criar uma tabela ou esquema para orga- de que é importante o estudante procurar ajuda para
anexos do professor
nizar as ideias de uma atividade, ele está organizando as aprender algo que não sabe, fazê-lo de maneira efetiva
avaliação inicial
informações para conseguir colocar na memória de tra- decorre do desenvolvimento de algumas habilidades:
língua portuguesa
balho uma parte de cada vez. Práticas de indexar ou re- perceber quando não sabe e o que não sabe com pre-
propostas de intervenção na
sumir também expressam a organização; por exemplo, o cisão, formular e descrever a ajuda de que precisa, bem forma de orientação de estudos
estudante pode anotar o tópico ao qual uma passagem como identificar entre professor e colegas de turma
protocolo para
está relacionada ou destacar sua ideia principal. A orga- quem pode ajudar.
avaliação formativa
nização se revela por técnicas, geralmente explícitas, às
quais os estudantes usualmente denominam como “mé- análise das habilidades
descritores
todo de estudo”.

zz regulação do esforço: para cada estudante executar sugestões de práticas

cada atividade cognitiva demanda um nível único de es-


forço, ou seja, o esforço para aprender a mesma coisa
fortalecimento da aprendizagem 180
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Referências
caixa de ferramenta
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forma de orientação de estudos
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Duncan, T. G., & McKeachie, W. J. (2005). The Making of the avaliação formativa
ment (ED).
Motivated Strategies for Learning Questionnaire. Educa-
tional Psychologist, 40, 117-128. análise das habilidades
descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 181
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Análise de habilidades
jornadas e produtos

caixa de ferramenta

descritores
do professor

abertura das sequências


sequência 1
Priorização das habilidades orientações de estudo

da BNCC (2018) sequência


orientações de estudo
2

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor

avaliação inicial
língua portuguesa
propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
Os critérios de escolha que nortearam a definição des- este aspecto, vale destacar que a opção por incorporar a di-
sas habilidades foram tanto o resultado das avaliações diag- mensão de habilidades para organizar os conteúdos, passa protocolo para
avaliação formativa
nósticas realizadas pelo Estado em parceria com o CAED, pelo entendimento de que os descritores identificados com
bem como os resultados do SAEB 2019. O quadro abaixo baixos resultados de aprendizagem na matriz diagnóstica e análise das habilidades
detalha as habilidades da etapa da BNCC do Ensino Médio no SAEB são componentes dessas habilidades, de forma que descritores
priorizadas na sequência didática 1, os descritores da matriz o seu desenvolvimento proporciona a aprendizagem destes
sugestões de práticas
Saeb e os descritores encontrados nas matrizes das provas descritores. Nos materiais, é possível consultar também a
diagnósticas realizadas pelo Estado, cujo resultados se en- relação entre os descritores das avaliações e as habilidades
contram na plataforma FOCO do Instituto Unibanco. Sobre tratadas em cada uma das três sequências didáticas.
fortalecimento da aprendizagem 182
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Língua Portuguesa caixa de ferramenta


do professor

Priorização das habilidades abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor
Critérios de priorização: avaliação inicial
língua portuguesa
zz contemplar os descritores das avaliações Saeb 2019 e zz contemplar conteúdos de Língua Portuguesa
propostas de intervenção na
diagnóstica da FOCO com resultados baixos ou críticos; que são comumente cobrados no Enem; forma de orientação de estudos

zz contemplar os campos de atuação social da língua - zz diversificar os gêneros textuais, de acordo


protocolo para
eixos estruturantes da BNCC os quais organizam as com cada campo de atuação social, de modo avaliação formativa
práticas de linguagem (leitura, análise linguística e se- a ampliar o repertório do estudante.
análise das habilidades
miótica, produção textual escrita e oralidade);
zz assegurar habilidades que apresentem as descritores
zz assegurar habilidades voltadas ao desenvolvimento competências socioemocionais relacionadas
sugestões de práticas
das práticas de linguagem que promovam a análise de às linguagens.
textos e obras significativas para o Ensino Médio;
fortalecimento da aprendizagem 183
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

Sequência de atividades 1 - 16 aulas


introdução
Campo jornalístico-midiático
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Habilidades BNCC * Matriz SAEB
(EM13LP06)  Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da linguagem, da escolha D01 – L
 ocalizar informações explícitas em um texto. caixa de ferramenta
de determinadas palavras ou expressões e da ordenação, combinação e contraposição de palavras, do professor
D05 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico
dentre outros, para ampliar as possibilidades de construção de sentidos e de uso crítico da língua.
diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.). abertura das sequências

(EM13LP36)  Analisar os interesses que movem o campo jornalístico, os impactos das novas sequência 1
D06 – Identificar o tema de um texto.
tecnologias digitais de informação e comunicação e da Web 2.0 no campo e as condições que fazem orientações de estudo

da informação uma mercadoria e da checagem de informação uma prática (e um serviço) essencial, D07 – Identificar a tese de um texto.
adotando atitude analítica e crítica diante dos textos jornalísticos.
sequência 2
D08 – E
 stabelecer relação entre a tese e os orientações de estudo
(EM13LP38) Analisar os diferentes graus de parcialidade/imparcialidade (no limite, a não argumentos oferecidos para sustentá-la.
neutralidade) em textos noticiosos, comparando relatos de diferentes fontes e analisando o recorte sequência 3
feito de fatos/dados e os efeitos de sentido provocados pelas escolhas realizadas pelo autor do D09 – Diferenciar as partes principais das orientações de estudo

texto, de forma a manter uma atitude crítica diante dos textos jornalísticos e tornar-se consciente das secundárias em um texto.

escolhas feitas como produtor.


D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes
anexos do professor
gêneros.
(EM13LP42) Acompanhar, analisar e discutir a cobertura da mídia diante de acontecimentos e
avaliação inicial
questões de relevância social, local e global, comparando diferentes enfoques e perspectivas, por D14 – D
 istinguir um fato da opinião relativa a esse fato. língua portuguesa
meio do uso de ferramentas de curadoria (como agregadores de conteúdo) e da consulta a serviços
propostas de intervenção na
e fontes de checagem e curadoria de informação, de forma a aprofundar o entendimento sobre um D16 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos forma de orientação de estudos
determinado fato ou questão, identificar o enfoque preponderante da mídia e manter-se implicado, de variados.
protocolo para
forma crítica, com os fatos e as questões que afetam a coletividade.
D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma avaliação formativa

(EM13LP43) Analisar formas contemporâneas de publicidade em contexto digital e peças de informação na comparação de textos que
análise das habilidades
campanhas publicitárias e políticas (cartazes, folhetos, anúncios, propagandas em diferentes mídias, tratam do mesmo tema, em função das
descritores
spots, jingles etc.), explicando os mecanismos de persuasão utilizados e os efeitos de sentido provocados condições em que ele foi produzido e daquelas
pelas escolhas feitas em termos de elementos e recursos linguístico-discursivos, imagéticos, sonoros, em que será recebido. sugestões de práticas

gestuais e espaciais, entre outros, e destacando valores e representações de situações, grupos e


D21 – R
 econhecer posições distintas entre duas ou
configurações sociais veiculadas, a fim de desconstruir eventuais estereótipos e proceder a uma
mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao
avaliação crítica da publicidade e das práticas de consumo.
mesmo tema.
fortalecimento da aprendizagem 184
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

Sequência de atividades 2 - 16 aulas


introdução
Práticas de leitura no Campo artístico-literário
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Habilidades BNCC * Matriz SAEB
(EM13LP51) Analisar obras significativas da literatura brasileira e da literatura de outros países D1 – Localizar informações explícitas em um texto. caixa de ferramenta
e povos, em especial a portuguesa, a indígena, a africana e a latino-americana, com base em do professor
D2 – Estabelecer relações entre partes de um
ferramentas da crítica literária (estrutura da composição, estilo, aspectos discursivos), considerando
texto, identificando repetições ou substituições que abertura das sequências
o contexto de produção (visões de mundo, diálogos com outros textos, inserções em movimentos
contribuem para a continuidade de um texto. sequência 1
estéticos e culturais etc.) e o modo como elas dialogam com o presente.
orientações de estudo
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão
(EM13LP49) Analisar relações intertextuais e interdiscursivas entre obras de diferentes autores e
gêneros literários de um mesmo momento histórico e de momentos históricos diversos, explorando os
sequência 2
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
orientações de estudo
modos como a literatura e as artes em geral se constituem, dialogam e se retroalimentam.
D6 – Identificar o tema de um texto.
(EM13LP20) Produzir, de forma colaborativa, e socializar playlists comentadas de preferências sequência 3
culturais e de entretenimento, revistas culturais, fanzines, e-zines ou publicações afins que divulguem, D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os orientações de estudo

comentem e avaliem músicas, games, séries, filmes, quadrinhos, livros, peças, exposições, espetáculos elementos que constroem a narrativa.

de dança etc., de forma a compartilhar gostos, identificar afinidades, fomentar comunidades etc.
D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes
anexos do professor
gêneros.
(EM13LP46) Participar de eventos (saraus, competições orais, audições, mostras, festivais, feiras
avaliação inicial
culturais e literárias, rodas e clubes de leitura, cooperativas culturais, jograis, repentes, slams etc.), D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da língua portuguesa
inclusive para socializar obras da própria autoria (poemas, contos e suas variedades, roteiros e escolha de uma determinada palavra ou expressão. propostas de intervenção na
microrroteiros, videominutos, playlists comentadas de música etc.) e/ou interpretar obras de outros, forma de orientação de estudos
inserindo-se nas diferentes práticas culturais de seu tempo. D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma
informação na comparação de textos que tratam do protocolo para
(EM13LP48) Perceber as peculiaridades estruturais e estilísticas de diferentes gêneros literários (a avaliação formativa
mesmo tema, em função das condições em que ele
apreensão pessoal do cotidiano nas crônicas, a manifestação livre e subjetiva do eu lírico diante do foi produzido e daquelas em que será recebido. análise das habilidades
mundo nos poemas, a múltipla perspectiva da vida humana e social dos romances, a dimensão política descritores
e social de textos da literatura marginal e da periferia etc.) para experimentar os diferentes ângulos de D21 – Reconhecer posições distintas entre duas
apreensão do indivíduo e do mundo pela literatura. ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao sugestões de práticas
mesmo tema.
(EM13LP53) Produzir apresentações e comentários apreciativos e críticos sobre livros, filmes,
discos, canções, espetáculos de teatro e dança, exposições etc. (resenhas, vlogs e podcasts literários e
artísticos, playlists comentadas, fanzines, e-zines etc.
fortalecimento da aprendizagem 185
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

Sequência de atividades 3 - 16 aulas


introdução
Práticas de Linguagem no Campos de Atuação da Vida Pública
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Habilidades BNCC * Matriz SAEB
(EM13LP12) Selecionar informações, dados e argumentos em fontes confiáveis, impressas e digitais, D01 – Localizar informações explícitas em um texto. caixa de ferramenta
e utilizá-los de forma referenciada, para que o texto a ser produzido tenha um nível de aprofundamento do professor
D06 – Identificar o tema de um texto.
adequado (para além do senso comum) e contemple a sustentação das posições defendidas.
abertura das sequências
D07 – Identificar a tese de um texto
(EM13LP13) Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar textos escritos e multissemióticos, sequência 1
D08 – Estabelecer relação entre a tese e os
considerando sua adequação às condições de produção do texto, no que diz respeito ao lugar social orientações de estudo
argumentos oferecidos para sustentá-la.
a ser assumido e à imagem que se pretende passar a respeito de si mesmo, ao leitor pretendido, ao
veículo e mídia em que o texto ou produção cultural vai circular, ao contexto imediato e sócio-histórico D09 – Diferenciar as partes principais das secundárias
sequência 2
orientações de estudo
mais geral, ao gênero textual em questão e suas regularidades, à variedade linguística apropriada a esse em um texto.
contexto e ao uso do conhecimento dos aspectos notacionais (ortografia padrão, pontuação adequada,
D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes sequência 3
mecanismos de concordância nominal e verbal, regência verbal etc.), sempre que o contexto o exigir.
gêneros. orientações de estudo

(EM13LP26) Relacionar textos e documentos legais e normativos de âmbito universal, nacional, local D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam
ou escolar que envolvam a definição de direitos e deveres – em especial, os voltados a adolescentes e o locutor e o interlocutor de um texto.
jovens – aos seus contextos de produção, identificando ou inferindo possíveis motivações e finalidades, Reconhecer o contexto de produção e circulação dos anexos do professor
como forma de ampliar a compreensão desses direitos e deveres. gêneros do campo de atuação na vida pública avaliação inicial
língua portuguesa
(EM13LP27) Engajar-se na busca de solução para problemas que envolvam a coletividade, D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
propostas de intervenção na
denunciando o desrespeito a direitos, organizando e/ou participando de discussões, campanhas e forma de orientação de estudos
D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas
debates, produzindo textos reivindicatórios, normativos, entre outras possibilidades, como forma de
presentes no texto, marcadas por conjunções, protocolo para
fomentar os princípios democráticos e uma atuação pautada pela ética da responsabilidade, pelo
advérbios etc. avaliação formativa
consumo consciente e pela consciência socioambiental
D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma
análise das habilidades
informação na comparação de textos que tratam do descritores
mesmo tema, em função das condições em que ele foi
sugestões de práticas
produzido e daquelas em que será recebido.

* A
 priorização das habilidades se dá olhando para todo o ensino médio, considerando as D21- Reconhecer posições distintas entre duas ou mais
habilidades essenciais que os estudantes têm o direito de aprender até o final do 3º ano do EM opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.
fortalecimento da aprendizagem 186
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Matemática caixa de ferramenta


do professor

Priorização das habilidades abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor

avaliação inicial
Critérios: língua portuguesa
zz contemplar os descritores das avaliações Saeb 2019 e zz priorizar habilidades que, pela sua complexidade, favore- propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
diagnóstica da FOCO com resultados baixos ou críticos; cem a mobilização de conhecimentos e a relação entre
conceitos e representações; protocolo para
zz considerar as habilidades essenciais para a continuidade
avaliação formativa
dos estudos ou entrada no mundo do trabalho; zz contemplar diferentes unidades temáticas da BNCC;

zz contemplar habilidades adequadas para a retomada de zz contemplar conteúdos de Matemática que são comumen- análise das habilidades
descritores
conhecimentos anteriores; te cobrados no Enem
sugestões de práticas
zz otimizar esforços agrupando habilidades que podem ser zz assegurar habilidades que apresentem as competências
desenvolvidas em conjunto; socioemocionais relacionadas à matemática, em espe-
cial: persistência, autoconhecimento e autoconfiança.
fortalecimento da aprendizagem 187
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

Sequência de atividades 1 - 16 aulas


introdução
Análise de dados
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Habilidades BNCC * Matriz SAEB
(EM13MAT102)  Analisar tabelas, gráficos e amostras de pesquisas D21 – Identificar o gráfico que caixa de ferramenta
estatísticas apresentadas em relatórios divulgados por representa uma situação do professor
diferentes meios de comunicação, identificando, quando descrita em um texto.
abertura das sequências
for o caso, inadequações que possam induzir a erros de
D33 – C
 alcular a probabilidade de um sequência 1
interpretação, como escalas e amostras não apropriadas.
evento. orientações de estudo

(EM13MAT104)  Interpretar taxas e índices de natureza socioeconômica


(índice de desenvolvimento humano, taxas de inflação,
D34 – R
 esolver problemas envolvendo sequência 2
informações apresentadas em orientações de estudo
entre outros), investigando os processos de cálculo desses
tabelas e/ou gráficos.
números, para analisar criticamente a realidade e produzir
sequência 3
argumentos. D35 – associar informações
orientações de estudo
apresentadas em listas e/ou
(EM13MAT314) Resolver e elaborar problemas que envolvem grandezas
tabelas simples aos gráficos que
determinadas pela razão ou pelo produto de outras
as representam e vice-versa.
(velocidade, densidade demográfica, energia elétrica etc.). anexos do professor

avaliação inicial
(EM13MAT316) Resolver e elaborar problemas, em diferentes contextos, que
língua portuguesa
envolvem cálculo e interpretação das medidas de tendência
propostas de intervenção na
central (média, moda, mediana) e das medidas de dispersão forma de orientação de estudos
(amplitude, variância e desvio padrão).
protocolo para
(EM13MAT312) Resolver e elaborar problemas que envolvem o cálculo avaliação formativa

de probabilidade de eventos em experimentos aleatórios


análise das habilidades
sucessivos. descritores

(EM13MAT511) Reconhecer a existência de diferentes tipos de espaços sugestões de práticas


amostrais, discretos ou não, e de eventos, equiprováveis ou
não, e investigar implicações no cálculo de probabilidades.

.
fortalecimento da aprendizagem 188
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

Sequência de atividades 2 - 16 aulas


Álgebra das funções e suas aplicações introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Habilidades BNCC * Matriz SAEB
(EM13MAT303) Interpretar e comparar situações que (EM13MAT402) Converter representações algébricas D7 – Interpretar geometricamente os caixa de ferramenta
envolvam juros simples com as que envolvem juros compostos, de funções polinomiais de 2º grau em representações coeficientes da equação de uma reta. do professor
por meio de representações gráficas ou análise de planilhas, geométricas no plano cartesiano, distinguindo os casos nos
D19 – Resolver problemas abertura das sequências
destacando o crescimento linear ou exponencial de cada caso. quais uma variável for diretamente proporcional ao quadrado
envolvendo uma função do 1º grau. sequência 1
da outra, recorrendo ou não a softwares ou aplicativos de
(EM13MAT304) Resolver e elaborar problemas com orientações de estudo
álgebra e geometria dinâmica, entre outros materiais. D20 – Analisar crescimento /
funções exponenciais nos quais seja necessário compreender
e interpretar a variação das grandezas envolvidas, em (EM13MAT502) Investigar relações entre números
decrescimento, zeros de funções sequência 2
reais apresentadas em gráficos. orientações de estudo
contextos como o da Matemática Financeira, entre outros. expressos em tabelas para representá-los no plano
cartesiano, identificando padrões e criando conjecturas para D22 – Resolver problema
(EM13MAT404) Analisar funções definidas por uma ou sequência 3
generalizar e expressar algebricamente essa generalização, envolvendo PA/PG dada a fórmula
mais sentenças (tabela do Imposto de Renda, contas de luz, orientações de estudo
reconhecendo quando essa representação é de função do termo geral.
água, gás etc.), em suas representações algébrica e gráfica,
polinomial de 2º grau do tipo y = ax².
identificando domínios de validade, imagem, crescimento e D23 – Reconhecer o gráfico de uma
decrescimento, e convertendo essas representações de uma (EM13MAT503) Investigar pontos de máximo ou de mínimo função polinomial de 1º grau por anexos do professor
para outra, com ou sem apoio de tecnologias digitais. de funções quadráticas em contextos envolvendo superfícies, meio de seus coeficientes. avaliação inicial
Matemática Financeira ou Cinemática, entre outros, com língua portuguesa
(EM13MAT401) Converter representações algébricas D24 – Reconhecer a representação
apoio de tecnologias digitais. propostas de intervenção na
de funções polinomiais de 1º grau em representações algébrica de uma função polinomial forma de orientação de estudos
geométricas no plano cartesiano, distinguindo os casos nos (EM13MAT507) Identificar e associar progressões de 1º grau dado o seu gráfico.
protocolo para
quais o comportamento é proporcional, recorrendo ou não a aritméticas (PA) a funções afins de domínios discretos, para
D25 – Resolver problemas que avaliação formativa
softwares ou aplicativos de álgebra e geometria dinâmica. análise de propriedades, dedução de algumas fórmulas e
envolvam os pontos de máximo ou
resolução de problemas. análise das habilidades
(EM13MAT501) Investigar relações entre números de mínimo no gráfico de uma função descritores
expressos em tabelas para representá-los no plano (EM13MAT508) Identificar e associar progressões polinomial de 2º grau.
cartesiano, identificando padrões e criando conjecturas para geométricas (PG) a funções exponenciais de domínios sugestões de práticas

generalizar e expressar algebricamente essa generalização, discretos, para análise de propriedades, dedução de algumas
reconhecendo quando essa representação é de função fórmulas e resolução de problemas.
polinomial de 1º grau.
fortalecimento da aprendizagem 189
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

Sequência de atividades 3 - 16 aulas


Medidas e Geometria e suas aplicações introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Habilidades BNCC * Matriz SAEB
(EM13MAT307) Empregar diferentes métodos para a obtenção da medida da D1 – Identificar figuras semelhantes caixa de ferramenta
área de uma superfície (reconfigurações, aproximação por cortes etc.) e deduzir mediante conhecimento de relações de do professor
expressões de cálculo para aplicá-las em situações reais (como o remanejamento proporcionalidade.
abertura das sequências
e a distribuição de plantações, entre outros), com ou sem apoio de tecnologias
D2 – Reconhecer aplicações das sequência 1
digitais.
relações métricas do triângulo retângulo orientações de estudo

(EM13MAT308) Aplicar as relações métricas, incluindo as leis do seno e do em um problema que envolva figuras
cosseno ou as noções de congruência e semelhança, para resolver e elaborar planas ou espaciais. sequência 2
orientações de estudo
problemas que envolvem triângulos, em variados contextos.
Calcular área de figuras planas por
(EM13MAT309) Resolver e elaborar problemas que envolvem o cálculo de áreas composição e decomposição em sequência 3
totais e de volumes de prismas, pirâmides e corpos redondos em situações reais figuras mais simples. orientações de estudo

(como o cálculo do gasto de material para revestimento ou pinturas de objetos


D3 – Relacionar diferentes poliedros
cujos formatos sejam composições dos sólidos estudados), com ou sem apoio de
ou corpos redondos com suas
tecnologias digitais. anexos do professor
planificações ou vistas.
avaliação inicial
(EM13MAT504) Investigar processos de obtenção da medida do volume de
D4 – Identificar a relação entre o número língua portuguesa
prismas, pirâmides, cilindros e cones, incluindo o princípio de Cavalieri, para a
de vértices, faces e/ou arestas de propostas de intervenção na
obtenção das fórmulas de cálculo da medida do volume dessas figuras. forma de orientação de estudos
poliedros expressa em um problema.
Foco dessa sequência didática é a habilidade de Resolver problemas com mais
protocolo para
complexidade (problemas de processos avaliativos diversos)
avaliação formativa

análise das habilidades


descritores

sugestões de práticas
* A
 priorização das habilidades se dá olhando para todo o ensino médio,
considerando as habilidades essenciais que os estudantes têm o direito de
aprender até o final do 3º ano do EM

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