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Fortalecimento da

Aprendizagem

Material do
professor

língua portuguesa
fortalecimento da aprendizagem 2
realizadores início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Idealização Equipe de Avaliação Leitora Crítica com foco Instituto Unibanco Moises João do Nascimento
Instituto Reúna Beatriz Nunes em Projeto de Vida, Paulo Sérgio Miron caixa de ferramenta
Filomena Siqueira juventudes e competências CONSELHO DE Valéria Aparecida Marretto do professor
ADMINISTRAÇÃO
Realização Nathaly Corrêa de Sá socioemocionais
abertura das sequências
Stefanny Lopes Fernandes Carolina Rodrigues Miranda Presidente EQUIPE TÉCNICA
Instituto Reúna
Pedro Moreira Salles Superintendente Executivo sequência 1
Instituto Unibanco
Equipe de Relações Leitora Crítica de Língua Ricardo Henriques orientações de estudo

Institucionais Portuguesa Vice-Presidente


Roberto Martinez Paula Cristina Marques Pedro Sampaio Malan Gerentes sequência 2
Milena Emilião Cardoso Mathias Pinto Maria Julia Azevedo Gouveia orientações de estudo
Instituto Reúna Conselheiros Mirela de Carvalho
Diretora-executiva
EQUIPE DE PRODUÇÃO Antonio Jacinto Matias sequência 3
Revisão de texto: Núbia Freitas Silva Souza
Katia Stocco Smole Claudia Costin orientações de estudo
Coordenadora de Heloísa Orsi Koch Delgado Tiago Borba
matemática Rebeca Martinez Américo Cláudio de Moura Castro
Conselho Consultivo
Maria Ignez Diniz Cláudio Luiz da Silva Haddad EQUIPE DE PRODUÇÃO
Camila Pereira Cardoso
Edição de Texto Marcelo Luis Orticelli Coordenação de anexos do professor
Marisa de Santana da Costa
Autoras de Língua Beatriz Vichessi Marcos de Barros Lisboa Desenvolvimento da Gestão
Priscila Fonseca da Cruz avaliação inicial
Portuguesa Marina Fortes Ricardo Paes de Barros Daniela Arai
Wilson Martins Poit propostas de intervenção
Taila Virgine Costa Rodolfo Villela Marino
Projeto gráfico e na forma de orientação
Cláudia Barros Lima Equipe
Conselho Fiscal de estudos
diagramação Diretoria Bruna Nunes
Alex Rodrigues protocolo para
Coordenadora de Língua Caronte Design: Cláudio José Coutinho Fernanda Arantes
Camila Anker avaliação formativa
Portuguesa Beatriz Marassi Arromatte Letícia Daidone
Emilio Carlos Morais Martos análise das habilidades
Eliane Aguiar Felipe Portella Jânio Gomes Lisandra Saltini
Renata Borges La Guardia descritores
Leila Cristiane Barboza Braga
Autoras de Matemática Ilustrações de Melo
Coordenação da Iniciativa sugestões de práticas
Sandra Regina Corrêa Amorim (Jornadas e produtos) Marcelo Luis Orticelli
Cléa Ferreira
Carla S. Moreno Battaglioli Humaaans/Pablo Stanley
Priscila Oliveira
Isabela Chiferi Vanelli Especialista de avaliação
Tadeu da Ponte
fortalecimento da aprendizagem 3
realizadores início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

Instituto Reúna Instituto Unibanco sequência 2


Educação é um direito de todas as crianças, adolescen- Criado em 1982, o Instituto Unibanco atua para a melho- orientações de estudo

tes e jovens do Brasil. Mas não qualquer educação. O Insti- ria da educação pública no Brasil por meio da gestão educa-
tuto Reúna acredita em uma educação transformadora que cional para o avanço contínuo. O Instituto apoia e desenvolve
sequência 3
orientações de estudo
prepara para a vida, para a cidadania e para a formação so- soluções de gestão para aumentar a eficiência do ensino nas
cial e humana. Uma organização sem fins lucrativos funda- escolas públicas. Além de resultados sustentáveis de apren-
da por Katia Smole, educadora e ex-secretária de Educação dizagem, trabalha pela equidade no ensino, tanto entre as
Básica do MEC. escolas, como no interior de cada uma delas, com base em anexos do professor

quatro valores fundamentais: conectar ideias, acelerar trans- avaliação inicial


O objetivo do Reúna é garantir uma educação mais sig-
formações, valorizar a diversidade e ser fundamentado em
nificativa, de qualidade e com equidade. Para isso, reunimos propostas de intervenção
evidências. na forma de orientação
ferramentas técnicas e conteúdos práticos alinhados à Base
de estudos
Nacional Comum Curricular. São materiais que ajudam a es-
protocolo para
truturar e alinhar as diferentes frentes de ensino –dos currí-
avaliação formativa
culos aos materiais didáticos, passando pelas avaliações e
pelas práticas pedagógicas. Reunindo o que há de melhor análise das habilidades
descritores
nas experiências e referências educacionais. Reunindo co-
nhecimentos para a secretaria de educação, a escola e o sugestões de práticas
professor. Reunindo oportunidades e caminhos para a edu-
cação avançar.
fortalecimento da aprendizagem 4
índice início índice estrutura realizadores

Índice Abertura das


sequências

Clique nas indicações para ser Sequência 1 língua portuguesa


redirecionado ou, se preferir,
busque pela página indicada.
Caixa de orientações de estudo

ferramenta
Sequência 2 língua portuguesa

Introdução orientações de estudo

Estrutura
do ciclo página 06 do professor Sequência 3 língua portuguesa

página 20 orientações de estudo


Jornadas e produtos

Avaliação inicial
propostas de intervenção na

Anexos do forma de orientação de estudos início


página 01

professor Protocolo para


avaliação formativa estrutura
página 138
página 05
Análise das habilidades
descritores
realizadores
Sugestões de Práticas página 02
fortalecimento da aprendizagem 5
estrutura início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Estrutura
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

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os conteúdos, basta clicar sobre o capítulo no menu sequência 1
lateral ou no menu superior. orientações de estudo

sequência 2
menu superior menu lateral orientações de estudo

Ele está presente em todas sequência 3


INÍCIO ÍNDICE ESTRUTURA REALIZADORES as páginas e tem como orientações de estudo
função um direcionamento
rápido para o capítulo de seu
Ao clicar em Em índice, você Você está aqui. Ao clicar em
interesse.
início, você é volta para a Pode voltar a realizadores, terá anexos do professor
redirecionado página 4, uma qualquer momento informações sobre Você também pode acessar
avaliação inicial
para a capa outra maneira clicando neste as instituições os capítulos no botão índice
deste guia. de acessar os botão. que viabilizaram do menu superior. propostas de intervenção
capítulos é o a produção deste na forma de orientação
de estudos
menu lateral. conteúdo.
protocolo para
avaliação formativa

análise das habilidades


descritores

Ao longo do texto você encontrará este ícone. sugestões de práticas


Ele indica a presença de um link que você pode
clicar para ser redirecionado.
fortalecimento da aprendizagem 6
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introdução
estrutura do ciclo

Vamos conversar?
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

Se muitas foram as dificuldades impostas à educação Para contribuir com todo esse movimento o Reúna e o Ins- A iniciativa, na forma de parceria com as redes, envolve a
nos anos de 2020 e 2021, muitas também foram as reflexões tituto Unibanco são parceiros na iniciativa FORTALECIMENTO formação dos professores e material de apoio aos docentes
suscitadas por esse período e ações colocadas em prática DA APRENDIZAGEM, um verdadeiro convite para todas as re- para aprofundar habilidades que englobam os descritores anexos do professor
na educação, Brasil afora. Em um curto espaço de tempo, des de ensino do país. O objetivo principal desta proposta é identificados como prioritários nas avaliações diagnósticas
avaliação inicial
redes de ensino concretizaram oportunidades de colabora- recompor aprendizagens dos jovens matriculados na 3ª série realizadas. A iniciativa tem como foco, também, resgatar os
propostas de intervenção
ção entre si e com outras instâncias da gestão pública e da do Ensino Médio, ao mesmo tempo em que apoia com a re- jovens que não vêem sentido em seguir estudando, a fim de
na forma de orientação
sociedade civil; práticas didáticas foram revisitadas, revitali- dução das defasagens dos jovens matriculados na 3ª série do levá-los a concluir o ano letivo. Para isso, os materiais ofere- de estudos
zadas e criadas; estudantes tiveram espaço para fortalecer Ensino Médio, uma vez que, apesar dos esforços feitos, os re- cem pautas formativas para que coordenadores pedagógi-
protocolo para
sua autonomia, assumindo maior protagonismo e ampliando sultados ainda se demonstram insuficientes no SAEB ou nas cos possam orientar os professores no uso e na aplicação avaliação formativa

suas habilidades de autogestão; ferramentas tecnológicas avaliações diagnósticas realizadas pelo estado ou pela rede. de sequências didáticas exemplares. Todas podem ser com-
análise das habilidades
foram mais utilizadas; e as famílias se esforçaram na integra- plementadas de acordo com as necessidades identificadas descritores
Os materiais produzidos também podem ser utilizados com
ção com a comunidade escolar. Sem dúvida, ficou evidente pelos professores em cada turma.
estudantes de novas turmas da 3ª série e de outras séries do En- sugestões de práticas
o compromisso dos educadores com os estudantes, assim sino Médio, pois as metodologias e atividades propostas apoiam Vale destacar que as habilidades priorizadas nas sequên-
como sua criatividade e competência na busca por soluções no fortalecimento de aprendizagens essenciais para o avanço cias didáticas foram selecionadas da etapa do Ensino Médio
para assegurar a formação de todos. nos estudos em qualquer momento dessa etapa de ensino. da Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2018). Isso sig-
fortalecimento da aprendizagem 7
introdução início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
nifica que o material está alinhado aos novos currículos refe- avaliações formativas, e de atividades e orientações de pla-
renciais para o Ensino Médio que serão implementados nas nos de estudo aos estudantes nos momentos de autogestão. caixa de ferramenta
redes a partir de 2022. do professor
Como não poderia deixar de ser quando falamos em En-
É essencial deixar claro que a iniciativa FORTALECIMEN- sino Médio, a iniciativa FORTALECIMENTO DA APRENDIZA- abertura das sequências
TO DA APRENDIZAGEM respeita a autonomia de cada rede GEM tem relação com o projeto de vida dos alunos. Isso fica sequência 1
de ensino e dos professores e se propõe a complementar o evidente na escolha das habilidades comunicação, autoco- orientações de estudo
trabalho que já vem sendo realizado por esses atores. Com
nhecimento e autoconfiança (significativas para a constru-
foco nos componentes curriculares de Língua Portuguesa sequência 2
ção da identidade dos jovens) e das habilidades persistência
e Matemática, as sequências didáticas e pautas formativas orientações de estudo
e capacidade de enfrentar e buscar soluções para as mais
também oferecem recursos para a realização de avaliações
diversas situações-problema (mais voltadas para a continui- sequência 3
para compreender como os estudantes iniciam e finalizam
dade dos estudos e para inserção no mundo do trabalho). orientações de estudo
o percurso de estudos. Para tal acompanhamento da apren-
dizagem, a proposta apresenta protocolos de elaboração de Vamos embarcar nessa jornada juntos?

anexos do professor

avaliação inicial
Conheça os institutos envolvidos na iniciativa
Instituto Reúna: a organização zela pela qualidade técnico- Instituto Unibanco: desde 1982, o Instituto sem fins propostas de intervenção
pedagógica da implementação da BNCC e das inovações do lucrativos apoia e desenvolve soluções para a melhoria da na forma de orientação
de estudos
Ensino Médio. Desde 2019, tem como foco criar referências qualidade da educação pública no Ensino Médio. Seu objetivo
nacionais para a construção de um sistema educacional é contribuir para a permanência dos estudantes na escola, protocolo para
coerente. Seu propósito é construir bases consistentes para melhoria da aprendizagem e redução das desigualdades avaliação formativa
aprendizagens efetivas, mobilizadoras e para todos. Com educacionais. Além de resultados sustentáveis de
análise das habilidades
uma abordagem que procura entender e antecipar desde aprendizagem, trabalha pela equidade no ensino, tanto entre
descritores
as necessidades específicas das redes educacionais até as escolas quanto no interior de cada uma delas, com base
as questões mais amplas dos sistemas de educação, o em quatro valores fundamentais: conectar ideias, acelerar sugestões de práticas
Instituto produz ferramentas que se adequem aos diferentes transformações, valorizar a diversidade e ser fundamentado
contextos e inspirem crianças e jovens. em evidências.
fortalecimento da aprendizagem 8
introdução início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Para compreender o Fortalecimento


da Aprendizagem
caixa de ferramenta
do professor

abertura das sequências


Como se trata de uma nova iniciativa a ser realizada junto Sobre as habilidades da BNCC (2018), consideradas es- zz Favorecimento à inclusão de temas do mundo do traba- sequência 1
aos jovens estudantes, a sugestão é criar um ciclo de acolhi- senciais, presentes nas atividades das sequências didáticas, lho, disparadores de saberes que permitam maior proprie- orientações de estudo
mento e melhoria, propondo ações contínuas e interligadas a vale explicar que elas foram selecionadas levando em conta dade em processos seletivos.
fim de criar um ambiente de aprendizagem acolhedor e que a urgência no fortalecimento da relação entre os estudantes sequência 2
zz Possibilidade de desenvolvimento de saberes tecnológi-
estimule a motivação e o engajamento estudantil. e o conhecimento e o tempo limitado para uma ação efetiva orientações de estudo
cos e digitais.
de aprendizagem.
sequência 3
atenção , professores e gestores ! Sendo assim, para a priorização curricular, foram primei- Critérios relacionados aos componentes orientações de estudo
ramente consideradas três dimensões que se articulam mu- específicos
Dicas para mobilizar os jovens a participar da iniciativa. tuamente: (i) o engajamento dos estudantes e as exigências
zz Abrangência de diferentes campos de atuação social da
● Destaque a característica mão na massa das propostas! da vida em sociedade, (ii) os componentes curriculares de anexos do professor
Língua Portuguesa e diferentes unidades temáticas de
Língua Portuguesa e Matemática, e (iii) as demandas das
● Apresente as habilidades e os objetivos que serão Matemática avaliação inicial
avaliações nacionais. Com base em cada uma delas, foram
explorados pelos alunos e como as aprendizagens zz Favorecimento de relações entre conceitos, processos e propostas de intervenção
considerados, então, alguns critérios para a seleção das ha-
conquistadas podem prepará-los para os processos na forma de orientação
bilidades, reunidos em três grupos: representações.
seletivos que vêm pela frente! de estudos
zz Possibilidade de retomada de conhecimentos já adquiri-
● Indique as competências que serão desenvolvidas com protocolo para
Critérios relacionados ao engajamento dos, para que o estudante avance. avaliação formativa
as propostas de estudo e requisitadas no mundo do
trabalho!
dos estudantes e às exigências da vida
análise das habilidades
em sociedade Critérios relacionados às avaliações descritores
● Converse com a turma sobre as atividades, deixando
claro que elas sempre consideram o ponto de partida
zz Favorecimento de atividades mais motivadoras, que per- nacionais
sugestões de práticas
mitam protagonismo dos estudantes. Compatibilidade com descritores com baixo resultado
em que a classe está. A intenção é respeitar o ritmo zz
de cada um, sem sobrecarregar ninguém, mas visando zz Permissão do trabalho transversal com uma abordagem nas avaliações SAEB para a 3ª série do Ensino Médio
sempre a aprendizagem de todos! de 2019.
socioemocional, inclusiva e socialmente diversa.
fortalecimento da aprendizagem 9
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introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Compatibilidade com descritores com baixo resultado nas As habilidades selecionadas foram distribuídas em três de itens, vídeos e questões que podem compor tarefas
avaliações da rede que realizou as avaliações diagnósticas. sequências didáticas exemplares para Língua Portuguesa estabelecidas pelo professor, para auxiliar os alunos em caixa de ferramenta
e três para Matemática, sendo a primeira de cada compo- momentos de estudo individual e de autogestão. do professor
zz Compatibilidade com conteúdos mais cobrados no Exa-
me Nacional do Ensino Médio (Enem). nente sempre associada a conteúdos e contextos em que zz o Protocolo de Avaliação Formativa , documento com abertura das sequências
os jovens possuem algum conhecimento. Com isso, a ideia
Articulando os critérios dos três grupos acima, a expec-
recursos estruturados para o acompanhamento e o regis- sequência 1
é justamente engajá-los na aprendizagem. Já as demais se- tro sobre o processo de aprendizagem, além de orienta-
tativa é promover o desenvolvimento integral dos estudantes, orientações de estudo
quências tem como foco habilidades nas quais os estudan- ções para compartilhar essas informações com os jovens
permitindo que continuem estudando, trilhem um percurso de
tes demonstram mais dificuldades tendo como referências e com a gestão da escola. sequência 2
aprendizagem mais efetivo e adentrem no mundo do trabalho.
as lacunas identificadas nas avaliações diagnósticas. orientações de estudo
E, para apoiar o trabalho da equipe pedagógica, a Caixa
habilidades : por que trabalhar com elas ? As propostas apresentadas como exemplares possuem de Ferramentas do Formador apresenta orientações para a sequência 3
uma lógica em seu desenvolvimento e apresentam atividades realização dos momentos formativos, na forma de pautas, orientações de estudo
A opção de organizar os conteúdos lançando mão das
habilidades da BNCC (2018) diz respeito ao fato de que os com resultados comprovados de aprendizagem. No entanto, textos de apoio, conteúdos anexos e apresentações para
descritores identificados como lacunas de aprendizagem elas são sugestões, modelos que podem ser adaptados para apoiar os momentos formativos. As pautas formativas con-
na matriz diagnóstica e no SAEB são expectativas o trabalho com os alunos e integradas a outras habilidades, templam oito horas de formação para cada um dos com- anexos do professor
de aprendizagem dessas habilidades. Assim, o seu
respeitando as necessidades específicas identificadas em ponentes e têm como objetivo facilitar a compreensão das
desenvolvimento favorece que os estudantes revelem o avaliação inicial
cada turma e a cultura de cada unidade escolar. O tempo de sequências didáticas, da metodologia proposta para o de-
que indica cada descritor.
duração sugerido para cada proposta é de 16 horas/aula. senvolvimento das habilidades essenciais. As pautas forma- propostas de intervenção
na forma de orientação
Os resultados das avaliações diagnósticas realizadas pelo tivas têm, ainda, as Instruções de uso do Protocolo de Ava-
Além das sequências didáticas apresentadas no FORTA- de estudos
estado, bem como os resultados do SAEB (2019), estão
liação Formativa, que auxilia a compreensão do Protocolo
presentes no documento Análise habilidades x Descritores LECIMENTO DA APRENDIZAGEM, faz parte da iniciativa um protocolo para
de Avaliação Formativa (este, por sua vez, está na Caixa avaliação formativa
da avaliação diagnóstica . conjunto organizado especialmente para os docentes, a Caixa
de Ferramentas do Professor ).
de Ferramentas do Professor , com os seguintes materiais: análise das habilidades
Cada sequência didática apresenta a relação entre os
descritores
descritores das avaliações e as habilidades tratadas. zz uma sugestão de avaliação inicial e outra de avaliação fi-
Porém, as primeiras sequências de Língua Portuguesa e de sugestões de práticas
nal para acompanhar os jovens desde o ponto em que se
Matemática (por terem como objetivo mobilizar novamente os
encontram até a aquisição das aprendizagens esperadas;
estudantes para o conhecimento e resgatar a autoconfiança),
não endereçam os descritores mais críticos. Eles serão zz o documento Orientações ao professor para elabora-
trabalhados com maior ênfase nas sequências seguintes.
ção e execução de planos de estudos com sugestões
fortalecimento da aprendizagem 10
introdução início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Como formar e engajar uma


comunidade de aprendizagem?
caixa de ferramenta
do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo
A ideia de comunidade de aprendizagem parte do princí- Para fazer isso acontecer na prática, é possível usar dois re- Vale destacar que as equipes especializadas das Secretarias
pio de que todos são responsáveis, todos aprendem, todos cursos como apoio: de Educação são parceiras desta iniciativa e portanto têm pa- sequência 2
ensinam. Então, para formar uma comunidade de aprendiza- pel importante para viabilizar a proposta. As secretarias podem orientações de estudo
a. o ciclo de aprendizagem, detalhado em papéis;
gem, é fundamental que todos os agentes do processo educa- coordenar as ações, definir as formações a serem realizadas e
cional entendam que seus esforços precisam convergir para b. as jornadas de cada um dos agentes educativos: acompanhar docentes e estudantes, se e quando necessário.
sequência 3
orientações de estudo
o resultado, de modo que a integração seja um pré-requisito. estudantes, professores e gestores escolares.
Conheça mais a fundo cada uma das etapas do ciclo de
Em uma comunidade de aprendizagem, saberes e ex- Para saber mais sobre comunidades de aprendizagem, aprendizagem e as expectativas/funções de cada um dos ges-
periências individuais são valorizados, mas é no comparti- acesse a trilha elaborada pelo Nosso Ensino Médio. tores, coordenadores e professores de cada unidade escolar.
anexos do professor
lhamento e na conexão que surgem as aprendizagens mais
avaliação inicial
enriquecedoras — e, para construí-las, todos podem contri-
buir. Por isso mesmo, na iniciativa FORTALECIMENTO DA a. O ciclo de aprendizagem do propostas de intervenção
na forma de orientação
APRENDIZAGEM, é importante que secretarias de educa- Fortalecimento da Aprendizagem de estudos
ção, professores, coordenadores, diretores, estudantes e,
A sugestão é que essa proposta seja realizada de forma protocolo para
sempre que possível, familiares se considerem parte de uma
cíclica, com as seguintes etapas: avaliação formativa
comunidade de aprendizagem que deseja contribuir para a
a. avaliação inicial; análise das habilidades
formação integral e o desenvolvimento de cada estudante.
descritores
b. planejamento e desenvolvimento das atividades de
Para o pleno funcionamento de uma comunidade de
acolhimento e fortalecimento; sugestões de práticas
aprendizagem, é esperado que cada um tenha a percepção
de si próprio e de sua função. Isso faz com que todos se sin- c. avaliação formativa,

tam mobilizados e cumpram com suas responsabilidades. d. devolutiva.


fortalecimento da aprendizagem 11
estrutura do ciclo início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Estrutura do ciclo
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

abertura das sequências


sequência 1
Avaliação inicial e final Atividades de fortalecimento orientações de estudo

O que é Avaliação da aprendizagem


sequência 2
Permite a coleta de informações sobre inicial O que é orientações de estudo
quanto os estudantes sabem a respeito de Sequências didáticas para o desenvolvimento de
determinados conteúdos, procedimentos e habilidades previamente priorizadas, para acolher sequência 3
habilidades esperadas para a série escolar o estudante de modo integral — cognitiva e orientações de estudo
em que estão. socioemocional — e fortalecer as aprendizagens.
O resultado dessas avaliações fornecem
subsídios para o planejamento docente e Atividades de Protocolo de anexos do professor
para intervenções pedagógicas adequadas
fortalecimento avaliação
avaliação inicial
da aprendizagem formativa Protocolo de avaliação
no ínicio e no final do trabalho realizado
propostas de intervenção
por meio das sequências. formativa na forma de orientação
de estudos
O que é
protocolo para
Explica as formas de registrar a avaliação, como avaliação formativa
propor a autoavaliação e como usar as práticas
análise das habilidades
Avaliação avaliativas conforme as situações de aula. O descritores
final objetivo do protocolo é ser um suporte para o
sugestões de práticas
acompanhamento das aprendizagens dos jovens,
sempre respeitando a autonomia docente.
fortalecimento da aprendizagem 12
jornadas e produtos início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Jornadas e produtos
jornadas e produtos

Jornada do Estudante 
A palavra-chave é VIVENCIAR

Jornada do Professor 
As palavras-chave são PROMOVER, PLANEJAR e ACOMPANHAR

Jornada do coordenador pedagógico / formador 


As palavras-chave são FORMAR e ACOMPANHAR

Jornada do Diretor 
As palavras-chave são MOBILIZAR e VIABILIZAR.
fortalecimento da aprendizagem 13
jornadas e produtos início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Jornada do Estudante Palavra-chave: Vivenciar

Atividades de Fortalecimento
Avaliação Inicial / final Protocolo de Avaliação Formativa
da Aprendizagem

O que faz Orientado pelo professor e na companhia dos Vivencia as avaliações formativas, realiza sua
Realiza as avaliações iniciais e finais para que os colegas, o jovem vivencia atividades estruturadas autoavaliação e reflete sobre a devolutiva dada pelo
resultados possam oferecer ao professor nas sequências didáticas exemplares, gerencia seu professor. Efetiva as orientações recebidas em seus
a visibilidade de seus pontos fortes e próprio tempo em momentos de estudos, e acompanha planos de estudo e no gerenciamento da dedicação e do
pontos para desenvolvimento. o seu desenvolvimento na apropriação de novos tempo para estudo. É corresponsável pelo seu processo
conhecimentos e referências. de aprendizagem.

O que vivencia
Que o jovem se sinta motivado em realizar a avaliação,
Que ele desenvolva o autoconhecimento, a autoconfiança
tendo clareza de seu propósito e mais familiarizado e
e a persistência, além de aumentar sua autoestima em
confiante para participar das aulas e atividades.
relação à capacidade de aprender.

Ao que tem acesso


Plano de estudos construído com o Professor.
fortalecimento da aprendizagem 14
jornadas e produtos início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Jornada do Professor Palavras-chave: Promover, planejar e acompanhar

Atividades de Fortalecimento
Avaliação Inicial / final Protocolo de Avaliação Formativa
da Aprendizagem

O que faz Participa da formação continuada para apropriação das Sequências


Ao professor, cabe aplicar as avaliações inicial e final. Identifica momentos de avaliação conforme as
Didáticas. Planeja e executa as aulas com apoio das Sequências
A primeira delas é proposta na primeira Sequência situações de aula. Planeja e realiza as avaliações.
Didáticas. Complementa as Sequências com planos de estudos
Didática e, a segunda, prevista para o fim da terceira Organiza os planos de estudo dos jovens com
individualizados para momentos de autogestão dos estudantes e os
Sequência Didática. Ele também realiza a análise dos base nas autoavaliações e nas devolutivas das
acompanha. Acompanha, analisa e compartilha com a gestão da
resultados e retoma as habilidades priorizadas. atividades de avaliação realizadas.
escola o percurso de aprendizagem de cada jovem.

O que promove A jornada docente começa no momento da formação, junto com a


O objetivo é que o professor consiga diagnosticar As devolutivas do docente, após as avaliações
coordenação pedagógica, momento em que entende a proposta
o estágio dos estudantes e orientar melhor a formativas, ajudam os estudantes a realizarem
e se apropria do conjunto de ferramentas. Ao longo de toda a
proposição de planos de estudos específicos e a autoavaliação, a organizar melhor a gestão
sua jornada, o professor realiza com os estudantes atividades de
individualizados para eles. do tempo e a dedicação aos estudos.
acolhimento socioemocional.

Materiais que terá  Anexos do Professor – Avaliação Inicial Matemática  Sequências Didáticas de Matemática 1, 2 e 3
acesso  Anexos do Professor – Avaliação Inicial Língua  Sequências Didáticas de Língua Portuguesa 1, 2 e 3   Protocolo de Avaliação Formativa 
Portuguesa   Orientações para elaboração de planos de estudos
 Plataforma de apoio á Aprendizagem em momentos de autogestão do estudante 
fortalecimento da aprendizagem 15
jornadas e produtos início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Jornada do coordenador pedagógico / formador Palavras-chave: Formar e Acompanhar

Atividades de Fortalecimento Protocolo de Avaliação


Avaliação Inicial / final
da Aprendizagem Formativa

O que faz Forma os professores em serviço, orientando,


Forma os professores para a aplicação das provas de acompanhando e apoiando o grupo de docentes. Para
Forma os professores para o
avaliação inicial e final. Apoia a análise e a discussão tal, compreende como o professor se apropria, planeja e
acompanhamento das aprendizagens dos
dos resultados, e colabora na definição de ações põe em prática as Sequências Didáticas que contemplam
estudantes e incentiva o uso do protocolo.
para a aprendizagem dos jovens. o acolhimento do estudante e o fortalecimento das
aprendizagens em Língua Portuguesa e em Matemática.

O que promove Coordenadores pedagógicos juntamente com os Apoia e forma os professores para realizarem o acolhimento Realiza o acompanhamento do
Diretores apoiam nas ações de busca e acolhimento socioemocional dos jovens, usarem novas metodologias de ensino, trabalho do professor no dia a dia com
dos jovens. Assim, quando o docente entra em ação, em classe, compreenderem a priorização curricular e prepararem, as o objetivo de traçar, conjuntamente, as
ele amplia e fortalece o acolhimento por meio do devolutivas de avaliação dos estudantes, considerando o contexto em estratégias de intervenção pedagógica
trabalho realizado em sala. que a escola está inserida e as práticas que formam seu cotidiano. e planejamento das aulas e atividades.

Ao que tem acesso  Pautas Formativas de Matemática 1, 2, 3 e 4  Instruções de uso do Protocolo


 Pautas Formativas de Língua Portuguesa 1, 2, 3 e 4 de Avaliação Formativa
fortalecimento da aprendizagem 16
jornadas e produtos início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Jornada do Diretor Palavras-chave: Mobilizar e Viabilizar

Atividades de Fortalecimento
Avaliação Inicial / final Protocolo de Avaliação Formativa
da Aprendizagem

O que faz Antes da aplicação do levantamento inicial até o


Planeja e executa estratégias de engajamento
momento posterior, mobiliza os estudantes e as
e de articulação com os estudantes e com Acompanha os dados de avaliação
famílias para a realização da avaliação, e sistematiza
as famílias. Organiza agendas, espaços e provenientes da utilização do Protocolo
e analisa os resultados obtidos. Planeja com a equipe
recursos para as ações previstas. Apoia os atores de avaliação formativa.
pedagógica, as estratégias de acompanhamento desde
envolvidos sempre que necessário.
os resultados iniciais até os finais.

O que promove Sua jornada contempla a escuta e o cuidado do outro, Ajuda a equipe a se sentir apoiada e valorizada, assim
considerando a legitimidade do que é dito pela pessoa ficam mais tranquilos para colocar em cena novas práticas,
acolhida, a criação de vínculos e a construção de sentido nas aprofundar-se nas temáticas e envolver os estudantes nesta
atividades junto aos jovens. Realiza essa ação em parceria com proposta, em um clima de motivação e de engajamento. Para
os docentes, de forma que a gestão fortaleça o trabalho dos colocar as propostas em prática, analisa de forma crítica o
professores e vice-versa. cenário em que a escola está e suas práticas cotidianas.

Ao que tem acesso  Protocolos de acolhimento   Instruções de uso do Protocolo de


 Rotina de prevenção ao abandono  Avaliação Formativa
fortalecimento da aprendizagem 17
introdução início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Dicas para cada jornada


jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

APRENDIZAGEM, a jornada docente começa no momento


Jornada do Estudante atenção sequência 3
da formação, junto com a coordenação pedagógica.
A palavra-chave é VIVENCIAR. É importante que os estudantes entrem em contato orientações de estudo

A jornada do estudante começa com uma avaliação ini- com as temáticas antes de que seja proposto realizar as Durante ou ao final da exploração de cada sequência didá-
cial para identificar o ponto de partida do aprendizado, per- sequências didáticas. Se o professor optar pela construção tica, o jovem pode ser orientado pelo professor na elaboração
mitindo a análise de seus pontos fortes e de seus pontos de de novas sequências, a sugestão é atualizar os temas de de um plano autônomo de estudos . O estudo individual é uma anexos do professor
estudo nas aulas.
desenvolvimento. Para que esse início seja tranquilo, é im- das formas de exercício de protagonismo do jovem em seu
avaliação inicial
portante que o jovem se sinta motivado em realizar a ava- percurso de aprendizagem. As devolutivas do docente, após as
propostas de intervenção
liação, tendo clareza de seu propósito. Por isso, a sugestão avaliações formativas, ajudam os estudantes a organizar me-
na forma de orientação
é realizar a avaliação depois da segunda semana de aula. lhor a gestão do tempo e a dedicação aos estudos. Para isso, de estudos
Assim, o jovem se sente mais familiarizado e confiante com o professor encontra orientações específicas ao final de cada
Jornada do professor: protocolo para
as atividades e com a participação nas aulas e faz a avalia- sequência didática e no Protocolo de Avaliação Formativa . avaliação formativa
As palavras-chave são PROMOVER, PLANEJAR e ACOMPANHAR.
ção com mais envolvimento e responsabilidade, sem receio
Ao final de cada sequência didática sugerida, o docente análise das habilidades
de se expor ou de ser julgado. A jornada do professor engloba a jornada do estudante,
vai encontrar também sugestões de práticas com foco em descritores
já que as atividades de ambos estão diretamente relaciona-
Depois disso, o estudante vai vivenciar as três sequên- gênero, relações étnico-raciais, inclusão e acessibilidade, sugestões de práticas
das, ainda que tenham perspectivas diferentes.
cias didáticas e acompanhar seu próprio desenvolvimento mundo do trabalho e tecnologia. Essas sugestões podem
pelas atividades de avaliação formativa que se encontram Para entender a proposta e se apropriar do conjunto de ser trabalhadas como novas atividades, caso haja disponibi-
em cada sequência. ferramentas oferecido pela iniciativa FORTALECIMENTO DA lidade de tempo ou funcionar como adaptações do que a se-
fortalecimento da aprendizagem 18
introdução início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
quência propõe. A ideia é usá-las para explorar os momentos pecificamente, apresenta o Protocolo de Avaliação Forma- matização e avaliação (não obrigatoriamente nessa ordem).
da vida em sociedade, contribuir com o projeto de vida dos tiva a ser utilizado pelos docentes, além de alguns anexos As pautas formativas reúnem conhecimentos específicos e caixa de ferramenta
estudantes e fortalecer a formação cidadã de cada um deles. que devem ser reproduzidos para o formador trabalhar com conhecimentos didáticos e podem ser adaptadas à realidade do professor
os professores. de cada escola.
Vale ressaltar que atividades de acolhimento socioemo- abertura das sequências
cional estão presentes nas sequências didáticas iniciais e Para o formador, é fundamental avaliar de forma crítica A jornada do coordenador pedagógico não se encerra sequência 1
acompanham toda a jornada do estudante. O objetivo é que o contexto em que a escola está inserida e as práticas que com o término da formação. Acompanhar o percurso dos orientações de estudo
ele desenvolva o autoconhecimento, a autoconfiança e a per- formam seu cotidiano a fim de fortalecer o trabalho dos pro- professores, apoiando o grupo sempre que necessário, com-
sistência, além de aumentar sua autoestima em relação à fessores. Coordenadores pedagógicos e diretores podem preender as priorizações curriculares e a análise de resulta- sequência 2
capacidade de aprender. apoiar nas ações de busca e acolhimento dos jovens. As- dos das avaliações são ações fundamentais. Fazendo isso, orientações de estudo

sim, quando o docente entra em ação, ele amplia e fortale- é mais fácil identificar as práticas que funcionam bem, re-
sequência 3
Jornada do coordenador pedagógico da ce o acolhimento por meio do trabalho realizado em sala. tomá-las em outros momentos e sugeri-las para o trabalho
orientações de estudo
escola ou pedagogo Como sugestão para apoiar a tarefa do formador de organi- com outros componentes.
As palavras-chave são FORMAR e ACOMPANHAR. zar ações de acolhimento, vale conhecer os protocolos de
acolhimento ao estudante e implementar uma rotina de Jornada do Diretor
A jornada do coordenador pedagógico ou pedagogo é anexos do professor
prevenção ao abandono, propostas elaboradas pelo Insti-
fundamental para o sucesso de toda a iniciativa, pois é ele o As palavras-chave são MOBILIZAR e VIABILIZAR.
tuto Unibanco . avaliação inicial
agente educativo que apoia e forma os professores para rea- A jornada do diretor consiste em organizar agendas, es-
E, ainda sobre acolhimento, durante os momentos for- propostas de intervenção
lizarem o acolhimento socioemocional dos jovens, usarem paços e recursos para apoiar a coordenação pedagógica es- na forma de orientação
novas metodologias de ensino em classe, compreenderem a mativos dos docentes, são essenciais também a prática de de estudos
colar e os professores, investindo, principalmente, na forma-
priorização curricular e prepararem as devolutivas de avalia- escuta e o cuidado do outro, considerando a legitimidade do
ção e no acompanhamento dos docentes. protocolo para
ção dos estudantes. que é dito pela pessoa acolhida, a criação de vínculos e a avaliação formativa
Quando a equipe se sente apoiada e valorizada, fica mais
construção de sentido nas atividades junto aos jovens.
Durante sua jornada, o coordenador pedagógico pode tranquila para colocar em cena novas práticas, aprofundar- análise das habilidades
contar sempre com a Caixa de Ferramentas do Formador, A formação docente sugerida para ser realizada tem oito descritores
-se nas temáticas e envolver os estudantes nesta proposta,
com as pautas formativas estruturadas e apresentações horas de duração por componente, divididas, por sua vez,
em um clima de motivação e de engajamento. sugestões de práticas
para os encontros formativos e com o material Instruções em quatro pautas formativas com momentos de mobiliza-
de uso do Protocolo de Avaliação Formativa. Este item, es- ção, engajamento, revisão das práticas pedagógicas, siste-
fortalecimento da aprendizagem 19
introdução início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
priorização curricular a fim de favorecer a continuidade dos
As rotinas de acolhimento e de prevenção de abandono
escolar, propostas pelo Instituto Unibanco, são materiais estudos dos jovens e a sua inserção no mundo do trabalho, caixa de ferramenta
que podem apoiar a jornada do diretor na volta às aulas sem descuidar da formação integral de cada um. Para au- do professor
após o período de suspensão das aulas presenciais. mentar a motivação, uma boa estratégia é revelar alguns dos
abertura das sequências
temas e o tom “mão na massa” das atividades.
Para colocar as propostas em prática, não deixe de sequência 1
analisar de forma crítica o cenário em que a escola está No desenrolar do projeto, mantenha o canal aberto para orientações de estudo
e suas práticas cotidianas. É recomendável também tirar dúvidas e acolher sugestões. Vale também divulgar os
consultar os protocolos de acolhimento ao estudante e
avanços e os sucessos das ações para toda a comunida- sequência 2
implementar uma rotina de prevenção ao abandono .
de escolar, sempre cuidando para que as dificuldades indi- orientações de estudo

viduais sejam conversadas com a equipe da escola, sempre


Organizar a comunicação sobre o que será desenvolvido sequência 3
de modo respeitoso.
na escola com a iniciativa FORTALECIMENTO DA APREN- orientações de estudo
DIZAGEM é outra função importante da direção escolar.
Vamos seguir em frente?
Confira a seguir uma sugestão de passo a passo para en-
gajar a comunidade escolar e motivar todos a participarem Agora que você já conhece as motivações e justificati-
anexos do professor
ativamente. vas por trás da iniciativa FORTALECIMENTO DA APRENDI-
ZAGEM os objetivos e a estrutura de trabalho proposta, é avaliação inicial
Para começar, convide a equipe docente para apresentar
chegada a hora de mergulhar nos materiais e de explorar os propostas de intervenção
a proposta FORTALECIMENTO DA APRENDIZAGEM e con- na forma de orientação
recursos apresentados para os próximos passos.
versar sobre o que virá pela frente: deve ficar claro que se tra- de estudos
ta de uma priorização curricular, apoiada em acolhimento so- Mãos à obra e bom trabalho!
protocolo para
cioemocional e em um ciclo de avaliação - ação - avaliação. avaliação formativa
Destaque o apoio à formação e o acompanhamento próximo, análise das habilidades
para tranquilizar e engajar os professores nessa iniciativa. descritores

Depois, converse com os estudantes e os familiares e sugestões de práticas


responsáveis. Explique que a iniciativa FORTALECIMENTO
DA APRENDIZAGEM será colocada em prática com uma
fortalecimento da aprendizagem 20
abertura das sequências início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

Caixa de ferramenta
abertura das sequências
sequência 1
orientações de estudo

do professor sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor

avaliação inicial

propostas de intervenção
na forma de orientação
de estudos

protocolo para
avaliação formativa

análise das habilidades


descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 21
abertura das sequências início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Uma palavra sobre as


jornadas e produtos

caixa de ferramenta

Sequências Didáticas
do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
Para contextualizar a existência dos materiais que aqui dio têm por objetivo apoiar a rede nas ações pedagógicas bilidades para organizar os conteúdos, passa pelo entendi-
orientações de estudo
apresentamos, é preciso reconhecer as dificuldades trazidas previstas e que estão sendo realizadas para a continuida- mento de que os descritores identificados como gargalos de
pela pandemia para a aprendizagem das crianças e jovens de da aprendizagem. Além disso, destina-se também a re- aprendizagem da matriz da avaliação inicial e do SAEB são
nas diferentes etapas da Educação Básica. Ao mesmo tem- conectar os estudantes que encontram-se em ameaça de componentes dessas habilidades, de forma que o seu desen- anexos do professor
po, é preciso reconhecer o esforço e o comprometimento abandono escolar, oferecendo oportunidades para que eles volvimento proporciona a aprendizagem destes descritores.
avaliação inicial
das redes públicas de ensino no sentido de intervir para o consigam concluir o ano letivo. Dentre essas oportunida-
Nos materiais, é possível consultar também a relação entre
Fortalecimento da Aprendizagem de todos que vivenciaram des, encontra-se a disponibilização de recursos de apren- propostas de intervenção
os descritores das avaliações e as habilidades tratadas em na forma de orientação
a escola neste contexto. dizagem para se trabalharem habilidades essenciais, como
cada uma das três sequências didáticas. de estudos
O Fortalecimento da Aprendizagem para os estudantes um currículo priorizado para os objetivos desta proposta.
protocolo para
do Ensino Médio se insere nesse contexto, juntamente com Nesse ponto, é importante enfatizar que a sequência di- avaliação formativa
Os critérios de escolha que nortearam a definição des-
o compromisso da rede para criar condições e mecanismos, dática 1 possui alguns propósitos a mais, que são o de reen-
sas habilidades foram tanto o resultado das avaliações diag- análise das habilidades
assegurando aos estudantes a continuidade de suas rotinas nósticas realizadas pelo Estado, bem como os resultados do gajar os estudantes no processo de aprender, contribuir para descritores
de estudos e o desenvolvimento das habilidades essenciais e SAEB 2019, conforme é possível observar no quadro geral de seu sentimento de confiança na aprendizagem e criar as ba-
sugestões de práticas
necessárias para a formação integral desses jovens. ses para as próximas atividades. Por essa razão, as habilida-
habilidades previstas e expectativas de aprendizagem apre-
Nesse sentido, os materiais que compõem o Fortaleci- sentado ao longo da Sequência Didática. Sobre este aspecto, des dessa unidade não endereçam os descritores mais críti-
mento da Aprendizagem para os estudantes do Ensino Mé- vale destacar que a opção por incorporar a dimensão de ha- cos, que serão trabalhados nas sequências seguintes.
fortalecimento da aprendizagem 22
abertura das sequências início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Abertura das sequências


jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

Neste arquivo você também vai encontrar estes recursos:

anexos do professor
  atenção para a avaliação !
avaliação inicial

propostas de intervenção
na forma de orientação
  para se aprofundar de estudos

protocolo para
avaliação formativa

  # borasepreparar ?! análise das habilidades


descritores

sugestões de práticas

  autoavaliação
fortalecimento da aprendizagem 23
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Sequência didática 1
jornadas e produtos

caixa de ferramenta

Língua Portuguesa
do professor

abertura das sequências


sequência 1
Práticas de Linguagem no Campo Jornalístico-Midiático orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

Olá, professor/a! anexos do professor

Nesta primeira sequência da iniciativa Fortalecimento da No quadro a seguir, são apresentadas as habilidades Vale, ainda, um lembrete importante. A iniciativa Fortaleci- avaliação inicial
Aprendizagem, a proposta é trabalhar diferentes gêneros do priorizadas com suas respectivas expectativas de aprendiza- mento da Aprendizagem contém a proposta estruturada para propostas de intervenção
campo jornalístico-midiático, de modo a promover o desen- gem. Essas informações são úteis para o acompanhamento avaliação dos estudantes ao longo das atividades presentes na na forma de orientação
volvimento de habilidades de leitura e articulá-las às demais de estudos
das aprendizagens dos estudantes ao longo do desenvolvi- Sequência Didática. Esse protocolo pode ser utilizado em cada
práticas de linguagem (escrita, oralidade e análise linguística e mento de cada atividade. Essas informações estão também protocolo para
indicação nas atividades para que você avalie, observe e faça
semiótica). Para isso, serão disponibilizadas sugestões de ati- avaliação formativa
presentes no início de cada atividade, para que você possa registros., e oriente momentos de autoavaliação dos estudantes.
vidades que contemplem, de maneira significativa, a formação análise das habilidades
relacionar cada expectativa às propostas.
do leitor jornalístico com vistas a desenvolver a sua criticidade Ainda nesta sequência 1, após a primeira atividade há descritores

e repertório. Além disso, tais atividades também propiciam a As atividades são organizadas em momentos de sensi- um indicação de que você proponha uma avaliação inicial
sugestões de práticas
ampliação das competências socioemocionais, tais como co- bilização, desenvolvimento e síntese. Ao final, encontram-se para identificar o ponto em que seus estudantes se encon-
municação, colaboração e tomada de decisão responsável, as indicações para que você organize a ampliação de estudos tram em relação a conhecimentos básicos esperados para
quais serão indicadas ao longo das orientações. do estudante em seus momentos de autogestão. estudantes do Ensino Médio.
fortalecimento da aprendizagem 24
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Quadro geral de habilidades previstas e expectativas de aprendizagem
caixa de ferramenta
do professor
Habilidades Expectativas de aprendizagem
abertura das sequências
 EM13LP06  • Identificar as funções da linguagem e sua relação com a função social sequência 1
Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da do texto. orientações de estudo
linguagem, da escolha de determinadas palavras ou expressões e da • Identificar marcas de opinião.
ordenação, combinação e contraposição de palavras, dentre outros, • D16 — Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados. sequência 2
para ampliar as possibilidades de construção de sentidos e de uso • Relacionar a linguagens verbal e não verbal. orientações de estudo

crítico da língua. • D05 — Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso
(propagandas, quadrinhos, foto, etc.).
sequência 3
orientações de estudo
 EM13LP36  • Reconhecer o contexto de produção e circulação dos gêneros do
Analisar os interesses que movem o campo jornalístico, os impactos campo jornalístico-midiático.
das novas tecnologias digitais de informação e comunicação e da • D06 — Identificar o tema de um texto.
anexos do professor
Web 2.0 no campo e as condições que fazem da informação, uma • D12 — Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
• Analisar textos jornalísticos de maneira crítica. avaliação inicial
mercadoria e da checagem de informação, uma prática (e um serviço)
essencial, adotando atitude analítica e crítica diante dos textos • Analisar charges e relacioná-las com o contexto de produção. propostas de intervenção
jornalísticos. • D21 — Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões na forma de orientação
de estudos
relativas ao mesmo fato, ou ao mesmo tema.
protocolo para
continua
avaliação formativa

análise das habilidades


descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 25
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor
 EM13LP38  • D01 — Localizar informações explícitas em um texto.
abertura das sequências
Analisar os diferentes graus de parcialidade/imparcialidade (no limite, • Reconhecer o efeito de sentido provocado pelas escolhas lexicais do
a não neutralidade) em textos noticiosos, comparando relatos de autor. sequência 1
diferentes fontes e analisando o recorte composto de fatos/dados e os • D07 — Identificar a tese de um texto orientações de estudo

efeitos de sentido provocados pelas escolhas realizadas pelo autor do • D08 — Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos
sequência 2
texto, para manter uma atitude crítica diante dos textos jornalísticos e para sustentá-la.
orientações de estudo
tornar-se consciente das escolhas realizadas como produtor. • D09 — Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.
• D14 — Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
sequência 3
• D20 — Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação
orientações de estudo
na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função
das condições em que foram produzidos e daquelas em que serão
recebidos.
anexos do professor
 EM13LP43  • Analisar peças publicitárias em diferentes mídias.
avaliação inicial
Analisar formas contemporâneas de publicidade em contexto digital • Reconhecer o mecanismo de persuasão em textos publicitários.
propostas de intervenção
e peças de campanhas publicitárias e políticas (cartazes, folhetos, • D05 — Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso
na forma de orientação
anúncios, propagandas em diferentes mídias, spots, jingles, etc.), (propagandas, quadrinhos, foto, etc.). de estudos
explicando os mecanismos de persuasão utilizados e os efeitos de • D06 — Identificar o tema de um texto.
protocolo para
sentido provocados pelas escolhas feitas em termos de elementos • D12 — Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. avaliação formativa
e recursos linguístico-discursivos, imagéticos, sonoros, gestuais
análise das habilidades
e espaciais, entre outros, e destacando valores e representações
descritores
de situações, grupos e configurações sociais veiculadas, a fim de
desconstruir eventuais estereótipos e proceder a uma avaliação crítica sugestões de práticas
da publicidade e das práticas de consumo.
fortalecimento da aprendizagem 26
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Atividade 1: Um texto jornalístico para Momento 1 zz Estabeleça uma relação entre o fato de o Emicida citar as
cada estação (e função) (Sensibilização — 1 aula) histórias em quadrinhos como uma porta de entrada para caixa de ferramenta
Professor/a, considerando a necessidade de engajar e o universo de leitura e de sua paixão por contar histórias. do professor
Habilidades: (EM13LP06); (EM13LP36); (EM13LP38) zz

motivar os estudantes a ler textos jornalísticos que, por Nesse momento, aproveite para dialogar com os estudan- abertura das sequências
Expectativas de aprendizagem
vezes, são desafiadores, sugere-se que você escreva no tes sobre sua relação com a leitura e com a arte para mo-
sequência 1
zz Reconhecer o contexto de produção e circulação dos gê- quadro o seguinte trecho: “O universo da leitura salvou a bilizá-los a contar sobre suas experiências pessoais.
orientações de estudo
neros do campo jornalístico-midiático. minha vida” (Emicida).
zz Muitos estudantes podem relatar que não leram livro algum
zz Analisar textos jornalísticos de maneira crítica. zz Na sequência, sugere-se colocar a canção “É tudo pra on- durante o período em que ficaram longe da escola. Nes-
sequência 2
orientações de estudo
zz Comparar os diferentes graus de parcialidade/imparciali- tem”, de Emicida, de modo a estabelecer relações entre o se momento, você pode problematizar a questão do que
dade em diferentes gêneros jornalísticos. contexto do estudante e a letra da música. Nesse sentido, é leitura e comentar que letras de música, filmes, séries, sequência 3
zz Reconhecer o efeito de sentido provocado pelas escolhas o verso “Viver é partir, voltar e repartir” dialoga com o perí- comentários de redes sociais, entre outros, são textos que orientações de estudo
lexicais do autor. odo de ausência física da escola e o retorno às aulas, em fazem parte do nosso cotidiano e nos formam enquanto
zz Identificar as funções da linguagem e sua relação com a que se propõe o compartilhamento (“repartir”) de saberes leitores. Conforme os estudantes forem comentando so-
função social do texto e experiências. bre essas leituras, liste suas colaborações no quadro.
anexos do professor
zz D06 — Identificar o tema de um texto. zz Estimule os estudantes a debater sobre essa fala, pergun- Sugere-se, em seguida, que proponha uma reflexão co-
zz avaliação inicial
zz D12 — Identificar a finalidade de textos de diferentes gê- tando-lhes sobre o que pensam sobre a fala e o seu au- letiva sobre a necessidade de se informar e a maneira
propostas de intervenção
neros. tor (Emicida). Se possível, apresente o vídeo da entrevista como as pessoas entram em contato com as informa- na forma de orientação
dada ao programa Roda Viva, onde o cantor explica esse ções hoje em dia. Dessa forma, você levanta o repertório de estudos
zz D21 — Reconhecer posições distintas entre duas ou mais
pensamento. prévio do estudante e o sensibiliza para a leitura dos tex-
opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema. protocolo para
zz A escolha pela frase e a figura do cantor Emicida se dá pelo tos jornalísticos. avaliação formativa
Tempo previsto: sete (7) aulas
fato de que ele é uma referência positiva e dialoga com o zz Para isso, escreva no quadro perguntas problematizado- análise das habilidades
Possíveis materiais: cópias dos textos das fichas da platafor- descritores
universo dos estudantes. Além disso, nas próximas aulas,
ras, como por exemplo:
ma FOCO indicadas, questões do Enem propostas e quadro
o recorte temático e o documentário AmarElo sobre racis- sugestões de práticas
e/ou projetor. � Porque as pessoas se informam?
mo, produzido por ele, servirão como base para pensar-
Competências socioemocionais: comunicação, colabora- mos sobre a importância da leitura de textos jornalísticos � Quais meios de informação você conhece?
ção e tomada de decisão responsável para formação de um leitor crítico, consciente e atuante. � Você sente a necessidade de se informar? Por quê?
fortalecimento da aprendizagem 27
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Fomente a discussão e, se possível, escreva no quadro ideias- zz Para promover o desenvolvimento de habilidades ligadas texto impresso e um digital?) o leitor presumido (quem é o
-chave que os estudantes trazem. É interessante, nesse mo- à comunicação, faça a mediação da discussão coletiva, leitor com acesso a essa categoria de publicação?) e qual caixa de ferramenta
mento, observar se os estudantes reconhecem que estar in- observando se todos os estudantes estão com oportuni- a função social desse texto (informar, persuadir, argumen- do professor
formado é importante para que as pessoas estejam cientes dade de fala, intervindo caso haja interrupção de algum jo- tar, entreter).
abertura das sequências
de fatos relevantes para uma determinada comunidade (seja vem na fala de um colega e apontando a necessidade de zz Essas condições são fundamentais para que os estudan- sequência 1
ela local ou global) e que isso propicia uma possibilidade de respeitar as opiniões uns dos outros, mesmo que sejam tes reconheçam que cada texto tem uma função social di- orientações de estudo
participação cidadã pautada na ética e na criticidade. divergentes. ferente. Por exemplo, lemos uma resenha para ter acesso
à opinião de um crítico sobre um determinado produto cul- sequência 2
zz Caso eles não atinjam esse grau de complexidade, con- zz Nesse sentido, acolha os estudantes, enfatizando que, mui-
tural, como um filme, uma série, um jogo de videogame, orientações de estudo
duza a discussão de modo a exemplificar situações nas tas vezes, a maneira como a leitura acontece na escola não
quais é importante se manter informado, como no caso proporciona entretenimento, nem desenvolve habilidades, entre outros. Por outro lado, lemos um Artigo de Opinião
sequência 3
de questões sociais, como o racismo. Retome o exemplo mas que toda forma de leitura (seja ela escolarizada ou não) para termos acesso a argumentos sobre um tema que
orientações de estudo
desenvolve repertório para lidar com diferentes situações. seja importante para uma determinada comunidade.
do Emicida e de como ele relata que saber ler foi funda-
mental para poder se desenvolver como cidadão. zz Para ampliar a discussão, se possível, peça aos estudan- zz Para engajar os estudantes na leitura, selecione uma tirinha
ou charge que apresente a questão do racismo, e pergunte anexos do professor
zz Espera-se que o estudante reconheça não apenas os jor- tes que acessem portais de notícia e registrem as princi-
sobre o que eles pensam sobre isso. Se possível, peça que
nais impressos e portais como fontes de informação, mas pais manchetes apresentadas no dia e se eles se interes- avaliação inicial
eles, em duplas, indiquem músicas que tratem do tema.
também considere o papel das redes sociais nesse pro- saram (ou não) por elas.
Dessa forma, é possível estabelecer relações entre a temá- propostas de intervenção
cesso. Nesse momento, cite como as pessoas se man- na forma de orientação
tica dos textos jornalísticos e o repertório do estudante. de estudos
têm informadas usando o Twitter, o Facebook, o TikTok, Momento 2
entre outros. Sobre esse aspecto, é importante salientar (Desenvolvimento — 5 aulas) zz Converse com os alunos, neste momento, sobre o modo protocolo para
como o campo jornalístico-midiático dialoga com o cam- avaliação formativa
que são canais válidos de comunicação e informação e zz Nesta etapa, a sugestão é promover a leitura e análise de
que, ao contrário do que muitos pensam, também desen- diferentes gêneros do campo jornalístico-midiático, a fim po artístico-literário por meio da escolha temática dos tex- análise das habilidades
volvem a leitura e a criticidade. Chame a atenção dos es- tos. Por exemplo, é possível ouvir músicas, ler tirinhas ou descritores
de mobilizar o estudante a reconhecer as condições de
tudantes para o fato de que, ao nos informarmos através produção, circulação e recepção dos gêneros. Tais condi- artigos de opinião que tratem sobre o tema.
sugestões de práticas
de fontes confiáveis e diversas, temos mais subsídios para ções se referem, sobretudo, à questão da autoria (quem zz Antes de iniciarem a tarefa propriamente dita, indague os
tomar decisões importantes para a nossa vida, para a vida é o autor desse texto? qual é seu papel social?); o suporte alunos sobre a importância de lermos notícias, reporta-
das pessoas à nossa volta e em nossa comunidade. (onde o texto está publicado? Qual a diferença entre um gens, artigos de opinião e resenhas críticas sobre o tema.
fortalecimento da aprendizagem 28
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
É fundamental que o estudante estabeleça conexões entre zz Na rotação por estação, é interessante selecionar textos de
Estação A:
os textos que serão lidos com a sua própria formação en- diferentes gêneros que apresentem uma temática em co- caixa de ferramenta
notícia — “Abraji lança Comprova + Comunidades”
quanto leitor e cidadão crítico, que toma decisões embasa- mum de modo que os estudantes possam perceber como do professor
das. Ao final das aulas, as diferenças entre esses gêneros cada gênero trata o tema de acordo com sua função social. http://www.observatoriodaimprensa.com.br/equidade-
abertura das sequências
Nesse caso, você pode trabalhar com outros textos, consi- racial/abraji-lanca-comprova-comunidades . Acesso
serão apontadas como fundamentais para que seja com-
em 17 de setembro de 2021. sequência 1
preendida a função social do texto (“para que ler isso?”). derando o nível de proficiência leitora dos seus estudantes.
orientações de estudo

zz Para trabalhar esses conceitos e desenvolver no estudante zz Verifique que nos textos indicados no quadro abaixo, Preencha o quadro com as seguintes informações:
tem-se uma notícia sobre o lançamento de um projeto sequência 2
a capacidade de analisar as condições de produção, recep-
Sobre as condições de produção:
que visa a equidade racial, um artigo de opinião sobre a orientações de estudo
ção e circulação, sugere-se que você organize estações de • Quem é o autor do texto?
aprendizagem, nas quais, em cada aula, um grupo de estu- questão do racismo no futebol, uma resenha que anali-
• Que gênero é esse? sequência 3
dantes tenha tarefas para analisar um texto diferente. sa o documentário de Emicida (AmarElo) e uma reporta-
• Qual sua função? orientações de estudo
gem sobre o papel da mídia no agravamento do racismo.
• Quem são os leitores presumidos desse texto?
zz Nessa metodologia, em cada aula, o grupo de estudan-
tes analisa um texto diferente por aula. No caso de quatro
  para se aprofundar
Sobre a leitura de informações globais do texto:
textos, estima-se que serão necessárias de três a quatro • O que aconteceu? anexos do professor
aulas para lerem, discutirem e tomarem notas das ques- Como organizar um trabalho por rotação de estações • Envolvendo quem? avaliação inicial
tões propostas. de aprendizagem? • Quando?
propostas de intervenção
• Onde?
zz Ao organizar a atividade utilizando estações de apren- Este modelo consiste em criar uma espécie de circuito na forma de orientação
• Como? de estudos
dizagem, é possível promover a colaboração entre os na sala de aula. Cada uma das estações deve propor uma
• Por quê?
atividade diferente sobre o mesmo tema central. Além protocolo para
estudantes. Para que isso aconteça, diga aos estudan-
disso, a ideia é que os estudantes, divididos em pequenos avaliação formativa
tes como é esperada a participação deles nos grupos e grupos, façam um rodízio pelos diversos pontos. Sobre
análise das habilidades
como podem se relacionar de maneira respeitosa e pro- essa metodologia, sugere-se a leitura do texto disponível
descritores
dutiva. Uma possibilidade é definir papéis: um estudante no link: https://novaescola.org.br/conteudo/3352/blog-
pode ser o relator, outro cuidar do tempo, entre outras aula-diferente-rotacao-estacoes-de-aprendizagem . sugestões de práticas
Acesso em 15 de setembro de 2021.
funções. Ao trocar de estação, trocam-se os papéis.
fortalecimento da aprendizagem 29
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Estação B: Estação C: Estação D:


artigo de opinião resenha reportagem caixa de ferramenta
“Pressão para mudança de nome racista de time daria “Emicida: para que amanhã não seja só um ontem” O agravamento do racismo e o papel da mídia do professor
certo no Brasil?”
abertura das sequências
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/equidade- http://www.observatoriodaimprensa.com.br/equidade-
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/equidade- racial/emicida-para-que-amanha-nao-seja-so-um- racial/o-agravamento-do-racismo-e-o-papel-da-midia/ . sequência 1
racial/pressao-para-mudanca-de-nome-racista-de-time- ontem/ . Acesso em 17 de setembro de 2021. Acesso em 17 de setembro de 2021. orientações de estudo
daria-certo-no-brasil/ . Acesso em 17 de setembro.
Preencha o quadro com as seguintes informações: Preencha o quadro com as seguintes informações: sequência 2
Preencha o quadro com as seguintes informações: orientações de estudo
Sobre as condições de produção: Sobre as condições de produção:
Sobre as condições de produção: • Quem é o autor do texto? • Quem é o autor do texto? sequência 3
• Quem é o autor do texto? • Que gênero é esse? • Que gênero é esse? orientações de estudo
• Que gênero é esse? • Qual sua função? • Qual sua função?
• Qual sua função? • Quem são os leitores presumidos desse texto? • Quem são os leitores presumidos desse texto?
• Quem são os leitores presumidos desse texto?
Sobre a leitura do texto: Sobre a leitura do texto: anexos do professor
Sobre a leitura do texto: • Qual produto cultural está sendo recomendado e • Qual o tema da reportagem?
avaliação inicial
• Qual o tema do texto? analisado? • Qual a opinião do autor da reportagem sobre o tema?
• Qual o posicionamento do autor a respeito do tema propostas de intervenção
• Quais aspectos são descritos na obra? • Quais são as fontes de informação do repórter,
na forma de orientação
(tese)? • Qual a opinião do autor sobre esse produto? citadas no texto (dados de pesquisa, argumentos de de estudos
• Quais argumentos ele usa para defender seu ponto de • Quais argumentos são usados para sustentar a autoridade?
protocolo para
vista? opinião do autor sobre a obra? • Qual a função dos intertítulos?
avaliação formativa

análise das habilidades


descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 30
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Estação A: notícia
Abraji lança Comprova + Comunidades caixa de ferramenta
EDIÇÃO 1110 do professor
EQUIPE DO OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
21 DE OUTUBRO DE 2020 abertura das sequências
Os coletivos e agências estão recebendo treinamento O Projeto Comprova é uma iniciativa da First Draft, lide- sequência 1

Divulgação Projeto Comprova


para verificação, apoio para aquisição de equipamentos e rada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo orientações de estudo
uma ajuda financeira para remunerar os profissionais que (Abraji). As organizações de mídia envolvidas na terceira fase
atuarão no Comprova. Além do trabalho colaborativo nas in- do Comprova são: A Gazeta, Gazeta do Sul, AFP, Band News, sequência 2
vestigações, espera-se que os novos participantes possam Band TV, Band.com.br, Canal Futura, Correio (da Bahia), Cor- orientações de estudo

ajudar na criação de novas narrativas que ajudem a dissemi- reio de Carajás, Correio do Estado, Correio do Povo, Diário do
sequência 3
nar o resultado das verificações conduzidas pelo Comprova. Nordeste (CE), Estado de Minas, Exame, Folha de S.Paulo,
orientações de estudo
Gaúcha ZH, Jornal do Commercio, Metro Brasil, Nexo Jornal,
[...]
NSC Comunicação, O Estado de S. Paulo, O Popular, O Povo,
Para o presidente da Abraji, Marcelo Träsel, a inclusão Poder360, Rádio Band News FM, Rádio Bandeirantes, revista
Oito iniciativas de jornalismo que atuam em comunidades ou das agências e coletivos amplia o alcance do Comprova jun- anexos do professor
piauí, SBT e UOL.
com temáticas raciais e religiosas entram para o Comprova to a públicos ainda pouco atendidos. Também é mais um avaliação inicial
Google News Initiative e Facebook Journalism Project
em parceria com Embaixada e Consulados dos Estados Uni- passo no compromisso da atual gestão em aumentar a di-
propostas de intervenção
ajudaram a financiar o projeto, e ambas as empresas estão
dos no Brasil versidade nas atividades da associação. na forma de orientação
fornecendo suporte técnico e treinamento para as equipes de estudos
Oito novas iniciativas dedicadas ao jornalismo se unem “Informações falsas podem até matar. Principalmente envolvidas.
aos 28 veículos que integram o Projeto Comprova para tra- na área de saúde. Esperamos que esse programa possibili- protocolo para
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/equidade- avaliação formativa
balhar contra a desinformação. O grupo é formado por coleti- te que informações de qualidade cheguem a brasileiros que racial/abraji-lanca-comprova-comunidades .
Acesso em 17 de setembro de 2021.
vos e agências das cinco regiões do país e estão conectadas nem sempre têm acesso a essa categoria de checagem”, dis- análise das habilidades
descritores
a públicos segmentados por territórios, temáticas raciais ou se o adido de imprensa do Consulado dos Estados Unidos
religiosas e a comunidades vulneráveis. Os oito novos inte- em São Paulo, Philip Drewry. “Nosso objetivo é garantir que sugestões de práticas
grantes atuarão no Comprova por seis meses, graças a um brasileiros tenham à disposição as informações de que pre-
convênio da Missão Americana no Brasil com a Abraji para cisam para tomar decisões embasadas e conscientes.”
combater desinformação relacionada à Covid-19.
fortalecimento da aprendizagem 31
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Estação B: artigo de opinião 1960, e têm como slogan “Not Your Mascot”. E durante todos guerra de interesses, a “consciência” dos anunciantes aca-
Pressão para mudança de nome racista esses anos, o time da capital americana ligou quase nada para bou “soando” mais forte. caixa de ferramenta
de time daria certo no Brasil? as campanhas antirracistas, assim como não deram a mínima do professor
Resta saber se tal “consciência” também atingirá as ou-
21 DE JULHO DE 2020 centenas de outros times profissionais, amadores e escolares, abertura das sequências
tras tantas equipes que naturalizaram símbolos, significantes
e universitários de futebol americano, basquete, beisebol ou hó-

Alexandre Vidal/Flamengo/Fotos Públicas


e significados racistas em suas marcas e práticas. A Coalizão sequência 1
quei. Os protestos se arrastaram por décadas, até que em 1992
Nacional Contra o Racismo no Esporte e na Mídia (NCARSM) orientações de estudo
um grupo de defensores dos direitos dos povos nativos levou
tem uma lista de vários tipos de referências aos povos indí-
a questão para os tribunais, pedindo que o Conselho de Ape- sequência 2
genas e aos negros escravizados nos Estados Unidos. E no
lação do Instituto de Marcas e Patentes dos Estados Unidos orientações de estudo
Brasil? Haveria por aqui organicidade da sociedade civil para
cancelasse o registro do nome Redskins, por ser ofensivo aos
pressionar os clubes e a imprensa para que banissem com sequência 3
indígenas. O caso chegou até a Suprema Corte, que, em 2017,
o racismo dos campos, quadras e telas? E os patrocinadores orientações de estudo
deu ganho de causa não só ao Washington, como a qualquer
dos times — igualmente anunciantes nas mídias — seriam
“Quem paga a conta é quem manda!”. Esta máxima hipócri- outra equipe que quisesse usar o nome que fosse. A base da
tão “compromissados” como seus colegas americanos?
ta do eterno cartola do Vasco, Eurico Miranda, se encaixa per- decisão foi a famosa 1.ª Emenda da Constituição Americana,
Este caso também pode provocar a reflexão sobre a anexos do professor
feitamente no recente anúncio dos dirigentes do time de futebol aquela que diz que a “liberdade de expressão” jamais pode ser
obstruída, mesmo que seja uma manifestação racista. mascote do time mais popular do país: o Flamengo. O fato avaliação inicial
americano Washington Redskin de que vão trocar o nome da
franquia. Ninguém deve se iludir, no entanto, de que estão fazen- de o urubu, “inicialmente” de conotação explicitamente ra- propostas de intervenção
Para legitimar o time da cidade e minimizar a discussão,
cista, ter sido adotado carinhosamente pela torcida e pelo na forma de orientação
do isso por concordarem com as manifestações antirracistas até o jornal The Washington Post encomendou uma ques- de estudos
dos movimentos sociais nos Estados Unidos. Só anunciaram clube, isenta que o debate seja aberto por aqui? O que “era”
tionável enquete entre pessoas que se autodeclaravam indí-
uma ofensa virou um elogio? Ou todos concordam com o protocolo para
tal medida por pressão direta de seus principais patrocinadores: genas, dizendo que 90% dos entrevistados não se sentiam avaliação formativa
FedEx, Pepsi e Nike; e depois que Walmart, Target e Amazon livro “Não somos racistas: uma reação aos que querem nos
incomodados com o nome do time.
anunciaram que não venderiam mais uniformes e outros produ- transformar em uma nação bicolor”, do diretor de Jornalismo análise das habilidades
De nada adiantaram os protestos, a decisão de alguns descritores
tos referentes ao time em suas lojas físicas e on-line da Rede Globo, Ali Kamel? Fica a sugestão de debate.
jornalistas de não mais se referirem à franquia por seu apeli-
sugestões de práticas
[...] [...]
do racista, ou mesmo o pedido direto do ex-presidente Bara-
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/equidade-racial/
As manifestações contrárias ao uso de imagens de indí- ck Obama ao dono do time para que o nome fosse trocado.
pressao-para-mudanca-de-nome-racista-de-time-daria-certo-
genas como mascotes de equipes esportivas datam dos anos A tal “liberdade de expressão” falou mais alto. Só que não. Na no-brasil/ . Acesso em 17 de setembro.
fortalecimento da aprendizagem 32
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Estação C: resenha crítica é necessário que se compreenda e, que se discutam as ques- formação e de ampliação das oportunidades de trabalho e ren-
Emicida: Para que amanhã não seja só um ontem tões ligadas ao racismo estrutural do país. Tal compreensão da para populações discriminadas e historicamente desfavore- caixa de ferramenta
EDIÇÃO 1118 envolve o conhecimento dos dados que mostram que, além cidas. Além disso, a crítica, o conhecimento e a informação são do professor
POR JOSÉ COSTA
de morrer e matar mais, a população negra também tem me- fundamentais para “desentranharmos” e combater o racismo
15 DE DEZEMBRO DE 2020 abertura das sequências
nor acesso à educação, à saúde e ao mercado de trabalho, que ainda assola as vidas de muitos brasileiros e brasileiras. Em
O documentário AmarElo: É Tudo Pra Ontem, produzido e sequência 1
protagonizado pelo cantor, compositor e escritor Emicida co- situações que fazem com que suas condições e expectativa AmarElo: É tudo pra ontem, Emicida oferece a sua contribuição
orientações de estudo
meça com um ditado iorubá: “Exu matou um pássaro ontem de vida também sejam impactadas, conforme o levantamento para esse processo, usando as artes e a cultura, estimulando a

com uma pedra que só jogou hoje”. Em outro momento, um intitulado “Os obstáculos na trajetória de vida da população ne- reflexão e o combate à desumanização promovida pelo racis- sequência 2
trecho de uma canção de Belchior chamada “Sujeito de Sor- gra no Brasil”, realizado pelo Nexo Jornal na ocasião dos 130 mo, olhando para o passado, para o presente e para o futuro, orientações de estudo

te” integra uma das músicas interpretadas no documentário, anos da abolição da escravização. Durante mais de três sécu- evitando assim que o “amanhã não seja só um ontem”, como
los, essa prática econômica e social vigorou no país, onde pes- canta outra das suas impactantes canções. O AmarElo que nos sequência 3
e faz outro jogo entre passado e presente: “Ano passado eu
soas eram traficadas e se tornavam “peças e propriedades”, é oferecido envolve essa compreensão do ontem e do hoje, su- orientações de estudo
morri, mas esse ano eu não morro”. Por fim, essa dinâmica
entre presente, passado e futuro também consta no subtítulo sendo coisificadas em sua condição e sua vida. Mesmo com perando o ressentimento e apostando numa afirmação empo-

da produção: “É tudo pra ontem”. Essas relações temporais inúmeras revoltas, o sistema escravagista se manteve sendo derada, alegre e emancipatória para o futuro.
abolido apenas em maio de 1888; no entanto, essa abolição anexos do professor
se cruzam diversas vezes ao longo do filme, estimulando re- Referências
flexões sobre a história e a condição das pessoas negras no não representou de fato liberdade e consideração de cidada- avaliação inicial
AmarElo: É Tudo Pra Ontem. Direção de Fred Ouro Preto. Netflix, 89
Brasil hoje. A partir da realização de um show no imponente nia plena para os indivíduos recém-libertados.
minutos, 2020. propostas de intervenção
Theatro Municipal de São Paulo, o documentário afirma um (…) na forma de orientação
“Os obstáculos na trajetória de vida da população negra no Brasil”.
de estudos
protagonismo negro poucas vezes observado na cultura de Nexo Jornal. 12/05/2018.
Mas o que pode ser feito? Como combater o impacto do ra-
um país estruturalmente racista (…). protocolo para
cismo estrutural em nossas sociedades contemporâneas? Um ALMEIDA, Silvio. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte: Letra-
avaliação formativa
mento, 2018.
Trata-se de uma produção fundamental num país que ain- passo fundamental envolve a necessidade de informação sobre
SCHWARCZ, Lilia. Sobre o autoritarismo brasileiro. São Paulo: Com- análise das habilidades
da tem dificuldades em reconhecer sua violenta história, mui- o racismo, suas bases históricas e seus efeitos sociais. Partin-
descritores
panhia das Letras, 2019.
tas vezes escondida por rótulos ideológicos como a “demo- do disso, é possível compreender as desigualdades e privilégios
cracia racial”, mascarando os processos de desumanização envolvidos das relações sociais, além de avaliar o quanto o ra- José Costa é professor de Filosofia e Ciências sugestões de práticas
Sociais do IFMG — Campus Ponte Nova.
sempre envolvidos em circunstâncias de racismo. É a relação cismo pode estar internalizado em nós mesmos. Outras ações
entre passado, presente e futuro que explica esse estado de Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/equidade-
envolvem o apoio a políticas educacionais afirmativas, com o
racial/emicida-para-que-amanha-nao-seja-so-um-ontem/ .
coisas que o documentário nos estimula a pensar. Para isso, objetivo de promoção da igualdade através dos processos de Acesso em 17 de setembro de 2021.
fortalecimento da aprendizagem 33
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Estação D: reportagem Quadro inaceitável racial são, segundo uma quase unanimidade de especialis-
O agravamento do racismo e o papel da mídia Para uma mulher negra o risco de ser assassinada é
tas, muito piores. caixa de ferramenta
EDIÇÃO 1103 do professor
64% maior do que para o restante da sociedade; para um O período de coleta de dados da pesquisa coincide tam-
POR MAURÍCIO CALEIRO
1 DE SETEMBRO DE 2020 homem negro, é ainda maior: 74%. Em 2018, para cada indi- bém com o de maior visibilidade das pautas do movimen- abertura das sequências
víduo não-negro morto, 2,7 negros foram mortos, enquanto to negro, em grande parte devido à adoção da política de sequência 1

Michael Appleton/Mayoral Photography Office


as mulheres negras constituíram 68% do total das mulheres cotas em universidade e concursos públicos pelos governos orientações de estudo
assassinadas no Brasil. petistas. Assim, o aumento do racismo no período leva tam-
bém a questionar se táticas identitárias radicais — como o sequência 2
Tal quadro, inaceitável em um país civilizado, deixa claro
“cancelamento” ou o uso distorcido do polêmico conceito de orientações de estudo
que intelectuais como Silvio Almeida — talvez o acadêmico
“lugar de fala” como uma forma de desqualificar ou mesmo
afro-brasileiro que, desde a morte do geógrafo Milton Santos, sequência 3
impedir a expressão de não-negros, mesmo se antirracista —
melhor combina excelência acadêmica e projeção midiática orientações de estudo
estão resultando de fato eficazes ou, pelo contrário, acabam
— estão corretíssimos em sua denúncia de um racismo es-
por acirrar discordâncias entre possíveis aliados e inibir — ou
trutural, “naturalizado”, inerente ao próprio sistema econômi-
mesmo bloquear — a ação de não-negros.
co, e da responsabilidade que a sociedade como um todo anexos do professor
— e os não-negros em particular — tem em combatê-lo. (…)
avaliação inicial
Estímulo à violência Políticas de representação
O racismo no Brasil intensificou-se e ficou mais homici- propostas de intervenção
É importante sublinhar que, não obstante, o terrível ce- Além da medição da violência cotidiana à qual os afro- na forma de orientação
da. Esta é a conclusão incontornável fornecida pelo Atlas da
de estudos
Violência 2020 , publicado no dia 28 de agosto pelo que nário, o período de coletas dos dados foi de 2008 a 2018, ou -brasileiros são expostos, outra maneira de detectar o racis-
seja, antes das graves e quase diárias ocorrências de violên- mo é o exame das chamadas “políticas de representação”, ou protocolo para
ainda resta do IPEA (que Bolsonaro se esmera em destruir) e
avaliação formativa
pelo FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública). cia racista retratadas na mídia no decorrer da presidência de seja, do grau de presença dos negros e negras nas artes, no
Bolsonaro, a qual, a se guiar pela sequência de atos de extre- parlamento, nos postos de comando. Se levarmos em conta análise das habilidades
O dado mais chocante talvez seja este: de 2008 a 2018, descritores
ma violência contra negros reportadas em frenética suces- que, segundo dados oficiais (IBGE, 2019), cerca de 55,8% da
o número de assassinatos de pessoas negras aumentou
são pelo noticiário, vem sendo interpretada por setores das população brasileira se declara negra ou parda. sugestões de práticas
11,5%, enquanto o de outros grupos caiu 12,9%. Ou seja, além
polícias militares como um liberou-geral. As perspectivas
de não acompanhar o restante da sociedade e melhorar, a No cinema e na TV, embora o país conte com um con-
para o biênio 2019–2020, em relação a racismo e violência
situação se tornou ainda mais grave para os afro-brasileiros. tingente respeitável de atores e atrizes afro-brasileiros, são
fortalecimento da aprendizagem 34
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
pouquíssimos os protagonistas, bastando registrar que Lá- produzir um noticiário que enfatiza a relação entre questão evidências e na gestão científica, ou se colocarão as fichas
zaro Ramos e Taís Araújo estão entre os únicos que atuaram, racial e segurança pública, reforçando preconceitos sobre na retórica vazia do populismo penal, do encarceramento em caixa de ferramenta
respectivamente, como galã e principal estrela de uma tele- criminalidade que as estatísticas desmentem? massa e da brutalidade policial, que nunca funcionaram, mas do professor
novela global. No que diz respeito a produtores e diretores, dão votos. (p. 11)
Mesmo quando o jornalismo denuncia o racismo, em que abertura das sequências
posições do comando na indústria audiovisual, a escassez
medida a grande concentração de reportagens na violência Da resposta a esta questão — e da atenção que a mídia sequência 1
de representação é quase total.
policial contra os negros, não obstante, urgentes, deixa de dispense a esta resposta — depende o futuro do combate ao orientações de estudo
(…) ser complementada pela abordagem, por um lado, de mani- racismo no Brasil.
festações comezinhas e diárias de racismo e, por outro, pela Maurício Caleiro é jornalista e doutor em Comunicação pela sequência 2
Imaginário midiático Universidade Federal Fluminense (UFF).
atenção à imbricação estrutural entre racismo, economia e orientações de estudo
Contato: caleiro.mauricio@gmail.com
No entanto, a questão do racismo na mídia não se limita sociedade, lacunas que dificultam uma mirada que conside-
à porcentagem de afro-brasileiros que nela se destacam. Afi- Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/equidade- sequência 3
re processos cotidianos e naturalizados de discriminação ra- racial/o-agravamento-do-racismo-e-o-papel-da-midia/ .
gura-se fundamental apurar de que forma os afro-brasileiros orientações de estudo
cial na sociedade brasileira? Acesso em 17 de setembro de 2017.
são representados pela mídia — uma questão a qual certa-
(…)
mente não comporta respostas simples ou únicas, mas que,
segundo a maioria das pesquisas acadêmicas relativas ao Questões em aberto anexos do professor
tema, tende a apresentar estereótipos e um predomínio de avaliação inicial
(…)
caracterizações negativas.
propostas de intervenção
Os pesquisadores responsáveis pelo Atlas da Violência
Por estar diretamente ligada à produção de tais repre- na forma de orientação
2020, referindo-se a experiências estaduais bem-sucedidas de estudos
sentações, é forçoso questionar o papel das práticas diárias
de redução de homicídios de afro-brasileiros, lançam a se-
de produção da notícia. Por exemplo, em que medida a ten- protocolo para
guinte questão: avaliação formativa
dência do jornalismo diário, do telejornalismo e do ciberjor-
nalismo de reportarem um “eterno presente” — imediatismo Para o futuro, resta saber se a sociedade e os governos análise das habilidades
apostarão nesse caminho das políticas efetivas baseadas em descritores
agravado na era da “informação em tempo real” — acaba por
sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 35
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Professor/a, observe que, ao analisar os gêneros indica-   atenção para a avaliação !   # borasepreparar ?!
dos na tabela, espera-se que o estudante não reconheça caixa de ferramenta
apenas as condições de produção do texto, mas também A correção dessa atividade permite uma avaliação inicial do professor
O exercício proposto contempla habilidades de leitura de
observe aspectos que estruturam os diferentes gêneros dos estudantes que atingiram os objetivos propostos
de forma processual. Assim, é possível identificar quais textos jornalísticos e identificação de gêneros. Ele pode ser abertura das sequências
(a forma composicional) e desenvolva habilidades que o
estudantes necessitarão de mais acompanhamento. sugerido ao final da rotação por estações como forma de sequência 1
tornam um leitor mais proficiente desses gêneros.
sistematizar o reconhecimento do gênero Notícia e suas ca- orientações de estudo
Investigue no Protocolo de Avaliação Formativa, que se
zz Finalizado o momento de rotação por estação, sugere-se racterísticas. Por isso, sugerimos que proponha o exercício
encontra entre os recursos em sua caixa de ferramentas,
que seja feita uma discussão coletiva a fim de comparar as abaixo e o retome na aula seguinte. sequência 2
se existe uma estratégia de avaliação que deseja
respostas e promover uma correção coletiva. Nesse senti- orientações de estudo
implementar desde esse primeiro momento.
do, pontue que todos os textos lidos tratam de uma mes-
Em sua caixa de ferramentas encontra-se uma 1. (Enem, 2016) sequência 3
ma temática, mas com objetivos diferentes. Justamente por
proposta de avaliação inicial com 10 questões sobre orientações de estudo
isso, a estrutura, a autoria e a linguagem dos textos diferem. conhecimentos básicos esperados para estudantes
Fraudador é preso por emitir
do Ensino Médio. A realização dessa avaliação atestados com erro de português
zz Retome, então, a seguinte questão: “Por que ler uma notí-
trará evidências importantes para que você possa
cia, um artigo de opinião, uma reportagem e uma resenha Mais um erro de português leva um criminoso às anexos do professor
orientar os estudantes com planos de estudos mais
e reconhecer suas diferenças é importante?” Nesse mo- mãos da polícia. Desde 2003, M.O.P., de 37 anos, ad-
individualizados, em função das dificuldades que avaliação inicial
mento, espera-se que, após a leitura e a discussão nos ministrava a empresa MM, que falsificava boletins
apresentarem ou porque podem avançar. Os dados
grupos, o estudante reconheça que cada texto tem um de ocorrência, carteiras profissionais e atestados propostas de intervenção
dessa avaliação servirão também para comparar o
de óbito, tudo para anular multas de trânsito. Am- na forma de orientação
objetivo diferente: enquanto a notícia tem a função de in- desenvolvimento de cada estudante com seu resultado
de estudos
em uma avaliação de impacto que será proposta ao parado pela documentação fajuta de M.O.P., um mo-
formar, a reportagem também informa, mas apresenta
final das três sequências didáticas desta proposta de torista poderia alegar às Juntas Administrativas de protocolo para
alguns argumentos. Já o artigo de opinião traz a opinião avaliação formativa
Fortalecimento da Aprendizagem. Recursos de Infrações que ultrapassou o limite de
de um especialista sobre o assunto, fundamentada em
velocidade para levar uma parente que passou mal análise das habilidades
argumentos e, por fim, a resenha apresenta e argumenta
e morreu a caminho do hospital. descritores
sobre um produto cultural.
sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 36
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
o cotidiano. Isso faz com que a linguagem seja o mais ob-
O esquema funcionou até setembro, quando M.O.P. d. editorial, porque opina sobre aspectos linguís-
jetiva possível, pois espera-se que esse tipo de texto seja caixa de ferramenta
foi indiciado. Atropelara a gramática. Havia emitido, ticos dos documentos redigidos por um frau-
acessível a diferentes leitores. do professor
por exemplo, um atestado de abril do ano passado dador.
em que estava escrito aneurisma “celebral” (com I no zz Para que eles construam os conceitos, antes de defi- abertura das sequências
e. piada, porque narra o fato engraçado de um
lugar de r) e “insulficiência” múltipla de órgãos (com
fraudador descoberto pela polícia devido a er-
ni-los, proponha que, em duplas ou pequenos grupos, sequência 1
um I desnecessário em “insuficiência” — além do cada um fique responsável por resolver uma das ques- orientações de estudo
ros de grafia.
fato de a expressão médica adequada ser “falência tões do Enem propostas a seguir e elaborar uma pe-
múltipla de órgãos”). quena justificativa no caderno que, posteriormente, sequência 2
A questão propõe a identificação da notícia como gênero
orientações de estudo
M.O.P. foi indiciado pela 2.ª Delegacia de Divisão de será apresentada à turma.
de leitura. Não se trata de uma questão difícil. Portanto,
Crimes de Trânsito. Na casa do acusado, em São para essa questão, sugere-se que você entregue o zz Essa etapa de apresentação propicia, também, o desen- sequência 3
Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, a polícia gabarito da atividade para autocorreção e, caso algum volvimento de habilidades de oralidade, visto que o estu- orientações de estudo
encontrou um computador com modelos de docu- estudante não acerte o item, sugere-se que você peça dante compartilhará as suas justificativas, e de produção
mentos.
para ele identificar no texto as informações propostas escrita por meio da síntese construída no caderno.
Língua Portuguesa, n. 12, set. 2006. Adaptado. na atividade de estação de leitura (o que aconteceu,
zz Para essa atividade, propõem-se as questões a seguir. anexos do professor
envolvendo quem, quando, onde).
O texto apresentado trata da prisão de um frau- avaliação inicial
Questão 1:
dador que emitia documentos com erros de escri-
(Enem, 2011) É água que não acaba mais propostas de intervenção
ta. Tendo em vista o assunto, a organização, bem zz Feita a discussão coletiva, propõe-se que os estudantes
na forma de orientação
como os recursos linguísticos, depreende-se que sejam apresentados ou relembrados dos elementos da Dados preliminares divulgados por pesquisadores da de estudos
esse texto é um(a) comunicação e das funções da linguagem de Jakobson. Universidade Federal do Pará (UFPA) apontaram o Aquí-
protocolo para
fero Alter do Chão como o maior depósito de água potá- avaliação formativa
a. conto, porque discute problemas existenciais e zz É fundamental que o estudante não apenas reconheça
vel do planeta. Com volume estimado em 86 000 quilô-
sociais de um fraudador. qual é a função predominante, mas entenda que esse con- análise das habilidades
metros cúbicos de água doce, a reserva subterrânea está
ceito ajuda na leitura do texto, visto que ele dialoga com descritores
b. notícia, porque relata fatos que resultaram no in- localizada sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá.
diciamento de um fraudador. sua função social e o tipo de linguagem predominante em “Essa quantidade de água seria suficiente para abaste- sugestões de práticas
c. crônica, porque narra o imprevisto que levou a cada gênero. Por exemplo, na notícia lida, a função refe- cer a população mundial durante 500 anos”, diz Milton

polícia a prender um fraudador. rencial é predominante, pois seu objetivo é informar o lei- Matta, geólogo da UFPA. Em termos comparativos, Alter
tor a respeito de um determinado assunto relevante para do Chão tem quase o dobro do volume de água do Aquífe-
fortalecimento da aprendizagem 37
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
ro Guarani (com 45 000 quilômetros cúbicos). Até então, E a minha vida ficava e. poética, pois chama-se a atenção para a elaboração
Guarani era a maior reserva subterrânea do mundo, dis- Cada vez mais cheia especial e artística da estrutura do texto. caixa de ferramenta
tribuída por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. De frutos, de flores, de folhas. do professor
Época. n. 623, 26 abr. 2010. […] Comentário: ainda que as funções não tenham sido
abertura das sequências
apresentadas, espera-se que o estudante identifique a
Essa notícia, publicada em uma revista de grande circu- O vento varria os sonhos função poética do texto. No caso, não apenas por se sequência 1
lação, apresenta resultados de uma pesquisa científica E varria as amizades… tratar de uma estrutura versificada, mas também pelo uso orientações de estudo

O vento varria as mulheres… de assonâncias e aliterações.


realizada por uma universidade brasileira. Nessa situa-
E a minha vida ficava sequência 2
ção específica de comunicação, a função referencial da
Cada vez mais cheia Questão 3: orientações de estudo
linguagem predomina, porque o autor do texto prioriza
De afetos e de mulheres. (Enem, 2014) O exercício da crônica
a. as suas opiniões, baseadas em fatos. sequência 3
O vento varria os meses Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada,
b. os aspectos objetivos e precisos. orientações de estudo
E varria os teus sorrisos… como faz um cronista; não a prosa de um ficcionista, na
c. os elementos de persuasão do leitor. O vento varria tudo! qual este é levado meio a tapas pelas personagens e situ-
E a minha vida ficava ações que, azar dele, criou porque quis. Com um prosa-
d. os elementos estéticos na construção do texto.
Cada vez mais cheia dor do cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se ele diante anexos do professor
e. os aspectos subjetivos da mencionada pesquisa.
De tudo. de sua máquina, olha através da janela e busca fundo em
BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa.
avaliação inicial
Comentário: procure articular a leitura da notícia com a Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967. sua imaginação um fato qualquer, de preferência colhi-
propostas de intervenção
estação feita anteriormente. Nesse caso, o gabarito é a do no noticiário matutino, ou da véspera, em que, com na forma de orientação
letra b, pois uma das características da notícia é relatar Predomina no texto a função da linguagem as suas artimanhas peculiares, possa injetar um sangue de estudos
fatos da maneira mais objetiva e precisa possível. a. fática, porque o autor procura testar o canal de comu- novo. Se nada houver, resta-lhe o recurso de olhar em protocolo para
A questão evidencia a predominância da função nicação. torno e esperar que, através de um processo associativo, avaliação formativa
referencial do texto. surja-lhe de repente a crônica, provinda dos fatos e feitos
b. metalinguística, porque há explicação do significado análise das habilidades
de sua vida emocionalmente, despertados pela concen- descritores
Questão 2: das expressões.
tração. Ou então, em última instância, recorrer ao assun-
(Enem, 2009) Canção do vento e da minha vida c. conativa, visto que o leitor é provocado a participar de sugestões de práticas
to da falta de assunto, já bastante gasto, mas do qual, no
uma ação.
O vento varria as folhas, ato de escrever, pode surgir o inesperado.
O vento varria os frutos, d. referencial, já que são apresentadas informações so-
MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicas e poemas.
O vento varria as flores… bre acontecimentos e fatos reais. São Paulo: Cia. das Letras, 1991.
fortalecimento da aprendizagem 38
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Predomina nesse texto a função da linguagem que se Na canção de Geraldo Vandré, tem-se a manifestação Questão 5:
constitui da função poética da linguagem, percebida na elabo- (Enem, 2010) caixa de ferramenta
a. nas diferenças entre o cronista e o ficcionista. ração artística e criativa da mensagem, por meio de do professor
MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR
b. nos elementos que servem de inspiração ao cronista. combinações sonoras e rítmicas. DO QUE A DE COMPUTADOR E GUARDE abertura das sequências
ESTA CONDIÇÃO: 12X SEM JUROS. sequência 1
c. nos assuntos que podem ser tratados em uma crônica. Pela análise do texto, entretanto, percebe-se, também,
Campanha publicitária de loja de eletroeletrônicos.
d. no papel da vida do cronista no processo de escrita a presença marcante da função emotiva ou expressi- orientações de estudo
Revista Época. N.° 424, 3 de jul. 2006.
da crônica. va, por meio da qual o emissor
sequência 2
e. nas dificuldades de se escrever uma crônica por meio Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como
a. imprime à canção as marcas de sua atitude pessoal, orientações de estudo
de uma crônica. práticas de linguagem, assumindo configurações espe-
seus sentimentos.
cíficas, formais e de conteúdo. Considerando o contexto sequência 3
Comentário: a crônica da questão possui uma função b. transmite informações objetivas sobre o tema de que em que circula o texto publicitário, seu objetivo básico é orientações de estudo
predominantemente metalinguística (gabarito — item e). trata a canção.
a. influenciar o comportamento do leitor, por meio de
Ainda que os estudantes tenham dificuldade com essa
c. busca persuadir o receptor da canção a adotar um apelos que visam à adesão ao consumo.
questão, outros exemplos de metalinguagem podem ser
apresentados. certo comportamento. b. definir regras de comportamento social pautadas no anexos do professor
d. procura explicar a própria linguagem que utiliza para combate ao consumismo exagerado. avaliação inicial
Questão 4
construir a canção. c. defender a importância do conhecimento de informá-
(Enem, 2011) Pequeno concerto que virou canção propostas de intervenção
e. objetiva verificar ou fortalecer a eficiência da mensa- tica pela população de baixo poder aquisitivo. na forma de orientação
Não, não há por que mentir ou esconder de estudos
gem veiculada. d. facilitar o uso de equipamentos de informática pelas
A dor que foi maior do que é capaz meu coração
protocolo para
Não, nem há por que seguir cantando só para explicar classes sociais economicamente desfavorecidas.
Comentário: a questão traz a combinação de funções avaliação formativa
Não vai nunca entender de amor quem nunca soube amar e. questionar o fato de o homem ser mais inteligente
em um mesmo texto. Nesse caso, a resposta correta análise das habilidades
Ah, eu vou voltar pra mim que a máquina, mesmo a mais moderna.
é o item a. Sugere-se que esse texto seja utilizado descritores
Seguir sozinho assim e articulado aos gêneros jornalísticos já lidos que
Até me consumir ou consumir toda essa dor combinam funções, como a resenha, e apresenta Comentário: Espera-se que o estudante reconheça que sugestões de práticas
Até sentir de novo o coração capaz de amor informações (função referencial) e argumentos o texto publicitário tem como função predominante a
VANDRÉ, G. Disponível em: http://www.letras.terra.com.br . (função conativa). persuasão que pode ser identificada no item a.
Acesso em: 29 jun. 2011.
fortalecimento da aprendizagem 39
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Peça que os grupos compartilhem suas respostas e dialo- zz Peça que os estudantes relacionem os esquemas produzi-
registro do anfíbio no Museu de História Natural de
guem sobre as questões. dos por eles com os textos lidos nas estações e nas ques- caixa de ferramenta
Viena e na Universidade de Brasília. Nenhum deles
tões propostas. Por exemplo, há o predomínio da função re- do professor
zz Nesse momento, construa, em parceria com os estudan- tem a descrição exata de localidade, apenas “Amé-
ferencial na notícia, pois a função social do texto é informar.
tes, um esquema, um diagrama-síntese, uma tabela, etc. rica do Sul”. A descoberta ocorreu em dezembro do abertura das sequências
Já no artigo de opinião, há o predomínio da função conativa
sobre as funções da linguagem. Verifique, a seguir, um ano passado, mas apenas agora foi divulgada. sequência 1
(ainda que a função referencial esteja presente), entre outros.
modelo de diagrama. XIMENES, M. Disponível em: <http://g1.globo.com> . orientações de estudo
Acesso em: 1 ago. 2012.
  # borasepreparar ?! sequência 2
A notícia é um gênero textual em que predomina
Função referencial orientações de estudo
a função referencial da linguagem. No texto, essa
O exercício proposto contempla habilidades de leitura e
predominância evidencia-se pelo(a) sequência 3
de identificação de funções da linguagem. Por isso, proponha
Função Função poética Função o exercício abaixo para que o estudante pratique o reconheci- a. recorrência de verbos no presente para conven- orientações de estudo
emotiva conativa cer o leitor.
mento de funções da linguagem e as retome na aula seguinte.
b. uso da impessoalidade para assegurar a objetivi-
Função fática
1. (Enem, 2015) dade da informação.  anexos do professor

Anfíbio com formato de cobra é c. questionamento do código linguístico na cons- avaliação inicial
Função metalinguística descoberto no Rio Madeira (RO) trução da notícia.
propostas de intervenção
d. utilização de expressões úteis que mantêm aber- na forma de orientação
Animal raro foi encontrado por biólogos em canteiro
de estudos
de obras de usina. Exemplares estão no Museu Emi- to o canal de comunicação com o leitor.
zz Observe, com os estudantes, que a construção de esque-
lio Goeldi, no Pará protocolo para
e. emprego dos sinais de pontuação para expres-
ma, diagrama, tabela, etc. propicia o desenvolvimento de avaliação formativa
sar as emoções do autor.
habilidades ligadas a práticas de estudo e pesquisa, que O trabalho de um grupo de biólogos no canteiro de
análise das habilidades
promovem a autonomia do aprendizado. Sugerimos que obras da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, no Rio
Comentários: A questão não solicita que o estudante descritores
Madeira, em Porto Velho, resultou na descoberta
destaque essas habilidades como importantes não ape- identifique a função de linguagem, mas o que comprova a
de um anfíbio de formato parecido com uma cobra. sugestões de práticas
nas durante o período escolar, mas também ao longo da função identificada, tornando-a uma questão de nível médio.
Atretochoana eiselti é o nome científico do animal Nesse sentido, estimule o estudante a retomar o diagrama
vida, independentemente de suas escolhas em relação a raro descoberto em Rondônia. Até então, só havia das funções e ampliá-lo com exemplos dos textos lidos.
estudos e carreira profissional.
fortalecimento da aprendizagem 40
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introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Momento 3 Tempo previsto: três (3) aulas
(Síntese — 1 aula) caixa de ferramenta
Possíveis materiais: cópias de questões do Enem, cópias de
zz Ao final das aulas dessa primeira atividade, pode-se propor a construção de uma tabela coletiva, a qual sin- do professor
charge e tirinha, papel kraft, canetões e cola.
tetiza tanto os aspectos das condições de produção, recepção e circulação dos textos quanto as funções da
abertura das sequências
linguagem predominantes. Competências socioemocionais: colaboração, comunica-
ção, autoconhecimento e criatividade sequência 1
zz Para isso, desenhe ou projete no quadro a tabela, para que os estudantes a anotem no caderno e a preencham orientações de estudo
como forma de registrar sua aprendizagem. Abaixo, uma sugestão de tabela com seu respectivo gabarito.
Momento 1 sequência 2
(Sensibilização — 1 aula)
Notícia Reportagem Artigo de Opinião Resenha orientações de estudo
zz Professor/a, para começar esta atividade, proponha uma
Função social Informar sobre um Informar e persuadir o leitor Persuadir o leitor acerca de Apresentar e nuvem de palavras para levantar o repertório do estudan- sequência 3
do texto fato relevante. a respeito de um tema. um tema. recomendar um produto
te sobre tirinhas e charges. Nessa etapa, recomenda-se orientações de estudo
cultural
que o estudante registre, no local indicado por você, duas
Temática Fato relevante para Tema (muitas vezes Tema (muitas vezes Produto cultural (filmes, palavras-chave. Nesse caso, a consigna da proposta pode
uma comunidade desdobramento de um fato) desdobramento de um fato) livros, música, etc.) ser: quais as semelhanças entre charges e tirinhas? Apre- anexos do professor
sente, em uma palavra, uma característica da charge. avaliação inicial
Funções da Referencial Referencial e conativa (ou Conativa Referencial e conativa
linguagem persuasiva) zz Como estratégia para construir a nuvem, há algumas pos- propostas de intervenção
predominantes sibilidades. Por exemplo: disponibilizar dois recortes de pa- na forma de orientação
de estudos
péis, em cores diferentes. Cada cor corresponderá a uma
pergunta. A outra sugestão, se houver recursos tecnoló- protocolo para
Relacionar linguagens verbal e não verbal.
Atividade 2: Tirinha e charges: entre o zz
gicos, é utilizar ferramentas como, WordArt, Mentimenter,
avaliação formativa
humor e a ironia zz D05 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico di-
dentre outras possibilidades. análise das habilidades
verso (propagandas, quadrinhos, foto, etc.). descritores
Habilidades: (EM13LP06) e (EM13LP38)
zz Finalizada a nuvem de palavras, inicie uma discussão co-
zz Analisar textos jornalísticos de maneira crítica.
Expectativas de aprendizagem sugestões de práticas
letiva para comentar as palavras-chave registradas pe-
D16 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos va- zz Analisar charges e relacioná-la com o contexto de produção.
zz los estudantes. Possivelmente, surgirão palavras como:
riados. zz D06 – Identificar o tema de um texto. engraçado, imagem, desenhos, humor, crítica, ironia, etc.
zz Diferenciar humor de ironia. zz D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. Aproveite esse momento para auxiliar o estudante na
fortalecimento da aprendizagem 41
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
construção de conhecimento sobre esses gêneros. Con- Momento 2 Questão 1:
tudo, procure não trazer todas as respostas, uma vez que (Desenvolvimento — 1 aula) (Enem, 2004) caixa de ferramenta
o objetivo é que percebam, ao longo das atividades, a fun- zz Professor/a, o foco desta etapa é promover e ampliar a do professor
ção social e as especificidades de cada gênero. Para tan- formação do leitor multissemiótico. abertura das sequências
to, recomenda-se propor perguntas como por exemplo:
sequência 1
Quais palavras que mais apareceram para caracteri-
  para se aprofundar
� orientações de estudo
zar a tirinha?
O que são textos multissemióticos?
� E a charge? sequência 2
� Vocês acham que há semelhanças entre charges e O trabalho com gêneros multissemióticos implica orientações de estudo
diferentes modos de ler e escrever, uma vez que o leitor
tirinhas? Quais?
encontra nesses textos multimodais, linguagem verbal sequência 3
� E as diferenças?
(oral e escrita) e linguagem não verbal (imagens estáticas orientações de estudo
zz Caso a nuvem de palavras esteja em formato físico, foto- e em movimento; sons) que, integradas, constroem seu
sentido: imagens, cores, tipos de letras carregam sentidos
grafe-a ou guarde-a para utilizá-la em outra etapa dessa
que devem ser lidos, interpretados e inferidos. Os textos
sequência. anexos do professor
multissemióticos representam e comunicam, fazendo
interagir essas linguagens. avaliação inicial
  atenção para a avaliação !
Verifique no verbete disponível, no link a seguir, mais propostas de intervenção
Aproveite essa etapa de sensibilização para mapear o informações sobre esse assunto: http://www.ceale.fae. A conversa entre Mafalda e seus amigos na forma de orientação
repertório prévio dos estudantes sobre os gêneros “tirinha ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/textos- de estudos
a. revela a real dificuldade de entendimento entre posi-
e charge”. Desse modo, é possível planejar situações multimodais protocolo para
ções que pareciam convergir.
didáticas alinhadas ao perfil da turma. avaliação formativa
b. desvaloriza a diversidade social e cultural, e a capaci-
Novamente, considere a possibilidade de utilizar uma das zz Para iniciar, organize a turma em pequenos grupos para análise das habilidades
dade de entendimento e respeito entre as pessoas.
estratégias do Protocolo de Avaliação Formativa, que se descritores
analisarem uma tirinha/ charge e responder às questões
encontra entre os recursos em sua caixa de ferramentas, c. expressa o predomínio de uma forma de pensar e a
do Enem. sugestões de práticas
selecionando aquela que melhor se adequa a este possibilidade de entendimento entre posições diver-
momento do percurso de aprendizagem dos estudantes. zz Observe algumas possibilidades a seguir: gentes.
fortalecimento da aprendizagem 42
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
d. ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito c. evidenciar os excessos de utilização das redes so- queno debate para explorar a interpretação das charges/
entre as pessoas a partir do debate político de ideias. ciais em momentos de convivência familiar. tirinhas. Observe que, nessa fase, além das informações caixa de ferramenta
e. mostra a preponderância do ponto de vista masculino d. demonstrar que as mudanças culturais ocorridas na indicadas no quadro, podem entrar em cena referências do professor

nas discussões políticas para superar divergências. sociedade impõem novos comportamentos às fa- pessoais e visões de mundo. Para tanto, fomente a con-
abertura das sequências
mílias. versa lançando algumas questões:
sequência 1
Comentário: o item prevê que o estudante relacione
e. enfatizar que a socialização de informações sobre os fi- � Que mensagem a imagem expressa? orientações de estudo
linguagem verbal e não verbal para reconhecer o tema da
tirinha. Nesse caso, o gabarito correto é a letra a. lhos é uma forma de demonstrar orgulho de familiares. � Alguns aspectos de sua vida se relacionam a ela? Quais?
sequência 2
� Qual sua opinião sobre as charges/ tirinhas?
Questão 2: Comentário: o item prevê que o estudante reconheça o orientações de estudo
objetivo comunicativo e o tema da charge. Nesse caso, o � O grupo concordou em todas as respostas ou houve
gabarito correto é a letra c. divergências? Quais? sequência 3
� Você já viu alguma situação semelhante em sua es- orientações de estudo
zz Sugere-se disponibilizar um quadro-síntese para que os
cola? Conte como ela aconteceu.
grupos registrem e organizem as informações dos textos
analisados. Verifique um exemplo: zz Explicite a intencionalidade dessa atividade ter sido reali-
anexos do professor
zada em grupos: promover a oportunidade de conversa-
Qual é o gênero discursivo?
rem sobre os temas das charges/tirinhas, trocarem opini- avaliação inicial
Qual é o tema? ões, ouvirem uns aos outros e respeitarem as diferenças. propostas de intervenção
Essas práticas fazem parte do desenvolvimento da comu- na forma de orientação
O texto apresenta uma crítica?
de estudos
nicação e da colaboração.
O que você observa no texto não verbal?
protocolo para
A charge aborda uma situação do cotidiano de algu- zz Ao refletir sobre suas opiniões a respeito das charges/tirinhas avaliação formativa
Qual é a relação entre linguagem verbal e não verbal?
mas famílias. Nesse sentido, ela tem o objetivo comu- e como se relacionam com sua própria vida, os estudantes
análise das habilidades
nicativo de A charge se relaciona com qual evento histórico ou têm a oportunidade de desenvolver o autoconhecimento. A descritores
social/ quais eventos históricos ou sociais?
a. denunciar os prejuízos da falta de diálogo entre pais e conversa pode ajudá-los a conectar o que sentem, ao lerem
sugestões de práticas
filhos. as tirinhas, com seus valores familiares, por exemplo.
zz Finalizada a discussão, solicite à turma que apresente o
b. mostrar as diferenças entre as preferências de entre- texto analisado, considerando o quadro-síntese como fer- zz Além disso, o fundamental é que nessa conversa sejam
tenimento entre pais e filhos. ramenta de apoio. Nesta etapa, sugere-se propor um pe- discutidos os aspectos que seguem.
fortalecimento da aprendizagem 43
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
a. Exploração dos recursos multissemióticos de. No entanto, para que esse tipo textual alcance seu   # borasepreparar ?!
objetivo crítico e cause reflexão por meio de humor, é caixa de ferramenta
Analise nos textos apresentados, chamando a atenção
necessário haver conhecimento referente ao contexto do professor
dos estudantes para os recursos expressivos gráfico- Os exercícios da atividade trazem propostas e ativida-
situacional.
-visuais como: a forma e o contorno dos balões, o ta- des para a leitura de textos multissemióticos, como tirinhas abertura das sequências
manho e o tipo das letras, a disposição do texto e a d. A ironia e charges. Proponha que os estudantes respondam as ques- sequência 1
forma como a relação entre eles constrói os diferentes tões que seguem como tarefa fora da sala de aula e que tra- orientações de estudo
Pergunte aos estudantes se eles sabem o que é ironia?
sentidos do texto. gam suas respostas para discussão no próximo momento
E se eles reconheceram esse recurso nos textos lidos.
em aula. sequência 2
b. A charge Aproveite esse contexto para destacar que a ironia se en-
orientações de estudo
quadra como uma figura de pensamento que faz parte
Comente que a charge costuma ter um caráter político,
o que implica em repertório prévio e leitura diária de notí-
de um dos grupos das figuras de linguagem. No caso 1. (Enem, 2009) sequência 3
das charges e das tirinhas, a ironia se reflete por meio do orientações de estudo
cias. Normalmente, origina-se de uma notícia jornalística
verbal e do não verbal sobre algo sério. Ela consiste em
repassada para um texto com imagens de cunho argu-
não dar às palavras nem à imagem o seu sentido real ou
mentativo, que critica ou ironiza algo. A tirinha por sua
completo, exatamente para significar o oposto do que se anexos do professor
vez, geralmente apresenta um caráter atemporal.
diz. O discurso irônico, por sua vez, é um recurso para
avaliação inicial
Pergunte aos estudantes se eles conhecem outro texto estimular algum tipo de reação do leitor.
propostas de intervenção
que circula nas redes sociais, semelhante à charge. Nes- Professor/a, a fim de ampliar e potencializar a leitura, re-
zz na forma de orientação
se caso, espera-se que eles mencionem o meme. Apro- tome a análise do texto para discutir de que modo o hu- de estudos
veite para perguntar quais as semelhanças entre esses mor e a ironia são construídos no texto, mobilizando-os protocolo para
dois gêneros. Enfatize que as charges e memes refletem a identificar os recursos que colaboram para o efeito de avaliação formativa
perspectivas sobre aspectos da vida social e política re- humor e ironia. análise das habilidades
lacionados a um determinado momento histórico. descritores
zz Finalizada essa discussão, retome a nuvem de palavras para
c. A tirinha acrescentar novas informações. Espera-se, nesse caso que, sugestões de práticas
Comente que as tirinhas, além de possibilitarem entre- após a análise coletiva, os estudantes tenham ampliado os
QUINO, J. L Mafalda. Tradução de Mônica S. M. da Silva,
tenimento, abordam importantes assuntos da atualida- seus conhecimentos sobre a charge e a tirinha. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
fortalecimento da aprendizagem 44
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
charges e tirinhas que contemplem diferentes temas. Soli-
O efeito de humor foi um recurso utilizado pelo au- a. dificuldade na distribuição de computadores nas
cite que os estudantes possam sugerir temas de interesse caixa de ferramenta
tor da tirinha para mostrar que o pai de Mafalda: áreas rurais.
pessoal e/ou relevância social. do professor
a. revelou desinteresse na leitura do dicionário. b. capacidade das tecnologias em aproximar reali-
zz Para a construção do mural, observe as sugestões do abertura das sequências
b. tentava ler um dicionário, que é uma obra muito dades distantes.
quadro abaixo: sequência 1
extensa. c. possibilidade de uso do computador como solu-
Divida a turma em grupos. Cada grupo ficará respon- orientações de estudo
c. causou surpresa em sua filha, ao se dedicar à ção de problemas sociais. �  

sável pela organização de um determinado gênero.


leitura de um livro tão grande. d. ausência de políticas públicas para o acesso da sequência 2
Por exemplo: Grupo A: charge/Grupo B: tirinha.
d. queria consultar o dicionário para tirar uma dúvi- população a computadores. orientações de estudo

da, e não ler o livro, como sua filha pensava.  e. escolha das prioridades no atendimento às reais Comente
�   que eles deverão analisar o texto para iden-
tificar o tema. sequência 3
e. demonstrou que a leitura do dicionário o desa- necessidades da população. 
orientações de estudo
gradou bastante, fato que decepcionou muito Oriente-os
�   a criar seções correspondentes aos te-
Comentários: observe que as questões indicadas
sua filha. mas. Por exemplo: direito da mulher, questões étnico-
neste bloco propõem, primeiramente, o
-raciais, dentre outras possibilidades. Posteriormen-
2. (Enem, 2019) reconhecimento do efeito de humor em uma tirinha. anexos do professor
Pode ser classificada como uma questão de nível te, peça para fixarem as charges e as tirinhas, em um
mural, na classe ou fora dela, organizado conforme avaliação inicial
médio. A questão 2, por sua vez, avalia a habilidade
de reconhecer a crítica da charge. os temas. propostas de intervenção
na forma de orientação
Como possibilidade de avaliação proponha uma Espera-se
�   que a turma crie um título adequado, bem de estudos
correção cruzada. Para isso, oriente-os a compor como subtítulos relacionados aos temas de cada texto.
protocolo para
grupos de discussão fora do tempo de aula.
Explique
�   que os grupos podem criar diferentes tipos avaliação formativa

de murais e elaborar títulos e subtítulos chamativos. análise das habilidades


Motive-os a serem criativos. Reforce que a criativida- descritores
Momento 3
de é uma competência que todas as pessoas podem
(Produção — 1 aula): sugestões de práticas
desenvolver e utilizar para diferentes fins.
zz Professor/a, como estratégia para ampliar a formação
Ao relacionar o problema da seca à inclusão digital,
leitora de textos multissemióticos, proponha a elabora- Fixe
�   o mural em um local da escola, no qual a co-
essa charge faz uma crítica a respeito da
ção de um mural. Para tanto, sugerimos que disponibilize munidade escolar tenha acesso e possa visualizá-lo.
fortalecimento da aprendizagem 45
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Esse é um recurso para a valorização das produções zz D14 — Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. dução da vida pública de uma comunidade, de uma cidade,
dos jovens, o que favorece o desenvolvimento de sua zz D20 — Reconhecer diferentes formas de tratar uma infor- de um estado ou de um país, bem como no cotidiano das caixa de ferramenta
autoconfiança. mação na comparação de textos que tratam do mesmo pessoas, como, por exemplo, em situações conflituosas. do professor

tema, em função das condições em que ele foi produzido Procure trazer exemplos para elucidar esse aspecto.
abertura das sequências
  atenção !
e daquelas em que será recebido. zz Após essa conversa inicial, organize os estudantes em pe- sequência 1
Aproveite a produção deste mural para mobilizar os Tempo previsto: três (3) aulas quenos grupos, para que possam discutir e formular um orientações de estudo
estudantes a continuar adicionando novas tirinhas e ponto de vista sobre a seguinte problematização:
charges. Essa é uma forma de fomentar o acesso à leitura Possíveis materiais: cópias ou projeção do texto e atividade sequência 2
de textos multissemióticos e valorizar o comprometimento O Estatuto da criança e do adolescente (ECA) assegura
sugeridos, questões do Enem sugeridas orientações de estudo
deles com este processo de curadoria. que o jovem “tem direito à comunicação e à livre
Competências socioemocionais: colaboração, comunica- expressão, à produção de conteúdo, individual e
colaborativo, e ao acesso às tecnologias de informação e
sequência 3
ção, persistência, determinação e abertura para o novo.
Atividade 3: O valor da argumentação comunicação”. Você acha que a sociedade leva a opinião orientações de estudo

de crianças e jovens em consideração e por quê?


Habilidades: (EM13LP06) e (EM13LP36) e (EM13LP38). Momento 1
(Sensibilização — 1 aula) zz Oriente-os a utilizarem exemplos e argumentos que justifi-
Expectativas de aprendizagem anexos do professor
zz Professor/a, para iniciar esta atividade, recomenda-se pro- quem suas opiniões. Além disso, comente que, em situações
zz D06 – Identificar o tema de um texto. avaliação inicial
por uma roda de conversa, a fim de avaliar o conhecimen- como essa, convém realizar anotações resumidas como fer-
zz Identificar marcas de opinião. to prévio do estudante sobre os gêneros argumentativos. ramenta de apoio, para retomá-las quando for necessário. propostas de intervenção
zz Reconhecer o contexto de produção e circulação do arti- Para isso, questione-os: na forma de orientação
zz Estabeleça um tempo definido para que os estudantes de estudos
go de opinião.
Vocês
�  já tiveram que opinar/discutir/argumentar so- executem a proposta. Caso sinta que a turma está muito
protocolo para
zz Reconhecer o efeito de sentido provocado pelas escolhas bre algum assunto? Em qual contexto? envolvida com a atividade, estenda o prazo, se necessário. avaliação formativa
lexicais do autor.
Vocês
�  sabem a diferença de opinar e argumentar? zz Finalizada a discussão nos grupos, peça aos estudantes análise das habilidades
zz Diferenciar tese de argumento.
que compartilhem o posicionamento do grupo. Espera-se descritores
Vocês
�  sabem qual é a diferença entre fato e opinião?
zz D07 — Identificar a tese de um texto. que ouçam uns aos outros, relacionem a própria opinião
sugestões de práticas
D08 — Estabelecer relação entre a tese e os argumentos Vocês conhecem os gêneros argumentativos? Quais?
� 
zz com a dos colegas, concordando ou discordando por
oferecidos para sustentá-la. zz É fundamental, nessa discussão, mobilizar a turma a com- meio de justificativas, de maneira respeitosa. Durante a
zz D12 — Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. preender qual o valor que a argumentação pode ter na con- conversa, verifique se manifestam interesse pelo assunto,
fortalecimento da aprendizagem 46
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
se respeitam a opinião e os turnos de fala dos colegas e
como se posicionam. Atingiu plenamente Atingiu parcialmente Não atingiu
caixa de ferramenta
do professor
zz Comente com os estudantes que, em uma conversa na Apresentação da opinião A opinião foi apresentada de A opinião foi apresentada, Não foram apresentadas
maneira clara e consistente. mas faltou clareza no opiniões ou a opinião não
qual as pessoas emitem suas opiniões, usando argumen- abertura das sequências
posicionamento. se relaciona com a questão
tos e justificativas, é essencial estarmos abertos ao que apresentada. sequência 1
os outros estão dizendo, para podermos, inclusive, rever orientações de estudo
Argumentação Os argumentos foram Os argumentos foram Não foram apresentados
nossas opiniões e percepções sobre os assuntos a partir apresentados e explicados. A apresentados, mas faltou a argumentos ou eles não
da construção conjunta do conhecimento. relação entre o argumento e a explicação ou a relação com a corroboram com a opinião sequência 2
opinião ficou clara. opinião. apresentada. orientações de estudo
zz Conduza essa discussão para que os estudantes apre-
sentem argumentos e contra-argumentos coerentes, com sequência 3
base em suas opiniões, mesmo que ainda não percebam Momento 2 orientações de estudo
que estão fazendo isso. (Desenvolvimento - 1 aula)
zz Para iniciar esta aula, propõe-se que seja selecionado um zz Para que os estudantes consigam analisar o artigo, pro-
  atenção para a avaliação ! texto argumentativo para que os estudantes consigam, ponha que leiam e discutam coletivamente, em peque- anexos do professor
sobretudo, distinguir fato de opinião e tese de argumento. nos grupos e, depois, realizem as atividades. A primeira
Avalie, nesta etapa, se os estudantes conseguem avaliação inicial
delas é resgatar as condições de produção, circulação
argumentar, expressando com clareza sua opinião e seu zz Nesse sentido, escreva no quadro os termos “fato” e “opi-
propostas de intervenção
posicionamento em relação ao tema em discussão. e recepção dos textos, vistos na primeira atividade des-
nião” e peça que os alunos, coletivamente, dialoguem so- na forma de orientação
sa sequência de atividade. de estudos
bre essa diferença.
Como forma de avaliar se o posicionamento foi claro
e embasado, podem ser utilizadas rubricas, como no zz Distribua cópias dos textos com as questões. protocolo para
zz Para isso, retome com os estudantes os gêneros lidos na
exemplo abaixo: avaliação formativa
atividade anterior para que relacionem os textos que apre- zz Leia o texto com os estudantes e apresente, por partes,
sentam apenas fatos (como as notícias) dos que contêm as estratégias que utilizaram para compreender o tex- análise das habilidades
Nome do Critério 2:
Critério 1: Opinião descritores
estudante/grupo Argumentação marcas de opinião e argumentos, como as resenhas críti- to globalmente. Por exemplo, sublinhe o título e mostre
cas, artigos de opinião, entre outros. como se pode identificar informações importantes, como sugestões de práticas
a orientação argumentativa do texto.
zz Em seguida, apresente o texto para os estudantes e a pro-
posta da atividade.
fortalecimento da aprendizagem 47
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Texto Desse modo, medidas de governadores e prefeitos deter- ce ou viver de especulação financeira. Muitos obtêm seus caixa de ferramenta
minaram que somente os setores econômicos considera- ganhos a partir da mais clássica das relações capitalis- do professor
Da #fiqueemcasa para a #usemáscara, o
discurso do retorno à normalidade dos como “essenciais” permaneceriam em seu funciona- tas: a exploração da mão de obra alheia. abertura das sequências
mento normal. Surgia, então, a campanha “fique em casa”.
EDIÇÃO 1086
Não obstante, a segunda data comercial mais lucrativa sequência 1
POR FRANCISCO FERNANDES LADEIRA
5 DE MAIO DE 2020 No entanto, em nosso distópico país, “somos todos iguais, (Dia das Mães) se aproxima e, o que é mais preocupan- orientações de estudo
mas alguns mais iguais do que os outros”. À exceção de te, comércio e indústria relativamente paralisados co-
Para identificar os posicionamentos da elite econômica médicos e profissionais da imprensa, as pessoas que não sequência 2
locam em risco o próprio andamento da economia de
brasileira (e, consequentemente, da classe média) fren- poderiam ter a prerrogativa de permanecer em quaren- orientações de estudo
mercado.
te à pandemia do coronavírus, é preciso compreender as tena estavam nos estratos inferiores da pirâmide social.
movimentações discursivas de seus principais porta-vo- Por outro lado, muitos profissionais liberais continuaram Portanto, nos últimos dias, intensificou-se a campanha sequência 3
zes: os grandes grupos midiáticos. suas atividades em regime de home office, a expressão pela reabertura total do comércio, sob eufemismos como orientações de estudo

estrangeira da moda. “retorno à normalidade”, “vamos salvar a economia”, “fle-


Na segunda quinzena de março, quando o Brasil já co-
xibilização” e “afrouxamento da quarentena”. Até mesmo
meçava a registar números consideráveis de infectados, A campanha “fique em casa”, então, foi direcionada ba-
governadores e prefeitos que, a princípio, adotaram polí- anexos do professor
a premissa de que o isolamento social era a melhor al- sicamente para as classes média e alta. Nas principais
ticas favoráveis ao isolamento social paulatinamente fo-
ternativa para evitar a rápida propagação do coronavírus emissoras de televisão, jornais impressos e na internet avaliação inicial
ram mudando de ideia. A voz do mercado fala mais alto
era predominante entre a elite, o que foi devidamente re- surgiram vários tutoriais sobre como enfrentar a qua-
propostas de intervenção
do que a voz da ciência.
verberado pela mídia hegemônica. rentena: lave bem as mãos, faça um curso on-line, man- na forma de orientação
tenha a mente ativa, leia vários livros, medite, torça por de estudos
Não se tratava de um posicionamento altruísta, pois, além E daí se o número de contaminados pelo coronavírus es-
seu brother favorito no BBB, desenvolva novas habilida- protocolo para
das trágicas imagens que nos chegavam de países euro- teja crescendo a passos largos? E daí que milhões de po-
des, invente pratos diferentes, aproveite a live de seu can- avaliação formativa
peus (que contabilizavam seus mortos aos milhares), ha- bres coloquem suas vidas em risco ao usar transportes
tor preferido ou assista jogos clássicos de copas do mun-
via um grande temor de que o (sucateado) sistema de saú- coletivos superlotados? E daí se milhares, ou mesmo mi- análise das habilidades
do no SporTV.
de brasileiro não fosse capaz de suportar uma possível lhões, poderão morrer? E daí se o Brasil já ultrapassou a descritores
explosão de pessoas adoentadas em um intervalo curto Mas nem todos os indivíduos das classes mais abastadas China em número de óbitos por covid-19? Nosso Messias
sugestões de práticas
de tempo, fator que certamente geraria um caos social. podem manter seus rendimentos por meio do home offi- não faz milagres. Todos vão morrer um dia.
fortalecimento da aprendizagem 48
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Muitos negros também perderam suas vidas na traves- E, assim, boa parte da mídia brasileira vai tentando con- mercadorias, passíveis de serem trocadas por outras, as- caixa de ferramenta
sia entre os continentes africano e americano e nem por vencer a população para que a vida continue normalmen- sim como é feito com uma máquina quando ela não dá do professor
isso o sistema escravista não obteve êxito. Trabalhadores te, como se não estivéssemos mais sob a ameaça de um mais conta de operar satisfatoriamente. Afinal de contas, abertura das sequências
são facilmente substituídos: para isso existe o exército terrível vírus. Segundo o dono da CNN Brasil, “o isola- lembrando as palavras do dono de uma famosa rede de
sequência 1
industrial de reserva. Além disso, o brasileiro está acos- mento total e prolongado vai dizimar pequenas e médias restaurantes: o Brasil não pode parar por cinco ou sete
orientações de estudo
tumado a pular no esgoto e não pegar nada. Não é uma empresas no Brasil”. Para a comentarista da Jovem Pan, mil mortes.
gripezinha que vai nos derrubar (sobretudo aqueles que Denise Campos de Toledo, a possibilidade de flexibiliza- Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/coronavirus/ sequência 2
têm histórico de atleta). ção da quarentena anima o mercado. da-fiqueemcasa-para-a-usemascara-o-discurso-do-retorno-a-
normalidade/ . Acesso em 16 de setembro de 2021. orientações de estudo

Conforme afirmou um empresário do ramo de alimen- Evidentemente, não defendo o fim do isolamento social,
tação, ao invés de estar com medo de pegar o vírus, os
sequência 3
tampouco sou contra o uso de máscaras. No entanto, é Francisco Fernandes Ladeira é mestre em Geografia pela
trabalhadores deveriam estar com medo de perder o em- orientações de estudo
importante frisar que tais medidas são inócuas* se não UFSJ. Autor dos livros A influência dos discursos geopolíticos
prego. forem acompanhadas de outras ações, como garantir a da mídia no ensino de Geografia: práticas pedagógicas e ima-
Diante dessa urgente necessidade de determinados seto- segurança dos trabalhadores nas fábricas, realizar testes ginários discentes (parceria com Vicente de Paula Leão) e 10
em massa para o coronavírus e colocar em práticas po- anexos do professor
res econômicos em retornar à normalidade, surgiu uma anos de Observatório da Imprensa: a segunda década do sé-
nova campanha, abraçada, principalmente, pelos notici- líticas públicas consistentes que possam assegurar um avaliação inicial
culo XXI sob o ponto de vista de um crítico midiático, ambos
ários locais. Saiu a hashtag “fique em casa”, entrou a hash- rendimento básico para aqueles que devem ficar em casa.
pela editora CRV. propostas de intervenção
tag “use máscara”. na forma de orientação
Também é preciso denunciar que defender o chamado
de estudos
Os tutoriais midiáticos da vez não estão mais relaciona- “retorno à normalidade”, quando ainda nem chegamos
ao pico da pandemia do coronavírus, não é uma mera Glossário: protocolo para
dos a ficar em casa, mas sobre como “ir às ruas de ma-
altruísta: alguém que pensa no outro, oposto de egoísmo avaliação formativa
neira segura”: use máscara, cubra boca e nariz, não se escolha econômica, mas um posicionamento genocida e
esqueça de passar álcool gel nas mãos, mantenha-se dis- criminoso (o triste caso da região italiana da Lombardia distópico: local imaginário, desesperador e extremo análise das habilidades
tante de outras pessoas, retire seus calçados ainda na não nos deixa dúvida sobre essa questão). Como dizia o eufemismo: tentativa de suavizar a linguagem descritores
porta de casa, tome banho ao chegar da rua, etc. velho Marx: no capitalismo, os trabalhadores são meras inócuas: que não causam prejuízo
sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 49
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Questões
1. Nas aulas anteriores, vimos que as condições de produ- principais porta-vozes: os grandes grupos midiáticos”. Para ilustrar e complementar sua ideia, o autor apresen- caixa de ferramenta
ção, circulação e recepção dos textos são fundamentais Qual é a tese desenvolvida por Ladeira? ta um fato para sustentar sua opinião. Qual foi o fato e do professor
para que possamos avançar no desenvolvimento de habi- O autor do texto defende a ideia de que grandes grupos como ele foi interpretado pelo autor? abertura das sequências
lidades de leitura. Por isso, preencha a tabela abaixo sobre midiáticos tiveram papel fundamental no posicionamento O fato é que, na segunda quinzena de março, houve sequência 1
o texto que você acabou de ler. da elite econômica frente à pandemia. uma mobilização das pessoas e da mídia para que as
orientações de estudo
pessoas ficassem em casa, pois havia o medo que
Professor/a, dialogue com os estudantes sobre o modo
o sistema de saúde não desse conta dos doentes. A sequência 2
Título do texto: Da #fiqueemcasa para a como foi possível chegar na resposta. Aponte que
opinião do autor é de que isso foi pensando no bem-
#usemáscara, o discurso do expressões como “para identificar os posicionamentos orientações de estudo
estar coletivo (altruísta). Além disso, ele apresenta sua
retorno à normalidade da elite econômica” (finalidade), “é preciso compreender”
opinião sobre o sistema de saúde que está sucateado.
(afirmação do autor), “principais porta-vozes” (análise do sequência 3
Tema do texto: A pandemia causada pelo
autor sobre os grupos midiáticos). Professor/a, evidencie as marcas linguísticas que orientações de estudo
coronavírus apontam um fato (como a data, o número de infectados)
Gênero: Artigo de opinião 3. Observe o trecho: para sustentar a opinião “grande temor de que nosso
sucateado sistema de saúde…” (no uso dos termos
Data de publicação: 5 de maio de 2020 Na segunda quinzena de março, quando o Brasil anexos do professor
“grande temor”, “sucateado”, vemos como o autor marca
já começava a registar números consideráveis de
sua opinião). avaliação inicial
Autor: Francisco Fernandes Ladeira infectados, a premissa de que o isolamento social era
a melhor alternativa para evitar a rápida propagação 4. Segundo o texto, “Os tutoriais midiáticos da vez não es- propostas de intervenção
Suporte: digital (plataforma Observatório
do coronavírus era predominante entre a elite, o que foi na forma de orientação
da Imprensa) tão mais relacionados a ficar em casa, mas sobre como de estudos
devidamente reverberado pela mídia hegemônica.
“ir às ruas de maneira segura”: use máscara, cubra boca
protocolo para
2. Como você deve ter observado, o texto lido é um artigo Não se tratava de um posicionamento altruísta, pois, e nariz, não se esqueça de passar álcool gel nas mãos, avaliação formativa
de opinião, cujo objetivo é apresentar um ponto de vista além das trágicas imagens que nos chegavam de mantenha-se distante de outras pessoas, retire seus cal-
países europeus (que contabilizavam seus mortos aos análise das habilidades
a respeito de um determinado tema. Observe o primeiro çados ainda na porta de casa, tome banho ao chegar da
descritores
milhares), havia um grande temor de que o (sucateado)
parágrafo do texto: “Para identificar os posicionamentos rua, etc.”. Por que houve essa mudança do #fiqueemca-
sistema de saúde brasileiro não fosse capaz de suportar
sa para o #usemáscara? sugestões de práticas
da elite econômica brasileira (e, consequentemente, da uma possível explosão de pessoas adoentadas em um
classe média) frente à pandemia do coronavírus, é preci- intervalo curto de tempo, fator que certamente geraria um Segundo o texto, isso aconteceu devido ao fato da
so compreender as movimentações discursivas de seus caos social. necessidade de retomada econômica.
fortalecimento da aprendizagem 50
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Professor: solicite que os estudantes grifem no texto argumentos e objetivo do texto. Por isso, proponha que os
os trechos que mostram essa mudança. “Diante mensais por aluno matriculado), são por si só inca-
estudantes realizem os exercícios em casa e os retomem na caixa de ferramenta
dessa urgente necessidade de determinados setores pazes de impedir que o narcotráfico continue ali-
aula seguinte. do professor
econômicos em retornar à normalidade, surgiu uma nova ciando crianças provenientes de estratos de baixa
campanha, abraçada, principalmente, pelos noticiários renda: tais políticas aliviam um pouco o orçamento abertura das sequências
1. (Enem, 2009)
locais. Saiu a hashtag “fique em casa”, entrou a hashtag familiar e incentivam os pais a manterem os filhos sequência 1
“use máscara”. A carreira do crime estudando, o que de modo algum impossibilita a op- orientações de estudo
ção pela delinquência. No mesmo sentido, os pro-
zz As atividades sugeridas a partir da leitura do texto tratam, Estudo feito por pesquisadores da Fundação Oswal-
gramas voltados aos jovens vulneráveis ao crime sequência 2
sobretudo, da identificação de argumentos e opiniões no do Cruz sobre adolescentes recrutados pelo tráfico
organizado (circo-escolas, oficinas de cultura, esco- orientações de estudo
texto. Elas podem ser ampliadas ou adaptadas de acordo de drogas nas favelas cariocas expõe as bases so-
linhas de futebol) são importantes, mas não resol-
ciais dessas quadrilhas, contribuindo para explicar
com o perfil de suas turmas. Contudo, é interessante man- vem o problema. sequência 3
ter as mesmas expectativas de aprendizagem propostas. as dificuldades que o Estado enfrenta no combate ao
orientações de estudo
crime organizado. A única maneira de reduzir a atração exercida pelo
zz Além disso, a leitura de um artigo de opinião de um tema tráfico é a repressão, que aumenta os riscos para os
complexo com vocabulário um pouco mais rebuscado faz O tráfico oferece aos jovens de escolaridade precá-
que escolhem esse caminho. Os rendimentos pagos
ria (nenhum dos entrevistados havia completado o anexos do professor
com que os estudantes desenvolvam importantes com- aos adolescentes provam isso: eles são elevados pre-
ensino fundamental) um plano de carreira bem es-
petências como persistência e determinação, além da cisamente porque a possibilidade de ser preso não é avaliação inicial
truturado, com salários que variam de R$ 400,00 a
abertura para o novo. Neste sentido, reforce a importância desprezível. É preciso que o Executivo federal e os
R$ 12.000 mensais. Para uma base de comparação, propostas de intervenção
de todos lerem o texto até o final, prestando atenção ao estaduais desmontem as organizações paralelas er- na forma de orientação
convém notar que, segundo dados do IBGE de 2001,
que está sendo lido. Apoie os estudantes que demonstra- guidas pelas quadrilhas, para que a certeza de puni- de estudos
59% da população brasileira com mais de dez anos
rem maior dispersão durante a leitura ou aqueles que re- ção elimine o fascínio dos salários do crime.
que declara ter uma atividade remunerada ganha no protocolo para
latarem dificuldades com a linguagem utilizada no texto. máximo o ‘piso salarial’ oferecido pelo crime. Dos
Editorial. Folha de São Paulo. 15 jan. 2003. avaliação formativa

traficantes ouvidos pela pesquisa, 25% recebiam análise das habilidades


No Editorial, o autor defende a tese de que “as polí-
  # borasepreparar ?! mais de R$ 2.000 mensais; já na população brasilei- descritores
ticas sociais que procuram evitar a entrada dos jo-
ra essa taxa não ultrapassa 6%.
vens no tráfico não terão oportunidade de sucesso sugestões de práticas
Os exercícios propostos ajudam a desenvolver habili- Tais rendimentos mostram que as políticas sociais enquanto a remuneração oferecida pelos trafican-
dades específicas de leitura de textos argumentativos, so- compensatórias, como o Bolsa-Escola (que paga R$ 15 tes for tão mais compensatória que aquela ofereci-
bretudo no que se refere às questões de identificação de
fortalecimento da aprendizagem 51
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Além disso, foi proposta a análise de um artigo de opinião
da pelos programas do governo”. Para comprovar e. uma exposição numérica realizada com o fim de
que propiciou meios para que o estudante relacionasse as- caixa de ferramenta
sua tese, o autor apresenta mostrar que o negócio do narcotráfico é vantajo-
pectos das condições de produção, recepção e circulação do professor
a. instituições que divulgam o crescimento de jo- so e sem riscos.
dos textos e pudesse diferenciar opinião de argumento.
abertura das sequências
vens no crime organizado.
Comentários: as questões indicadas têm um grau zz Nessa etapa, propõe-se que seja feita uma síntese cole- sequência 1
b. sugestões que ajudam a reduzir a atração exer- de dificuldade maior por tratarem da leitura de tiva com uma questão do Enem, para que o estudante orientações de estudo
cida pelo crime organizado. textos argumentativos. Por isso, aliado ao fato
compare diferentes pontos de vista e os argumentos para
c. políticas sociais que impedem o aliciamento de do gênero das questões ser um editorial (e o da
sustentá-los. sequência 2
aula um artigo de opinião), sugere-se que essas
crianças no crime organizado. orientações de estudo
questões sejam discutidas coletivamente com zz Como forma de diversificar a estratégia de síntese, suge-
d. pesquisadores que se preocupam com os jo- a turma. Assim, proponha que eles resolvam re-se a produção de um mapa mental de modo que, em sequência 3
vens envolvidos no crime organizado. os exercícios em casa e, na aula, façam uma
duplas, cada estudante fique responsável por construir orientações de estudo
e. números que comparam os valores pagos entre os comparação das respostas. Na primeira questão,
um mapa mental de cada um dos textos base da questão.
a tese é dada pelo enunciado e espera-se que
programas de governo e o crime organizado. 
o estudante reconheça o argumento que a zz Apresente, então, a questão do Enem que traz dois textos
2. (Enem, 2009) Com base nos argumentos do autor, comprova. Na segunda questão, espera-se que
com duas opiniões diferentes sobre o mesmo assunto. anexos do professor
o texto aponta para infira a intenção do autor ao dizer que “A única
(Enem, 2009) avaliação inicial
maneira de reduzir a atração exercida pelo tráfico
a. uma denúncia de quadrilhas que se organizam é a repressão, que aumenta os riscos para os que Texto I propostas de intervenção
em torno do narcotráfico. escolhem esse caminho”, o que comprova que o na forma de orientação
É praticamente impossível imaginarmos nossas vidas de estudos
b. a constatação de que o narcotráfico restringe-se item correto é o item d.
sem o plástico. Ele está presente em embalagens de ali-
aos centros urbanos. protocolo para
mentos, bebidas e remédios, além de eletrodomésticos,
avaliação formativa
c. a informação de que as políticas sociais com- automóveis, etc. Esse uso ocorre devido à sua atoxici-
pensatórias eliminarão a atividade criminosa a Momento 3: dade e à inércia, isto é: quando em contato com outras análise das habilidades
longo prazo. Síntese (1 aula) substâncias, o plástico não as contamina; ao contrário,
descritores

d. o convencimento do leitor de que para haver a zz Professor/a, ao longo das aulas anteriores, o estudante protege o produto embalado. Outras duas grandes van- sugestões de práticas
refletiu sobre o papel da argumentação como uma ferra- tagens garantem o uso dos plásticos em larga escala: são
superação do problema do narcotráfico é preci-
menta para o desenvolvimento integral e participação crí- leves, quase não alteram o peso do material embalado, e
so aumentar a ação policial. 
tica na sociedade. são 100% recicláveis, fato que, infelizmente, não é apro-
fortalecimento da aprendizagem 52
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
veitado, visto que, em todo o mundo, a percentagem de d. o texto I ilustra o posicionamento de fabricantes de em-
do plástico, argumentando que ele é importante na
plástico reciclado, quando comparado ao total produzido, balagens plásticas, mostrando por que elas devem ser embalagem de alimentos (pois não os contamina) e por caixa de ferramenta
ainda é irrelevante. usadas; o texto II ilustra o posicionamento de consumi- ser reciclável. Nesse texto, há ainda um contra-argumento do professor
Revista Mãe Terra. Minuano, ano I, n. 6 (adaptado). dores comuns, que buscam praticidade e conforto. sobre o fato de não haver práticas de reciclagem
abertura das sequências
suficientes. Já o segundo texto se posiciona contra o
e. o texto I apresenta um alerta a respeito da possibilida- sequência 1
Texto II uso de sacolas plásticas que entopem bueiros, poluem
de de contaminação de produtos orgânicos e industria-
Sacolas plásticas são leves e voam ao vento. Por isso, elas o meio ambiente e que, apesar de serem de baixo custo orientações de estudo
entopem esgotos e bueiros, causando enchentes. São en- lizados decorrentes do uso de plástico em suas emba- financeiro, apresentam um alto custo ambiental.
contradas até no estômago de tartarugas marinhas, ba- lagens; o texto II apresenta vantagens do consumo de sequência 2
Faça anotações sobre as aprendizagens dos estudantes.
leias, focas e golfinhos, mortos por sufocamento. sacolas plásticas: leves, descartáveis e gratuitas. orientações de estudo
No Protocolo de Avaliação Formativa, você encontra
recursos para orientar esse registro.
Sacolas plásticas descartáveis são gratuitas para os con- zz Explique que cada membro da dupla lerá um texto da sequência 3
sumidores, mas têm um custo incalculável para o meio questão e colocará no mapa mental a tese do texto e os orientações de estudo
ambiente.
argumentos utilizados para sustentá-la. Verifique a seguir   para se aprofundar
Veja, 8 jul. 2009. Fragmentos de texto publicitário um modelo de esquema para o mapa mental:
do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente. Neste link, há exemplos de ferramentas para produzir
anexos do professor
mapas mentais. https://www.tecmundo.com.br/
Na comparação dos textos, observa-se que Argumento 1: Identificar
internet/217192-6-sites-fazer-mapa-mental.htm . avaliação inicial
a. o texto I apresenta um alerta a respeito do efeito da Contudo, é possível propor a elaboração de um mapa em
Tese: identificar propostas de intervenção
reciclagem de materiais plásticos; o texto II justifica o formato físico.
na forma de orientação
uso desse material reciclado. Argumento 1: Identificar de estudos

b. o texto I tem como objetivo precípuo apresentar a ver- zz Por fim, solicite que os estudantes comparem os mapas protocolo para
zz Nesse esquema, cada membro da dupla anota a tese (fa- em dupla e, juntos resolvam a questão proposta. Espera- avaliação formativa
satilidade e as vantagens do uso do plástico na con-
vorável ou contra o uso de sacolas plásticas) e os argu- -se, portanto, que eles identifiquem o item B como a alter-
temporaneidade; o texto II objetiva alertar os consu- análise das habilidades
mentos que sustentam essas teses. nativa correta. descritores
midores sobre os problemas ambientais decorrentes
de embalagens plásticas não recicladas.
  atenção para a avaliação ! zz A atividade em duplas, de maneira colaborativa, propõe sugestões de práticas
c. o texto I expõe vantagens, sem qualquer ressalva, do que os estudantes desenvolvam competências como co-
uso do plástico; o texto II busca convencer o leitor a Avalie, nesta etapa, se os estudantes identificam nos laboração e comunicação e favorece a aprendizagem,
mapas produzidos, que o primeiro texto defende o uso
evitar o uso de embalagens plásticas. uma vez que, para entender ou se fazer entender pelos
fortalecimento da aprendizagem 53
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
colegas, ele precisa organizar seu pensamento para con- Momento 1 citária e se eles a relacionam com a função conativa da
vencer ou ser convencido pelo outro. (Sensibilização — 1 aula) linguagem ( convencimento de um determinado interlocu- caixa de ferramenta
zz Professor/a, para sensibilizar os estudantes acerca da es- tor) apresentada anteriormente. Caso eles não retomem do professor
zz Nesse sentido, ao final da atividade, pergunte aos estudan-
fera publicitária, pode-se projetar ou escrever as seguintes esse conceito, indague sobre o motivo pelo qual a função
tes “O que você aprendeu com essa atividade?”, “Como abertura das sequências
questões problematizadoras: conativa está presente na esfera publicitária.
você identificou a tese e os argumentos nos textos?” e per- sequência 1
mita que eles expressem suas conquistas e dificuldades. O que
�  é, para você, a esfera publicitária? zz Além disso, é importante enfatizar que os textos publici- orientações de estudo

Quais textos (incluindo vídeos e outros) são comuns tários assumem as mais variadas formas (como vídeos,
2
� 
sequência
Atividade 4: Mercado de ideias: o texto nessa esfera? Para que servem? anúncios impressos, on-line, outdoors) e que, com o ad-
orientações de estudo
publicitário Onde
�  esses textos são comumente publicados?
vento das mídias sociais, a esfera publicitária passou por
grandes transformações, com perfis de influencers (in-
Habilidades: (EM13LP06); (EM13LP43) sequência 3
De que
�  forma as mídias sociais (como o Instagram e fluenciadores digitais) que publicam fotos no feed e nos
orientações de estudo
Expectativas de aprendizagem o TikTok) mudaram a maneira como as pessoas têm stories ou fazem vídeos no TikTok.
zz Relacionar linguagens verbal e não verbal. acesso a esses textos?
zz Nesse sentido, propõe-se que sejam discutidos o papel
zz D05 — Interpretar texto com auxílio de material gráfico di- Você
�  segue algum “digital influencer”? Como ele ven- dos influenciadores hoje em dia, sobre como vendem um anexos do professor
verso (propagandas, quadrinhos, foto, etc.). de produtos ao mostrar seu estilo de vida? estilo de vida para estimular o consumo.
avaliação inicial
zz Analisar peças publicitárias. zz De modo a potencializar a discussão, você pode propor zz A questão problematizadora final propõe uma discussão propostas de intervenção
zz Reconhecer o mecanismo de persuasão em textos publi- a metodologia TPS (Think-Pair-Share) que consiste em que envolve as dimensões éticas da publicidade. Nesse na forma de orientação
citários. estabelecer um tempo para que o estudante pense e re- sentido, pode-se dar alguns exemplos para os estudantes de estudos

zz Identificar o objetivo do texto publicitário. gistre suas ideias a respeito das perguntas e depois as como a questão da publicidade voltada para o público in- protocolo para
compartilhe com um colega. Nesse caso, o estudante fantil, do reforço de estereótipos (como nas antigas propa- avaliação formativa
zz D12 — Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
registra as respostas das questões problematizadoras gandas de cerveja), entre outros. análise das habilidades
Tempo previsto: três (3) aulas descritores
e, em seguida, se reune com um ou dois colegas para
zz Após essa discussão inicial, proponha que os estudantes
Possíveis materiais: cópias das questões do Enem indicadas elaborar respostas coletivas que, posteriormente, seriam
leiam os textos do exercício do Enem (2011) indicado abai- sugestões de práticas
na atividade compartilhadas com o restante da sala.
xo e tentem resolver as questões, elaborando uma peque-
Competências socioemocionais: colaboração, comunica- zz Finalizada a discussão, é interessante observar quais as- na justificativa. Procure mostrar que a primeira questão
ção e abertura para o novo pectos os estudantes trazem a respeito da esfera publi- trata do objetivo do texto e a segunda, da estratégia usada
fortalecimento da aprendizagem 54
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
para chamar a atenção do leitor. Nesse momento, é in- lhe: seria uma mentira. Aliás, em vez de usar a palavra a. informar os consumidores em geral sobre a atuação
teressante retomar a questão da função metalinguística “mentira”, como acabamos de fazer, poderíamos optar do Conar. caixa de ferramenta
apresentada na atividade 1 desta sequência. por um eufemismo. “Meia-verdade”, por exemplo, seria b. conscientizar publicitários do compromisso ético ao do professor
um termo muito menos agressivo. Mas nós não usamos
zz Mostre que não é necessário, por exemplo, saber o que elaborar suas peças publicitárias. abertura das sequências
esta palavra simplesmente porque não acreditamos
é “seleção lexical”, pois o foco da questão está no objeti-
que exista uma “Meia-verdade”. Para o Conar, Con-
c. alertar chefes de família, para que eles fiscalizem o sequência 1
vo do texto. Como forma de ajudá-los, proponha que eles conteúdo das propagandas veiculadas pela mídia. orientações de estudo
selho Nacional de Autorregulamentação Publicitária,
sempre grifem palavras-chave em questões de múltipla d. chamar a atenção de empresários e anunciantes em
existem a verdade e a mentira. Existem a honestidade
escolha e reconheçam aquilo que a questão solicita. Para sequência 2
e a desonestidade. Absolutamente nada no meio. O Co- geral para suas responsabilidades ao contratarem pu-
tanto, estimule o estudante a não desistir de responder à orientações de estudo
nar nasceu há 29 anos (viu só? não arredondamos para blicitários sem ética.
questão e arriscar-se, mesmo não sabendo todas as pa- 30) com a missão de zelar pela ética na publicidade. e. chamar a atenção de empresas para os efeitos noci- sequência 3
lavras. Isso é importante para ajudar a desenvolver sua Não fazemos isso porque somos bonzinhos (gostaría- vos que elas podem causar à sociedade, se compac- orientações de estudo
autoconfiança. Caso algum estudante se sinta desmotiva- mos de dizer isso, mas, mais uma vez, seria mentira). tuarem com propagandas enganosas.
do, investigue qual é sua dúvida e estimule-o a responder Fazemos isso porque é a única forma de a propaganda
com base naquilo que compreendeu. ter o máximo de credibilidade. E, cá entre nós, para 2. O recurso gráfico utilizado no anúncio publicitário – de
destacar a potencial supressão de trecho do texto — re- anexos do professor
que serviria a propaganda se o consumidor não acre-
(Enem, 2011) ditasse nela? força a eficácia pretendida, revelada na estratégia de avaliação inicial
O Conar existe para coibir os exageros na propaganda
Qualquer pessoa que se sinta enganada por uma peça a. ressaltar a informação no título, em detrimento do propostas de intervenção
E ele é 100% eficiente nesta missão. na forma de orientação
publicitária pode fazer uma reclamação ao Conar. Ele restante do conteúdo associado.
de estudos
analisa cuidadosamente todas as denúncias e, quando é b. incluir o leitor por meio do uso da 1.ª pessoa do plural
protocolo para
o caso, aplica a punição. no discurso. avaliação formativa
Anúncio veiculado na Revista Veja. São Paulo: Abril.
c. contar a história da criação do órgão como argumen-
Ed. 2.120, ano 42, n. 27, 8 jul. 2009. análise das habilidades
Propaganda boa é propaganda responsável to de autoridade. descritores

1. Considerando a autoria e a seleção lexical desse texto, d. subverter o fazer publicitário pelo uso de sua meta-
Nós adoraríamos dizer que somos perfeitos. Que somos sugestões de práticas
infalíveis. Que não cometemos nem mesmo o menor bem como os argumentos nele mobilizados, constata- linguagem.
deslize. E só não falamos isso por um pequeno deta- -se que o objetivo do autor do texto é e. impressionar o leitor pelo jogo de palavras no texto.
fortalecimento da aprendizagem 55
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Promova uma correção e discussão coletiva. Utilize esse zz Feita a divisão dos grupos de base, distribua cópias ou Questão 1:
momento para observar quais estudantes conseguiram projete as questões do Enem indicadas a seguir e escre- (Enem, 2020) caixa de ferramenta
responder corretamente o item e quais não o consegui- va no quadro as seguintes perguntas para serem regis- do professor
ram. Assim, é possível diagnosticar quais estudantes pre- tradas no caderno: abertura das sequências
cisarão de mais apoio na realização do plano de estudos.
Que
�   produto ou ideia está sendo anunciado/a no sequência 1
zz Como forma de ampliar a discussão e caso os estudantes texto? orientações de estudo
tenham acesso às redes sociais, você pode propor como
Quem é o responsável pelo texto (anunciante)?
2
�  
tarefa que cada um fique responsável por analisar um per- sequência
Quais
�   imagens o texto apresenta? orientações de estudo
fil de um influenciador digital de seu interesse. Peça que Disponível em:

registrem, no caderno, quais produtos são anunciados, Quais


�   expressões específicas estão relacionadas às www.bhaz.com.br .

imagens?
Acesso em: 14 jun. 2018. sequência 3
que tipo de imagem está postada, como ele se apresenta,
orientações de estudo
entre outras possibilidades. Essa tarefa pode ser sociali- �  Qual recurso foi utilizado para atrair a atenção do leitor?
Essa campanha de conscientização sobre o assédio so-

zada na aula seguinte. frido pelas mulheres nas ruas constrói-se pela combi-
�  Qual o objetivo do texto?
nação da linguagem verbal e não verbal. A imagem da
zz Comente que cada estudante ficará responsável por um mulher com o nariz e a boca cobertos por um lenço é a anexos do professor
Momento 2 texto e que ele se reunirá com os outros para discutir as representação não verbal do(a) avaliação inicial
(Desenvolvimento - 1 aula)
perguntas propostas e resolver a questão. Estipule o tem- a. silêncio imposto às mulheres, que não podem denun-
zz Caso tenha sido possível realizar a tarefa proposta na aula propostas de intervenção
po para que todos possam analisar e socializar suas res- ciar o assédio sofrido. na forma de orientação
anterior, promova uma breve socialização da atividade.
postas na próxima aula. de estudos
b. metáfora de que as mulheres precisam defender-se
zz Em seguida, comente com a turma que, neste dia, ela fará
do assédio masculino. protocolo para
uma atividade de análise de textos publicitários fazendo   para se aprofundar avaliação formativa
uso da metodologia ativa - jigsaw reading (método em jig- c. constrangimento pelo qual passam as mulheres e
Para saber mais sobre como se estrutura o método análise das habilidades
saw). Essa metodologia consiste em criar um grupo-base sua tentativa de esconderem-se.
descritores
jigsaw, acesse o vídeo produzido pelo Laboratório de
(heterogêneo) que se reorganiza em outro grupo (grupo d. necessidade que as mulheres têm de passarem des-
Aprendizagem e Ensino da FEA USP: sugestões de práticas
de especialistas) para discutir sobre uma mesma temáti- percebidas para evitar o assédio.
ca ou proposta, voltando para o grupo-base para sociali- https://www.youtube.com/watch?v=B8NUmiXbuFk .
e. incapacidade de as mulheres protegerem-se da agres-
Acesso em 16 de setembro de 2021.
zar suas descobertas. são verbal dos assediadores.
fortalecimento da aprendizagem 56
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Questão 2: Questão 3: Questão 4:
(Enem, 2020) (Enem, 2020) (Enem, 2015) caixa de ferramenta
do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

Disponível em: sequência 3


<www.behance.net>  . orientações de estudo
Acesso em: 21 fev. 2013.
Adaptado.

Disponível em: www.fb.com/ministeriodoesporte  . A rapidez é destacada como uma das qualidades do


Acesso em: 7 dez. 2017. Disponível em: <www.acnur.org>  . anexos do professor
Acesso em: 11 dez. 2018. serviço anunciado, funcionando como estratégia de
Esse anúncio publicitário propõe soluções para um pro- persuasão em relação ao consumidor do mercado grá- avaliação inicial

blema social recorrente, ao Neste cartaz, o uso da imagem do calçado aliada ao tex- fico. O recurso da linguagem verbal que contribui para propostas de intervenção
to verbal tem o objetivo de esse destaque é o emprego na forma de orientação
a. promover ações de conscientização para reduzir a
de estudos
violência de gênero em eventos esportivos. a. criticar as difíceis condições de vida dos refugiados. a. o termo “fácil” no início do anúncio, com foco no pro-
b. revelar a longa trajetória percorrida pelos refugiados. protocolo para
b. estimular o compartilhamento de políticas públicas cesso.
avaliação formativa
sobre a igualdade de gênero no esporte. c. incentivar a campanha de doações para os refugiados. b. de adjetivos que valorizam a nitidez da impressão.
análise das habilidades
c. divulgar para a população as novas regras comple- d. denunciar a situação de carência vivida pelos refu- c. das formas verbais no futuro e no pretérito, em se- descritores
mentares para as torcidas de futebol. giados. quência.
sugestões de práticas
d. informar ao público masculino as consequências de e. simbolizar a necessidade de adesão à causa dos re- d. da expressão intensificadora “menos do que” asso-
condutas ofensivas. fugiados. ciada à qualidade.
e. regulamentar normas de boa convivência nos estádios. e. da locução “do mundo” associada a “melhor”, que quan-
tifica a ação.
fortalecimento da aprendizagem 57
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Questão 5: e. a informação sobre as consequências do consumo zz Em seguida, projete ou escreva no quadro a seguinte tabe-
(Enem, 2009) do cigarro para amedrontar o leitor. la para que os estudantes preencham qual a questão lida, caixa de ferramenta
COM NICIGA, PARAR DE FUMAR FICA que tipo de texto eles acreditam que seja, qual o objetivo do professor
MUITO MAIS FÁCIL zz Estabeleça um tempo para que os estudantes se reorga- do texto e qual a estratégia usada para convencer o leitor.
abertura das sequências
nizem nos grupos de especialistas (que são os estudantes
1. Fumar aumenta o número de receptores do seu cére-
que analisaram a mesma questão) e discutam os textos- Questão do Objetivo do Estratégia
sequência 1
bro que se ativam com nicotina.
Enem lida texto persuasiva orientações de estudo
-base para responder às perguntas no quadro. Se possí-
2. Se você interrompe o fornecimento de uma vez, eles vel, circule entre os grupos acompanhando a atividade. Campanha de
enlouquecem e você sente os desagradáveis sinto-
sequência 2
Conscientização
zz Terminado o tempo de análise, solicite que os grupos voltem orientações de estudo
mas da falta do cigarro.
Anúncio
para os grupos de origem e discutam seus textos. A síntese
3. Com seus adesivos transdérmicos, Niciga libera ni- dessa atividade acontecerá na aula seguinte para que haja
comercial sequência 3
cotina terapêutica de forma controlada no seu orga- Propaganda orientações de estudo
tempo suficiente de discutir e sistematizar as leituras.
nismo, facilitando o processo de parar de fumar e Institucional
ajudando a sua força de vontade. zz O método jigsaw promove o desenvolvimento de compe-
tências socioemocionais, como a comunicação e a cola-
Com Niciga, você tem o dobro de oportunidades de parar   atenção para a avaliação ! anexos do professor
boração. Nessa técnica, estão presentes a necessidade
de fumar. avaliação inicial
Revista Época, de autogestão, ou seja, é preciso gerir o tempo e organi- Avalie, nesta etapa, se os estudantes identificam os
24 novo 2008 (adaptado). zar os registros, para que cada estudante possa discutir textos das questões 1, 2 e 3 como campanhas de propostas de intervenção
conscientização que visam a mudar o comportamento na forma de orientação
a questão em que se especializou com outros que, por
Para convencer o leitor, o anúncio emprega como recur- de estudos
das pessoas, fazendo uso de estratégias, como
sua vez, também se dedicaram a ela, para depois, por
so expressivo, principalmente, sensibilizar e emocionar o leitor. Já a questão 4 é uma protocolo para
meio da argumentação oral, levar o que aprendeu para propaganda institucional que procura vender ou qualificar avaliação formativa
a. as rimas entre Niciga e nicotina.
seu grupo de origem. uma instituição e a 5 é um anúncio comercial para vender
b. o uso de metáforas como “força de vontade”. análise das habilidades
um produto. Atente-se, ainda, se os estudantes acertaram
descritores
c. a repetição enfática de termos semelhantes como as respostas cujo gabarito é: 1-b; 2-a; 3-e; 4-c e 5-e.
Momento 3
sugestões de práticas
“fácil” e “facilidade”. (Síntese - 1 aula)
d. a utilização dos pronomes de segunda pessoa, que zz Retome a atividade iniciada na aula anterior e, se necessá- zz Ao finalizar a discussão coletiva, pontue que as questões
fazem um apelo direto ao leitor. rio, estabeleça um tempo para que a finalizem. apresentadas solicitaram que eles relacionassem os re-
fortalecimento da aprendizagem 58
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
cursos verbais e não verbais para identificar a finalidade
2. (Enem, 2011)
do texto (questões 1, 2 e 3), ou que analisassem as es- caixa de ferramenta
tratégias persuasivas dos textos por meio da análise de Se no inverno é difícil acordar, do professor
recursos linguísticos (questões 4 e 5). imagine dormir.
abertura das sequências
Com a chegada do inverno, muitas pessoas perdem sequência 1
  # borasepreparar ?! o sono. São milhões de necessitados que lutam con-
orientações de estudo
tra a fome e o frio. Para vencer esta batalha, eles
Os exercícios trazem propostas e atividades para o de- precisam de você. Deposite qualquer quantia. Você sequência 2
senvolvimento de habilidades específicas de leitura de textos ajuda milhares de pessoas a terem uma boa noite e orientações de estudo
publicitários. Por isso, peça que os estudantes resolvam os dorme com a consciência tranquila.
O emprego dos recursos verbais e não-verbais nes-
exercícios em casa como forma de identificar possíveis difi- Veja, 5 set. 1999 (adaptado).
sequência 3
se gênero textual adota como uma das estratégias
culdades na leitura desses textos. orientações de estudo
persuasivas
O produtor de anúncios publicitários utiliza-se de

1. (Enem, 2009) a. evidenciar a inutilidade terapêutica do cigarro. estratégias persuasivas para influenciar o com-
b. indicar a utilidade do cigarro como pesticida con- portamento de seu leitor. Entre os recursos argu- anexos do professor
As imagens seguintes fazem parte de uma campa-
tra ratos e baratas. mentativos mobilizados pelo autor para obter a
nha do Ministério da Saúde contra o tabagismo. avaliação inicial
c. apontar para o descaso do Ministério da Saúde adesão do público à campanha, destaca-se nes-
propostas de intervenção
com a população infantil. se texto
na forma de orientação
d. mostrar a relação direta entre o uso do cigarro e a. a oposição entre individual e coletivo, trazendo de estudos

o aparecimento de problemas no aparelho respi- um ideário populista para o anúncio. protocolo para
avaliação formativa
ratório.  b. a utilização de tratamento informal com o leitor,
e. indicar que os que mais sofrem as consequên- o que suaviza a seriedade do problema. análise das habilidades
descritores
cias do tabagismo são os fumantes ativos, ou c. o emprego de linguagem figurada, o que desvia
seja, aqueles que fazem o uso direto do cigarro. a atenção da população do apelo financeiro. sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 59
sequência 1 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

d. o uso dos numerais “milhares” e “milhões” res-


  para encerrar : autoavaliação   atenção para a avaliação !
caixa de ferramenta
ponsável pela supervalorização das condições Ao final dessa sequência, você professor/a possui uma do professor
dos necessitados. Preciso série de dados sobre as aprendizagens dos estudantes,
Sim
aprimorar por isso sugerimos que prepare uma devolutiva não abertura das sequências
e. o jogo de palavras entre “acordar” e “dormir”, o
que relativiza o problema do leitor em relação ao Reconheço as características das apenas com foco nos conhecimentos e habilidades sequência 1
específicas, mas também em relação às competências
esferas jornalística e publicitária? orientações de estudo
dos necessitados.  socioemocionais que foram mobilizadas pelos jovens. Vale
Reconheço as condições de lembrar que o foco foi o desenvolvimento de colaboração, sequência 2
Comentários: as questões indicadas solicitam comunicação e abertura para o novo, o que você pode
produção, recepção e circulação dos
a identificação de recursos persuasivos em orientações de estudo
gêneros notícia, resenha, reportagem, dizer à turma sobre essas capacidades?
textos publicitários. A primeira solicita a
articulação das linguagens para a identificação
artigo de opinião, tirinha, charge? sequência 3
dos recursos persuasivos. Nessa atividade, orientações de estudo
Relaciono a linguagem verbal e não
solicite que o estudante elabore uma justificativa verbal para analisar tirinhas, charges e
sobre o porquê daquele item estar correto
textos publicitários?
ou ainda como ele chegou na resolução. Na
anexos do professor
segunda questão, mais difícil, o estudante Reconheço a tese em um artigo de
precisa reconhecer a oposição entre os termos opinião? avaliação inicial
“acordar” e “dormir” como parte da estratégia
Identifico argumentos em um artigo propostas de intervenção
argumentativa. Assim, essa questão pode ter um na forma de orientação
índice maior de erros. de opinião? de estudos
Consigo comparar textos protocolo para
argumentativos que têm a mesma avaliação formativa
zz Como forma de resgatar as expectativas de aprendiza- temática?
análise das habilidades
gem dessa sequência, apresente a autoavaliação aos es- descritores
Diferencio um anúncio comercial de
tudantes para que eles possam se reconhecer dentro do
uma campanha de conscientização? sugestões de práticas
processo.
fortalecimento da aprendizagem 60
orientações de estudo – sequência 1 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Orientações de estudo
jornadas e produtos

caixa de ferramenta

para o estudante em
do professor

abertura das sequências


sequência 1

momentos de autogestão
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor

avaliação inicial

propostas de intervenção
na forma de orientação
de estudos

protocolo para
avaliação formativa

análise das habilidades


descritores

sugestões de práticas
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Orientações de Estudo.
fortalecimento da aprendizagem 61
orientações de estudo – sequência 1 início índice estrutura realizadores

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das Orientações de Estudo. introdução
estrutura do ciclo

Língua Portuguesa
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

Sequência didática 1 abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor
Caro professor/a, dizagem. Nesses momentos, o estudante se depara com o Ao final das indicações, são sugeridas algumas possibi-
que sabe e o que falta aprender, favorecendo a busca por sua lidades de orientação e retomada para que você possa auxi- avaliação inicial
O plano de estudo de cada estudante pode ser individua-
orientação para continuar engajado nas aulas presenciais. liá-los no desenvolvimento das habilidades de leitura. propostas de intervenção
lizado em função de suas observações sobre o percurso de na forma de orientação
As questões podem ser propostas ao final de cada ativi- Observe que este material pode contribuir para que o es-
cada um dos jovens de sua turma. Selecionar questões ou de estudos
dade vivenciada em sala, uma vez que elas estão diretamen- tudante organize a sua rotina e desenvolva procedimentos de
leituras em função das dificuldades identificadas por você ou protocolo para
te relacionadas ao tema desenvolvido em cada parte desta estudo. Com a finalidade de ajudá-los, procure dar algumas
pela avaliação inicial permite um cuidado mais efetivo para o avaliação formativa
sequência didática. dicas, como por exemplo:
avanço na aprendizagem de cada estudante.
análise das habilidades
a. Organização de um cronograma de estudos. descritores
Para auxiliar essa orientação de estudos, encontram-se, Incentive o estudante a consultar as anotações e mate-
a seguir, atividades para que os estudantes possam aprender riais produzidos nas aulas, bem como oriente-o a registrar b. Mobilização de diferentes estratégias (realização das ativi-
sugestões de práticas
um pouco mais sobre os temas que foram desenvolvidos em uma justificativa para as questões de múltipla escolha, lem- dades em pares ou individualmente, gravações de áudios

sala de aula. Lembramos que estudar individualmente é uma brando-o de que o importante não é a resposta certa, mas para registrar a aprendizagem e/ou dúvidas, sínteses etc.).

parte importante do processo de Fortalecimento da Apren- saber como chegar a ela. Bom trabalho!
fortalecimento da aprendizagem 62
orientações de estudo – sequência 1 início índice estrutura realizadores

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das Orientações de Estudo. introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Propostas para o estudante: Direitos Assinale a alternativa correta em relação ao texto.
Bloco 1: Pela Constituição Federal de 1988 e pela Consolidação das a. A amamentação, segundo a nova portaria, deve ser caixa de ferramenta
um ato compulsório. do professor
Leis do Trabalho (CLT), as mulheres com contrato de tra-
 ID DA QUESTÃO: 1038 CÓDIGO DO DESCRITOR: P011 
balho formal têm uma série de direitos e benefícios. Para b. A Organização Mundial de Saúde recomenda o aleita- abertura das sequências
1. Leia o texto e responda à questão a seguir. amamentar o filho, a mulher tem o direito de, até os 6 me- mento materno somente até os 6 meses de idade do sequência 1
Portaria do MEC garante direito à ses de idade do filho, a dois descansos especiais, de meia bebê. orientações de estudo
amamentação na rede federal hora cada um, durante a jornada de trabalho, que não se
c. A Constituição federal de 1988 não garante direitos de
10/5/2017 15h55 Brasília confundirão com os intervalos para repouso e alimenta- sequência 2
amamentação às mulheres.
Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil ção da mãe. Quando a saúde do filho exigir, o período de orientações de estudo
seis meses poderá ser aumentado, a critério do médico.
d. A permissão à amamentação na rede federal é condi-
Portaria do Ministério da Educação (MEC) assinada hoje cionada ao oferecimento de infraestrutura adequada sequência 3
(10) garante direito à amamentação nas escolas, universi- A legislação também diz que os estabelecimentos em que para esse fim. orientações de estudo
dades e outras instituições federais de ensino. Com o dis- trabalham pelo menos 30 mulheres com mais de 16 anos
e. A permissão à amamentação na rede federal atende
positivo legal, todas as mães lactantes têm o direito à ama- de idade deverão ter local apropriado onde seja permiti-
mentação assegurado em todas as instituições federais, a uma demanda de alunos, professores e outros pro-
do às empregadas deixar, sob vigilância e assistência, os
independentemente da existência de locais, equipamentos fissionais de educação. anexos do professor
seus filhos durante a amamentação.
ou instalações reservados exclusivamente para esse fim. avaliação inicial
Também é possível que as empresas adotem o sistema de  ID DA QUESTÃO: 1041 CÓDIGO DO DESCRITOR: P016 
Segundo o MEC, a portaria foi assinada nesta quarta-fei- reembolso-creche, em substituição à exigência de creche propostas de intervenção
ra, pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, quatro 2. Leia o texto e responda à questão a seguir. na forma de orientação
no local de trabalho, ou façam convênios com creches.
de estudos
dias antes do Dia das Mães, que será comemorado neste ONU recomenda mais investimento em
domingo (14). A portaria dá liberdade às mães para ama- A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o educação e saúde para meninas protocolo para
mentarem onde quiserem. O uso de uma sala deve ser aleitamento materno pelo menos até 6 meses de idade, avaliação formativa
26/10/2016 - 17h28
uma decisão dela, e não uma questão compulsória. quando a criança deve ter acesso exclusivamente a esse Andreia Verdélio
análise das habilidades
alimento. Bebês que são amamentados ficam menos do- descritores
De acordo com o Ministério da Educação, a portaria aten- Educação formal para meninas a partir dos dez anos e a
entes e são mais bem nutridos do que aqueles que inge-
de a uma demanda antiga por parte de alunos, professo- construção de projetos de vida que adiem a gravidez na sugestões de práticas
rem qualquer outro tipo de alimento.
res e outros profissionais de educação, incluindo esco- adolescência são questões decisivas para o desenvolvi-
(http://agenciabrasil. ebc. com. br/educacao/noticia/
las de ensino básico, universidades e autarquias federais 2017-05/portaria-do-mec-garante-direito-amamentacao-
mento socioeconômico mundial. As informações fazem
vinculadas à pasta. na-rede-federal .Acesso em 22/05/2017. ) parte do relatório “Situação da População Mundial”, lan-
fortalecimento da aprendizagem 63
orientações de estudo – sequência 1 início índice estrutura realizadores

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das Orientações de Estudo. introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
çado nesta quarta-feira pelo Fundo de População das Na- d. privilégios nas relações de gênero, por parte de meni- massa, obrigou o ônibus a passar do real papel de auxi-
ções Unidas (UNFPA). nas pobres. liar para o de transporte de massa.
caixa de ferramenta
e. falta de força de vontade de meninas pobres em exer- do professor
A representante auxiliar do UNFPA no Brasil, Fernanda Além disso, é fundamental incentivar o transporte ativo
Lopes, relata que um dos maiores problemas para o de- cer os seus direitos. – a pé e via bicicleta – para que todos de fato ocupem seus abertura das sequências
senvolvimento social é a gravidez na adolescência, que espaços na cidade. “O espaço público não está à venda, e, sequência 1
traz um impacto danoso para a vida de muitas meninas,  ID DA QUESTÃO: 1056 CÓDIGO DO DESCRITOR: P03  quando 80% das vias são ocupadas por carros, o que ve-
orientações de estudo
que terão menos oportunidades para exercer direitos e mos é a privatização do espaço público. A mobilidade fala
3. Leia o texto e responda à questão a seguir.
estarão em desvantagens nas relações de gênero. de gente, não de objetos.” sequência 2
Grande trava para a mobilidade é o [...] orientações de estudo
Para a secretária nacional de Promoção dos Direitos da transporte individual
(http://www.cartacapital.com.br/dialogos-capitais/grande-
Criança e do Adolescente, Cláudia Vidigal, outro proble-
Enfrentar a cultura do carro individual e olhar o que está por
trava-para-a-mobilidade-e-o-transporte-individual . sequência 3
ma apontado é o casamento precoce. Ela ressalta que são Acesso em 30/10/2016. )
vir é o centro da discussão do futuro das cidades. orientações de estudo
cerca de 800 mil meninas casadas antes dos 18 anos no
por Dimalice Nunes — publicado 28/10/2016 – 17h49 No primeiro parágrafo, a que termo anterior refere-se a
Brasil, e que muitas vezes se casam porque esse é o úni-
co projeto de vida possível para elas.
palavra em negrito? Assinale a alternativa correta:
O maior problema na mobilidade urbana é o transporte
a. “afirmação”. anexos do professor
O relatório “Situação da População Mundial” é publicado individual, e ninguém quer ver isso. A afirmação é do se-
b. “Os desafios das metrópoles brasileiras”. avaliação inicial
anualmente desde 2004 e apresenta indicadores socio- cretário municipal de Transportes de São Paulo, Jilmar
demográficos atualizados para todos os países. Tatto. “Essa é a grande questão a ser enfrentada, porque c. “carro”. propostas de intervenção
o espaço público viário é farto se ele for bem usado. Um na forma de orientação
(http://radioagencianacional.ebc.com.br/educacao/ d. “Um carro ocupa oito vezes mais espaço para levar de estudos
audio/2016-10/onu-recomenda-mais-investimento-em- carro ocupa oito vezes mais espaço para levar uma pes-
uma pessoa do qualquer outro modal.”
educacao-e-saude-para-meninas . Acesso em 29/10/2016. ) soa do qualquer outro modal. Sem reconhecer isso não protocolo para
há alternativa», disse Tatto no painel “Os desafios das
e. “espaço”. avaliação formativa
Segundo o texto, um dos maiores problemas para o de-
metrópoles brasileiras”, no seminário Diálogos Capitais análise das habilidades
senvolvimento socioeconômico mundial é:
– Mobilidade Urbana.
Bloco 2: descritores
a. educação formal para meninas e projetos de vida que Atividades de leitura
Para o secretário, a forma como a mobilidade de São Pau- sugestões de práticas
adiem a gravidez na adolescência.
lo sempre foi pensada apenas induziu ainda mais o uso Texto 1
b. gravidez na adolescência e casamento precoce. do carro. Por outro lado, a falta de investimentos para O primeiro texto que você vai ler resume as histórias de
c. projetos de vida rebeldes por parte de meninas pobres. a expansão do metrô, o transporte verdadeiramente de vida de dois brasileiros e o valor da educação em suas
fortalecimento da aprendizagem 64
orientações de estudo – sequência 1 início índice estrutura realizadores

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das Orientações de Estudo. introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
vidas. Leia-o atentamente e, a seguir, resolva as ques- Por trás dessa tecnologia, há uma história, não menos in- de ajudar aquela escola em que tentou, mas não conse-
tões de leitura. teressante, sobre quem ajudou a inventar esse inventor. guiu estudar.
caixa de ferramenta
Ensinando a voar Chama-se José Parente, pai de Expedito – é uma criação do professor
Expedito cresceu ouvindo esses casos. “Ficou arraigada
muito mais do que biológica.
[Gilberto Dimenstein] em todos nós aquela reverência pelo saber”, conta Expe- abertura das sequências
José Parente tinha 12 anos quando deixou um povoado dito. Essa reverência estava por trás de sua decisão de sequência 1
O Cearense Expedito Resende, 66, conseguiu atrair a
nas proximidades de Sobral (CE), onde vivia, e mudou-se sair de casa para estudar, como tinha feito seu pai. “Só
atenção mundial ao inventar um combustível para avião orientações de estudo
para Fortaleza. Era o caçula entre seus 28 irmãos, susten- que, desta vez, sem desconforto”, diz ele.
feito à base de óleo de babaçu, atualmente em testes
avançados nos laboratórios da Boeing, acompanhados
tados pelo pai agricultor. Fez o trajeto a pé, sozinho, ali-
Mudou-se para o Rio, onde se formou em engenharia
sequência 2
mentando-se com o que encontrava no caminho. Tinha orientações de estudo
pela Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos. Mudar química e, depois, aprimorou-se nos Estados Unidos e na
dois projetos: obter um emprego e entrar numa escola.
o jeito como os aviões voam, usando o chamado “bioque- Europa. Voltou para o Ceará, fascinado pelo encanto dos
rosene”, não seria sua mais importante descoberta.
sequência 3
Matriculou-se para o período no turno de uma escola, experimentos químicos. Uma de suas criações foi a “vaca
orientações de estudo
mas, com o excesso de trabalho, acabou desistindo. Ten- mecânica” para a produção de leite de soja, disseminada
Professor de engenharia química da Universidade Fede-
tou por várias maneiras continuar estudando. Pediu aju- em centenas de cidades brasileiras.
ral do Ceará, Expedito criou, nos anos [19]70, o biodiesel.
da a seu patrão e ouviu a seguinte frase: “Menino pobre
Usando plantas comuns no Nordeste, viu que o combus- Testou motores com álcool, mas preferiu investigar melhor
não precisa de escola”. anexos do professor
tível servia, sem nenhum problema, nos motores como o poder de plantas como o babaçu. Em 1984, um Bandeiran-
substituto do petróleo. Praticando, José Parente aprendeu as artes do comércio. te, da Embraer, voou de São José dos Campos até Brasília, avaliação inicial
Adulto, tornou-se empresário, casou, teve nove filhos, to- movido a bioquerosene, desenvolvido por Expedito – apesar propostas de intervenção
Mas, na época, não havia tanta consciência ecológica,
dos entraram na faculdade. Repetia algumas frases como do sucesso do voo, o projeto foi arquivado pelos militares. na forma de orientação
o preço do petróleo ainda não estava nas alturas e não
se fossem mantras: de estudos
se sabia como dar escala comercial à sua invenção. Em Foram necessários mais 20 anos para que levassem a
protocolo para
1991, alemães e austríacos resolveram usar a descoberta “o gosto pelo conhecimento é a melhor herança que pos- sério sua experiência, agora em apreciação pelos ame-
avaliação formativa
para produzir energia limpa. so deixar” ou “a maior riqueza está dentro da cabeça”. ricanos – certamente seria impossível se o inventor não
tivesse como um de seus professores um menino de 12 análise das habilidades
Nos últimos tempos, Expedito vem ganhando prêmios Nas conversas familiares, sempre vinham as histórias do descritores
anos, andando a pé pelo interior do Nor- deste, com o so-
internacionais e ajudando a implantar centenas de usi- menino de 12 anos, caminhando sozinho pelas estradas
nho de aprender. sugestões de práticas
nas de biodiesel. Isso significa a perspectiva de criação de terra, a frustração pela impossibilidade de estudar
de empregos, especialmente no Nordeste, e de um recur- compensada pelas habilidades autodidatas. Já empresá- PS – O caso de José Parente mostra os caminhos para se
so contra o aquecimento global. rio próspero (depois teve um banco), José Parente tratou evitar a marginalidade, gerando inventores e não crimi-
fortalecimento da aprendizagem 65
orientações de estudo – sequência 1 início índice estrutura realizadores

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das Orientações de Estudo. introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
nosos –, envolvimento familiar na vida dos filhos, culto b. Qual é a importância dessa tecnologia? Texto 3
ao empreendedorismo e reverência ao aprendizado. Nos- c. Quem, segundo o texto, ajudou a “inventar o inventor” caixa de ferramenta
so problema não é de maioridade penal, mas a de meno- do professor
Expedito Resende?
ridade dos adultos.
d. Como você entende a expressão “inventar esse inven- abertura das sequências
(Fonte: DIMENSTEIN, G. Ensinando a voar. Folha de
São Paulo, São Paulo, 27 fev. 2007). tor”, utilizada anteriormente? sequência 1
orientações de estudo
7. O texto afirma que José Parente tinha “habilidades au-
4. Preencha o quadro a seguir com as informações pedidas.
todidatas”. A palavra autodidata é formada pelo prefixo Após refletir sobre a importância do conhecimento na
sequência 2
Título do texto Ensinando a voar auto (que significa por si próprio) e pela palavra didata vida das pessoas, releia as duas tirinhas com atenção. Ob-
orientações de estudo
Autor (pessoa que instrui, ensina). serve as imagens dos quadrinhos, principalmente a expres-
Fonte são facial das personagens, e, em seguida, discuta com seus sequência 3
a. Procure explicar o sentido da palavra autodidata, consi-
Data colegas as seguintes questões: orientações de estudo
derando a frase em que essa palavra aparece no texto.
8. No texto 2, o que a professora espera que Calvin saiba?
5. O texto de Gilberto Dimenstein reúne histórias reais de Você vai ler agora duas tirinhas. Observe com atenção
vida de dois brasileiros. Preencha o quadro com infor- 9. Considerando as imagens dos quadrinhos, onde está a
todos os quadrinhos a seguir. anexos do professor
mações sobre essas pessoas e suas histórias. resposta para a pergunta feita pela professora a Calvin?
Texto 2 avaliação inicial
Pessoas Qualidades/ações 10. A professora de Calvin fica satisfeita com a resposta que
Profissão propostas de intervenção
apresentadas destacadas no texto ele lhe dá? Justifique. na forma de orientação
Expedito Resende de estudos
11. No contexto dessa tirinha, o que significa ficar na sala
José Parente protocolo para
“depois da aula”?
avaliação formativa
6. Releia o trecho a seguir: 12. Que tipo de conhecimento Calvin diz dominar? Esse co-
análise das habilidades
nhecimento é valorizado na escola ou pela professora?
“Por trás dessa tecnologia há uma história, não menos in- descritores
teressante, sobre quem ajudou a inventar esse inventor”. 13. As expectativas da professora e de Calvin em relação à
sugestões de práticas
escola e ao conhecimento são semelhantes? Por quê?
a. O trecho faz referência às tecnologias inventadas pelo
cientista Expedito Resende. A que invenções o trecho 14. O texto 3 também faz referência ao conhecimento.
se refere?
fortalecimento da aprendizagem 66
orientações de estudo – sequência 1 início índice estrutura realizadores

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das Orientações de Estudo. introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
a. O que é conhecimento para Armandinho? diferentes gêneros). Já a terceira questão amplia para a práti- seja capaz de estabelecer relações no texto e inferir signifi-
b. Para essa personagem, onde esse conhecimento ca do descritor D15 (Estabelecer relações lógico-discursivas cados de expressões, praticando assim os descritores D02 caixa de ferramenta
pode ser encontrado? presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.) (Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando do professor

c. Por que Armandinho afirma que é preciso consultar repetições ou substituições que contribuem para a continui- abertura das sequências
Para esse bloco de questões, sugira aos estudantes que
dade de um texto) e D03(Inferir o sentido de uma palavra ou
um bibliotecário? grifem o enunciado, circulem expressões nos distratores, sequência 1
expressão).
d. Como Armandinho parece se sentir ao ter contato busquem por palavras desconhecidas e justifiquem suas orientações de estudo

com um livro? Que pista a tirinha apresenta para com- respostas trazendo elementos do texto. Para realizar atividades de leitura de textos argumenta-
sequência 2
provar sua resposta? tivos, sugira algumas estratégias para os estudantes como,
Já o segundo bloco de questões amplia o nível de dificul- orientações de estudo
por exemplo, sublinhar em cores diferentes o que eles acre-
15. Com qual das personagens, Calvin ou Armandinho, você dades, focando na leitura de textos argumentativos (Artigo
ditam ser argumentos; sintetizar ao lado de cada parágrafo a sequência 3
mais se identifica? Por quê? de Opinião) e textos multissemióticos (tirinhas) apresentados
ideia central, produzindo marginálias e ajudando o estudante
na sequência de aulas. orientações de estudo
Fontes das questões: da desenvolver a capacidade de distinguir as partes princi-
Bloco 1: Material Conexão Aprendizagem Nesse sentido, note que, a partir de uma leitura um pou-
Bloco 2: Entre Jovens
pais das secundária (D09).
co mais complexa, as questões ampliam gradualmente o
Além do texto argumentativo, o bloco de questões tam- anexos do professor
nível de dificuldade, assim mostrando a progressão da lei-
bém contempla a leitura de tirinhas, permitindo que o estu-
Orientações gerais: tura. Portanto, a primeira questão trata do reconhecimento avaliação inicial
dante desenvolva a capacidade de relacionar as linguagens
As atividades propostas neste plano foram divididas em de informações extratextuais que são importantes para que propostas de intervenção
verbal e não verbal. Nesse sentido, desenvolve-se ainda a ca- na forma de orientação
dois blocos para que você observe a progressão das expec- os estudantes desenvolvam estratégias e procedimentos de
pacidade de D16 (Identificar efeitos de ironia ou humor em de estudos
tativas de aprendizagem, bem como o nível de dificuldade leitura.
textos variados. protocolo para
considerando os gêneros propostos. Em seguida, são propostas questões de reconhecimento avaliação formativa
Nos exercícios propostos, pode-se sugerir o trabalho co-
No primeiro bloco, são indicadas três questões de múl- de informação, conforme também é previsto pelo descritor
laborativo extraclasse, de modo que os estudantes possam análise das habilidades
tipla escolha. As duas primeiras são sobre “Notícias”, um D01 (Localizar informações explícitas em um texto). Salienta- descritores
dialogar e exercitar o trabalho colaborativo.
gênero que mobiliza habilidades mais simples de reconheci- -se, nesse caso, que, diferentemente das questões sobre no-
sugestões de práticas
mento e identificação. Nesse sentido, nota-se que as ques- tícia, o texto argumentativo apresenta uma maior dificuldade, As expectativas de resposta das questões são indicadas
tões permitem que o estudante desenvolva expectativas de ainda que o descritor seja o mesmo. Nas questões seguintes, nos materiais para o professor do material “Conexão” e “En-
descritores como: o D12 (Identificar a finalidade de textos de há também uma ampliação, pois espera-se que o estudante tre Jovens”
fortalecimento da aprendizagem 67
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Sequência didática 2
jornadas e produtos

caixa de ferramenta

Língua Portuguesa
do professor

abertura das sequências


sequência 1
Práticas de leitura no Campo artístico-literário orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

Olá, professor/a! anexos do professor

Nesta sequência de atividades 2, a proposta é trabalhar leitor literário, por meio de práticas de trocas de experiências avaliação inicial
diferentes gêneros do campo artístico-literário a fim de pro- leitoras e da problematização conjunta de diferentes possibi- propostas de intervenção
mover o desenvolvimento de habilidades de leitura e articu- lidades de sentidos provocados pelos textos. na forma de orientação
de estudos
lá-las às demais práticas de linguagem (escrita, oralidade e Além disso, tais atividades também propiciam a amplia-
análise linguística e semiótica). Em linhas gerais, trata-se de protocolo para
ção das competências socioemocionais, tendo em vista a
avaliação formativa
possibilitar o contato com as manifestações artístico-cultu- potência da arte, em especial da literatura, como instrumento
rais, em especial com a arte literária, e de oferecer as condi- que permite o contato com diversificados valores, comporta- análise das habilidades
descritores
ções necessárias para que se possa reconhecer, valorizar e mentos e contextos, o que contribui para a compreensão de
fruir um texto literário. si mesmo e do outro e ao desenvolvimento de uma atitude sugestões de práticas
de respeito e valorização ao que é diferente.
Para tanto, serão disponibilizadas sugestões de ativida-
des que contemplem, de maneira significativa, a formação do Bom trabalho!
fortalecimento da aprendizagem 68
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Quadro geral de habilidades previstas e expectativas de aprendizagem
caixa de ferramenta
do professor
Habilidades Expectativas de aprendizagem
abertura das sequências
 EM13LP51  • Relatar experiências de leitura de textos de diferentes gêneros literários e temporalidades da literatura sequência 1
Analisar obras significativas da literatura brasileira e da literatura de outros países brasileira. orientações de estudo
e povos, em especial a portuguesa, a indígena, a africana e a latino-americana, • Analisar efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos.
com base em ferramentas da crítica literária (estrutura da composição, estilo, • D6 – Identificar o tema de um texto. sequência 2
aspectos discursivos), considerando o contexto de produção (visões de mundo, • D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos sobre o mesmo orientações de estudo

diálogos com outros textos, inserções em movimentos estéticos e culturais, etc.) e tema, em função das condições em que foi produzido e daquelas em que será recebido.
o modo como elas dialogam com o presente. • D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou tema.
sequência 3
orientações de estudo
• D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
• D1 – Localizar informações explícitas em um texto.
• D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão
• D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa anexos do professor

• D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que avaliação inicial
 EM13LP49 
Analisar relações intertextuais e interdiscursivas entre obras de diferentes contribuem para a continuidade de um texto propostas de intervenção
autores e gêneros literários de um mesmo momento histórico e de momentos • D1 – Localizar informações explícitas em um texto. na forma de orientação
de estudos
históricos diversos, explorando os modos como a literatura e as artes em geral se • D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão
constituem, dialogam e se retroalimentam. • D6 – Identificar o tema de um texto. protocolo para
avaliação formativa
• Estabelecer relações intertextuais e interdiscursivas entre obras de diferentes autores e gêneros literários e
um mesmo momento histórico e de momentos históricos diversos. análise das habilidades
• D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do descritores
mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.
sugestões de práticas
• D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo
tema.

continua
fortalecimento da aprendizagem 69
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
 EM13LP20  • Utilizar ferramentas de curadoria para selecionar canções, considerando o tema escolhido previamente.
Produzir de forma colaborativa e socializar playlists comentadas de preferências • Produzir, de forma colaborativa, e socializar playlists comentadas, considerando a curadoria de canções.
caixa de ferramenta
culturais e de entretenimento, revistas culturais, fanzines, e-zines ou publicações • D6 – Identificar o tema de um texto.
do professor
afins que divulguem, comentem e avaliem músicas, games, séries, filmes,
quadrinhos, livros, peças, exposições, espetáculos de dança etc., de forma a abertura das sequências

compartilhar gostos, identificar afinidades, fomentar comunidades, etc. sequência 1


orientações de estudo
 EM13LP46  • Analisar efeitos de sentido de procedimentos e recursos poéticos na significação de textos literários.
Participar de eventos (saraus, competições orais, audições, mostras, festivais, • Relatar experiências de leitura de textos literários, de diferentes gêneros e de diferentes temporalidades, em sequência 2
feiras culturais e literárias, rodas e clubes de leitura, cooperativas culturais, jograis, práticas de trocas com outros leitores.
orientações de estudo
repentes, slams, etc.), inclusive para socializar obras da própria autoria (poemas, • Discutir diferentes possibilidades de leitura de um texto.
contos e suas variedades, roteiros e microrroteiros, videominutos, playlists • D6 – Identificar o tema de um texto. sequência 3
comentadas de música, etc.) e/ou interpretar obras de outros, inserindo-se nas • D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do orientações de estudo
diferentes práticas culturais de seu tempo. mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.

 EM13LP48  • D1 – Localizar informações explícitas em um texto.


Perceber as peculiaridades estruturais e estilísticas de diferentes gêneros • D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. anexos do professor

literários (a apreensão pessoal do cotidiano nas crônicas, a manifestação livre e • D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que avaliação inicial
subjetiva do eu lírico diante do mundo nos poemas, a múltipla perspectiva da vida contribuem para a continuidade de um texto.
propostas de intervenção
humana e social dos romances, a dimensão política e social de textos da literatura • D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
na forma de orientação
marginal e da periferia etc.), para experimentar os diferentes ângulos de apreensão • Relatar experiências de leitura de textos de diferentes gêneros literários, temporalidades e culturas. de estudos
do indivíduo e do mundo pela literatura. • Identificar assimilações, rupturas e permanências no processo de constituição da literatura brasileira e ao
protocolo para
longo de sua trajetória.
avaliação formativa
• D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do
mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido. análise das habilidades
descritores
• D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão.
sugestões de práticas
 EM13LP53  • Avaliar diferentes objetos do campo artístico-literário (livros, filmes, discos, canções, espetáculos de teatro e
Produzir apresentações e comentários apreciativos e críticos sobre livros, filmes, dança, exposições, etc.).
discos, canções, espetáculos de teatro e dança, exposições etc. (resenhas, vlogs e • Produzir textos de apreciação, em diferentes gêneros, linguagens e mídias.
podcasts literários e artísticos, playlists comentadas, fanzines, e-zines, etc.).
fortalecimento da aprendizagem 70
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Atividade 1: tema, em função das condições em que ele foi produzido “Barbie quebrada”, de Cristiane Sobral: https://gdd.jur.puc-
Arte: uma maneira de ler o mundo e daquelas em que será recebido. rio.br/poesia-para-des-e-re-construtir-6-poemas-de-cris caixa de ferramenta
tiane-sobral/ do professor
Habilidades: (EM13LP51), (EM13LP49), (EM13LP20), zz D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais
(EM13LP46), (EM13LP48) e (EM13LP53) opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema. Competências socioemocionais: comunicação, colabora- abertura das sequências

Expectativas de aprendizagem zz D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da esco- ção, abertura para o novo, percepção e iniciativa social sequência 1
Relatar experiências de leitura de textos de diferentes gê- lha de uma determinada palavra ou expressão. orientações de estudo
zz O objetivo principal desta atividade é promover o contato
neros literários e temporalidades da literatura brasileira. do estudante com textos literários em versos (poemas e le-
Tempo previsto: 8 (oito) aulas sequência 2
zz Analisar efeitos de sentidos provocados pelos usos de re- tras de música), a fim de mobilizá-los a desenvolver procedi- orientações de estudo
Possíveis materiais: papel kraft, canetinhas, cópias das ques-
cursos linguísticos e multissemióticos. mentos e estratégias de leitura para reconhecer relações in-
tões propostas no tópico #Borasepreparar?!, dos quadros-
tertextuais e temáticas entre obras de diferentes autores, de sequência 3
zz Estabelecer relações intertextuais e interdiscursivas entre -sínteses, das letras de músicas e dos poemas, disponíveis
momentos históricos diversos, explorando a maneira como orientações de estudo
obras de diferentes autores e gêneros literários e um mes- nos links abaixo:
se constituem, dialogam e se retroalimentam.
mo momento histórico e de momentos históricos diversos.
Canções:
zz Utilizar ferramentas de curadoria para selecionar canções, Nesse sentido, ao tratar do tema da representação da
Aí, que saudade de Amélia: https://www.letras.mus.br/mario anexos do professor
considerando o tema escolhido previamente. mulher em diferentes épocas, a atividade está intimamente
-lago/377002/ , avaliação inicial
ligada à competência específica 2: Compreender os proces-
zz Produzir, de forma colaborativa, e socializar playlists co-
“Desconstuindo Amélia” : https://www.letras.mus.br/pitty/15 sos identitários, conflitos e relações de poder que permeiam propostas de intervenção
mentadas, considerando a curadoria de canções. na forma de orientação
24312/ as práticas sociais de linguagem, respeitar as diversidades,
de estudos
zz D1 – Localizar informações explícitas em um texto. a pluralidade de ideias e posições e atuar socialmente com
“Não precisa ser Amélia”: https://www.letras.mus.br/bia-ferreira protocolo para
zz D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. /nao-precisa-ser-amelia base em princípios e valores assentados na democracia, na avaliação formativa
igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando a empatia, o
zz D2 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. análise das habilidades
Poemas: diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, e combaten- descritores
zz D6 – Identificar o tema de um texto. do preconceitos de qualquer natureza. BNCC (2018).
“Teresa” de Manuel Bandeira: https://www.escritas.org/pt/t/
sugestões de práticas
zz D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. 4840/teresa Para tanto, são sugeridas propostas, tais como roda de
zz D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma infor- “Com licença poética”, de Adélia Prado: https://contobrasilei letra de música, roda de poema e elaboração de uma playlist
mação na comparação de textos que tratam do mesmo ro.com.br/com-licenca-poetica-adelia-prado/ comentada.
fortalecimento da aprendizagem 71
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
precisa de artistas? Então fecha os olhos, mora no breu? (Aqui, os estudantes podem citar: os jogos eletrônicos,
Momento 1
o hip hop, o grafite, o funk. etc. O fundamental é acolher
(Sensibilização - 1 aula) (D2 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão). Além caixa de ferramenta
os comentários dos estudantes, de modo a promover a do professor
zz Nesta etapa de sensibilização, o principal foco é propi- dessas perguntas, considere a possibilidade de lançar ou-
percepção do protagonismo e mobilização juvenil).
ciar que o estudante possa refletir sobre os diferentes tras questões no nível da localização e identificação, con- abertura das sequências
objetos e manifestações culturais que compõem o cam- forme o desdobramento da discussão. Como estratégia para sintetizar as informações e discus-
zz
sequência 1
po artístico-literário, a partir da leitura do texto “Vida em sões propostas nesta etapa, a sugestão é montar um dia-
zz Finalizada essa parte, faça outras perguntas para ampliar a orientações de estudo
branco”, de Zélia Duncan. Ressalta-se que é fundamental grama-síntese em colaboração com os estudantes. Nes-
leitura do texto. Por exemplo: a) Por que a vida sem a arte
estimulá-los a expor as suas experiências pessoais e vi- seria uma “vida em branco”, segundo a autora do texto?; b)
se caso, uma possibilidade é fixar um pedaço de papel sequência 2
são de mundo, posicionando-se enquanto consumidor kraft no quadro da sala de aula para produzir esse mate- orientações de estudo
Você concorda com esse pensamento da autora?; c) Le-
e/ou produtor de arte. rial. Verifique abaixo um modelo:
vante inferências: Quais tipos de arte a autora citou no tex- sequência 3
zz Para iniciar, proponha que os estudantes leiam ou assis- to? Você se lembra de algum momento em que a arte foi Cinema orientações de estudo
tam o vídeo no qual Zélia Duncan declama o seu texto importante na sua vida? Pode compartilhar com a turma?
Literatura Música
“Vida em branco”. Contudo, antes de disponibilizar o tex- zz Na sequência, proponha outras provocações, a fim de le-
to, procure contextualizar o poema. Para tanto, traga in- vá-los a refletir sobre o papel da juventude enquanto con- anexos do professor
formações, tais como quando foi produzido, o que estava sumidora/produtora de diferentes manifestações artísti- Teatro Arte Pintura
avaliação inicial
acontecendo no período da produção, quem Zélia Duncan co-culturais. Nesse caso, questione-os:
propostas de intervenção
representa, qual grupo a voz dela representa? Nesse sen- Dança
Escultura na forma de orientação
tido, explique que a autora escreveu o texto com o propó- a. Considerando as manifestações artístico-culturais ci-
de estudos
tadas no texto, quais delas você mais gosta? Quais Fotografia
sito de rebater críticas e ataques feitos aos artistas, grupo
protocolo para
no qual ela faz parte. fazem parte do seu cotidiano?
avaliação formativa
zz Finalizada a elaboração do diagrama, peça aos estudan-
b. Você acha que, atualmente, o jovem é mais produtor
zz Em seguida, coletivamente, promova dois momentos de tes para assinarem que assinem os seus nomes na cai- análise das habilidades
ou consumidor de produções artístico-culturais? descritores
discussão do texto. Na primeira etapa, proponha pergun- xa de texto correspondente ao tipo de arte que eles mais
tas do tipo: a) Qual é o tema do texto? ( D6 Identificar o c. Quais manifestações artístico-culturais são mobiliza- apreciam. Essa é uma maneira de possibilitar que os estu- sugestões de práticas
tema de um texto); b) Por que a autora escreveu esse tex- das/apreciadas por jovens? dantes imprimam a sua identidade ao material desenvolvi-
to? (D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gê- d. Você já participou de clube de leituras, saraus, slams, do, estabelecendo, assim, conexões e proximidade com a
neros); c) Qual é o sentido da palavra “breu” em: Você não oficinas de grafite, etc.? sequência de atividade.
fortalecimento da aprendizagem 72
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Aproveite para comentar, em linhas gerais, os objetivos Como sugestão, indica-se “Ai! Que saudade da Amélia”, zz Na sequência, entregue um quadro-síntese para que o es-
dessa sequência, ressaltando que o foco principal é tra- de Mário Lago e Ataulfo Alves e “Desconstruindo Amé- tudante possa registrar as suas reflexões sobre a represen- caixa de ferramenta
balhar com a literatura e a música (em destaque no dia- lia”, de Pitty. tação da mulher nos dois textos. Veja a seguir um modelo: do professor
grama). Além disso, em parceria com a turma, retome as
zz Para iniciar a roda de letra de música, lance alguns ques- abertura das sequências
estratégias utilizadas para analisar o poema. Por exemplo: Representação da mulher – Anotações
tionamentos, tais como:
“Ai! Que saudade da Amélia” “Desconstruindo Amélia”
sequência 1
a identificação da temática, da finalidade do texto, do con-
orientações de estudo
texto de produção, a inferência do sentido de palavras, etc. a. Você já parou para pensar no modo como a mulher é
retratada nas músicas que você costuma ouvir? sequência 2
zz Após a escuta da canção, promova a discussão do texto.
Momento 2: b. De que modo a mulher é representada nessas músicas?
Para isso, questione-os:
orientações de estudo
(Desenvolvimento - 5 aulas) - A representação da
c. Como você acha que a mulher era vista antigamente? 3
mulher: diálogos entre diferentes épocas a. De que modo a mulher é retratada na canção?
sequência
d. Você acha que as mulheres conseguiram alguns di- orientações de estudo
(Espera-se que o estudante reconheça que a
Parte 1: Músicas para ler o mundo reitos? Quais? figura feminina é retratada como submissa ao seu
zz Professor/a, nesta etapa da sequência, o principal ob- zz Nessa etapa, o importante é possibilitar que o estudante companheiro, sem vaidade e cuidado consigo mesma).
jetivo é mobilizar o estudante a reconhecer a presença anexos do professor
exponha as suas opiniões e percepções sobre o tema, de
de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes b. No trecho “Amélia não tinha a menor vaidade / Amélia
modo a prepará-los para a análise das letras de músicas. avaliação inicial
visões de mundo, em textos literários, percebendo nas é que era mulher de verdade”. Por que Amélia seria a
zz Finalizada essa discussão prévia, coloque, primeiramente, propostas de intervenção
canções analisadas formas de estabelecer múltiplos mulher de verdade na visão desse homem?
na forma de orientação
olhares sobre as identidades, o contexto social e histó- a música “Ai! Que saudade da Amélia”. Entregue cópias (Aqui, é importante que o estudante perceba que, na de estudos
rico de sua produção. Para tanto, sugerimos trabalhar da letra impressa para que possam acompanhar o texto. visão do homem, Amélia é que era mulher de verdade,
protocolo para
porque ela estava sempre submissa e disponível para
com a comparação entre textos com base no recorte zz Após a escuta da canção, solicite que grifem pistas/in- avaliação formativa
cumprir as vontades e os caprichos dele).
temático: A representação da mulher: diálogos entre formações que denunciem como a mulher era retratada. análise das habilidades
diferentes épocas. Observe que procedimentos como sublinhar/grifar são zz Observe que a finalidade dessas perguntas orientadoras é descritores

zz Recomenda-se para essa primeira parte do desenvolvi- estratégias que contribuem para uma análise mais atenta promover uma análise dialogada, a fim de levar o estudan-
sugestões de práticas
mento, promover uma roda de letra de música para que do texto, uma vez que essa orientação de estudo ajuda te a construir e reconstruir sentidos para o texto. O que
os estudantes possam ouvir/analisar duas canções escri- os estudantes a se apropriarem de ações que auxiliam a está em jogo, nesse caso, é a movimentação de ideias
tas em diferentes épocas, mas com temática semelhante. identificar as informações relevantes das periféricas. para formar novos leitores, demonstrando que, além des-
fortalecimento da aprendizagem 73
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
sas expectativas de respostas indicadas em cada uma e. Quais diferenças entre as “Amélias” de cada um dos g. Na letra de “Não precisa ser Amélia para ser de verda-
das questões, os jovens podem estabelecer outras cone- textos? de”, o eu lírico insinua que canta para grupos específi- caixa de ferramenta
xões a partir do seu repertório. Aqui, o estudante deve perceber que em cos de mulheres. Quais? do professor
“Desconstruindo Amélia”, a mulher passou por
zz O fundamental nessa discussão é levar o estudante a re- zz Para finalizar, divida a turma em três grupos e proponha que abertura das sequências
mudanças de comportamento, tornando-se livre
conhecer que, por se tratar de uma letra de música escri- e “dona” de si mesma. Já em “Ai! Que saudade da produzam uma playlist comentada. Nesse caso, proponha sequência 1
ta em 1942, retrata o contexto histórico-cultural e a visão Amélia”, isso não ocorre. aos estudantes que escolham três músicas: duas delas po- orientações de estudo
dessa época. dem ser do próprio universo do jovem a fim de mobilizá-los
zz Chame a atenção da turma para a ideia de que os textos lite-
a analisar o modo como a figura feminina é retratada e a sequência 2
zz Depois, coloque a canção “Desconstruindo Amélia”, de rários refletem a visão de uma determinada época, ou seja,
outra deve ser uma das canções analisadas na sequência. orientações de estudo
Pitty (2017), para que todos possam ouvi-la.
permite-nos entrar em contato com as vivências e concep-
zz Em seguida, considerando a reflexão anterior, promova ções de outras pessoas, o que nos dá uma visão amplia-
zz Como estratégia para orientar esse trabalho, projete ou sequência 3
entregue um roteiro para direcionar o trabalho dos grupos. orientações de estudo
uma análise comparativa entre as canções. Para tanto, da e simbólica da nossa própria história e, assim, podemos
siga a mesma ideia de discussão coletiva por meio de per- compreender melhor o passado, o presente e o futuro.
Orientações
guntas-chave, tais como:
zz Para ampliar ainda mais o debate, coloque a música “Não 1ª. etapa: registro
anexos do professor
c. Por que o título da canção é “Desconstruindo Amélia”? precisa ser Amélia para ser de verdade”, de Bia Ferreira, zz Registre as principais informações da música. Por
Aqui, a expectativa é que o estudante note que avaliação inicial
lançada em em 2018 e entregue cópias da letra. exemplo:
“desconstruir” significa desfazer, ou seja, o desejo do propostas de intervenção
zz Peça aos estudantes que sublinhem os versos que mais a. Quem é o compositor?
eu lírico é dar outra perspectiva à Amélia, diferente da na forma de orientação
canção “Ai! Que saudade da Amélia”. despertaram sua atenção. b. Quem é o intérprete? de estudos

zz Em seguida, peça-lhes que compartilhem os versos subli- c. Em qual ano a música foi lançada? protocolo para
d. De que modo a mulher é retratada no texto “Descons- avaliação formativa
nhados. Aproveite esse momento para, oralmente, fazer d. Qual é a principal mensagem retratada na canção?
truindo Amélia”?
alguns questionamentos. Por exemplo: e. Quais as impressões/opiniões do grupo sobre análise das habilidades
Neste item, espera-se que o estudante perceba
descritores
que há duas situações: na primeira parte da letra, a f. A letra da música “Não precisa ser Amélia para ser música?
mulher não cuidava de si mesma, pois se ocupava 2ª. etapa: produção de um comentário sugestões de práticas
de verdade”, parte da canção “Ai! Que saudade da
de cuidar dos afazeres domésticos e dos outros. No zz Um dos integrantes do grupo deverá gravar um breve
Amélia” para contestar a concepção da mulher atri-
entanto, a partir dos versos: “E eis que de repente ela
comentário sobre a canção analisada, considerando
resolve então mudar/Vira a mesa/Assume o jogo”, há buída pelo eu lírico masculino ? De que modo isso
as questões propostas na etapa anterior.
uma mudança em seu comportamento. ocorre?
fortalecimento da aprendizagem 74
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Caso seja possível, em parceria com estudantes, propo- Sugestões de poemas
nha a organização da playlist no mural digital padlet a fim caixa de ferramenta
Grupo 1: À mesma d. Ângela de Gregório de Matos Grupo 2: “Marieta” de Castro Alves
de inserir links com vídeos das canções e áudios com do professor
1683 1852
os comentários dos estudantes. Essa é uma ferramen-
abertura das sequências
ta mais simples, o que pode favorecer a otimização e o À mesma d. Ângela Marieta
sequência 1
compartilhamento do trabalho. Anjo no nome, Angélica na cara! Como o gênio da noite, que desata orientações de estudo
zz Professor, como forma de valorizar e atribuir uma função Isso é ser flor, e Anjo juntamente: O véu de rendas sobre a espádua nua,
real ao trabalho dos estudantes, proponha o compartilha- Ser Angélica flor, e Anjo florente, Ela solta os cabelos... Bate a lua sequência 2
mento do link em redes sociais da escola e/ou comunida- Em quem, senão em vós, se uniformara: orientações de estudo

de. Além disso, os estudantes podem divulgar a playlist Nas alvas dobras de um lençol de prata...
Quem vira uma tal flor, que a não cortara, sequência 3
em suas redes socais e/ou em aplicativos de mensagens O seio virginal que a mão recata,
De verde pé, da rama fluorescente; orientações de estudo
instantâneas. Embalde o prende a mão... cresce, flutua…
E quem um Anjo vira tão luzente,
Que por seu Deus o não idolatrara? Sonha a moça ao relento... Além na rua
Parte 2 : Roda de leitura de poemas
Preludia um violão na serenata!... anexos do professor
Professor (a), nesta etapa, o objetivo é propor uma roda de Se pois como Anjo sois dos meus altares, ... Furtivos passos morrem no lajedo... avaliação inicial
leitura em parceria com os estudantes, a fim de promover a aná- Fôreis o meu Custódio, e a minha guarda, Resvala a escada do balcão discreta…
lise de um poema com a mesma temática de representação Livrara eu de diabólicos azares. propostas de intervenção
na forma de orientação
das mulheres. Para tanto, sugere-se o seguinte passo a passo Matam lábios os beijos em segredo... de estudos
zz Organize a turma em grupos colaborativos de trabalho; Mas vejo, que por bela, e por galharda, Afoga-me os suspiros, Marieta!
protocolo para
Posto que os Anjos nunca dão pesares, Oh surpresa! Oh palor! Oh pranto! Oh medo! avaliação formativa
zz Explique aos estudantes que deverão montar uma roda de Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda. Ai! noites de Romeu e Julieta!...
leitura para analisar o poema indicado ao grupo, conforme análise das habilidades
quadro-síntese. Veja a seguir, sugestões de poemas. descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 75
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Grupo 3: “ Teresa’, de Manuel Bandeira, publicado no livro
zz Identifique, a partir dos grifos, o assunto do texto. Guia de leitura - Grupo 4:
“Libertinagem” em 1932
“Com licença poética” de Adélia Prado
zz Marque indícios no texto que mostrem quem é o eu lírico caixa de ferramenta
zz Grife as palavras que sugerem o tema do texto. do professor
e de que lugar ele fala.
Grupo 4: “Com licença poética”, de Adélia Prado, publicado no zz Identifique, a partir dos grifos, o assunto do texto.
abertura das sequências
livro “Bagagem” em 1976
zz Sublinhe os versos nos quais o eu lírico caracteriza fisica-
Marque indícios no texto que mostrem quem é o eu lírico
mente a mulher retratada no soneto.
zz
sequência 1
Professor (a), no caso deste poema, sugere-se solicitar que e de que lugar ele fala.
orientações de estudo
o grupo leia “O poema de sete faces”, de Carlos Drummond,
zz Sublinhe os versos nos quais o eu lírico caracteriza fisica-
para que possam perceber a relação intertextual Guia de leitura - Grupo 2: sequência 2
mente a mulher retratada no poema
estabelecida entre os textos. “Marieta” de Castro Alves
orientações de estudo
zz Grife as palavras que sugerem o tema do texto.
Guia de leitura - Grupo 5:
Grupo 5: Poema “Barbie Quebrada”, de Cristiane Sobral,
zz Identifique, a partir dos grifos, o assunto do texto. Poema “Barbie Quebrada” de Cristiane Sobral sequência 3
publicado na coletânea Cadernos Negros, v. 37. Quilombhoje. orientações de estudo
zz Grife as palavras que sugerem o tema do texto.
(2016) zz Marque indícios no texto que mostrem quem é o eu lírico
e de que lugar ele fala. zz Identifique, a partir dos grifos, o assunto do texto.
zz Professor/a, caso queira, utilize outros poemas. O impor- zz Marque indícios no texto que mostrem quem é o eu lírico
zz Sublinhe os versos nos quais o eu lírico utiliza a lingua- anexos do professor
tante, nesse caso, é atender ao tema desta atividade e, e de que lugar ele fala.
gem figurada para retratar uma relação sexual entre um
também, ao critério de ser escrito em épocas diferentes, zz Sublinhe os versos nos quais o eu lírico caracteriza fisica- avaliação inicial
homem e uma mulher.
uma vez que o foco é propiciar a comparação entre textos mente a mulher retratada no poema propostas de intervenção
e o reconhecimento de diferentes contextos de produção na forma de orientação
zz Marque os indícios do texto nos quais podemos observar
e visões de mundo. Guia de leitura - Grupo 3: de estudos
“Teresa, de Manuel Bandeira o empoderamento feminino.
protocolo para
zz Verifique abaixo um modelo de guia de leitura, para que Grife as palavras que sugerem o tema do texto.
zz avaliação formativa
os grupos utilizem-no como ferramenta de sistematiza-
zz Além desse guia de leitura, recomenda-se estabelecer, cole-
zz Identifique, a partir dos grifos, o assunto do texto. análise das habilidades
ção do estudo dos poemas.
tivamente, critérios para a roda de leitura. Decidir os critérios descritores
zz Marqueindícios no texto que mostrem quem é o eu lírico
de forma coletiva e colaborativa favorece a participação do
e de que lugar ele fala. sugestões de práticas
Guia de leitura - Grupo 1: estudante e propicia o senso de responsabilidade e compro-
À mesma d. Ângela de Gregório de Mattos zz Sublinhe os versos nos quais o eu lírico caracteriza fisica- misso diante do trabalho a ser realizado. Contudo, é impor-
zz Grife as palavras que sugerem o tema do texto. mente a mulher retratada no poema tante que você proponha alguns critérios prévios, tais como:
fortalecimento da aprendizagem 76
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
determinação de tempo de apresentação de cada grupo;
�  “Marieta” de Castro Alves
� Organizar o ambiente em que realizará a leitura, adequando
leitura
�  do texto em voz alta; o espaço com o uso de almofadas e tapetes ou colocando Nesse poema, o eu lírico retrata a proximidade física entre caixa de ferramenta
as carteiras em círculo para se tornar acolhedor e ele e a mulher, a sensualidade e o erotismo.Diferentemente do professor
�  utilização do roteiro como norteador da discussão; do outro poema, há um rompimento com a lógica pueril.
agradável à leitura, de modo que todos se vejam.
Percebe-se que o eu lírico se refere à Marieta como uma abertura das sequências
realização
�  de pesquisas para saber mais sobre o au-
tor, a obra e contexto de produção. � Apresentar o objetivo das leituras selecionadas, a mulher fogosa e desejosa, porém, proibida, suplicando sequência 1
fim de despertar o interesse sobre o que será lido. por noites de amor intenso, sensual, completamente orientações de estudo
zz Chame a atenção dos estudantes sobre o que se espera Aproveite para destacar que um dos propósitos é descontrolado de seus sentidos, misturando surpresa,
de uma roda de leitura, destacando a intencionalidade comparar os textos, a fim de reconhecer de que pranto e medo. sequência 2
dessa estratégia, uma vez que irão atuar como apresen- maneira a figura feminina é retratada. orientações de estudo

tadores dos textos. Comente, então, que se trata de uma “Teresa’ de Manuel Bandeira
Fazer a mediação da leitura, abrindo espaço para uma
forma de leitura e análise compartilhada, ou seja, eles

A figura feminina, nesse poema, não é retratada com sequência 3
boa conversa sobre o texto lido, que vá para além do
idealizações. Inclusive o eu lírico cita as imperfeições orientações de estudo
deverão ler o poema e construir, em colaboração com os óbvio, do “literal” do texto, que estimule os estudantes
físicas observadas nos primeiros encontros.
colegas, a discussão do texto. a falarem o que sentiram, o que pensaram e que chame
a atenção para pontos fortes do texto, relendo trechos,
zz Incentive os grupos a prepararem alguns recursos de “Com licença poética” de Adélia Prado
fazendo perguntas, etc. anexos do professor
apoio à roda de leitura, tais como: cartazes com esque- No poema, o eu lírico é feminino, o que de antemão já
constitui um olhar direcionado ao universo feminino. Além avaliação inicial
mas, banco de perguntas sobre os textos analisados, en- zz Finalizada as apresentações dos grupos, proponha uma
disso, a figura feminina é apresentada como alguém que propostas de intervenção
tre outras possibilidades. discussão com a finalidade de retomar a comparação en-
tem uma missão, um papel a cumprir, ainda que o eu na forma de orientação
zz Observe no quadro “Para se aprofundar”, algumas dicas tre os textos. Aqui, você pode lançar uma pergunta proble- lírico expressa a fragilidade da mulher, na condição dos de estudos
para a preparação dessa roda de leitura. matizadora: O que vocês notaram de diferente no que se “subterfúgios” que lhe cabem.
protocolo para
refere à representação da mulher nos poemas lidos? avaliação formativa
Poema “Barbie Quebrada” de Cristiane Sobral
  para se aprofundar
zz Observe, no quadro abaixo, os principais aspectos que os
No poema de autoria feminina, é evidente o
análise das habilidades
estudantes deverão reconhecer. descritores
empoderamento feminino, uma vez que a mulher não
Roda de leitura pressupõe intencionalidade de
À mesma d. Ângela de Gregório de Mattos aceita a submissão, a desvalorização e a imposição. sugestões de práticas
aprendizagem, encantamento pelas palavras, pelos textos
Esse poema lírico amoroso representa a mulher de Cansada de viver situações de desprezo e objetificação,
lidos e, acima de tudo, o prazer em ler. Observe abaixo
maneira idealizada e como símbolo de pureza, delicadeza, muda a sua condição e rompe um modelo imposto pelo
algumas dicas.
sendo exaltada pelo eu poético. seu companheiro.
fortalecimento da aprendizagem 77
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Para finalizar essa etapa de discussão, destaque o caráter Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
Vale verificar se, no Protocolo de Avaliação Formativa, há
da literatura como eco das vozes do seu tempo, da his- por isso se declara e declama um poema:
alguma estratégia estruturada para acompanhamento da caixa de ferramenta
tória de um grupo social, de seus valores, preconceitos, aprendizagem dos estudantes. Para guardá-lo: do professor
etc. Ressalta-se, desse modo, que a literatura se configura Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
abertura das sequências
como um aporte para a legitimação de posturas e alteri- Guarde o que quer que guarda um poema:

dades, estabelecendo relações entre indivíduos, de modo


  # borasepreparar ?! Por isso o lance do poema: sequência 1
Por guardar-se o que se quer guardar. orientações de estudo
que sejam valorizadas as diferenças.
Os exercícios trazem propostas e atividades para o de- Antonio Cicero. In: MORICONI, I. (org.). Os cem melhores
zz Se houver tempo, proponha que os estudantes reflitam poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. sequência 2
senvolvimento de habilidades específicas de leitura de textos
sobre suas próprias opiniões e percepções em relação ao orientações de estudo
literários. Por isso, peça que os estudantes utilizem as estra- A memória é um importante recurso do patrimônio cul-
papel da mulher na sociedade e tentem identificar ou se
tégias de leitura desenvolvidas ao longo da sequência de ati- tural de uma nação. Ela está presente nas lembranças sequência 3
lembrar de questões ou situações em que mudaram de
vidade, como por exemplo, sublinhar palavras e ideias-chave, do passado e no acervo cultural de um povo. Ao tratar orientações de estudo
opinião a partir de algo que viram, leram ou de alguém
identificar o tema, a finalidade do texto, etc. para que, desse o fazer poético como uma das maneiras de se guardar
com quem conversaram. modo, possam fazer uma leitura mais qualificada do texto. o que se quer, o texto
Questão 1 a. ressalta a importância dos estudos históricos para a anexos do professor
  atenção para avaliação do grupo
(Enem, 2011) construção da memória social de um povo. avaliação inicial
Como fechamento dessa atividade, proponha que os
Guardar b. valoriza as lembranças individuais em detrimento das propostas de intervenção
grupos avaliem a sua participação na roda de leitura. Essa
narrativas populares ou coletivas. na forma de orientação
estratégia permite que o estudante reflita sobre o seu Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la. de estudos
desenvolvimento individual e o desempenho do grupo, Em cofre não se guarda coisa alguma. c. reforça a capacidade da literatura em promover a sub-
de um modo geral, a fim de reconhecer pontos fortes e protocolo para
Em cofre perde-se a coisa à vista. jetividade e os valores humanos.
avaliação formativa
aspectos a melhorar. Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por d. destaca a importância de reservar o texto literário
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado. análise das habilidades
Sugere-se, aqui, retomar os critérios definidos na etapa de àqueles que possuem maior repertório cultural. descritores
preparação da roda de leitura e suas observações durante Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por ela,
e. revela a superioridade da escrita poética como forma
o trabalho dos grupos a fim de apresentar a todos sua isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela, sugestões de práticas
ideal de preservação da memória cultural.
avaliação em relação às aprendizagens esperadas e o que isto é, estar por ela ou ser por ela.
faltou e precisa ser melhorado, para que possam continuar Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro Comentário: neste item, espera-se que o estudante, a partir
aprendendo. Do que um pássaro sem vôos. da leitura do poema, reflita sobre o fazer poético e reconheça
fortalecimento da aprendizagem 78
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
a superioridade da escrita poética como patrimônio cultural a. imprimir ritmo e visibilidade à expressão poética. Texto II
de uma nação. De acordo com a matriz Saeb:
b. redefinir o espaço de circulação da poesia urbana. Transforma-se o amador na cousa amada caixa de ferramenta
D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. do professor
Gabarito: c c. estimular produções autorais de usuários de Libras. Transforma-se o amador na causa amada,
abertura das sequências
d. traduzir expressões verbais para a língua de sinais. por virtude do muito imaginar;
Questão 2
sequência 1
e. proporcionar performances estéticas de pessoas
(Enem, 2020) não tenho, logo, mais que desejar, orientações de estudo
surdas.
Slam do Corpo é um encontro pensado para surdos e ou- pois em mim tenho a parte desejada.
vintes, existente desde 2014, em São Paulo. Uma iniciativa Comentário: neste item, espera-se que o estudante reconheça sequência 2
Camões. Sonetos. Disponível em: http://www.jornalde
pioneira do grupo Corposinalizante, criado em 2008. (An- uma informação explícita em um texto. De acordo com a poesia.jor.br . Acesso em 03 set. 2010 (fragmento). orientações de estudo

tes de seguirmos, vale a explicação: o termo slam vem do matriz Saeb:


inglês e significa — numa nova acepção para o verbo ge- D1 – Localizar informações explícitas em um texto. Nesses fragmentos de poemas de Hilda Hilst e de Ca- sequência 3
ralmente utilizado para dizer “bater com força” — a “poesia Gabarito: a orientações de estudo
mões, a temática comum é
falada nos ritmos das palavras e da cidade”). Nos saraus,
a. o “outro” transformado no próprio eu lírico, realizando-
o primeiro objetivo foi o de botar os poemas em Libras na Questão 3
-se por meio de uma espécie de fusão de dois seres
roda, colocar os surdos para circular e entender esse en- anexos do professor
(Enem, 2010) em um só.
contro entre a poesia e a língua de sinais, compreender o
avaliação inicial
encontro dessas duas línguas. Poemas de autoria própria, Texto I b. a fusão do “outro” com o eu lírico, havendo, nos versos
três minutos, um microfone. Sem figurino, nem adereços, de Hilda Hilst, a afirmação do eu lírico de que odeia a propostas de intervenção
XLI
na forma de orientação
nem acompanhamento musical. O que vale é modular a si mesmo.
Ouvia: de estudos
voz e o corpo, um trabalho artesanal de tornar a palavra
Que não podia odiar c. o “outro” que se confunde com o eu lírico, verificando- protocolo para
“visível”, numa arena cujo objetivo maior é o de emocionar
E nem temer -se, porém, nos versos de Camões, certa resistência avaliação formativa
a plateia, tirar o público da passividade, seja pelo humor,
horror, caos, doçura e outras tantas sensações. Porque tu eras eu. do ser amado. análise das habilidades
d. a dissociação entre o “outro” e o eu lírico porque o descritores
NOVELLI. O. Poesia incorporada. Revista Continente, E como seria
n. 189. set. 2016 (adaptado).
Odiar a mim mesma ódio ou o amor se produzem no imaginário, sem a sugestões de práticas
Na prática artística mencionada no texto, o corpo assu- realização concreta.
E a mim mesma temer.
me papel de destaque ao articular diferentes linguagens e. o “outro” que se associa ao eu lírico, sendo tratados
HILST, H. Cantares. São Paulo:
com o intuito de Globo, 2004 (fragmento). nos Textos I e lI, respectivamente, o ódio e o amor.
fortalecimento da aprendizagem 79
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Comentário: neste item, o estudante deve ser capaz de À medida que vem ganhando espaço na mídia, o funk fazem parte da vida de quase todos os humanos do pla-
estabelecer relações temáticas entre os dois textos. Como carioca vem abandonando seu caráter local, associado neta. Chamados por muitos de “ouro do século 21”, “ele-
caixa de ferramenta
indicado no descritor da matriz Saeb: mentos do futuro” ou “vitaminas da indústria”, eles estão do professor
às favelas e à criminalidade da cidade do Rio de Janeiro,
D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma nos materiais usados na fabricação de lâmpadas, telas de
tornando-se uma espécie de símbolo da marginalização
informação na comparação de textos sobre o mesmo tema, abertura das sequências
computadores, tablets e celulares, motores de carros elé-
das manifestações culturais das periferias em todo o
em função das condições em que foi produzido e daquelas
tricos, baterias e até turbinas eólicas. Apesar de tantas sequência 1
em que será recebido. Brasil. O verso que explicita essa marginalização é:
aplicações, o Brasil, dono da segunda maior reserva do orientações de estudo
a. “O nosso som não tem idade, não tem raça”.
Gabarito: a mundo desses metais, parou de extraí-los e usá-los em
b. “Mas a sociedade pra gente não dá valor”. 2002. Agora, volta a pensar em retomar sua exploração. sequência 2
Questão 4: orientações de estudo
c. “Se existia o lado ruim, hoje não existe mais”. SILVEIRA, E. Disponível em: www.revistaplaneta.com.br .
Acesso em: 6 dez. 2017 (adaptado).
(Enem, 2009) d. “Agora pare e pense, se liga na ‘responsa”’. sequência 3
Som de preto
e. “se ontem foi a tempestade, hoje vira a bonança”. As aspas sinalizam expressões metafóricas emprega- orientações de estudo

O nosso som não tem idade, não tem raça das intencionalmente pelo autor do texto para
Comentário: neste item, o estudante deve ser capaz de
E não tem cor. reconhecer qual dos versos explicita a marginalização sofrida a. imprimir um tom irônico à reportagem.
pelo funk. Como indicado no descritor da matriz Saeb anexos do professor
Mas a sociedade pra gente não dá valor. b. incorporar citações de especialistas à reportagem.
D6 – Identificar o tema de um texto.
Só querem nos criticar, pensam que somos animais. c. atribuir maior valor aos metais, objeto da reportagem. avaliação inicial
Gabarito: b
Se existia o lado ruim, hoje não existe mais, d. esclarecer termos científicos empregados na reporta- propostas de intervenção
na forma de orientação
porque o ‘funkeiro’ de hoje em dia caiu na real. Questão 5 gem.
de estudos
Essa história de ‘porrada’, isso é coisa banal e. marcar a apropriação de termos de outra ciência pela
(Enem, 2020) protocolo para
Agora pare e pense, se liga na ‘responsa’: O ouro do século 21 reportagem. avaliação formativa
se ontem foi a tempestade, hoje virá a bonança. Comentário: neste item, o estudante deve ser capaz de
Cério, gadolínio, lutécio, promécio e érbio; sumário, tér- análise das habilidades
identificar o efeito de sentido das expressões metafóricas
É som de preto bio e disprósio; hólmio, túlio e itérbio. Essa lista de nomes
descritores
destacadas por aspas. Como indicado pelo descritor da
De favelado esquisitos e pouco conhecidos pode parecer a escalação matriz Saeb: sugestões de práticas
Mas quando toca ninguém fica parado de um time de futebol, que ainda teria no banco de reser- D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha
vas lantânio, neodímio, praseodímio, európio, escândio de uma determinada palavra ou expressão.
Música de Mc’s Amicka e Chocolate. In: Dj Malboro.
Bem funk. Rio de Janeiro, 2001 (adaptado). e ítrio. Mas esses 17 metais, chamados de terras raras, Gabarito: a
fortalecimento da aprendizagem 80
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Momento 3: Síntese (2 aulas) Título do poema As orientações apresentadas no Protocolo de Avaliação
Professor/a, nesta etapa, o foco é sintetizar as informa- Formativa podem auxiliar na preparação de uma devolutiva caixa de ferramenta
Autor estruturada com base no posicionamento dos estudantes e do professor
ções discutidas nessa atividade. Para tanto, propõe-se o se-
em seus registros durante as aulas.
guinte passo a passo. abertura das sequências
Data de publicação do poema
Proponha como estratégia de sistematização, a elabora-
sequência 1
Atividade 2:
zz
orientações de estudo
ção de uma linha do tempo para que, em grupos, os es-
Representação da Figura Feminina Juventudes, namoro e outras histórias
tudantes possam registrar informações, tais como título sequência 2
do poema, autor, época que foi escrito e de que modo o Habilidades: (EM13LP51), (EM13LP49), (EM13LP20),
zz Caso a opção seja construir a linha em formato físico, en- orientações de estudo
eu lírico representou a figura feminina. Esse recurso visual (EM13LP46) e (EM13LP48)
tregue cartolinas, canetinhas, lápis de cor, etc. Se o mate-
favorece a formação de noções de anterioridade, poste- rial for produzido em formato digital, indica-se o uso do Expectativas de aprendizagem sequência 3
rioridade e contemporaneidade. capzles. Com essa ferramenta, é possível inserir fotos, orientações de estudo
zz Relatar experiências de leitura de textos de diferentes gê-
No item sobre a representação feminina no poema, suge- imagens, vídeos, etc.
zz neros literários e temporalidades da literatura brasileira.
re-se que o registro seja feito por meio de palavras-chave. zz Por fim, organize as produções dos estudantes em um
zz Analisar efeitos de sentidos provocados pelos usos de re- anexos do professor
Aqui, é possível avaliar a capacidade de o estudante sinte- local da escola que seja acessível à comunidade escolar.
cursos linguísticos e multissemióticos.
tizar informações. Essa é uma maneira de expor as potencialidades dos es- avaliação inicial

tudantes, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da zz Estabelecer relações intertextuais e interdiscursivas entre propostas de intervenção
zz Exemplifique alguns modelos de linha do tempo para o
autoconfiança. obras de diferentes autores e gêneros literários de um mes- na forma de orientação
estudante. Contudo, incentive-os a explorar diferentes re- de estudos
mo momento histórico e de momentos históricos diversos.
cursos multissemióticos, como, por exemplo, fotos, cores,
  atenção para a avaliação !
Explorar recursos multissemióticos para elaborar uma
protocolo para
tipos de traço, caixas de textos, etc. Observe que essa pro- zz
avaliação formativa
posta propicia, também, o desenvolvimento de habilida- Professor/a, sugerimos que retome os objetivos desta ilustração, a partir de um poema.
análise das habilidades
des do campo das práticas e da pesquisa, uma vez que atividade e apresente à turma algumas das expectativas
zz D1 – Localizar informações explícitas em um texto. descritores
de aprendizagem esperadas, aquelas que os estudantes
possibilita ao estudante criar uma ferramenta para siste-
podem compreender e identificar nas produções feitas, nas zz D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. sugestões de práticas
matizar a sua aprendizagem.
conversas sobre os textos e nas questões respondidas.
Observe-os e faça registros que o auxiliem a acompanhar zz D2 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
zz Verifique a seguir um modelo de linha do tempo, que po-
eventuais dificuldades ao longo das próximas aulas.
derá ser mostrado como exemplo: zz D6 – Identificar o tema de um texto.
fortalecimento da aprendizagem 81
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma infor- Mobilização (duas aulas): no que se refere ao meio de comunicação utilizado pelo
mação na comparação de textos sobre o mesmo tema, De um poema nasce uma ilustração eu lírico para se comunicar com a sua namorada. caixa de ferramenta
em função das condições em que foi produzido e daque- zz Professor/a, para iniciar essa etapa de mobilização, ano- do professor
zz Oriente-os a sublinhar todos os versos que indicam o itine-
las em que será recebido. te no quadro o título da atividade “Juventudes, namoro e
rário comunicativo entre os namorados. Espera-se, nesse abertura das sequências
outras histórias” e, em seguida, leia em voz alta o poema
zz D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais caso, que identifiquem os seguintes processos: sequência 1
“A namorada” de Manoel de Barros.
opiniões relativas ao mesmo fato ou tema. orientações de estudo
amarrar
�  o bilhete em uma pedra presa por um cordão;
zz Sugere-se que após a leitura do texto, você faça pergun-
zz D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da esco-
tas com o propósito de mobilizar o estudante a desenvol- pinchar
�  a pedra no quintal da casa da namorada; sequência 2
lha de uma determinada palavra ou expressão.
ver habilidades, tais como: orientações de estudo
enganchar
�  o bilhete nos galhos da goiabeira.
zz D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os ele-
mentos que constroem a narrativa.
D1 – Localizar informações explícitas em um texto. Nes-
zz Organize a turma em pequenos grupos e proponha que sequência 3
se caso, mostre os motivos (físicos e não físicos que orientações de estudo
os estudantes elaborem uma ilustração, a fim de repro-
Tempo previsto: 8 (oito) aulas afastavam a namorada do eu lírico).
duzir o itinerário comunicativo entre os namorados. Ob-
Possíveis materiais: sulfite, lápis de cor, canetinhas, papel D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão: o serve que essa produção favorece o reconhecimento
kraft e cópias dos textos indicados na atividade. que será pinchar? anexos do professor
das principais informações do poema; além de permitir
Competências socioemocionais: comunicação, colabora- D2 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão: O que o estudante faça a transposição da linguagem ver- avaliação inicial
ção, abertura para o novo/criatividade. que seria ‘no tempo do onça’? bal para não-verbal. propostas de intervenção
na forma de orientação
O objetivo central dessa atividade é promover a leitura D6 – Identificar o tema de um texto. zz Distribua folhas de sulfite e /ou cartolinas, lápis de cor, ca-
de estudos
contextualizada de textos narrativos escritos em diferentes netinhas, etc.
D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da es- protocolo para
épocas, de modo a propiciar que o estudante estabeleça re-
colha de uma determinada palavra ou expressão: Obser- zz Organize-as, depois de prontas, em um painel, cuja sessão avaliação formativa
lações temáticas, resgate a historicidade dos textos e reco-
var o título, os substantivos que levam à ideia do texto. poderá ter o seguinte título: “No tempo da onça era assim…”. análise das habilidades
nheça diálogos entre eles. Para tanto, são sugeridas ativida-
descritores
des como, por exemplo, ilustração de um poema (etapa de zz Na sequência, proponha uma dinâmica que tenha por fina- zz Solicite que um representante de cada grupo faça consi-
mobilização), círculo de leitura (etapa de desenvolvimento) e lidade proporcionar ao estudante, de forma lúdica, o aces- derações sobre o processo de criação do trabalho (O que sugestões de práticas
quiz literário (etapa de síntese). so ao cotidiano de uma geração anterior a sua, sobretudo pensamos? Por que fizemos assim? O que cada desenho
fortalecimento da aprendizagem 82
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
representa? De que modo a ilustração estabelece relações Desenvolvimento (quatro aulas): e produtoras de arte em diferentes espaços da
com o poema? ). Círculos de leitura periferia. Para exemplificar, você pode mostrar-lhes
caixa de ferramenta
zz Nesta etapa, o foco é propiciar que os jovens participem vídeos de jovens declamando poemas no “Slam da do professor
zz Observe que essa atividade, além do reconhecimento do Guilhermina”, no sarau da Cooperifa, encabeçada
de círculos de leitura. Espera-se que essa proposta pos-
tema do poema, pressupõe a exploração de recursos mul- pelo poeta Sérgio Vaz. abertura das sequências
sa estimulá-los a participarem e criarem outros círculos
tissemióticos, uma vez que se exige o estabelecimento de sequência 1
e clubes de leitura, na escola e/ou na comunidade com Você sabe o que é círculo de leitura? Já participou
relações entre a linguagem verbal e não-verbal. Além dis- � 
orientações de estudo
livros e obras selecionadas por eles. de algum?
so, é uma oportunidade para que o estudante, por meio
de uma ilustração, imprima o seu olhar sobre um texto zz Para iniciar, promova uma roda de conversa, a fim de le- Aqui, aproveite os comentários dos estudantes
sequência 2
literário. Dessa forma, o estudante é mobilizado a desem- para explicar que se trata da realização orientações de estudo
vantar o repertório prévio do estudante sobre propostas
penhar uma função ativa diante do texto lido, já que es- de incentivos à leitura. Como problematização inicial, leia de reuniões regulares entre leitores, para
conversarem sobre suas experiências de leitura.
sequência 3
tabelecerá um diálogo com o autor, utilizando técnicas um trecho do artigo “Literatura, pão e poesia”, escrito
Os círculos promovem a socialização de leitura e orientações de estudo
interpretativas, valendo-se de pistas presentes no próprio pelo autor Sergio Vaz:
discussão de livros, rodas de conversa sobre obras
texto, articulando-as com sua memória discursiva e seu
A literatura na periferia não tem descanso, a cada de literatura.
repertório cultural (linguístico-discursivo e informacional),
dia chegam mais livros. A cada dia chegam mais es- anexos do professor
para criar um novo texto. E nas redes sociais, você conhece canais e/ou per-
critores e, em consequência disso, mais leitores. Só � 
avaliação inicial
zz Com o propósito de estabelecer um paralelo entre tem- os cegos não querem enxergar este movimento que fis com foco na leitura literária?
pos atuais e antigos, pergunte aos estudantes como ocor- cresce a olho nu, nesse início de século. É importante chamar a atenção dos estudantes para propostas de intervenção
na forma de orientação
re atualmente a comunicação entre os namorados, quais esse assunto, uma vez que, atualmente, o contexto
zz Em seguida, faça perguntas, tais como: de estudos
meios utilizam para se comunicarem entre si. da Web 2.O propicia a circulação de textos, entre eles
o texto literário. Nesse contexto, há influenciadores protocolo para
a. Você conhece e/ou já participou de eventos envolven- avaliação formativa
zz Peça-lhes que escrevam essas informações em outra que fazem resenhas sobre os livros lidos, e autores
do a leitura, como por exemplo, competições orais,
sessão do painel, com o título: “Atualmente é assim…”. que, em seus perfis, passaram a revelar bastidores análise das habilidades
audições, mostras, festivais, feiras culturais e literá- de seu processo de produção, ao mesmo tempo em descritores
zz Por fim, proponha uma discussão para estabelecer com-
rias, rodas, cooperativas culturais, jograis, repentes, que divulgam suas obras, especialmente aqueles
parações e refletir sobre mudanças sofridas pela socieda- sugestões de práticas
slams, etc.? dedicados ao público juvenil.
de. Aproveite essa oportunidade para destacar que a lite- Nessa discussão, ainda que o jovem não comente
ratura, entre tantos outros aspectos, retrata o cotidiano da que participe de manifestações artístico-culturais, zz Finalizada essa discussão prévia, comente que eles irão
humanidade dentro de um contexto temporal e espacial. diga que há , por exemplo, comunidades leitoras participar de dois círculos de leitura para trocar experiên-
fortalecimento da aprendizagem 83
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
cias leitoras sobre os textos indicados. Como sugestão de terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoi- e audaz, que entrava na vida de botas e esporas, chicote
textos para essa atividade, sugerem-se as obras elenca- tecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com na mão e sangue nas veias, cavalgando um corcel ner- caixa de ferramenta
das abaixo. No entanto, você pode selecionar outros tex- a diferença de serem desta vez um pouco mais fortes; e no voso, rijo, veloz, como o corcel das antigas baladas, que do professor
tos literários que atendam ao tema dessa atividade. dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e o romantismo foi buscar ao castelo medieval, para dar
abertura das sequências
familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos. com eles nas ruas do nosso século. O pior é que o estafa-
ram a tal ponto, que foi preciso deitá-lo à margem, onde o
sequência 1
Texto 1: Quando saltaram em terra começou a Maria a sentir cer-
orientações de estudo
realismo o veio achar, comido de lazeira e vermes, e, por
Trecho do capítulo 1 do livro “Memórias de um Sargento tos enojos: foram os dois morar juntos: e daí a um mês
compaixão, o transportou para os seus livros.
de Milícias de Manuel Antônio de Almeida manifestaram-se claramente os efeitos da pisadela e do sequência 2
beliscão; sete meses depois teve a Maria um filho, formi- Sim, eu era esse garção bonito, airoso, abastado; e facil- orientações de estudo
Era no tempo do rei.
dável menino de quase três palmos de comprido, gordo mente se imagina que mais de uma dama inclinou dian-
(...) e vermelho, cabeludo, esperneador e chorão; o qual, logo
te de mim a fronte pensativa, ou levantou para mim os sequência 3
depois que nasceu, mamou duas horas seguidas sem lar- orientações de estudo
olhos cobiçosos. De todas porém a que me cativou logo
Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo gar o peito. E este nascimento é certamente de tudo o que
foi uma... uma... não sei se diga; este livro é casto, ao me-
algibebe em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do temos dito o que mais nos interessa, porque o menino de
nos na intenção; na intenção é castíssimo. Mas vá lá; ou
negócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe por quem falamos é o herói desta história.
proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos se há de dizer tudo ou nada. A que me cativou foi uma anexos do professor
empossado, e que exercia, como dissemos, desde tempos (...) dama espanhola. Marcela, a «linda Marcela», como lhe
avaliação inicial
remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer chamavam os rapazes do tempo. E tinham razão os rapa-
propostas de intervenção
o quê, uma certa Maria da hortaliça, quitandeira das pra- zes. Era filha de um hortelão das Astúrias; disse-mo ela
Texto 2: na forma de orientação
ças de Lisboa, saloia rechonchuda e bonitona. O Leonardo, mesma, num dia de sinceridade, porque a opinião aceita de estudos
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
fazendo-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade é que nascera de um letrado de Madri, vítima da invasão
(Capítulo 14) protocolo para
mal-apessoado, e sobretudo era maganão. Ao sair do Tejo, francesa, ferido, encarcerado, espingardeado, quando ela
avaliação formativa
Primeiro beijo
estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo tinha apenas doze anos. Cosas de España. Quem quer que
fosse, porém, o pai, letrado ou hortelão, a verdade é que análise das habilidades
fingiu que passava distraído por junto dela, e com o ferra- Tinha dezessete anos; pungia-me um buçozinho que eu
descritores
do sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direi- forcejava por trazer bigode. Os olhos, vivos e resolutos, Marcela não possuía a inocência rústica, e mal chegava
to. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu como eram a minha feição verdadeiramente máscula. Como a entender a moral do código. Era boa moça, lépida, sem sugestões de práticas
envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de dis- ostentasse certa arrogância, não se distinguia bem se escrúpulos, um pouco tolhida pela austeridade do tempo,
farce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda. era uma criança com fumos de homem, se um homem que lhe não permitia arrastar pelas ruas os seus estou-
Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da com ares de menino. Ao cabo, era um lindo garção, lindo vamentos e berlindas; luxuosa, impaciente, amiga de di-
fortalecimento da aprendizagem 84
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
nheiro e de rapazes. Naquele ano, ela morria de amores – O lenço.
Considere os itens b e c como estratégias para dis-
por um certo Xavier, sujeito abastado e tísico, uma pérola.
Ela ia abrir-me caminho para tornar à sala; eu segurei-lhe caixa de ferramenta
cutir os elementos de uma narrativa.
nas mãos, puxei-a para mim, e dei-lhe um beijo. Não sei do professor
Via-a, pela primeira vez, no Rossio Grande, na noite das
luminárias, logo que constou a declaração da indepen- se ela disse alguma coisa, se gritou, se chamou alguém; d. Quais trechos fundamentais serão destacados? abertura das sequências
dência, uma festa de primavera, um amanhecer da alma não sei nada; sei que desci outra vez as escadas, veloz e. Quais comentários o grupo fará sobre o texto lido? sequência 1
pública. Éramos dois rapazes, o povo e eu; vínhamos da como um tufão, e incerto como um ébrio.
Nessa etapa, peça aos estudantes que façam pes- orientações de estudo
infância, com todos os arrebatamentos da juventude.
Professor/a, para otimizar e qualificar o processo de lei- quisas sobre os livros nos quais as obras foram escritas.
Via-a sair de uma cadeirinha, airosa e vistosa, um corpo
tura, recomenda-se que o clube de leitura aconteça em dife-
sequência 2
esbelto, ondulante, um desgarre, alguma coisa que nun- 3ª. etapa: círculo de leitura intragrupo orientações de estudo
rentes etapas. São elas:
ca achara nas mulheres puras. -Segue-me, disse ela ao Quando todos terminarem a leitura e fizerem suas
pajem. E eu seguia-a, tão pajem como o outro, como se anotações, convide os grupos a conversar sobre o que sequência 3
a ordem me fosse dada, deixei-me ir namorado, vibran- Orientações
leram, compartilhando suas anotações com os grupos orientações de estudo
te, cheio das primeiras auroras. A meio caminho, cha- 1ª. etapa: divisão em pequenos grupos
que leram o mesmo texto. Durante as conversações, visite
maram-lhe «linda Marcela», lembrou-me que ouvira tal Essa leitura colaborativa potencializa a análise do
cada um dos grupos, como um observador. Anote exem-
nome a meu tio João, e fiquei, confesso que fiquei tonto. texto, de modo a preparar e qualificar a participação do
plos e comentários para compartilhar na discussão geral. anexos do professor
estudante no momento de leitura em um grupo maior.
Três dias depois perguntou-me meu tio, em segredo, se
4ª. etapa: círculo de leitura da turma avaliação inicial
Nesse caso, a sugestão é que metade da sala leia o tex-
queria ir a uma ceia de moças, nos Cajueiros. Fomos; era
to 1 e a outra metade leia o texto 2. Terminado esse momento de troca intergrupos, or- propostas de intervenção
em casa de Marcela. O Xavier, com todos os seus tubér-
ganize a sala num grupo. Caso seja possível, utilize o na forma de orientação
culos, presidia ao banquete noturno, em que eu pouco ou 2ª. etapa: definição de roteiro de leitura de estudos
pátio da escola. Peça, então, que os grupos iniciem a
nada comi, porque só tinha olhos para a dona da casa. Que Elabore, em parceria com os estudantes, um roteiro
leitura dos textos. Na medida em que cada texto for lido, protocolo para
gentil que estava a espanhola! Havia mais uma meia dúzia
para a leitura do texto. Por exemplo: avaliação formativa
de mulheres, -todas de partido-, e bonitas, cheias de graça, solicite que os grupos apresentem as suas análises dos
mas a espanhola... O entusiasmo, alguns goles de vinho, a. Qual é a temática retratada? textos. Como forma de ampliar o repertório dos estu- análise das habilidades
b. De que modo o narrador apresenta pistas para dantes, traga informações gerais sobre as obras “Me- descritores
o gênio imperioso, estouvado, tudo isso me levou a fazer
uma coisa única; à saída, à porta da rua, disse a meu tio caracterizar as personagens psicologicamente? mórias de um Sargento de Milícias” e “Memórias Póstu- sugestões de práticas
que esperasse um instante, e tornei a subir as escadas. E fisicamente? mas de Brás Cubas” que complementem as pesquisas
c. Onde ocorre a narrativa? De que modo o narra- feitas por eles. Além disso, faça a mediação da leitura e
– Esqueceu alguma coisa? perguntou Marcela de pé no
patamar. dor caracteriza o cenário? análise dos grupos.
fortalecimento da aprendizagem 85
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Finalizados os círculos de leitura, proponha uma autoava- para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a a. “A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para
liação coletiva para que a turma possa comentar sobre o primeira capa de superficialismo. quem escreve.” caixa de ferramenta
trabalho desenvolvido. Para tanto, faça perguntas como: b. “Um Camões e outros iguais não bastaram para nos do professor
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais com-
O que mais gostamos nessa atividade? O que aprende- dar para sempre uma herança de língua já feita.”
plicado. Às vezes se assusta com o imprevisível de uma abertura das sequências
mos nessa atividade? Quais foram os desafios? O que po- frase. Eu gosto de manejá-la – como gostava de estar c. “Todos nós que escrevemos estamos fazendo do tú- sequência 1
demos aprimorar para o próximo círculo de leitura? montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes a mulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.” orientações de estudo
Além disso, é interessante abrir um espaço para que os galope. Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao
zz d. “Mas não falei do encantamento de lidar com uma lín-
estudantes possam trocar ideias e formar novos círculos máximo em minhas mãos. E este desejo todos os que es- sequência 2
gua que não foi aprofundada.”
crevem têm. Um Camões e outros iguais não bastaram orientações de estudo
de leitura, com livros de suas preferências, dentro ou fora
para nos dar para sempre uma herança de língua já feita. e. “Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só
do espaço da sala de aula.
Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo para que a minha abordagem do português fosse vir- sequência 3
do pensamento alguma coisa que lhe dê vida. gem e límpida.” orientações de estudo
  # borasepreparar ?! Comentário: espera-se, neste item, que o estudante
Essas dificuldades, nós as temos. Mas não falei do encan-
identifique uma opinião em um texto literário. De acordo com
tamento de lidar com uma língua que não foi aprofunda-
Os exercícios trazem propostas e atividades para o de- descritor da matriz Saeb:
da. O que recebi de herança não me chega. anexos do professor
D1 – Localizar informações explícitas em um texto.
senvolvimento de habilidades específicas de leitura de textos
avaliação inicial
literários. Por isso, peça que os estudantes utilizem as estra- Se eu fosse muda e também não pudesse escrever, e me
Gabarito: c
perguntassem a que língua eu queria pertencer, eu diria: propostas de intervenção
tégias de leitura desenvolvidas ao longo da sequência de ati-
na forma de orientação
vidade, como por exemplo, sublinhar palavras e ideias-chave, inglês, que é preciso e belo. Mas, como não nasci muda e Questão 2:
de estudos
pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim
identificar o tema, a finalidade do texto, etc. para que, desse (Enem, 2015)
que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até protocolo para
modo, possam fazer uma leitura mais qualificada do texto. O peru de Natal avaliação formativa
queria não ter aprendido outras línguas: só para que a
Questão 1: minha abordagem do português fosse virgem e límpida. O nosso primeiro Natal de família, depois da morte de meu análise das habilidades
pai, acontecida cinco meses antes, foi de consequências descritores
(Enem, 2017) LISPECTOR. C. A descoberta do mundo.
Rio de Janeiro Rocco, 1999. Adaptado. decisivas para a felicidade familiar. Nós sempre fôramos
Declaração de amor sugestões de práticas
familiarmente felizes, nesse sentido muito abstrato da feli-
Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. O trecho em que Clarice Lispector declara seu amor pela cidade: gente honesta, sem crimes, lar sem brigas internas
Ela não é fácil. Não é maleável. [...] A língua portuguesa língua portuguesa, acentuando seu caráter patrimonial e nem graves dificuldades econômicas. Mas, devido princi-
é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo sua capacidade de renovação, é: palmente à natureza cinzenta de meu pai, ser desprovido
fortalecimento da aprendizagem 86
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
de qualquer lirismo, duma exemplaridade incapaz, acol- Questão 3 As narrativas apresentam confluência, pois nelas o(a)
choado no medíocre, sempre nos faltara aquele aprovei- (Enem, 2014) a. criminalidade é algo inerente ao ser humano, que su- caixa de ferramenta
tamento da vida, aquele gosto pelas felicidades materiais, Texto I do professor
cumbe a suas manifestações.
um vinho bom, uma estação de águas, aquisição de gela- João Guedes, um dos assíduos frequentadores do boliche
b. meio urbano, especialmente o das grandes cidades, abertura das sequências
deira, coisas assim. Meu pai fora de um bom errado, quase do capitão, mudara-se da campanha havia três anos. Três
dramático, o puro-sangue dos desmancha-prazeres. anos de pobreza na cidade bastaram para o degradar. Ao estimula uma vida mais violenta. sequência 1
ANDRADE, M. In: MORICONI, I. Os cem melhores contos
morrer, não tinha um vintém nos bolsos e fazia dois meses c. falta de oportunidades na cidade dialoga com a po- orientações de estudo

brasileiros do século. São Paulo: Objetiva, 2000. que saíra da cadeia, onde estivera preso por roubo de ovelha. breza do campo rumo à criminalidade.
A história de sua desgraça se confunde com a da maioria
sequência 2
No fragmento do conto de Mário de Andrade, o tom con- d. êxodo rural e a falta de escolaridade são causas da
dos que povoam a aldeia de Boa Ventura, uma cidadezi- orientações de estudo
fessional do narrador em primeira pessoa revela uma violência nas grandes cidades.
nha distante, triste e precocemente envelhecida, situada
concepção das relações humanas marcada por distan- e. complacência das leis e a inércia das personagens sequência 3
nos confins da fronteira do Brasil com o Uruguai.
são estímulos à prática criminosa. orientações de estudo
ciamento de estados de espírito acentuado pelo papel MARTINS, C. Porteira fechada. Porto Alegre: Movimento, 2001.
das gerações. Comentário: espera-se, neste item, que o estudante
Texto II reconheça a relação temática estabelecida entre os dois
a. relevância dos festejos religiosos em família na socie-
Comecei a procurar emprego, já topando o que desse e textos. De acordo com descritor da matriz Saeb: anexos do professor
dade moderna.
viesse, menos complicação com os homens, mas não tava
D20 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação avaliação inicial
b. preocupação econômica em uma sociedade urbana fácil. Fui na feira, fui nos bancos de sangue, fui nesses
em crise. na comparação de textos sobre o mesmo tema, em função propostas de intervenção
lugares que sempre dão para descolar algum, fui de por-
das condições em que foi produzido e daquelas em que será na forma de orientação
c. consumo de bens materiais por parte de jovens, adul- ta em porta me oferecendo de faxineiro, mas tava todo
recebido. de estudos
tos e idosos. mundo escabreado pedindo referências, e referências eu
só tinha do diretor do presídio. protocolo para
Gabarito: c
d. pesar e reação de luto diante da morte de um familiar avaliação formativa
FONSECA, R. Feliz Ano Novo. São Paulo: Cia. das Letras, 1989.
querido. Questão 4: análise das habilidades
Comentário: espera-se, neste item, que o estudante infira A oposição entre campo e cidade esteve entre as temáti- descritores
(Enem, 2020)
uma concepção do narrador sobre as relações humanas. De cas tradicionais da literatura brasileira. Nos fragmentos A vida às vezes é como um jogo brincado na rua: esta- sugestões de práticas
acordo com o descritor da matriz Saeb: dos dois autores contemporâneos, esse embate incor- mos no último minuto de uma brincadeira bem quente e
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
pora um elemento novo: a questão da violência e do de- não sabemos que a qualquer momento pode chegar um
Gabarito: a semprego. mais velho a avisar que a brincadeira já acabou e está na
fortalecimento da aprendizagem 87
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
hora de jantar. A vida afinal acontece muito de repente Questão 5: d. depreciação do sentido da vida diante da consciência
— nunca ninguém nos avisou que aquele era mesmo o da morte iminente.
(Enem, 2020) caixa de ferramenta
último Carnaval da Vitória. O Carnaval também chegava do professor
Na sua imaginação perturbada sentia a natureza toda e. instabilidade psicológica da personagem face à reali-
sempre de repente. Nós, as crianças, vivíamos num tem-
agitando-se para sufocá-la. Aumentavam as sombras. dade hostil. abertura das sequências
po fora do tempo, sem nunca sabermos dos calendários
No céu, nuvens colossais e túmidas rolavam para o Comentário: espera-se, neste item, que o estudante
de verdade. [...] O “dia da véspera do Carnaval”, como di- sequência 1
abismo do horizonte... Na várzea, ao clarão indeciso do reconheça os recursos linguísticos utilizados para construir
zia a avô Nhé, era dia de confusão com roupas e pinturas orientações de estudo
crepúsculo, os seres tomavam ares de monstros... As a personagem e o cenário da narrativa. De acordo com o
a serem preparadas, sonhadas e inventadas. Mas quan- descritor da matriz Saeb:
montanhas, subindo ameaçadoras da terra, perfilavam- sequência 2
do acontecia era um dia rápido, porque os dias mágicos D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
-se tenebrosas... Os caminhos, espreguiçando-se sobre
passam depressa deixando marcas fundas na nossa me- orientações de estudo
os campos, animavam-se quais serpentes infinitas...
mória, que alguns chamam também de coração. Gabarito: b
As árvores soltas choravam ao vento, como carpideiras sequência 3
ONDJAKI. Os da minha rua. Rio de Janeiro: Língua Geral, 2007. fantásticas da natureza morta... Os aflitivos pássaros orientações de estudo

As significações afetivas engendradas no fragmento


noturnos gemiam agouros com pios fúnebres. Maria Síntese:
quis fugir, mas os membros cansados não acudiam aos Quiz literário (duas aulas)
pressupõem o reconhecimento da
ímpetos do medo e deixavam na prostrada em uma an- zz Professor/a, nessa etapa, o objetivo é sistematizar as lei-
a. perspectiva infantil assumida pela voz narrativa. anexos do professor
gústia desesperada. turas e discussões dessa atividade. Para isso, a proposta
b. suspensão da linearidade temporal da narração. ARANHA. J. P. G. Canaã. São Paulo: Ática, 1997.
avaliação inicial
é utilizar um quiz literário como estratégia.
c. tentativa de materializar lembranças da infância. propostas de intervenção
No trecho, o narrador mobiliza recursos de linguagem zz Observe que os objetivos dessa dinâmica são: checar co- na forma de orientação
d. incidência da memória sobre as imagens narradas. que geram uma expressividade centrada na percep- nhecimentos preexistentes, fornecer mais informações de estudos
e. alternância entre impressões subjetivas e relatos fac- ção da sobre assuntos já trabalhados em sala de aula, incentivar protocolo para
tuais. a. relação entre a natureza opressiva e o desejo de liber- pesquisas sobre temas discutidos em sala, indicando fon- avaliação formativa

tação da personagem. tes confiáveis. análise das habilidades


Comentário: espera-se, neste item, que o estudante infira
descritores
uma informação em um texto. De acordo com o descritor da b. confluência entre o estado emocional da personagem zz Para tanto, formule entre dez e quinze perguntas sobre os
matriz Saeb: e a configuração da paisagem. textos lidos nessa atividade, que atentam aos níveis de pro- sugestões de práticas
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
c. prevalência do mundo natural em relação à fragilida- ficiência leitora dos seus estudantes. Veja abaixo, o modelo
Gabarito: d de humana. com uma pergunta para que você possa criar outras.
fortalecimento da aprendizagem 88
sequência 2 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

1. Quais os adjetivos o narrador do texto 1 utiliza para


quiz um momento de interatividade em sua aula, uma for-   atenção para a avaliação !
ma de atrair a atenção e incentivar a participação do seu caixa de ferramenta
caracterizar a Maria da hortaliça? Professor/a, você encontra orientações para o
aluno. Para isso, é importante abrir espaço para discus- do professor
desenvolvimento de autoavaliações no Protocolo de
a. Namoradeira e brava. são e troca de experiências.
Avaliação Formativa. Na sugestão proposta, é possível abertura das sequências
b. Luxuosa, impaciente.
inserir rubricas em função dos objetivos de cada atividade. sequência 1
c. Austera e pedante.   para encerrar : autoavaliação
orientações de estudo
d. Rechonchuda e bonitona. 
Como finalização desta sequência de atividades, propo- sequência 2
zz Uma outra sugestão é propor que os estudantes também orientações de estudo
nha uma avaliação. Observe que instrumentos como esse
possam participar desse processo de elaboração das per-
são importantes para que o estudante tome consciência de
guntas. Nesse caso, cada grupo cria uma pergunta e os sequência 3
suas descobertas, desafios, pontos fortes, etc. e seja gestor
demais grupos devem respondê-la. Essa é uma forma de orientações de estudo
de sua própria aprendizagem.
promover o protagonismo, com vistas a colocar o estu-
dante ainda mais como corresponsável pelo processo de Preciso
Sim
aprimorar
aprendizagem. anexos do professor
Reconheço-me como um leitor/
zz Uma estratégia para a condução dessa atividade é orga- produtor e apreciador de arte? avaliação inicial
nizar pequenos grupos para que os estudantes possam propostas de intervenção
Sou capaz de observar valores,
discutir e definir qual é a resposta mais adequada para na forma de orientação
posicionamentos e ideologias em de estudos
cada pergunta. textos literários de diferentes épocas?
protocolo para
zz Além disso, é necessário estipular um tempo para cada Quando você encontra dificuldades na leitura de um texto, avaliação formativa
rodada de perguntas, definir que somente um integrante o que costuma fazer?
análise das habilidades
do grupo dê a resposta, bem como outras regras decidi-
descritores
das por você.
Essa sequência mobilizou você a participar de sugestões de práticas
zz Caso haja recursos digitais, utilize o kahoot como ferra-
manifestações culturais em sua escola, comunidade, redes
menta. Se não houver essa disponibilidade, coloque per-
sociais? Por quê?
guntas dentro de um saco para que os grupos possam
retirá-las a cada rodada. O importante é que você faça do
fortalecimento da aprendizagem 89
orientações de estudo – sequência 2 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Orientações de estudo
jornadas e produtos

caixa de ferramenta

para o estudante em
do professor

abertura das sequências


sequência 1

momentos de autogestão
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor

avaliação inicial

propostas de intervenção
na forma de orientação
de estudos

protocolo para
avaliação formativa

análise das habilidades


descritores

sugestões de práticas
Clique aqui para
baixar o arquivo das
Orientações de Estudo.
fortalecimento da aprendizagem 90
orientações de estudo – sequência 2 início índice estrutura realizadores

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das Orientações de Estudo. introdução
estrutura do ciclo

Língua Portuguesa
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

Sequência didática 2 abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

liá-los no desenvolvimento das habilidades de leitura. anexos do professor


Caro professor/a, Para auxiliá-lo na organização do plano de estudo, apre-
sentamos a seguir uma curadoria de atividades que podem avaliação inicial
O plano de estudo de cada estudante pode ser individua- Observe que este material pode contribuir para que o es-
ser propostas aos estudantes, com foco na leitura de textos propostas de intervenção
lizado em função de suas observações sobre o percurso de tudante organize a sua rotina e desenvolva procedimentos
do campo artístico-literário. As questões a seguir podem ser na forma de orientação
cada um dos jovens de sua turma. Selecionar questões ou de estudo. Com a finalidade de ajudá-lo, procure dar algu- de estudos
propostas ao final de cada etapa vivenciada em sala, uma
leituras em função das dificuldades identificadas por você mas dicas, como por exemplo:
vez que elas estão diretamente relacionadas ao tema desen- protocolo para
ou pela avaliação inicial permite esse cuidado efetivo para o avaliação formativa
volvido em cada parte desta sequência didática. a. organização de um cronograma de estudos;
avanço de cada estudante.
b. 
mobilização de diferentes estratégias (realização das análise das habilidades
Incentive o estudante a consultar as anotações e ma-
Lembramos que estudar individualmente é uma parte descritores
teriais produzidos nas aulas, bem como elaborar respostas atividades em pares ou individualmente, gravações de
importante do processo de fortalecimento da aprendizagem.
completas e contextualizadas para cada questão indicada. áudios para registrar a aprendizagem e/ou dúvidas, sín- sugestões de práticas
Nesse momento, o estudante se depara com o que sabe e
teses, etc.).
o que falta aprender, o que favorece que busque orientação Ao final das indicações, são sugeridas algumas possibi-
para continuar engajado nas aulas presenciais. lidades de orientação e retomada, para que você possa auxi- Bom trabalho!
fortalecimento da aprendizagem 91
orientações de estudo – sequência 2 início índice estrutura realizadores

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jornadas e produtos
Propostas para o estudante: Prá aliviar a dor... 1. Com base no texto, responda:
Bloco 1: Mobilização A gente não quer Só dinheiro a. Sobre o que fala o texto de Eduardo Galeano? caixa de ferramenta
do professor
Atividades de leitura A gente quer dinheiro E felicidade b. O título do texto é “A função da arte”. Que relações po-
A gente não quer Só dinheiro demos estabelecer entre o título e o conteúdo do texto? abertura das sequências
Vamos iniciar esta oficina ouvindo a música Comida, da
banda Titãs. Considere, atentamente, a letra desta canção. A gente quer inteiro E não pela metade... c. Como essa narrativa permite explicar a função da arte? sequência 1
orientações de estudo
Bebida é água! Comida é pasto!
Texto 1 2. O objetivo do texto de Galeano é:
Você tem sede de quê? Você tem fome de quê?... sequência 2
Comida a. contar a história de Diego e de seu pai.
(ANTUNES, A. BRITTO, S. FROMER, M. Comida. In.: Titãs:
orientações de estudo
(Composição: Arnaldo Antunes / Acústico Mtv. Intérprete: Titãs. São Paulo: WEA Music, 1997. CD). b. argumentar que ver o mar pela primeira vez é uma
Marcelo Fromer / Sérgio Britto)

Leia o texto a seguir e responda às questões.


experiência inesquecível. sequência 3
Bebida é água! Comida é pasto!
c. discutir a função da arte como experiência do belo. orientações de estudo
Você tem sede de quê? Você tem fome de quê?... Texto 2
d. argumentar que os pais são importantes na educa-
A gente não quer só comida A gente quer comida A função da arte
(Eduardo Galeano) ção dos filhos.
Diversão e arte
anexos do professor
“Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff,
A gente não quer só comida A gente quer saída
levou-o para que descobrisse o mar.
Bloco 2: Desenvolvimento avaliação inicial
Para qualquer parte...
Na primeira parte desta oficina, você vai ler dois contos propostas de intervenção
A gente não quer só comida A gente quer bebida Viajaram para o Sul. na forma de orientação
que tratam do amor.
Diversão, balé de estudos
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
A gente não quer só comida A gente quer a vida Texto 1 protocolo para
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas A moça tecelã avaliação formativa
Como a vida quer...
alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava
(Marina Colasanti) análise das habilidades
Bebida é água! Comida é pasto!
na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e
descritores
Você tem sede de quê? Você tem fome de quê? tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol che-
gando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear. sugestões de práticas
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo,
A gente não quer só comer A gente quer comer
gaguejando, pediu ao pai: Me ajuda a olhar!”. Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da
E quer fazer amor luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquan-
(GALEANO, E. A função da arte. In.: GALEANO, E. O livro dos
A gente não quer só comer A gente quer prazer abraços. Porto Alegre: L&PM, 2002. pp. 15). to lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.
fortalecimento da aprendizagem 92
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Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o
hora, em longo tapete que nunca acabava. tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entreme- sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrema-
caixa de ferramenta
ar no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. tar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam do professor
Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as
E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplu- os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira.
pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cin- abertura das sequências
mado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxa-
zentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, sequência 1
do. Estava justamente acabando de entremear o último
trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto
fio da ponta dos sapatos, quando bateram à porta. orientações de estudo
pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva da mais alta torre.
vinha cumprimentá-la à janela. Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçane-
– É para que ninguém saiba do tapete – ele disse. E
sequência 2
ta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida. orientações de estudo
Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam antes de trancar a porta à chave, advertiu:
com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça Aquela noite, deitada contra o ombro dele, a moça
– Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos! sequência 3
tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltas- pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ain-
orientações de estudo
se a acalmar a natureza. da mais a sua felicidade. Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido,
enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as sa-
Assim, jogando a lançadeira de um lado para o outro E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem ti-
las de criados. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo
e batendo os grandes pentes do tear para frente e para nha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha
o que queria fazer. anexos do professor
trás, a moça passava os seus dias. descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não
ser nas coisas to- das que ele poderia lhe dar. E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tris- avaliação inicial
Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo teza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus propostas de intervenção
– Uma casa melhor é necessária, – disse para a mu-
peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe es- tesouros. E pela primeira vez pensou como seria bom es- na forma de orientação
lher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que es- de estudos
tava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, tar sozinha de novo.
colhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para
suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E protocolo para
os batentes, e pressa para a casa acontecer. Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o mari-
à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia avaliação formativa
do dormia sonhando com novas exigências. E descalça,
tranquila. Mas pronta a casa, já não lhe pareceu sufi- ciente.
para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, análise das habilidades
descritores
Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria – Para que ter casa, se podemos ter palácio? pergun- sentou-se ao tear.
fazer. tou. Sem querer resposta, imediatamente ordenou que sugestões de práticas
Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Se-
fosse de pedra com arremates em prata.
Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em gurou a lançadeira ao contrário, e, jogando-a veloz de um
que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou como Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça te- lado para o outro, começou a desfazer o seu tecido. Deste-
seria bom ter um marido ao seu lado. cendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços. ceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins.
fortalecimento da aprendizagem 93
orientações de estudo – sequência 2 início índice estrutura realizadores

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Depois desteceu os criados e o palácio e todas as mara- a. Extraia do texto dois exemplos desse recurso. Texto 1
vilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pe- b. Que efeito o uso das personificações produz no texto? Dos ficantes aos namoridos caixa de ferramenta
quena e sorriu para o jardim além da janela. do professor
3. Releia com atenção os cinco primeiros parágrafos do Se você é deste século, já sabe que há duas tribos que
A noite acabava quando o marido, estranhando a abertura das sequências
texto e responda: Qual relação pode ser estabelecida en- definem o que é um relacionamento moderno.
cama dura, acordou e, espantado, olhou em volta. sequência 1
tre a seleção das lãs utilizadas pela tecelã e o ambiente
Uma é a tribo dos ficantes. O ficante é o cara que te orientações de estudo
Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o de- em que ela está?
namora por duas horas numa festa, se não tiver se inscri-
senho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desapare-
cendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo
4. A partir de certo ponto, a autora passa a empregar o pre- to no campeonato “Quem pega mais numa única noite”, sequência 2
corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.
térito perfeito (“Afinal o palácio ficou pronto”, “o marido quando então ele será seu ficante por bem menos tempo orientações de estudo

escolheu para ela”). Por que ocorre essa mudança? — dois minutos — e irá à procura de outra para bater o
Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça es- próprio recorde. É natural que garotos e garotas queiram sequência 3
colheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre
5. Considerando a estrutura da narrativa, exposta no qua-
conhecer pessoas, ter uma história, um romance, uma fi- orientações de estudo
os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na li- dro a seguir, resuma cada uma das partes do conto “A
cada, duas ficadas, três ficadas, quatro ficadas... Esquece,
nha do horizonte. moça tecelã”.
não acho natural coisa nenhuma. Considero um desper-
(COLASANTI, M. A moça tecelã. In.: COLASANTI, M. dício de energia. anexos do professor
Doze reis e a moça no labirinto do vento. Rio de Janeiro: Orientação
Editorial Nórdica, 1985. pp. 12-6). avaliação inicial
Complicação Pegar sete caras. Pegar nove “mina”. A gente está fa-
Resolução lando de quê, de catadores de lixo? Pegar, pega-se uma propostas de intervenção
1. O conto de Marina Colasanti tem duas personagens.
caneta, um táxi, uma gripe. Não pessoas. Pegue-e-leve, na forma de orientação
a. Quem são essas personagens? de estudos
pegue-e-largue, pegue-se, pegue-e-chute, pegue-e-con-
b. Quais são as principais características dessas perso- Bloco 3: Síntese te-para-os-amigos. protocolo para
avaliação formativa
nagens? As leituras feitas em nossa oficina anterior permitiram Pegar, cá pra nós, é um verbo meio cafajeste. Em vez
que iniciássemos uma discussão sobre o tema dos “relacio- análise das habilidades
Moça tecelã de pegar, poderíamos adotar algum outro verbo menos
descritores
Marido da moça tecelã namentos entre os jovens”. Na oficina de hoje, vamos ampliar frio. Porque, quando duas bocas se unem, nada é assim
essa discussão, lendo dois textos que falam do “namoro”. O tão frio, na maioria das vezes esse “não estou nem aí” é sugestões de práticas
2. A personificação é uma figura de linguagem que con- primeiro texto é outra crônica da autora Martha Medeiros; o jogo de cena. Vão todos para a balada fingindo que deixa-
siste na atribuição de características humanas a objetos segundo é um poema de nosso grande Carlos Drummond ram o coração em casa, mas deixaram nada. Deixaram a
inanimados ou seres irracionais. de Andrade. personalidade em casa, isso sim.
fortalecimento da aprendizagem 94
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jornadas e produtos
No entanto, quem pode contra o avanço (???) dos cos- Namoro é teste, é amostra, é ensaio, e por isso a a. Extraia do texto as definições de:
tumes e contra a vulgarização do vocabulário? Falando dedicação é intensa, a sedução é ininterrupta, os mi- ● ficante. caixa de ferramenta
nisso, a segunda tribo a que me referia é a dos namori- nutos são contados, os meses são comemorados, a von- do professor
● namorido.
dos, a palavra mais medonha que já inventaram. Trata-se tade de surpreender não cessa — e é a única relação
b. Além de definir cada uma das tribos, a autora tam- abertura das sequências
de um homem híbrido, transgênico. que dá o devido espaço para a saudade, que é fermen-
to e afrodisíaco. Depois de passar os dias se vendo só bém descreve seu comportamento. Como Martha sequência 1
Em tese, ele vale mais do que um namorado e menos
de vez em quando, viajar para um fim de semana jun- Medeiros caracteriza no texto o relacionamento entre: orientações de estudo
que um marido. Assim que a relação começa, juntam-se
tos vira o céu na Terra: nunca uma sexta-feira nasce ● ficantes?
os trapos e parte-se para um casamento informal, sem sequência 2
tão aguardada, nunca uma segunda-feira é enfrentada ● namoridos?
papel passado, sem compromisso de estabilidade, sem orientações de estudo
com tanta leveza.
planos de uma velhice compartilhada — namoridos não
2. O que há de semelhante no comportamento dessas tri-
foram escolhidos para serem parceiros de artrite, reu- Namoro é como o disco “Sgt. Peppers”, dos Beatles: sequência 3
bos?
matismo e pressão alta, era só o que faltava. parece antigo e, no entanto, não há nada mais novo e orientações de estudo

revolucionário. O poeta Carlos Drummond de Andrade 3. Releia:


Pois então. A ideia é boa e prática. Só que o índice de
também é de outro tempo e é para sempre. É ele quem O ficante é o cara que te namora por duas horas numa
príncipes e princesas virando sapo é alta, não se evita o
tédio conjugal (comum a qualquer tipo de acasalamento encerra esta crônica, dando-nos uma ordem para a festa, se não tiver se ins- crito no campeonato “Quem anexos do professor
sob o mesmo teto) e pula-se uma etapa quentíssima, a vida: “Cumpra sua obrigação de namorar, sob pena de pega mais numa única noite”.
avaliação inicial
melhor que há. viver apenas na aparência. De ser o seu cadáver itine-
Observe que, ao descrever o comportamento dos fican- propostas de intervenção
rante”.
Trata-se do namoro, alguns já ouviram falar. É quan- tes, a autora os compara aos competidores de um cam- na forma de orientação
‹http://pensador.uol.com.br/frase/NTc3NTM/ de estudos
do cada um mora na sua casa e tem rotinas distintas e peonato. Por que ela faz essa comparação?
poucos horários para se encontrar, e esse pouco ganha a protocolo para
1. Releia:
importância de uma celebração. 4. Você sabe o que é um verbete de dicionário? Um verbe- avaliação formativa
“Se você é deste século, já sabe que há duas tribos que
te corresponde a cada um dos itens de um dicionário, análise das habilidades
Namoro é quando não se tem certeza absoluta de definem o que é um relacionamento moderno”.
no qual estão registrados os vários significados de uma descritores
nada, a cada dia um segredo é revelado, brotam infor-
mações novas de onde menos se espera. De manhã, um O texto de Martha Medeiros, conforme indica o primeiro palavra, seguidos de exemplos. No quadro a seguir, leia,
sugestões de práticas
silêncio inquietante. À tarde, um mal-entendido. À noite, parágrafo, fala das “duas tribos que definem um relacio- com atenção, um verbete que apresenta alguns dos vá-
um torpedo reconciliador e uma declaração de amor. namento moderno”. rios significados do verbo pegar.
fortalecimento da aprendizagem 95
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pegar b. O que a autora pensa sobre os namoridos? a. Extraia do texto as definições de namoro.
[Do lat. picare, ‘untar de pez’.] Verbo transitivo direto. c. Em relação ao tema, qual é a tese defendida pela au- b. Para caracterizar esse tipo de relacionamento, a auto- caixa de ferramenta
Fazer aderir; colar, grudar: do professor
tora? ra utiliza uma metáfora: “Namoro é teste, é amostra, é
Pôs a carta no correio sem pegar os selos.
6. Sobre o comportamento dos ficantes e sobre o verbo ensaio”. Explique essa metáfora. abertura das sequências
Agarrar, prender, segurar: “pegar”, utilizado por eles, a autora questiona: c. O que diferencia o namoro de outros tipos de relacio- sequência 1
Pegou descuidado a louça, deixando-a cair; Correu e pe-
“No entanto, quem pode contra o avanço (???) dos costu- namentos “modernos” descritos no texto? orientações de estudo
gou o fugitivo; O goleiro pegou a bola tranquilamente.
mes” [...]?.
Adquirir (enfermidade) por contágio, por debilidade or- 9. Considere este outro verbete: sequência 2
As interrogações entre parênteses podem ser interpreta- orientações de estudo
gânica etc. ironia
Adquirir, contrair, criar: das como um sinal de que:
[Do gr. eironeía, “interrogação”, “dissimulação”, pelo lat. ironia.]
a. a autora teve dúvidas ao escolher a palavra “avanço”.
sequência 3
Pegar um mau hábito. Substantivo feminino.
orientações de estudo
Fonte: Dicionário Aurélio – b. a autora não vê o comportamento dos ficantes como Modo de exprimir-se que consiste em dizer o contrário
versão digital.
um avanço. daquilo que se está pensando ou sentindo, ou por pudor

Considere, agora, a seguinte frase: em relação a si próprio ou com intenção depreciativa e


c. a autora considera o comportamento dos ficantes
sarcástica em relação a outrem: anexos do professor
“Pegar sete caras. Pegar nove ‘mina’”. um avanço.
avaliação inicial
d. a autora não concorda com a forma vulgar de falar Voltaire foi um mestre da ironia.
a. Construa uma definição para o verbo pegar utilizado
Contraste fortuito que parece um escárnio: propostas de intervenção
dos ficantes.
nessa frase. na forma de orientação
7. Vamos voltar ao título do texto: Dos ficantes aos namo- Ironia do destino. de estudos
b. Por que a autora afirma que “pegar é um verbo meio
ridos. Sarcasmo, zombaria. protocolo para
cafajeste“?
avaliação formativa
c. Explique o uso das aspas na palavra “mina”. a. Compare o título escolhido pela autora com esta ou- Fonte: Dicionário Aurélio –
versão digital.
tra possibilidade: “Os ficantes e os namoridos”. Em análise das habilidades
5. Além de descrever e caracterizar o comportamento das descritores
sua opinião, eles têm o mesmo significado? Explique Considerando os significados de ironia, encontre no tex-
duas tribos, Martha Medeiros expressa sua opinião so- o título escolhido pela autora. to exemplos desse recurso e indique as palavras ou ex- sugestões de práticas
bre esses novos modelos de relacionamento moderno.
8. O texto também descreve e caracteriza outro tipo de re- pressões que exprimem esses sentidos nos exemplos
a. O que a autora pensa sobre os ficantes? lacionamento: o namoro. destacados.
fortalecimento da aprendizagem 96
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Leia, agora, o poema de Drummond, mencionado no tex- Os códigos, desarmados, retrocedem Há que aprender com as mulheres as finezas finíssimas
to de Martha Medeiros. Sinalize, no texto, os versos, as metá- de sua porta, as multas envergonham-se de alvejá-lo, as do namoro. caixa de ferramenta
foras, as estrofes de que você mais gostou. guerras, os tratados internacionais encolhem o rabo O homem nasce ignorante, vive ignorante, às vezes do professor
diante dele, em volta dele. O tempo, afiando sem pausa morre
Texto 2 abertura das sequências
a sua foice, espera que o namorado desnamore para três vezes ignorante de seu coração e da maneira de
Aos namorados do Brasil sequência 1
sempre. usá-lo.
(Carlos Drummond de Andrade) orientações de estudo
Mas nascem todo dia namorados novos, renovados,
Dai-me, Senhor, assistência técnica para eu falar aos inovantes, Só a mulher (como explicar?) entende certas coisas
sequência 2
namorados do Brasil. e ninguém ganha ou perde essa batalha. que não são para entender. São para aspirar como
orientações de estudo
Será que namorado algum escuta alguém? Adianta falar essência, ou nem assim. Elas aspiram o segredo do
a namorados? Pois namorar é destino dos humanos, destino que mundo.
sequência 3
E será que tenho coisas a dizer-lhes regula Há homens que se cansam depressa de namorar, outros
orientações de estudo
que eles não saibam, eles que transformam nossa dor, nossa doação, nosso inferno gozoso. E quem que são infiéis à namorada.
a sabedoria universal em divino esquecimento? vive, atenção: Pobre de quem não aprendeu direito,
Adianta-lhes, Senhor, saber alguma coisa, quando cumpra sua obrigação de namorar, sob pena de viver ai de quem nunca estará maduro para aprender, triste
perdem os olhos apenas na aparência. De ser o seu cadáver itinerante. de quem não merecia, não merece namorar. anexos do professor

para toda paisagem, perdem os ouvidos para toda De não ser. De estar, e nem estar. avaliação inicial
melodia Pois namorar não é só juntar duas atrações no velho
propostas de intervenção
e só veem, só escutam O problema, Senhor, é como aprender, como exercer a estilo ou no moderno estilo, na forma de orientação
melodia e paisagem de sua própria fabricação? arte de namorar, que audiovisual nenhum ensina, e vai com arrepios, murmúrios, silêncios, caminhadas, de estudos
além de toda universidade. jantares, gravações,
protocolo para
Cegos, surdos, mudos – felizes! – são os namorados Quem aprendeu não ensina. Quem ensina não sabe. E fins de semana, o carro a toda ou a 80, lancha, piscina, avaliação formativa
enquanto namorados. Antes, depois o namorado só aprende, sem sentir que aprendeu, por dia dos namorados, foto colorida, filme adoidado,
análise das habilidades
são gente como a gente, no pedestre dia a dia. Mas obra e graça de sua namorada. rápido motel onde os espelhos
descritores
quem foi namorado sabe que outra vez voltará à sublime não guardam beijo e alma de ninguém.
invalidez A mulher antes e depois da Bíblia é pois enciclopédia sugestões de práticas
que é signo de perfeição interior. Namorado é o ser fora natural Namorar é o sentido absoluto
do tempo, fora de obrigação e CPF, ciência infusa, inconsciente, infensa a testes, fulgurante que se esconde no gesto muito simples, não intencional,
ISS, IFP, PASEP, INPS. no simples manifestar-se, chegado o momento. nunca previsto,
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e dá ao gesto a cor do amanhecer, para ficar durando, 10. Drummond inicia seu poema dirigindo um pedido ao Observe a palavra namoramor. Ela é um neologismo, ou
perdurando, som de cristal na concha “Senhor”: “Dai-me, Senhor, assistência técnica para falar seja, uma palavra que não existe, foi inventada pelo poeta. caixa de ferramenta
ou no infinito. aos namorados do Brasil”. do professor
a. Como essa palavra foi formada?
a. Que significado você daria à expressão “assistência b. Comente esse neologismo presente na estrofe que fi- abertura das sequências
Namorar é além do beijo e da sintaxe, não depende de
estado ou condição. Ser duplicado, ser complexo,
técnica” no verso citado anteriormente? Que efeito de naliza o poema. sequência 1
sentido essa expressão atribui ao texto? orientações de estudo
que em si mesmo se mira e se desdobra, o namorado, a Aprofundando a leitura do poema
namorada b. Por que o poeta faz esse pedido?
Atividade em grupo sequência 2
não são aquelas mesmas criaturas que cruzamos na
11. Releia, agora, a segunda estrofe do poema. Você teve a oportunidade de ler o poema de Drummond orientações de estudo
rua.
São outras, são estrelas remotíssimas, fora de qualquer a. Grife, nos versos, palavras ou expressões que o poeta e analisar mais atentamente algumas de suas estrofes. Su-
sequência 3
sistema ou situação. A limitação terrestre, que os usa para definir os namorados. gerimos, agora, que você aprofunde essa leitura, tentando
orientações de estudo
persegue, tenta cobrar (inveja) b. Como você entende essas definições? explicar os versos a seguir, interpretando suas metáforas e
o terrível imposto de passagem: “Depressa! Corre! Vai outros recursos semânticos de construção do poema.
c. Observe que Drummond, nessa estrofe, diferencia as
acabar! Vai fenecer!
pessoas que namoram das pessoas que não namo- Mas quem foi namorado sabe que outra vez voltará à
anexos do professor
ram, quando afirma: “Antes, depois são gente como sublime invalidez
Vai corromper-se tudo em flor esmigalhada na sola dos avaliação inicial
a gente, no pedestre dia a dia”. Como você interpreta Que é signo de perfeição interior.
sapatos [...]” propostas de intervenção
essa afirmação? Você concorda com ela?
Ou senão: Os códigos, desarmados, retrocedem na forma de orientação
“Desiste! Foge! Esquece!” de sua porta, as multas envergonham-se de alvejá-lo, as de estudos
12. O texto de Drummond é um elogio, uma exaltação aos
E os fracos esquecem. Os tímidos desistem. Fogem os namorados, que são tratados como seres especiais, di- guerras, os tratados internacionais encolhem o rabo protocolo para
covardes. diante dele, em volta dele. avaliação formativa
ferentes dos demais. Grife no texto frases que demons-
Que importa? A cada hora nascem outros namorados análise das habilidades
tram isso.
para a novidade da antiga experiência. O tempo, descritores
E inauguram cada manhã (namoramor) 13. Releia: afiando sem pausa a sua foice, espera que o namorado
desnamore para sempre. sugestões de práticas
o velho, velho mundo renovado. A cada hora nascem
outros namorados para a novidade da antiga experiência. Mas nascem todo dia namorados novos, renovados,
(Fonte: ANDRADE, C. D. Aos namorados do Brasil. In.: Carlos
Drummond de Andrade por Paulo Autran. Intérprete: Paulo
E inauguram cada manhã (namoramor) o velho, velho inovantes,
Autran. Rio de Janeiro: Luz da Cidade, 1999). mundo renovado. e ninguém ganha ou perde essa batalha.
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jornadas e produtos
A limitação terrestre, que os persegue, tenta cobrar plícitas em um texto, D6 Identificar o tema de um texto e D20
Orientações gerais:
(inveja) Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na caixa de ferramenta
As atividades propostas neste plano foram divididas em
o terrível imposto de passagem: “Depressa! Corre! Vai comparação de textos que tratam do mesmo tema, em fun- do professor
acabar! Vai fenecer! Vai corromper-se tudo em flor
três blocos, de modo a considerar as diferentes etapas da
ção das condições em que ele foi produzido e daquelas em abertura das sequências
esmigalhada na sola dos sapatos [...]” sequência de atividades: Mobilização, desenvolvimento e
que será recebido.
Ou senão: síntese, bem como os temas e as habilidades indicadas. sequência 1
“Desiste! Foge! Esquece!”
Já o segundo bloco de questões aborda a temática da orientações de estudo
Além disso, destaca-se que o diálogo temático entre os
representação da figura feminina em textos literários. Além
textos propostos neste plano de estudo e na sequência de ati- sequência 2
E os fracos esquecem. Os tímidos desistem. Fogem os disso, esse bloco prevê as seguintes expectativas de apren-
vidades contribui para a ampliação do repertório dos estudan- orientações de estudo
covardes. dizagem: D1 – Localizar informações explícitas em um texto
tes com vistas a potencializar e qualificar as discussões em
Que importa? A cada hora nascem outros namorados e D4 – Inferir uma informação implícita em um texto, nas sequência 3
sala de aula.
para a novidade da antiga experiência. questões e 2. É foco também, o D3 – Inferir o sentido de uma orientações de estudo
Ressalta-se, ainda, que as expectativas de resposta das
E inauguram cada manhã (namoramor) palavra ou expressão, nas questões 7, 8 e 9.
questões são indicadas nos materiais para o professor do
o velho, velho mundo renovado.
material “Conexão” e “Entre Jovens” No terceiro bloco, a proposta é mobilizar o estudante
a analisar os textos em parceria com um grupo de colegas. anexos do professor
Debate final No primeiro bloco são indicadas a análise de uma letra
Nesse caso, incentive-os a montar um círculo de leitura, as- avaliação inicial
de música e um texto do escritor Eduardo Galeano. Observe,
Martha Medeiros cita, em seu texto, o poema de Carlos sim como sugerido na etapa de desenvolvimento da ativida-
nesse caso, que ambos os textos mobilizam os estudantes propostas de intervenção
Drummond, que você acabou de ler. Agora, você poderá dis- de 2 da sequência. Dessa forma, é possível promover tra- na forma de orientação
a refletirem sobre a arte. Assim, estabelecendo diálogo com de estudos
cutir com seu grupo as opiniões dos autores sobre o tema balho colaborativo extraclasse, de modo que os estudantes
a mobilização proposta na atividade 1 da sequência. Além
desta oficina. Dialogue com esses escritores. O que você possam dialogar, negociar, argumentar a fim de encontrar protocolo para
disso, em consonância com a proposta de roda de letra de avaliação formativa
pensa sobre o assunto em pauta caminhos para analisar textos literários.
música e de poemas, possibilita o desenvolvimento de ha-
análise das habilidades
Fonte das questões: bilidades de leitura do texto literário em versos. Destaca-se, Ressalta-se, ainda, que as expectativas de resposta das
descritores
Material “Entre Jovens” (Volume 2) também, que as questões pressupõem como expectativa de questões são indicadas nos materiais para o professor do
Material “Entre Jovens” (Volume 1) aprendizagem os descritores: D1 – Localizar informações ex- material “Entre Jovens”, indicados no início de cada bloco. sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 99
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Sequência didática 3
jornadas e produtos

caixa de ferramenta

Língua Portuguesa
do professor

abertura das sequências


sequência 1
Práticas de Linguagem no Campo de Atuação da Vida Pública orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor
Olá, professor/a!
avaliação inicial
Nesta terceira sequência, a proposta é desenvolver ha- No quadro a seguir, são apresentadas as habilidades Mais uma vez, vale retomar que a proposta de Fortaleci-
propostas de intervenção
bilidades de produção oral e escrita com foco no desenvol- priorizadas com suas respectivas expectativas de aprendiza- mento da Aprendizagem contém um Protocolo de Avaliação
na forma de orientação
vimento da argumentação. Para isso, serão disponibilizadas gem. Essas informações são úteis para o acompanhamen- Formativa, indicando práticas que podem apoiar o acompa- de estudos
sugestões de atividades que contemplem, de maneira sig- to das aprendizagens do estudante ao longo do desenvol- nhamento da aprendizagem dos jovens. Essas práticas po-
protocolo para
nificativa, a formação do escritor com vistas a desenvolver vimento de cada atividade para que você possa relacionar dem ser utilizadas em cada indicação nas atividades para que avaliação formativa
estratégias de produção textual, sobretudo as referentes às cada expectativa às propostas. você avalie, observando e registrando aspectos importantes.
análise das habilidades
etapas de planejamento e revisão. Além disso, tais atividades Como nas sequências anteriores, as atividades são or- descritores
também propiciam a ampliação das competências socioe- ganizadas em momentos de sensibilização, desenvolvimen- sugestões de práticas
mocionais, tais como comunicação, colaboração, tomada de to e síntese. Ao final, encontram-se também indicações para
decisão responsável, as quais serão indicadas ao longo das que você organize a ampliação de estudos do estudante em
orientações. seus momentos de autogestão.
fortalecimento da aprendizagem 100
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Quadro geral de habilidades previstas e expectativas de aprendizagem
caixa de ferramenta
do professor
Habilidades Expectativas de aprendizagem
abertura das sequências
 EM13LP12  • Selecionar informações, dados e argumentos em fontes confiáveis, impressas e digitais e utilizá-los de forma sequência 1
Selecionar informações, dados e argumentos em fontes confiáveis, referenciada. orientações de estudo
impressas e digitais e utilizá-los de forma referenciada, para que o texto a • Sustentar as posições defendidas.
ser produzido tenha um nível de aprofundamento adequado (para além do • D01 – Localizar informações explícitas em um texto. sequência 2
senso comum) e contemple a sustentação das posições defendidas. • D07 – Identificar a tese de um texto. orientações de estudo

• D08 – Estabelecer a relação entre a tese e os argumentos oferecidos, para sustentá-la.


sequência 3
 EM13LP13  • Planejar o texto, fazendo uso de esquemas e tabelas. orientações de estudo
Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar textos escritos e • Produzir o texto, levando em conta suas condições de produção e gerenciar escolhas para produzir os efeitos de
multissemióticos, considerando sua adequação às condições de produção sentido pretendidos.
do texto, no que diz respeito ao lugar social a ser assumido e à imagem que • Revisar o texto, considerando os critérios elencados.
anexos do professor
se pretende passar a respeito de si mesmo, ao leitor pretendido, ao veículo • Avaliar a produção escrita.
• D06 – Identificar o tema de um texto. avaliação inicial
e mídia em que o texto ou produção cultural vai circular, ao contexto
imediato e sócio-histórico mais geral, ao gênero textual em questão e suas • Identificar marcas de opinião. propostas de intervenção
regularidades, à variedade linguística apropriada a esse contexto e ao uso • D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. na forma de orientação
de estudos
do conhecimento dos aspectos notacionais (ortografia padrão, pontuação • D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.
adequada, mecanismos de concordância nominal e verbal, regência verbal, • Reconhecer o efeito de sentido provocado pelas escolhas lexicais do autor. protocolo para
avaliação formativa
etc.), sempre que o contexto o exigir. • Analisar textos artísticos de maneira crítica.
• D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, análise das habilidades
em função das condições em que foi produzido e daquelas em que será recebido. descritores
• Reconhecer o fenômeno de variação linguística e o significado de preconceito linguístico.
sugestões de práticas

continua
fortalecimento da aprendizagem 101
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

 EM13LP14  • Pesquisar e planejar argumentos para um debate.


caixa de ferramenta
Produzir e analisar textos orais, considerando sua adequação aos • Reconhecer as condições de produção, recepção e circulação do debate.
do professor
contextos de produção, à forma composicional e ao estilo do gênero • Argumentar, utilizando dados e fontes confiáveis.
em questão, à clareza, à progressão temática e à variedade linguística • Posicionar-se de maneira clara e inteligível. abertura das sequências

empregada, como também aos elementos relacionados à fala (modulação • Utilizar a norma padrão para se posicionar. sequência 1
de voz, entonação, ritmo, altura e intensidade, respiração, etc.) e à cinestesia orientações de estudo
(postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressão facial,
contato de olho com plateia, etc.) sequência 2
orientações de estudo
 EM13LP26  • D06 – Identificar o tema de um texto.
Relacionar textos e documentos legais e normativos de âmbito universal, • D09 – Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto. sequência 3
nacional, local ou escolar, que envolvam a definição de direitos e deveres – • D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. orientações de estudo

em especial, os voltados a adolescentes e jovens – aos seus contextos de • D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
produção, identificando ou inferindo possíveis motivações e finalidades, • Reconhecer o contexto de produção e circulação dos gêneros do campo de atuação na vida pública.
como forma de ampliar a compreensão desses direitos e deveres. • Relacionar o tema do texto, sua estrutura e escolhas linguísticas às condições de produção, recepção e circulação do anexos do professor
texto.
avaliação inicial
 EM13LP27  • D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. propostas de intervenção
Engajar-se na busca de solução para problemas que envolvam a • D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou tema. na forma de orientação
coletividade, denunciando o desrespeito a direitos, organizando e/ou • D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, de estudos

participando de discussões, campanhas e debates, produzindo textos em função das condições em que foi produzido e daquelas em que será recebido. protocolo para
reivindicatórios, normativos, entre outras possibilidades, como forma • Analisar problemas que envolvem a coletividade e propor soluções. avaliação formativa
de fomentar os princípios democráticos e uma atuação pautada pela análise das habilidades
ética da responsabilidade, pelo consumo consciente e pela consciência descritores
socioambiental.
sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 102
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Atividade 1 zz Texto: Linhas tortas (videoclipe disponível no link: https:// como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem
“Linhas tortas” www.youtube.com/watch?v=24QmQfPCsgQ ). Aces- como conhecimentos das linguagens artística, matemática e caixa de ferramenta
so em 20 de outubro de 2021. científica, para se expressar e partilhar informações, experiên- do professor
Habilidade: (EM13LP13)
cias, ideias e sentimentos em diferentes contextos, além de
Competências socioemocionais: comunicação e colaboração abertura das sequências
Expectativas de aprendizagem produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo”.
O objetivo desta atividade é problematizar a questão da sequência 1
zz Planejar o texto, fazendo uso de esquemas e tabelas.
orientações de estudo
produção escrita para além das redações escolarizadas.
zz Produzir o texto, levando em conta suas condições de
Para isso, propõe-se, inicialmente, que os estudantes ouçam Momento 1
produção e gerenciar escolhas para produzir os efeitos de (Sensibilização - 1 aula) sequência 2
uma música e reconheçam a importância da escrita na vida
sentido pretendidos. orientações de estudo
do cantor. Por meio dessa discussão, propõe-se que os es- zz Professor, a prática de produção textual escrita é, muitas
Revisar o texto, considerando os critérios elencados. vezes, desafiadora para os estudantes. Nesse sentido, é
zz
tudantes reflitam sobre seu próprio processo de escrita e o sequência 3
zz Avaliar a produção escrita. relacione com os versos da canção. Além disso, com o intui- importante ressignificar com eles aquilo que se entende orientações de estudo

to de engajar os estudantes na produção, propõe-se que o por produção escrita, fazendo-os, ao final da sequência
zz D06 – Identificar o tema de um texto.
tema da proposta seja vinculado ao repertório artístico e cul- didática, reconhecer que a escrita vai além das redações
zz Identificar marcas de opinião.
tural dos estudantes. Nesse sentido, será feita a produção de escolarizadas e que essa prática está presente no cotidia-
anexos do professor
zz D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. no das pessoas.
um parágrafo argumentativo de uma indicação artística para
avaliação inicial
zz D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes a construção de um mural coletivo que poderá ser apreciado zz Antes de iniciar as etapas dessa aula, organize o tempo de
no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc. propostas de intervenção
por todos. Ao final das aulas, os estudantes refletirão sobre cada proposta de acordo com o perfil da turma. Isso sig-
na forma de orientação
zz Reconhecer o efeito de sentido provocado pelas escolhas o papel da escrita no seu cotidiano, retomarão habilidades nifica, por exemplo, que você deve observar se eles costu- de estudos
lexicais do autor. para analisar produções artísticas passando pela produção mam se envolver nas propostas, se as executam rapida- protocolo para
de um texto de forma processual (considerando as etapas mente ou se precisam ser motivados a produzir. avaliação formativa
zz Analisar textos artísticos de maneira crítica.
de planejamento, textualização, revisão, reescrita e edição).
zz Assim, ao iniciar esse momento de sensibilização, sugere- análise das habilidades
Tempo previsto: 5 (cinco) aulas
Nesse sentido, a atividade amplia a capacidade de comuni- -se que você problematize a questão da escrita apresen- descritores
Materiais sugeridos:
cação (por meio da expressão oral e escrita) e da colaboração tando o clipe da música “Linhas tortas” de Gabriel o Pen- sugestões de práticas
zz quadro e/ou projetor, cópias dos anexos indicados (plane- (na revisão em pares), dialogando com a Competência Geral sador. Na música, o rapper conta sua história e relação
jamento de texto, tabela de revisão textual e questões do 4 da BNCC (2018), a qual prevê que o estudante seja capaz de com a escrita. Tal relação, segundo o músico, começou
Enem). “Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, “na aula de Português”.
fortalecimento da aprendizagem 103
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Ao finalizar a música, procure analisar os versos sobre o escrevo?”. Nesse sentido, estabeleça um tempo para que
às que vivem de barriga no chão
modo como o músico declara seu amor pela escrita. Su- eles reflitam sobre as situações em que eles escrevem, caixa de ferramenta
tipo água pedra sapo.
gere-se que você promova uma roda de conversa sobre a como textos e vídeos para as redes sociais, listas de do professor
Entendo bem o sotaque das águas
forma como o texto evoca o poder das palavras e de como compras, entre outras possibilidades. Se possível, liste
abertura das sequências
Dou respeito às coisas desimportantes
a palavra tem o poder de “deixar as pessoas mais fortes”. as respostas no quadro.
e aos seres desimportantes. sequência 1
zz Por isso, algumas perguntas sobre a música podem aju- zz Por fim, procure sintetizar a discussão de modo que os Prezo insetos mais que aviões. orientações de estudo
dar nessa discussão. Algumas possibilidades são: estudantes reflitam sobre o fato de que a escrita vai além Prezo a velocidade
das redações da escola e que ela desempenha inúmeras sequência 2
�  Por que o título da música é Linhas Tortas? das tartarugas mais que a dos mísseis.
funções no nosso cotidiano. orientações de estudo
�  Como começou o interesse do rapper pela escrita? Tenho em mim um atraso de nascença.
�  Qual é o orgulho do cantor em escrever suas músicas? zz Apresente, então, a questão e peça para que a resol- Eu fui aparelhado sequência 3
�  Qual é a verdadeira riqueza, segundo o músico? vam para a próxima aula, orientando-os a analisarem para gostar de passarinhos. orientações de estudo
um poema e falarem sobre o eu-lírico no seu processo Tenho abundância de ser feliz por isso.
zz De maneira geral, as perguntas mostram como o rapper de escrita. Meu quintal é maior do que o mundo.
se interessou pela escrita que o permitia escrever histórias Sou um apanhador de desperdícios:
anexos do professor
e como ele desenvolveu habilidades para escrever. Além   # borasepreparar ?! Amo os restos
avaliação inicial
disso, o músico enfatiza que a verdadeira riqueza é repar- como as boas moscas.
tir seus versos com as pessoas. É interessante, ainda, co- Queria que a minha voz tivesse um formato propostas de intervenção
A questão abaixo estabelece uma relação temática com
na forma de orientação
mentar a referência do título ao ditado popular “Deus es- a produção escrita e o uso artístico da linguagem. Por isso, de canto.
de estudos
creve certo por linhas tortas” e explicar que, às vezes, não proponha que os estudantes respondam à seguinte questão Porque eu não sou da informática:
protocolo para
entendemos o propósito de uma determinada situação. do Enem (2009). eu sou da invencionática.
avaliação formativa
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
zz Além disso, pergunte aos estudantes o que têm a dizer
1. (Enem, 2009) O apanhador de desperdícios análise das habilidades
sobre sua própria produção escrita, pois muitos não con- BARROS, Manoel de. O apanhador de desperdícios.
descritores
Uso a palavra para compor meus silêncios. In. PINTO, Manuel da Costa. Antologia comentada da poesia
sideram suas produções (seja em redes sociais ou con- brasileira do século 21. São Paulo: Publifolha, 2006. p. 73-74.
Não gosto das palavras sugestões de práticas
textos mais informais) como algo autêntico e válido.
fatigadas de informar. Considerando o papel da arte poética e a leitura do
zz Em seguida, proponha aos estudantes refletir sobre a
Dou mais respeito poema de Manoel de Barros, afirma-se que
escrita. Escreva no quadro “Sobre o que ou para que eu
fortalecimento da aprendizagem 104
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
eu-lírico apresenta a preferência pela arte, como em “Que- zz Agrupe os estudantes de acordo com os objetos escolhi-
a. informática e invencionática são ações que, para
ria que a minha voz tivesse um formato /de canto./Porque dos (um grupo com “música”, um grupo com “filmes/sé- caixa de ferramenta
o poeta, correlacionam-se: ambas têm o mesmo
eu não sou da informática:/eu sou da invencionática”. ries”, um com “jogos de videogame” ou outras possibilida- do professor
valor na sua poesia.
zz Além disso, no momento da correção, procure relacionar des que possam surgir). abertura das sequências
b. arte é criação e, como tal, consegue dar voz às
diversas maneiras que o homem encontra para
o poema de Manoel de Barros ao texto de Gabriel o Pen- zz Distribua cópias da ficha de planejamento de texto pro- sequência 1
sador, para que os estudantes observem como ambos posta abaixo e deixe que eles organizem suas ideias. Essa orientações de estudo
dar sentido à própria vida. 
tratam da questão da produção escrita e seu posiciona- ficha pode ser simplesmente colocada no quadro e copia-
c. a capacidade do ser humano de criar está con-
mento a respeito disso. sequência 2
dicionada aos processos de modernização tec- da pelos estudantes.
orientações de estudo
nológicos.
Nome/Título do produto cultural: sequência 3
d. a invenção poética, para dar sentido ao desper- Momento 2
orientações de estudo
dício, precisou se render às inovações da infor- (Desenvolvimento- 3 aulas) O que é? Faça uma apresentação

mática. com informações da ficha técnica.

e. as palavras no cotidiano estão desgastadas, por Aula 1 do momento 2: Planejamento do texto Breve descrição do produto (sem
zz Ao finalizar o momento de correção da questão do Enem, dar muitos spoilers) anexos do professor
isso à poesia resta o silêncio da não comunica-
bilidade. proposta na aula anterior, comente com a turma que o Minha opinião: avaliação inicial
objetivo da aula é montar um mural de indicação artísti- Justificativas da minha opinião (por propostas de intervenção
ca e literária. que é “legal”, “interessante”)?: na forma de orientação
zz Na socialização das respostas e reflexões dos jovens, co-
de estudos
mente que o texto de Manoel de Barros também trata da zz Nesse momento, resgate com os estudantes a questão
Caso os estudantes não tenham todas as informações da protocolo para
escrita e do uso artístico das palavras. Por isso, sugere-se do que é arte e suas diferentes formas, apresentada na zz
avaliação formativa
que você chame a atenção para os versos “Não gosto das sequência anterior em formato de diagrama. ficha técnica, você pode pedir que eles pesquisem esses
dados para a aula seguinte ou permitir um tempo, se pos- análise das habilidades
palavras/fatigadas de informar”, em que o eu-lírico apre-
zz Em seguida, proponha que escolham um objeto cultural descritores
senta sua preferência por um certo tipo de escrita. sível, durante a aula para a pesquisa.
que desejam indicar para os amigos (pode ser uma mú-
sugestões de práticas
zz Sugere-se, ainda, que os estudantes grifem trechos que sica, um filme, uma série, um jogo). Ao fazer isso, os es- zz Observe ainda que, no planejamento da produção, o estu-
ajudem a responder à questão, como o verso mencionado tudantes estão utilizando suas habilidades de leitura para dante mobiliza conhecimentos prévios e precisa identifi-
anteriormente ou nos versos em que, metaforicamente, o analisar textos artísticos de maneira crítica. car o tema de seu texto, distinguir um fato de uma opinião
fortalecimento da aprendizagem 105
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
relativa a esse fato, desenvolvendo, portanto, as expectati-   # borasepreparar ?!
A incorporação de um trecho da obra para flau-
vas ligadas aos descritores D06 e D14. caixa de ferramenta
ta solo de Johann Sebastian Bach na música de
do professor
zz Estabeleça um tempo para a discussão e comente que as Como forma de articular a atividade de análise de pro-
MC Fioti demonstra a
fichas deverão ser finalizadas até o final da aula para que, dutos culturais, proponha a seguinte questão do Enem, que abertura das sequências
a. influência permanente da cultura eurocêntrica
na aula seguinte, vocês possam discutir sobre os textos e dialoga com possibilidades de análise de uma música con-
nas produções musicais brasileiras.
sequência 1
pensar em como desenvolver as justificativas. temporânea e o diálogo com outro estilo musical. orientações de estudo
b. homenagem aos referenciais estéticos que de-
� Comente que as produções finais serão parágrafos sim- ram origem às produções da música popular. sequência 2
ples para serem colocados no mural que será construído 1. (Enem, 2020) Leandro Aparecido Ferreira, o MC
c. necessidade de divulgar a música de concerto orientações de estudo
a partir das fichas. Além disso, observe que a indicação Fioti, compôs em 2017 a música Bum bum tam tam,
nos meios populares, nas periferias das grandes
da atividade já apresenta uma primeira etapa da escrita que gerou, em nove meses, 480 milhões de visuali- sequência 3
cidades.
processual sugerida na habilidade (EM13LP13), a qual en- zações no YouTube. É o funk brasileiro mais ouvido orientações de estudo
d. utilização desintencional de uma música exces-
volve o planejamento. na história do site.
sivamente distante da realidade cultural dos jo-
A partir de uma gravação da flauta que achou na vens brasileiros.
  atenção para a avaliação ! internet, MC Fioti fez tudo sozinho: compôs, cantou anexos do professor
e. inter-relação de elementos culturais vindos de
Nesse momento, se possível, circule por entre os grupos e e produziu em uma noite só. “Comecei a pesqui- avaliação inicial
realidades distintas na construção de uma nova
observe quais estudantes conseguem, de fato, justificar sua sar alguns tipos de flauta, coisas antigas. E nisso propostas de intervenção
proposta musical. 
opinião. Em caso de aulas remotas, síncronas, acompanhe a eu achei a ‘flautinha do Sebastian Bach’”, conta. A na forma de orientação
discussão nas salas temáticas. Nesse sentido, muitos podem descoberta foi por acaso: Fioti não sabia quem era Os termos em amarelo podem ser grifados, na de estudos
usar adjetivos para falar sobre o produto cultural escolhido, hora da correção, para ajudar os estudantes a
o músico alemão e não sabia tocar o instrumento. protocolo para
como “interessante”, “legal”, entre outros, mas não conseguem desenvolverem estratégias de leitura de questões de avaliação formativa
analisar esse produto para desenvolver argumentos. A A “flauta envolvente” da música é um trecho da Par- múltipla escolha.
avaliação, nesse momento, se dá por meio dessa observação análise das habilidades
tita em Lá menor, escrita pelo alemão Johann Se-
e pode ajudar a nortear as estratégias para a próxima aula. descritores
bastian Bach por volta de 1723.
Observe também a colaboração entre os componentes Aula 2 do momento 2: discussão coletiva sugestões de práticas
Disponível em: https://gl.globo.com .
de cada grupo e a forma como se comunicam, tanto no zz Inicie a aula fazendo a correção coletiva do exercício pro-
Acesso em: 6 jun. 2018 (adaptado).
uso da linguagem propriamente dita, como em relação ao posto anteriormente. A discussão da proposta musical que
respeito pelo tempo e opinião dos colegas.
fortalecimento da aprendizagem 106
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
une música clássica ao funk pode auxiliar na discussão
Produto cultural Aspectos que podem ser analisados para Grafite Contexto de produção (em que
� 
de que o repertório cultural amplia nossa possibilidade de escolhido justificar opinião contexto foi produzido esse texto?) caixa de ferramenta
acesso à cultura. Por exemplo, ao ouvir o funk proposto Autoria (como os grafites do Kobra, do professor
Música/Cantor �  Tema � 

na questão do Enem, é possível reconhecer a relação com Ritmo/Melodia por exemplo)


�  abertura das sequências
uma música clássica produzida no início do século XVIII, Timbre da voz Cores
� 
� 
sequência 1
na Alemanha. �  Contexto de produção (em que Tema
� 
orientações de estudo
contexto foi produzida essa música?) Espaço de circulação
zz Nesse sentido, faça a leitura do texto e comente que ele � 

apresenta um modelo do parágrafo que será produzido Textos literários �  Tema sequência 2
�  Enredo (em textos narrativos) zz As possibilidades mostradas na tabela não visam restrin- orientações de estudo
pelos estudantes nas aulas seguintes. Explore com eles o
�  Construção das personagens (eles gir as possibilidades levantadas pelos estudantes, mas
fato de o texto ter sido publicado em um portal de notícias,
fazem o leitor se identificar com suas podem ampliar o olhar para análise de produtos culturais sequência 3
para que observem a função desse texto, seu suporte, en-
questões, por exemplo). que os interessem. orientações de estudo
tre outras questões que envolvem as condições de produ-
�  Estilo do autor (maneira como ele
ção, recepção e circulação. escolhe as palavras, por exemplo) zz Finalizado esse momento, procure estabelecer um tempo

�  Contexto de produção (em que para que os estudantes retomem as fichas preenchidas
zz Durante a correção, procure desenvolver também estraté- anexos do professor
contexto foi produzido esse texto?) na aula anterior e as complementem com informações
gias de leitura de questões de múltipla escolha. Por exem-
Filmes/Séries �  Tema que julguem pertinentes. avaliação inicial
plo, nos item A e D, os termos “permanente” e “desinten-
�  Enredo propostas de intervenção
cional” invalidam a alternativa.
�  Trilha sonora Aulas 3 e 4 do momento 2 : textualização e revisão na forma de orientação
zz Apresente, então, uma tabela dos produtos culturais esco- �  Atores (estilo da atuação) em pares de estudos
lhidos e pergunte sobre quais os elementos dessas obras �  Figurino zz Comente com os estudantes que é chegado o momento protocolo para
podem ser analisados para justificar a opinião dos estu- Fotografia (imagens, paisagens)
avaliação formativa
�  de transformar as fichas produzidas na aula anterior em
dantes. Jogos de �  Narrativa (os desafios propostos, os pequenos parágrafos de indicação artística para o mural análise das habilidades
videogame objetivos do jogo) da sala. O objetivo é proporcionar um momento de escrita descritores
zz Sugere-se, assim, que essa tabela seja projetada ou escri-
ta no quadro para que os estudantes tenham como aces- �  Aspectos estéticos (som, gráficos, sobre um tema que faça sentido para a turma. sugestões de práticas
sar seu conteúdo para revisar suas fichas. Um sugestão, construção das imagens)
zz Por essa razão, considerando o contexto, o parágrafo pode
com possíveis respostas, podem ser encontradas na ta- �  Mecânica (os comandos usados para auxiliar na construção de um texto argumentativo, sem a
determinar ações)
bela abaixo: necessidade de produção de um gênero mais complexo
fortalecimento da aprendizagem 107
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
como a resenha crítica que poderia, nesse caso, afastar o
Coesivos � As ideias estão ligadas por conectivos Apresenta uma descrição do
estudante da proposta e desestimulá-lo. (palavras que dão ideia de adição, produto? caixa de ferramenta
oposição, explicação e conclusão)? do professor
zz Feitas as considerações, retome o texto base da questão Apresenta a opinião do autor?
do Enem proposta anteriormente para que ele sirva de Notacionais � As palavras estão grafadas de acordo abertura das sequências
com a norma-padrão? Apresenta uma justificativa da
modelo para essa produção. Peça, então, que os estudan- opinião (argumentos)?
sequência 1
tes redijam seus parágrafos argumentativos de recomen- zz Como forma de ajudá-los a conectar ideias, distribua có- orientações de estudo
As ideias estão ligadas por
dação e considerem os seguintes elementos (relativos às pias de uma tabela de conectivos. Uma possibilidade de conectivos (palavras que dão sequência 2
condições de produção, recepção e circulação) na hora tabela pode ser encontrada no link: https://escreverepra- ideia de adição, oposição,
orientações de estudo
de produzir o texto. ticar.com.br/tabela-conectivos/ . Acesso em 18 de explicação e conclusão)?

novembro de 2021. Salienta-se, contudo, que não se trata Outras sugestões: sequência 3
O que eu vou
Um parágrafo argumentativo de propor que os estudantes analisem os conectivos, mas orientações de estudo
escrever?

Para quê? Para indicar um produto cultural


utilizem a tabela como fonte de consulta.
  para se aprofundar
zz Ao refletir sobre o uso de conectivos na produção, o es-
Para quem? Para os meus colegas
tudante desenvolve a expectativa ligada ao descritor D15 Revisar ou corrigir? anexos do professor
Onde esse texto
No mural coletivo da sala que prevê que o estudante seja capaz de estabelecer rela- avaliação inicial
vai circular? As atividades de revisão, sejam elas em pares, coletivas ou
ções lógico-discursivas no texto. individuais, propõem momentos em que o estudante volta propostas de intervenção
ao texto (o próprio ou de um colega) e repensa a produção na forma de orientação
zz Além dos aspectos citados, apresente a tabela de critérios zz Quando os estudantes finalizarem a produção da primeira
a partir de alguns critérios. de estudos
que servirá de norteadora para a produção: versão, proponha o momento da revisão textual (em pa-
Sobre esse aspecto, sugere-se a leitura do texto: protocolo para
res). Para isso, distribua cópias da tabela de critérios de avaliação formativa
Critérios Detalhamento do critério “Como devolver ao texto o que é do texto”, disponível
observação baseada nos critérios apresentados anterior-
Discursivos É um parágrafo de recomendação de
�  em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/ análise das habilidades
mente e divida os estudantes em duplas.
um produto cultural? File/deb_nre/formacao_portugues/como_devolver_ descritores
ao_texto_o_que_e_do_texto.pdf . Acesso em 10 de
Apresenta uma descrição?
�  Onde está Sugestão de sugestões de práticas
Critério outubro de 2021.
Apresenta a opinião do autor?
� 
no texto? melhorias

Apresenta uma justificativa da opinião


�  É um parágrafo de recomendação zz Conduza a atividade para que eles atuem como leitores
(argumentos)? de um produto cultural?
críticos das produções, de forma respeitosa e colaborati-
fortalecimento da aprendizagem 108
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
va, explicando a importância da consideração com o tex-
Momento 3 Atividade 2
to do outro. (Síntese- 1 aula) Argumentar é difícil? caixa de ferramenta
do professor
zz Estabeleça um tempo da aula para que os estudantes zz Como forma de finalizar a proposta, solicite aos estudan- Habilidades: (EM13LP12); (EM13LP14); (EM13LP26);
executem a proposta e abra para a discussão dos crité- tes que escrevam suas versões finais a partir dos critérios (EM13LP27) abertura das sequências
rios, sobretudo naqueles em que eles sentirem mais difi- revisados coletivamente.
Expectativas de aprendizagem sequência 1
culdade. Nesse momento, peça que deem exemplos dos orientações de estudo
zz Retome o percurso dessa atividade com os jovens, evi-
tipos de conectivos sequenciais que foram encontrados zz Selecionar informações, dados e argumentos em fontes
denciando que, a partir da análise da música do Gabriel
na produção e liste-os no quadro. confiáveis, impressas e digitais e utilizá-los de forma refe- sequência 2
o Pensador e da proposta de produção do mural coleti-
renciada. orientações de estudo
zz Uma sugestão de como essa tabela pode ser construída vo, foram feitas atividades para desenvolver um parágrafo
zz Sustentar as posições defendidas.
pode ser encontrada no exemplo abaixo: que passou pelo seguinte percurso: planejamento, textua- sequência 3
lização, revisão e reescrita. zz Pesquisar e planejar argumentos para um debate. orientações de estudo
Tipos de conectivos que Exemplos encontrados nos
dão ideia de... textos: zz Antes da publicação da versão final, sugere-se que você zz Reconhecer as condições de produção, recepção e circu-
observe se há necessidade de edição no texto, sobretudo lação do debate.
adição além disso, também
no que se refere a questões notacionais (como ortografia anexos do professor
oposição embora, mas, no entanto, zz Argumentar, utilizando dados e fontes confiáveis.
porém e concordância). avaliação inicial
zz Posicionar-se de maneira clara e inteligível.
explicação por exemplo, dessa forma, propostas de intervenção
Para a construção do mural colaborativo zz Utilizar a norma padrão para se posicionar.
ou seja na forma de orientação
zz D01 – Localizar informações explícitas em um texto. de estudos
conclusão portanto, assim, logo Sugere-se que esse mural seja colocado em um espaço
de circulação, para que os estudantes possam entrar em zz D06 – Identificar o tema de um texto. protocolo para
contato com as produções uns dos outros. avaliação formativa
zz Salienta-se que o objetivo é trazer à consciência do estu-
zz D07 – Identificar a tese de um texto.
dante a questão da coesão (sobretudo no que se refere à Outra possibilidade, caso seja possível, é fazer uso de análise das habilidades
coesão sequencial). Por essa razão, não se propõe que zz D08 – Estabelecer relação entre a tese e os argumentos descritores
ferramentas digitais, como o Padlet. Um tutorial para
seja apresentada uma tabela com inúmeros conectivos, essa produção está disponível em: https://www.youtube. oferecidos para sustentá-la.
sugestões de práticas
mas que eles sejam problematizados a partir das produ- com/watch?v=tfAXW8pW2vc . Acesso em 10 de zz D09 – Diferenciar as partes principais das secundárias
outubro de 2021.
ções dos estudantes. em um texto.
fortalecimento da aprendizagem 109
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gê- da lei de cotas raciais. Em seguida, propõe-se a leitura coletiva
zz
Momento 1
neros. de uma lei, para ampliar o repertório dos estudantes a respeito caixa de ferramenta
(Sensibilização - 1 aula)
da função social e estrutura desse texto. Além disso, propõe-se do professor
zz D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o
locutor e o interlocutor de um texto. que os estudantes, a partir de pesquisas, categorizem alguns zz Professor/a, o foco desta atividade é problematizar abertura das sequências
tipos de argumentos para, ao final, participarem de um debate com o estudante o tema das cotas raciais e, ao mesmo
zz Reconhecer o contexto de produção e circulação dos gê- sequência 1
regrado. Dessa forma, a atividade dialoga com a Competência tempo, promover o desenvolvimento de habilidades de
neros do campo de atuação na vida pública. orientações de estudo
Geral 7 da BNCC(2018), pois propõe que o estudante seja ca- leitura de textos normativos e legais e engajá-los nas
zz D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. paz de “Argumentar com base em fatos, dados e informações sequência 2
questões da vida pública por meio da realização de um
zz D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de debate oral. orientações de estudo

opiniões relativas ao mesmo fato ou tema. vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos
humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsá-
zz A escolha do tema se dá porque a questão do racismo sequência 3
Tempo previsto: 5 (cinco) aulas foi explorada na leitura de textos jornalísticos e artísticos
vel em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético orientações de estudo
Materiais sugeridos: cópias dos anexos indicados nessa ati- em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. presentes em atividades das sequências anteriores, am-
vidade, quadro/projetor, computadores ou dispositivos com Por meio de um debate, espera-se que os jovens consigam se pliando o repertório dos estudantes. Além disso, esse de-
acesso à internet. posicionar de maneira embasada, ética e respeitosa, tal qual bate voltou à tona uma vez que a lei que estabelece cotas anexos do professor
proposto na competência mencionada. completará 10 (dez) anos de sua criação e precisará ser
zz Canção “Cota não é esmola” - disponível em: https://www. avaliação inicial
revista em 2022. A escolha de um tópico como esse tam-
youtube.com/watch?v=QcQIaoHajoM
propostas de intervenção
Possibilidade de ampliação bém pode proporcionar que os jovens desenvolvam habi-
na forma de orientação
Competências socioemocionais: colaboração, comunica-
Professor/a, caso ache interessante, a atividade de lidades ligadas à abertura para o novo e a consciência e de estudos
ção, persistência, determinação, abertura para o novo e cons-
pesquisa sugerida abaixo pode ser articulada com a iniciativa social.
protocolo para
ciência e iniciativa social. questão da curadoria e da análise de fake news. Para isso, avaliação formativa
zz Inicie, portanto, levantando conhecimentos prévios sobre
Esta atividade tem como objetivo ampliar a capacidade sugere-se o uso de alguns materiais tais como:
o que os estudantes sabem sobre as cotas raciais para análise das habilidades
dos estudantes de analisar e produzir textos argumentativos de plataforma Pilares do Futuro disponível em: descritores
o ingresso nas universidades e instituições federais e se
modo que possam perceber a articulação entre essa tipologia https://pilaresdofuturo.org.br/
eles são contra ou a favor das cotas. sugestões de práticas
com o campo de atuação na vida pública. Para isso, propõe-se
Vídeo: Como identificar fake news disponível em:
um momento de sensibilização a partir de uma situação real e zz Se possível, apresente a música de Bia Ferreira “Cota
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/assista/tv/16908-
contemporânea, para que os jovens possam se mobilizar para como-identificar-fake-news não é esmola”. A canção, como o título aponta, defende
pesquisar argumentos contrários e favoráveis à manutenção a política de cotas, refutando o argumento de que cota
fortalecimento da aprendizagem 110
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
é esmola. Caso não seja possível apresentar a músi- 3. Critérios de avaliação
ca, indique-a para os estudantes e apresente um trecho caixa de ferramenta
para iniciar a discussão: “Vai pagar a faculdade, porque Critérios de avaliação do Bom Parcialmente bom Razoável do professor
grupo
preto e pobre não vai pra USP. Foi o que disse a profes-
abertura das sequências
sora que ensinava lá na escola. Que todos são iguais e A seleção dos argumentos Todos os argumentos A maioria dos argumentos Os argumentos fogem do
sequência 1
que cota é esmola” foi cuidadosa e organizada foram selecionados de foi selecionada de acordo tema ao focar no racismo
orientações de estudo
acordo com tema. com tema. e não exemplificar sua
zz Comente com os estudantes que ao longo das aulas,
eles levantarão argumentos contra e a favor da política
relação com as cotas. sequência 2
de cotas raciais para, ao final da atividade, participar de orientações de estudo
Os argumentos foram Todos os argumentos A maioria dos argumentos Os argumentos não foram
um debate regrado. Indique que, em uma atividade como apresentados de forma foram apresentados de foram apresentados de apresentados de maneira
sequência 3
essa, é importante que todos estejam abertos e recepti- lógica e ordenada forma lógica e ordenada. forma lógica e ordenada. ordenada.
orientações de estudo
vos a novas ideias, opiniões e argumentos.
Contra-argumentação no Todos os contra- A maioria dos contra- Muitos contra-argumentos
zz Dessa forma, apresente a proposição do debate bem como debate argumentos são precisos e argumentos são precisos e são frágeis ou incoerentes.
os critérios de avaliação propostos na tabela ao lado. relevantes. relevantes. anexos do professor

Uso de dados no momento Cada argumento é apoiado Muitos argumentos estão Poucos argumentos estão avaliação inicial
Proposta: debate regrado do debate em dados ou informações apoiados em dados ou apoiados em dados ou propostas de intervenção
1. Tema: revisão da lei sobre as cotas raciais relevantes e confiáveis. informações relevantes e informações relevantes e na forma de orientação
confiáveis. confiáveis. de estudos
2. Um grupo argumenta contra e o outro a favor da manu-
tenção da lei de cotas protocolo para
Uso da linguagem A linguagem usada foi A linguagem usada foi A linguagem usada não foi avaliação formativa
clara e houve uso dos parcialmente clara e houve clara ou não houve uso dos
análise das habilidades
operadores argumentativos. algum uso dos operadores operadores argumentativos.
descritores
argumentativos.
sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 111
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Ao apresentar os critérios para os estudantes, mostre a zz Além disso, o próprio encaminhamento da atividade (a ma-
https://novaescola.org.br/conteudo/5235/cotas-raciais-
relação dos critérios com o gênero debate, como o uso de neira como estão propostas as questões) estabelece uma caixa de ferramenta
como-abordar-esse-tema-espinhoso-na-aula . Acesso
argumentos e contra-argumentos (e da necessidade de em 10 de outubro de 2021. progressão para a leitura. Textos mais complexos, como do professor
conhecer os dois lados), assim como a questão da lingua- este, são ótimos oportunidades de trabalhar a persistência
abertura das sequências
Para organizar o debate, propõe-se a leitura do artigo:
gem e do uso dos operadores argumentativos. e a determinação dos estudantes, auxiliando-os a não de-
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias- sequência 1
sistir da leitura por meio da mediação das atividades.
zz Sobre o uso desses operadores, sugere-se que você reto- ensino/como-organizar-conduzir-um-debate-formal- orientações de estudo
me a atividade anterior que trata de conectivos e discuta sala-aula.htm . Acesso em 10 de outubro de 2021. zz Em seguida, distribua cópias do arquivo que contempla o
coletivamente quais poderiam ser usados em um debate texto e as atividades a serem feitas. sequência 2
que é, essencialmente, organizado por movimentos argu- orientações de estudo

mentativos de argumentação e contra-argumentação. Momento 2 sequência 3


zz Nesse sentido, liste na lousa algumas expressões que po-
(Desenvolvimento - 3 aulas)
orientações de estudo
dem ser utilizadas por eles no momento do debate, tais
Aula 1 do momento 2:
como “Na minha opinião”, “Por um lado..”, “Embora”, “É pre-
análise do texto legal em grupos
ciso considerar que…”
Presidência da República anexos do professor
zz Para iniciar a aula, divida a turma em grupos de trabalho e
zz Finalize a aula dividindo a turma em dois grandes gru- Casa Civil avaliação inicial
diga-lhes que inicialmente, eles farão a leitura do texto da
pos: um contra e o outro a favor. Caso a turma seja mui- Subchefia para Assuntos Jurídicos
lei 12.711/2012, que dispõe sobre a política de cotas para propostas de intervenção
to grande, faça quatro grupos (dois contra e dois a favor), LEI Nº 12.711, DE 29 DE AGOSTO DE 2012. na forma de orientação
a universidade. Sugira que eles tomem notas das princi-
para que todos tenham a oportunidade de se expressar de estudos
pais informações sobre o texto de acordo com as ques- Mensagem de veto
e argumentar. protocolo para
tões propostas. Regulamento
avaliação formativa
  para se aprofundar zz Por se tratar de um texto normativo, com um vocabulário Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas insti- análise das habilidades
difícil, comente com os estudantes que as questões ser- tuições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras descritores
Cotas raciais e debate providências.
virão para que tomem notas e esclareçam dúvidas. Sobre
sugestões de práticas
Para aprofundar a questão e ampliar o repertório sobre o essa questão, sugere-se que você faça um glossário na
tema, sugere-se a leitura do artigo “Cotas raciais: como A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o
lousa, para que os jovens anotem os termos e suas res-
abordar esse tema espinhoso na aula?”, disponível em: Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
pectivas definições.
continua
fortalecimento da aprendizagem 112
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Art. 1º As instituições federais de educação superior Art. 4º As instituições federais de ensino técnico de ní- Presidência da República, serão responsáveis pelo acom-
caixa de ferramenta
vinculadas ao Ministério da Educação reservarão, em vel médio reservarão, em cada concurso seletivo para in- panhamento e avaliação do programa de que trata esta
do professor
cada concurso seletivo para ingresso nos cursos de gra- gresso em cada curso, por turno, no mínimo 50% (cinquen- Lei, ouvida a Fundação Nacional do Índio (Funai).
duação, por curso e turno, no mínimo 50% (cinquenta por ta por cento) de suas vagas para estudantes que cursaram abertura das sequências
Art. 7º No prazo de dez anos a contar da data de pu-
cento) de suas vagas para estudantes que tenham cursa- integralmente o ensino fundamental em escolas públicas.
blicação desta Lei, será promovida a revisão do progra- sequência 1
do integralmente o ensino médio em escolas públicas. orientações de estudo
Parágrafo único. No preenchimento das vagas de ma especial para o acesso às instituições de educação
Parágrafo único. No preenchimento das vagas de que trata o caput deste artigo, 50% (cinquenta por cento) superior de estudantes pretos, pardos e indígenas e de
pessoas com deficiência, bem como daqueles que te-
sequência 2
que trata o caput deste artigo, 50% (cinquenta por cento) deverão ser reservados aos estudantes oriundos de fa-
orientações de estudo
deverão ser reservados aos estudantes oriundos de fa- mílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo nham cursado integralmente o ensino médio em esco-
mílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo (um salário-mínimo e meio) per capita . las públicas. (Redação dada pela Lei nº 13.409, de 2016)
sequência 3
(um salário-mínimo e meio) per capita .
Art. 5º Em cada instituição federal de ensino técnico Art. 8º As instituições de que trata o art. 1º desta Lei orientações de estudo

Art. 2º (VETADO) de nível médio, as vagas de que trata o art. 4º desta Lei deverão implementar, no mínimo, 25% (vinte e cinco
serão preenchidas, por curso e turno, por autodeclara- por cento) da reserva de vagas prevista nesta Lei, a cada
Art. 3º Em cada instituição federal de ensino superior,
dos pretos, pardos e indígenas e por pessoas com defici- ano, e terão o prazo máximo de 4 (quatro) anos, a partir
as vagas de que trata o art. 1º desta Lei serão preenchidas, anexos do professor
ência, nos termos da legislação, em proporção ao total de da data de sua publicação, para o cumprimento integral
por curso e turno, por autodeclarados pretos, pardos e in-
vagas no mínimo igual à proporção respectiva de pretos, do disposto nesta Lei. avaliação inicial
dígenas e por pessoas com deficiência, nos termos da le-
pardos, indígenas e pessoas com deficiência na popula- propostas de intervenção
gislação, em proporção ao total de vagas no mínimo igual à Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publi-
ção da unidade da Federação onde está instalada a insti- na forma de orientação
proporção respectiva de pretos, pardos, indígenas e pesso- cação.
tuição, segundo o último censo do IBGE. (Redação dada de estudos
as com deficiência na população da unidade da Federação
pela Lei nº 13.409, de 2016) Brasília, 29 de agosto de 2012; 191º da Independên- protocolo para
onde está instalada a instituição, segundo o último censo
cia e 124º da República. avaliação formativa
da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Parágrafo único. No caso de não preenchimento das
- IBGE. (Redação dada pela Lei nº 13.409, de 2016) vagas segundo os critérios estabelecidos no caput deste DILMA ROUSSEFF análise das habilidades
artigo, aquelas remanescentes deverão ser preenchidas Aloizio Mercadante Luiza Helena de Bairros descritores
Parágrafo único. No caso de não preenchimento das
por estudantes que tenham cursado integralmente o en- Miriam Belchior Gilberto Carvalho
vagas segundo os critérios estabelecidos no caput deste sugestões de práticas
sino fundamental em escola pública. Luís Inácio Lucena Adams
artigo, aquelas remanescentes deverão ser completadas
por estudantes que tenham cursado integralmente o en- Art. 6º O Ministério da Educação e a Secretaria Es- Glossário:
sino médio em escolas públicas. pecial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da caput – parte superior, cabeça do artigo ou capítulo
fortalecimento da aprendizagem 113
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Questões para análise do texto:
Seção do texto Conteúdo do artigo h. Art. 8º VIII Apresenta a data em que entra em
1. Observe o brasão federal e as informações no início do vigor a lei. caixa de ferramenta
a. Art. 1º I Artigo vetado (não foi aprovado). do professor
texto. Essas informações permitem observar que esse
i. Art. 9º IX Dispõe que 50% das vagas das
lei é: b. Art. 2º II Determina que a proporção de pretos, abertura das sequências
universidades e instituições federais
a. federal, ou seja, válida para todo território brasileiro. 
pardos e indígenas e de pessoas
devem ser destinadas a estudantes sequência 1
com deficiência na instituição deve orientações de estudo
de escolas públicas.
b. estadual, ou seja, vale para um estado específico. estar de acordo com a população do
c. municipal, ou seja, específica para um município. estado onde está o instituto de nível Gabarito:
sequência 2
técnico do Ensino Médio. a) IX; d) VI; g) V; orientações de estudo
2. Identifique o número da lei e quando ela foi sancionada.
b) I; e) II; h) VII,
Espera-se que o estudante reconheça a informação: LEI c. Art. 3º III Apresenta os responsáveis pelo sequência 3
c) IV; f) III; i) VIII
Nº 12.711, DE 29 DE AGOSTO DE 2012. acompanhamento e avaliação do orientações de estudo
programa.
6. Como você já deve ter percebido, a lei apresenta nove
3. No canto esquerdo, logo abaixo da data, encontra-se a emen-
d. Art. 4º IV Determina que a proporção de pretos, artigos. Alguns desses artigos apresentam parágrafos
ta, ou seja, a descrição da lei. Qual é o conteúdo do texto?
pardos e indígenas e de pessoas com que explicam ou apresentam informações extras sobre anexos do professor
Solicite que os estudantes reconheçam o trecho “Dispõe
deficiência na instituição de acordo eles. Leia com atenção esse parágrafo:
sobre o ingresso nas universidades federais e nas avaliação inicial
instituições federais de ensino técnico de nível médio e com a população do estado onde
Parágrafo único. No preenchimento das vagas de que propostas de intervenção
dá outras providências”. está a universidade ou instituto.
trata o caput deste artigo, 50% (cinquenta por cento) de- na forma de orientação
verão ser reservados aos estudantes oriundos de famílias de estudos
e. Art. 5º V Estabelece o prazo de revisão de 10
4. Leia o preâmbulo da lei: “A PRESIDENTA DA REPÚBLI-
anos para a lei. com renda igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo (um sa- protocolo para
CA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu avaliação formativa
lário-mínimo e meio) per capita.
sanciono a seguinte Lei”. A função desse trecho é f. Art. 6º VI Dispõe que 50% das vagas dos
análise das habilidades
institutos de nível técnico do Ensino Qual informação esse parágrafo acrescenta com rela-
a. apresentar o conteúdo da lei. descritores
Médio devem ser destinadas a ção ao anterior?
b. evidenciar que a lei foi sancionada pela presidenta.  estudantes de escolas públicas. sugestões de práticas
Gabarito: o parágrafo explica que 50% dos estudantes
c. mostrar o objetivo da lei.
g. Art. 7º VII Estabelece o prazo para implementar (dentro do total de cotistas) deverão ser enquadrados
5. Leia os artigos com atenção e relacione as colunas da no critério renda per capita (ou seja, renda por pessoa da
a lei (em até 4 anos).
esquerda com a direita. família).
fortalecimento da aprendizagem 114
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Promova uma correção coletiva e questione os estudan-
Argumento de Argumento de causa Evidência Dados estatísticos ou pesquisas
tes sobre o modo como eles tomaram decisões, inda- autoridade e consequência caixa de ferramenta
comprovam a tese.
gando qual palavra ou expressão os ajudou a chegar na do professor
resposta. Causa e Nesse tipo de argumento, é preciso
abertura das sequências
consequência que a tese (ser contra ou a favor)
zz Utilize esse momento para discutir com os estudantes Tipos de sequência 1
tenha uma relação direta com aquilo
cada um dos aspectos do texto, tanto os relativos a sua argumentos
que está sendo apresentado e orientações de estudo
função quanto os que se relacionam a sua estrutura, uso exemplificado.
de expressões, entre outras possibilidades. Comente com sequência 2
eles que essa leitura os ajudará a desenvolver habilidades Argumento por Argumento por orientações de estudo

para ler textos legais de modo a possibilitar que possam


exemplificação evidência   para se aprofundar
sequência 3
reconhecer seus direitos enquanto cidadãos.
zz Discuta com os estudantes os modos como podem pes- Textos para pesquisa orientações de estudo

quisar os argumentos, utilizando os tipos de argumento


Aulas 3 e 4 do momento 2 : pesquisa e organização Professor/a, para que você possa auxiliar os estudantes a
dos argumentos como critério. Nesse sentido, divida novamente a turma pesquisar, sugere-se a leitura do artigo: “O lugar do mérito
em grupos por argumento (independentemente de serem no debate sobre as cotas raciais”, disponível em: https:// anexos do professor
zz Após a leitura da lei e discussão sobre o contexto de pro- jornal.usp.br/especial/o-lugar-do-merito-no-debate-
contra ou a favor). A tabela abaixo mostra uma definição avaliação inicial
dução do debate (a revisão da política de cotas), explicite sobre-as-cotas-raciais/ .
do tipo do argumento, bem como possibilidades para aju- propostas de intervenção
que as próximas duas aulas serão para elencar e orga-
dar os estudantes, caso seja necessário. na forma de orientação
nizar os argumentos que acontecerão na síntese dessa zz Para auxiliar os estudantes a estruturar seus argumentos, de estudos
atividade. proponha que preencham o quadro com seu argumento
Tipo de argumento Explicação protocolo para
zz Retome os critérios apresentados na problematização, Abaixo, um exemplo. avaliação formativa
Autoridade Uso de pessoas de referência,
sobretudo os que descreviam os argumentos, e comen- análise das habilidades
autoridades, para comprovar aquilo Tipo de argumento
te com a turma que nessa atividade eles serão divididos descritores
que se diz (sociólogos, antropólogos, Fato
em novos grupos para pesquisar por tipos de argumentos
pesquisadores envolvidos na área). sugestões de práticas
para defender (ou não) a manutenção das cotas raciais. Explicação
Exemplificação Exemplos que comprovam a tese Relação do argumento
zz Apresente, então, o diagrama abaixo com alguns dos ti-
(seja ela contra ou a favor). com a tese
pos de argumentos possíveis:
fortalecimento da aprendizagem 115
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Caso os estudantes não tenham acesso à internet para
Sobre o conteúdo atitudinal Atividade 3
selecionar os argumentos, proponha uma pesquisa cole-
�  Posicionar-se ética e respeitosamente. Escrever certo? Certo “pra” quem? caixa de ferramenta
tiva em sites confiáveis. Nesse momento, pode-se propor do professor
�  Ouvir o outro sem interromper. Habilidades: (EM13LP13); (EM13LP27)
a discussão sobre a confiabilidade das fontes de pesquisa
�  Anotar os argumentos que serão rebatidos pelo grupo. abertura das sequências
e onde elas podem ser encontradas. Caso isso não seja Expectativas de aprendizagem
sequência 1
possível, retome a reportagem apresentada na sequência Sobre o conteúdo conceitual
zz Planejar o texto, fazendo uso de esquemas e tabelas. orientações de estudo
didática 1 deste material, que apresenta argumentos so- �  Uso de argumentos utilizando fontes confiáveis.
Produzir o texto, levando em conta suas condições de
bre a importância das cotas raciais. zz
sequência 2
produção e gerenciar escolhas para produzir os efeitos de
orientações de estudo
zz Combine com os estudantes a data do debate, para que zz Procure deixar a sala organizada em dois grupos e inicie a
sentido pretendidos.
todos estejam preparados e organizados. proposta. Em caso de aulas remotas, síncronas, divida o sequência 3
grupo em salas temáticas. zz Revisar o texto, considerando os critérios elencados.
orientações de estudo
Avaliar a produção escrita.
Momento 3
zz

(Síntese - 1 aula)   atenção para a avaliação ! zz D06 – Identificar o tema de um texto.


anexos do professor
zz Antes de iniciar o debate propriamente dito, combine com A avaliação aqui pode contemplar os aspectos zz Identificar marcas de opinião.
avaliação inicial
os estudantes algumas regras para a boa execução da conceituais (utilizando-se as rubricas apresentadas no
zz D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
proposta e os critérios de observação e avaliação. Uma início da atividade) e também aspectos atitudinais e propostas de intervenção
socioemocionais. Sobre este último aspecto, sugere- D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes na forma de orientação
possibilidade para esse momento pode ser observada no zz
de estudos
se uma autoavaliação, na qual os estudantes devam no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.
quadro abaixo.
responder à seguinte questão: protocolo para
zz Reconhecer o efeito de sentido provocado pelas escolhas avaliação formativa
Sugestão de regras do debate
Como eu avalio minha participação no debate? lexicais do autor. análise das habilidades
Sobre o tempo descritores
Verifique se as orientações para a autoavaliação que zz D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma infor-
�  Tempo para a apresentação do argumento.
se encontram no Protocolo de Avaliação Formativa mação na comparação de textos que tratam do mesmo sugestões de práticas
�  Tempo para a contra-argumentação.
podem auxiliá-lo nos encaminhamentos para promover a tema, em função das condições em que foram produzi-
�  Tempo para perguntas.
autoavaliação dos jovens.
dos e daquelas em que serão recebidos.
fortalecimento da aprendizagem 116
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Reconhecer o fenômeno de variação linguística e o signi- Ao final das aulas, os estudantes produzirão textos argu- zz Note, ainda, que a atividade, embora seja de produção tex-
ficado de preconceito linguístico. mentativos, de maneira processual, desenvolvendo habilida- tual, pressupõe conhecimentos prévios que envolvem a lei- caixa de ferramenta
des de produção escrita e analisarão questões do Enem, que tura. Assim, para que o estudante produza um texto argu- do professor
zz Analisar problemas que envolvem a coletividade e propor
tratam da questão da variação linguística. mentativo, é necessário que ele identifique o tema desse
soluções. abertura das sequências
texto, consiga distinguir um fato e sua opinião sobre esse
Tempo previsto: 6 (seis) aulas Por fim, salienta-se que a atividade permite ampliar o sequência 1
fato, utilize conectivos, estabelecendo relações lógico-dis-
autoconhecimento, uma vez que o estudante se reconhece orientações de estudo
Materiais sugeridos: cópias ou projeção do texto e atividade, cursivas. Por essa razão, os descritores D06, D14 e D15
como um falante legítimo da língua portuguesa, e aumentar
questões do Enem.
sua capacidade de se expressar, seja por meio da escrita ou
estão contemplados nas expectativas de aprendizagem sequência 2
dessa atividade. Essas expectativas também são retoma- orientações de estudo
Competências socioemocionais: colaboração, comunica- oralmente, de acordo com o contexto.
das nos momentos de revisão textual, seja em duplas ou
ção, persistência, determinação, abertura para o novo, cons-
coletivas, uma vez que o estudante torna-se o leitor crítico sequência 3
ciência e iniciativa social.
da produção textual de outrem. orientações de estudo
Momento 1
O objetivo desta atividade é a produção de um texto argu-
(Sensibilização - 1 aula) zz Além disso, sugere-se que essa situação de produção
mentativo a ser publicado em uma rede social. Nesse sentido, seja articulada à noção de variação linguística (sobretudo
zz Professor/a, o objetivo desta atividade é apresentar o con-
pretende-se que o estudante reconheça que a argumentação anexos do professor
ceito de variação linguística a partir de uma perspectiva a situacional ou contextual), na qual se observa a língua
faz parte do universo do jovem e não está presente apenas como um fenômeno vivo e desvincula-se a noção de que avaliação inicial
social e analítica. Nesse sentido, muitos estudantes po-
em artigos de opinião (apresentados na primeira sequência existe uma forma “correta” de escrever.
dem se achar incapazes de produzir textos argumentati- propostas de intervenção
deste material) e textos dissertativos-argumentativos esco- na forma de orientação
vos por acreditarem que a argumentação só se constrói zz Inicialmente, escreva no quadro os nomes das redes so-
larizados. Além disso, ao propor um contexto de produção de estudos
produzindo textos complexos, tais como artigos de opi- ciais em uma espécie de diagrama e pergunte aos estu-
mais autêntico, é possível problematizar o uso da língua e protocolo para
nião ou textos dissertativos-argumentativos, próprios da dantes se eles as utilizam e com qual finalidade. A cada avaliação formativa
desvincular a noção de que existe uma única forma “correta”
esfera escolar. contribuição, você pode acrescentar as ideias-chave.
de se comunicar. Tal escolha também permite resgatar a au- análise das habilidades
toestima do estudante, uma vez que possibilita legitimar cer- zz A atividade propõe que, a partir de uma situação-proble- zz Apresente, então, a questão do Enem para leitura e análise descritores
tos usos que ele faz da língua em contextos informais. Essa ma, os estudantes sejam levados a pensar na produção coletiva. Procure discutir com a turma o impacto que as
sugestões de práticas
legitimação, no entanto, não desconsidera o uso da norma- de um texto que atenda a uma demanda de comunicação redes sociais têm na sociedade e como os estudantes se
-padrão, mas permite que o estudante faça uma análise da e que, por isso, tenha algumas características próprias de articularam para modificar sua realidade a partir da identi-
língua de forma mais contextualizada. acordo com seu contexto de circulação. ficação de um problema.
fortalecimento da aprendizagem 117
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Situação-problema
1. (Enem, 2019) Na semana passada, os alunos do d. trata as redes sociais como modo de agregar
Um estudante de 17 anos, branco, de escola particular, caixa de ferramenta
colégio do meu filho se mobilizaram, através do e empoderar grupos de pessoas que se unem
publicou um vídeo no Tiktok (compartilhado também no Twi- do professor
Twitter, para não comprarem na cantina da escola em prol de causas próprias ou de mudanças
tter, no Instagram e no Facebook) a respeito da sua opinião abertura das sequências
naquele dia, pois acharam o preço do pão de quei- sociais. 
contrária às cotas raciais. No vídeo, ele argumenta que “Meu
jo abusivo. São adolescentes. Quase senhores das sequência 1
e. evidencia que as redes sociais são usadas ina- pai ralou muito para pagar uma escola particular para mim e
novas tecnologias, transitam nas redes sociais, var- orientações de estudo
dequadamente pelos adolescentes, que, imatu- agora não vou conseguir entrar em uma universidade fede-
rem o mundo através dos teclados dos celulares,
ros, não utilizam a ferramenta como forma de ral, porque os cotistas estão pegando todas as vagas”. O ví- sequência 2
iPads e se organizam para fazer um movimento pa-
mudança social. deo teve milhões de visualizações e muitos se manifestaram orientações de estudo
cífico de não comprar lanches por um dia. Foi parar
contra e muitos a favor do posicionamento do jovem.
na TV e em muitas páginas da internet. Comentário: procure mostrar aos estudantes de que sequência 3
forma o texto vê o benefício das redes sociais. Caso seja Você acabou de participar de um debate sobre o tema e
GOMES, A. A revolução silenciosa e o impacto na orientações de estudo
sociedade das redes sociais. Disponível em: <www.hsm. necessário, construa um glossário coletivo. gostaria de se posicionar, junto com seus colegas, a respeito
com.br>. Acesso em 31 jul. 2012.
do assunto, utilizando as redes sociais.
O texto aborda a temática das tecnologias da infor- zz Em seguida, ajude-os a refletir de que forma as redes so-
zz Solicite que os estudantes grifem o enunciado como for- anexos do professor
mação e comunicação, especificamente o uso de ciais citadas podem ajudar a refutar ou endossar essa
ma de desenvolver estratégias de leitura. Dessa forma, rei- avaliação inicial
redes sociais. Muito se debate acerca dos benefí- opinião. Saliente que eles não necessariamente precisam
tere a recomendação de que não é necessário conhecer propostas de intervenção
cios e malefícios do uso desses recursos e, nesse estar no mesmo grupo do debate e que poderão usar to-
todas as palavras para responder à questão. na forma de orientação
sentido, o texto dos os argumentos para construir seu texto. de estudos
a. aborda a discriminação que as redes sociais so-
zz Propõe-se ainda que, nesse momento, você retome com protocolo para
frem de outros meios de comunicação. Momento 2 eles de que forma as redes sociais são espaços para o avaliação formativa
b. mostra que as reivindicações feitas nas redes (Desenvolvimento - 4 aulas) desenvolvimento da argumentação. Essa questão foi pro- análise das habilidades
sociais não têm impacto fora da internet. blematizada na atividade anterior por meio da leitura da descritores
Aula 1 do momento 2: situação-problema e análise
c. expõe a possibilidade de as redes sociais favore- questão do Enem.
coletiva sugestões de práticas
cerem manifestações e comportamentos violen-
zz Inicie a aula projetando ou apresentando a situação-pro- zz A partir da situação-problema, construa, com o auxílio
tos dos adolescentes que nelas se relacionam.
dos estudantes, um quadro ou esquema para sintetizar as
blema para os estudantes.
fortalecimento da aprendizagem 118
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
especificidades das redes sociais. Nesse sentido, o obje- ra do texto, os recursos multissemióticos (filtros, músicas,
tivo inicial é reconhecer que cada plataforma apresenta possibilidades de criar enquetes, entre outros). caixa de ferramenta
do professor
algumas características próprias, considerando a estrutu- zz Observe a sugestão de quadro abaixo.
abertura das sequências

Rede social Instagram Facebook Tiktok WhatsApp Twitter sequência 1


orientações de estudo
Tipos de textos No feed: imagem e legenda. Comentário (acompanhado ou Vídeos curtos (até três Mensagens instantâneas ou Tweets (textos de até 140
encontrados não de imagem). minutos). vídeos. caracteres). Quando o texto sequência 2
Stories: vídeos ou fotos que
é mais longo, é chamado de orientações de estudo
podem ter enquetes. Vídeos
“Thread”.

IGTV: vídeo mais longo


sequência 3
orientações de estudo
Recursos multissemióticos Filtros músicas (para Emojis, filtros, músicas. Filtros e música. Figurinhas, emojis e gifs. Pode-se usar imagens,
acompanhar os stories) e charges e gifs, para ilustrar
ferramentas de enquetes visuais algum ponto de vista.
anexos do professor
(usuários interagem e votam).
avaliação inicial
Público-alvo Pessoas que seguem a conta. Chamados de “amigos”, Pessoas que seguem pessoas Pessoas conhecidas ou Pessoas que seguem o
Pode-se marcar pessoas que pessoas que se conectam na ou pessoas que estão pequenos grupos. usuário na rede. Pode-se propostas de intervenção
na forma de orientação
compartilham os textos. Pode- rede. Pode-se escolher mantê- seguindo um determinado escolher mantê-la privada
de estudos
se escolher mantê-la privada ou la privada ou não. tema. Pode-se escolher ou não.
não. mantê-la privada ou não. protocolo para
avaliação formativa
Ferramentas de interação Repostar o stories ou Compartilhar a publicação. As pessoas podem curtir As pessoas podem responder Pode-se curtir, comentar ou
análise das habilidades
do público publicação. o vídeo, compartilhar pelo à mensagem ou encaminhá-la retuitar a mensagem.
Interagir com reações e descritores
WhatsApp ou comentar. para outras pessoas.
Votação nas enquetes ou caixa emojis. sugestões de práticas
de perguntas.
fortalecimento da aprendizagem 119
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz O quadro aponta possibilidades para entender algumas Aulas 2 e 3 do momento 2: critérios e planejamento
características das redes, mas é possível que os estu-
do texto
caixa de ferramenta
dantes apontem outras. zz Partindo da discussão e conversa do momento anterior, é do professor

zz Divida a turma em grupos de acordo com a rede social chegada a hora de definir os critérios para a produção e abertura das sequências
planejamento do texto.
escolhida. Dessa forma, cada grupo vai responder ao ví- sequência 1
deo da situação-problema com base nas características zz Por isso, retome a situação-problema com os estudantes orientações de estudo
dessas redes, ou seja, cada grupo fará a escolha de uma e apresente os critérios de correção. Há uma grade de cri-
rede social, para produzir um texto se posicionando a térios sugerida abaixo: sequência 2
respeito da manutenção das cotas. orientações de estudo

zz Note que essa atividade permite aos estudantes reco- sequência 3


nhecer as diferentes formas que um tema pode ser tra- orientações de estudo
tado e de que forma as informações podem ser com-
partilhadas.

anexos do professor
Sequência Textual Articulação Textual Aspectos linguísticos avaliação inicial

Compreende e Elabora um texto de Formula uma tese Articula as partes do Utiliza a variante Apresenta uma seleção propostas de intervenção
na forma de orientação
desenvolve o tema acordo com a estrutura- ou hipótese, oferece texto e também as linguística adequada ao lexical adequada ao
de estudos
proposto de acordo com padrão do texto elementos de apoio ideias, utilizando os tipo de texto solicitado e tema e ao tipo de texto
protocolo para
o contexto de produção solicitado. para comprová- recursos coesivos com ao contexto de produção. solicitado e, também,
avaliação formativa
solicitado. las (apresentando vistas à adequada escreve com adequação
argumentos), seleciona, articulação das opiniões, às normas gramaticais análise das habilidades
descritores
interpreta e, finalmente, dos argumentos e fatos da variante solicitada.
organiza informações, selecionados para sugestões de práticas
fatos e opiniões. defesa do ponto de vista
sobre o tema proposto.
fortalecimento da aprendizagem 120
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Nível do estudante: MUITO BOM (nível 4) BOM (nível 3) RAZOÁVEL/REGULAR (nível 2) INSUFICIENTE (nível 1)
caixa de ferramenta
Sequência Textual Tema: Tema: Tema: Tema: do professor

compreende e desenvolve muito bem compreende e desenvolve bem o compreende e desenvolve não compreende o tema solicitado abertura das sequências
I.
o tema com base em um projeto tema, apresentando indícios de razoavelmente o tema, a partir de ou desenvolve uma proposta que
sequência 1
�  Compreensão e desenvolvimento pessoal para o tema proposto. um projeto próprio para o recorte clichês ou paráfrases. apenas o tangencia.
orientações de estudo
do tema solicitado. temático.

Contexto de produção: Contexto de produção: Contexto de produção: sequência 2


�  Direcionamento para o tipo de
Contexto de produção: orientações de estudo
compreende muito bem o tipo compreende razoavelmente o tipo não consegue compreender os
leitor a quem o texto se destina
de leitor e o objetivo do texto, compreende bem o tipo de leitor e de leitor e o objetivo do texto, mas aspectos relativos ao contexto de
e para os objetivos definidos na sequência 3
desenvolvendo o texto de forma o objetivo do texto, ainda que faça apresenta várias inadequações. produção solicitado.
proposta. orientações de estudo
coesa e adequada ao contexto de desvios no desenvolvimento das
II. produção solicitado. ideias.
Gênero: Gênero:
�  Desenvolvimento do tema/ elabora razoavelmente o texto, não apresenta o tipo de texto
anexos do professor
assunto. Gênero: Gênero: mesmo não conseguindo solicitado; ou apresenta estrutura
avaliação inicial
elabora muito bem o texto elabora bem o texto, mesmo explicitar sua tese e/ou embrionária de texto argumentativo;
�  Considera os elementos propostas de intervenção
conseguindo explicitar um projeto apresentando desvios na reproduzindo os elementos do ou apresenta poucas informações,
composicionais próprios do tipo
tema, parafraseando-os. fatos e opiniões relacionados ao na forma de orientação
de texto com uma tese/opinião organização; consegue, entretanto,
de texto solicitado. de estudos
articulada aos argumentos, para a explicitar um projeto de texto com tema e, por isso, a estrutura –
defesa de seu ponto de vista. uma tese/opinião articulada aos apresenta-se de forma fragmentada protocolo para
avaliação formativa
argumentos, mesmo que previsíveis, ou circular.
para a defesa de seu ponto de vista. análise das habilidades
descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 121
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Articulação textual Organiza muito bem as partes Organiza bem as partes do texto, Organiza razoavelmente as partes Organiza precariamente as partes do
do texto, utilizando os recursos podendo apresentar problemas do texto, demonstrando alguma texto, deixando de registrar os fatos caixa de ferramenta
III. do professor
coesivos de forma adequada e pontuais na utilização dos recursos dificuldade para dar continuidade de e de dar continuidade ao sentido do
variada, com raros problemas no uso coesivos; estabelece, entretanto, sentido e/ou manter a progressão texto; produz um grande número de abertura das sequências
Organização de um texto de forma
lógica e produtiva, demonstrando
dos elementos coesivos. continuidade de sentido e/ou temática; há problemas frequentes justaposição de palavras e/ou frases sequência 1
progressão temática. na utilização dos recursos coesivos. pouco relacionadas. orientações de estudo
conhecimentos dos mecanismos
linguísticos e textuais necessários
sequência 2
para a construção do texto.
orientações de estudo

Aspectos Linguísticos Demonstra um conhecimento muito Demonstra bom conhecimento Demonstra conhecimento regular da Não demonstra conhecimento da
bom da variante linguística do tipo da variante linguística do tipo de norma padrão para o texto escrito, norma-padrão para o texto escrito, sequência 3
IV. de texto solicitado e do contexto texto solicitado e do contexto utilizando razoavelmente a variante não conseguindo utilizar a variante orientações de estudo

de produção, com rara ou nenhuma de produção, embora algumas linguística do tipo de texto e do linguística adequada ao tipo de
�  Utilização dos conhecimentos
inadequação. inadequações ou transgressões contexto de produção solicitados. texto e de contexto de produção
linguísticos de acordo com o
na escrita, incompatíveis com o solicitado. anexos do professor
texto escrito. Apresenta algumas inadequações
contexto, possam ser encontradas.
gramaticais ou transgressões na Apresenta inúmeras inadequações avaliação inicial

escrita (ortografia, pontuação, gramaticais e/ou transgressões propostas de intervenção


organização gráfica), cuja utilização na escrita (ortografia, pontuação, na forma de orientação
de estudos
não está justificada pelo contexto. organização gráfica) sem emprego
justificado pelo contexto. Utiliza protocolo para
avaliação formativa
formas pertencentes à oralidade
injustificáveis pelo contexto. análise das habilidades
descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 122
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz A grade apresenta os critérios discursivos (chamados
Recursos da rede que serão no papel”, afirma um professor do Departamento
aqui de sequência textual), coesivos e notacionais. Suge- caixa de ferramenta
utilizados: de Linguagem e Tecnologia do Cefet-MG. Da mes-
re-se que você discuta com os estudantes de que forma do professor
eles vão apresentar sua opinião, utilizando os argumentos Marcas de interlocução ma forma, é preciso considerar a capacidade do
abertura das sequências
do debate e adequando-os ao contexto de produção da (como interagir com quem destinatário de interpretar corretamente a mensa-
está acessando o texto?): gem emitida. No entendimento do pesquisador, a
sequência 1
proposta.
orientações de estudo
escola, às vezes, insiste em ensinar um registro
zz Organizada a questão do alinhamento de critérios, propo-
Deixe que os estudantes discutam sobre a melhor forma utilizado apenas em contextos específicos, o que
nha que cada grupo se reúna para planejar seu texto. É im-
zz
sequência 2
de produzir o texto e, ao finalizar o tempo estabelecido, acaba por desestimular o aluno, que não vê senti-
portante que os estudantes escolham os recursos da rede orientações de estudo
apresente a atividade a ser feita em casa. do em empregar tal modelo em outras situações.
que podem ajudá-los a se comunicar melhor, de acordo
Independentemente dos aparatos tecnológicos da sequência 3
com a rede escolhida.
  # borasepreparar ?! atualidade, o emprego social da língua revela-se orientações de estudo
zz Disponibilize, então, cópias da atividade de planejamento
muito mais significativo do que seu uso escolar,
de texto. Como forma de articular a questão da linguagem nas conforme ressalta a diretora de Divulgação Cientí-
redes sociais e a variação linguística, proponha o exercício fica da UFMG: “A dinâmica da língua oral é sempre anexos do professor
Planejamento do texto para a rede social abaixo: presente. Não falamos ou escrevemos da mesma avaliação inicial
Rede social escolhida: forma que nossos avós”. Some-se a isso o fato de propostas de intervenção
1. (Enem, 2015) Embora particularidades na produ- os jovens se revelarem os principais usuários das na forma de orientação
Tipo de texto escolhido
ção mediada pela tecnologia aproximem a escri- de estudos
(vídeo ou texto escrito): novas tecnologias, por meio das quais conseguem
ta da oralidade, isso não significa que as pessoas se comunicar com facilidade. A professora ressal- protocolo para
Tese (opinião sobre a avaliação formativa
estejam escrevendo errado. Muitos buscam, tão ta, porém, que as pessoas precisam ter discerni-
postagem do rapaz):
somente, adaptar o uso da linguagem ao supor- mento quanto às distintas situações, a fim de do- análise das habilidades
Argumentos para sustentar te utilizado: “O contexto é que define o registro de descritores
minar outros códigos.
a opinião: língua. Se existe um limite de espaço, naturalmen-
SILVA JR., M. G.; FONSECA, V. Revista Minas Faz Ciência, sugestões de práticas
Imagens (se for preciso): te, o sujeito irá usar mais abreviaturas, como faria n. 51, set./nov. 2012. Adaptado.
fortalecimento da aprendizagem 123
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Argumente ainda que a questão da oralidade não é si-
Jovens usam mais a
Na esteira do desenvolvimento das tecnologias
tecnologia milar aos desvios de grafia. Por exemplo, em alguns tex- caixa de ferramenta
de informação e de comunicação, usos particula-
tos da internet, pode-se encontrar a troca do “ch” pelo “x do professor
res da escrita foram surgindo. Diante dessa nova
Produção das mídias (como em Axo) ou ainda abreviações e gírias como (SCL abertura das sequências
realidade, segundo o texto, cabe à escola levar o
aproxima a língua da A linguagem é - “sê” é louco).
aluno a oralidade adaptada ao suporte
sequência 1
a. interagir por meio da linguagem formal no con- zz Finalizado esse primeiro momento, utilize o restante da orientações de estudo

texto digital. aula para que os estudantes redijam os seus textos e in-
sequência 2
diquem quais recursos das redes sociais escolhidas se-
b. buscar alternativas para estabelecer melhores Escrever orientações de estudo
rão usados, tais como música, filtro, enquete, entre outros.
contatos on-line. errado?
Abaixo, há modelos que podem ser usados para as ver- sequência 3
c. adotar o uso de uma mesma norma nos diferen-
sões escritas do texto: um para o roteiro de vídeo e um orientações de estudo
tes suportes tecnológicos.
para texto escrito.
d. desenvolver habilidades para compreender os A escola acaba É mais significativo
textos postados na web. ensinando uma forma analisar o uso da
Modelo para produção de roteiro de vídeo
de registro possível e língua na sociedade anexos do professor
e. perceber as especificidades das linguagens em desestimula o aluno
Imagem Texto avaliação inicial
diferentes ambientes digitais. 
propostas de intervenção
O contexto é o que na forma de orientação
define o registro da de estudos
Aulas 4 e 5 do momento 2: produção e revisão do
língua
texto
protocolo para
zz A questão do Enem, proposta na atividade anterior, serve avaliação formativa
de disparador para a discussão da aula. Note que o tex- zz A partir das ideias apresentadas no texto (e organizadas
análise das habilidades
to argumenta sobre a questão do que é escrever errado. no diagrama), discuta com os estudantes sobre os textos
descritores
Para ajudar os estudantes a perceberem os argumentos que produzirão para as redes sociais, sobre a forma como
sugestões de práticas
elencados sobre o texto, proponha a construção de um podem utilizar gírias e outros elementos da oralidade con-
esquema no caderno, tal qual mostrado abaixo. forme o contexto de uso.
fortalecimento da aprendizagem 124
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Modelo para produção de comentário ção do texto e entregarem a versão revisada, para que ela E diga o verde-louro dessa flâmula
seja postada na rede social escolhida. – “Paz no futuro e glória no passado.” caixa de ferramenta
Mas, se ergues da justiça a clava forte, do professor
zz Comente com a turma sobre o percurso desta sequên-
cia de atividades: eles produziram comentários para um Verás que um filho teu não foge à luta, abertura das sequências
mural, seguindo algumas etapas de escrita, participaram Nem teme, quem te adora, a própria morte. sequência 1
Imagem de um debate com foco na atuação da vida pública e pro- Terra adorada, orientações de estudo
duziram textos argumentativos para as redes sociais. Es-
Entre outras mil,
tabeleça um diálogo utilizando os textos argumentativos sequência 2
És tu, Brasil,
lidos na primeira sequência deste material que, por serem orientações de estudo
Ó pátria amada!
publicados em jornais, utilizavam a norma padrão.
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
sequência 3
zz Na atividade 1 desta sequência, foi proposto um momen- zz É interessante, ainda, retomar a forma como a produção orientações de estudo
Pátria amada, Brasil!
to de revisão em pares. Como forma de diversificar a es- textual (escrita e oral) esteve presente nas aulas e sobre
Hino Nacional do Brasil. Letra: Joaquim Osório Duque Estrada.
tratégia, sugere-se que a revisão dos textos para as redes as habilidades que foram desenvolvidas no processo.
Música: Francisco Manuel da Silva (fragmento).
sociais seja feita de forma coletiva. anexos do professor
zz Como forma de sintetizar a discussão sobre a questão da
Por isso, estabeleça um tempo para que um grupo apre- variação linguística, proponha que, em duplas, os estudan- O uso da norma-padrão na letra do Hino Nacional do Bra-
zz avaliação inicial
sente oralmente seu texto e, com base nos critérios apre- tes realizem exercícios do Enem e promova uma correção sil é justificado por tratar-se de um(a)
propostas de intervenção
sentados anteriormente, faça comentários e sugestões. coletiva. a. reverência de um povo a seu país. na forma de orientação
Estimule que todos participem desse momento como for- de estudos
b. gênero solene de característica protocolar. 
ma de pensar sobre a adequação do texto e da linguagem Exercício 1: protocolo para
c. canção concebida sem interferência da oralidade. avaliação formativa
na produção textual.
1. (Enem, 2018)
d. escrita de uma fase mais antiga da língua portuguesa. análise das habilidades
Ó pátria amada,
e. artefato cultural respeitado por todo o povo brasileiro. descritores
Momento 3: Idolatrada,
síntese (1 aula) Salve! Salve! sugestões de práticas
Comentário: O uso da norma-padrão na letra do Hino
zz Professor/a, para finalizar a proposta, estabeleça a primei- Brasil, de amor eterno seja símbolo Nacional do Brasil justifica-se porque a canção é um
ra parte da aula para os estudantes finalizarem a produ- O lábaro que ostentas estrelado, gênero solene usada em momentos protocolares.
fortalecimento da aprendizagem 125
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Exercício 2: c. seleção lexical restrita à esfera da medicina. Sírio Possenti defende a tese de que não existe um úni-

d. fidelidade ao jargão da linguagem publicitária. co “português correto”. Assim sendo, o domínio da lín- caixa de ferramenta
gua portuguesa implica, entre outras coisas, saber do professor
e. uso de marcas linguísticas típicas da oralidade. 
a. descartar as marcas de informalidade do texto. abertura das sequências
Comentário: Em campanhas de conscientização,
expressões como “está difícil largar”, típicas da oralidade, b. reservar o emprego da norma padrão aos textos de sequência 1
têm a função de atingir o público-alvo de forma mais circulação ampla. orientações de estudo
direta, aproximando-se do leitor. c. moldar a norma-padrão do português pela linguagem
sequência 2
do discurso jornalístico.
orientações de estudo
Exercício 3: d. adequar as formas da língua a diferentes tipos de tex-
to e contexto.  sequência 3
3. (Enem, 2014) 
orientações de estudo
Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem- e. desprezar as formas da língua previstas pelas gramá-
-sucedida: aceitar a mudança da língua como um fato. ticas e manuais divulgados pela escola.
Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer
Comentário: Ao defender a tese de que não existe um
anexos do professor
forma da língua em suas atividades escritas? Não deve “único português correto”, Sírio Possenti chama a atenção
mais corrigir? Não! para a adequação da língua aos diferentes tipos de texto avaliação inicial
(contratos, manuais de instrução, literatura de cordel, propostas de intervenção
Disponível em: <www.facebook.com/minsaude>. Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo
Acesso em: 14 fev. 2018. Adaptado. editoriais e os diferentes cadernos de um jornal) e ao seu na forma de orientação
real da escrita, não existe apenas um português correto, contexto (situações em que são produzidos e em que de estudos
2. A utilização de determinadas variedades linguísticas em que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos meios circulam).
protocolo para
campanhas educativas tem a função de atingir o públi- não é o mesmo do dos manuais de instrução; o dos juí- avaliação formativa
zes do Supremo não é o mesmo do dos cordelistas; o dos
co-alvo de forma mais direta e eficaz. No caso desse
análise das habilidades
editoriais dos jornais não é o mesmo do dos cadernos de
texto, identifica-se essa estratégia pelo(a) descritores
cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas.
a. discurso formal da língua portuguesa. sugestões de práticas
POSSENTl, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa,
b. registro padrão próprio da língua escrita. ano 5, n. 67, maio 2011. Adaptado.
fortalecimento da aprendizagem 126
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
  para encerrar : autoavaliação   atenção para a avaliação !
caixa de ferramenta
A avaliação final deste percurso deve ser dividida em duas Agora é só clicar na etapa do Ensino Médio para o do professor
Preciso etapas: componente de Língua Portuguesa e fazer o download
Sim
aprimorar abertura das sequências
do documento P1101 , no link aqui  . Você deve
Reconheço etapas de escrita 1. uma devolutiva sua, oral, para os estudantes, resumindo incentivar a participação de todos os estudantes para sequência 1
processual (planejamento, o que se esperava de aprendizagens e como as aulas que você possa fazer mais e melhor pela aprendizagem orientações de estudo
textualização, revisão, edição e aconteceram: os temas e conhecimentos estudados, a de próximas turmas de estudantes como eles.
reescrita)? forma de trabalho entre eles e com você professor/a, as sequência 2
habilidades socioemocionais envolvidas e as atitudes
orientações de estudo
Reconheço as condições de desenvolvidas pelos estudantes. Esse é o momento
produção, recepção e circulação do de valorização das contribuições de cada um e de
gênero textual lei?
sequência 3
todos no processo de aprender a Llngua portuguesa
orientações de estudo
Seleciono argumentos para e de se desenvolver como pessoas mais capazes e
sustentar o meu ponto de vista? colaborativas.

Reconheço alguns tipos de 2. aplicação de uma prova estruturada de conhecimentos


anexos do professor
argumentos? específicos e de habilidades de leitura, escrita e
capacidade argumentativa, proposta na Plataforma avaliação inicial
Consigo me colocar de forma de Apoio à Aprendizagem. Para acessar o caderno
propostas de intervenção
respeitosa no debate? de atividades da 2ª série, é simples, rápido e gratuito: na forma de orientação
você precisa acessar a área de cadastro da Plataforma de estudos
Consigo produzir textos
aqui  , preencher seus dados e pronto! Agora você
argumentativos considerando a protocolo para
pode acessar com o seu login e navegar pelas seções
especificidade do contexto das redes avaliação formativa
através do botão amarelo no canto superior direito
sociais?
chamado “Minha Página”. Visualizando as diferentes análise das habilidades
Consigo me posicionar de maneira seções da plataforma, você irá clicar na terceira janela descritores
ética e respeitosa nas aulas? chamada “Atividades de Verificação da Aprendizagem”.
sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 127
orientações de estudo – sequência 3 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Orientações de estudo
jornadas e produtos

caixa de ferramenta

para o estudante em
do professor

abertura das sequências


sequência 1

momentos de autogestão
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor

avaliação inicial

propostas de intervenção
na forma de orientação
de estudos

protocolo para
avaliação formativa

análise das habilidades


descritores

sugestões de práticas
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orientações de estudo – sequência 3 início índice estrutura realizadores

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das Orientações de Estudo. introdução
estrutura do ciclo

Língua Portuguesa
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

Sequência didática 3 abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor
Caro professor/a, Para auxiliá-lo na organização desses planos de estu- o estudante no desenvolvimento das habilidades de leitura.
dos, apresentamos a seguir uma curadoria de atividades que avaliação inicial
O plano de estudo de cada estudante pode ser individua- Observe que este material pode contribuir para que ele
podem ser propostas ao estudante, com foco na leitura de propostas de intervenção
lizado em função de suas observações sobre o percurso de organize a sua rotina e desenvolva procedimentos de estu-
textos argumentativos. As questões podem ser propostas ao na forma de orientação
cada jovem de sua turma. Selecionar questões ou leituras em do. Com a finalidade de ajudá-lo, procure dar algumas dicas, de estudos
final de cada etapa vivenciada em sala, uma vez que estão di-
função das dificuldades identificadas por você ou pela ava- como por exemplo: protocolo para
retamente relacionadas ao tema desenvolvido em cada parte
liação inicial permite um cuidado mais efetivo para o avanço avaliação formativa
desta sequência didática. a. organização de um cronograma de estudos;
do/a estudante.
análise das habilidades
Incentive o estudante a consultar as anotações e ma- b. 
mobilização de diferentes estratégias (realização das
Lembramos que estudar individualmente é uma parte descritores
teriais produzidos nas aulas, bem como elaborar respostas atividades em pares ou individualmente, gravações de
importante do processo de fortalecimento da aprendizagem. sugestões de práticas
completas e contextualizadas para cada questão indicada. áudios para registrar a aprendizagem e/ou dúvidas, sín-
Nesses momentos, o estudante se depara com o que sabe
teses etc.).
e o que falta aprender, favorecendo que busque orientação Ao final das indicações, são sugeridas algumas possibili-
para continuar engajado nas aulas presenciais. dades de orientação e retomada, para que você possa auxiliar Bom trabalho!
fortalecimento da aprendizagem 129
orientações de estudo – sequência 3 início índice estrutura realizadores

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estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Propostas para o estudante: a novas formas de relação com a cidade e com a ocupa- No âmbito da cultura, esse entendimento leva à promo-
Bloco 1: ção de diversos espaços. A partir de vivências cotidianas, ção de iniciativas de valorização do protagonismo juvenil
caixa de ferramenta
as chamadas “culturas juvenis” criam novos modos de e de apoio a ações culturais autônomas, com ênfase na do professor
participação para além dos canais tradicionalmente vol- garantia do direito ao fazer cultural. Tais iniciativas, por
 ID DA QUESTÃO: 1222 CÓDIGO DO DESCRITOR: P020  abertura das sequências
tados à atuação política, como o movimento estudantil sua vez, não se encontram desvinculadas do contexto ge-
1. Leia o texto e responda à questão a seguir. ou mesmo os partidos. De forma expressa ou não, elas ral das políticas culturais brasileiras, que sofreram enor- sequência 1
acabam assim por reivindicar o direito à cultura. me transformação, sobretudo, na última década. orientações de estudo
De espectador a sujeito

O que os jovens têm a dizer no campo cultural e como se organi-


Embora o Estatuto da Juventude, aprovado em agosto de A ampliação da compreensão do que seja a cultura gerou sequência 2
2013, inclua como direito à cultura “a livre criação, o aces- impactos significativos no que é entendido como obje- orientações de estudo
zam as políticas voltadas para a juventude nessa área
so aos bens e serviços culturais e a participação nas de- to das políticas culturais. Se a estratégia anterior base-
LUCIANA LIMA 6 de março de 2014
cisões de política cultural”, historicamente as iniciativas ava-se majoritariamente na promoção de iniciativas de sequência 3
No universo das práticas culturais juvenis, chama aten- voltadas para esse segmento estiveram pautadas quase democratização do acesso à fruição de expressões cul- orientações de estudo

ção a pluralidade de formas de expressão existentes, que exclusivamente pela garantia do acesso ao consumo cul- turais consagradas, a ampliação do conceito de cultura
vão desde os modos de vestir e de consumo até os múlti- tural. A meia-entrada é um exemplo clássico desse tipo possibilitou o surgimento de programas voltados ao re-
plos espaços de sociabilidade e a própria diversidade de de política, ainda que esteja restrita apenas a estudantes conhecimento e à valorização de manifestações cultu-
anexos do professor
manifestações culturais. Talvez por essa pluralidade não e aos jovens de baixa renda e, mais recentemente, tenha rais até então distantes das políticas governamentais. O
sido limitada à cota de 40% dos ingressos em eventos apoio à ação cultural existente nos diferentes territórios e
avaliação inicial
nos caiba falar da juventude, mas das múltiplas práticas
juvenis presentes em nossa sociedade. Sendo plurais, po- culturais e esportivos. segmentos artísticos ganhou centralidade – incluindo-se propostas de intervenção
rém, o que nos permite identificá-las? O que elas apre- aí as ações culturais da juventude. na forma de orientação
Os direitos à criação e participação cultural estiveram re- de estudos
sentam em comum?
legados, o que ocultou a potencialidade do protagonismo O programa Cultura Viva, criado pelo Ministério da Cultu-
protocolo para
Além de seu forte vínculo com o cotidiano e com a ocu- juvenil no campo da cultura. Tal direcionamento pode ser ra em 2004, foi uma iniciativa de grande relevância para avaliação formativa
pação do tempo livre, as práticas culturais juvenis são entendido como parte do espectro mais amplo das políticas a concretização dessa mudança. Não por acaso formula-
análise das habilidades
criadoras de identidades e chegam, inclusive, a consoli- governamentais voltadas para a juventude. Considerados, do inicialmente para contemplar o segmento juvenil, o
descritores
dar novas formas de participação política e cidadã. Co- na maior parte dos casos, como grupo de risco ou mero ca- Cultura Viva ganhou amplitude com a inclusão de popu-
letivos de hip-hop, grafite e audiovisual, grupos de rock, pital humano, os jovens têm sido contemplados apenas com lações de baixa renda, comunidades indígenas, rurais e sugestões de práticas
teatro e capoeira, bailes funk e rodas de samba ou mes- iniciativas que permitam justificar os investimentos públi- quilombolas e agentes culturais, artistas, professores e
mo os conhecidos “rolezinhos”, todos têm em comum a cos, seja pelo viés social ou econômico. Constituem exce- militantes. Pautado pelos princípios da autonomia e do
perspectiva do lazer e da diversão, alinhada, no entanto, ções as políticas que os entendem como sujeitos de direitos. protagonismo cultural, ele possibilitou a participação de
fortalecimento da aprendizagem 130
orientações de estudo – sequência 3 início índice estrutura realizadores

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estrutura do ciclo
jornadas e produtos
muitos jovens pelo País. Apesar de contar com algumas importantes e necessárias – em realidade, elas consti- Assinale a alternativa em que se encontra um objetivo
ações voltadas especificamente para os jovens – como o tuem a base para a fruição e para a produção cultural. da criação do programa Cultura Viva, de que fala o texto. caixa de ferramenta
Agente Cultura Viva –, o programa esteve orientado mais Ainda assim, apesar de serem ambas estratégias com- do professor
a. “No universo das práticas culturais juvenis, chama
ao apoio a instituições culturais com CNPJ (os chamados plementares, a possibilidade de criar e gerir os recursos
atenção a pluralidade de formas de expressão exis- abertura das sequências
Pontos de Cultura) que a iniciativas não formalizadas, de forma autônoma dá maior consistência ao protago-
muito próprias desse segmento. nismo juvenil.
tentes, que vão desde os modos de vestir e de con- sequência 1
sumo até os múltiplos espaços de sociabilidade e a orientações de estudo
Paralelamente, no entanto, surge nesse mesmo perío- A existência de políticas culturais voltadas à juventu- própria diversidade de manifestações culturais...”
do, na cidade de São Paulo, o Programa para a Valoriza- de tem permitido ainda transformar a própria relação sequência 2
b. “A meia-entrada é um exemplo clássico desse tipo de
ção das Iniciativas Culturais (VAI). Criado em torno das desses segmentos com as instituições governamentais. orientações de estudo
discussões promovidas pela Comissão da Juventude da política, ainda que esteja restrita apenas a estudan-
Se, historicamente, grande parte da juventude encarou
Câmara Municipal, o VAI permitiu o apoio a iniciativas o Estado pela perspectiva da tomada do poder (por par- tes e aos jovens de baixa renda e, mais recentemente, sequência 3
culturais juvenis de regiões periféricas da cidade, com te da militância institucionalizada) ou a partir de uma tenha sido limitada à cota de 40% dos ingressos em orientações de estudo
pouca oferta de equipamentos e recursos culturais. recusa total (por setores anarquistas), hoje ele aparece eventos culturais e esportivos.”
como agente garantidor de direitos e fomentador não só c. “Não por acaso formulado inicialmente para contem-
Com a transferência direta de recursos a projetos elabo-
da arte e da cultura, como da participação social. Temos, plar o segmento juvenil, o Cultura Viva ganhou ampli-
rados pelos próprios jovens, o VAI acabou rompendo com anexos do professor
portanto, um contexto de maior sincronia da sociedade
diversos paradigmas, tornando-se modelo exemplar de tude com a inclusão de populações de baixa renda, avaliação inicial
política cultural para a juventude. Isso porque, ao incen- civil e do poder público em torno da pauta da juventude.
comunidades indígenas, rurais e quilombolas e agen-
Resta, porém, a ampliação dessas experiências pontu- propostas de intervenção
tivar iniciativas juvenis, ele desconstrói a lógica de que é tes culturais, artistas, professores e militantes.”
ais e localizadas para a formação de um projeto mais na forma de orientação
preciso levar cultura à juventude e dá abertura à diversi- de estudos
amplo de país, que leve em conta os jovens como sujeito d. “Considerados, na maior parte dos casos, como gru-
dade de práticas, linguagens e propostas existentes. Com
de direitos. po de risco ou mero capital humano, os jovens têm protocolo para
isso, o jovem deixa de ser público-alvo de atividades pro-
avaliação formativa
movidas por ONGs e/ou artistas profissionalizados, tor- sido contemplados apenas com iniciativas que per-
● Luciana Lima é mestre em Estudos Culturais pela
nando-se protagonista de suas próprias ações. mitam justificar os investimentos públicos, seja pelo análise das habilidades
Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP e descritores
viés social ou econômico.”
O foco na democratização da produção cultural com o assessora do gabinete da Secretaria Municipal de
e. “Coletivos de hip-hop, grafite e audiovisual, grupos de sugestões de práticas
reconhecimento de jovens artistas destaca-se assim pe- Cultura de São Paulo.
rante iniciativas voltadas, na maioria dos casos, à for- rock, teatro e capoeira, bailes funk e rodas de samba
(http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/de-espectador-
mação artístico-cultural. Estas não são, por isso, menos a-sujeito/ .Acesso em 30/10/2016) ou mesmo os conhecidos ‘rolezinhos’, todos têm em
fortalecimento da aprendizagem 131
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estrutura do ciclo
jornadas e produtos
comum a perspectiva do lazer e da diversão, alinhada, Como tese de julgamento, o ministro propôs a formu- são à decisão para que a regra alcance todos os Poderes
no entanto, a novas formas de relação com a cidade e lação: “É constitucional a reserva de 20% das vagas da República, bem como a todas as unidades federadas. caixa de ferramenta
com a ocupação de diversos espaços.” oferecidas nos concursos públicos para provimento de do professor
ADC 41
cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da ad-
abertura das sequências
ministração pública direta e indireta. É legítima a utili- A Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 41 foi in-
Bloco 2: zação, além da autodeclaração, de critérios subsidiários terposta em defesa da Lei Federal 12. 990/2014, a chama- sequência 1
de heteroidentificação desde que respeitada a dignidade da Lei de Cotas, que reserva aos negros 20% das vagas ofe- orientações de estudo
 ID DA QUESTÃO: 1225 CÓDIGO DO DESCRITOR: P007 
da pessoa humana e garantidos o contraditório e a recidas nos concursos públicos para provimento de cargos
2. Leia o texto e responda à questão a seguir. ampla defesa”. sequência 2
efetivos e empregos públicos no âmbito da administração
orientações de estudo
STF inicia julgamento de lei que reserva pública federal direta e indireta. O Conselho Federal da Or-
O ministro Alexandre de Moraes defendeu que a questão
vagas para negros em concursos deve ser abordada com base no princípio da igualdade, dem dos Advogados do Brasil (OAB) é autor da ação. sequência 3
12/5/2017 11h59 Brasília no seu aspecto material, sendo aceitáveis tratamentos A ação foi protocolada uma semana após um juiz da Pa- orientações de estudo
Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil diferenciados, “desde que o elemento discriminador te-
raíba garantir a um candidato aprovado em um concurso
nha uma finalidade específica, compatível com a Cons-
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou ontem (11) o público para o Banco do Brasil direito a ser nomeado na
tituição Federal, de aproximar as diferenças”. Ele enten-
julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalida- frente de candidatos que se autodeclararam negros e que anexos do professor
deu que o tratamento normativo diferenciado dado aos
de (ADC) 41, que tem por objeto a Lei 12. 990/2014, a obtiveram notas menores. Na decisão, o juiz considerou
cotistas é constitucional apenas para o provimento ini- avaliação inicial
chamada Lei de Cotas, que reserva aos negros 20% das a lei inconstitucional.
cial no serviço público, e não para a progressão durante propostas de intervenção
vagas oferecidas nos concursos públicos da administra-
a carreira. Para a OAB, a implementação das cotas nas seleções na forma de orientação
ção federal. Além do relator, ministro Luís Roberto Bar-
para o serviço público é um instrumento necessário para de estudos
roso, votaram os ministros Alexandre de Moraes, Edson O ministro Edson Fachin também se pronunciou pela
combater a discriminação racial. Além disso, a entidade protocolo para
Fachin, Rosa Weber e Luiz Fux, todos pela procedência procedência da ação. No entanto, segundo Fachin, o ar-
entende que o sistema de cotas em concursos e nas uni- avaliação formativa
da ação. O julgamento foi suspenso e será retomado pos- tigo 4º da Lei 12. 990, que trata dos critérios de nomea-
teriormente. versidades públicas não configura tratamento privilegia- análise das habilidades
ção dos candidatos cotistas aprovados, deve se projetar
do à população negra. A ação declaratória de constitucio- descritores
não apenas na nomeação, “mas em todos os momentos
Para o relator, ministro Luís Roberto Barroso, não há vio- nalidade foi distribuída para o ministro Roberto Barroso
da vida funcional dos servidores públicos cotistas”. A mi- sugestões de práticas
lação à regra constitucional do concurso público, pois
nistra Rosa Weber seguiu integralmente o voto do relator. no início de 2016.
para serem investidos nos cargos públicos é necessário
(http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2017-05/stf-
que os candidatos sejam aprovados, ou seja, que tenham O ministro Luiz Fux também entendeu que a ADC 41 deve inicia-julgamento-de-lei-que-reserva-vagas-para-negros-em-
um desempenho mínimo exigido. ser julgada procedente. O ministro Fux dá maior exten- concursos ) Acesso em 22/05/2017.
fortalecimento da aprendizagem 132
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jornadas e produtos
Assinale a alternativa que reproduz em outras palavras e para pessoas com deficiências da Unicamp e a de cotas étnico-raciais na graduação nas universidades
as informações presentes no último parágrafo do texto: importância dessa medida como um modo de diminuir estaduais paulistas (USP, Unicamp e Unesp). caixa de ferramenta
os abismos sociais. Segue o texto delas sobre esse do professor
a. é necessária a implementação de cotas no serviço Os considerados “centros de excelência” vão na direção
fundamental avanço
público, mas não nas universidades pública. Por Carolina Pinho e Katia Norões. oposta ao que ocorre nas universidades federais, que abertura das sequências
b. é necessária a implementação de cotas apenas nas apresentam ótimos resultados a partir dos programas de sequência 1
No dia 26 de junho de 2016, a Faculdade de Educação da
universidades públicas. ações afirmativas. Entre eles, a criação de grupos e nú- orientações de estudo
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aprovou
cleo de pesquisas sobre temáticas inexistentes ou pouco
c. para a OAB, o sistema de cotas constitui privilégio o Programa de Cotas Étnico-raciais e para Pessoas com
exploradas na produção científica brasileira, muitas ve- sequência 2
para a população negra. Deficiências, que será implementado já na seleção para
zes exploradas apenas por universidades estrangeiras. orientações de estudo
d. o combate à discriminação racial precisa da imple- 2017 para os cursos de mestrado e doutorado.
mentação de cotas no serviço público. As ações afirmativas no Ensino Superior vêm sendo im- sequência 3
Na Unicamp, os primeiros a aprovarem cotas foram os
plementadas desde a década de 1940 em vários países.
e. segundo o STF, as cotas são necessárias no serviço do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, em 2014, orientações de estudo
Nos EUA, por exemplo, onde menos de 15% da população
público e nas universidades. sendo que a proposta foi elaborada por estudantes orga-
é composta por negros e negras, o que balizou a imple-
nizados em dois coletivos: Frente Pró-Cotas e Núcleo de
mentação das ações afirmativas foi o argumento de ga-
 ID DA QUESTÃO: 1262 CÓDIGO DO DESCRITOR: P083  Consciência Negra da Unicamp. anexos do professor
rantia dos fundamentos da democracia: como o mérito
3. Leia o texto e responda à questão a seguir. Consideramos esta uma vitória tanto para as políticas so- individual e a igualdade de oportunidades. avaliação inicial

Lições na aprovação das cotas raciais na ciais quanto para as lutas de grupos sub-representados propostas de intervenção
O pressuposto é: se há grupos que têm oportunidades de-
pós-graduação da Unicamp no Ensino Superior, para os quais tal política se faz fun- na forma de orientação
siguais, eles devem ter tratamento desigual nas políticas
damental para pleitearem acesso, formação e contribuí- de estudos
Não podemos nos isolar. Nossas conquistas sempre serão fruto públicas. Entretanto, no Brasil o debate sobre ações afir-
rem para produção científica no país. protocolo para
da organização coletiva. A vitoriosa luta de negros e negras no mativas ganhou outras interpretações.
avaliação formativa
Brasil só confirma isso Vitória porque não podemos nos esquecer de que São
O mito da democracia racial reforça a ideia de que somos análise das habilidades
Paulo, apesar de concentrar riquezas, expressa profun-
Por Djamila Ribeiro – publicado 21/7/2016 – 9h33 todos iguais e que a implementação das ações afirmati- descritores
das desigualdades sociais, em que as violências têm cor,
vas seria desnecessária. Além disso, a estrutura escra-
Doutorandas no programa de pós-graduação em raça, classe, idade, gênero e origem social. sugestões de práticas
vocrata ainda é base das relações sociais no nosso país:
Educação da Unicamp, Carolina Pinho e Katia Norões são
também membros da Frente Pró-Cotas da universidade. O estado é governado há mais de 20 anos por um partido, a subalternidade é quase como uma instituição a ser ze-
Nesta semana, abro o espaço para que elas escrevam o PSDB, que foi contra a implementação de ações afirma- lada por quem detém privilégios. Isso não seria diferente
sobre a aprovação do programa de cotas étnico-racial tivas a nível nacional. Um reflexo disso é a inexistência nas universidades.
fortalecimento da aprendizagem 133
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jornadas e produtos
A discussão sobre a implementação das ações afirmati- todos os argumentos contrários, invalidados após 10 anos c. Ações afirmativas criam tensões que podem se trans-
vas nas universidades públicas revela os abismos sociais de implementação das políticas de ações afirmativas. formar em violência, já que são um método que pode caixa de ferramenta
entre grupos, o racismo e o machismo que se traduzem fazer aumentar o preconceito. do professor
A lição que fica de mais uma vitória dos movimentos é:
em estratégias de conservadorismos nessas estruturas
não podemos nos isolar. Nossas conquistas sempre serão d. Ações afirmativas servem apenas para conceder pri- abertura das sequências
sociais. Como isso ocorre?
fruto de nossa organização coletiva. A vitoriosa luta de vilégios a grupos minoritários, que buscam um “re- sequência 1
Muitos professores simplesmente desconhecem a histó- negros e negras no Brasil só confirma isso.
vanchismo” contra a maioria. orientações de estudo
ria, filosofia, tecnologias, saúde, alimentação e as reais
A aprovação de cotas raciais em diversos programas de e. Ações afirmativas ajudam a diminuir as desigualda-
necessidades dos povos que compõem essa sociedade.
pós-graduação no Brasil devem ser pontos de apoio para
sequência 2
des raciais, combatendo-as e promovendo maior par-
orientações de estudo
Estes mesmos recusam as ações afirmativas em nome mudanças que transformem concretamente a realidade
ticipação social de minorias.
da defesa irrestrita da “qualidade acadêmica”, suposta- de negros, negras, povos indígenas, junto a demais gru-
sequência 3
mente ameaçada por pessoas supostamente “incapazes”. pos sub-representados, e que finalmente tenhamos aces-
so ao patrimônio material e imaterial que ajudamos a Bloco 3: orientações de estudo
Ou seja, a implementação das ações afirmativas traz algo
produzir neste país. Atividades de leitura
muito além da conquista de espaços e conhecimentos que
sempre nos foram negados: traz também o dedo na ferida. ● Carolina Pinho é doutoranda no Programa de Pós-
4. o primeiro texto que você vai ler foi publicado no Jornal anexos do professor
Graduação em Educação da Unicamp. Katia Norões é
As tensões na universidade, que pareciam superadas, se re- doutoranda no mesmo programa e membro da Frente do Brasil, em 24 de maio de 2003. Leia-o atentamente e avaliação inicial
velam ainda mais fortes quando se propõem ações que po- Pró-Cotas da Unicamp. responda às questões.
propostas de intervenção
dem modificar verdadeiramente a estrutura de um dos pi-
(http://www.cartacapital.com.br/sociedade/licoes-na- Texto 1 na forma de orientação
lares do privilégio da elite brasileira: a universidade pública. aprovacao-das-cotas-raciais-na-pos-graduacao Acesso de estudos
em 05/11/2016. ) Assinale a alternativa que melhor explique o A violência
Mas, resistimos. As políticas afirmativas no Ensino Su- significado contextual da expressão destacada no texto acima. protocolo para
(Leandro Konder) avaliação formativa
perior vêm sendo defendidas pelos movimentos sociais
negros, com outras nomenclaturas e conceitos, desde o a. Ações afirmativas são implantadas desde muitos sé-
Bertolt Brecht já se perguntava por que chamamos de análise das habilidades
final do século XIX. culos atrás, uma vez que a conscientização a respeito descritores
violento um rio que na época das chuvas enche demais
de preconceitos é antiga.
Na década de 1940, intelectuais negros como Guerreiro e transborda, provocando uma enchente, e por que não sugestões de práticas
Ramos e Abdias do Nascimento estruturavam propostas b. Ações afirmativas são desnecessárias na democracia prestamos atenção à violência das margens, que impõem
como essas que temos a oportunidade de vivenciar em todo racial brasileira, que já promovem inclusão suficiente ao rio a obrigação de ficar limitado permanentemente ao
o país. O resultado, ainda que tardio, é vitorioso e contradiz de minorias alvos de preconceitos. seu leito, a um caminho predeterminado.
fortalecimento da aprendizagem 134
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A enchente é um momento excepcional, tem efeitos ime- vididos. E ao menos um lado deles já distinguia entre mo- pelas pessoas na realidade material, na vida prática da
diatos que nos causam forte impressão. A transformação dos diversos da violência: a violência da caçada na vida e sociedade, tal como está organizada.
caixa de ferramenta
do leito do rio num cárcere, por obra e graça de suas mar- a da caçada representada pelo mágico-pintor. A crise atual tem a ver com distorções culturais, defor- do professor
gens, é mais discreta, passa por “natural”. mações políticas, perversões éticas, porém nenhuma
De lá para cá, as distorções ideológicas na construção do abertura das sequências
O que se repete, o que perdura, o que se incorpora à apa- análise dela pode se aprofundar sem se defrontar com os
conhecimento se agravaram e se tornaram mais sutis. sequência 1
rente “normalidade” do movimento da sociedade, não é problem as derivados da economia.
Essa pode ter sido uma das causas das atuais abordagens orientações de estudo
reconhecido como problemático. Hegel diz isso numa de do fenômeno da violência. A economia, não devemos esquecer, é uma esfera na
suas melhores frases: o que é notório, exatamente por- qual os homens fazem escolhas, tomam decisões. Exis- sequência 2
O homem contemporâneo sabe que são diferentes as
que é tido e havido por sabido, não é efetivamente reco- tem alternativas: o econômico não pode ser considerado orientações de estudo
violências que ele vê na tela do cinema e aquela que ele
nhecido. um quadro tão inevitável como se fosse “natural”. E, tal
vê em frente de casa, ameaçando sua família. Mas nem sequência 3
como o vemos hoje, é um quadro muito insalubre, que
Nos povos pré-históricos, na idade da pedra polida, a re- sempre a distinção é clara: às vezes somos tão confusos
dificulta muito qualquer esforço para reduzir os índices orientações de estudo
presentação da realidade se fazia em termos que hoje como os nossos antepassados neolíticos. de violência.
nos parecem confusos. Os caçadores achavam que se um
mágico-pintor conseguisse reproduzir fielmente um ani- A confusão aparece, por exemplo, quando se exagera a Altos índices de desemprego, por exemplo, geram violên-
mal, esse domínio da forma do bicho lhes daria algum influência da violência difundida pela televisão sobre a cia. Extrema desigualdade social, abismo crescente entre anexos do professor
poder sobre o animal real. violência que vem crescendo na nossa vida cotidiana. ricos e pobres, exagerada concentração de renda também
avaliação inicial
geram violência. Casos de corrupção em altas esferas, ao
No entanto, essa mistura da forma do animal real com A influência é inegável, já foi comprovada em pesquisas propostas de intervenção
permanecerem impunes, criam tensões e impulsos de
a forma representada não era uma mistura ilimitada- sérias. Daí a se afirmar que a primeira é causa da segun- na forma de orientação
revolta (ou cinismo) que constituem um caldo de cultura
da, entretanto, vai uma distância considerável: um passo de estudos
mente válida: os caçadores neolíticos sabiam que não propício à violência.
podiam comer o bicho pintado na pedra e podiam de- que a meu ver não deve ser dado. protocolo para
A violência, como já foi dito, cresce em função de muitas avaliação formativa
vorar (com gosto) o bicho que ficava na floresta. E sa-
Na verdade, essa onda de violência que tanto nos angus- causas. Mas as causas econômicas – que, afinal, são fun-
biam, também, que havia uma diferença entre o golpe análise das habilidades
tia tem várias matrizes, diversos geradores. As causas damentais – deviam merecer uma atenção muito espe-
da lança real que estava na mão deles e o golpe da lança descritores
interferem umas nas outras. As frustrações, a multipli- cial, tanto por parte da mídia como por parte do governo.
pintada no teto da gruta.
cação dos ódios, a agressividade crescente, as mágoas, E o que se vê é uma certa fraqueza da presença das des- sugestões de práticas
Isso quer dizer que, desde os tempos da pedra polida (e as manifestações de medo e desespero estão espalhadas graças estruturais da nossa economia nas grandes dis-
provavelmente desde os tempos da pedra lascada), os por toda parte e se alimentam de estímulos culturais, cussões a respeito da violência.
nossos antepassados já eram bastante complicados e di- mas se alimentam sobretudo das experiências vividas (Fonte: KONDER, L. A violência. Jornal do Brasil, 24 maio 2003).
fortalecimento da aprendizagem 135
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Atividades de leitura Daí a se afirmar que a primeira é causa da segunda, en- nas, nossa sociedade se preparando para se proteger de
tretanto, vai uma distância considerável [...]”. seus jovens, não para protegê-los. Aceita-se com natura- caixa de ferramenta
5. O principal objetivo do texto de Leandro Konder é:
lidade um mundo em que criança não é esperança, é pro- do professor
a. A que se referem as expressões “a primeira” e “da se- blema. Se parece exagero, conto três episódios que vivi
a. discutir soluções para o problema da violência na so-
gunda”? abertura das sequências
ciedade brasileira. recentemente:
b. Em sua opinião, a violência mostrada na televisão sequência 1
b. discutir as causas da violência na sociedade brasileira Terça-feira, 13 horas, restaurante universitário. Um co- orientações de estudo
pode ser uma causa da violência que vemos em nos-
e posicionar-se diante do tema. lega diz: “Não importa a idade. Envolveu-se em crime?
so dia a dia?
c. discutir a influência da violência difundida pela televi- Cadeia!” Outro responde: “Vai se aperfeiçoar no crime, sequência 2
c. O que o autor Leandro Konder pensa sobre isso? nas cadeias que temos [...]”. O primeiro replica: “Será orientações de estudo
são sobre o comportamento dos brasileiros.
10. Releia os dois primeiros parágrafos do texto. Qual é a mais negócio mandar pras escolas que temos?” Afasto-
d. discutir as ideias de Bertolt Brecht sobre a violência. sequência 3
-me. Se cadeia e escola não são “negócio”, nessa con-
relação entre a imagem do rio que transborda e a argu-
versa entre acadêmicos alguém pode chegar a propor a orientações de estudo
6. Numere os parágrafos do texto. Em seguida, indique: mentação do autor?
pena capital…
a. Em que parágrafos o autor enumera as causas da vio- Leia agora outro texto sobre o mesmo tema, escrito pelo
lência? educador Luis Carlos de Menezes. Este texto foi publi- Quinta-feira, 16 horas, rua de comércio. Dormindo na
anexos do professor
cado em 10 de abril de 2007, época em que se discutia calçada, um menino “atrapalhando o tráfego”. Tento falar
b. Em que parágrafos o autor discute a influência da vio-
intensamente nos meios de comunicação brasileiros so- com ele e alguém me adverte: “Não perca tempo. Ele tá avaliação inicial
lência da televisão sobre o comportamento cotidiano?
bre a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. chapadão de crack!”. Pergunto: “Um policial não poderia propostas de intervenção
7. Para o autor, qual é a principal causa da violência cres- levá-lo a um hospital?”. O comerciante responde: “Passou na forma de orientação
Texto 2 um agorinha e nem ligou. Tem dúzias deles largados as- de estudos
cente entre nós?
A violência e os jovens que não estão sim aqui, no centro”. Sigo em frente, buscando conserto protocolo para
8. Quais outras causas são apontadas, no texto, para a dis- avaliação formativa
na escola para um velho computador [...]
seminação da violência?
Fala-se muito em diminuir a maioridade penal, mas a verda- Sexta-feira, 18h30, semáforo. Só vejo as mãos dela, ven- análise das habilidades
9. Releia: descritores
deira questão que se coloca para o país é aumentar a “maiori- dendo balas. A cabeça não alcança o vidro do carro. Lem-
“A confusão aparece, por exemplo, quando se exagera a in- dade educacional” bro da notícia do bebê abandonado, mas penso que, se a sugestões de práticas
(Luiz Carlos de Menezes)
fluência da violência difundida pela televisão sobre a vio- criança já sabe andar na rua, isso não nos choca nem é
lência que vem crescendo em nossa vida cotidiana. A influ- Crimes brutais envolvendo jovens, sua repercussão na notícia. Abre o sinal e sigo. Pelo retrovisor, vejo a menina
ência é inegável, já foi comprovada em pesquisas sérias. mídia e as discussões no Congresso mostram, há sema- driblando os automóveis…
fortalecimento da aprendizagem 136
orientações de estudo – sequência 3 início índice estrutura realizadores

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das Orientações de Estudo. introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Bertolt Brecht, em seu teatro pedagógico, propõe que não Porém quem cuidará disso? Assim como para evitar cri- 13. O texto 2 foi escrito em uma época em que se discutia,
nos emocionemos, mas pensemos. Só que aqui nem é te- mes as leis são importantes, mas não bastam, é preciso no Brasil, a redução da maioridade penal de 18 para 16 caixa de ferramenta
atro. Sou eu, cúmplice dessa cidade que abandona suas olhar cada criança como responsabilidade nossa e “des- anos. O que pensa o autor a respeito desse assunto? do professor
crias. O Brasil não é só isso, e sei de muitos lugares que naturalizar” a miséria. Se no lugar do menino largado na Destaque, no texto, frases que correspondam à tese abertura das sequências
nem fazem ideia do inferno das metrópoles, mas as notí- rua estivesse eu caído, com óculos e computador portá-
do autor.
cias envolvem todos e discutir as soluções também. Dis- til, em minutos seria socorrido. Mas um menino drogado, sequência 1
cutamos, pois. descalço, traz menos riscos dormindo no chão do que em 14. Nos parágrafos 2, 3 e 4, o autor relata três episódios vi- orientações de estudo

pé... Como aconselha Brecht, não é para se emocionar, é vidos por ele. Qual é a função desses relatos no texto?
No debate sobre se é mais barato prevenir ou remediar, sequência 2
para pensar.
ouve-se que cada presidiário custa por mês mais do que
15. Releia: orientações de estudo
dez alunos na escola e que cada menor infrator confinado “Nossa sociedade está se preparando para se proteger
“Bertolt Brecht, em seu teatro pedagógico, propõe que
custa mais do que 20 crianças na escola. E se cadeia não de seus jovens, não para protegê-los. Como disse Brecht, sequência 3
adianta e preso é tão caro, há quem diga que pena de mor- não nos emocionemos, mas pensemos”.
não é de emocionar, é para pensar”. orientações de estudo
te barateia... Não é preciso ser jurista para se chocar. Todos Por que o autor cita Brecht?
(Fonte: MENEZES, L. C. A violência e os jovens que não estão
sabemos que preso é responsabilidade do Estado, a qual- na escola. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.
quer custo. Mas criança na escola não é responsabilidade br/alfa/artigos/a-violencia-e-os-jovens-que-nao-estao- 16. Releia o período a seguir, retirado do 5o parágrafo:
na-escola.php >.Acesso em: 22 fev. 2016). anexos do professor
do Estado? E a que custo? Um décimo do que gastamos “O Brasil não é só isso, e sei de muitos lugares que nem
com os presos e um vigésimo do que custa um infrator? avaliação inicial
fazem ideia do inferno das metrópoles, mas as notícias
11. Observe que o título do texto expressa uma relação de
envolvem todos e discutir as soluções também. Discuta- propostas de intervenção
Há milhões de jovens sem trabalho, escola e vida social causa e consequência. Explique esse título. na forma de orientação
decentes – entre eles, milhares de crianças de rua e outras mos, pois”.
de estudos
tantas viciadas, prostituídas ou envolvidas com a contra-
12. Releia o trecho a seguir:
O conector destacado anteriormente tem o mesmo sen- protocolo para
venção e o crime. Cuidar desses últimos é essencial, mas “Crimes brutais envolvendo jovens, sua repercussão na
tido que: avaliação formativa
sem solução para os demais equivale a enxugar gelo [...] mídia e as discussões no Congresso mostram, há sema-
Como é impossível arranjar de repente ocupação para mi- nas, nossa sociedade se preparando para se proteger a. porém. análise das habilidades
descritores
lhões (ainda mais milhões que não completaram a escola de seus jovens, não para protegê-los”. b. portanto.
básica), mais urgente do que discutir a maioridade penal é sugestões de práticas
aumentar a maioridade educacional, com formação geral Explique, com suas palavras, a frase grifada no trecho c. porque.
ou profissional mais vida cultural, música, esportes etc. anterior. d. no entanto.
fortalecimento da aprendizagem 137
orientações de estudo – sequência 3 início índice estrutura realizadores

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das Orientações de Estudo. introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
17. Releia: senvolveram as habilidades D06 – Identificar o tema de um ao estudante “D20 Reconhecer diferentes formas de tratar

“Todos sabemos que preso é responsabilidade do Estado, texto e D01 – Localizar informações explícitas no texto, tal uma informação na comparação de textos que tratam do caixa de ferramenta
a qualquer custo. Mas crianças na escola não é respon- qual proposto na matriz do SAEB. mesmo tema, em função das condições em que ele foi pro- do professor
sabilidade do Estado? E a que custo? Um décimo do que duzido e daquelas em que será recebido” e também amplia
Já o segundo bloco de questões amplia o nível de abertura das sequências
gastamos com os presos e um vigésimo do que custa um a possibilidade do estudante reconhecer argumentos para
dificuldades, focando na leitura de textos argumentativos. A sequência 1
infrator?”. sustentar um determinado ponto de vista.
primeira tem como objetivo analisar se o estudante consegue orientações de estudo

Esse trecho é um dos argumentos apresentados no tex- explicar informações, dando evidências de seu entendimento Portanto, os estudantes entrarão em contato com dife-
to. Por quê? do texto. A questão também possibilita que o estudante de- rentes textos argumentativos os quais mobilizam habilidades sequência 2
senvolva habilidades como a D07 – Identificar a tese de um de leitura progressivamente. orientações de estudo
18. Para o autor, qual é a melhor solução para o problema
texto e a D08 – Estabelecer relação entre a tese e os argu-
do envolvimento do jovem com a criminalidade? Para a leitura desses textos, sugere-se que sejam indica- sequência 3
mentos oferecidos para sustentá-la. A segunda questão, por
das ferramentas como a construção de esquemas, tabelas orientações de estudo
sua vez, solicita que o estudante reconheça o significado
Atividade oral e anotações que ajudem o estudante a construir estratégias
contextual de uma expressão. Para fazer isso, é necessário
Vamos conversar sobre os dois textos lidos. Compare- de leitura.
que ele, além de mobilizar habilidades já citadas, seja capaz
-os. Quais são os pontos de concordância? Você observa Ressalta-se, ainda, que as expectativas de resposta das anexos do professor
de D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes
mais semelhanças ou diferenças entre as argumentações? questões são indicadas nos materiais para o professor do
no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc. avaliação inicial
Dê sua opinião sobre o tema em pauta. material “Conexão” e “Entre Jovens”, indicados no início de
Enfatiza-se que os textos propostos dialogam com os propostas de intervenção
Orientações gerais: cada bloco. na forma de orientação
temas propostos na discussão da sequência, permitindo de estudos
As atividades propostas neste plano foram divididas em Fonte das questões:
que, no conjunto da leitura, o estudante seja capaz de, como
Material Conexão Aprendizagem (Questões – fase 2) protocolo para
três blocos para que você observe a progressão das expecta- propõe a habilidade D21, reconhecer posições distintas entre avaliação formativa
Entre Jovens
tivas de aprendizagem, bem como o nível de dificuldade das duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mes-
análise das habilidades
questões considerando a leitura de textos argumentativos. mo tema.
descritores
No primeiro bloco, é indicada a leitura de um texto que No terceiro e último bloco, a atividade selecionada pro-
sugestões de práticas
trata da relação dos jovens com a cultura. Nesse sentido, o põe a leitura e análise de dois textos que tratam da violência.
texto dialoga tematicamente com a primeira atividade pro- As questões partem do reconhecimento das condições de
posta na sequência 3 e também avalia se os estudantes de- produção, recepção e circulação dos textos, que possibilitam
fortalecimento da aprendizagem 138
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

Anexos do professor
abertura das sequências
sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor

avaliação inicial

propostas de intervenção
na forma de orientação
de estudos

protocolo para
avaliação formativa

análise das habilidades


descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 139
avaliação inicial — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

Avaliação inicial
abertura das sequências
sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor

avaliação inicial

propostas de intervenção
na forma de orientação
de estudos

protocolo para
avaliação formativa

análise das habilidades


descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 140
avaliação inicial — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Língua Portuguesa caixa de ferramenta


do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

 ID DA QUESTÃO: 1042 CÓDIGO DO DESCRITOR: P017  O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Au- sequência 2
observações
1. Leia o texto e responda à questão a seguir. gustinho Neto, esteve no evento e ressaltou que a edu- orientações de estudo

cação indígena deve ser libertadora. “Uma educação que


• As questões que contém o código ID Líder indígena defende direito à educação sequência 3
procure emancipar, libertar, é o que deve ser a palavra de
foram extraídas do material Conexão e diz que há preconceito nas escolas
ordem.” orientações de estudo
Aprendizagem - Língua Portuguesa -
25/10/2016 - 9h31  Maíra Heinen
Questões - Fase 1 O evento segue até sexta-feira e deve ainda promover di-
Cerca de 300 indígenas estão na Universidade de Brasí- versas manifestações culturais em escolas, shoppings e
• As intervenções indicadas estão
anexos do professor
disponíveis no material Conexão lia para o segundo Fórum de Educação Escolar Indígena. universidades do distrito Federal.
Aprendizagem - Fichas de conteúdo - Eles debatem temas diversos como o financiamento da http://radioagencianacional.ebc.com.br/educacao/
avaliação inicial
Língua Portuguesa | Fase 1 educação, o sistema próprio de educação e a criação da audio/2016-10/lider-indigena-defende-direito-educacao-e-diz-
propostas de intervenção
que-hapreconceito-nas-escolas . Acesso em 29/10/2016.
universidade indígena. na forma de orientação
de estudos
Durante a abertura, muitos indígenas citaram o precon- Segundo o texto, o evento noticiado aborda diversos te-
ceito nas escolas, como reforça Gersem Baniwa, um dos mas, dentre os quais: protocolo para
avaliação formativa
coordenadores do evento. a. manifestações violentas de indígenas em escolas,
shoppings e universidades. análise das habilidades
As alternativas corretas “Aqueles indígenas que criaram a coragem de exercerem descritores
estão em destaque. seu direito de cidadãos, de deixarem suas aldeias para b. eleição de lideranças indígenas.
estudar, nas vilas próximas às aldeias indígenas, nas ci- sugestões de práticas
c. a manutenção de privilégios indígenas.
dades próximas ou nas grandes cidades, sofrem enorme
d. preconceito contra indígenas nas escolas. 
preconceito, um preconceito arraigado desde o início da
colonização.” e. o desaparecimento da cultura indígena.
fortalecimento da aprendizagem 141
avaliação inicial — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
 ID DA QUESTÃO: 1047 CÓDIGO DO DESCRITOR: P037   ID DA QUESTÃO: 1083 CÓDIGO DO DESCRITOR: P114 

2. Leia o texto e responda à questão a seguir. 3. Leia o texto e responda à questão a seguir. caixa de ferramenta
Educação financeira deve começar em do professor
A tirinha provoca no leitor:
casa e desde cedo Cotidiano abertura das sequências

No AR em 5/5/2017 - 14h sequência 1


orientações de estudo
O programa Cotidiano de sexta-feira (5) entrevistou o
consultor financeiro João Pessine, que dá dicas de como sequência 2
envolver os filhos na educação financeira.
orientações de estudo

Para João, os filhos desde pequenos devem aprender


sequência 3
educação financeira para planejar suas finanças e não a. uma quebra de expectativa em relação à situação retratada. 
orientações de estudo
passarem aperto ao longo da vida.
b. uma reflexão crítica a respeito do universo da publicidade.
João Pessine esclarece que a mesada é importante, mas c. um efeito de humor através da palavra de baixo calão utilizada.
que os pais devem orientar os filhos a usá-la da melhor
d. uma confirmação de expectativas em relação à situação retratada. anexos do professor
forma possível.
e. um efeito de humor causado pelo esquecimento do personagem. avaliação inicial
[. . . ]
propostas de intervenção
http://radios.ebc.com.br/cotidiano/2017/05/educacao-financeira-  ID DA QUESTÃO: 1087  CÓDIGO DO DESCRITOR: P123  na forma de orientação
deve-comecar-em-casa-e-desde-cedo .Acesso em 22/05/2017.
de estudos
4. Leia a tirinha e responda à questão a seguir.
A que termo anterior refere-se a palavra em negrito? protocolo para
Assinale a alternativa correta: avaliação formativa

a. João. análise das habilidades


descritores
b. educação financeira.
c. consultor financeiro. sugestões de práticas

d. programa.
e. filhos. 
fortalecimento da aprendizagem 142
avaliação inicial — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
A tirinha constrói seu humor a partir: Assinale a alternativa que indique um implícito que pode de professor. Trabalhador da rede pública estadual de

a. da situação ruim em que se encontra o condutor. ser depreendido da palavra destacada no texto acima. São Paulo, nada convidativo financeiramente, mas ainda
caixa de ferramenta
assim, digno. do professor
b. do fato de que há dois animais falantes. a. A autora quer deixar claro que está inventando a no-
meação “Massacre do Carandiru”. Conciliar profissão à militância política foi uma opção abertura das sequências
c. da crueldade do animal contra o ser humano.
b. A autora se posiciona favoravelmente ao massacre consciente – outro privilégio para poucos. Trabalho, ga- sequência 1
d. dos problemas psiquiátricos do animal.
do Carandiru. nho a vida e pago minhas contas fazendo o que amo:
orientações de estudo
e. do duplo sentido da palavra “soltar”.  educação, logo, política. A vida que escolhi me levou a
c. A autora não quer se comprometer com a criação do
pessoas incríveis: líderes políticos, intelectuais, atletas e sequência 2
nome “Massacre do Carandiru”. 
 ID DA QUESTÃO: 1072  CÓDIGO DO DESCRITOR: P093  artistas. Levou-me a lugares impensáveis: salas acarpe- orientações de estudo
d. A autora se posiciona desfavoravelmente ao massa- tadas de governos, viagens para debates, palestras e ati-
5. Leia o texto e responda à questão a seguir.
cre do Carandiru. vidades políticas das mais diversas em quase todos os es- sequência 3
Artistas fazem ato em SP para lembrar tados brasileiros e até nos EUA. Em todos esses espaços,
e. A autora defende uma outra nomeação para o acon- orientações de estudo
Massacre do Carandiru tanto em momentos de conflito com adversários, quanto
tecimento em questão.
1/11/2016 – 12h12 – São Paulo em momentos de elaboração e confraternização com os

Cátia Rodrigues meus da “esquerda”, uma coisa nunca mudou: sou um


 ID DA QUESTÃO: 1063  CÓDIGO DO DESCRITOR: P069  anexos do professor
homem negro. E como um negro no país da democracia
Será realizado hoje (1º) na capital paulista um ato para 6. Leia o texto e responda à questão a seguir. racial, sempre soube que o tratamento gentil e tolerante avaliação inicial
lembrar o chamado Massacre do Carandiru, ocorrido no a mim dispensado sempre esteve condicionado a que eu
“A POLÍTICA NÃO É LUGAR PRA PRETO propostas de intervenção
dia 2 de outubro de 1992. soubesse o meu lugar e que não me atrevesse a sair dele. na forma de orientação
VAGABUNDO FEITO VOCÊ!”
de estudos
Os participantes vão ler os nomes dos 111 presos mortos. [. . . ]
Postado em 26 de setembro de 2016
A leitura contínua de 24 horas será feita no alto de um protocolo para
Por Douglas Belchior (http://negrobelchior.cartacapital.com.br/politica-nao-e-lugar- avaliação formativa
prédio na região central da cidade a partir das 16h. pra-preto-vagabundo-feito-voce/ . Acesso em 30/10/2016.)
Tenho plena consciência de que represento uma exceção. análise das habilidades
O ato está programado para terminar amanhã (2), Dia de Assinale a alternativa que melhor explique o fato de o
Ainda que miscigenado (fosse a pele retinta, bem sei que descritores
Finados, na mesma hora em que policiais militares inva-
a vida reservaria ainda mais dificuldades), como homem autor do texto considerar-se uma exceção:
diram o presídio durante uma rebelião. sugestões de práticas
negro, estudei. Alcancei o banco de uma universidade re- a. o fato de se definir como miscigenado.
http: //radioagencianacional. ebc. com. br/direitos-humanos/ conhecida, a PUC-SP, onde me formei em História e alcei
audio/2016-11/artistas-fazem-ato-em-sp-para-lembrar- b. o fato de sofrer preconceito racial.
massacre-docarandiru Acesso em 6/11/2016. o desvalorizado, mas nem por isso menos nobre, status
fortalecimento da aprendizagem 143
avaliação inicial — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
c. o fato de se definir como negro. homicídio, vítima de assalto. Isso é recorrente na minha últimos anos e apelamos para que isso seja retomado,
família, desde então eu acho importante participar da ca- um policiamento próximo ao povo.”
d. o fato de ter se formado em uma universidade reco- caixa de ferramenta
minhada da paz, principalmente aqui na zona sul de São do professor
nhecida.  A 21ª Caminhada pela Vida e pela Paz foi organizada pelo
Paulo, onde a criminalidade é muito grande e não existe
e. o fato de ser trabalhador. Fórum em Defesa da Vida. Para o próximo dia 19, o fórum abertura das sequências
punição para quem comete crimes de tamanha gravida-
organiza um Tribunal Popular para julgar a responsabili- sequência 1
de como essa.
dade do Estado pela morte da população jovem.
 ID DA QUESTÃO: 1094  CÓDIGO DO DESCRITOR: P149  orientações de estudo
O bairro do Jardim Ângela já foi conhecido como o mais
7. Leia o texto e responda às questões a seguir. Assinale a alternativa que melhor identifique um dos te-
violento do mundo. Já o cemitério São Luiz ficou famoso sequência 2
por ser o cemitério com o maior número de jovens se- mas presentes no texto.
Paulistas promovem caminhada pela paz e orientações de estudo
pedem fim da violência pultados no Brasil. Foram estatísticas assim que motiva- a. Religião.
ram a primeira caminhada, que aconteceu em 1996. De b. Formas de policiamento.  sequência 3
2/11/2016 – 19h02 – São Paulo lá para cá, a situação melhorou. Os índices de violência orientações de estudo
Eliane Gonçalves c. Terrorismo.
diminuíram, mas para uma das lideranças do lugar, o
padre Jaime Crowe, da Paróquia Santos Mártires, a vio- d. Paz internacional.
No extremo sul da cidade de São Paulo, o Dia de Finados
lência ainda faz parte do cotidiano. e. Comemorações de feriados
foi marcado pela Caminhada pela Vida e pela Paz. A re- anexos do professor
gião, que já foi considerada uma das mais violentas do “Já caiu a violência, mas ainda não chegamos aonde que-
avaliação inicial
mundo, segue marcada por assassinatos, principalmente remos. Queremos, como vamos usar a frase de hoje, ne-  ID DA QUESTÃO: 1116 CÓDIGO DO DESCRITOR: P177 

de jovens. propostas de intervenção


nhuma morte a mais, nenhum jovem a menos. Enquan- 8. Assinale a alternativa que melhor identifique uma ideia na forma de orientação
to estão ainda sendo assassinados adolescentes jovens, defendida no texto. de estudos
A caminhada partiu da Paróquia Santos Mártires, no
precisamos levantar o nosso grito pela vida.
bairro do Jardim Ângela, e seguiu até o cemitério São a. Deve-se defender a paz mundial. protocolo para
Luiz. O trajeto de quase cinco quilômetros foi percorrido Para o padre, a mudança passa por uma reestruturação avaliação formativa
b. Deve-se pôr fim à violência policial em bairros po-
por familiares de vítimas e ativistas que pedem o fim da das forças policiais. Ele defende uma polícia comunitária
bres.  análise das habilidades
violência na região. Pessoas como Henrique Gaudêncio, no lugar da polícia militar. descritores
de 32 anos, que participa do ato desde que tinha 10 anos c. Deve-se melhorar o sistema carcerário.
“Que haja uma mudança na polícia, a desmilitarização sugestões de práticas
e conhece de perto a violência. d. Deve-se ampliar o policiamento ostensivo em bairros
da polícia e que haja uma polícia mais próxima ao povo.
pobres.
“Há sete anos eu perdi um primo vítima de um homicídio Uma das lutas do Fórum em Defesa da Vida foi o policia-
e há quatro anos eu perdi um outro primo vítima de um mento comunitário e isso foi jogado para escanteio nos e. Deve-se pôr fim ao terrorismo de Estado.
fortalecimento da aprendizagem 144
avaliação inicial — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
 ID DA QUESTÃO: 2423  CÓDIGO DO DESCRITOR: P623  c. decidiu acompanhar uma marcha militar que pas- – Errou! interrompeu Camilo, rindo.
9. Leia o texto para responder a questão a seguir: sava  caixa de ferramenta
– Não diga isso, Camilo. Se você soubesse como eu tenho
CONTO DE ESCOLA do professor
d. começou a sentir uma coceira incontrolável nos pés andado, por sua causa. Você sabe; já lhe disse. Não ria de

e. não podia ouvir os tambores da marcha militar que mim, não ria. . . abertura das sequências
Machado de Assis
passava Camilo pegou-lhe nas mãos, e olhou para ela sério e fixo. sequência 1
Na rua encontrei uma companhia do batalhão de fuzilei-
Jurou que lhe queria muito, que os seus sustos pareciam orientações de estudo
ros, tambor à frente, rufando. Não podia ouvir isto quieto.
de criança; em todo o caso, quando tivesse algum receio,
Os soldados vinham batendo o pé rápido, igual, direita,  ID DA QUESTÃO: 1043  CÓDIGO DO DESCRITOR: P015 
sequência 2
a melhor cartomante era ele mesmo.
esquerda, ao som do rufo; vinham, passaram por mim, 10. Leia o texto e responda à questão a seguir. orientações de estudo
e foram andando. Eu senti uma comichão nos pés, e tive Depois, repreendeu-a; disse-lhe que era imprudente an-
A cartomante
ímpeto de ir atrás deles. Já lhes disse: o dia estava lindo, e dar por essas casas. sequência 3
depois o tambor. . . Olhei para um e outro lado; afinal, não Machado de Assis orientações de estudo
ASSIS, Machado de. Obra completa.
sei como foi, entrei a marchar também ao som do rufo, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1962. v. 2.
Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e
creio que cantarolando alguma coisa: Rato na casaca. . .
Não fui à escola, acompanhei os fuzileiros, depois enfiei na terra do que sonha a nossa filosofia. Era a mesma ex- No último parágrafo do trecho acima, o personagem Ca-
plicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa sex- milo não vê com bons olhos o fato de Rita consultar uma anexos do professor
pela Saúde, e acabei a manhã na praia de Gamboa. Vol-
tei para casa com as calças sujas, sem pratinha no bolso ta-feira de novembro de 1869, quando este ria dela, por cartomante, porque: avaliação inicial
nem ressentimento na alma. E, contudo, a pratinha era ter ido na véspera consultar uma cartomante; a diferença
a. tem medo de que Rita esteja querendo abandoná-lo. propostas de intervenção
bonita e foram eles, Raimundo e Curvelo, que me deram é que o fazia por outras palavras. na forma de orientação
b. não acredita em cartomantes, acha isso desnecessá-
o primeiro conhecimento, um da corrupção, outro da de- de estudos
– Ria, ria. Os homens são assim; não acreditam em nada. rio e perigoso. 
lação; mas o diabo do tambor. . . protocolo para
Pois saiba que fui, e que ela adivinhou o motivo da con- c. sente-se inferiorizado em relação a Rita, por não co-
Fonte: ASSIS, Machado de. Conto de Escola. Disponível em: avaliação formativa
sulta, antes mesmo que eu lhe dissesse o que era. Apenas nhecer filosofia.
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000268.pdf
Acessado em: 09/10/2018. começou a botar as cartas, disse-me: “A senhora gosta de análise das habilidades
d. não gosta que Rita tenha amizade com Hamlet e com descritores
uma pessoa. . .” Confessei que sim, e então ela continuou
No trecho acima, o narrador não foi à escola porque: Horácio.
a botar as cartas, combinou-as, e no fim declarou-me que sugestões de práticas
a. decidiu ir à praia, onde acabara a manhã eu tinha medo de que você me esquecesse, mas que não
e. acredita que a cartomante consultada por Rita seja

b. estava com as calças muito sujas era verdade. . . incompetente


fortalecimento da aprendizagem 145
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

Propostas de
abertura das sequências
sequência 1
orientações de estudo

intervenção na forma sequência 2


orientações de estudo

de orientação de
sequência 3
orientações de estudo

estudos anexos do professor

avaliação inicial

propostas de intervenção
na forma de orientação
de estudos

protocolo para
avaliação formativa

análise das habilidades


descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 146
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Língua Portuguesa caixa de ferramenta


do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo
Muitos linguistas (Linguística é a ciência que estuda a que aparecem na “superfície” do texto; quer dizer, são es-
No caso de erros na questão 1
linguagem verbal) já procuraram e continuam procuran- critas com palavras de sentido exato, literal. Essas pala- sequência 3
A questão trata do reconhecimento de um tema do respostas para essas questões, que são bem difíceis vras são as que contribuem mais diretamente para iden- orientações de estudo
abordado em uma notícia. Para avançar no mesmo. O que melhor conseguiram definir, até agora, é o tificarmos a informatividade de um texto.
desenvolvimento de habilidades de leitura de notícias que chamamos de textualidade.
(textos informativos), leia as páginas 11 e 12 e realize Mas o que é que a gente entende por “informações”? São
as atividades das páginas 13 e 14 do material Conexão Textualidade é um conjunto composto por diversos fato- dados, fatos, tópicos, temas, assuntos; mas podem ser anexos do professor
Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 res que contribuem para que um texto seja organizado também ideias, pensamentos, opiniões. Tudo o que um avaliação inicial
ID DO CARTÃO: 1194 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01F e faça sentido, diferenciando-o assim de meras palavras texto quer nos fazer ver e crer. Identificar informações
propostas de intervenção
jogadas ao acaso. Um desses fatores é aquilo que chama- com clareza e precisão é uma responsabilidade tanto do
na forma de orientação
mos de informatividade. próprio texto (e do seu autor), quanto do leitor. de estudos
 ID DO CARTÃO: 1194 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01F  protocolo para
Informatividade é o caráter que todo texto possui em car- Isso é, um texto deve ser escrito e organizado de forma
regar e comunicar informações. Isso pode parecer óbvio, a ser plenamente capaz de transmitir suas informações avaliação formativa
O caráter informativo de todo texto
não é? Afinal, é lógico que todo texto traz informação, co- (deve saber o que quer e aonde quer chegar); e o leitor, da análise das habilidades
Você já se perguntou o que é um texto? Um texto é ape-
munica algo. No entanto, existem muitas maneiras dife- sua parte, deve ter a competência leitora suficiente para descritores
nas um amontoado de palavras e frases ou é algo mais
rentes para que um texto carregue as suas informações e saber o que é possível e o que não é possível “enxergar”
do que isso? Se for, o que é que faz que um texto seja um sugestões de práticas
muitas maneiras diferentes também para o leitor captá-las. dentro do texto (como vimos no item anterior).
texto? Isso é, o que é que traz organização e significado
para esse conjunto de palavras, frases, parágrafos a que Antes de mais nada, um texto traz informações explíci-
chamamos texto? tas. Como já dissemos no item anterior, são informações
fortalecimento da aprendizagem 147
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
1. A partir do que você leu no texto explicativo acima, cite “O Brasil é o quarto país em população carcerária do o policial que prende, o Judiciário que garante a execução
e explique, com suas próprias palavras, o que é e de que mundo, tem um sistema prisional absolutamente viola- e o sistema falido”, disse.
caixa de ferramenta
se compõe o caráter informativo de todo texto. dor de direitos, onde tortura e superlotação existem. O do professor
Segundo a conselheira, a crise e as desigualdades contri-
Estado admite facções dominando presídios, admite si-
Orientação de resposta: Conforme se lê no texto buem para o agravamento das ameaças aos direitos hu- abertura das sequências
tuações insalubres e é um país que ainda quer trancafiar
explicativo, o caráter informativo de todo texto é manos. “Porque isso não é resolvido só com segurança,
a juventude”, disse a presidente do CNDH, Ivana Farina, sequência 1
composto pela sua informatividade, ou seja, informações mas com saúde, com educação, com alimentação de qua-
que o texto transmite. Essas informações podem referindo-se à tentativa de redução da maioridade penal orientações de estudo
lidade, com lazer etc. Não percebemos essa integração de
aparecer em forma explícita (literal) ou implícita (“nas que tramita no Congresso. Segundo ela, as violações de
direitos humanos nos sistemas prisional e socioeducati-
políticas de maneira tão transversal com intervenção na sequência 2
entrelinhas”), além de que essas informações podem
segurança pública. ” orientações de estudo
se constituir de fatos (acontecimentos, lugares ou vo têm que ser uma preocupação nacional.
pessoas reais) ou opiniões (avaliações, juízos de valor, O CNDH é um órgão composto por representantes do
Durante reunião ampliada em Brasília, conselheiros de sequência 3
posicionamentos pessoais a respeito de fatos). Poder Público e da sociedade civil que, além de mo-
17 estados e do Distrito Federal levaram informações orientações de estudo
nitorar as violações, tem competência para apurar si-
para compor um mapeamento e propor ações de prote-
tuações ou condutas contrárias aos direitos humanos,
ção aos direitos humanos em todo o país. As violências
podendo fazer recomendações a entidades públicas e
 ID DO CARTÃO: 1190 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01G  contra a juventude negra, contra povos indígenas e qui-
privadas em todo o país. anexos do professor
lombolas, em grandes empreendimentos e contra pes-
2. Leia o texto a seguir para avançar no estudo do que é o
soas em situação de rua também foram apontadas pelos (http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/ avaliação inicial
caráter informativo dos textos: noticia/2016-10/violacao-de-direitos-humanos-no-sistema-
conselheiros, segundo Ivana. carcerario-e-recorrente-diz . Acesso em 24/10/2016. ) propostas de intervenção
Violação de direitos humanos no sistema na forma de orientação
A vice-presidente do Conselho Estadual de Direitos Hu- de estudos
carcerário é recorrente, diz conselho
manos de Pernambuco, Edna Jatobá, criticou a política
20/10/2016 – Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil  ID DO CARTÃO: 1191 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01H  protocolo para
de encarceramento brasileira e as condições do sistema
avaliação formativa
para recuperação dos detentos. 3. Você já leu o texto “Violação de direitos humanos no sis-
O sistema prisional brasileiro, um dos maiores do mundo
análise das habilidades
em população carcerária, é um ambiente de frequentes tema carcerário é recorrente, diz conselho”, de Andreia
“O Estado prende muito e prende muito mal, e quando ele descritores
violações de direitos humanos. A avaliação está em le- prende mal acaba forjando novos crimes e criminosos. Verdélio, para avançar no estudo do que é o caráter in-
vantamento apresentado hoje (20) pelo Conselho Nacio- formativo dos textos. Agora observe a análise realizada sugestões de práticas
Uma pessoa presa por tráfico quando sai da prisão vira
nal dos Direitos Humanos (CNDH) sobre os tipos de vio- um homicida. Temos um desajuste no sistema de Justiça a seguir sobre esse texto. Quais são as informações que
lações de direitos mais recorrentes no país. criminal de que o Estado não consegue dar conta, desde o texto traz explicitamente? Vamos ver?
fortalecimento da aprendizagem 148
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
a. O texto trata do sistema prisional brasileiro (assunto): levaram informações para compor um mapeamento  ID DO CARTÃO: 1205 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02C 

(1o parágrafo) “O sistema prisional brasileiro, um dos e propor ações de proteção aos direitos humanos em
caixa de ferramenta
maiores do mundo em população carcerária, é um todo o país.” Substituição e Proforma do professor
ambiente de frequentes violações de direitos humanos.” (6o parágrafo) “Segundo a conselheira, a crise e as Para evitar a repetição de uma mesma palavra várias ve-
abertura das sequências
desigualdades contribuem para o agravamento das zes (o que pode prejudicar a fluidez do texto, a não ser que
b. O texto procura transmitir dados específicos a respeito
ameaças aos direitos humanos. “Porque isso não é
se queira destacar ou intensificar o sentido dessa palavra),
sequência 1
do sistema prisional brasileiro (delimitação do assunto): resolvido só com segurança, mas com saúde, com orientações de estudo
(2o parágrafo) “’O Brasil é o quarto país em população podemos substituí-la, em alguns momentos, por uma pro-
educação, com alimentação de qualidade, com lazer etc.”
carcerária do mundo, tem um sistema prisional forma que pode retomá-la (neste caso, temos uma anáfora, sequência 2
absolutamente violador de direitos, onde tortura  # resumindo ou função anafórica) ou precedê-la (catáfora, ou função ca-
orientações de estudo
e superlotação existem. O Estado admite facções
tafórica). Para um exemplo disso, veja o texto a seguir:
dominando presídios, admite situações insalubres e é Todo texto é formado por fatores (ou elementos) de
Trabalho escravo é ainda uma realidade no Brasil
sequência 3
um país que ainda quer trancafiar a juventude’, disse a textualidade. Dentre esses, destaca-se a informatividade,
orientações de estudo
presidente do CNDH, Ivana Farina, [...]” que é o fato de um texto transmitir informações
Esse tipo de violação não prende mais o indivíduo a correntes,
primeiramente de um modo explícito.
c. Esses dados vêm acompanhados de uma avaliação mas acomete a liberdade do trabalhador e o mantém submisso

negativa da atual situação do sistema prisional brasi- a uma situação de exploração


anexos do professor
leiro, em depoimentos de pessoas entrevistadas: No caso de erros na questão 2 NATALIA SUZUKI E THIAGO CASTELI – 4 de maio de 2016
avaliação inicial
(5o parágrafo) “’O Estado prende muito e prende A questão trata do reconhecimento de um referente, O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos hu-
muito mal, e quando ele prende mal acaba forjando considerando as relações lógico-discursivas no texto. propostas de intervenção
novos crimes e criminosos. Uma pessoa presa manos que persiste no Brasil. A sua existência foi assu- na forma de orientação
Para avançar nos estudos sobre coesão textual, leia
por tráfico quando sai da prisão vira um homicida. mida pelo governo federal perante o país e a Organização de estudos
as páginas 25 -29 do material Conexão Aprendizagem
Temos um desajuste no sistema de Justiça criminal Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez que se
- Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 protocolo para
que não consegue dar conta, desde o policial que tornasse uma das primeiras nações do mundo a reconhe- avaliação formativa
Em seguida, realize as propostas das páginas 30 a 32.
prende, o Judiciário que garante a execução e o cer oficialmente a escravidão contemporânea em seu ter-
Leitura: análise das habilidades
sistema falido’, disse. ” ritório. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhado-
ID DO CARTÃO: 1205  CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02C descritores
res foram libertados de situações análogas à de escravidão
d. O texto traz propostas para a solução dos problemas ID DO CARTÃO: 1200  CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02D
em atividades econômicas nas zonas rural e urbana. sugestões de práticas
apontados, também através da voz de especialistas Exercícios
ouvidos: Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho
ID DO CARTÃO: 1203  CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02E
(3o parágrafo) “Durante reunião ampliada em Brasília, escravo não é somente uma violação trabalhista, tam-
ID DO CARTÃO: 1201  CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02F
conselheiros de 17 estados e do Distrito Federal pouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial
fortalecimento da aprendizagem 149
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos Quem é o trabalhador escravo? Em geral, são migrantes Muitas vezes, o trabalhador submetido ao trabalho escra-
não prende mais o indivíduo a correntes, mas compre- que deixaram suas casas em busca de melhores condi- vo consegue fugir da situação de exploração, colocando a caixa de ferramenta
ende outros mecanismos, que acometem a dignidade e ções de vida e de sustento para as suas famílias. Saem de sua vida em risco. Quando tem sucesso em sua emprei- do professor
a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma suas cidades atraídos por falsas promessas de aliciado- tada, recorre a órgãos governamentais ou organizações
abertura das sequências
situação extrema de exploração. res ou migram forçadamente por uma série de motivos, da sociedade civil para denunciar a violação que sofreu.
que pode incluir a falta de opção econômica, guerras e Diante disso, o governo brasileiro tem centrado seus es-
sequência 1
[...] Qualquer um dos quatro elementos abaixo é suficien-
até perseguições políticas. No Brasil, os trabalhadores orientações de estudo
te para configurar uma situação de trabalho escravo: forços para o combate desse crime, especialmente na
proveem de diversos estados das regiões Centro-Oes- fiscalização de propriedades e na repressão por meio da
TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obrigado a se sub- sequência 2
te, Nordeste e Norte, mas também podem ser migran- punição administrativa e econômica de empregadores
meter a condições de trabalho em que é explorado, sem tes internacionais de países latino-americanos – como
orientações de estudo
flagrados utilizando mão de obra escrava.
possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, a Bolívia, Paraguai e Peru –, africanos, além do Haiti e
seja por ameaça e violências física ou psicológica. Enquanto isso, o trabalhador libertado tende a retornar a
sequência 3
do Oriente Médio. Essas pessoas podem se destinar à
orientações de estudo
região de expansão agrícola ou aos centros urbanos à sua cidade de origem, onde as condições que o levaram a
JORNADA EXAUSTIVA: expediente penoso que vai além
procura de oportunidades de trabalho. migrar permanecem as mesmas. Diante dessa situação,
de horas extras e coloca em risco a integridade física do
o indivíduo pode novamente ser aliciado para outro tra-
trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas é insu-
Tradicionalmente, o trabalho escravo é empregado em balho em que será explorado, perpetuando uma dinâmi- anexos do professor
ficiente para a reposição de energia. Há casos em que o
atividades econômicas na zona rural, como a pecuária, a ca que chamamos de “Ciclo do Trabalho Escravo”.
descanso semanal não é respeitado. Assim, o trabalhador avaliação inicial
produção de carvão e os cultivos de cana-de-açúcar, soja
também fica impedido de manter vida social e familiar. Para que esse ciclo vicioso seja rompido, são necessárias propostas de intervenção
e algodão. Nos últimos anos, essa situação também é ve-
ações que incidam na vida do trabalhador para além do na forma de orientação
SERVIDÃO POR DÍVIDA: fabricação de dívidas ilegais rificada em centros urbanos, principalmente na constru-
de estudos
referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel ção civil e na confecção têxtil. âmbito da repressão do crime. Por isso, a erradicação do
problema passa também pela adoção de políticas públi- protocolo para
e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de
No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho es- avaliação formativa
forma abusiva e descontados do salário do trabalhador, cas de assistência à vítima e prevenção para reverter a
cravo rural são homens. Em geral, as atividades para as
que permanece sempre devendo ao empregador. situação de pobreza e de vulnerabilidade de comunida- análise das habilidades
quais esse tipo de mão de obra é utilizado exigem for- descritores
des. Dentre essas políticas, estão as ações formativas no
CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto de elemen- ça física, por isso os aliciadores buscam principalmen-
âmbito da educação, como aquelas propostas pelo pro-
tos irregulares que caracterizam a precariedade do tra- te homens e jovens. Os dados oficiais do Programa Se- sugestões de práticas
grama Escravo, nem pensar!.
balho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é guro-Desemprego de 2003 a 2014 indicam que, entre os
submetido, atentando contra a sua dignidade, como des- trabalhadores libertados, 72,1% são analfabetos ou não ● Natalia Suzuki é jornalista, mestre em Ciência Política
crito no diagrama a seguir. concluíram o quinto ano do Ensino Fundamental. pela FFLCH-USP e coordenadora do programa
fortalecimento da aprendizagem 150
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Escravo, nem Pensar!, programa de educação para A mesma coisa vale para o substantivo “país” (2o perío- ende outros mecanismos, que acometem a dignidade e
prevenção do trabalho escravo da ONG Repórter Brasil do), o qual retoma o nome próprio “Brasil” (1o período), sendo a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma
caixa de ferramenta
sinônimo dele (na verdade, um hiperônimo: isto é, um “si- situação extrema de exploração. do professor
● Thiago Casteli é historiador pela USP e coordenador
assistente do programa Escravo, nem pensar! nônimo” que pertence a uma categoria superior; Brasil é um
[...] Qualquer um dos quatro elementos abaixo é suficien- abertura das sequências
país, assim como existem vários outros países).
(http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/ te para configurar uma situação de trabalho escravo: sequência 1
trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/
Acesso em 28/10/2016.)
Por sua vez, a expressão “daquele ano” (3o período), for- orientações de estudo
mada pela contração de uma preposição e de um prono- TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obrigado a se sub-

1. Vamos reler o primeiro parágrafo do texto, prestando me demonstrativo (de + aquele) e pelo substantivo “ano”, meter a condições de trabalho em que é explorado, sem sequência 2
possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, orientações de estudo
atenção nas palavras destacadas? retoma o numeral “1995” (2o período). Essa retomada é im-
seja por ameaça e violências física ou psicológica.
portante, pois tal dado (em 1995, o governo federal do Brasil
O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos hu- sequência 3
assumiu a existência de trabalho escravo em seu território)
manos que persiste no Brasil. A sua existência foi assu- orientações de estudo
JORNADA EXAUSTIVA: expediente penoso que vai
será necessário para que o texto progrida nas informações
mida pelo governo federal perante o país e a Organiza-
além de horas extras e coloca em risco a integridade fí-
ção Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez que quer transmitir (desde que foi assumida oficialmente
sica do trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas
que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a persistência do trabalho escravo em nosso país, há 21
é insuficiente para a reposição de energia. Há casos em anexos do professor
a reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea anos, foram libertados mais de 50. 000 trabalhadores pre-
que o descanso semanal não é respeitado. Assim, o tra-
em seu território. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil sos a essa condição). avaliação inicial
balhador também fica impedido de manter vida social e
trabalhadores foram libertados de situações análogas à propostas de intervenção
familiar.
de escravidão em atividades econômicas nas zonas ru- na forma de orientação
ral e urbana.  ID DO CARTÃO: 1200 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02D  de estudos
SERVIDÃO POR DÍVIDA: fabricação de dívidas ilegais
referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel protocolo para
O pronome possessivo “sua” (2o período) refere-se a 2. Vejamos, agora, o seguinte trecho: avaliação formativa
e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de
uma expressão que já foi citada anteriormente no texto: Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho forma abusiva e descontados do salário do trabalhador, análise das habilidades
“trabalho escravo” (1o período). Tem uma função anafórica: escravo não é somente uma violação trabalhista, tam- descritores
que permanece sempre devendo ao empregador.
seu objetivo é evitar a repetição dessa mesma expressão: pouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial
sugestões de práticas
“A existência do trabalho escravo foi assumida pelo gover- e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto de elemen-
no federal [...]”. não prende mais o indivíduo a correntes, mas compre- tos irregulares que caracterizam a precariedade do tra-
fortalecimento da aprendizagem 151
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
balho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é  ID DO CARTÃO: 1203 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02E  De acordo com ele, as novas formas de manifestação tam-
submetido, atentando contra a sua dignidade, como des- 3. Leia o texto a seguir para avançar no estudo do que é bém exigem dos governos novas formas de negociação. Os
caixa de ferramenta
crito no diagrama a seguir. coesão: movimentos são pulverizados, não têm uma única lideran- do professor
ça. Na maioria dos estados, os estudantes pedem que as ne-
A expressão “outros mecanismos” refere-se a algo que Ocupações de escolas mostram necessidade de abertura das sequências
gociações ocorram com pelo menos um representante de
ainda aparecerá explicitamente no texto, logo abaixo: os rever relação com a comunidade sequência 1
cada escola ocupada. “O Estado tem que mudar a estraté-
“mecanismos” que configuram trabalho escravo contempo- 13/6/2016 – 7h47 – Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil gia, é sempre reativo, não tem capacidade de se antecipar, orientações de estudo
râneo (trabalho forçado, jornada exaustiva, servidão por dí- reage ao processo de pressão e depois fica refém”, diz Testa.
As ocupações de escolas mudaram a forma de os estudan-
vida e condições degradantes). Sua função é catafórica, ou sequência 2
tes se manifestarem, deram força à categoria e mostraram a Além das jornadas de 2013
seja: antecipar, anunciar. Podemos dizer o mesmo de “um” orientações de estudo
necessidade de os estados se reinventarem na relação com Para o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à
e “quatro”, que se referem precisamente aos quatro meca-
a comunidade escolar, de acordo com especialistas ouvidos Educação, Daniel Cara, as ocupações “são a melhor novi- sequência 3
nismos de trabalho escravo atual que serão enumerados
pela Agência Brasil. As ocupações de escolas por secunda- dade no debate público brasileiro”. Segundo ele, os estu- orientações de estudo
em seguida.
ristas começaram no ano passado em São Paulo e se esten- dantes deram um passo além das jornadas de junho.
deram para outros estados – Espírito Santo, Rio Grande do
“Em 2013, havia mais gente mobilizada, mas tinha um pon-
 # resumindo
Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Goiás e Ceará.
to que negava as organizações e as instituições e fazia senti- anexos do professor
As pautas específicas de cada localidade variam, mas o do ali, mas quando se negam inclusive as organizações que
Um texto é formado por várias partes (palavras, frases, avaliação inicial
movimento tem uma demanda comum: educação pública podem ser parceiras, isso dificulta o processo. As ocupações
parágrafos) que se unem em um todo (o próprio texto). E,
de qualidade. “As ocupações mostram que no Brasil está propostas de intervenção
para melhor compreendermos o significado de um texto, não fecham as portas para ninguém. São os secundaristas
na forma de orientação
devemos saber relacionar as partes entre si e as partes havendo uma articulação de vários segmentos contra a in- que têm autonomia e que coordenam o movimento. Acredi- de estudos
com o todo. capacidade do Estado de prestar um serviço como deveria to que a maturidade política vem sendo estabelecida e uma
protocolo para
ser”, avalia o cientista político e sociólogo da Universidade nova forma de exercício de liderança”, analisa.
Esse tipo de ligação se chama coesão. Existem diversas avaliação formativa
de Brasília Antônio Testa.
maneiras de se estabelecerem relações coesivas, dentre as Segundo ele, mulheres e a população LGBT [Lésbicas, análise das habilidades
quais podemos citar a repetição e a substituição. A primeira Segundo Testa, essa insatisfação começou a ganhar as ruas Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros] descritores
ajuda a reforçar, destacar ou intensificar o sentido de certas na jornada de protestos de junho de 2013. “Os movimentos têm exercido protagonismo nesse processo, o que é positi-
expressões, importantes para o significado do texto como sugestões de práticas
mostravam que a população estava insatisfeita com trans- vo. “Eles, de fato, mudam o dia a dia na escola, os estudan-
um todo. A segunda ajuda a tornar o texto mais fluido –
porte, educação e segurança. A sociedade está se mobili- tes se apropriam do direito à educação. Percebe-se uma
sem o “travamento” causado por repetições exageradas e
zando, tem internet para ajudar e está mostrando que con- liderança apolítica, mais horizontal, menos discursiva e
desnecessárias.
segue pressionar o Poder Público para as suas razões. ” mais pautada no exemplo”, diz Cara.
fortalecimento da aprendizagem 152
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Daniel Cara considera que os governos têm agido mal ao ferramentas bem interessantes de interlocução com os es- b. Releia, agora, o primeiro período do segundo parágra-
não compreenderem o que as ocupações significam. “Não tudantes, como nunca antes foi possível. ” fo do texto: caixa de ferramenta
compreendem essas ocupações e não percebem que sig- do professor
Segundo o secretário, é necessário que haja espaços aber- As pautas específicas de cada localidade variam, mas
nificam uma oportunidade de fazer uma discussão quali-
tos de diálogo de ambos os lados. “Os problemas da edu- o movimento tem uma demanda comum: educação abertura das sequências
tativa da educação e de fazer que o jovem se responsabi-
lize e ajude a desenvolver a gestão democrática”, afirma.
cação só serão resolvidos com um grande pacto nacional pública de qualidade. A palavra em destaque retoma sequência 1
e não por meio de um ambiente de conflito permanente. ” uma expressão presente no parágrafo anterior. Que orientações de estudo
Os estados (http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-06/ expressão é essa?
O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Edu-
ocupacoes-apontam-necessidade-de-governos-reverem- sequência 2
relacao-com-comunidade . Acesso em 28/10/2016. ) c. Ainda sobre o período reproduzido na questão ante-
cação (Consed), Eduardo Deschamps, diz que os secretá- orientações de estudo
rior, a palavra destacada antecipa outra palavra que
rios veem a situação com apreensão.
será citada dentro do mesmo parágrafo. Qual? sequência 3
“Em primeiro lugar, pelos prejuízos aos estudantes por  ID DO CARTÃO: 1201 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02F 
orientações de estudo
causa das dificuldades de cumprir os 200 dias letivos den- 4. Você já leu o texto “Ocupações de escolas mostram ne- Resposta:
tro do ano. Nesse caso, os prejuízos aos estudantes, em
cessidade de rever relação com a comunidade”, de Ma- a. Refere-se a “estudantes”. A palavra “categoria” refe-
especial aos do ensino médio, podem vir a ser irrepará-
riana Tokarnia. Agora acompanhe a análise de alguns re-se ao termo “estudantes”, que aparece na oração anexos do professor
veis. Em segundo lugar, pelas dificuldades de negociação
aspectos dele e responda: anterior, dentro do mesmo período. Trata-se de um
com o grupo de alunos que ocupam as unidades escola- avaliação inicial
recurso de coesão (substituição por sinônimos) que
res pois, segundo relato dos secretários, é difícil encontrar a. Releia o primeiro período do texto: propostas de intervenção
evita a repetição desnecessária da mesma palavra.
uma pauta clara para atendimento e discussão, além de, na forma de orientação
“As ocupações de escolas mudaram a forma de os Tal recurso também é chamado de anafórico, pois re-
em alguns casos, a liderança ser difusa e, ao contrário do de estudos
estudantes se manifestarem, deram força à cate- toma um elemento já citado na ordem do texto.
que prega, se negar ao diálogo. ” protocolo para
goria e mostraram a necessidade de os estados se
b. Retoma “ocupações de escolas”. A palavra “movi- avaliação formativa
Deschamps diz que todos os secretários querem garantir reinventarem na relação com a comunidade esco- mento” retoma a expressão “ocupações de escolas”,
a melhor educação possível aos estudantes. “Porém as so- lar, de acordo com especialistas ouvidos pela Agên- presente no parágrafo anterior, como diz o enunciado
análise das habilidades
cia Brasil”. descritores
luções são complexas. Temos observado a ampliação de da questão. Trata-se, mais uma vez, de um recurso
espaços para que os estudantes e suas lideranças possam de coesão (substituição por sinônimos) que evita a sugestões de práticas
participar do processo de definição das ações educacio- A palavra destacada em negrito refere-se a um ele- repetição desnecessária da mesma palavra. Tal re-
nais em cada estado. As novas formas de comunicação, mento já citado anteriormente, dentro da mesma curso também é chamado de anafórico, pois retoma
por meio das mídias sociais, vêm se transformando em frase. Indique qual. um elemento já citado na ordem do texto.
fortalecimento da aprendizagem 153
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
c. Antecipa “ocupações”. O mesmo substantivo “movi- procuram ser uma representação direta das coisas, tais quais Ironia: figura de linguagem que se caracteriza por dar a uma
mento” antecipa a palavra “ocupações”, a qual apare- são (numa relação de semelhança). São, em vez disso, uma palavra o sentido contrário do que ela teria, originalmente. caixa de ferramenta
cerá mais para a frente, ainda dentro do mesmo pará- do professor
representação indireta: ou seja, uma coisa que provoca ou é No caso da tirinha que estamos vendo, a palavra progresso
grafo. Trata-se, mais uma vez, de um recurso de coesão
(substituição por sinônimos) que evita a repetição des- provocada por outra. geralmente tem um sentido positivo; mas, para Papa-Capim, abertura das sequências
necessária da mesma palavra. Porém, desta vez, temos ela é uma palavra negativa, pois se refere a algo que destrói sequência 1
aqui um catafórico (elemento que antecipa outro na or- Por exemplo: a natureza. orientações de estudo
dem do texto).
Tocos de árvores não são, literalmente, “progresso”. São
sequência 2
apenas tocos de árvores. Porém, da maneira como esses to-
orientações de estudo
No caso de erros na questão 3 cos se apresentam (com um corte liso e preciso, como se al-
A questão propõe o reconhecimento do humor em uma guma serra os tivesse atravessado; e todos eles iguais, como sequência 3
tirinha. Para retomar procedimentos de leitura desse tipo se todas as árvores da região tivessem sido sistematicamente orientações de estudo
de texto, leia as páginas 37 e 38 do material Conexão derrubadas por alguma força organizada), nós conseguimos
No primeiro quadrinho, o personagem Papa-Capim che-
Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 identificar que se tratam de árvores derrubadas por pessoas.
ID DO CARTÃO: 1208  CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D05B).
ga para Kava e começa a falar quais nomes o homem “ci-
vilizado” (“caraíba”, na língua indígena) dá para diversos ele- E, ativando mais uma vez nosso conhecimento de mun- anexos do professor
Em seguida, realize os exercícios das páginas 41 e 42 do, nós perguntamos? O que é que leva as pessoas a pro- avaliação inicial
mentos da natureza: lua (jaci) e cobra (m’boi). No segundo
ID DO CARTÃO: 1212  CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D05D
quadrinho, o pequeno Kava pergunta que nome o “caraíba” moverem um desmatamento tão vasto e organizado? Justa-
propostas de intervenção
mente o que chamamos de “progresso” – pelo menos, certo na forma de orientação
dá para “aquilo”. Para onde ele aponta?
modelo de progresso que implica a exploração (destruição) de estudos
O jovem indígena aponta para árvores derrubadas, das não sustentável dos recursos naturais.
 ID DO CARTÃO: 1212 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D05D  protocolo para
quais só sobrou o toco ligado à raiz. Papa-capim responde, avaliação formativa
Logicamente, a palavra “progresso” está sendo usada
Índices: ironicamente: “progresso”. Para entendermos tal resposta –
análise das habilidades
com um sentido irônico (pelo personagem), ou seja, a tirinha
Também chamados de indícios, são signos que adqui- assim como o efeito de humor e crítica social que ela carrega descritores
(o autor que elaborou essa pequena história) está fazendo
rem significado através de algum tipo de relação lógica com – precisamos compreender o modo de funcionamento dos
uma crítica a tal forma de progresso – as tirinhas, formadas sugestões de práticas
o seu referente. Geralmente, essa relação é de causa ou con- índices (ainda que não saibamos propriamente o seu concei- por dois ou três quadrinhos, geralmente, possuem esse cará-
sequência. Com isso, podemos entender que os índices não to ou sequer o sentido da palavra “índice”). ter de humor e reflexão crítica.
fortalecimento da aprendizagem 154
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Com isso, pode-se concluir que:  ID DO CARTÃO: 2171 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D3B  O orvalho vem caindo

1. os tocos, antes de mais nada, são ícones: representam di- Noel Rosa caixa de ferramenta
Inferir o sentido de uma palavra ou expressão do professor
retamente (trata-se de um desenho) árvores desmatadas O orvalho vem caindo, vai molhar o meu chapéu e tam-
Às vezes, estamos lendo um texto, tranquilamente. To-
(muitos índices são, em princípio, também ícones); bém vão sumindo, as estrelas lá do céu Tenho passado abertura das sequências
das as palavras estão fazendo perfeito sentido, está tudo
2. os tocos são também índices, pois tal desmatamento é se encaixando sem qualquer problema. De repente, aparece tão mal sequência 1
orientações de estudo
provocado (causado) pelo “progresso”; por isso, são um uma palavra (ou expressão) que parece não fazer sentido al- A minha cama é uma folha de jornal
sinal de que o progresso “passou” por ali. O progresso dei- gum. Pelo menos, parece não fazer sentido algum de acordo
O orvalho vem caindo, vai molhar o meu chapéu e tam- sequência 2
xou sua marca naquelas árvores abatidas. com o resto do texto que estávamos lendo. Essa situação lhe
bém vão sumindo, as estrelas lá do céu Tenho passado orientações de estudo
parece familiar? Calma, todos nós passamos por isso. . .
1. Releia a tirinha reproduzida acima e extraia dela duas tão mal
sequência 3
imagens que podem ser consideradas “ícones”, segun- Uma palavra ou expressão cujo significado lhe pareça
A minha cama é uma folha de jornal orientações de estudo
do os conceitos que aprendemos. estranho, dentro do texto do qual faz parte, pode ser um sinal
de que essa mesma palavra (ou expressão) esteja sendo usa- Meu cortinado é um vasto céu de anil E o meu desperta-
Orientação da resposta:
da em sentido conotativo. Mas o que é mesmo sentido “cono- dor é o guarda civil (Que o dinheiro ainda não viu!)
Observando-se, por exemplo, o primeiro quadrinho,
tativo”? É o sentido não- literal, figurativo, de alguma palavra, anexos do professor
as imagens que o compõem e, até mesmo, a fala do O orvalho vem caindo, vai molhar o meu chapéu e tam-
personagem, podemos identificar, facilmente, dois ícones: oposto ao seu sentido denotativo, ou seja, literal, próprio. bém vão sumindo, as estrelas lá do céu Tenho passado avaliação inicial
a lua e a cobra, ambas presentes na imagem e referidas tão mal propostas de intervenção
O sentido conotativo de uma palavra ou expressão esta-
no discurso do personagem. na forma de orientação
rá, desse modo, sempre implícito no texto; isto é, nas “entre- A minha cama é uma folha de jornal de estudos
linhas”. A nossa tarefa, enquanto leitores, é de inferir o senti-
No caso de erros na questão 4 A minha terra dá banana e aipim protocolo para
do conotativo dessa palavra ou expressão; isto é, descobri-lo
avaliação formativa
A questão trata do reconhecimento do duplo sentido através de um raciocínio que envolva os seus conhecimentos Meu trabalho é achar quem descasque por mim (Vivo
em uma tirinha. Sobre esse assunto, leia as páginas prévios no assunto do texto, uma relação entre as informa- análise das habilidades
triste mesmo assim!)
283 e 284 do material Conexão Aprendizagem - descritores
ções que ele transmite e uma atenção para o contexto.
Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 O orvalho vem caindo, vai molhar o meu chapéu e tam-
sugestões de práticas
Enfim, o processo de se identificar o duplo sentido das bém vão sumindo, as estrelas lá do céu Tenho passado
ID DO CARTÃO: 2171 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D3B
palavras não é muito difícil. Vamos estudar um exemplo: tão mal
fortalecimento da aprendizagem 155
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
A minha cama é uma folha de jornal  ID DO CARTÃO: 2170 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D3C  Vamos ver como isso funciona na prática?

A minha sopa não tem osso e nem tem sal Se um dia pas- caixa de ferramenta
Palpite infeliz
Inferir o sentido de uma palavra ou expressão do professor
so bem, dois e três passo mal (Isso é muito natural!)
Noel Rosa
O que significa ler um texto e compreender, de verdade, abertura das sequências
O seguinte verso, parte do refrão da música, chama a
tudo o que está escrito nele? Esse procedimento vai muito Quem é você que não sabe o que diz? Meu Deus do Céu,
atenção: “A minha cama é uma folha de jornal”. Se formos
sequência 1
além de uma leitura “superficial”, que envolve apenas explicar que palpite infeliz! Salve Estácio, Salgueiro, Mangueira, orientações de estudo
lê-lo ao “pé-da- letra”, vai parecer estranho: como pode uma Oswaldo Cruz e Matriz
tudo o que aparece dentro do texto explicitamente, ou seja,
única folha de jornal formar uma cama inteira? Na verdade, sequência 2
com “todas as letras”. Nós, leitores, sempre acrescentamos
a palavra “cama” está sendo usada em sentido conotativo: Que sempre souberam muito bem Que a Vila Não quer
(modo de dizer) informações ao texto, informações que não orientações de estudo
abafar ninguém,
o eu-lírico quer dizer que não tem onde se deitar para dor-
estão lá escritas com todas as palavras, mas que estão nas
mir, pois não tem moradia (ele se encontra em um estado de
“entrelinhas”, implícitas, escondidas. Só quer mostrar que faz samba também sequência 3
grande pobreza). orientações de estudo
Essas informações estão lá para quem quiser ver e dizer: Fazer poema lá na Vila é um brinquedo Ao som do samba
Assim, a sua única opção é dormir no chão da rua, tendo dança até o arvoredo Eu já chamei você pra ver
“tem coisa aqui por trás dessas palavras...” O ato de inferir é
como única “cama” uma folha de jornal. Nas duas primeiras es-
apenas isso. Mas vamos esclarecer bem uma coisa aqui: fazer Você não viu porque não quis
trofes (“o orvalho vem caindo”), ele descreve o amanhecer, ao anexos do professor
uma inferência não é inventar algo que o texto não diz, nem
qual assiste da rua mesmo. Mais uma palavra em sentido cono- Quem é você que não sabe o que diz? avaliação inicial
pretende dizer. Toda leitura tem que ser feita com pertinên-
tativo: “o meu despertador é o guarda civil” (ele não tem relógio propostas de intervenção
cia, antes de mais nada. Uma informação implícita pode es- A Vila é uma cidade independente
despertador, mas o policial irá acordá-lo mesmo assim). na forma de orientação
tar escondida nas entrelinhas, mas está sim dentro do texto.
Que tira samba mas não quer tirar patente Pra que ligar de estudos
Desse modo, quando a gente diz que fazer inferências é a quem não sabe protocolo para
No caso de erros na questão 5
acrescentar informações ao texto, a gente está querendo di- avaliação formativa
Aonde tem o seu nariz?
Para avançar na questão da inferência zer, na verdade, que se trata de trazer à tona informações que
análise das habilidades
(reconhecimento de informações implícitas), podem não ser captadas por todos os leitores, em uma pri- Quem é você que não sabe o que diz? descritores
retome as páginas 284 a 287 do material Conexão
meira (e superficial) leitura. Muitos textos, propositalmente,
Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 Podemos inferir que a canção acima é uma resposta, sugestões de práticas
não dizem tudo de maneira explícita; deixam muitas coisas
ID DO CARTÃO: 2170 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D3C bastante indignada, a uma crítica feita por alguém à escola
em elipse (isto é, implícitas), para serem captadas apenas
ID DO CARTÃO: 2173 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D3D de samba defendida pelo Eu-lírico (Vila Isabel, do Rio de Ja-
pelos leitores mais atentos.
neiro). Essa crítica está presente dentro do texto, com todas
fortalecimento da aprendizagem 156
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
as palavras? Não, não está. Mas, analisando as palavras do é essa? Uma implicação lógica, que busca enxergar as liga- Na desordem da roupa e do cabelo, o vento. . .
Eu-lírico, inferimos que foi feita, sim, uma crítica, e que a can- ções entre o todo e as partes que o compõem. O filósofo gre- caixa de ferramenta
E senta-se. Compõe as roupas. Olha em torno Com seus
ção está procurando se defender dela. go da antiguidade Aristóteles estudou muito os processos do professor
olhos azuis onde a inocência boia; Nessa meia penumbra
dedutivos. Por exemplo: e nesse ambiente morno, abertura das sequências
“Quem é você que não sabe o que diz?” Inferimos que o
interlocurtor (“você”) disse alguma coisa muito negativa (“o Informação 1: Todas as pessoas são mortais. Pegando da costura à luz da claraboia, sequência 1
que diz”), com a qual o poeta não concordou e está reba- Põe na ponta do dedo em feitio de adorno, orientações de estudo
Informação 2: Joana é uma pessoa.
tendo a crítica (“quem é você que não sabe”). Na verdade, o O seu lindo dedal [3] com pretensão de joia.
Inferência (dedutiva): Portanto, Joana é mortal. (Informação 3.) sequência 2
poeta questiona a competência do interlocutor em fazer tal
Explicação do exemplo: No poema acima, vemos a figu- orientações de estudo
crítica: “Eu já chamei você pra ver / Você não viu porque não No raciocínio dedutivo, eu já tenho um conhecimento do
quis”. Como pode alguém criticar algo que não viu? todo (“todas as pessoas são mortais”); a partir disso, eu de- ra de uma mulher que chega do campo, entra na sua casa e
sequência 3
duzo um conhecimento parcial (se Joana é mortal ou não), começa a costurar algumas roupas.
O próprio título da canção (“Palpite infeliz”) já vai adian- orientações de estudo
tomando como base o que eu já sei a respeito do todo. Se já [1]  Tinta de parede
tando que o poeta irá tentar desconstruir, questionar, uma
foi dito que TODAS as pessoas (sem exceção) são mortais, [2] branco
fala (crítica, palpite) que ele considera sem embasamento na
há lógica em deduzir que Joana, sendo uma pessoa, tam- [3]  Instrumento usado em costura
realidade. Junto disso, ele procura demonstrar uma imagem anexos do professor
bém será mortal.
de humildade da escola de samba que defende: “Que a Vila Explicação do exemplo: No poema acima, vemos a figu- avaliação inicial
Não quer abafar ninguém, / Só quer mostrar que faz samba Rústica
ra de uma mulher que chega do campo, entra na sua casa propostas de intervenção
também”. Francisca Júlia
e começa a costurar algumas roupas. Através da descrição na forma de orientação
de estudos
Da casinha, em que vive, o reboco [1] alvacento [2] feita, podemos deduzir uma característica a mais dessa
mulher: ela é jovem. protocolo para
 ID DO CARTÃO: 2173 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D3D  avaliação formativa
Reflete o ribeirão na água clara e sonora.
Mas o poema não fala da faixa etária dela. Como po-
Este é o ninho feliz e obscuro em que ela mora; Além, o análise das habilidades
Inferir o sentido de uma palavra ou expressão demos deduzir isso? Muito simples: basta analisar as se- descritores
Uma das mais importantes técnicas que podemos utili- seu quintal, este, o seu aposento. guintes expressões: “vem do campo a correr” (2ª estrofe) e
“seus olhos azuis onde a inocência boia” (3ª estrofe). Tais sugestões de práticas
zar para fazer inferências é a dedução. Trata-se de uma for- Vem do campo, a correr; e úmida do relento, Toda ela,
ma de raciocínio lógico que busca estabelecer um tipo de fresca do ar, tanto aroma evapora Que parece trazer con- expressões sugerem a figura de uma menina, uma moça,
relação específica entre diferentes informações. Que relação sigo, lá de fora, uma donzela jovem.
fortalecimento da aprendizagem 157
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Em outras palavras, ela veio correndo para casa (sem linguagem específicos, fazer o leitor compreender o seu pado, talvez demais, em lamber botas de gente influente,
nenhum motivo aparente; podemos interpretar que essa tema e aceitar a sua tese (processo de persuasão através da política ou da própria profissão, enquanto empresta o
caixa de ferramenta
“corrida” foi por mero gosto, gasto de energia acumulada de argumentos). nome, ou o rosto, a um certo jornalismo de grife. do professor
e prazer, como fazem as crianças e adolescentes) e seus
Uma tese é definida e desenvolvida ao longo do texto, em Essa espécie curiosa da natureza de vez em quando se abertura das sequências
olhos sugerem inocência (que costumamos atribuir às pes- vê obrigada a andar a pé, cair na rua, conviver com gen-
um processo de análise contextualizada do tema, estabele- sequência 1
soas mais jovens). te diversa, estranha daquela que costuma circular entre
cendo diversos tipos de relações e chegando a conclusões orientações de estudo
palácios e escritórios, e se assombra.
(no final do texto), as quais muitas vezes envolvem propostas
No caso de erros na questão 6 sequência 2
de ação – já que muitos temas tratam de problemas sociais No assombro, muitas vezes recorre à escolta; em outras,
orientações de estudo
Para avançar na distinção do que é fato e o que é que precisam ser resolvidos. desenvolve e dá vida a um certo olhar antropológico sobre
opinião, uma vez que a questão propõe a leitura os costumes dessas salas sem ar-condicionado. É capaz,
de um artigo de opinião, leia a página 82 e faça os
sequência 3
por exemplo, de ver beleza onde os cidadãos comuns, re-
exercícios das páginas 83 a 85 do material Conexão  ID DO CARTÃO: 1235 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07G  orientações de estudo
ais, veem exploração. Por exemplo, o trabalho infantil.
Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 Texto 1
Num momento em que a ordem, entre os filhos de certa
(ID DO CARTÃO: 1233 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07F) Precisamos falar sobre trabalho infantil
casta com um mínimo de conforto ou o máximo de privilé- anexos do professor
(ID DO CARTÃO: 1233 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07G)
Seria deboche, não fosse outra coisa, exaltar o trabalho infan- gios, é custear a escola integral dos filhos, e pavimentar as-
avaliação inicial
til dedicado a servir sim a argamassa para a entrada triunfal a um mercado já
suficientemente seleto, seria mero deboche, não fosse outra propostas de intervenção
 ID DO CARTÃO: 1233 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07F 
Por Matheus Pichonelli – publicado em 14/6/2016 12h09, na forma de orientação
última modificação: 14/6/2016, 12h48 coisa, exaltar em público a força de trabalho de uma crian-
de estudos
ça de 9 e outra de 12 a auxiliarem o pai em um restaurante
Informações de um texto A profissão é, por definição, uma ponte entre a realidade, a servir ao figurão. A “lição” vem de outro país, como se por protocolo para
As informações que um texto transmite são de dois tipos: a informação e o interesse público. O profissional nem avaliação formativa
aqui faltasse, não sobrasse, mão de obra infantil.
1. Fatos; sempre anda na rua. Desconhece a própria rua. O próprio análise das habilidades
Alguns, menos sensíveis à beleza da cena, ousaram ba- descritores
2. Opiniões. público.
ter no vidro, construído em formato de bolha, para dizer:
Ou seja, todo texto tem um tema (o assunto) e uma E, do alto do pedestal, de onde opina sobre a conduta de “Olha, muito legal, muito bonito, mas, a se fiar pelo exem- sugestões de práticas
tese (o posicionamento / opinião do autor a respeito do vida de leitores e espectadores, acaba perdendo a noção plo, que horas as crianças vão brincar ou ter direito a ser,
assunto). E os textos procuram, através de recursos de do próprio mundo. Passa tempo demais encastelado, ocu- ao menos nessa parte da vida, criança?”
fortalecimento da aprendizagem 158
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
A resposta da tropa veio em rajadas. Pois, por esses la- Não é preciso pisar nesses espaços, ali mesmo perto da Ber- Fundação Abrinq. Isso, quase sempre, significa estar
dos de conexões fartas e ideias escassas, só o trabalho rini. Ou visitar os campos gerais – os nossos. Uma sugestão: fora da escola. Só 56% dos adolescentes no ensino mé-
caixa de ferramenta
liberta. Liberta, é fato, em certas classes, idades e con- assistir, ao menos uma vez na vida, a um pequeno docu- dio estão matriculados na série correspondente à sua do professor
textos. mentário chamado Assalto à Gameleira, de André Patroni. idade. Não há lição alguma a ser dada por quem se en-
abertura das sequências
canta a ver crianças ajudando os pais a trabalhar du-
Em outras, as dedicadas a servir, muitas vezes condena: Ali podemos ter ideia sobre a ideia de “tudo” o que sobra- sequência 1
rante as férias em outro país. Por aqui não falta trabalho
condena a passar o tempo todo ali, servindo, para embe- va em direitos a crianças e adolescentes a quem só temos
infantil. Sobra. orientações de estudo
lezar os olhos de quem é servido, enquanto outros, menos como solução o encarceramento, inclusive prisional. Não
libertários, se trancam em salas de estudo para concen- tiveram direito a um pai. Entre as crianças de 0 e 14 anos, quase a metade (44%) sequência 2
trar o repertório exigido em vestibulares, universidades encontra-se em situação de pobreza e 17%, em situação orientações de estudo
Não tiveram direito à proteção do alcoolismo dos respon-
públicas, trabalho imaterial. de extrema pobreza. “Lição”: em um país onde tantas
sáveis. Não tiveram direito à escuta quando denuncia-
crianças trabalham e têm tanto a aprender com as crian- sequência 3
Desses desavisados, talvez acomodados demais com os vam agressões e ameaças. Não tiveram direito a escapar
ças trabalhadoras de outros países, poucas delas estão orientações de estudo
atalhos das redes, valem sempre as altas prosopopeias daquela via pelo estudo ou outras atividades lúdicas tão
protegidas. Quase 19% dos homicídios no país são pra-
acerca de conquistas pessoais, talhadas desde cedo, e a valorizadas entre nossos iguais.
ticados contra crianças e adolescentes, sendo 80% deles
impressão de que, neste país, criança pode tudo, menos
Mas os que não conhecem a lição, perdidos num mar de com armas de fogo.
trabalhar honestamente. anexos do professor
muitos direitos e poucos deveres além o de apanhar ca-
(http://www.cartacapital.com.br/sociedade/precisamos-falar-
(Vai ver isso explica a inclinação, quando adultos, a um lados, não são nossos iguais. Estão mais longe do que os sobre-trabalho-infantil Acesso em 1/12/2016)
avaliação inicial
certo humor infantilizado, estacionado em algum canto anfitriões de qualquer outro país. São de fora, mas ser- propostas de intervenção
das infâncias e adolescências interrompidas). vem de exemplo: têm como opção a jaula ou aceitar, ale- 1. Relendo o texto acima, retire dele um dado estatístico na forma de orientação
gremente, a perpetuação de nosso fosso. Nele, uns ser- de estudos
Por tudo e por honestamente podemos inverter a ordem
que permite comprovar os fatos que apresenta.
vem; outros são servidos. Quem gostou bate palma, vai protocolo para
do sujeito. Por exemplo, o empregador (a quem a lei não Orientação de resposta:
ao Twitter e pede mais. avaliação formativa
alcança e a quem, sobre esse vácuo, cabe determinar re- Comprovando o fato de que existe trabalho infantil no
gras, normas, expedientes). Em tempo análise das habilidades
Brasil, podemos citar os dados expressos no penúltimo
descritores
parágrafo, que segue:
Por exemplo, a fartura de direitos aos quais crianças e No mundo real, mais de 3,3 milhões de crianças e ado-
sugestões de práticas
adolescentes, de quem adultos deveriam ser protegidos lescentes, entre 5 e 17 anos, estão em situação de traba- “No mundo real, mais de 3,3 milhões de crianças e
pelas audácias e periculosidades, têm acesso à vida real. lho infantil no Brasil, segundo levantamento feito pela adolescentes, entre 5 e 17 anos, estão em situação de
fortalecimento da aprendizagem 159
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
trabalho infantil no Brasil, segundo levantamento feito ratura brasileira. Julio Cortázar foi um renomado escri-
pela Fundação Abrinq. Isso, quase sempre, significa No caso de erros na questão 7
tor argentino, e Eduardo Galeano retratou injustiças no caixa de ferramenta
estar fora da escola. Só 56% dos adolescentes no ensino Para avançar nas habilidades de leitura de textos continente. do professor
médio estão matriculados na série correspondente à jornalísticos, faça a leitura e as atividades das páginas
sua idade. Não há lição alguma a ser dada por quem 15 a 17 do material Conexão Aprendizagem - Fichas - Nenhum desses grandes nomes se encaixa nas ideali- abertura das sequências
se encanta a ver crianças ajudando os pais a trabalhar Língua Portuguesa| Fase 1 zações de gênero com as quais crianças são bombar- sequência 1
durante as férias em outro país. Por aqui não falta deadas desde cedo pela literatura infantil. Notórios por orientações de estudo
trabalho infantil. Sobra. ” ID DO CARTÃO: 1195 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01I
seus talentos e lutas, os protagonistas da coleção Anti-
ID DO CARTÃO: 1196 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01J
princesas e Antiheróis, da editora argentina Chirimbo- sequência 2
te, são latino-americanos e se contrapõem ao estereóti- orientações de estudo
 ID DO CARTÃO: 1236 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07H 
po feminino de princesa e masculino de superpoderes.
2. Agora que você já leu o texto “Precisamos falar sobre  ID DO CARTÃO: 1195 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01I  sequência 3
No Brasil desde o fim do ano passado pelas mãos da
trabalho infantil”, de Matheus Pichonelli, reflita sobre a Leia o texto a seguir para avançar no estudo do que é o orientações de estudo
distribuidora Sur Livro e vendidos também em países
questão abaixo. caráter informativo dos textos:
como Colômbia, Uruguai, Chile e Bolívia, os livros foram
Qual é a tese defendida no texto? Justifique com um tre- Coleção sobre antiprincesas e antiheróis bem recebidos não somente por pais e mães, mas tam-
cho retirado do próprio texto. anexos do professor
ajuda a desconstruir estereótipos de bém por professores que viram neles potencial para fo-
Resposta: gênero em sala de aula mentar discussão e dar início a uma mudança de men- avaliação inicial
O texto é contrário ao trabalho infantil e defende a sua talidade em relação às construções sociais comumente propostas de intervenção
Livros resgatam personagens latino-americanas como Frida
erradicação. Podemos comprovar essa tese através do transmitidas às crianças. na forma de orientação
penúltimo parágrafo: Kahlo, Violeta Parra e Clarice Lispector de estudos
Na Escola Primária Nº 8 Atahualpa Yupanqui, em San
LUCIANA TADDEO – 20 de junho de 2016
“No mundo real, mais de 3,3 milhões de crianças e protocolo para
Vicente, na província de Buenos Aires, os livros estão
avaliação formativa
adolescentes, entre 5 e 17 anos, estão em situação de Frida Kahlo era manca, dedicou-se às artes e tornou-se sendo usados com alunos da primeira à sexta série. “O
trabalho infantil no Brasil, segundo levantamento feito análise das habilidades
um ícone da pintura mexicana. Violeta Parra preferiu a que mais nos interessava era o conteúdo sobre mulhe-
pela Fundação Abrinq. Isso, quase sempre, significa estar descritores
vida artística à doméstica e fez história na música chile- res de verdade, que não precisaram de ninguém que as
fora da escola. Só 56% dos adolescentes no ensino médio
na. Juana Azurduy comandou tropas em lutas indepen- salvasse. Queríamos romper com os estereótipos que sugestões de práticas
estão matriculados na série correspondente à sua idade.
Não há lição alguma a ser dada por quem se encanta a ver dentistas do Alto Peru no início do século XIX. Clarice temos hoje em dia nas escolas, muito refletidos na vio-
crianças ajudando os pais a trabalhar durante as férias em Lispector “abandonou uma vida de princesa” ao lado do lência entre meninos e meninas”, explica Julieta Alon-
outro país. Por aqui não falta trabalho infantil. Sobra. ” marido diplomata e escreveu importantes obras da lite- so, professora de dança.
fortalecimento da aprendizagem 160
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Os livros são aproveitados de forma interdisciplinar, in- tiprincesa ou antiherói retratado. Mas, segundo a autora escolhido ficar com a arte, mas se ela tivesse ficado com
clusive por professores de áreas artísticas. “Achamos im- Nadia Fink, a coleção não foi ele, tudo bem. Ela tem que poder escolher”, explica. A caixa de ferramenta
portante trabalhar desde cedo com a percepção corporal aula foi complementada com análise das letras do nome do professor
idealizada como algo puramente educativo: “Pensamos
dos alunos, com o que as mulheres podem fazer com seus Violeta em comparação com as de seu instrumento, vio-
mais em gerar histórias de mulheres reais para pais e abertura das sequências
corpos e não simplesmente ficar em casa, esperando um lão, e de seu apelido, Viola. A cultura popular também
mães terem a possibilidade de aproximar outro material sequência 1
príncipe vir salvá-las”, conta. foi abordada, já que a artista percorreu seu país resga-
às crianças”, explica. orientações de estudo
tando canções.
Um dos trabalhos com o livro de Juana Azurduy, por exem-
A repercussão da proposta surpreendeu. “Não imagina-
plo, é os alunos imaginarem como a guerreira se desenvol- Com o livro de Frida, Almeida estimulou que os alunos sequência 2
mos nunca gerar esse movimento. Evidentemente a so-
via em um campo de batalha. “Eu disse: vamos represen- fizessem autorretratos. “Trabalhei com eles a questão orientações de estudo
ciedade estava esperando algo para ocupar um espaço
tar o que ela faria, como cuidaria dos seus filhos [em meio da identidade, de que origem e cor eram. Eles sempre se
neste momento em que a questão de gênero, o repensar
ao conflito]. Eles têm uma base técnica de movimentos e, pintavam de rosa, então usamos um espelho para que sequência 3
com música e imaginação, montaram uma sequência co- estereótipos e a violência contra as mulheres estão tão
vissem a si mesmos e aos colegas”, conta. O acidente que orientações de estudo
reográfica e dançaram uma batalha”, lembra. em evidência”, completa.
a deixou manca foi abordado para tratar diferenças: “Eu

A socióloga argentina Trinidad Haedo, por sua vez, utili- De fato, o caso recente de estupro coletivo de uma ado- uso óculos porque não enxergo bem, Frida precisava de

zou o da pintora mexicana Frida Kahlo na disciplina Ética, lescente no Rio Janeiro fez que o docente Leonardo Ro- uma bengala porque tinha uma perna menor que a outra anexos do professor
Direitos Humanos e Construção da Cidadania na Educa- cha de Almeida aproveitasse a aquisição do livro sobre e tem gente que não tem um braço. Cada pessoa é dife-
avaliação inicial
ção Primária do professorado da Escola Normal Superior a artista chilena Violeta Parra para abordar a questão de rente”, diz sobre a abordagem.
gênero com seus alunos da Escola Municipal de Ensino propostas de intervenção
N°1, de Buenos Aires, para trabalhar “a desnaturaliza-
Marcelo Duvidovich, dono da Sur Livro, diz que as ver- na forma de orientação
ção das etiquetas, estereótipos, generalizações e sentido Fundamental Senador Alberto Pasqualini, de Porto Ale-
sões em português de Frida Kahlo e Violeta Parra ultra- de estudos
comum”. Para isso, levou também uma entrevista com a gre. “Eu não podia deixar passar em branco o que acon-
passaram 7 mil exemplares vendidos e que mesmo as protocolo para
autora publicada em um site, para discutir, com docentes teceu”, explica.
edições em espanhol tiveram boa recepção. “A coleção avaliação formativa
em formação, objetivos e possíveis repercussões desse
Com seus alunos de 7 a 8 anos, o gaúcho contou a histó- traz toques do que é autoritarismo e ditadura, que não
tipo de obra infantil centrada em mulheres lutadoras e análise das habilidades
ria da artista, identificou a localização do Chile em um são fáceis de transmitir, de forma leve. Os professores descritores
revolucionárias.
globo terrestre e ressaltou a passagem em que o marido adoram isso, porque podem trabalhar não só a leitura,
de Violeta pede que ela escolha entre a arte ou ele, que a mas também a temática”, explica. “Quanto mais surgem sugestões de práticas
Os livros trazem desenhos do ilustrador Pitu Saá, são
diagramados por Martín Azcurra e contam com páginas queria em casa. A cantora decide cuidar dos filhos sem histórias de violação de direitos das mulheres, mais vem
de atividades que dialogam com a história ou obra da an- abandonar a arte. “Eu disse a eles: é muito legal ela ter à tona a importância deste tipo de obra. ”
fortalecimento da aprendizagem 161
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Os próximos personagens reais da coleção serão a antiprin- dentistas do Alto Peru no início do século XIX. Clarice 2 Julieta Alonso, professora argentina; Trinidad Haedo,
cesa Gilda, cantora de cumbia argentina, e o antiherói será Lispector “abandonou uma vida de princesa” ao lado do socióloga argentina; Nadia Fink, autora de um dos livros
caixa de ferramenta
Ernesto “Che” Guevara. No Brasil, os livros de Frida Kahlo marido diplomata e escreveu importantes obras da lite- da coleção; Leonardo Rocha de Almeida, professor do professor
e de Violeta Parra estão à venda em português. A previsão é ratura brasileira. Julio Cortázar foi um renomado escri- brasileiro; Marcelo Duvidovich, dono da editora que
publicou a coleção. abertura das sequências
de que os próximos lançamentos sejam a obra sobre Clarice tor argentino, e Eduardo Galeano retratou injustiças no
Lispector em julho e a sobre Eduardo Galeano mais adiante. continente. ”
sequência 1
3 O nome da artista é retomado nos parágrafos 10 e 11
orientações de estudo
(http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/colecao-sobre- do texto, com o intuito de demonstrar a maneira como
antiprincesas-e-antiherois-ajuda-a-desconstruir-estereotipos- Posteriormente, o texto retomará o nome da artista chi-
de-genero-em-sala-de-aula/ Acesso em 24/10/2016. ) o professor Leonardo Rocha de Almeida utilizou o livro sequência 2
lena Violeta Parra. Identifique o parágrafo em que isso
sobre Violeta Parra para discutir com seus alunos
orientações de estudo
ocorre e explique em que consiste essa retomada. questões de gênero.
 ID DO CARTÃO: 1196 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01J 
4. Releia o título do texto: sequência 3
4 Os estereótipos de gênero são o comportamento de
Você já leu o texto “Coleção sobre antiprincesas e an-
orientações de estudo
“Coleção sobre antiprincesas e antiheróis ajuda a des- “princesa” para as meninas (submissão, docilidade,
tiheróis ajuda a desconstruir estereótipos de gênero em sala
construir estereótipos* de gênero em sala de aula” fragilidade, passividade) e de “herói” para os meninos
de aula”, de LUCIANA TADDEO. Agora responda a algumas
(força, agressividade, violência), conforme fica claro no
questões sobre ele: *Estereótipo: uma imagem ou ideia excessivamente sim- 2o parágrafo: “Notórios por seus talentos e lutas, os anexos do professor
plificada que se faça de algo ou alguém, geralmente cor- protagonistas da coleção Antiprincesas e Antiheróis, da
1. O texto trata da publicação de uma coleção de livros in- avaliação inicial
respondendo a alguma generalização superficial – e pre- editora argentina Chirimbote, são latino-americanos e
fantojuvenis. O que ele diz a respeito da recepção des-
conceituosa. se contrapõem ao estereótipo feminino de princesa e propostas de intervenção
ses livros pelo público? na forma de orientação
masculino de superpoderes. ”
Relendo o texto como um todo, explique em que consis- de estudos
2. O texto cita os depoimentos de cinco pessoas que aju-
tem os estereótipos de gênero que a coleção em ques- protocolo para
dam o leitor a compreender melhor a recepção que os No caso de erros na questão 8
tão visa a desconstruir. Exemplifique sua explicação avaliação formativa
livros tiveram. Quem são essas cinco pessoas?
Ainda que o texto seja informativo, a questão trata do
com um trecho retirado do próprio texto. análise das habilidades
3. Releia o primeiro parágrafo do texto: reconhecimento de uma tese (opinião) defendida no texto.
descritores
Resposta: Para retomar essas habilidades de leitura, leia e faça
“Frida Kahlo era manca, dedicou-se às artes e tornou-se
as atividades das páginas 91 e 92 do material Conexão sugestões de práticas
um ícone da pintura mexicana. Violeta Parra preferiu a 1 O texto diz que os livros tiveram uma ótima recepção.
Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1
vida artística à doméstica e fez história na música chile- Tiveram grande vendagem e foram muito bem avaliados
(ID DO CARTÃO: 1239 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07K
na. Juana Azurduy comandou tropas em lutas indepen- pelo público.
fortalecimento da aprendizagem 162
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
 ID DO CARTÃO: 1239 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07K  2ª frase: O autor faz uma dura crítica às pessoas que, durante via-

A tese de um texto gens de férias ao exterior, “se encantam” ao ver crianças tra- caixa de ferramenta
“Isso, quase sempre, significa estar fora da escola. ”
balhando”, mesmo que seja só ao “ajudar” os seus pais. Com do professor
Muitas vezes, a tese de um texto pode ser identificada
Aqui, o autor não coloca nenhum dado concreto, numérico, isso, consequentemente, o autor se posiciona contrariamen-
através de um estilo de linguagem muito específico, que des- abertura das sequências
baseado em pesquisa. Ele faz uma afirmação objetiva através te ao trabalho infantil, em qualquer que seja a sua forma, em
toa do estilo utilizado em outras partes do texto – diferindo sequência 1
de uma dedução, colocando algo que seria um fato, baseado qualquer país.
mesmo de outras partes do mesmo parágrafo. Como exem- orientações de estudo
plo, vamos ler o trecho abaixo e analisá-lo frase por frase: em outro fato. Isto é, ele deduz que a maioria das crianças e
5ª e 6ª frases:
adolescentes que trabalham no Brasil não estão matriculados sequência 2
“No mundo real, mais de 3,3 milhões de crianças e ado- “Por aqui não falta trabalho infantil. Sobra. ”
em nenhuma escola, não estudam, uma vez que as jornadas orientações de estudo
lescentes, entre 5 e 17 anos, estão em situação de trabalho
infantil no Brasil, segundo levantamento feito pela Fun- de trabalho comuns, no Brasil, são longas, o que impossibilita- Reforço da tese manifestada anteriormente. Implicita-
sequência 3
dação Abrinq. Isso, quase sempre, significa estar fora da ria essas crianças e adolescentes de frequentarem a escola. mente, o autor critica as pessoas que acreditam que as crian-
orientações de estudo
escola. Só 56% dos adolescentes no ensino médio estão ças deveriam trabalhar, ou trabalhar mais. Ele diz que não
3ª frase:
matriculados na série correspondente à sua idade. Não “falta” trabalho infantil no Brasil; “sobra”, ou seja, há trabalho
há lição alguma a ser dada por quem se encanta a ver “Só 56% dos adolescentes no ensino médio estão matri-
infantil demasiadamente, quando não deveria haver trabalho
crianças ajudando os pais a trabalhar durante as férias culados na série correspondente à sua idade. ” anexos do professor
infantil algum. Os dados citados anteriormente comprovam
em outro país. Por aqui não falta trabalho infantil. Sobra.” avaliação inicial
Mais uma vez, informações objetivas, a partir de dados esse fato.
(http://www.cartacapital.com.br/sociedade/precisamos-falar-
numéricos/concretos. propostas de intervenção
sobre-trabalho-infantil )
na forma de orientação
No caso de erros na questão 9 de estudos
4ª frase:
1ª frase:
A questão trata do reconhecimento de uma protocolo para
“Não há lição alguma a ser dada por quem se encanta a
“No mundo real, mais de 3,3 milhões de crianças e ado- informação do enredo de um conto. Sobre esse avaliação formativa
ver crianças ajudando os pais a trabalhar durante as fé-
lescentes, entre 5 e 17 anos, estão em situação de traba- assunto, leia as páginas 94 e 95 do material Conexão
lho infantil no Brasil, segundo levantamento feito pela rias em outro país. ” Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 análise das habilidades
descritores
Fundação Abrinq. ”
Agora, o tom da escrita muda. Preste atenção ao come- ID DO CARTÃO: 1240 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10B
sugestões de práticas
O estilo, aqui, é bastante objetivo. A frase, essencialmente, ço da frase: “Não há lição ALGUMA...” Trata-se de uma afir-
transmite informações objetivas a respeito de fatos: o número mação categórica, expressando um ponto de vista subjetivo,
alto de crianças e adolescentes que trabalham no Brasil. uma opinião, uma tese a respeito de um tema, um fato.
fortalecimento da aprendizagem 163
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
 ID DO CARTÃO: 1240 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10B  desencadeará um processo (é o que chamamos de enredo) –  Espere aí, diabada!…
que atingirá um resultado final – sem mais transformações. caixa de ferramenta
Os dois gatunos sumiram-se aos pinotes.
Enredo: Vamos ver um exemplo? do professor
–  Boa peça, hem? – disse o macaco lá longe. O gato sus-
Toda narrativa tem uma história. O que é que isso quer O macaco e o gato abertura das sequências
Monteiro Lobato pirou:
dizer? Não existirá uma narrativa sem acontecimentos que sequência 1
sejam a própria substância dessa narrativa. Uma história que –  Para você, que comeu as castanhas. Para mim foi pés-
Simão, o macaco, e Bichano, o gato, moram juntos na orientações de estudo
se conta nada mais é do que alguma coisa que acontece, em sima, pois arrisquei o pelo e fiquei em jejum, sem saber
mesma casa. E pintam o sete. Um furta coisas, remexe
princípio. Todas as narrativas partem da seguinte estrutura gavetas, esconde tesourinhas, atormenta o papagaio; ou-
que gosto tem uma castanha assada… sequência 2
básica: tro arranha os tapetes, esfiapa as almofadas e bebe o leite (https://peregrinacultural.wordpress.com/2013/08/24/fabula-o- orientações de estudo
macaco-e-o-gato-texto-de-monteiro-lobato/
das crianças.
1. Nada acontece; Acesso em 27/11/2016) sequência 3
2. Acontece alguma coisa; Mas, apesar de amigos e sócios, o macaco sabe agir com orientações de estudo
Qual é o estado inicial na história acima? O cotidiano do
3. Nada mais acontece. tal maromba que é quem sai ganhando sempre. Foi as-
macaco e do gato, vivendo na mesma casa e fazendo as mes-
sim no caso das castanhas.
E qual é a natureza de um acontecimento? O que é que acon- mas coisas, sempre. Isso não significa exatamente que nada
tece quando uma coisa (qualquer coisa) acontece? Você já pa- A cozinheira pusera a assar nas brasas umas castanhas aconteça, mas apenas que nada provocará mudança alguma anexos do professor
e fora à horta colher temperos. Vendo a cozinha vazia, os avaliação inicial
rou para pensar nisso? A resposta é muito lógica. Um aconteci- nesse cotidiano inicial. Então, acontece alguma coisa diferen-
dois malandros se aproximaram. Disse o macaco:
mento nada mais é do que uma mudança no estado de alguma te, e é aí que se inicia o enredo propriamente dito da história. propostas de intervenção
coisa – em outras palavras, uma mudança de estado. Com isso, –  Amigo Bichano, você que tem uma pata jeitosa, tire as na forma de orientação
Uma narrativa começa a se desenrolar a partir de um de estudos
conseguimos elaborar melhor nossa estrutura narrativa básica: castanhas do fogo. O gato não se fez insistir e com muita
conflito gerador do enredo. No caso da fábula do macaco e
arte começou a tirar as castanhas. protocolo para
1. Estado inicial – sem mudanças; do gato, esse conflito/fato/situação que provocará uma mu- avaliação formativa
2. Estado intermediário – mudanças acontecendo; –  Pronto, uma… dança no estado inicial acontece quando vemos o macaco
análise das habilidades
3. Estado final – o estado das coisas após as mudanças (e –  Agora aquela lá… Isso. Agora aquela gorducha… Isso. pedir para o gato pegar as castanhas. A partir de então, o descritores
sem novas mudanças). E mais a da esquerda, que estalou… narrador vai contar detalhadamente tudo o que acontecerá e
sugestões de práticas
quais as consequências.
Vamos reforçar: para que exista uma narrativa, ou o prin- O gato as tirava, mas quem as comia, gulosamente, pis-
cípio do que seja de uma narrativa, é preciso haver uma trans- cando o olho, era o macaco… De repente, eis que surge a No final, volta-se ao mesmo cotidiano (o macaco levando
formação no estado de alguma coisa; essa transformação cozinheira, furiosa, de vara na mão. vantagem sobre o gato), mas com um diferencial: a reclama-
fortalecimento da aprendizagem 164
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
ção do gato, que traz a conclusão e a moral da história (não Através dos personagens, a narrativa compartilha com
No caso de erros na questão 10
podemos nos deixar ser explorados por outras pessoas). É o leitor experiências, vivências, sensações, emoções e ideias caixa de ferramenta
por isso que essa história merece ser contada, apesar de não Para avançar na leitura de textos narrativos, leia profundamente humanas, fazendo o leitor também vivenciá- do professor
as páginas 96 e 97 que tratam da construção das
se diferenciar muito do dia a dia dos dois personagens. -las, de certa maneira, graças ao processo de identificação
personagens, disponível no material Conexão abertura das sequências
com os personagens de uma história. De todos os perso-
É importante a gente entender também que é o conflito Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 sequência 1
nagens de um texto narrativo, é particularmente importante
gerador que traz a motivação para as ações das personagens: ID DO CARTÃO: 1244 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10C). orientações de estudo
acompanharmos o personagem principal (também chama-
o macaco e o gato, ao verem as castanhas sendo assadas,
quiseram comê-las; mas o macaco não quer dividi-las com o Para praticar a leitura de um texto narrativo, faça as do de protagonista), ou principais. sequência 2
gato nem correr o risco de roubá-las sozinho; então, ludibria o atividades propostas nas páginas 108 a 114. Os acontecimentos, transformações de estado e senti- orientações de estudo
ID DO CARTÃO: 1249 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10H
seu companheiro para pegá-las todas, enquanto só ele come. dos de uma narrativa tendem a se concentrar em torno do
ID DO CARTÃO: 1248 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10I
sequência 3
personagem principal. Suas ações (e as motivações delas)
1. Relendo o conto acima, indique o acontecimento que orientações de estudo
são as mais importantes, pois elas é que mais desencadeiam
permite a passagem do estado inicial ao conflito gera-
os acontecimentos contados, interferindo nas ações dos ou-
dor de enredo, a partir dos conceitos já explicados.  ID DO CARTÃO: 1244 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10C 
tros personagens, nos rumos e na conclusão da história. Por
Orientação de resposta: anexos do professor
exemplo:
Personagens: avaliação inicial
O acontecimento que provoca o desequilíbrio necessário A lei
à condução da narrativa é o fato de o macaco pedir Dissemos mais atrás que toda história é alguma coisa
propostas de intervenção
Lima Barreto
para o gato pegar as castanhas (fato novo e inesperado, que acontece. Agora, vamos aprimorar um pouco essa ideia: na forma de orientação
segundo a introdução do conto): toda história é algo que acontece com alguém. O foco cen- de estudos
Este caso da parteira merece sérias reflexões que tendem

“A cozinheira pusera a assar nas brasas umas castanhas tral dos acontecimentos narrativos é sempre os persona- a interrogar sobre a serventia da lei. protocolo para
avaliação formativa
e fora à horta colher temperos. Vendo a cozinha vazia, os gens. São os personagens que trazem o conteúdo humano
Uma senhora, separada do marido, muito naturalmente
dois malandros se aproximaram. Disse o macaco: para todas as narrativas. Mesmo que estes não sejam pro- análise das habilidades
quer conservar em sua companhia a filha; e muito natu-
descritores
– Amigo Bichano, você que tem uma pata jeitosa, tire as priamente humanos (por exemplo, os animais nas fábulas), ralmente também não quer viver isolada e cede, por isto
castanhas do fogo. ” sempre representarão simbolicamente seres humanos. ou aquilo, a uma inclinação amorosa. sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 165
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
O caso se complica com uma gravidez e para que a lei, (http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/ de um bom errado, quase dramático, o puro-sangue dos
conteudo/LimaBarreto/cronicas/alei.htm Aceso em 27/11/2016)
baseada em uma moral que já se findou, não lhe tire a desmancha-prazeres.
caixa de ferramenta
filha, procura uma conhecida, sua amiga, a fim de provo- Quem é a personagem principal dessa história? A parteira do professor
Morreu meu pai, sentimos muito, etc. Quando chegamos
car um aborto de forma a não se comprometer.
(o narrador não nos diz o nome dela). Qual é a ação dela que vai nas proximidades do Natal, eu já estava que não podia abertura das sequências
Vê-se bem que na intromissão da “curiosa” não houve desencadear os outros acontecimentos que levarão ao fim da mais pra afastar aquela memória obstruente do morto, sequência 1
nenhuma espécie de interesse subalterno, não foi ques- história? Um aborto que ela tenta realizar para uma amiga. Quais que parecia ter sistematizado pra sempre a obrigação de
orientações de estudo
tão de dinheiro. O que houve foi simplesmente camara- são as motivações dessa ação? Ajudar a sua amiga. Quais as uma lembrança dolorosa em cada almoço, em cada gesto
dagem, amizade, vontade de servir a uma amiga, de li- consequências dessa ação? Uma perseguição injusta por parte mínimo da família. Uma vez que eu sugerira à mamãe sequência 2
vrá-la de uma terrível situação. da lei e da sociedade, que levará a pobre parteira a suicidar-se. a ideia dela ir ver uma fita no cinema, o que resultou fo- orientações de estudo
ram lágrimas. Onde se viu ir ao cinema, de luto pesado! A
Aos olhos de todos, é um ato digno, porque, mais do que
dor já estava sendo cultivada pelas aparências, e eu, que sequência 3
o amor, a amizade se impõe.  ID DO CARTÃO: 1249 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10H  sempre gostara apenas regularmente de meu pai, mais orientações de estudo
Acontece que a sua intervenção foi desastrosa e lá vem a lei, 2. Leia o texto a seguir para avançar no estudo da narrativa por instinto de filho que por espontaneidade de amor, me
os regulamentos, a polícia, os inquéritos, os peritos, a facul- de um texto: via a ponto de aborrecer o bom do morto.
dade e berram: você é uma criminosa! Você quis impedir que
O Peru de Natal Foi decerto por isto que me nasceu, esta sim, esponta- anexos do professor
nascesse mais um homem para aborrecer-se com a vida! Mário de Andrade
neamente, a ideia de fazer uma das minhas chamadas
avaliação inicial
Berram e levam a pobre mulher para os autos, para a jus- O nosso primeiro Natal de família, depois da morte de “loucuras”. Essa fora aliás, e desde muito cedo, a minha
propostas de intervenção
tiça, para a chicana, para os depoimentos, para essa via- meu pai acontecida cinco meses antes, foi de consequ- esplêndida conquista contra o ambiente familiar. Desde
na forma de orientação
-sacra da justiça, que talvez o próprio Cristo não percor- ências decisivas para a felicidade familiar. Nós sempre cedinho, desde os tempos de ginásio, em que arranjava de estudos
resse com resignação. fôramos familiarmente felizes, nesse sentido muito abs- regularmente uma reprovação todos os anos; desde o bei-
protocolo para
trato da felicidade: gente honesta, sem crimes, lar sem jo às escondidas, numa prima, aos dez anos, descoberto
A parteira, mulher humilde, temerosa das leis, que não avaliação formativa
brigas internas nem graves dificuldades econômicas. por Tia Velha, uma detestável de tia; e principalmente
conhecia, amedrontada com a prisão, onde nunca espe- análise das habilidades
Mas, devido principalmente à natureza cinzenta de meu desde as lições que dei ou recebi, não sei, de uma criada
rava parar, mata-se. descritores
pai, ser desprovido de qualquer lirismo, de uma exem- de parentes: eu consegui no reformatório do lar e na vas-
Reflitamos, agora; não é estúpida a lei que, para prote- plaridade incapaz, acolchoado no medíocre, sempre nos ta parentagem, a fama conciliatória de “louco”. “É doido, sugestões de práticas
ger uma vida provável, sacrifica duas? Sim, duas porque faltara aquele aproveitamento da vida, aquele gosto pe- coitado!” falavam. Meus pais falavam com certa tristeza
a outra procurou a morte para que a lei não lhe tirasse a las felicidades materiais, um vinho bom, uma estação de condescendente, o resto da parentagem buscando exem-
filha. De que vale a lei? águas, aquisição de geladeira, coisas assim. Meu pai fora plo para os filhos e provavelmente com aquele prazer dos
fortalecimento da aprendizagem 166
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
que se convencem de alguma superioridade. Não tinham E descarreguei minha gelada indiferença pela nossa pa- companheira. Está claro que omiti onde aprendera a re-
doidos entre os filhos. Pois foi o que me salvou, essa fama. rentagem infinita, diz-que vinda de bandeirantes, que ceita, mas todos desconfiaram. E ficaram logo naquele ar
caixa de ferramenta
Fiz tudo o que a vida me apresentou e o meu ser exigia bem me importa! Era mesmo o momento pra desenvol- de incenso assoprado, se não seria tentação do Dianho do professor
para se realizar com integridade. E me deixaram fazer ver minha teoria de doido, coitado, não perdi a ocasião. aproveitar receita tão gostosa. E cerveja bem gelada, eu
abertura das sequências
tudo, porque eu era doido, coitado. Resultou disso uma Me deu de sopetão uma ternura imensa por mamãe e garantia quase gritando. É certo que com meus “gostos”,
existência sem complexos, de que não posso me queixar titia, minhas duas mães, três com minha irmã, as três já bastante afinados fora do lar, pensei primeiro num vi- sequência 1
um nada. mães que sempre me divinizaram a vida. Era sempre nho bom, completamente francês. Mas a ternura por ma- orientações de estudo

aquilo: vinha aniversário de alguém e só então faziam mãe venceu o doido, mamãe adorava cerveja.
Era costume sempre, na família, a ceia de Natal. Ceia reles,
peru naquela casa. Peru era prato de festa: uma imun- sequência 2
já se imagina: ceia tipo meu pai, castanhas, figos, passas, Quando acabei meus projetos, notei bem, todos estavam orientações de estudo
dície de parentes já preparados pela tradição, invadiam
depois da Missa do Galo. Empanturrados de amêndoas felicíssimos, num desejo danado de fazer aquela loucura
a casa por causa do peru, das empadinhas e dos doces.
e nozes (quanto discutimos os três manos por causa dos em que eu estourara. Bem que sabiam, era loucura sim, sequência 3
Minhas três mães, três dias antes já não sabiam da vida
quebra-nozes...), empanturrados de castanhas e monoto- mas todos se faziam imaginar que eu sozinho é que estava orientações de estudo
senão trabalhar, trabalhar no preparo de doces e frios
nias, a gente se abraçava e ia pra cama. Foi lembrando desejando muito aquilo e havia jeito fácil de empurrarem
finíssimos de bem-feitos, a parentagem devorava tudo
isso que arrebentei com uma das minhas “loucuras”: pra cima de mim a... culpa de seus desejos enormes. Sor-
e ainda levava embrulhinhos pros que não tinham po-
riam se entreolhando, tímidos como pombas desgarradas,
–  Bom, no Natal, quero comer peru. dido vir. As minhas três mães mal podiam de exaustas. anexos do professor
até que minha irmã resolveu o consentimento geral:
Do peru, só no enterro dos ossos, no dia seguinte, é que
avaliação inicial
Houve um desses espantos que ninguém não imagina. mamãe com titia ainda provavam num naco de perna, –  É louco mesmo!. . .
Logo minha tia solteirona e santa, que morava conosco, vago, escuro, perdido no arroz alvo. E isso mesmo era propostas de intervenção
Comprou-se o peru, fez-se o peru, etc. E depois de uma na forma de orientação
advertiu que não podíamos convidar ninguém por causa mamãe quem servia, catava tudo pro velho e pros filhos.
Missa do Galo bem mal rezada, se deu o nosso mais ma- de estudos
do luto. Na verdade ninguém sabia de fato o que era peru em
ravilhoso Natal. Fora engraçado: assim que me lembrara protocolo para
nossa casa, peru resto de festa.
–  Mas quem falou de convidar ninguém! essa mania... de que finalmente ia fazer mamãe comer peru, não fizera avaliação formativa
Quando é que a gente já comeu peru em nossa vida! Peru Não, não se convidava ninguém, era um peru pra nós, outra coisa aqueles dias que pensar nela, sentir ternura
análise das habilidades
aqui em casa é prato de festa, vem toda essa parentada cinco pessoas. E havia de ser com duas farofas, a gorda por ela, amar minha velhinha adorada. E meus manos descritores
do diabo... com os miúdos, e a seca, douradinha, com bastante man- também, estavam no mesmo ritmo violento de amor, to-
teiga. Queria o papo recheado só com a farofa gorda, em sugestões de práticas
dos dominados pela felicidade nova que o peru vinha im-
–  Meu filho, não fale assim. . .
que havíamos de ajuntar ameixa preta, nozes e um cálice primindo na família. De modo que, ainda disfarçando as
–  Pois falo, pronto! de xerez, como aprendera na casa da Rose, muito minha coisas, deixei muito sossegado que mamãe cortasse todo
fortalecimento da aprendizagem 167
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
o peito do peru. Um momento aliás, ela parou, feito fatias Quando que ela havia de imaginar, a pobre! que aquele mãe por fim sabendo que peru era manjar mesmo digno
um dos lados do peito da ave, não resistindo àquelas leis era o prato dela, da Mãe, da minha amiga maltratada, que do Jesusinho nascido. caixa de ferramenta
de economia que sempre a tinham entorpecido numa sabia da Rose, que sabia meus crimes, a que eu só lem- do professor
Principiou uma luta baixa entre o peru e o vulto de pa-
quase pobreza sem razão. brava de comunicar o que fazia sofrer! O prato ficou su-
pai. Imaginei que gabar o peru era fortalecê-lo na luta, e, abertura das sequências
blime.
–  Não senhora, corte inteiro! Só eu como tudo isso! está claro, eu tomara decididamente o partido do peru. sequência 1
–  Mamãe, este é o da senhora! Não! não passe não! Mas os defuntos têm meios visguentos, muito hipócritas orientações de estudo
Era mentira. O amor familiar estava por tal forma incan-
de vencer: nem bem gabei o peru que a imagem de papai
descente em mim, que até era capaz de comer pouco, só Foi quando ela não pôde mais com tanta comoção e
pra que os outros quatro comessem demais. E o diapa-
cresceu vitoriosa, insuportavelmente obstruidora. sequência 2
principiou chorando. Minha tia também, logo perce-
orientações de estudo
são dos outros era o mesmo. Aquele peru comido a sós, bendo que o novo prato sublime seria o dela, entrou no –  Só falta seu pai. . .
redescobria em cada um o que a quotidianidade abafa- refrão das lágrimas. E minha irmã, que jamais viu lá-
Eu nem comia, nem podia mais gostar daquele peru per- sequência 3
ra por completo, amor, paixão de mãe, paixão de filhos. grima sem abrir a torneirinha também, se esparramou
feito, tanto que me interessava aquela luta entre os dois orientações de estudo
Deus me perdoe mas estou pensando em Jesus. . . no choro. Então principiei dizendo muitos desaforos pra
mortos. Cheguei a odiar papai. E nem sei que inspiração
Naquela casa de burgueses bem modestos, estava se re- não chorar também, tinha dezenove anos... Diabo de
genial, de repente me tornou hipócrita e político. Naquele
alizando um milagre digno do Natal de um Deus. O peito família besta que via peru e chorava! coisas assim. To-
instante que hoje me parece decisivo da nossa família, anexos do professor
do peru ficou inteiramente reduzido a fatias amplas. dos se esforçavam por sorrir, mas agora é que a alegria
tomei aparentemente o partido de meu pai. Fingi, triste:
se tornara impossível. É que o pranto evocara por as- avaliação inicial
–  Eu que sirvo!
sociação a imagem indesejável de meu pai morto. Meu –  É mesmo... Mas papai, que queria tanto bem a gente, propostas de intervenção
“É louco, mesmo” pois por que havia de servir, se sem- pai, com sua figura cinzenta, vinha pra sempre estragar que morreu de tanto trabalhar pra nós, papai lá no céu na forma de orientação
nosso Natal, fiquei danado. há de estar contente... (hesitei, mas resolvi não mencio- de estudos
pre mamãe servira naquela casa! Entre risos, os gran-
des pratos cheios foram passados pra mim e principiei nar mais o peru) contente de ver nós todos reunidos em protocolo para
Bom, principiou-se a comer em silêncio, lutuosos, e o
uma distribuição heroica, enquanto mandava meu mano família. avaliação formativa
peru estava perfeito. A carne mansa, de um tecido muito
servir a cerveja. Tomei conta logo de um pedaço admirá- análise das habilidades
tênue boiava fagueira entre os sabores das farofas e do E todos principiaram muito calmos, falando de papai. A
vel da “casca”, cheio de gordura e pus no prato. E depois descritores
presunto, de vez em quando ferida, inquietada e redese- imagem dele foi diminuindo, diminuindo e virou uma es-
vastas fatias brancas. A voz severizada de mamãe cortou
jada, pela intervenção mais violenta da ameixa preta e o trelinha brilhante do céu. Agora todos comiam o peru com sugestões de práticas
o espaço angustiado com que todos aspiravam pela sua
estorvo petulante dos pedacinhos de noz. Mas papai sen- sensualidade, porque papai fora muito bom, sempre se sa-
parte no peru:
tado ali, gigantesco, incompleto, uma censura, uma cha- crificara tanto por nós, fora um santo que “vocês, meus
–  Se lembre de seus manos, Juca! ga, uma incapacidade. E o peru, estava tão gostoso, ma- filhos, nunca poderão pagar o que devem a seu pai”, um
fortalecimento da aprendizagem 168
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
santo. Papai virara santo, uma contemplação agradável, deitar, dormir ou mexer na cama, pouco importa, por- a. livrar-se da “sombra” deixada pelos costumes do pai
uma inestorvável estrelinha do céu. Não prejudicava mais que é bom uma insônia feliz. O diabo é que a Rose, cató- que morrera; caixa de ferramenta
ninguém, puro objeto de contemplação suave. O único lica antes de ser Rose, prometera me esperar com uma do professor
b. cometer mais uma de suas “loucuras”;
morto ali era o peru, dominador, completamente vitorioso. champanha. Pra poder sair, menti, falei que ia a uma
c. comemorar a data festiva com fartura; abertura das sequências
festa de amigo, beijei mamãe e pisquei pra ela, modo de
Minha mãe, minha tia, nós, todos alagados de felicida- sequência 1
d. homenagear a memória do pai morto;
de. Ia escrever “felicidade gustativa”, mas não era só isso contar onde é que ia e fazê-la sofrer seu bocado. As ou-
orientações de estudo
tras duas mulheres beijei sem piscar. E agora, Rose!. . . e. esbanjar a herança deixada pelo pai.
não. Era uma felicidade maiúscula, um amor de todos,
um esquecimento de outros parentescos distraidores do (http://www.releituras.com/marioandrade_natal.asp 3. O conto é narrado por: sequência 2
grande amor familiar. E foi, sei que foi aquele primeiro Acesso em 27/11/2016)
a. um narrador em 1a pessoa que é apenas testemunha orientações de estudo
peru comido no recesso da família, o início de um amor
dos fatos;
novo, reacomodado, mais completo, mais rico e inventi- sequência 3
vo, mais complacente e cuidadoso de si. Nasceu de então
 ID DO CARTÃO: 1248 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10I  b. um narrador em 3a pessoa que recebeu a história de
orientações de estudo
uma felicidade familiar pra nós que, não sou exclusivista, Agora que você já leu o texto “O Peru de Natal”, de Mário outras mãos;
alguns a terão assim grande, porém mais intensa que a de Andrade, reflita sobre ele com base nas questões abaixo: c. um narrador em 1a pessoa que é protagonista da his-
nossa me é impossível conceber. tória;
anexos do professor
1. O acontecimento que desencadeia o conflito do enredo
Mamãe comeu tanto peru que um momento imaginei, d. um narrador em 3a pessoa onisciente e que não par-
desse texto é: avaliação inicial
aquilo podia lhe fazer mal. Mas logo pensei: ah, que faça! ticipa da história;
propostas de intervenção
mesmo que ela morra, mas pelo menos que uma vez na a. a morte do pai do protagonista; e. uma mistura de narrador em 1a e 3a pessoas. na forma de orientação
vida coma peru de verdade! de estudos
b. o protagonista querer comer peru no Natal com a 4. O desfecho do conto demonstra que:
A tamanha falta de egoísmo me transportara o nosso in- família; protocolo para
a. as ações do narrador não tiveram impacto na vida da
finito amor... Depois vieram umas uvas leves e uns doces, avaliação formativa
c. as “loucuras” da infância do protagonista; família;
que lá na minha terra levam o nome de “bem-casados”.
análise das habilidades
d. a má relação entre o protagonista e seu pai; b. as ações do narrador pioraram a vida da família;
Mas nem mesmo este nome perigoso se associou à lem- descritores
brança de meu pai, que o peru já convertera em dignida- e. a chegada do Natal após a morte do pai do protago- c. as ações do narrador contribuíram para a fragmenta-
sugestões de práticas
de, em coisa certa, em culto puro de contemplação. nista. ção da família;

Levantamos. Eram quase duas horas, todos alegres, 2. O que motiva a ação do protagonista em querer comer d. as ações do narrador ampliaram o horizonte de vivên-
bambeados por duas garrafas de cerveja. Todos iam peru no Natal com a família? cias da família;
fortalecimento da aprendizagem 169
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
e. as ações do narrador fizeram que a família passasse
a odiar o pai falecido. caixa de ferramenta
5. Assinale a alternativa que corresponde ao ponto de vista do professor

adotado pelo narrador da história: abertura das sequências

a. o pai; sequência 1
b. a mãe; orientações de estudo

c. os irmãos do filho protagonista; sequência 2


d. ponto de vista neutro; orientações de estudo

e. o filho protagonista.
sequência 3
Resposta: orientações de estudo

1. B; 2. A; 3. C; 4. D; 5. E

1.  lternativa B; toda a ação começa quando o filho faz


A
questão de que seja servido peru na ceia de natal com a anexos do professor
família. avaliação inicial

2.  lternativa A; o protagonista quer livrar-se do trauma


A propostas de intervenção
causado pela culpa de comer peru no natal, causada na forma de orientação
pelo pai que morrera. de estudos

protocolo para
3. 
Alternativa C; o narrador é personagem e utiliza a 1ª
avaliação formativa
pessoa do discurso para falar de si mesmo.
análise das habilidades
4. 
Alternativa D; o narrador conseguiu superar o trauma descritores
causado pela lembrança do pai e ainda promoveu um
momento de alegria e satisfação na ceia com a família. sugestões de práticas

5. 
Alternativa E; sendo o narrador o próprio filho,
naturalmente o ponto de vista será o dele mesmo.
fortalecimento da aprendizagem 170
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Protocolo para avaliação


jornadas e produtos

caixa de ferramenta

formativa
do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

Apresentamos a seguir um quadro de referência e três zz Prática 2 — Avaliação da turma pelo professor: propõe uso delas conforme a necessidade identificada em cada
práticas de avaliação formativa, que podem ser escolhidas e apoiar o professor para poder mapear e intervir nas princi- aula. Para apoiá-los na identificação de quando utilizá-las, anexos do professor

combinadas pelo professor em função do momento da aula e/ pais lacunas observadas na turma e nos alunos que este- este protocolo também oferece um roteiro para a aplicação avaliação inicial
ou da sequência didática, conforme os roteiros subsequentes. jam avançando menos na sequência didática. das práticas avaliativas. propostas de intervenção
na forma de orientação
No anexo, consta o referencial metodológico, cuja leitura zz Prática 3 — Devolutiva estruturada: propõe ações aos Por fim, para tornar ainda mais concreta a aplicação des-
de estudos
é recomendada como preparação do professor para aplicar docentes para apoiarem orientações de estudo ao final de ses instrumentos, são oferecidos exemplos e casos de uso
protocolo para
as práticas avaliativas deste protocolo. cada aula; favorecerem a motivação dos estudantes; pro- dessas práticas. Em cada uma das sequências didáticas, há avaliação formativa
moverem estratégias para ajudá-los a aprender melhor e quadros indicando “Atenção para Avaliação!”. Essas indica-
Este protocolo está organizado em três práticas avaliati-
desenvolver as habilidades relacionadas às atividades de análise das habilidades
vas para serem utilizadas ao longo das sequências didáticas: ções ajudam o professor a prever quando e de que forma descritores
aprendizagem com que estiverem envolvidos; fecharem o poderão aplicar uma prática avaliativa no planejamento de
zz Prática 1 — Autoavaliação e Socialização: propõe uma processo, com revisão e ajuste no ensino. sugestões de práticas
cada uma de suas aulas. Ao final deste documento, (ou Pro-
ação de reflexão dialogada entre os estudantes e o pro-
As práticas avaliativas sugeridas não possuem uma se- tocolo) constam alguns exemplos de aplicação dos roteiros
fessor sobre a própria aprendizagem e com base no
quência específica e, portanto, os professores podem fazer relacionados às indicações apontadas acima.
Quadro de Referência.
fortalecimento da aprendizagem 171
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Quadro de Referência
caixa de ferramenta
Para descrever o aprendizado dos estudantes na dimensão do conhecimento, assim como a motivação e o uso de estra-
do professor
tégias para aprender, propõe-se a seguinte escala sintética, apresentada na tabela a seguir. As práticas avaliativas terão como
objeto tarefas desempenhadas em uma aula, em uma parte da sequência didática ou mesmo na sequência didática em sua to- abertura das sequências

talidade. O termo “atividade” denota, portanto, este objeto da prática avaliativa. sequência 1
orientações de estudo

Quadro de Referência sequência 2


orientações de estudo
Dimensão Nível 1 Nível 2 Nível 3
sequência 3
Não conseguiu realizar a atividade ou realizou sem Conseguiu realizar a atividade de aula, com o apoio do Consegue realizar as atividades de estudo individual com
Conhecimento orientações de estudo
compreendê-la. professor e/ou com a colaboração do grupo. base no que realizou em aula.

Ao longo da atividade, teve motivação para realizar


Não teve motivação para (efetuar) a atividade ou a
Motivação algumas tarefas, mas faltou motivação para a A motivação se manteve alta ao longo de toda atividade.
realizou sem se envolver. anexos do professor
realização de outras.
avaliação inicial
Não conseguiu organizar suas anotações e nem o Organizou o raciocínio e realizou anotações ao longo Criou uma lógica de pensamento para a atividade que o/a
Estratégias propostas de intervenção
raciocínio para realizar a atividade. da atividade, para compreendê-la. ajudou a aprender o que foi ensinado.
na forma de orientação
de estudos

protocolo para
Para realizar as práticas avaliativas, o professor deve dimensão e verifique o entendimento inicial deles sobre seu zz Motivação: poderão pensar sobre a motivação na ativida- avaliação formativa
compartilhar com os estudantes o quadro de referência e conteúdo, conforme orientações a seguir: de, o quanto estão se envolvendo e mantendo o interesse
análise das habilidades
combinar com eles que mantenham esse registro em seu Este quadro ajudará vocês a avaliar a própria aprendiza- em aprender. descritores
material para usos posteriores. Pode-se imprimir e distribuir gem e vai me ajudar a conversar com vocês sobre isso. Ve- zz Estratégias: registrarão como estão organizando seu ra-
sugestões de práticas
cópias ou reproduzi-lo no quadro e pedir que todos copiem. jam que temos nele três partes: ciocínio, sua forma de pensar e considerar as anotações
Sugere-se que, assim que os estudantes estiverem com o zz Conhecimento: poderão pensar sobre o quanto estão en- nos cadernos para realizar a atividade.
quadro em seus materiais, o professor faça a leitura de cada tendendo e conseguindo realizar cada atividade.
fortalecimento da aprendizagem 172
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
O objetivo de pensarmos sobre isso é que este exercí- zz Vamos. agora, pensar um pouco sobre a atividade1 que Em outro exemplo, se um estudante avalia seu conheci-
cio ajuda a gente a melhorar o nosso próprio jeito de apren- estamos realizando. Reflitam sobre o quanto vocês pude- mento no nível 1, motivação no nível 2, mas estratégias no caixa de ferramenta
der, e vocês também poderão compartilhar comigo e com ram aprender e qual o nível de motivação de vocês.. nível 1, apresentará a seguinte representação: do professor
os colegas dúvidas e ideias interessantes que surgirem ao
Concretizada a reflexão, o professor propõe aos estudan- abertura das sequências
refletir sobre a atividade. N1 N2 N3
tes que construam uma grade para representar sua autoava- sequência 1
liação, conforme modelo abaixo. Conhecimento
orientações de estudo

Prática 1: N1 N2 N3
Motivação
sequência 2
autoavaliação e socialização Conhecimento Estratégias
orientações de estudo
Esta prática corresponde a uma atividade metacognitiva,
Motivação
em que os estudantes, em poucos minutos, são convidados a: Sugere-se a orientação a seguir para que todos os estu- sequência 3
Estratégias dantes realizem o preenchimento do quadro. orientações de estudo
a. refletir sobre a própria aprendizagem;
A proposta é que cada jovem possa desenhar esta pe- zz Montem agora o quadro no caderno de vocês e preen-
b. sistematizar essa reflexão em um quadro simples;
quena malha em suas próprias folhas de caderno e pintar ou cham conforme o quadro de referência.
c. dialogar com o professor, revelando alguns destaques anexos do professor
marcar um    para representar sua autoavaliação. Por exem-
de sua autoavaliação. Essa sistematização ativa processos metacognitivos dos
plo, um estudante que avalia seu conhecimento no nível 2, avaliação inicial
estudantes, os quais estabelecem para eles uma linguagem
Para que os estudantes possam efetuar essa reflexão, motivação no nível 3, mas estratégias no nível 1, apresentará
para representarem seus pensamentos, bem como susci- propostas de intervenção
devem conhecer, desde o começo das sequências didáticas, a seguinte representação: na forma de orientação
tam ideias para dialogarem com o professor (como proposto de estudos
o quadro de referência apresentado anteriormente. As pri-
N1 N2 N3 no item c anterior). Para além dos níveis representados nos
meiras práticas desta autoavaliação exigirão um diálogo do protocolo para
Conhecimento quadros, o porquê da avaliação em cada dimensão ajudará o avaliação formativa
professor com todos da turma para que se apropriem das
escalas, bem como construam os significados metacogniti- Motivação estudante a explicitar ao professor sua experiência naquela
análise das habilidades
vos para utilizá-las. etapa de cada sequência didática. descritores
Estratégias
Sugere-se a orientação a seguir para que os estudantes Dependendo do foco do professor no momento da au- sugestões de práticas
realizem a reflexão sobre a atividade. 1 O professor pode especificar a atividade para deixar mais toavaliação, pode-se solicitar aos estudantes que escrevam
claro aos estudantes sobre o que estão fazendo a reflexão. o que pensaram para preencher a grade. Por exemplo, se no
fortalecimento da aprendizagem 173
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
momento da ação avaliativa o professor faz uma verificação Prática 2: O professor pode usar os próprios objetos da atividade
mais rápida dos entendimentos e dúvidas relacionados à di- Avaliação da turma pelo professor em que os estudantes trabalharam para especificar as per- caixa de ferramenta
mensão do conhecimento, ele pode pedir que os estudantes guntas acima. Este mapeamento deve ser feito de maneira do professor
A avaliação do professor terá dois objetivos: intervir so-
escrevam abaixo da grade sua dúvida ou o que não com- coletiva, com atenção aos pontos de maior frequência de en-
bre as principais lacunas coletivas da turma e propor ações abertura das sequências
preenderam. O mesmo vale se o foco estiver na motivação tendimento ou dúvida da turma.
específicas para aqueles que estejam perdendo o vínculo de sequência 1
ou nas estratégias para aprendizagem.
aprendizagem nas atividades da sequência didática. Sugere-se que o professor organize no quadro ou em uma orientações de estudo
A seguir apresentam-se duas sugestões para a sociali- folha, da maneira que for mais conveniente, os pontos comen-
Em termos práticos, o professor coleta os dados para
zação das autoavaliações dos estudantes. tados pelos estudantes, conforme exemplo a seguir, baseado sequência 2
sua avaliação de duas maneiras:
na parte 4 da primeira sequência didática de Matemática. orientações de estudo
Caso os estudantes estejam realizando a atividade em
1. Na observação dos estudantes enquanto realizam as ta-
grupo, o professor pode sugerir que façam a socialização de
refas propostas. O que foi aprendido? O que ainda é dúvida? sequência 3
suas autoavaliações entre os colegas, enquanto circula para orientações de estudo
2. Na socialização das autoavaliações realizadas por eles . 2 Cálculo da média O que é “bimodal”
interagir com cada grupo. Sugere-se que sejam dadas as se-
aritmética
guintes orientações a eles. Como calcular mediana
Nas duas situações, recomenda-se ao professor questio-
nar os estudantes sobre tópicos específicos da atividade sen- Conceito de moda
zz Compartilhe no grupo de vocês o que cada um preencheu Como resolver os problemas anexos do professor
em seu quadro. do realizada, cujos objetivos estão no planejamento do profes- de média no gráfico
avaliação inicial
sor, permitindo que se oriente pelas seguintes perguntas:
zz Verifique os pontos diferentes entre os colegas e conver- É interessante que este registro possa ser observado pe- propostas de intervenção
sem sobre estes itens. Se você teve alguma ideia interes- � O que foi aprendido? na forma de orientação
los estudantes, o que favorecerá o momento de devolutiva e
de estudos
sante, conte para seu colega. zz Qual é dúvida ainda? o resgate das dúvidas.
protocolo para
zz Circularei pelos grupos para solucionarmos as dúvidas. O professor também deve abordar com os estudantes avaliação formativa
2 
A autoavaliação é um processo novo para a maioria
Pode-se repetir a sequência de interações acima para nesta etapa as dimensões de motivação e das estratégias
dos alunos e requer prática, bem como a construção análise das habilidades
a dimensão de Motivação ou Estratégias. Conforme o mo- de vínculos de confiança com o professor para que a para a aprendizagem. Para isso, apresentam-se no quadro a descritores
mento da aula, a categoria de atividade e a intenção do pro- socialização de suas reflexões não possa ser motivo de seguir algumas perguntas que podem ser feitas aos estudan-
sugestões de práticas
fessor, pode-se começar por qualquer uma delas. exposição. Ao usar esses dados, o professor deve fazê-lo tes. Não é necessário fazer todas, pode-se escolher uma de
coletivamente sem expor individualmente qualquer aluno. cada dimensão em cada momento de avaliação. O professor
fortalecimento da aprendizagem 174
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
também pode formular perguntas similares a estas, mas que Recomenda-se que interação com os estudantes em Estes registros devem ser guardados para acesso exclu-
estejam mais adequadas ao contexto e momento de diálogo relação às dimensões de motivação e estratégias para sivo do professor e podem ter duas finalidades: caixa de ferramenta
com os estudantes. aprendizagem seja oral e dinâmica, estimulando que pen- do professor
zz possibilitar ao professor uma ação mais imediata, pro-
sem sobre o que e como estão aprendendo.
pondo uma conversa individual com o estudante, seja de abertura das sequências
Motivação Estratégias
Por fim, é importante que o professor circule entre os maneira reservada ao longo da aula enquanto os demais sequência 1
Vocês
�  acham esse Que
�  ideia ou raciocínio desse
estudantes buscando identificar aqueles que atribuíram ní- efetuam alguma atividade, seja em algum momento logo orientações de estudo
conhecimento conteúdo vocês acharam
importante? Como interessante? Por quê? vel 1 nas três dimensões da autoavaliação. Se possível, é após a aula em que ambos tenham disponibilidade. Es-
importante que o professor pergunte de maneira mais in- sas conversas podem ser mobilizadoras e o mecanismo sequência 2
você pode usá-lo?
Houve
�  alguma parte que dividual a estes estudantes porque atribuíram estes níveis que rege a mudança de comportamento do jovem, após orientações de estudo
Qual
�  foi a parte mais vocês não entendiam, mas
nas suas autoavaliações. Estas informações podem ser essa situação, é a sua percepção de que o professor se
interessante do que depois ficou clara? O que sequência 3
registradas pelo professor em uma folha, como mostra o importa com sua aprendizagem. A crença do estudante
que acabamos de “destravou” o entendimento? orientações de estudo
exemplo a seguir. que ninguém se importa se ele aprende ou não reside
aprender? Por quê?
Houve
�  alguma parte que entre as causas raízes de baixa motivação e ausência de
Qual
�  foi a parte mais você não estava entendendo estratégias para aprendizagem.
desafiadora? Por quê? e ficou mais fácil com a anexos do professor
explicação de um colega? zz acompanhar comportamentos recorrentes em diferen-
avaliação inicial
Esse
�  conhecimento tes aulas, o que pode ser um sinal de desengajamento
Como foi? Aluno 1: não consegue entender os gráficos,
se relaciona com algo propostas de intervenção
e levar à evasão ou ao abandono escolar. A consolida-
que você já conhecia? De
�  que maneira vocês ficou chateado por não conseguir fazer as na forma de orientação
ção dessa informação de um estudante ao longo de um de estudos
Quais relações você organizaram as ideias dessa atividades com o grupo.
mês de aula, por exemplo, pode ser discutida com a co-
percebeu? atividade que acabaram de protocolo para
realizar? ordenação e/ou direção da escola, para a busca de solu- avaliação formativa
Aluna 2: ficou confusa com a média e a
Vocês
�  sentem ções mais sistêmicas, eventualmente com atendimento
mediana e não entende por que precisa análise das habilidades
algum temor sobre Houve
�  alguma parte em psicopedagógico, se for algo possível, ou mesmo com o
o que acabamos que você estava lendo ou aprender isso. descritores
envolvimento da família.
de aprender? Como fazendo sem entender? sugestões de práticas
podemos lidar com Como percebeu e o que você Aluna 3: diz não entender nada.
isso? fez para entendê-la?
fortalecimento da aprendizagem 175
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Prática 3: no tempo e com os recursos disponíveis na aula. O pro- significados sobre os pontos apresentados com suas pró-
devolutiva estruturada. fessor pode também usar tais informações para sugerir prias ideias também favorece que se apropriem de maneira caixa de ferramenta
aos estudantes uma priorização de estudos em casa. mais efetiva dos encaminhamentos, conteúdo e habilidades, do professor
Visto que as práticas avaliativas descritas anteriormente
cujo desenvolvimento se propõe nesta devolutiva.
são processos dialogados com os estudantes, a devolutiva zz [ajustar o ensino]: caso o professor avalie que alguns pon- abertura das sequências
deve cumprir alguns papéis: tos de dúvida devem ser solucionados em uma aula ou sequência 1
momento posterior, seja por sua importância na sequên- Roteiros para práticas avaliativas. orientações de estudo
zz [orientar para o estudo individual]: o professor pode es-
cia didática, seja por alguma interdependência com outro As práticas avaliativas podem ser aplicadas pelo pro-
clarecer as dúvidas (ou de atenção, aqui, não está claro)
conteúdo subsequente, o professor pode planejar como fessor de forma conjunta, conjuntamente, em sequência, ou sequência 2
ao final da aula, para que os estudantes superem even-
abordar esses pontos em outra aula, apresentando e de- separadamente, conforme o momento da aula ou parte da orientações de estudo
tuais dificuldades por meio de roteiros de estudo em mo-
senvolvendo com os estudantes explicações e estratégias sequência didática que está realizando.
mentos de autogestão de seu conhecimento. sequência 3
alternativas.
Os objetivos diferentes do professor em suas aulas po- orientações de estudo
zz [favorecer a motivação] nas situações em que o profes-
As conversas individuais com os estudantes com triplo dem requerer usos diferentes de combinações das práticas.
sor percebe que os estudantes estão perdendo o interes-
nível 1 na autoavaliação também são momentos essenciais Nos roteiros a seguir, apresentam-se quatro possibilidades
se na atividade. O professor pode apresentar-lhes infor-
de devolutiva. que podem ser convenientes ao professor: anexos do professor
mações ou argumentos que reforcem a importância de
aprenderem o conteúdo e desenvolverem as habilidades Para ser efetiva, a prática da devolutiva estruturada deve a. verificação rápida: ocorre em situações em que o avaliação inicial
relacionadas à atividade. se dar em dois passos: professor ensinou por uma atividade e gostaria de propostas de intervenção
zz [promover estratégias] nas situações em que o professor 1. preparo do professor de dois ou três pontos a serem co- saber o que os estudantes compreenderam e quais na forma de orientação
de estudos
percebe que pode ajudar os estudantes a aprender me- municados aos estudantes; dúvidas surgiram. Tipicamente, o professor está mais
lhor o conteúdo ou desenvolver as habilidades relaciona- interessado na dimensão do conhecimento, embora protocolo para
2. certeza de que os estudantes registrarão as informações avaliação formativa
das à atividade. Por exemplo, o professor pode apresentar informações sobre motivação e estratégias também
para que possam se apropriar melhor delas.
alguma sugestão de esquema para organização das ano- possam surgir. análise das habilidades
O professor pode comunicar os pontos preparados aos descritores
tações ou dar alguma dica de como se aprimorar naquele
b. retomada da atenção: ocorrem em situações em que
conteúdo. estudantes da maneira que lhe for conveniente. É importante
sugestões de práticas
a atenção da turma para a atividade diminui e a disper-
que ele solicite aos estudantes que tomem nota dos pontos
zz [Concluir o processo]: o professor revisa com os estudan- são aumenta. Essencialmente, o professor usa a prá-
e, posteriormente, detalhe cada um com a turma, verificando
tes os principais pontos de dúvida e busca esclarecê-los tica avaliativa para fazer uma pausa com os estudan-
se os compreenderam. Pedir aos estudantes que construam
fortalecimento da aprendizagem 176
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
tes em seus esforços cognitivos e falar sobre eles, ou Os roteiros para cada categoria de situação acima são apresentados a seguir.
seja, realizar um exercício metacognitivo. Essa pausa caixa de ferramenta
A. Verificação rápida
tem como efeito a retomada da atenção para continu- do professor
ar a atividade com a energia dos estudantes em alta. Em algumas partes das sequências didáticas, uma rápida reflexão com os estudantes é apropriada, praticando-se
abertura das sequências
prioritariamente a autoavaliação, conforme os três passos a seguir:
c. fechamento de etapa: marca o fechamento de cada sequência 1
1. solicitar aos estudantes que montem a grade de autoavaliação;
etapa da sequência didática com uma prática ava- orientações de estudo

liativa, especialmente contemplando uma devolutiva 2. pedir que reflitam sobre a atividade que acabaram de realizar e registrem na grade;

3. pedir que anotem sua dúvida e o que não entenderam;


sequência 2
estruturada, visto que os estudantes deverão cumprir
orientações de estudo
os roteiros de estudos individuais, para consolidar sua 4. escutar os pontos levantados e dialogar com eles trazendo os esclarecimentos necessários.
aprendizagem sobre eles. A devolutiva pode contem- sequência 3
À medida que os estudantes se acostumam a efetuar a autoavaliação, essa verificação se torna um procedimento mais
plar dicas que os ajudem nas atividades de estudos
rápido, devendo tomar de 5 a 10 minutos. orientações de estudo
individuais.
B. Retomada da atenção
d. fechamento de sequência didática: marca o fe-
chamento de uma sequência didática, em que uma Em outras partes da sequência didática, durante sua execução em sala com os estudantes, podem ocorrer momentos em anexos do professor
devolutiva estruturada pode ser utilizada para ex- que a atenção geral da turma se dispersa. Uma prática de autoavaliação pode ajudar a quebrar ciclos contraproducentes,
avaliação inicial
plicitar aos estudantes o que aprenderam e avaliar conforme passos a seguir:
propostas de intervenção
com eles como a motivação e as estratégias para 1. solicitar aos estudantes que montem a grade de autoavaliação; na forma de orientação
aprender evoluíram. Essa conversa de fechamento de estudos
2. pedir que reflitam sobre a atividade que estão realizando e registrarem na grade;
ajuda a consolidar significados sobre o que apren- protocolo para
3. pedir que escrevam porque acham que sua atenção e a atenção da turma caiu nos últimos instantes;
deram na sequência didática e desenvolver uma vi- avaliação formativa
4. escutar os pontos levantados pelos estudantes e incentivá-los a propor soluções.
são mais sistêmica de seu conteúdo e das habilida- análise das habilidades
des desenvolvidas. A própria discussão sobre as razões da diminuição da atenção deverá trazer ao professor e aos estudantes um estado mais descritores
favorável de retomada da sequência didática.
sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 177
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
C. Fechamento de etapa Exemplos e casos de uso
Em cada parte ou momento das sequências didáticas, caixa de ferramenta
Ao fechar uma etapa de uma sequência didática, é recomendado que o professor realize o ciclo completo proposto neste
do professor
protocolo, conforme passos a seguir: há quadros indicando “Atenção para Avaliação!” Essas indi-
cações ajudam o professor a prever quando e de que forma abertura das sequências
1. solicitar aos estudantes que montem a grade de autoavaliação, reflitam sobre aquela etapa e efetuem o registro;
aplicar uma prática avaliativa, no planejamento de cada uma sequência 1
2. dialogar com os estudantes levantando oralmente as dúvidas e pontos relacionados à motivação e estratégia;
de suas aulas. A seguir, apresentam-se alguns exemplos de orientações de estudo
3. fazer a avaliação do professor, coletiva, com registro das principais dúvidas e lacunas da turma;
aplicação dos roteiros relacionados a essas indicações.
4. registrar os casos dos estudantes que atribuíram nível 1 nas três dimensões de sua autoavaliação; sequência 2
orientações de estudo
5. sistematizar uma devolutiva para os estudantes, indicando os próximos passos para o resgate das dúvidas e lacunas. Sequência didática 1
Como é um processo marcado principalmente por interação oral, mesmo que a discussão seja densa, é possível realizá-lo Língua Portuguesa — Momento 2 sequência 3
em um tempo razoável da aula, entre 15 min e 20 min, aproximadamente. (Desenvolvimento — 5 aulas) orientações de estudo
Ao longo de cinco aulas, o professor realizará com os
D. Fechamento de sequência didática estudantes a leitura e análise de cinco textos diferentes no
No fechamento de uma sequência didática, a abordagem do professor pode se pautar prioritariamente por uma devolutiva campo jornalístico-midiático. As leituras ocorrerão confor- anexos do professor
estruturada, visto que acumulou os registros das ações avaliativas de fechamento das etapas. Sugerem-se os passos a me a dinâmica realizada pelo professor com os grupos e, in-
avaliação inicial
seguir: dependentemente da ordem em que ocorerem, o professor
propostas de intervenção
1. retomar os objetivos de aprendizagem da sequência didática; pode incluir em seu planejamento práticas avaliativas, con-
na forma de orientação
forme exemplos a seguir: de estudos
2. apresentar aos estudantes os resumos sobre as dúvidas e lacunas registradas nas etapas;

3. dialogar com os estudantes para investigar o que já foi solucionado e o que permanece como dúvida; zz ao término da leitura e análise do primeiro texto pelos es- protocolo para
tudantes pode-se aplicar uma verificação rápida (roteiro avaliação formativa
4. apresentar os objetivos da próxima sequência didática e comentar sobre eventuais conexões com os objetos de
A), para que se possa levantar as dúvidas e dificuldades análise das habilidades
conhecimento da sequência didática que se conclui.
iniciais, buscando meios de solucioná-las nas próximas descritores
Este processo também deve ser realizado entre 15 min e 20 min, aproximadamente.
leituras; sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 178
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz alguns textos podem ser mais densos e cansativos para zz ao término da atividade de analisar e completar o gráfico para lidar com os problemas contextualizados, com razo-
os estudantes do que outros; ao perceber que os estudan- sem informações, o professor pode aplicar uma verifica- ável carga de leitura; caixa de ferramenta
tes estão se dispersando na leitura de um material especí- ção rápida (roteiro A), o que ajudará a identificar com a do professor
zz ao final das três aulas, pode-se aplicar o fechamento de
fico, o professor pode aplicar uma retomada da atenção turma qual elemento da composição de um gráfico ainda etapa (roteiro C), incluindo dicas e direcionamentos para abertura das sequências
(roteiro B), em que o próprio conteúdo da sequência di- não está bem compreendido. Essa será provavelmente a os estudantes realizarem a resolução das questões de es- sequência 1
dática, relacionado à importância de se elevar a capaci- primeira aplicação da autoavaliação com socialização, de tudo individual. orientações de estudo
dade de cada um de compreender as informações com modo que é necessário passar aos estudantes o quadro
que tem contato, pode constituir argumento ou ponto de de referência no início da atividade. Deve-se prever um Anexo: referencial metodológico sequência 2
debate sobre a motivação; tempo adequado para aplicar o roteiro, explicando aos es- orientações de estudo
Neste anexo, apresenta-se um referencial metodológico
zz ao final das 5 aulas, pode-se aplicar o fechamento de eta- tudantes o preenchimento do quadro e o significado de
sobre os quais foram elaborados os roteiros e as práticas sequência 3
pa (roteiro C), incluindo dicas e direcionamentos para os es- cada dimensão ali presente.
avaliativas deste protocolo. Sua leitura é recomendada para orientações de estudo
tudantes resolverem as questões do “#Borasepreparar?!”. zz alternativamente, no mesmo momento de conclusão a aplicação em sala de aula, pois o entendimento pelo pro-
da atividade de completar o gráfico sem informações, fessor dos conceitos aqui apresentados deve conferir-lhe au-
Sequência Didática 1 pode-se aplicar a retomada da atenção (roteiro B). Essa tonomia para a escolha e o uso efetivo do protocolo em sala
anexos do professor
Matemática – Parte 1: Gráficos para quê? escolha pode ser feita pelo professor se ele perceber que de aula com suas turmas.
(3 aulas) avaliação inicial
é mais importante naquele momento tratar das dimen- Este Protocolo para Avaliação Formativa é parte de um
Nesta parte, os estudantes analisarão um gráfico sem propostas de intervenção
sões de motivação e estratégias para aprendizagem conjunto de materiais elaborados para os professores pro-
informações e, com as orientações do professor, buscarão na forma de orientação
do que manter o foco na dimensão do conhecimento. moverem aprendizagens específicas em um tempo determi- de estudos
compreender os elementos que o compõem, a partir da
Como é uma atividade em que os estudantes são esti- nado para seus estudantes. Sua elaboração foi feita junta-
identificação analítica do que está faltando. Em seguida, re- protocolo para
mulados a construir conhecimento sobre o gráfico, eles mente com as Sequências Didáticas e com os Roteiros de avaliação formativa
solverão problemas que envolvem interpretações de gráficos
naturalmente desenvolvem estratégias próprias, o que Estudos.
e desenvolverão a capacidade de interpretar as informações análise das habilidades
pode tornar particularmente interessante a discussão descritores
neles apresentadas por meio dos elementos constituintes Consequentemente, o professor deve pensar nestes três
sobre esta dimensão;
do gráfico aprendidos na atividade anterior. Tal sequência recursos de maneira integrada, pois o protocolo foi desenha- sugestões de práticas
proporciona ao professor, conforme indicado nos quadros zz ao longo da resolução dos problemas propostos, pode ser do para ser aplicado ao longo da execução das sequências
“Atenção para a avaliação!”, oportunidades de aplicação dos necessário também aplicar a retomada da atenção (rotei- didáticas, considerando que os estudantes estarão concomi-
roteiros de práticas avaliativas, conforme exemplos a seguir: ro B), dado o esforço cognitivo necessário aos estudantes tantemente cumprindo os roteiros de estudo.
fortalecimento da aprendizagem 179
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
As partes e os momentos das sequências didáticas indicam a realização de avaliações Apesar de importante na dinâmica de ensino e aprendiza-
e as práticas e os roteiros previstos neste protocolo se propõem a instrumentalizar o pro- gem presente nas escolas, esse processo avaliativo guarda caixa de ferramenta
fessor em como realizá-las. O esquema a seguir representa esta integração: algumas limitações: do professor

I. o professor corrige as respostas dadas pelo estudante em abertura das sequências


1
Did ência a

um momento anterior, sem acesso ao como este condu- sequência


d
Seq par te
um o de

par ima

Did ência
ziu as suas construções;

Seq da
orientações de estudo

x
i

a
te
Iníc

Pró
a

átic

átic
u

u
II. não há interação do professor com o estudante ao longo sequência 2
da atividade de respostas às questões propostas para que orientações de estudo
as dúvidas e lacunas de conhecimento sejam compreen-
didas e solucionadas; sequência 3
orientações de estudo
III. não se proporciona ao estudante a oportunidade de pen-
ava ática

rote o

rote o

rote o

ham va

iva s

rote do
ava ática

ava ática

a
com ual d

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iva

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iro

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fec aliati

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e nt

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sar e falar sobre o conhecimento que está tentando de-
liat

liat

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r

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ep

ep

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d

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av

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alu indivi

alu indivi

alu indivi

v
monstrar, ficando a expectativa que se forma e o significa-

alu o indi
a1

a2

a3

tica

as
anexos do professor
Aul

Aul

Aul

Aul
udo

udo

udo

do que se atribui à avaliação apenas relacionados à nota.


no

no

no

Prá
de

ud
no
avaliação inicial
Est

Est

Est

Est
IV. Admitindo que cada escola já tem bem definidos os pro-
propostas de intervenção
cessos avaliativos que cumprem a finalidade somativa na forma de orientação
Dessa forma, ao aplicar um roteiro de práticas avaliati- Qual a diferença das provas tradicionais para descrita acima, este protocolo propõe ao professor que de estudos
vas, o professor deve sempre considerar o que o estudante as práticas avaliativas deste protocolo? conduza com seus estudantes o que denominamos aqui protocolo para
já fez nas atividades realizadas em aula, mas também os di- O termo avaliação na sala de aula normalmente remete por práticas avaliativas com finalidade formativa. Es- avaliação formativa
recionamentos para o estudo individual. a uma prova que os estudantes respondem e, posteriormen- sencialmente, como o próprio termo formativo declara, análise das habilidades
Em seu desenho, as práticas avaliativas foram conce- te, o professor corrige. Uma nota é atribuída e ela vai para o esta finalidade tem como consequência a avaliação que descritores

bidas para que a transição entre as atividades de ensino e registro escolar, tendo consequências para aprovação. Esse retroalimenta a dinâmica de ensino e aprendizagem em
sugestões de práticas
aprendizagem e a aplicação dos roteiros que a realizam seja processo tem como finalidade quantificar de maneira sin- que não há a atribuição e o registro escolar de uma nota,
suave ao professor e aos estudantes, diluindo a pressão de tética o conhecimento acumulado pelo estudante durante mas sim do estabelecimento de uma linguagem para que
avaliação para gerar uma nota. um período e, por essa razão, é denominada de somativa. professor e estudante formulem e resolvam os problemas
fortalecimento da aprendizagem 180
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
que emergem nessa dinâmica. Em termos mais especí- 1. [autoavaliação]: possibilitar aos estudantes refletir sobre
ficos, as três limitações apresentadas acima devem ser o que estão aprendendo; Alunos fazem autoavalialção caixa de ferramenta
superadas para assegurar a finalidade formativa o profes- (individual) do professor
2. [avaliação do professor]: descrever o que e como os
sor realiza a ação avaliativa durante o processo de apren-
estudantes estão aprendendo, bem como as lacunas abertura das sequências
dizagem do estudante, coletando informações sobre sua
que ficaram no processo e as barreiras que limitam as sequência 1
estrutura de pensamento, entendimentos e dúvidas
aprendizagens. Professor fornece Professor coleta orientações de estudo

V. o estudante interage com o professor ao longo da ação devolutivas coletivas e informações individuais
avaliativa, deixando evidente suas dúvidas e lacunas; 3. [devolutiva]: possibilitar ao professor dar devolutivas aos individuais aos alunos e faz avaliação coletiva sequência 2
estudantes. orientações de estudo
VI. o estudante é estimulado a pensar sobre as ideias e os co-
nhecimento com os quais está tendo contato e descrevê- Tais ações devem ser realizadas junto com as sequên- sequência 3
-los, bem como as estruturas que constrói em sua mente cias didáticas e encontram espaço para serem realizadas nos Em termos das dimensões a serem avaliadas, propõe-se orientações de estudo

para aprendê-las. momentos devidamente indicados. Os momentos de avaliar que permitam a professor e estudantes identificar a conse-
não são apenas ao final das sequências didáticas ou de cada cução das aprendizagens, contemplando, portanto, a dimen-
Este protocolo tem por objetivo propor aos professores a
uma de suas partes, mas sim ao longo das atividades, diluí- são do conhecimento; mas também que coloquem luz sobre anexos do professor
estrutura e o roteiro para a realização de ações avaliativas com
das no processo. Os ajustes que o professor promove junto os mecanismos que podem promovê-las ou, eventualmente, avaliação inicial
finalidade formativa ou, simplesmente, avaliações formati-
às turmas e nas atividades de ensino devem ser contínuos, representar barreiras, especificamente a motivação e estra-
vas. O protocolo foi elaborado considerando que sua aplicação propostas de intervenção
o que torna necessário que a avaliação esteja imersa no pro- tégias para aprender. na forma de orientação
acontecerá ao longo de sequências didáticas bem definidas,
cesso de aprendizagem, com as reflexões dos estudantes e de estudos
nas quais se indicam inclusive os momentos para sua prática.
a sistematizações do professor. protocolo para
Fundamentação sobre as dimensões
avaliação formativa
Estrutura para a avaliação formativa deste Neste protocolo, as dimensões são definidas e os instru- A avaliação da dimensão do conhecimento estará dire-
protocolo mentos para que as três ações acima sejam realizadas em tamente ligada ao conteúdo ministrado na respectiva parte análise das habilidades
descritores
A avaliação formativa proposta aqui deve representar três ciclos contínuos pelos professores são propostos conforme da sequência didática em que houver a ação avaliativa. Me-
ações concretas na prática do professor com os estudantes: ilustra a imagem a seguir. diados pelo professor, os estudantes deverão refletir sobre sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 181
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
as ideias e conceitos com que trabalharam e avaliar o que do e processando simultaneamente novos eventos.” (Badde- rede complexa de inter-relações, ou seja, pode-se dizer que é
aprenderam e em que tiveram dificuldade. Com base nos ob- ley & Hitch, 1974) o conjunto de tudo o que uma pessoa sabe. caixa de ferramenta
jetivos de aprendizagem daquela parte da sequência didáti- do professor
Esse tipo de memória apresenta dois componentes prin- A transição da memória de trabalho para a memória de
ca, o professor registra e sistematiza as principais lacunas
cipais: longo do prazo acontece através de conexões que se estabe- abertura das sequências
evidenciadas na turma, de maneira coletiva.
zz uma área de armazenamento de memória de trabalho lecem entre as novas ideias e aquelas conhecidas, destacan- sequência 1
As dimensões da motivação e das estratégias para do-se os seguintes efeitos: orientações de estudo
temporária, que brevemente sustenta inputs sensoriais e/
aprendizagem têm por objeto a relação do estudante com o
ou resgata conhecimento da memória de longo prazo; [efeito atenção]: algo que “chama a atenção” na memória
conhecimento e o professor. Com base no referencial teórico
zz
sequência 2
zz um sistema de processamento que combina atenção e de trabalho; orientações de estudo
que aqui se adota (Duncan & McKeachie, 2015), estas não são
características fixas entre os estudantes, mas sim assumi- outras ações cognitivas que modificam o conteúdo dos zz [efeito repetição]: algo que ocupa a memória de trabalho
elementos armazenados temporariamente.
sequência 3
mos que a “motivação é dinâmica e relacionada ao contexto” em ciclos repetidos;
orientações de estudo
do estudante, bem como as estratégias para aprendizagem Os primeiros estudos que sistematizaram esse conceito zz [efeito processamento]: algo que já foi suficientemente
“podem ser aprendidas e colocados sob o controle dos es- apontaram para uma capacidade limite humana de armaze- processado na memória trabalho;
tudantes”. Ambas as dimensões são, portanto, dependentes nar 7±2 unidades de informação simultaneamente. Estudos
zz [efeito conexão ou associação]: algo que esteja junto na anexos do professor
da disciplina em que a experiência de aprendizagem do estu- mais recentes chegam a limitar estes números para 4.
dante se insere;, consequentemente, um mesmo estudante memória trabalho. avaliação inicial
A capacidade de memória de trabalho de um indivíduo
pode ter altos níveis de motivação e aprendizagem em uma No outro sentido, a transição da memória de longo prazo propostas de intervenção
depende de: na forma de orientação
disciplina do que em outra. para a memória de trabalho se dá, principalmente, pelo efei-
de estudos
zz alcance: o número de elementos que se conseguem ar- to de reconhecimento e associação de padrões: algo que
Para seguir com o detalhamento da motivação e das es-
mazenar; protocolo para
tratégias para aprendizagem, é necessário sistematizar um seja identificado como igual ou pertencente ao mesmo con-
avaliação formativa
modelo para os mecanismos por meio dos quais acontece a zz velocidade: o quão rápido se consegue processar os ele- junto, ou categoria de algo que está na memória de trabalho
análise das habilidades
aprendizagem, ou seja, sobre o funcionamento da memória mentos na memória de trabalho para substituí-los por no- é resgatado da memória de longo prazo.
descritores
de trabalho e da memória de longo prazo. vos elementos.
A motivação para aprendizagem é composta pelas
sugestões de práticas
A memória de trabalho é definida como “Capacidade de A memória de longo prazo contempla o repertório de crenças do estudante sobre o valor que ele atribui à discipli-
sustentar na mente representações em transição, assimilan- objetos de conhecimento, ideias e seus significados em uma na, sobre sua capacidade de ser bem-sucedido nela e sobre
fortalecimento da aprendizagem 182
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
a expectativa ou ansiedade em relação a potenciais resul- zz controle de crenças negativas sobre aprendizagem: é da memória de trabalho dos estudantes. Literalmente, baixa
tados nas avaliações que realizará. Em termos analíticos, o frequente os estudantes não entenderem algum objeto ou alta motivação pode, respectivamente, fechar ou abrir as caixa de ferramenta
professor pode entender a motivação para a aprendizagem de conhecimento específico, ou parte de seu conteúdo, portas do cérebro para o conhecimento. do professor
composta pelos seguintes atributos: e realizarem inferências mais gerais para si mesmos, por
As estratégias para aprendizagem correspondem aos abertura das sequências
exemplo, de que não conseguem aprender nada relacio-
zz orientação a objetivos intrínsecos: reflete as razões recursos cognitivos e metacognitivos que o estudante conti- sequência 1
mais internas do estudante para desejar aprender, inde- nado com tal objeto. O estudante não compreende as nuamente desenvolve para aprender na disciplina. Analitica- orientações de estudo
pendentemente de eventuais consequências para o não definições iniciais dos logaritmos e assume que nunca mente, podemos elencar as seguintes estratégias:
aprendizado. aprenderá nada relacionado a logaritmos; sequência 2
zz autorregulação: corresponde à habilidade do estudante
orientações de estudo
zz orientação a objetivos extrínsecos: contempla as ra- zz ansiedade em provas: parte significativa dos estudantes de monitorar o próprio pensamento durante as atividades
zões para aprender que o estudante atribui em função têm uma experiência muito aflitiva em provas porque an- que realiza. O estudante pensar no que está aprendendo, sequência 3
de consequências de seu processo, como, por exemplo, tecipam de maneira desproporcional um resultado negati- e em como seu pensamento se desenvolve tem como orientações de estudo
desejar uma nota alta ou obter aprovação dos pais e/ou vo, comportamento de ansiedade em relação ao que está consequências o aprimoramento do próprio processo de
do professor; por vir. Ocorre em grau de intensidade que limita a própria aprender representa a essência da prática metacognitiva.
capacidade do estudante de responder adequadamente Em termos práticos, a auto-regulação permite ao estu- anexos do professor
zz valor atribuído à tarefa: reflete o quanto o estudante con-
às questões e obter um resultado satisfatório. A ansieda- dante identificar em que ponto da leitura de um texto sua
sidera importante ou útil a atividade que está realizando avaliação inicial
para aprender, seja decorrente do valor que atribui ao ob- de em provas acaba se tornando uma profecia auto-reali- compreensão foi perdida, e retornar e retomar, bem como
propostas de intervenção
jeto de conhecimento em pauta, seja pela formulação de zável, o estudante está convicto de que seu resultado será efetuar uma operação matemática pensando no significa- na forma de orientação
uma teoria positiva de esforço-resultado, ou seja, o estu- ruim, que seu nervosismo gerará essa consequência. Ao do de seu resultado e avaliando sua razoabilidade. A autor- de estudos
dante enxerga significado e sentido no que está fazendo e antecipar que a experiência de prova representará esse regulação também pode ser entendida como o estudante protocolo para
percebe que está aprendendo; grau de sofrimento, o estudante também se desmobiliza tomar o controle sobre as associações e conexões feitas avaliação formativa
nas atividades de sala de aula. entre memória de trabalho e memória de longo prazo.
zz autoeficácia para aprendizagem e desempenho: tra- análise das habilidades
Os itens acima podem ser direcionadores da motivação descritores
duz a crença do estudante em sua própria capacidade zz reprodução e elaboração: algumas aprendizagens de-
de aprender, um desdobramento individual da mentalida- de diferentes estudantes de maneiras diferentes, ou seja, po- mandam, dos estudantes, prática por meio da reprodução sugestões de práticas
de de crescimento, ou seja, o estudante assume para si dem se motivar ou desmotivar por razões e de maneiras mui- de sequências de procedimentos apresentados pelo pro-
a capacidade de aprimorar sua inteligência e aprender o to distintas. A relevância de se monitorar a motivação decor- fessor o que, por si só, não constitui uma aprendizagem
que lhe é apresentado; re do fato de que ela é a principal responsável pela alocação significativa, permanecendo mais restrita à memória de
fortalecimento da aprendizagem 183
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
trabalho. No entanto, a reprodução pode levar a uma ela- é diferente para diferentes estudantes e o esforço para
boração de significados conceituais pelo estudante, sus- o mesmo estudante aprender diferentes coisas também caixa de ferramenta
citando pensamentos mais abstratos e generalização das varia consideravelmente. Aliada à autorregulação meta- do professor
ideias, bem como conexões na memória de longo prazo. cognitiva, o controle do estudante sobre possíveis fontes
abertura das sequências
Alguns estudantes demandam mais prática do que ou- de distração e sobre a manutenção da própria atenção
sequência 1
tros, assim como apresentam diferentes níveis de resiliên- compõem este atributo. Uma prática mais efetiva pelos
orientações de estudo
cia para se manterem na atividade. estudantes da regulação do esforço está relacionada ao

zz organização: corresponde à capacidade do estudante


entendimento que desenvolvem sobre seus objetivos de sequência 2
aprendizagem, ou seja, visto que o estudante sabe qual é orientações de estudo
de selecionar e categorizar adequadamente as informa-
a sua meta em uma atividade, colocar energia para con-
ções para (efetuar) uma gestão eficiente de sua memó-
trolar tudo o que é necessário para realizá-la acontece sequência 3
ria de trabalho tanto para decidir o que incluir em seu
de maneira mais natural. orientações de estudo
processamento quanto para conseguir abranger infor-
mações que transcendem sua capacidade. Por exemplo, zz busca por ajuda: para além da ideia mais imediata
se o estudante criar uma tabela ou esquema para orga- de que é importante o estudante procurar ajuda para
anexos do professor
nizar as ideias de uma atividade, ele está organizando as aprender algo que não sabe, fazê-lo de maneira efetiva
informações para conseguir colocar na memória de tra- decorre do desenvolvimento de algumas habilidades: avaliação inicial
balho uma parte de cada vez. Práticas de indexar ou re- perceber quando não sabe e o que não sabe com pre- propostas de intervenção
sumir também expressam a organização; por exemplo, o cisão, formular e descrever a ajuda de que precisa, bem na forma de orientação
de estudos
estudante pode anotar o tópico ao qual uma passagem como identificar entre professor e colegas de turma
está relacionada ou destacar sua ideia principal. A orga- quem pode ajudar. protocolo para
avaliação formativa
nização se revela por técnicas, geralmente explícitas, às
quais os estudantes usualmente denominam como “mé- análise das habilidades
descritores
todo de estudo”.

zz regulação do esforço: para cada estudante executar sugestões de práticas

cada atividade cognitiva demanda um nível único de es-


forço, ou seja, o esforço para aprender a mesma coisa
fortalecimento da aprendizagem 184
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Referências
caixa de ferramenta
Baddeley AD, Hitch GJ. Working Memory. In: Bower G, editor. Fredricks, J.A., Blumenfeld, P.C., & Paris, A.H. (2004). School Pintrich, R. R., & DeGroot, E. V. (1990). Motivational and Self-
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orientações de estudo
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Duncan, T. G., & McKeachie, W. J. (2005). The Making of the
ment (ED). avaliação formativa
Motivated Strategies for Learning Questionnaire. Educa-
tional Psychologist, 40, 117-128. análise das habilidades
descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 185
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Análise de habilidades
jornadas e produtos

caixa de ferramenta

descritores
do professor

abertura das sequências


sequência 1
Priorização das habilidades orientações de estudo

da BNCC (2018) sequência 2


orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor

avaliação inicial

propostas de intervenção
na forma de orientação
Os critérios de escolha que nortearam a definição des- este aspecto, vale destacar que a opção por incorporar a di- de estudos

sas habilidades foram tanto o resultado das avaliações diag- mensão de habilidades para organizar os conteúdos, passa protocolo para
nósticas realizadas pelo Estado em parceria com o CAED, pelo entendimento de que os descritores identificados com avaliação formativa

bem como os resultados do SAEB 2019. O quadro abaixo baixos resultados de aprendizagem na matriz diagnóstica e análise das habilidades
detalha as habilidades da etapa da BNCC do Ensino Médio no SAEB são componentes dessas habilidades, de forma que descritores
priorizadas na sequência didática 1, os descritores da matriz o seu desenvolvimento proporciona a aprendizagem destes
sugestões de práticas
Saeb e os descritores encontrados nas matrizes das provas descritores. Nos materiais, é possível consultar também a
diagnósticas realizadas pelo Estado, cujo resultados se en- relação entre os descritores das avaliações e as habilidades
contram na plataforma FOCO do Instituto Unibanco. Sobre tratadas em cada uma das três sequências didáticas.
fortalecimento da aprendizagem 186
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Língua Portuguesa caixa de ferramenta


do professor

Priorização das habilidades abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor
Critérios de priorização: avaliação inicial
zz contemplar os descritores das avaliações Saeb 2019 e zz contemplar conteúdos de Língua Portuguesa propostas de intervenção
diagnóstica da FOCO com resultados baixos ou críticos; que são comumente cobrados no Enem; na forma de orientação
de estudos
zz contemplar os campos de atuação social da língua - zz diversificar os gêneros textuais, de acordo
protocolo para
eixos estruturantes da BNCC os quais organizam as com cada campo de atuação social, de modo
avaliação formativa
práticas de linguagem (leitura, análise linguística e se- a ampliar o repertório do estudante.
análise das habilidades
miótica, produção textual escrita e oralidade);
zz assegurar habilidades que apresentem as descritores
zz assegurar habilidades voltadas ao desenvolvimento competências socioemocionais relacionadas
sugestões de práticas
das práticas de linguagem que promovam a análise de às linguagens.
textos e obras significativas para o Ensino Médio;
fortalecimento da aprendizagem 187
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

Sequência de atividades 1 - 16 aulas


introdução
Campo jornalístico-midiático
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Habilidades BNCC * Matriz SAEB
(EM13LP06)  Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da linguagem, da escolha D01 – L
 ocalizar informações explícitas em um texto. caixa de ferramenta
de determinadas palavras ou expressões e da ordenação, combinação e contraposição de palavras, do professor
D05 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico
dentre outros, para ampliar as possibilidades de construção de sentidos e de uso crítico da língua.
diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.). abertura das sequências

(EM13LP36)  Analisar os interesses que movem o campo jornalístico, os impactos das novas sequência 1
D06 – Identificar o tema de um texto.
tecnologias digitais de informação e comunicação e da Web 2.0 no campo e as condições que fazem orientações de estudo

da informação uma mercadoria e da checagem de informação uma prática (e um serviço) essencial, D07 – Identificar a tese de um texto.
adotando atitude analítica e crítica diante dos textos jornalísticos.
sequência 2
D08 – E
 stabelecer relação entre a tese e os orientações de estudo
(EM13LP38) Analisar os diferentes graus de parcialidade/imparcialidade (no limite, a não argumentos oferecidos para sustentá-la.
neutralidade) em textos noticiosos, comparando relatos de diferentes fontes e analisando o recorte sequência 3
feito de fatos/dados e os efeitos de sentido provocados pelas escolhas realizadas pelo autor do D09 – Diferenciar as partes principais das orientações de estudo

texto, de forma a manter uma atitude crítica diante dos textos jornalísticos e tornar-se consciente das secundárias em um texto.

escolhas feitas como produtor.


D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes
gêneros. anexos do professor
(EM13LP42) Acompanhar, analisar e discutir a cobertura da mídia diante de acontecimentos e
questões de relevância social, local e global, comparando diferentes enfoques e perspectivas, por avaliação inicial
D14 – D
 istinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
meio do uso de ferramentas de curadoria (como agregadores de conteúdo) e da consulta a serviços propostas de intervenção
e fontes de checagem e curadoria de informação, de forma a aprofundar o entendimento sobre um D16 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos na forma de orientação
variados. de estudos
determinado fato ou questão, identificar o enfoque preponderante da mídia e manter-se implicado, de
forma crítica, com os fatos e as questões que afetam a coletividade. protocolo para
D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma avaliação formativa
(EM13LP43) Analisar formas contemporâneas de publicidade em contexto digital e peças de informação na comparação de textos que
análise das habilidades
campanhas publicitárias e políticas (cartazes, folhetos, anúncios, propagandas em diferentes mídias, tratam do mesmo tema, em função das
descritores
spots, jingles etc.), explicando os mecanismos de persuasão utilizados e os efeitos de sentido provocados condições em que ele foi produzido e daquelas
pelas escolhas feitas em termos de elementos e recursos linguístico-discursivos, imagéticos, sonoros, em que será recebido. sugestões de práticas

gestuais e espaciais, entre outros, e destacando valores e representações de situações, grupos e


D21 – R
 econhecer posições distintas entre duas ou
configurações sociais veiculadas, a fim de desconstruir eventuais estereótipos e proceder a uma
mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao
avaliação crítica da publicidade e das práticas de consumo.
mesmo tema.
fortalecimento da aprendizagem 188
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

Sequência de atividades 2 - 16 aulas


introdução
Práticas de leitura no Campo artístico-literário
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Habilidades BNCC * Matriz SAEB
(EM13LP51) Analisar obras significativas da literatura brasileira e da literatura de outros países D1 – Localizar informações explícitas em um texto. caixa de ferramenta
e povos, em especial a portuguesa, a indígena, a africana e a latino-americana, com base em do professor
D2 – Estabelecer relações entre partes de um
ferramentas da crítica literária (estrutura da composição, estilo, aspectos discursivos), considerando
texto, identificando repetições ou substituições que abertura das sequências
o contexto de produção (visões de mundo, diálogos com outros textos, inserções em movimentos
contribuem para a continuidade de um texto. sequência 1
estéticos e culturais etc.) e o modo como elas dialogam com o presente.
orientações de estudo
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão
(EM13LP49) Analisar relações intertextuais e interdiscursivas entre obras de diferentes autores e
gêneros literários de um mesmo momento histórico e de momentos históricos diversos, explorando os
sequência 2
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
orientações de estudo
modos como a literatura e as artes em geral se constituem, dialogam e se retroalimentam.
D6 – Identificar o tema de um texto.
(EM13LP20) Produzir, de forma colaborativa, e socializar playlists comentadas de preferências sequência 3
culturais e de entretenimento, revistas culturais, fanzines, e-zines ou publicações afins que divulguem, D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os orientações de estudo

comentem e avaliem músicas, games, séries, filmes, quadrinhos, livros, peças, exposições, espetáculos elementos que constroem a narrativa.

de dança etc., de forma a compartilhar gostos, identificar afinidades, fomentar comunidades etc.
D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes
gêneros. anexos do professor
(EM13LP46) Participar de eventos (saraus, competições orais, audições, mostras, festivais, feiras
culturais e literárias, rodas e clubes de leitura, cooperativas culturais, jograis, repentes, slams etc.), avaliação inicial
D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da
inclusive para socializar obras da própria autoria (poemas, contos e suas variedades, roteiros e escolha de uma determinada palavra ou expressão. propostas de intervenção
microrroteiros, videominutos, playlists comentadas de música etc.) e/ou interpretar obras de outros, na forma de orientação
D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma de estudos
inserindo-se nas diferentes práticas culturais de seu tempo.
informação na comparação de textos que tratam do protocolo para
(EM13LP48) Perceber as peculiaridades estruturais e estilísticas de diferentes gêneros literários (a mesmo tema, em função das condições em que ele avaliação formativa
apreensão pessoal do cotidiano nas crônicas, a manifestação livre e subjetiva do eu lírico diante do foi produzido e daquelas em que será recebido. análise das habilidades
mundo nos poemas, a múltipla perspectiva da vida humana e social dos romances, a dimensão política descritores
e social de textos da literatura marginal e da periferia etc.) para experimentar os diferentes ângulos de D21 – Reconhecer posições distintas entre duas
apreensão do indivíduo e do mundo pela literatura. ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao sugestões de práticas
mesmo tema.
(EM13LP53) Produzir apresentações e comentários apreciativos e críticos sobre livros, filmes,
discos, canções, espetáculos de teatro e dança, exposições etc. (resenhas, vlogs e podcasts literários e
artísticos, playlists comentadas, fanzines, e-zines etc.
fortalecimento da aprendizagem 189
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

Sequência de atividades 3 - 16 aulas


introdução
Práticas de Linguagem no Campos de Atuação da Vida Pública
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Habilidades BNCC * Matriz SAEB
(EM13LP12) Selecionar informações, dados e argumentos em fontes confiáveis, impressas e digitais, D01 – Localizar informações explícitas em um texto. caixa de ferramenta
e utilizá-los de forma referenciada, para que o texto a ser produzido tenha um nível de aprofundamento do professor
D06 – Identificar o tema de um texto.
adequado (para além do senso comum) e contemple a sustentação das posições defendidas.
abertura das sequências
D07 – Identificar a tese de um texto
(EM13LP13) Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar textos escritos e multissemióticos, sequência 1
D08 – Estabelecer relação entre a tese e os
considerando sua adequação às condições de produção do texto, no que diz respeito ao lugar social orientações de estudo
argumentos oferecidos para sustentá-la.
a ser assumido e à imagem que se pretende passar a respeito de si mesmo, ao leitor pretendido, ao
veículo e mídia em que o texto ou produção cultural vai circular, ao contexto imediato e sócio-histórico D09 – Diferenciar as partes principais das secundárias
sequência 2
orientações de estudo
mais geral, ao gênero textual em questão e suas regularidades, à variedade linguística apropriada a esse em um texto.
contexto e ao uso do conhecimento dos aspectos notacionais (ortografia padrão, pontuação adequada,
D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes sequência 3
mecanismos de concordância nominal e verbal, regência verbal etc.), sempre que o contexto o exigir.
gêneros. orientações de estudo

(EM13LP26) Relacionar textos e documentos legais e normativos de âmbito universal, nacional, local D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam
ou escolar que envolvam a definição de direitos e deveres – em especial, os voltados a adolescentes e o locutor e o interlocutor de um texto.
jovens – aos seus contextos de produção, identificando ou inferindo possíveis motivações e finalidades, Reconhecer o contexto de produção e circulação dos anexos do professor
como forma de ampliar a compreensão desses direitos e deveres. gêneros do campo de atuação na vida pública avaliação inicial

(EM13LP27) Engajar-se na busca de solução para problemas que envolvam a coletividade, D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. propostas de intervenção
denunciando o desrespeito a direitos, organizando e/ou participando de discussões, campanhas e na forma de orientação
D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas de estudos
debates, produzindo textos reivindicatórios, normativos, entre outras possibilidades, como forma de
presentes no texto, marcadas por conjunções,
fomentar os princípios democráticos e uma atuação pautada pela ética da responsabilidade, pelo protocolo para
advérbios etc.
avaliação formativa
consumo consciente e pela consciência socioambiental
D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma
análise das habilidades
informação na comparação de textos que tratam do descritores
mesmo tema, em função das condições em que ele foi
sugestões de práticas
produzido e daquelas em que será recebido.

* A
 priorização das habilidades se dá olhando para todo o ensino médio, considerando as D21- Reconhecer posições distintas entre duas ou mais
habilidades essenciais que os estudantes têm o direito de aprender até o final do 3º ano do EM opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.

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