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E FORMAÇÃO DE EQUIPES
PROF A. DRA. AMANDA FERREIRA GUIMARÃES
PROFA. MA. CRISTIANE ALVES
Presidente da Mantenedora
Ricardo Benedito Oliveira
Reitor:
Dr. Roberto Cezar de Oliveira
Pró-Reitoria Acadêmica
Gisele Colombari Gomes
Diretora de Ensino
Prof.a Dra. Gisele Caroline
Novakowski
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Edson Dias Vieira
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Camila Cristiane Moreschi
Danielly de Oliveira Nascimento
Fernando Sachetti Bomfim
Luana Luciano de Oliveira
Patrícia Garcia Costa
Produção Audiovisual:
Adriano Vieira Marques
Márcio Alexandre Júnior Lara
Osmar da Conceição Calisto
Gestão de Produção:
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114 Cristiane Alves
UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
01
DISCIPLINA:
LIDERANÇA E FORMAÇÃO DE EQUIPES
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................................4
1 ALGUNS CONCEITOS: LÍDER E LIDERANÇA............................................................................................................5
2 TEORIAS CLÁSSICAS DE LIDERANÇA – PARTE I....................................................................................................6
2.1 TEORIA DOS TRAÇOS DE PERSONALIDADE.........................................................................................................6
2.2 TEORIA COMPORTAMENTAL................................................................................................................................ 7
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................................................ 10
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Você já se perguntou por que ouvimos e confiamos tanto em algumas pessoas específicas
em nossa vida cotidiana, na religião ou mesmo no trabalho? Há um ponto em comum entre todas
essas pessoas, que é a capacidade de influenciar outras pessoas na busca por um objetivo comum,
nos diferentes assuntos da vida. Se estamos falando sobre influenciar pessoas para um objetivo
comum, estamos falando de liderança. E é sobre isso que vamos falar nesta Unidade 1.
Ao estudarmos sobre liderança, iniciaremos o percurso compreendendo os principais
conceitos sobre o líder e os diferentes processos de liderança. Em outras palavras, vamos estudar
sobre os conceitos de líder, liderança e quais as características desses conceitos, tão importantes
no mundo de hoje. Além disso, veremos que há um conjunto de teorias que buscaram explicar,
ao longo do tempo, os diferentes processos de liderança.
Em linhas gerais, veremos que o líder é o responsável por influenciar pessoas em busca
de um objetivo em comum. Dentre as diferentes teorias que buscaram explicar os processos de
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Você sabe qual o ponto em comum entre pessoas como Mahatma Gandhi, Nelson
Mandela, Bill Gates e Steve Jobs? Todas essas pessoas inspiraram outras pessoas com suas ideias.
Por exemplo, Mahatma Gandhi e Nelson Mandela foram pessoas extremamente importantes
para a defesa dos direitos humanos, enquanto Bill Gates e Steve Jobs foram inspiradoramente
criativos no que diz respeito a inovações tecnológicas.
O ponto em comum entre essas pessoas é que elas foram líderes. Influenciaram outras
pessoas a se empenharem por uma causa comum. O processo pelo qual um líder influencia
outras pessoas é chamado de liderança. Richard L. Daft (2017) aponta que a liderança envolve
três grandes conceitos: pessoas, influência e objetivos. O autor afirma que o processo de liderança
acontece entre pessoas, sendo que o líder influencia outras pessoas a atenderem um objetivo
comum. O autor ainda define a liderança mais especificamente como “(...) a capacidade de
influenciar as pessoas para a conquista dos objetivos” (DAFT, 2017, p. 498).
De forma complementar, Cintra e Dalbem (2016) afirmam que um líder é aquele que
inspira confiança nas pessoas, aquele que faz com que as pessoas acreditem na ideia do líder
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader
/books/9788550816272/epubcfi/6/2%5B%3Bvnd
.vst.idref%3Dcover%5D!/4.
Nas empresas dos mais diferentes ramos, a liderança está muitas vezes associada à
administração. Contudo, é importante ressaltar que líder/liderança é diferente de administrar/
administração, ainda que possam certamente caminhar juntos. Enquanto o líder diz respeito à
inspiração e condução da equipe, o administrador é o responsável pela condução das atividades
em uma organização por meio de ferramentas de gestão (CINTRA; DALBEM, 2016; ROSSI,
2021).
O líder é quem conduz a equipe, aquele que usa sua autoridade, respeitando as
pessoas e oferecendo um meio de trabalho para que todos desenvolvam suas
atividades por vontade própria, sempre em busca de um objetivo comum. Mas
é preciso ser também um bom administrador. O administrador é responsável
pelos planos organizacionais detalhadamente estabelecidos e, também, pelas
estruturas organizacionais. Ele utiliza técnicas de gestão para o alcance dos
objetivos de forma eficiente (CINTRA; DALBEM, 2016, p. 58).
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
De acordo com Daft (2017), a Teoria dos Traços de Personalidade foi um dos primeiros
esforços para buscar entender as características de um líder e seu processo de liderança. Essa teoria
parte do princípio de que o líder possui características que são inatas à sua personalidade. Ou
seja, o líder se distingue por meio de características pessoais, tais como a extroversão, o carisma,
a autoconfiança e inteligência emocional (DAFT, 2017; CINTRA; DALBEM, 2016).
De forma complementar, Daft (2017) aponta que, atualmente, são considerados não
apenas os traços de personalidade, mas os traços físicos e as características sociais e profissionais
do líder. Segundo Escorsin e Walger (2017), essa teoria considera que há um conjunto de
características que remontam ao líder e à liderança.
Contudo, essa é uma teoria que foi considerada limitada (ROSSI et al., 2021) e que
subestima a influência do contexto no qual o líder está inserido.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Cada gestor tem uma capacidade limitada, e aqueles que se tornam bons líderes
sabem explorar os pontos fortes que podem fazer a diferença. Não se trata de
ter os traços ‘certos’, mas sim de encontrar os pontos fortes que alguém pode
exemplificar e aplicar como um líder (DAFT, 2017, p. 509).
Em resumo, pontos fortes, portanto, são habilidades que são adquiridas e reforçadas que
proporcionam ao indivíduo melhores ferramentas de desempenho (DAFT, 2017). É nesse sentido
que a Teoria Comportamental se destaca, que será explicada em seguida.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader
/books/9788522125258/pageid/481.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
02
DISCIPLINA:
LIDERANÇA E FORMAÇÃO DE EQUIPES
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................ 12
1 TEORIAS CLÁSSICAS DE LIDERANÇA – PARTE II.................................................................................................. 13
1.1 TEORIA CONTINGENCIAL....................................................................................................................................... 13
1.1.1 MODELO SITUACIONAL DE LIDERANÇA............................................................................................................ 13
1.1.2 MODELO DE CONTINGÊNCIA DE FIEDLER........................................................................................................ 15
2 TEORIAS CONTEMPORÂNEAS DE LIDERANÇA..................................................................................................... 16
2.1 LIDERANÇA CARISMÁTICA.................................................................................................................................... 16
2.2 LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL..................................................................................................................... 17
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................................................ 19
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Na Unidade 1, falamos dos principais conceitos sobre líder, liderança e suas principais
características. Nós pudemos ver que o processo de liderança envolve influenciar pessoas para
atender a um objetivo em comum. Vimos também as duas, das três teorias clássicas de liderança,
a saber, a Teoria dos Traços de Personalidade e a Teoria Comportamental. Nessas duas teorias, o
ponto em comum que ajuda a explicar os processos de liderança está associado ao líder, seja por
meio de traços de personalidade inatos, seja por comportamentos que podem ser aprendidos.
Contudo, vimos que outras teorias buscaram avançar nessas contribuições, especialmente
a Teoria Contingencial, a terceira teoria clássica da liderança, e as teorias contemporâneas: a
Liderança Carismática e a Liderança Transformacional. E é sobre essas teorias que falaremos
nesta Unidade 2. Sobre a Teoria Contingencial, você verá que o principal avanço se comparada às
teorias já apresentadas é que o contexto no qual essa liderança acontece importa para sua eficácia.
Isso quer dizer que um líder com determinadas características/comportamentos pode ter sucesso
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Na Unidade 1, vimos que são três as teorias clássicas: a Teoria dos Traços de Personalidade,
a Teoria Comportamental e a Teoria Contingencial. A primeira teoria, a Teoria dos Traços de
Personalidade, buscou afirmar que o líder é aquele com características específicas inatas, que
possibilitam seu processo de liderança.
A segunda teoria, a Teoria Comportamental, buscou avançar, afirmando que não
necessariamente o líder era aquele com características específicas de personalidade, mas, sim,
aquele que aprendia os comportamentos adequados para a condução do processo de liderança,
que pode ser associado, em grande parte, a pessoas ou a processos.
Contudo, outros estudiosos continuaram refletindo sobre a importância do contexto no
qual uma liderança acontecia. Então, vamos pensar em um líder com uma postura proativa: esse
líder se sairia melhor em um ambiente em que as pessoas são menos proativas e precisam de uma
pessoa que as motive? Ou em um ambiente com pessoas que também são proativas, correndo
o risco de criarem retrabalho (dentre outros conflitos) pela presença de mais pessoas com uma
mesma personalidade/comportamento?
Em outras palavras, Daft (2017) aponta que pessoas inseguras, por exemplo, precisam de
um estilo de liderança diferente daquelas que são autoconfiantes. Nesse sentido, existem quatro
tipos de estilos de liderança a partir da prontidão, disposição e habilidade do subordinado: o
estilo diretivo, o estilo negociante, o estilo participativo e o estilo delegante. Expliquemo-los.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
O estilo diretivo é traduzido naquele líder que fornece instruções explícitas sobre a
maneira como as atividades devem ser realizadas. O estilo negociante apresenta as decisões e
abre espaço para que os subordinados façam perguntas para que eles possam compreender as
atividades. No estilo participativo, o líder apresenta ideias e oferece a oportunidade para que
os subordinados participem da compreensão sobre como elas serão colocadas em prática. Por
fim, no estilo delegante é o líder quem delega a responsabilidade sobre decisões e execução das
atividades.
A Figura 1 apresenta uma matriz considerando o estilo de liderança e a prontidão,
disposição e habilidade dos subordinados.
Agora vamos interpretar essa matriz, quadrante por quadrante. No quadrante S1, temos
um líder diretivo e um subordinado com baixa prontidão. Sabendo que o modelo situacional parte
da característica do subordinado, nesse quadrante temos um subordinado com pouca capacidade,
inseguro e, por isso, precisa de um líder que lhe forneça o máximo possível de detalhamento dos
processos e tarefas para que ele possa executar o que lhe foi pedido. Por isso, temos uma liderança
diretiva face ao subordinado com baixa prontidão, visto que esse líder vai fornecer objetivos e
instruções detalhados para o subordinado, acompanhando de perto a execução das atividades.
No quadrante S2, o subordinado possui uma segurança maior nele mesmo se comparado
ao quadrante S1, mas não possui elevada capacidade para executar as tarefas. Por isso, o líder
adota um perfil negociante, que busca atender às necessidades pessoais que podem emergir, ao
mesmo tempo em que busca explicar os detalhes das tarefas e objetivos.
De modo inverso ao quadrante S2, no quadrante S3 o subordinado possui alta capacidade
para executar as tarefas, mas não tanta segurança em seu trabalho. Por isso, o líder precisa adotar
um perfil participativo, que tem como objetivo incentivar os subordinados nas suas atividades e
fornecer-lhes o sentimento de confiança por meio do reconhecimento, por exemplo, para que ele
se sinta seguro na execução das tarefas.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Fiedler buscou avançar um pouco mais no Modelo Situacional e defendeu que o estilo de
liderança depende também se o líder está numa situação favorável ou não. Essa favorabilidade
depende, portanto, da relação entre o líder e os membros, do grau de estrutura das tarefas e se
o líder tem autoridade formal perante os subordinados. A partir da Figura 2, Daft (2017) assim
explica:
Figura 2 – O líder e a favorabilidade da situação (modelo da contingência de Fiedler). Fonte: Daft (2017).
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Para esse modelo de Fiedler, a relação entre o líder e o subordinado deve ser baseada na
confiança e, por isso, deve haver uma favorabilidade para o líder nessa relação. Ao invés de controlar
os subordinados, o líder confia e confere responsabilidade na execução das tarefas, levando a
maior estruturação das tarefas. Considerando essa relação de confiança e de responsabilidade, o
líder vai ter uma maior aceitação por parte dos subordinados, o que lhe confere maior poder de
controle e influência.
Até o momento, falamos sobre as teorias clássicas de liderança, a saber: Teoria dos
Traços de Personalidade, Teoria Comportamental e as Teorias Contingenciais. Em resumo,
pode-se afirmar que elas seguem um continuum em que, no início, o líder possuía características
inatas, passando para a compreensão de que o comportamento poderia ser adquirido (e não
necessariamente deveria ser inato), até que, por fim, as teorias contingenciais se focaram na
defesa de que a situação, ou o ambiente, influenciam no desempenho do líder.
Com relação à liderança carismática, Daft (2017, p. 518) afirma que “(...) o líder carismático
consegue inspirar as pessoas e motivá-las a fazer mais do que fariam normalmente, apesar dos
obstáculos e do sacrifício pessoal”.
Segundo o mesmo autor, a influência do líder carismático é fruto:
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Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader
/books/9788597027433/epubcfi/6/46%5B%3Bv
nd.vst.idref%3Dpart02%5D!/4.
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Disponível em:
https://doceru.com/doc/8nce8e5.
Você sabia que liderança e subordinação andam juntas? Da mesma maneira como
existem diferentes estilos de liderança, que são explicados por diferentes pontos
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) aluno(a), nas Unidades 1 e 2, você teve a oportunidade de conhecer um pouco mais
sobre a liderança. Além dos conceitos de líder, liderança e suas características, vistos na Unidade
1, você pôde conhecer as principais teorias que buscam explicar os processos de liderança. Na
Unidade 1, o foco esteve na primeira parte das teorias clássicas, sendo que a explicação estava, em
grande parte, nas características inatas ou em comportamentos específicos do líder.
Nesta Unidade 2, você pôde ver a última teoria clássica de liderança, que, ainda que ela
considere as características relacionadas ao líder, ampliou sua visão, defendendo que o contexto
importa para os diferentes processos de liderança. Esse contexto, para o Modelo Situacional,
está associado às características de prontidão, disposição e habilidade do subordinado e, para
o Modelo de Contingência de Fiedler, está relacionado à favorabilidade do líder em exercer
influência sobre os subordinados.
Como forma de avanço nessas teorias, você também estudou duas teorias contemporâneas
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UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
03
DISCIPLINA:
LIDERANÇA E FORMAÇÃO DE EQUIPES
MOTIVAÇÃO
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................ 21
1 ALGUNS CONCEITOS: MOTIVAÇÃO.........................................................................................................................22
2 TEORIAS DE CONTEÚDO..........................................................................................................................................23
2.1 HIERARQUIA DAS NECESSIDADES......................................................................................................................23
2.2 TEORIA ERG............................................................................................................................................................24
2.3 TEORIA DOS DOIS FATORES.................................................................................................................................25
2.4 TEORIA DAS NECESSIDADES ADQUIRIDAS........................................................................................................26
3 TEORIAS DE PROCESSO..........................................................................................................................................27
3.1 TEORIA DA DEFINIÇÃO DE METAS.......................................................................................................................27
3.2 TEORIA DA EQUIDADE...........................................................................................................................................29
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Não é possível falar sobre liderança e gestão de equipes sem falar sobre motivação.
Segundo Daft (2017, p. 538), “motivação refere-se às forças internas ou externas a uma pessoa,
que despertam entusiasmo e persistência para buscar determinado curso de ação”. Isso significa
que a produtividade depende do alinhamento entre a motivação dos subordinados e os objetivos
da organização.
Daft (2017) mostra que as pessoas seguem um modelo específico de motivação. Isso quer
dizer que é possível esquematizar o que pode motivar essas pessoas. Esse esquema mostra que a
motivação é composta por necessidades, comportamentos e recompensas.
Primeiramente, podemos ver, a partir da Figura 1, que as pessoas possuem necessidades,
as quais podem variar entre essas pessoas. Por exemplo, uma pessoa pode ter necessidade de
dinheiro e ser motivada a realizar uma ação em busca de suprir essa necessidade de dinheiro. Em
contrapartida, outra pessoa pode não ter necessidade de dinheiro, mas de reconhecimento ou
de realização, sendo motivada a agir em busca desse reconhecimento. Daft (2017, p. 538) aponta
que é parte do desafio do gestor “(...) encontrar a combinação certa de técnicas motivacionais e
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Vimos até aqui a importância desse modelo de motivação para suprir tanto as
necessidades dos funcionários quanto para suprir os objetivos das organizações.
Por isso, já pensou em como a transparência nos processos seletivos é importante
para encontrar pessoas adequadas para organizações específicas? Agindo com
transparência, é possível que as pessoas recrutadas possam ter suas necessidades
atendidas na organização que está recrutando.
Assim como para as teorias de liderança, uma série de teorias buscou entender o
modelo de motivação das pessoas. Essas teorias são organizadas em teorias de
conteúdo, teorias de processo e teorias de reforço. Vamos ver cada uma delas a
2 TEORIAS DE CONTEÚDO
De acordo com Daft (2017), ambas as teorias, seja de conteúdo, seja de processo, dizem
respeito à compreensão do modelo de motivação das pessoas. Enquanto as Teorias de Processo
dizem respeito a como as pessoas são motivadas, as Teorias de Conteúdo falam sobre o que motiva
as pessoas. Com relação às Teorias de Conteúdo, Daft (2017, p. 541) aponta que as Teorias de
Conteúdo enfatizam as necessidades que motivam as pessoas. A seguir, vamos ver algumas dessas
abordagens, a saber: a Hierarquia das Necessidades de Maslow, a Teoria ERG, a Teoria dos Dois
Fatores e a Teoria das Necessidades Adquiridas.
Uma das mais conhecidas abordagens para estudar o modelo de motivação é a Hierarquia
das Necessidades de Abraham Maslow, que buscou organizar cinco necessidades específicas das
pessoas em uma ordem hierárquica (Figura 2). A seguir, as cinco necessidades que as pessoas
procuram suprir, nessa ordem, de acordo com a abordagem de A. Maslow:
Necessidades fisiológicas: são as necessidades mais básicas, como alimentação, água,
oxigênio e higiene. De acordo com Daft (2017), nas organizações essas necessidades são supridas
a partir do momento em que os funcionários são correspondidos em temperatura e salário-base,
por exemplo.
Necessidades de segurança: estão relacionadas a um ambiente de trabalho seguro (física
e emocionalmente). Aqui, são identificadas também as necessidades de estabilidade no trabalho.
Em tempos de crise, como a atual (econômica, pandemia), essas necessidades têm se mostrado
de extrema importância.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Necessidades afetivas: aqui, os funcionários têm como necessidade serem aceitos pelo
grupo, por se sentirem em comunidade e terem um relacionamento positivo com o supervisor e
as outras pessoas da equipe.
Necessidades de reconhecimento: está relacionada ao desejo de ser reconhecido pelas
atividades, pelo sentimento de autorreconhecimento. Nesse estágio, é importante que o grupo e
o supervisor atribuam o crédito pelos esforços destinados.
Necessidade de autorrealização: nesse momento, as necessidades estão relacionadas muito
mais ao indivíduo, que busca ser uma pessoa melhor. Daft (2017) assim descreve esse estágio:
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
São elas:
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Por fim, a última teoria de conteúdo para explicar a motivação é a Teoria das Necessidades
Adquiridas de David McClelland. Nessa teoria, McClelland aponta que as pessoas não nascem já
com necessidades pré-definidas, mas elas as adquirem ao longo da vida. Para essa teoria, são três
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader
/books/9788597017670/epubcfi/6/18%5B%3Bv
nd.vst.idref%3Dchapter01%5D!/4.
3 TEORIAS DE PROCESSO
A Teoria da Definição de Metas parte do princípio de que as pessoas são motivadas pela
busca por atingirem diferentes objetivos (ou metas). Para isso, Daft (2017) aponta que, para
que os funcionários sejam motivados, é papel dos gestores trabalhar na definição dos objetivos,
que podem ser específicos ou desafiadores, e auxiliar no monitoramento do suprimento desses
objetivos por meio de feedbacks, por exemplo. A Figura 4 mostra uma representação desses
elementos.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Podemos ver que a Figura 4 é composta por um funil de elementos, que conduz à motivação
superior. Esse funil é composto por objetivos específicos, objetivos desafiadores, aceitação dos
objetivos e o feedback.
Detalhando um pouco mais sobre cada um desses elementos da Figura 4, os objetivos
específicos dizem respeito à definição de metas claras e específicas, tais como: “prospectar 10
clientes nos próximos 6 meses” (que é diferente de “prospectar clientes”, por exemplo, que é uma
meta vaga, difícil de ser mensurada). E, nesse sentido, Daft (2017, p. 550) explica: “A falta de metas
claras e específicas é citada como uma das principais causas do fracasso de planos de incentivo de
remuneração por desempenho em muitas organizações”.
Os objetivos desafiadores são assim chamados, pois não são objetivos corriqueiros e,
portanto, são como desafios às pessoas no alcance de suas metas. São realizáveis, mas ambiciosos
e, por isso, requerem que as pessoas desenvolvam habilidades antes não obtidas, por exemplo.
Daft (2017, p. 550) reforça: “Metas altamente ambiciosas, mas realizáveis, exigem que as pessoas
aprimorem as próprias habilidades e proporcionam uma base para sentimentos mais intensos de
realização e eficiência pessoal”.
A aceitação da meta, como o próprio conceito já diz, diz respeito ao fato de as pessoas
aceitarem as metas, acreditando nelas e fazendo com que as pessoas busquem realizá-las. Daft
(2017) aponta que uma maneira de alcançar isso é por meio da inclusão dos funcionários nas
Por que a definição de metas aumenta a motivação? Por um lado, permite que
as pessoas concentrem suas energias na direção certa. Quando as pessoas sabem
para que trabalham, podem direcionar seus esforços a fim de alcançar objetivos.
Por outro lado, as metas energizam o comportamento porque as pessoas se
sentem compelidas a desenvolver planos e estratégias. Metas específicas e
difíceis proporcionam um desafio e incentivam as pessoas a aplicar altos níveis
de esforço. Além disso, quando as metas são alcançadas, o orgulho e a satisfação
aumentam, contribuindo para mais motivação e moral (DAFT, 2017, p. 550).
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/978855
7170322/epubcfi/6/2%5B%3Bvnd.vst.idref%3Dcover%5D!/4.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Desenvolvida por J. Stacy Adams, a Teoria da Equidade diz respeito à comparação que as
pessoas fazem sobre elas mesmas com relação a outras pessoas. Em outras palavras, essa teoria
fala da motivação das pessoas com relação à forma como elas são tratadas em relação às outras
pessoas. Por isso, o que as motiva é a igualdade na destinação das recompensas entre as pessoas.
De acordo com Daft (2017), as pessoas avaliam a igualdade (ou equidade) por meio das
contribuições e ganhos sobre um trabalho. As contribuições são esforços que as pessoas fazem
ao realizarem um trabalho, como contribuições em conhecimento, em tempo de trabalho ou
experiências. Os ganhos dizem respeito aos retornos por essas contribuições, tais como ganhos
em remuneração, reconhecimento ou benefícios.
A análise dessa igualdade é sempre com relação a outra pessoa. Isso quer dizer que a
pessoa com um mesmo nível de contribuição possui, da mesma forma, os mesmos ganhos do que
outra pessoa do mesmo grupo. Daft (2017, p. 551) ilustra: “Um estado de equidade existe sempre
que a relação entre os ganhos de uma pessoa e suas contribuições é a mesma que a dos outros”.
No sentido oposto, um caso de desigualdade é, por exemplo, quando um funcionário
inexperiente ganha o mesmo salário do que um funcionário experiente, impactando na
1. Alterar o esforço de trabalho: pessoas que acreditam estar em desigualdade por fazerem
mais do que são remuneradas podem diminuir os esforços. No sentido contrário, pessoas
que acreditam ganhar mais do que de fato fazem podem buscar aumentar o rendimento
e contribuições;
2. Modificar os ganhos: busca por aumentar os salários ou as condições de tempo de
trabalho, por exemplo;
3. Mudar percepções: mudar a compreensão do status do trabalho, por exemplo. Então, um
trabalho que antes gerava uma percepção de ser melhor passa a possuir um pouco menos
de importância;
4. Deixar o trabalho: como as próprias palavras já dizem, consiste em reduzir a desigualdade
pelo rompimento da relação de trabalho e buscar igualdade em outras opções de trabalho.
A Teoria da Expectativa parte do princípio de que a motivação das pessoas é fruto não
das necessidades, mas das expectativas racionais que esses indivíduos possuem sobre sua própria
capacidade de realizarem as tarefas e obterem as recompensas por esses esforços (DAFT, 2017).
Em outras palavras, isso quer dizer que as pessoas são motivadas pelas expectativas que elas
possuem sobre elas mesmas em realizarem as tarefas.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Para entender melhor a motivação como fruto das expectativas e recompensas dos
indivíduos, é preciso entender a relação entre esforço, desempenho e ganhos, conforme mostrada
na Figura 5.
Primeiramente, vamos entender que um esforço para realizar uma tarefa levará a um certo
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
4 TEORIAS DE REFORÇO
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1) Reforço positivo: diz respeito a um comportamento que tende a ser repetido por conta
de um efeito positivo. Entre os reforços positivos que motivam a repetição de comportamentos
desejados, destacam-se: os reforços financeiros, tais como salários e premiações; e os reforços não
financeiros, tais como um feedback positivo ou o reconhecimento profissional.
2) Reforço negativo: um reforço negativo diz respeito à inibição de efeitos que poderiam
ser desagradáveis. No lugar de receber um reforço positivo, por meio de um elogio, por exemplo,
no reforço negativo evita-se fazer uma advertência, por exemplo. Nesse caso, o que motiva a
repetir aquele comportamento desejado não é algo positivo, mas a ausência de um efeito negativo.
A Teoria da Aprendizagem Social parte da lógica de reforço, mas “(...) propõe que
a motivação de um indivíduo pode ser o resultado não apenas da experiência direta com
recompensas e punições, mas também das observações da própria pessoa sobre o comportamento
dos outros” (DAFT, 2017, p. 557).
Nesse sentido, destaca-se a expressão aprendizagem vicária, que é quando uma pessoa
aprende sobre determinado comportamento observando outras pessoas desempenhando
tarefas e recebendo recompensas por elas. Um exemplo disso são as crianças, que aprendem
observando o seu meio social ao redor e buscam repetir ou inibir um comportamento a partir
do que observaram nesse meio. A mesma coisa para um acadêmico, por exemplo, que aprende a
dinâmica de uma universidade na busca de financiamento de projetos e observa com os colegas
qual o processo (comportamento) para essas recompensas.
Uma das ações do gestor nesse caso é evidenciar na organização qual o comportamento
desejado e esperado, verbalizando, por exemplo, o “funcionário do mês”. Para essa teoria, as
outras pessoas vão buscar desempenhar o comportamento buscando as recompensas observadas
na dinâmica de trabalho dos colegas.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
04
DISCIPLINA:
LIDERANÇA E FORMAÇÃO DE EQUIPES
FORMAÇÃO DE EQUIPES
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................37
1 EQUIPE: PRINCIPAIS CONCEITOS..........................................................................................................................38
2 TIPOS DE EQUIPE.....................................................................................................................................................38
2.1 EQUIPES FUNCIONAIS E MULTIFUNCIONAIS....................................................................................................38
2.2 EQUIPES AUTOGERIDAS.......................................................................................................................................39
2.3 EQUIPES VIRTUAIS...............................................................................................................................................40
3 CARACTERÍSTICA DE UMA EQUIPE........................................................................................................................40
4 PROCESSO DE FORMAÇÃO DE EQUIPE................................................................................................................. 41
4.1 FASE DE DESENVOLVIMENTO.............................................................................................................................. 41
4.2 COESÃO................................................................................................................................................................... 41
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4.3 NORMAS.................................................................................................................................................................42
4.4 CONFLITOS.............................................................................................................................................................42
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................................................43
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INTRODUÇÃO
Ao falar sobre liderança e motivação, estamos falando sobre pessoas. Pessoas não
trabalham sozinhas e, por isso, atuam, em grande parte, em equipes. Você verá que equipes são
compostas por duas ou mais pessoas que, juntas, buscam atingir uma meta em comum. Contudo,
equipes são complexas e envolvem uma série de desafios para sua formação. É sobre isso que
falaremos nesta última Unidade 4.
Veremos os principais conceitos sobre equipes, as vantagens de trabalhar dessa forma,
bem como os tipos de equipes: as funcionais, as multifuncionais, as autogeridas e as virtuais.
Veremos que, a depender do tipo de equipe, a condução e gestão delas pode acontecer de maneira
distinta.
Este estudo também mostrará a você as principais etapas da existência de uma equipe,
que são: o desenvolvimento, as normas, a coesão e os conflitos, que serão vistos a seguir. Na fase
de desenvolvimento, a ideia é que equipes mais novas não possuem as mesmas características
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Daft (2017, p. 609) define uma equipe como “(...) uma unidade de duas ou mais pessoas
que interagem e coordenam o trabalho para atingir uma meta na qual estão empenhadas e
mantêm-se mutuamente responsáveis”. Essa definição envolve três elementos de base: 1) que a
equipe envolve, ao menos, duas pessoas; 2) que essas pessoas interagem entre si; 3) e que essas
pessoas possuem uma meta em conjunto.
De acordo com Daft (2017), trabalhar em equipes envolve uma série de pontos fortes, como:
criatividade e inovação; melhoria da qualidade; velocidade de resposta; mais produtividade e redução
de custos; e motivação e satisfação melhoradas, por exemplo. Vejamos cada uma delas a seguir:
1. Criatividade e inovação: uma vez que equipes podem envolver pessoas com diferentes
habilidades e competências, elas podem se complementar, trazer visões diferentes, sendo
criativas e contribuindo com práticas inovativas na organização.
2. Melhoria da qualidade: pelo fato de uma equipe envolver pessoas com diferentes
2 TIPOS DE EQUIPE
Existem diferentes tipos de equipes que, por suas características de composição, vão
demandar diferentes mecanismos de gestão e de liderança. Podemos mencionar, de acordo com
Daft (2017), equipes funcionais, multifuncionais, autogeridas e virtuais. Equipes funcionais e
multifuncionais são consideradas tradicionais, enquanto as equipes autogeridas e as virtuais são
modelos alternativos a essa primeira abordagem.
Com relação às equipes funcionais, elas são compostas por pessoas de um mesmo
nível hierárquico, como um supervisor e seus subordinados, normalmente alocados em um
departamento de uma organização para buscarem uma meta específica.
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Por exemplo, em uma empresa pode haver equipes para análise financeira, equipes sobre
análise de redes sociais, entre outras. Observe que elas são gerenciadas por um supervisor e
executadas pelos subordinadas, buscando um objetivo específico.
As equipes funcionais são organizadas por pessoas do mesmo nível hierárquico, mas
de diferentes departamentos, por exemplo, que são organizadas para atingir um objetivo que
pode até mesmo ser temporário. Por exemplo, as empresas que são orientadas por projetos
representam bem esse modelo de equipe, uma vez que elas são organizadas com pessoas de
diferentes departamentos para atender um objetivo temporário (o projeto).
As equipes autogeridas são formadas por pessoas que possuem diversas competências.
As equipes autogeridas têm caráter permanente, têm autonomia para tomar decisões,
como para contratar ou demitir pessoas, e tem acesso a todos os recursos necessários para
executar uma tarefa, como máquinas, equipamentos e orçamento financeiro (DAFT, 2017).
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Finalmente, equipes virtuais têm se fortalecido cada vez mais, especialmente em épocas
de crise, em que equipes virtuais se mostraram altamente vantajosas. De acordo com Daft (2017),
Equipes globais são aquelas compostas por pessoas localizadas em diferentes países. Por
um lado, equipes virtuais possibilitam unir pessoas com diferentes capacidades e habilidades
localizadas em diferentes contextos geográficos, evitando custos com deslocamento, por exemplo.
Por outro lado, a construção do relacionamento e o desenvolvimento do sentimento de pertença
nessas equipes é um desafio, visto que a interação virtual acontece diferentemente da interação
física.
Uma equipe possui algumas características específicas, que, para sua formação, devem ser
levadas em conta: tamanho, diversidade e função dos participantes.
1) Tamanho: com relação ao tamanho, ainda que não haja um consenso sobre a quantidade
de membros em uma equipe para que ela tenha um bom funcionamento, Daft (2017) aponta
que, quanto menores as equipes, mais eficazes elas serão. Equipes menores possibilitam maior
interação entre os membros e maior sentimento de pertença, essencial para a motivação dos
membros. Então, uma equipe deve ter tamanho suficiente para compreender uma diversidade de
habilidades, mas não tão grandes de modo a dificultar a interação entre os membros. Pesquisas
sugerem que um número ideal é de cinco pessoas em uma equipe (DAFT, 2017).
2) Diversidade: conforme já mencionamos anteriormente, equipes que são compostas
por pessoas com diferentes habilidades, competências e experiências têm maior probabilidade
de serem inovadores por conta da troca de diferentes conhecimentos entre esses membros. Daft
(2017) afirma:
3) Funções dos membros: Daft (2017) aponta que equipes bem-sucedidas são compostas
por pessoas com duas funções, sendo especialistas em tarefas e os responsáveis sócio-emocionais.
Os especialistas em tarefas são responsáveis por atuarem para atingir uma meta e, normalmente,
são criativos, trazem ideias, organizam as informações e buscam novas informações. Os
responsáveis sócio-emocionais têm um forte papel em criar e manter a sinergia da equipe por
meio de atitudes que impactam o sócio-emocional dos membros por meio de ações, tais como o
incentivo, o elogio, o acompanhamento e o comprometimento (DAFT, 2017).
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Uma equipe possui diversas fases de desenvolvimento, sendo que equipes criadas
mais recentemente não possuem as mesmas características de equipes mais antigas. As fases
do desenvolvimento da equipe são: formação, turbulência, normatização, desempenho e
desintegração. Na fase de formação, as pessoas da equipe estão se conhecendo, se entendendo.
Pode ser considerada uma etapa em que há o aprendizado sobre as tarefas, os outros membros da
4.2 Coesão
O objetivo de formar uma equipe coesa é que os membros se sintam parte dela e, por
isso, motivados a buscar, de forma coesa e conjunta, as metas propostas. Daft (2017) destaca
características internas e externas que impactam a coesão da equipe.
Como características internas que possibilitam a coesão da equipe, Daft (2017) destaca:
a frequência de interação da equipe, o propósito da equipe em atingir metas comuns a eles e a
semelhança nos valores e atitudes entre os membros.
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4.3 Normas
Por fim, a última etapa do processo de equipe são os conflitos, que são as divergências
entre os membros que podem bloquear a condução das atividades. E é por isso que o líder tem
papel fundamental na dissolução desses conflitos, prezando pela coesão e desempenho da equipe
como um todo.
Daft (2017) aponta que existem basicamente dois tipos de conflitos: conflitos de tarefas e
conflitos de relacionamento. Os conflitos de tarefas são relacionados a divergências sobre as metas
a serem alcançadas, como, por exemplo, a quais serão alcançadas ou como serão alcançadas. Os
conflitos de relacionamento resultam das divergências interpessoais e são mais complexos de
serem minimizados. Daft (2017) pondera que um nível de conflito é importante nas equipes, pois
evita que a equipe seja coesa no ponto em que as partes não exprimem suas opiniões, que são
importantes para busca de novas soluções, criatividade e inovação.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) aluno(a), esperamos que este material lhe tenha sido muito importante,
especialmente ao se considerar a complexidade das pessoas que compõem uma organização.
Ainda, esperamos que tenha entendido que não é possível falar sobre esses conceitos sem falar
também sobre motivação.
A partir deste material, esperamos que você tenha conseguido visualizar que pessoas
são diferentes e que, a depender de suas características mais singulares, diferentes processos de
liderança, motivação e de formação de equipes serão adotados. Formar equipes, por exemplo,
envolve pessoas responsáveis por tarefas, mas também responsáveis sócio-emocionalmente pelas
outras pessoas.
O desafio é grande, mas este material lhe fornece subsídios para que você possa refletir
sobre qual é seu perfil de liderança, sobre suas diferentes motivações e sobre como identificar as
motivações das outras pessoas. Pessoas essas que podem ser seus subordinados, mas também
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ENSINO A DISTÂNCIA
REFERÊNCIAS
AMAZON. Administração. 2017. Disponível em: https://www.amazon.com.br/
Administra%C3%A7%C3%A3o-Richard-Daft/dp/8522125244. Acesso em: 25 ago. 2022.
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