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Fortalecimento da

Aprendizagem

Material do
professor

língua portuguesa
fortalecimento da aprendizagem 2
realizadores início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Equipe de Avaliação Especialista de avaliação Instituto Unibanco Moises João do Nascimento
Idealização Beatriz Nunes Tadeu da Ponte Paulo Sérgio Miron caixa de ferramenta
Instituto Reúna CONSELHO DE
Filomena Siqueira Valéria Aparecida Marretto do professor
Nathaly Corrêa de Sá Leitora Crítica com foco ADMINISTRAÇÃO
Realização Stefanny Lopes Fernandes em Projeto de Vida, Presidente EQUIPE TÉCNICA abertura das sequências

Instituto Reúna juventudes e competências Pedro Moreira Salles Superintendente Executivo sequência 1
Instituto Unibanco Equipe de Relações socioemocionais Ricardo Henriques orientações de estudo

Institucionais Carolina Rodrigues Miranda Vice-Presidente


Roberto Martinez Pedro Sampaio Malan Gerentes sequência 2
Milena Emilião Leitora Crítica de Língua Maria Julia Azevedo Gouveia orientações de estudo
Instituto Reúna Conselheiros
Portuguesa Mirela de Carvalho
Diretora-executiva Antonio Jacinto Matias
sequência 3
EQUIPE DE PRODUÇÃO Paula Cristina Marques Núbia Freitas Silva Souza
Katia Stocco Smole Claudia Costin orientações de estudo
Coordenadora de Cardoso Mathias Pinto Tiago Borba
matemática Cláudio de Moura Castro
Conselho Consultivo
Maria Ignez Diniz Revisão de texto: Cláudio Luiz da Silva Haddad EQUIPE DE PRODUÇÃO
Camila Pereira Cardoso anexos do professor
Heloísa Orsi Koch Delgado Marcelo Luis Orticelli Coordenação de
Marisa de Santana da Costa
Autoras de Língua Rebeca Martinez Américo Marcos de Barros Lisboa Desenvolvimento da Gestão avaliação inicial
Priscila Fonseca da Cruz
Portuguesa Ricardo Paes de Barros Daniela Arai língua portuguesa
Wilson Martins Poit Edição de Texto
Taila Virgine Costa Rodolfo Villela Marino propostas de intervenção na
Cláudia Barros Lima Beatriz Vichessi Equipe forma de orientação de estudos
Conselho Fiscal
Diretoria Bruna Nunes
Alex Rodrigues Projeto gráfico e protocolo para
Coordenadora de Língua Cláudio José Coutinho Fernanda Arantes avaliação formativa
Camila Anker diagramação
Portuguesa Arromatte Letícia Daidone
Emilio Carlos Morais Martos Caronte Design: análise das habilidades
Eliane Aguiar Jânio Gomes Lisandra Saltini
Renata Borges La Guardia Beatriz Marassi descritores
Leila Cristiane Barboza Braga
Autoras de Matemática Felipe Portella
Coordenação da Iniciativa de Melo sugestões de práticas
Sandra Regina Corrêa Amorim
Cléa Ferreira Marcelo Luis Orticelli
Carla S. Moreno Battaglioli Ilustrações
Priscila Oliveira (Jornadas e produtos)
Isabela Chiferi Vanelli Humaaans/Pablo Stanley
fortalecimento da aprendizagem 3
realizadores início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

Instituto Reúna Instituto Unibanco sequência 2


Educação é um direito de todas as crianças, adolescen- Criado em 1982, o Instituto Unibanco atua para a melho- orientações de estudo

tes e jovens do Brasil. Mas não qualquer educação. O Insti- ria da educação pública no Brasil por meio da gestão educa-
tuto Reúna acredita em uma educação transformadora que cional para o avanço contínuo. O Instituto apoia e desenvolve
sequência 3
orientações de estudo
prepara para a vida, para a cidadania e para a formação so- soluções de gestão para aumentar a eficiência do ensino nas
cial e humana. Uma organização sem fins lucrativos funda- escolas públicas. Além de resultados sustentáveis de apren-
da por Katia Smole, educadora e ex-secretária de Educação dizagem, trabalha pela equidade no ensino, tanto entre as
anexos do professor
Básica do MEC. escolas, como no interior de cada uma delas, com base em
quatro valores fundamentais: conectar ideias, acelerar trans- avaliação inicial
O objetivo do Reúna é garantir uma educação mais sig-
língua portuguesa
formações, valorizar a diversidade e ser fundamentado em
nificativa, de qualidade e com equidade. Para isso, reunimos
evidências. propostas de intervenção na
ferramentas técnicas e conteúdos práticos alinhados à Base forma de orientação de estudos

Nacional Comum Curricular. São materiais que ajudam a es-


protocolo para
truturar e alinhar as diferentes frentes de ensino –dos currí- avaliação formativa
culos aos materiais didáticos, passando pelas avaliações e
pelas práticas pedagógicas. Reunindo o que há de melhor análise das habilidades
descritores
nas experiências e referências educacionais. Reunindo co-
nhecimentos para a secretaria de educação, a escola e o sugestões de práticas
professor. Reunindo oportunidades e caminhos para a edu-
cação avançar.
fortalecimento da aprendizagem 4
índice início índice estrutura realizadores

Índice Abertura das


sequências
Clique nas indicações para ser
Sequência 1 língua portuguesa
redirecionado ou, se preferir,
busque pela página indicada.
Caixa de orientações de estudo

Introdução ferramenta Sequência 2 língua portuguesa


orientações de estudo
Estrutura
do ciclo página 06 do professor Sequência 3 língua portuguesa
página 21 orientações de estudo
Jornadas e produtos

Avaliação inicial
língua portuguesa
propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos

Anexos do Protocolo para


avaliação formativa
início
página 01

professor Análise das habilidades estrutura


página 136 descritores página 05

Sugestões de Práticas
realizadores
página 02
fortalecimento da aprendizagem 5
estrutura início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Estrutura
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

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os conteúdos, basta clicar sobre o capítulo no menu sequência 1
lateral ou no menu superior. orientações de estudo

sequência 2
menu superior menu lateral orientações de estudo

Ele está presente em todas sequência 3


INÍCIO ÍNDICE ESTRUTURA REALIZADORES as páginas e tem como orientações de estudo
função um direcionamento
rápido para o capítulo de seu
Ao clicar em Em índice, você Você está aqui. Ao clicar em
interesse. anexos do professor
início, você é volta para a Pode voltar a realizadores, terá
redirecionado página 4, uma qualquer momento informações sobre Você também pode acessar avaliação inicial
para a capa outra maneira clicando neste as instituições os capítulos no botão índice língua portuguesa
deste guia. de acessar os botão. que viabilizaram do menu superior. propostas de intervenção na
capítulos é o a produção deste forma de orientação de estudos
menu lateral. conteúdo.
protocolo para
avaliação formativa

análise das habilidades


descritores

Ao longo do texto você encontrará este ícone. sugestões de práticas


Ele indica a presença de um link que você pode
clicar para ser redirecionado.
fortalecimento da aprendizagem 6
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estrutura do ciclo

Vamos conversar?
jornadas e produtos

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do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

Se muitas foram as dificuldades impostas à educação Para contribuir com todo esse movimento o Reúna e o A iniciativa, na forma de parceria com as redes, envolve a
nos anos de 2020 e 2021, muitas também foram as refle- Instituto Unibanco são parceiros na iniciativa FORTALECI- formação dos professores e material de apoio aos docentes
xões suscitadas por esse período e ações colocadas em MENTO DA APRENDIZAGEM, um verdadeiro convite para para aprofundar habilidades que englobam os descritores anexos do professor

prática na educação, Brasil afora. Em um curto espaço de todas as redes de ensino do país. O objetivo principal desta identificados como prioritários nas avaliações diagnósticas avaliação inicial
tempo, redes de ensino concretizaram oportunidades de co- proposta é a de mapear e reduzir as defasagens de aprendi- realizadas. A iniciativa tem como foco, também, resgatar os língua portuguesa

laboração entre si e com outras instâncias da gestão públi- zagem dos jovens matriculados na 3a série do Ensino Médio, jovens que não vêem sentido em seguir estudando, a fim de propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
ca e da sociedade civil; práticas didáticas foram revisitadas, uma vez que, apesar dos esforços feitos, os resultados ain- levá-los a concluir o ano letivo. Para isso, os materiais ofere-
revitalizadas e criadas; estudantes tiveram espaço para for- da se demonstram insuficientes no SAEB ou nas avaliações cem pautas formativas para que coordenadores pedagógi- protocolo para
diagnósticas realizadas pelo estado ou pela rede. cos possam orientar os professores no uso e na aplicação avaliação formativa
talecer sua autonomia, assumindo maior protagonismo e
ampliando suas habilidades de autogestão; ferramentas tec- de sequências didáticas exemplares. Todas podem ser com-
Os materiais produzidos também podem ser utilizados análise das habilidades
nológicas foram mais utilizadas; e as famílias se esforçaram plementadas de acordo com as necessidades identificadas descritores
com estudantes de novas turmas da 3ª série e de outras
na integração com a comunidade escolar. Sem dúvida, ficou pelos professores em cada turma.
séries do Ensino Médio, pois as metodologias e atividades sugestões de práticas
evidente o compromisso dos educadores com os estudan- propostas apoiam no fortalecimento de aprendizagens es- Vale destacar que as habilidades priorizadas nas sequên-
tes, assim como sua criatividade e competência na busca senciais para o avanço nos estudos em qualquer momento cias didáticas foram selecionadas da etapa do Ensino Médio
por soluções para assegurar a formação de todos. dessa etapa de ensino. da Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2018). Isso sig-
fortalecimento da aprendizagem 7
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introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
nifica que o material está alinhado aos novos currículos refe- avaliações formativas, e de atividades e orientações de pla-
renciais para o Ensino Médio que serão implementados nas nos de estudo aos estudantes nos momentos de autogestão. caixa de ferramenta
redes a partir de 2022. do professor
Como não poderia deixar de ser quando falamos em En-
É essencial deixar claro que a iniciativa FORTALECIMEN- sino Médio, a iniciativa FORTALECIMENTO DA APRENDIZA- abertura das sequências
TO DA APRENDIZAGEM respeita a autonomia de cada rede GEM tem relação com o projeto de vida dos alunos. Isso fica sequência 1
de ensino e dos professores e se propõe a complementar o evidente na escolha das habilidades comunicação, autoco- orientações de estudo
trabalho que já vem sendo realizado por esses atores. Com
nhecimento e autoconfiança (significativas para a constru-
foco nos componentes curriculares de Língua Portuguesa sequência 2
ção da identidade dos jovens) e das habilidades persistência
e Matemática, as sequências didáticas e pautas formativas orientações de estudo
e capacidade de enfrentar e buscar soluções para as mais
também oferecem recursos para a realização de avaliações
diversas situações-problema (mais voltadas para a continui- sequência 3
para compreender como os estudantes iniciam e finalizam
dade dos estudos e para inserção no mundo do trabalho). orientações de estudo
o percurso de estudos. Para tal acompanhamento da apren-
dizagem, a proposta apresenta protocolos de elaboração de Vamos embarcar nessa jornada juntos?

anexos do professor

avaliação inicial
Conheça os institutos envolvidos na iniciativa língua portuguesa
Instituto Reúna: a organização zela pela qualidade técnico- Instituto Unibanco: desde 1982, o Instituto sem fins
propostas de intervenção na
pedagógica da implementação da BNCC e das inovações do lucrativos apoia e desenvolve soluções para a melhoria da forma de orientação de estudos
Ensino Médio. Desde 2019, tem como foco criar referências qualidade da educação pública no Ensino Médio. Seu objetivo
nacionais para a construção de um sistema educacional é contribuir para a permanência dos estudantes na escola, protocolo para
avaliação formativa
coerente. Seu propósito é construir bases consistentes para melhoria da aprendizagem e redução das desigualdades
aprendizagens efetivas, mobilizadoras e para todos. Com educacionais. Além de resultados sustentáveis de
análise das habilidades
uma abordagem que procura entender e antecipar desde aprendizagem, trabalha pela equidade no ensino, tanto entre
descritores
as necessidades específicas das redes educacionais até as escolas quanto no interior de cada uma delas, com base
as questões mais amplas dos sistemas de educação, o em quatro valores fundamentais: conectar ideias, acelerar sugestões de práticas
Instituto produz ferramentas que se adequem aos diferentes transformações, valorizar a diversidade e ser fundamentado
contextos e inspirem crianças e jovens. em evidências.
fortalecimento da aprendizagem 8
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introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Para compreender o Fortalecimento


da Aprendizagem
caixa de ferramenta
do professor

abertura das sequências


Como se trata de uma nova iniciativa a ser realizada junto Sobre as habilidades da BNCC (2018), consideradas es- zz Favorecimento à inclusão de temas do mundo do traba- sequência 1
aos jovens estudantes, a sugestão é criar um ciclo de acolhi- senciais, presentes nas atividades das sequências didáticas, lho, disparadores de saberes que permitam maior proprie- orientações de estudo
mento e melhoria, propondo ações contínuas e interligadas a vale explicar que elas foram selecionadas levando em conta dade em processos seletivos.
fim de criar um ambiente de aprendizagem acolhedor e que a urgência no fortalecimento da relação entre os estudantes sequência 2
zz Possibilidade de desenvolvimento de saberes tecnológi-
estimule a motivação e o engajamento estudantil. e o conhecimento e o tempo limitado para uma ação efetiva orientações de estudo
cos e digitais.
de aprendizagem.
sequência 3
atenção , professores e gestores ! Sendo assim, para a priorização curricular, foram primei- Critérios relacionados aos componentes orientações de estudo
ramente consideradas três dimensões que se articulam mu- específicos
Dicas para mobilizar os jovens a participar da iniciativa. tuamente: (i) o engajamento dos estudantes e as exigências
zz Abrangência de diferentes campos de atuação social da
● Destaque a característica mão na massa das propostas! da vida em sociedade, (ii) os componentes curriculares de anexos do professor
Língua Portuguesa e diferentes unidades temáticas de
Língua Portuguesa e Matemática, e (iii) as demandas das avaliação inicial
● Apresente as habilidades e os objetivos que serão Matemática
avaliações nacionais. Com base em cada uma delas, foram língua portuguesa
explorados pelos alunos e como as aprendizagens zz Favorecimento de relações entre conceitos, processos e
considerados, então, alguns critérios para a seleção das ha- propostas de intervenção na
conquistadas podem prepará-los para os processos
bilidades, reunidos em três grupos: representações. forma de orientação de estudos
seletivos que vêm pela frente!
zz Possibilidade de retomada de conhecimentos já adquiri- protocolo para
● Indique as competências que serão desenvolvidas com
Critérios relacionados ao engajamento dos, para que o estudante avance. avaliação formativa
as propostas de estudo e requisitadas no mundo do
trabalho!
dos estudantes e às exigências da vida
análise das habilidades
em sociedade Critérios relacionados às avaliações descritores
● Converse com a turma sobre as atividades, deixando
claro que elas sempre consideram o ponto de partida
zz Favorecimento de atividades mais motivadoras, que per- nacionais
sugestões de práticas
mitam protagonismo dos estudantes. Compatibilidade com descritores com baixo resultado
em que a classe está. A intenção é respeitar o ritmo zz
de cada um, sem sobrecarregar ninguém, mas visando zz Permissão do trabalho transversal com uma abordagem nas avaliações SAEB para a 3ª série do Ensino Médio
sempre a aprendizagem de todos! de 2019.
socioemocional, inclusiva e socialmente diversa.
fortalecimento da aprendizagem 9
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introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Compatibilidade com descritores com baixo resultado nas As habilidades selecionadas foram distribuídas em três de itens, vídeos e questões que podem compor tarefas
avaliações da rede que realizou as avaliações diagnósticas. sequências didáticas exemplares para Língua Portuguesa estabelecidas pelo professor, para auxiliar os alunos em caixa de ferramenta
e três para Matemática, sendo a primeira de cada compo- momentos de estudo individual e de autogestão. do professor
zz Compatibilidade com conteúdos mais cobrados no Exa-
me Nacional do Ensino Médio (Enem). nente sempre associada a conteúdos e contextos em que zz o Protocolo de Avaliação Formativa, documento com re- abertura das sequências
os jovens possuem algum conhecimento. Com isso, a ideia
Articulando os critérios dos três grupos acima, a expec-
cursos estruturados para o acompanhamento e o registro sequência 1
é justamente engajá-los na aprendizagem. Já as demais se- sobre o processo de aprendizagem, além de orientações
tativa é promover o desenvolvimento integral dos estudantes, orientações de estudo
quências tem como foco habilidades nas quais os estudan- para compartilhar essas informações com os jovens e
permitindo que continuem estudando, trilhem um percurso de
tes demonstram mais dificuldades tendo como referências com a gestão da escola. sequência 2
aprendizagem mais efetivo e adentrem no mundo do trabalho.
as lacunas identificadas nas avaliações diagnósticas. orientações de estudo
E, para apoiar o trabalho da equipe pedagógica, a Caixa
habilidades : por que trabalhar com elas ? As propostas apresentadas como exemplares possuem de Ferramentas do Formador apresenta orientações para a sequência 3
uma lógica em seu desenvolvimento e apresentam atividades realização dos momentos formativos, na forma de pautas, orientações de estudo
A opção de organizar os conteúdos lançando mão das
habilidades da BNCC (2018) diz respeito ao fato de que os com resultados comprovados de aprendizagem. No entanto, textos de apoio, conteúdos anexos e apresentações para
descritores identificados como lacunas de aprendizagem elas são sugestões, modelos que podem ser adaptados para apoiar os momentos formativos. As pautas formativas con-
na matriz diagnóstica e no SAEB são expectativas o trabalho com os alunos e integradas a outras habilidades, templam oito horas de formação para cada um dos com- anexos do professor
de aprendizagem dessas habilidades. Assim, o seu
respeitando as necessidades específicas identificadas em ponentes e têm como objetivo facilitar a compreensão das avaliação inicial
desenvolvimento favorece que os estudantes revelem o
cada turma e a cultura de cada unidade escolar. O tempo de sequências didáticas, da metodologia proposta para o de- língua portuguesa
que indica cada descritor.
duração sugerido para cada proposta é de 16 horas/aula. senvolvimento das habilidades essenciais. As pautas forma- propostas de intervenção na
Os resultados das avaliações diagnósticas realizadas pelo tivas têm, ainda, as Instruções de uso do Protocolo de Ava- forma de orientação de estudos
estado, bem como os resultados do SAEB (2019), estão Além das sequências didáticas apresentadas no FORTA-
liação Formativa, que auxilia a compreensão do Protocolo protocolo para
presentes no documento Análise habilidades x Descritores LECIMENTO DA APRENDIZAGEM, faz parte da iniciativa um
de Avaliação Formativa (este, por sua vez, está na Caixa de avaliação formativa
da avaliação diagnóstica . conjunto organizado especialmente para os docentes, a Caixa
Ferramenta do Professor).
de Ferramentas do Professor, com os seguintes materiais: análise das habilidades
Cada sequência didática apresenta a relação entre os
descritores
descritores das avaliações e as habilidades tratadas. zz uma sugestão de avaliação inicial e outra de avaliação fi-
Porém, as primeiras sequências de Língua Portuguesa e de sugestões de práticas
nal para acompanhar os jovens desde o ponto em que se
Matemática (por terem como objetivo mobilizar novamente os
encontram até a aquisição das aprendizagens esperadas;
estudantes para o conhecimento e resgatar a autoconfiança),
não endereçam os descritores mais críticos. Eles serão zz o documento Orientações ao professor para elabora-
trabalhados com maior ênfase nas sequências seguintes.
ção e execução de planos de estudos com sugestões
fortalecimento da aprendizagem 10
introdução início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Como formar e engajar uma


comunidade de aprendizagem?
caixa de ferramenta
do professor

abertura das sequências


A ideia de comunidade de aprendizagem parte do princí- a. o ciclo de aprendizagem, detalhado em papéis; Conheça mais a fundo cada uma das etapas do ciclo de sequência 1
pio de que todos são responsáveis, todos aprendem, todos b. as jornadas de cada um dos agentes educativos: aprendizagem e as expectativas/funções de cada um dos ges- orientações de estudo
ensinam. Então, para formar uma comunidade de aprendiza- estudantes, professores e gestores escolares. tores, coordenadores e professores de cada unidade escolar.
gem, é fundamental que todos os agentes do processo educa- sequência 2
Para saber mais sobre comunidades de aprendizagem, a. Avaliação inicial: ferramenta que permite a coleta de orientações de estudo
cional entendam que seus esforços precisam convergir para
acesse a trilha elaborada pelo Nosso Ensino Médio. informações sobre quanto os estudantes sabem a res-
o resultado, de modo que a integração seja um pré-requisito.
peito de determinados conteúdos, procedimentos e ha- sequência 3
Em uma comunidade de aprendizagem, saberes e ex- bilidades esperadas para a série escolar em que estão. orientações de estudo
periências individuais são valorizados, mas é no comparti- a. O ciclo de aprendizagem do O resultado dessa avaliação fornece subsídios para o
lhamento e na conexão que surgem as aprendizagens mais Fortalecimento da Aprendizagem planejamento docente e para se fazer intervenções pe-
enriquecedoras — e, para construí-las, todos podem contri- anexos do professor
A sugestão é que essa proposta seja realizada de forma dagógicas adequadas. O valor dessa avaliação inicial é
buir. Por isso mesmo, na iniciativa FORTALECIMENTO DA permitir conhecer o ponto de partida dos estudantes a avaliação inicial
cíclica, com as seguintes etapas:
APRENDIZAGEM, é importante que secretarias de educa- língua portuguesa
a. avaliação inicial; fim de não sobrecarregá-los, exigindo níveis iniciais mui-
ção, professores, coordenadores, diretores, estudantes e, propostas de intervenção na
to altos, nem subestimá-los, exigindo níveis mais baixos.
sempre que possível, familiares se considerem parte de uma b. planejamento e desenvolvimento das atividades de forma de orientação de estudos

comunidade de aprendizagem que deseja contribuir para a acolhimento e fortalecimento;


Papéis protocolo para
formação integral e o desenvolvimento de cada estudante. c. avaliação formativa, avaliação formativa
Diretor: sua função se estende desde antes da apli-
Para o pleno funcionamento de uma comunidade de d. devolutiva. cação do levantamento inicial até o momento poste- análise das habilidades
aprendizagem, é esperado que cada um tenha a percepção Vale destacar que as equipes especializadas das Secretarias rior. É importante que os estudantes e as famílias se- descritores

de si próprio e de sua função. Isso faz com que todos se sin- de Educação são parceiras desta iniciativa e portanto têm pa- jam mobilizados para a realização da avaliação, para sugestões de práticas
tam mobilizados e cumpram com suas responsabilidades. pel importante para viabilizar a proposta. As secretarias podem que seja possível sistematizar e analisar os resulta-
Para fazer isso acontecer na prática, é possível usar dois re- coordenar as ações, definir as formações a serem realizadas e dos obtidos. É essencial também promover o plane-
cursos como apoio: acompanhar docentes e estudantes, se e quando necessário. jamento do ciclo e pactuar, com a equipe pedagó-
fortalecimento da aprendizagem 11
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introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
gica, as estratégias de acompanhamento. A relação b. Atividades de acolhimento e fortalecimento: sequ- viço, orientando, acompanhando e apoiando o grupo
estreita entre a direção e os demais atores deve ge- ências didáticas orientadas por habilidades previa- de docentes. Para tal, a Caixa de Ferramentas do caixa de ferramenta
rar coerência e confiabilidade na avaliação realizada. mente priorizadas, para acolher o estudante de modo Formador apresenta orientações para compreender do professor
integral — de forma cognitiva e socioemocional —, e como o professor se apropria, planeja e põe em práti-
Coordenador pedagógico da escola ou pedagogo: abertura das sequências
fortalecer as aprendizagens. As primeiras propostas ca as sequências didáticas que contemplam o acolhi-
sua responsabilidade é formar os professores para sequência 1
de atividades têm como foco conteúdos mais básicos mento do estudante e o fortalecimento das aprendiza-
a aplicação das provas. Para isso, na Caixa de Fer- orientações de estudo
e propõem fazer retomadas do conhecimento para gens em Língua Portuguesa e em Matemática.
ramentas do Formador está disponível um conjun-
to de recursos para cada momento formativo junto
que os jovens reconheçam o que sabem e se sintam
Professor: como agente central dessa proposta, sua
sequência 2
motivados para continuar aprendendo. As demais se- orientações de estudo
aos docentes da escola. Também é esperado que o função é participar da formação continuada, de olho
quências têm como foco novos conhecimentos, sem-
coordenador apoie a análise e a discussão dos resul- no currículo a ser usado no desenvolvimento de ha-
pre considerando o desenvolvimento de habilidades sequência 3
tados, para a definição dos passos. bilidades essenciais, planejar e executar sequências
prioritárias para aprender mais e a preparação para orientações de estudo
Professor: sua função é participar da formação con- didáticas de forma adequada. Para isso, os docen-
desafios futuros na continuidade dos estudos ou no
tinuada, com disposição para reavaliar suas práticas tes têm como apoio materiais direcionados às au-
mundo do trabalho. Nessas atividades, é possível en-
pedagógicas, aplicar a avaliação, analisar os resulta- las com os estudantes na Caixa de Ferramentas do anexos do professor
contrar ainda sugestões não obrigatórias de práticas
dos e retomar as habilidades priorizadas. Seu con- Professor, além de orientações para propor planos avaliação inicial
com foco em gênero, relações étnico-raciais, inclusão
tato direto com os jovens é uma grande oportunida- de estudos individualizados ( e poder acompanhar língua portuguesa
e acessibilidade, mundo do trabalho e tecnologia, a fim
de para estabelecer vínculos e reunir as evidências e analisar o percurso de aprendizagem de cada jo-
de contribuir para a formação integral dos estudantes. propostas de intervenção na
vem). Para aperfeiçoar a avaliação, encontra-se, na forma de orientação de estudos
e necessidades que podem passar despercebidas
para outros agentes, aprimorando ainda mais o ci- Papéis Caixa de Ferramentas, o documento “Protocolo de protocolo para
clo proposto. Esses dados podem orientar melhor a Diretor: sua função é planejar e executar estratégias Avaliação Formativa”. Ele reúne recursos estrutura- avaliação formativa

proposição de planos de estudos específicos e indi- de engajamento e de articulação com os estudantes dos para o acompanhamento e o registro sobre o
análise das habilidades
vidualizados para os alunos. e com as famílias, organizando agendas, espaços e processo de aprendizagem, além de orientações descritores
recursos para as ações previstas e apoiar os atores para compartilhar essas informações com os jovens
Estudante: é esperado que a avaliação seja realizada sugestões de práticas
envolvidos sempre que necessário. e com a gestão da escola.
por ele da melhor forma possível, para que os resulta-
dos possam oferecer visibilidade de seus pontos for- Coordenador pedagógico da escola ou pedagogo: Estudante: orientado pelo professor e na companhia
tes e pontos para desenvolvimento de forma assertiva. sua responsabilidade é formar os professores em ser- dos colegas, é esperado que o jovem vivencie ativi-
fortalecimento da aprendizagem 12
introdução início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
dades estruturadas nas sequências didáticas exem- cessário. Os docentes podem ser incentivados a es- Jornada do Estudante
plares, gerenciando seu próprio tempo, e acompa- tudar o Protocolo de avaliação formativa, tendo em A palavra-chave é VIVENCIAR. caixa de ferramenta
nhe seu desenvolvimento na apropriação de novos vista que é um documento orientador para persona- A jornada do estudante começa com uma avaliação do professor
conhecimentos e referências. lizar os momentos de aula. inicial para identificar o ponto de partida do aprendizado, abertura das sequências

c. Protocolo de avaliação formativa: documento par- Professor: ao conhecer o Protocolo, sua função é permitindo a análise de seus pontos fortes e de seus pon- sequência 1
te da Caixa de Ferramentas do Professor e expli- identificar momentos de avaliação conforme as si- tos de desenvolvimento. Para que esse início seja tranquilo, orientações de estudo

ca as formas de registrar a avaliação, como propor tuações de aula, planejá-los e realizá-los, assim como é importante que o jovem se sinta motivado em realizar a
apoiar os planos de estudo dos jovens com base nas sequência 2
a autoavaliação e como usar as práticas avaliativas avaliação, tendo clareza de seu propósito. Por isso, a su-
autoavaliações e nas devolutivas das atividades de orientações de estudo
conforme as situações de aula. O objetivo do proto- gestão é realizar a avaliação depois da segunda semana de
colo é ser um suporte para o acompanhamento das avaliação realizadas.
aula. Assim, o jovem se sente mais familiarizado e confian- sequência 3
aprendizagens dos jovens, sempre respeitando a au- Estudante: é esperado que vivencie as avaliações e te com as atividades e com a participação nas aulas e faz a orientações de estudo
tonomia docente. O documento é composto por um reflita sobre a devolutiva dada pelo professor, de olho avaliação com mais envolvimento e responsabilidade, sem
quadro com referências para observação de conhe- em ajustes a serem feitos em seus planos de estudo, receio de se expor ou de ser julgado.
cimentos que os estudantes já têm, sugestões para no gerenciamento do tempo e na sua dedicação aos anexos do professor
motivá-los a continuar aprendendo e três práticas de Depois disso, o estudante vai vivenciar as três sequên-
estudos. Assim, ele pode ser corresponsável pelo avaliação inicial
avaliação formativa: i) autoavaliação e socialização; cias didáticas e acompanhar seu próprio desenvolvimento
seu processo de aprendizagem, conforme as dificul- língua portuguesa
ii) avaliação da turma pelo professor; iii) devolutiva pelas atividades de avaliação formativa que se encontram
dades ou possibilidades de avançar apontadas. propostas de intervenção na
estruturada. Elas podem ser escolhidas e combina- em cada sequência. forma de orientação de estudos

das pelo docente em função dos momentos de aula


b. As jornadas previstas para os protocolo para
e das sequências didáticas organizadas.
agentes educativos atenção avaliação formativa

Papéis Propor jornadas para cada agente educativo (estudante,


é importante que os estudantes entrem em contato análise das habilidades
Coordenador pedagógico da escola ou pedagogo: professor, coordenador pedagógico da escola ou pedagogo e descritores
com as temáticas antes de que seja proposto realizar as
seu papel é orientar e apoiar os professores para que diretor) tem como objetivo evidenciar, detalhadamente, quais os sequências didáticas. Se o professor optar pela construção
sugestões de práticas
realizem as atividades e as devolutivas, fazendo uma papéis e qual o percurso sob responsabilidade de cada um na de novas sequências, a sugestão é atualizar os temas de
ponte entre eles e a direção escolar, sempre que ne- iniciativa FORTALECIMENTO DA APRENDIZAGEM. Confira: estudo nas aulas.
fortalecimento da aprendizagem 13
introdução início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Jornada do professor: Ao final de cada sequência didática sugerida, o docente Durante sua jornada, o coordenador pedagógico pode
As palavras-chave são PROMOVER, PLANEJAR e ACOMPA- vai encontrar também sugestões de práticas com foco em contar sempre com a Caixa de Ferramentas do Formador, caixa de ferramenta
NHAR. gênero, relações étnico-raciais, inclusão e acessibilidade, com as pautas formativas estruturadas e apresentações do professor
mundo do trabalho e tecnologia. Essas sugestões podem para os encontros formativos e com o material Instruções abertura das sequências
A jornada do professor engloba a jornada do estudante,
ser trabalhadas como novas atividades, caso haja disponibi- de uso do Protocolo de Avaliação Formativa. Este item, es-
já que as atividades de ambos estão diretamente relaciona- sequência 1
lidade de tempo ou funcionar como adaptações do que a se- pecificamente, apresenta o Protocolo de Avaliação Forma-
das, ainda que tenham perspectivas diferentes. orientações de estudo
quência propõe. A ideia é usá-las para explorar os momentos tiva a ser utilizado pelos docentes, além de alguns anexos
Ao professor, cabe aplicar as avaliações inicial e final. A
da vida em sociedade, contribuir com o projeto de vida dos que devem ser reproduzidos para o formador trabalhar com sequência 2
primeira delas é proposta na primeira sequência didática e,
estudantes e fortalecer a formação cidadã de cada um deles. os professores. orientações de estudo
a segunda, prevista para o fim da terceira sequência didá-
tica. É importante que ele também realize as atividades de Vale ressaltar que atividades de acolhimento socioemo- Para o formador, é fundamental avaliar de forma crítica sequência 3
acolhimento, aplique as avaliações formativas e oriente os cional estão presentes nas sequências didáticas iniciais e o contexto em que a escola está inserida e as práticas que orientações de estudo

estudantes na realização dos planos de estudos individuais acompanham toda a jornada do estudante. O objetivo é que formam seu cotidiano a fim de fortalecer o trabalho dos pro-
em momentos de autogestão. Outro ponto de diferenciação ele desenvolva o autoconhecimento, a autoconfiança e a per- fessores. Coordenadores pedagógicos e diretores podem
é que, para entender a proposta e se apropriar do conjunto de sistência, além de aumentar sua autoestima em relação à apoiar nas ações de busca e acolhimento dos jovens. As- anexos do professor
ferramentas oferecido pela iniciativa FORTALECIMENTO DA capacidade de aprender. sim, quando o docente entra em ação, ele amplia e fortale- avaliação inicial
APRENDIZAGEM, a jornada docente começa no momento ce o acolhimento por meio do trabalho realizado em sala. língua portuguesa
da formação, junto com a coordenação pedagógica. Jornada do coordenador pedagógico da Como sugestão para apoiar a tarefa do formador de organi- propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
Durante ou ao final da exploração de cada sequência didá- escola ou pedagogo zar ações de acolhimento, vale conhecer os protocolos de

tica, o jovem pode ser orientado pelo professor na elaboração As palavras-chave são FORMAR e ACOMPANHAR. acolhimento ao estudante e implementar uma rotina de protocolo para
avaliação formativa
de um plano autônomo de estudos . O estudo individual é uma prevenção ao abandono, propostas elaboradas pelo Insti-
A jornada do coordenador pedagógico ou pedagogo é
das formas de exercício de protagonismo do jovem em seu tuto Unibanco . análise das habilidades
fundamental para o sucesso de toda a iniciativa, pois é ele o
percurso de aprendizagem. As devolutivas do docente, após as descritores
agente educativo que apoia e forma os professores para rea- E, ainda sobre acolhimento, durante os momentos for-
avaliações formativas, ajudam os estudantes a organizar me- lizarem o acolhimento socioemocional dos jovens, usarem mativos dos docentes, são essenciais também a prática de sugestões de práticas
lhor a gestão do tempo e a dedicação aos estudos. Para isso, novas metodologias de ensino em classe, compreenderem a escuta e o cuidado do outro, considerando a legitimidade do
o professor encontra orientações específicas ao final de cada
priorização curricular e prepararem as devolutivas de avalia- que é dito pela pessoa acolhida, a criação de vínculos e a
sequência didática e no Protocolo de Avaliação Formativa.
ção dos estudantes. construção de sentido nas atividades junto aos jovens.
fortalecimento da aprendizagem 14
introdução início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
A formação docente sugerida para ser realizada tem oito -se nas temáticas e envolver os estudantes nesta proposta, ta de uma priorização curricular, apoiada em acolhimento so-
horas de duração por componente, divididas, por sua vez, em um clima de motivação e de engajamento. cioemocional e em um ciclo de avaliação - ação - avaliação. caixa de ferramenta
em quatro pautas formativas com momentos de mobiliza- Destaque o apoio à formação e o acompanhamento próximo, do professor
As rotinas de acolhimento e de prevenção de abandono para tranquilizar a engajar os professores nessa iniciativa.
ção, engajamento, revisão das práticas pedagógicas, siste- abertura das sequências
escolar, propostas pelo Instituto Unibanco, são materiais
matização e avaliação (não obrigatoriamente nessa ordem).
que podem apoiar a jornada do diretor na volta às aulas Depois, converse com os estudantes e os familiares e sequência 1
As pautas formativas reúnem conhecimentos específicos e após o período de suspensão das aulas presenciais. responsáveis. Explique que a iniciativa FORTALECIMENTO orientações de estudo
conhecimentos didáticos e podem ser adaptadas à realidade DA APRENDIZAGEM será colocada em prática com uma
Para colocar as propostas em prática, não deixe de
de cada escola. priorização curricular a fim de favorecer a continuidade dos sequência 2
analisar de forma crítica o cenário em que a escola está
estudos dos jovens e a sua inserção no mundo do trabalho, orientações de estudo
A jornada do coordenador pedagógico não se encerra e suas práticas cotidianas. É recomendável também
consultar os protocolos de acolhimento ao estudante e sem descuidar da formação integral de cada um. Para au-
com o término da formação. Acompanhar o percurso dos sequência 3
implementar uma rotina de prevenção ao abandono . mentar a motivação, uma boa estratégia é revelar alguns dos
professores, apoiando o grupo sempre que necessário, com- orientações de estudo
Também é essencial que a jornada do diretor contemple a temas e o tom “mão na massa” das atividades.
preender as priorizações curriculares e a análise de resulta-
dos das avaliações são ações fundamentais. Fazendo isso, escuta e o cuidado do outro, considerando a legitimidade No desenrolar do projeto, mantenha o canal aberto para
do que é dito pela pessoa acolhida, a criação de vínculos
é mais fácil identificar as práticas que funcionam bem, re- tirar dúvidas e acolher sugestões. Vale também divulgar os anexos do professor
e a construção de sentido nas atividades junto aos jovens.
tomá-las em outros momentos e sugeri-las para o trabalho avanços e os sucessos das ações para toda a comunida- avaliação inicial
Essa é uma ação que precisa acontecer em parceria com
com outros componentes. os docentes, de forma que a gestão fortaleça o trabalho de escolar, sempre cuidando para que as dificuldades indi- língua portuguesa
dos professores e vice-versa. viduais sejam conversadas com a equipe da escola, sempre propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
de modo respeitoso.
Jornada do Diretor Organizar a comunicação sobre o que será desenvolvido
protocolo para
As palavras-chave são MOBILIZAR e VIABILIZAR. na escola com a iniciativa FORTALECIMENTO DA APRENDI- Vamos seguir em frente? avaliação formativa
A jornada do diretor consiste em organizar agendas, es- ZAGEM é outra função importante da direção escolar. Confi- Agora que você já conhece as motivações e justificati-
análise das habilidades
paços e recursos para apoiar a coordenação pedagógica es- ra uma sugestão de passo a passo para engajar a comunida- vas por trás da iniciativa FORTALECIMENTO DA APRENDI- descritores
colar e os professores, investindo, principalmente, na forma- de escolar e motivar todos a participarem ativamente. ZAGEM os objetivos e a estrutura de trabalho proposta, é
sugestões de práticas
ção e no acompanhamento dos docentes. chegada a hora de mergulhar nos materiais e de explorar os
Para começar, convide a equipe docente para apresentar
recursos apresentados para os próximos passos.
Quando a equipe se sente apoiada e valorizada, fica mais a proposta FORTALECIMENTO DA APRENDIZAGEM e con-
tranquila para colocar em cena novas práticas, aprofundar- versar sobre o que virá pela frente: deve ficar claro que se tra- Mãos à obra e bom trabalho!
fortalecimento da aprendizagem 15
estrutura do ciclo início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Avaliação inicial e final Avaliação Atividades de fortalecimento


O que é inicial da aprendizagem
Permite a coleta de informações sobre quanto os O que é
estudantes sabem a respeito de determinados Sequências didáticas para o desenvolvimento de
conteúdos, procedimentos e habilidades habilidades previamente priorizadas, para acolher o
esperadas para a série escolar em que estão. estudante de modo integral — cognitiva e socioemocional
O resultado dessas avaliações fornecem — e fortalecer as aprendizagens.
subsídios para o planejamento docente e para Atividades de Protocolo de
intervenções pedagógicas adequadas no ínicio fortalecimento avaliação
e no final do trabalho realizado por meio das da aprendizagem formativa
sequências.

Protocolo de avaliação formativa


O que é
Explica as formas de registrar a avaliação, como propor a
Avaliação autoavaliação e como usar as práticas avaliativas conforme
final as situações de aula. O objetivo do protocolo é ser um
suporte para o acompanhamento das aprendizagens dos
jovens, sempre respeitando a autonomia docente.
fortalecimento da aprendizagem 16
jornadas e produtos início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Jornadas e produtos
jornadas e produtos

Jornada do Estudante 
A palavra-chave é VIVENCIAR

Jornada do Professor 
As palavras-chave são PROMOVER, PLANEJAR e ACOMPANHAR

Jornada do coordenador pedagógico / formador 


As palavras-chave são FORMAR e ACOMPANHAR

Jornada do Diretor 
As palavras-chave são MOBILIZAR e VIABILIZAR.
fortalecimento da aprendizagem 17
jornadas e produtos início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Jornada do Estudante Palavra-chave: Vivenciar

Atividades de Fortalecimento
Avaliação Inicial / final Protocolo de Avaliação Formativa
da Aprendizagem

O que faz Orientado pelo professor e na companhia dos Vivencia as avaliações formativas, realiza sua
Realiza as avaliações iniciais e finais para que os colegas, o jovem vivencia atividades estruturadas autoavaliação e reflete sobre a devolutiva dada pelo
resultados possam oferecer ao professor nas sequências didáticas exemplares, gerencia seu professor. Efetiva as orientações recebidas em seus
a visibilidade de seus pontos fortes e próprio tempo em momentos de estudos, e acompanha planos de estudo e no gerenciamento da dedicação e do
pontos para desenvolvimento o seu desenvolvimento na apropriação de novos tempo para estudo. É corresponsável pelo seu processo
conhecimentos e referências de aprendizagem

O que vivencia
Que o jovem se sinta motivado em realizar a avaliação,
Que ele desenvolva o autoconhecimento, a autoconfiança
tendo clareza de seu propósito e mais familiarizado e
e a persistência, além de aumentar sua autoestima em
confiante para participar das aulas e atividades
relação à capacidade de aprender

Ao que tem acesso


Plano de estudos construído com o Professor
fortalecimento da aprendizagem 18
jornadas e produtos início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Jornada do Professor Palavras-chave: Promover, planejar e acompanhar

Atividades de Fortalecimento
Avaliação Inicial / final Protocolo de Avaliação Formativa
da Aprendizagem

O que faz Participa da formação continuada para apropriação das Sequências


Ao professor, cabe aplicar as avaliações inicial e final. Identifica momentos de avaliação conforme as
Didáticas. Planeja e executa as aulas com apoio das Sequências
A primeira delas é proposta na primeira Sequência situações de aula. Planeja e realiza as avaliações.
Didáticas. Complementa as Sequências com planos de estudos
Didática e, a segunda, prevista para o fim da terceira Organiza os planos de estudo dos jovens com
individualizados para momentos de autogestão dos estudantes e os
Sequência Didática. Ele também realiza a análise dos base nas autoavaliações e nas devolutivas das
acompanha. Acompanha, analisa e compartilha com a gestão da
resultados e retoma as habilidades priorizadas. atividades de avaliação realizadas
escola o percurso de aprendizagem de cada jovem.

O que promove A jornada docente começa no momento da formação, junto com a


O objetivo é que o professor consiga diagnosticar As devolutivas do docente, após as avaliações
coordenação pedagógica, momento em que entende a proposta
o estágio dos estudantes e orientar melhor a formativas, ajudam os estudantes a realizarem
e se apropria do conjunto de ferramentas. Ao longo de toda a
proposição de planos de estudos específicos e a autoavaliação, a organizar melhor a gestão
sua jornada, o professor realiza com os estudantes atividades de
individualizados para eles. do tempo e a dedicação aos estudos.
acolhimento socioemocional.

Materiais que terá  Anexos do Professor – Avaliação Inicial Matemática  Sequências Didáticas de Matemática 1, 2 e 3
acesso  Anexos do Professor – Avaliação Inicial Língua  Sequências Didáticas de Língua Portuguesa 1, 2 e 3   Protocolo de Avaliação Formativa 
Portuguesa   Orientações para elaboração de planos de estudos
 Plataforma de apoio á Aprendizagem em momentos de autogestão do estudante 
fortalecimento da aprendizagem 19
jornadas e produtos início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Jornada do coordenador pedagógico / formador Palavras-chave: Formar e Acompanhar

Atividades de Fortalecimento Protocolo de Avaliação


Avaliação Inicial / final
da Aprendizagem Formativa

O que faz Forma os professores em serviço, orientando,


Forma os professores para a aplicação das provas de acompanhando e apoiando o grupo de docentes. Para
Forma os professores para o
avaliação inicial e final. Apoia a análise e a discussão tal, compreende como o professor se apropria, planeja e
acompanhamento das aprendizagens dos
dos resultados, e colabora na definição de ações põe em prática as Sequências Didáticas que contemplam
estudantes e incentiva o uso do protocolo
para a aprendizagem dos jovens. o acolhimento do estudante e o fortalecimento das
aprendizagens em Língua Portuguesa e em Matemática.

O que promove Coordenadores pedagógicos juntamente com os Apoia e forma os professores para realizarem o acolhimento Realiza o acompanhamento do
Diretores apoiam nas ações de busca e acolhimento socioemocional dos jovens, usarem novas metodologias de ensino, trabalho do professor no dia a dia com
dos jovens. Assim, quando o docente entra em ação, em classe, compreenderem a priorização curricular e prepararem, as o objetivo de traçar, conjuntamente, as
ele amplia e fortalece o acolhimento por meio do devolutivas de avaliação dos estudantes, considerando o contexto em estratégias de intervenção pedagógica
trabalho realizado em sala. que a escola está inserida e as práticas que formam seu cotidiano. e planejamento das aulas e atividades.

Ao que tem acesso  Pautas Formativas de Matemática 1, 2, 3 e 4  Instruções de uso do Protocolo de


 Pautas Formativas de Língua Portuguesa 1, 2, 3 e 4 Avaliação Formativa
fortalecimento da aprendizagem 20
jornadas e produtos início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Jornada do Diretor Palavras-chave: Mobilizar e Viabilizar tempo, espaços e recursos de aprendizagem

Atividades de Fortalecimento
Avaliação Inicial / final Protocolo de Avaliação Formativa
da Aprendizagem

O que faz Antes da aplicação do levantamento inicial até o


Planeja e executa estratégias de engajamento
momento posterior, mobiliza os estudantes e as
e de articulação com os estudantes e com Acompanha os dados de avaliação
famílias para a realização da avaliação, e sistematiza
as famílias. Organiza agendas, espaços e provenientes da utilização do Protocolo de
e analisa os resultados obtidos. Planeja com a equipe
recursos para as ações previstas. Apoia os atores avaliação formativa
pedagógica, as estratégias de acompanhamento desde
envolvidos sempre que necessário
os resultados iniciais ate os finais

O que promove Sua jornada contempla a escuta e o cuidado do outro, Ajuda a equipe a se sentir apoiada e valorizada, assim
considerando a legitimidade do que é dito pela pessoa ficam mais tranquilos para colocar em cena novas práticas,
acolhida, a criação de vínculos e a construção de sentido nas aprofundar-se nas temáticas e envolver os estudantes nesta
atividades junto aos jovens. Realiza essa ação em parceria com proposta, em um clima de motivação e de engajamento. Para
os docentes, de forma que a gestão fortaleça o trabalho dos colocar as propostas em prática, analisa de forma crítica o
professores e vice-versa cenário em que a escola está e suas práticas cotidianas

Ao que tem acesso  Protocolos de acolhimento  Instruções de uso do Protocolo de


 Rotina de prevenção ao abandono Avaliação Formativa
fortalecimento da aprendizagem 21
abertura das sequências início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

Caixa de ferramenta
abertura das sequências
sequência 1
orientações de estudo

do professor sequência
orientações de estudo

sequência
2

3
orientações de estudo

anexos do professor

avaliação inicial
língua portuguesa
propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos

protocolo para
avaliação formativa

análise das habilidades


descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 22
abertura das sequências início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Abertura das sequências


jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

Neste arquivo você também vai encontrar estes recursos:

anexos do professor
  atenção para a avaliação !
avaliação inicial
língua portuguesa
propostas de intervenção na
  para se aprofundar forma de orientação de estudos

protocolo para
avaliação formativa

  # borasepreparar ?! análise das habilidades


descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 23
abertura das sequências início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Uma palavra sobre as


jornadas e produtos

caixa de ferramenta

Sequências Didáticas
do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
Para contextualizar a existência dos materiais que aqui dio têm por objetivo apoiar a rede nas ações pedagógicas bilidades para organizar os conteúdos, passa pelo entendi-
orientações de estudo
apresentamos, é preciso reconhecer as dificuldades trazidas previstas e que estão sendo realizadas para a continuida- mento de que os descritores identificados como gargalos de
pela pandemia para a aprendizagem das crianças e jovens de da aprendizagem. Além disso, destina-se também a re- aprendizagem da matriz da avaliação inicial e do SAEB são
nas diferentes etapas da Educação Básica. Ao mesmo tem- conectar os estudantes que encontram-se em ameaça de componentes dessas habilidades, de forma que o seu desen- anexos do professor
po, é preciso reconhecer o esforço e o comprometimento abandono escolar, oferecendo oportunidades para que eles volvimento proporciona a aprendizagem destes descritores. avaliação inicial
das redes públicas de ensino no sentido de intervir para o consigam concluir o ano letivo. Dentre essas oportunida-
Nos materiais, é possível consultar também a relação entre língua portuguesa
Fortalecimento da Aprendizagem de todos que vivenciaram des, encontra-se a disponibilização de recursos de apren-
os descritores das avaliações e as habilidades tratadas em propostas de intervenção na
a escola neste contexto. dizagem para se trabalharem habilidades essenciais, como forma de orientação de estudos
cada uma das três sequências didáticas.
O Fortalecimento da Aprendizagem para os estudantes um currículo priorizado para os objetivos desta proposta. protocolo para
do Ensino Médio se insere nesse contexto, juntamente com Nesse ponto, é importante enfatizar que a sequência di- avaliação formativa
Os critérios de escolha que nortearam a definição des-
o compromisso da rede para criar condições e mecanismos, dática 1 possui alguns propósitos a mais, que são o de reen-
sas habilidades foram tanto o resultado das avaliações diag- análise das habilidades
assegurando aos estudantes a continuidade de suas rotinas nósticas realizadas pelo Estado, bem como os resultados do gajar os estudantes no processo de aprender, contribuir para descritores
de estudos e o desenvolvimento das habilidades essenciais e SAEB 2019, conforme é possível observar no quadro geral de seu sentimento de confiança na aprendizagem e criar as ba-
sugestões de práticas
necessárias para a formação integral desses jovens. ses para as próximas atividades. Por essa razão, as habilida-
habilidades previstas e expectativas de aprendizagem apre-
Nesse sentido, os materiais que compõem o Fortaleci- sentado ao longo da Sequência Didática. Sobre este aspecto, des dessa unidade não endereçam os descritores mais críti-
mento da Aprendizagem para os estudantes do Ensino Mé- vale destacar que a opção por incorporar a dimensão de ha- cos, que serão trabalhados nas sequências seguintes.
fortalecimento da aprendizagem 98
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Sequência didática 3
jornadas e produtos

caixa de ferramenta

Língua Portuguesa
do professor

abertura das sequências


sequência 1
Práticas de Linguagem no Campo de Atuação da Vida Pública orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor
Olá, professor/a!
avaliação inicial
Nesta terceira sequência, a proposta é desenvolver ha- No quadro a seguir, são apresentadas as habilidades Mais uma vez, vale retomar que a proposta de Fortaleci- língua portuguesa
bilidades de produção oral e escrita com foco no desenvol- priorizadas com suas respectivas expectativas de aprendiza- mento da Aprendizagem contém um Protocolo de Avaliação propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
vimento da argumentação. Para isso, serão disponibilizadas gem. Essas informações são úteis para o acompanhamen- Formativa, indicando práticas que podem apoiar o acompa-
sugestões de atividades que contemplem, de maneira sig- to das aprendizagens do estudante ao longo do desenvol- nhamento da aprendizagem dos jovens. Essas práticas po- protocolo para
vimento de cada atividade para que você possa relacionar dem ser utilizadas em cada indicação nas atividades para que avaliação formativa
nificativa, a formação do escritor com vistas a desenvolver
estratégias de produção textual, sobretudo as referentes às cada expectativa às propostas. você avalie, observando e registrando aspectos importantes.
análise das habilidades
etapas de planejamento e revisão. Além disso, tais atividades Como nas sequências anteriores, as atividades são or- descritores
também propiciam a ampliação das competências socioe- ganizadas em momentos de sensibilização, desenvolvimen- sugestões de práticas
mocionais, tais como comunicação, colaboração, tomada de to e síntese. Ao final, encontram-se também indicações para
decisão responsável, as quais serão indicadas ao longo das que você organize a ampliação de estudos do estudante em
orientações. seus momentos de autogestão.
fortalecimento da aprendizagem 99
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Quadro geral de habilidades previstas e expectativas de aprendizagem
caixa de ferramenta
do professor
Habilidades Expectativas de aprendizagem
abertura das sequências
 EM13LP12  • Selecionar informações, dados e argumentos em fontes confiáveis, impressas e digitais e utilizá-los de forma sequência 1
Selecionar informações, dados e argumentos em fontes confiáveis, referenciada. orientações de estudo
impressas e digitais e utilizá-los de forma referenciada, para que o texto a • Sustentar as posições defendidas.
ser produzido tenha um nível de aprofundamento adequado (para além do • D01 – Localizar informações explícitas em um texto. sequência 2
senso comum) e contemple a sustentação das posições defendidas. • D07 – Identificar a tese de um texto. orientações de estudo

• D08 – Estabelecer a relação entre a tese e os argumentos oferecidos, para sustentá-la.


sequência 3
 EM13LP13  • Planejar o texto, fazendo uso de esquemas e tabelas. orientações de estudo
Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar textos escritos e • Produzir o texto, levando em conta suas condições de produção e gerenciar escolhas para produzir os efeitos de
multissemióticos, considerando sua adequação às condições de produção sentido pretendidos.
do texto, no que diz respeito ao lugar social a ser assumido e à imagem que • Revisar o texto, considerando os critérios elencados. anexos do professor
se pretende passar a respeito de si mesmo, ao leitor pretendido, ao veículo • Avaliar a produção escrita.
avaliação inicial
e mídia em que o texto ou produção cultural vai circular, ao contexto • D06 – Identificar o tema de um texto.
língua portuguesa
imediato e sócio-histórico mais geral, ao gênero textual em questão e suas • Identificar marcas de opinião.
propostas de intervenção na
regularidades, à variedade linguística apropriada a esse contexto e ao uso • D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. forma de orientação de estudos
do conhecimento dos aspectos notacionais (ortografia padrão, pontuação • D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.
protocolo para
adequada, mecanismos de concordância nominal e verbal, regência verbal, • Reconhecer o efeito de sentido provocado pelas escolhas lexicais do autor.
avaliação formativa
etc.), sempre que o contexto o exigir. • Analisar textos artísticos de maneira crítica.
• D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, análise das habilidades
em função das condições em que foi produzido e daquelas em que será recebido. descritores
• Reconhecer o fenômeno de variação linguística e o significado de preconceito linguístico.
sugestões de práticas

continua
fortalecimento da aprendizagem 100
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

 EM13LP14  • Pesquisar e planejar argumentos para um debate.


caixa de ferramenta
Produzir e analisar textos orais, considerando sua adequação aos • Reconhecer as condições de produção, recepção e circulação do debate.
do professor
contextos de produção, à forma composicional e ao estilo do gênero • Argumentar, utilizando dados e fontes confiáveis.
em questão, à clareza, à progressão temática e à variedade linguística • Posicionar-se de maneira clara e inteligível. abertura das sequências

empregada, como também aos elementos relacionados à fala (modulação • Utilizar a norma padrão para se posicionar. sequência 1
de voz, entonação, ritmo, altura e intensidade, respiração, etc.) e à cinestesia orientações de estudo
(postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressão facial,
contato de olho com plateia, etc.) sequência 2
orientações de estudo
 EM13LP26  • D06 – Identificar o tema de um texto.
Relacionar textos e documentos legais e normativos de âmbito universal, • D09 – Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto. sequência 3
nacional, local ou escolar, que envolvam a definição de direitos e deveres – • D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. orientações de estudo

em especial, os voltados a adolescentes e jovens – aos seus contextos de • D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
produção, identificando ou inferindo possíveis motivações e finalidades, • Reconhecer o contexto de produção e circulação dos gêneros do campo de atuação na vida pública.
como forma de ampliar a compreensão desses direitos e deveres. • Relacionar o tema do texto, sua estrutura e escolhas linguísticas às condições de produção, recepção e circulação do anexos do professor
texto. avaliação inicial
língua portuguesa
 EM13LP27  • D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
• D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou tema. propostas de intervenção na
Engajar-se na busca de solução para problemas que envolvam a forma de orientação de estudos
coletividade, denunciando o desrespeito a direitos, organizando e/ou • D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema,
participando de discussões, campanhas e debates, produzindo textos em função das condições em que foi produzido e daquelas em que será recebido. protocolo para
avaliação formativa
reivindicatórios, normativos, entre outras possibilidades, como forma • Analisar problemas que envolvem a coletividade e propor soluções.
de fomentar os princípios democráticos e uma atuação pautada pela análise das habilidades
ética da responsabilidade, pelo consumo consciente e pela consciência descritores
socioambiental.
sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 101
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Atividade 1 zz Texto: Linhas tortas (videoclipe disponível no link: https:// como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem
“Linhas tortas” www.youtube.com/watch?v=24QmQfPCsgQ ). Aces- como conhecimentos das linguagens artística, matemática e caixa de ferramenta
so em 20 de outubro de 2021. científica, para se expressar e partilhar informações, experiên- do professor
Habilidade: (EM13LP13)
cias, ideias e sentimentos em diferentes contextos, além de
Competências socioemocionais: comunicação e colaboração abertura das sequências
Expectativas de aprendizagem produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo”.
O objetivo desta atividade é problematizar a questão da sequência 1
zz Planejar o texto, fazendo uso de esquemas e tabelas.
orientações de estudo
produção escrita para além das redações escolarizadas.
zz Produzir o texto, levando em conta suas condições de
Para isso, propõe-se, inicialmente, que os estudantes ouçam Momento 1
produção e gerenciar escolhas para produzir os efeitos de (Sensibilização - 1 aula) sequência 2
uma música e reconheçam a importância da escrita na vida
sentido pretendidos. orientações de estudo
do cantor. Por meio dessa discussão, propõe-se que os es- zz Professor, a prática de produção textual escrita é, muitas
Revisar o texto, considerando os critérios elencados. vezes, desafiadora para os estudantes. Nesse sentido, é
zz
tudantes reflitam sobre seu próprio processo de escrita e o sequência 3
zz Avaliar a produção escrita. relacione com os versos da canção. Além disso, com o intui- importante ressignificar com eles aquilo que se entende orientações de estudo

to de engajar os estudantes na produção, propõe-se que o por produção escrita, fazendo-os, ao final da sequência
zz D06 – Identificar o tema de um texto.
tema da proposta seja vinculado ao repertório artístico e cul- didática, reconhecer que a escrita vai além das redações
zz Identificar marcas de opinião.
tural dos estudantes. Nesse sentido, será feita a produção de escolarizadas e que essa prática está presente no cotidia- anexos do professor
zz D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. no das pessoas.
um parágrafo argumentativo de uma indicação artística para avaliação inicial
zz D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes a construção de um mural coletivo que poderá ser apreciado zz Antes de iniciar as etapas dessa aula, organize o tempo de língua portuguesa
no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc. por todos. Ao final das aulas, os estudantes refletirão sobre cada proposta de acordo com o perfil da turma. Isso sig- propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
zz Reconhecer o efeito de sentido provocado pelas escolhas o papel da escrita no seu cotidiano, retomarão habilidades nifica, por exemplo, que você deve observar se eles costu-
lexicais do autor. para analisar produções artísticas passando pela produção mam se envolver nas propostas, se as executam rapida- protocolo para
de um texto de forma processual (considerando as etapas mente ou se precisam ser motivados a produzir. avaliação formativa
zz Analisar textos artísticos de maneira crítica.
de planejamento, textualização, revisão, reescrita e edição).
zz Assim, ao iniciar esse momento de sensibilização, sugere- análise das habilidades
Tempo previsto: 5 (cinco) aulas
Nesse sentido, a atividade amplia a capacidade de comuni- -se que você problematize a questão da escrita apresen- descritores
Materiais sugeridos:
cação (por meio da expressão oral e escrita) e da colaboração tando o clipe da música “Linhas tortas” de Gabriel o Pen- sugestões de práticas
zz quadro e/ou projetor, cópias dos anexos indicados (plane- (na revisão em pares), dialogando com a Competência Geral sador. Na música, o rapper conta sua história e relação
jamento de texto, tabela de revisão textual e questões do 4 da BNCC (2018), a qual prevê que o estudante seja capaz de com a escrita. Tal relação, segundo o músico, começou
Enem). “Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, “na aula de Português”.
fortalecimento da aprendizagem 102
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Ao finalizar a música, procure analisar os versos sobre o escrevo?”. Nesse sentido, estabeleça um tempo para que
às que vivem de barriga no chão
modo como o músico declara seu amor pela escrita. Su- eles reflitam sobre as situações em que eles escrevem, caixa de ferramenta
tipo água pedra sapo.
gere-se que você promova uma roda de conversa sobre a como textos e vídeos para as redes sociais, listas de do professor
Entendo bem o sotaque das águas
forma como o texto evoca o poder das palavras e de como compras, entre outras possibilidades. Se possível, liste
abertura das sequências
Dou respeito às coisas desimportantes
a palavra tem o poder de “deixar as pessoas mais fortes”. as respostas no quadro.
e aos seres desimportantes. sequência 1
zz Por isso, algumas perguntas sobre a música podem aju- zz Por fim, procure sintetizar a discussão de modo que os Prezo insetos mais que aviões. orientações de estudo
dar nessa discussão. Algumas possibilidades são: estudantes reflitam sobre o fato de que a escrita vai além Prezo a velocidade
das redações da escola e que ela desempenha inúmeras sequência 2
�  Por que o título da música é Linhas Tortas? das tartarugas mais que a dos mísseis.
funções no nosso cotidiano. orientações de estudo
�  Como começou o interesse do rapper pela escrita? Tenho em mim um atraso de nascença.
�  Qual é o orgulho do cantor em escrever suas músicas? zz Apresente, então, a questão e peça para que a resol- Eu fui aparelhado sequência 3
�  Qual é a verdadeira riqueza, segundo o músico? vam para a próxima aula, orientando-os a analisarem para gostar de passarinhos. orientações de estudo
um poema e falarem sobre o eu-lírico no seu processo Tenho abundância de ser feliz por isso.
zz De maneira geral, as perguntas mostram como o rapper de escrita. Meu quintal é maior do que o mundo.
se interessou pela escrita que o permitia escrever histórias Sou um apanhador de desperdícios: anexos do professor
e como ele desenvolveu habilidades para escrever. Além   # borasepreparar ?! Amo os restos
avaliação inicial
disso, o músico enfatiza que a verdadeira riqueza é repar- como as boas moscas. língua portuguesa
tir seus versos com as pessoas. É interessante, ainda, co- A questão abaixo estabelece uma relação temática com Queria que a minha voz tivesse um formato propostas de intervenção na
mentar a referência do título ao ditado popular “Deus es- a produção escrita e o uso artístico da linguagem. Por isso, de canto. forma de orientação de estudos

creve certo por linhas tortas” e explicar que, às vezes, não proponha que os estudantes respondam à seguinte questão Porque eu não sou da informática:
protocolo para
entendemos o propósito de uma determinada situação. do Enem (2009). eu sou da invencionática. avaliação formativa
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
zz Além disso, pergunte aos estudantes o que têm a dizer
1. (Enem, 2009) O apanhador de desperdícios análise das habilidades
sobre sua própria produção escrita, pois muitos não con- BARROS, Manoel de. O apanhador de desperdícios.
descritores
Uso a palavra para compor meus silêncios. In. PINTO, Manuel da Costa. Antologia comentada da poesia
sideram suas produções (seja em redes sociais ou con- brasileira do século 21. São Paulo: Publifolha, 2006. p. 73-74.
Não gosto das palavras sugestões de práticas
textos mais informais) como algo autêntico e válido.
fatigadas de informar. Considerando o papel da arte poética e a leitura do
zz Em seguida, proponha aos estudantes refletir sobre a
Dou mais respeito poema de Manoel de Barros, afirma-se que
escrita. Escreva no quadro “Sobre o que ou para que eu
fortalecimento da aprendizagem 103
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
eu-lírico apresenta a preferência pela arte, como em “Que- zz Agrupe os estudantes de acordo com os objetos escolhi-
a. informática e invencionática são ações que, para
ria que a minha voz tivesse um formato /de canto./Porque dos (um grupo com “música”, um grupo com “filmes/sé- caixa de ferramenta
o poeta, correlacionam-se: ambas têm o mesmo
eu não sou da informática:/eu sou da invencionática”. ries”, um com “jogos de videogame” ou outras possibilida- do professor
valor na sua poesia.
zz Além disso, no momento da correção, procure relacionar des que possam surgir). abertura das sequências
b. arte é criação e, como tal, consegue dar voz às
diversas maneiras que o homem encontra para
o poema de Manoel de Barros ao texto de Gabriel o Pen- zz Distribua cópias da ficha de planejamento de texto pro- sequência 1
sador, para que os estudantes observem como ambos posta abaixo e deixe que eles organizem suas ideias. Essa orientações de estudo
dar sentido à própria vida. 
tratam da questão da produção escrita e seu posiciona- ficha pode ser simplesmente colocada no quadro e copia-
c. a capacidade do ser humano de criar está con-
mento a respeito disso. sequência 2
dicionada aos processos de modernização tec- da pelos estudantes.
orientações de estudo
nológicos.
Nome/Título do produto cultural: sequência 3
d. a invenção poética, para dar sentido ao desper- Momento 2
orientações de estudo
dício, precisou se render às inovações da infor- (Desenvolvimento- 3 aulas) O que é? Faça uma apresentação

mática. com informações da ficha técnica.

e. as palavras no cotidiano estão desgastadas, por Aula 1 do momento 2: Planejamento do texto Breve descrição do produto (sem
anexos do professor
zz Ao finalizar o momento de correção da questão do Enem, dar muitos spoilers)
isso à poesia resta o silêncio da não comunica-
proposta na aula anterior, comente com a turma que o Minha opinião: avaliação inicial
bilidade.
língua portuguesa
objetivo da aula é montar um mural de indicação artísti- Justificativas da minha opinião (por
propostas de intervenção na
ca e literária. que é “legal”, “interessante”)?:
zz Na socialização das respostas e reflexões dos jovens, co- forma de orientação de estudos

mente que o texto de Manoel de Barros também trata da zz Nesse momento, resgate com os estudantes a questão
protocolo para
escrita e do uso artístico das palavras. Por isso, sugere-se do que é arte e suas diferentes formas, apresentada na zz Caso os estudantes não tenham todas as informações da avaliação formativa
que você chame a atenção para os versos “Não gosto das sequência anterior em formato de diagrama. ficha técnica, você pode pedir que eles pesquisem esses
dados para a aula seguinte ou permitir um tempo, se pos- análise das habilidades
palavras/fatigadas de informar”, em que o eu-lírico apre-
zz Em seguida, proponha que escolham um objeto cultural descritores
senta sua preferência por um certo tipo de escrita. sível, durante a aula para a pesquisa.
que desejam indicar para os amigos (pode ser uma mú-
sugestões de práticas
zz Sugere-se, ainda, que os estudantes grifem trechos que sica, um filme, uma série, um jogo). Ao fazer isso, os es- zz Observe ainda que, no planejamento da produção, o estu-
ajudem a responder à questão, como o verso mencionado tudantes estão utilizando suas habilidades de leitura para dante mobiliza conhecimentos prévios e precisa identifi-
anteriormente ou nos versos em que, metaforicamente, o analisar textos artísticos de maneira crítica. car o tema de seu texto, distinguir um fato de uma opinião
fortalecimento da aprendizagem 104
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
relativa a esse fato, desenvolvendo, portanto, as expectati-   # borasepreparar ?!
A incorporação de um trecho da obra para flau-
vas ligadas aos descritores D06 e D14. caixa de ferramenta
ta solo de Johann Sebastian Bach na música de
do professor
zz Estabeleça um tempo para a discussão e comente que as Como forma de articular a atividade de análise de pro-
MC Fioti demonstra a
fichas deverão ser finalizadas até o final da aula para que, dutos culturais, proponha a seguinte questão do Enem, que abertura das sequências
a. influência permanente da cultura eurocêntrica
na aula seguinte, vocês possam discutir sobre os textos e dialoga com possibilidades de análise de uma música con-
nas produções musicais brasileiras.
sequência 1
pensar em como desenvolver as justificativas. temporânea e o diálogo com outro estilo musical. orientações de estudo
b. homenagem aos referenciais estéticos que de-
� Comente que as produções finais serão parágrafos sim- ram origem às produções da música popular. sequência 2
ples para serem colocados no mural que será construído 1. (Enem, 2020) Leandro Aparecido Ferreira, o MC
c. necessidade de divulgar a música de concerto orientações de estudo
a partir das fichas. Além disso, observe que a indicação Fioti, compôs em 2017 a música Bum bum tam tam,
nos meios populares, nas periferias das grandes
da atividade já apresenta uma primeira etapa da escrita que gerou, em nove meses, 480 milhões de visuali- sequência 3
cidades.
processual sugerida na habilidade (EM13LP13), a qual en- zações no YouTube. É o funk brasileiro mais ouvido orientações de estudo
d. utilização desintencional de uma música exces-
volve o planejamento. na história do site.
sivamente distante da realidade cultural dos jo-
A partir de uma gravação da flauta que achou na vens brasileiros.
  atenção para a avaliação ! internet, MC Fioti fez tudo sozinho: compôs, cantou
anexos do professor
e. inter-relação de elementos culturais vindos de
e produziu em uma noite só. “Comecei a pesqui- avaliação inicial
Nesse momento, se possível, circule por entre os grupos e realidades distintas na construção de uma nova língua portuguesa
observe quais estudantes conseguem, de fato, justificar sua sar alguns tipos de flauta, coisas antigas. E nisso
proposta musical. 
opinião. Em caso de aulas remotas, síncronas, acompanhe a propostas de intervenção na
eu achei a ‘flautinha do Sebastian Bach’”, conta. A forma de orientação de estudos
discussão nas salas temáticas. Nesse sentido, muitos podem descoberta foi por acaso: Fioti não sabia quem era Os termos em amarelo podem ser grifados, na
usar adjetivos para falar sobre o produto cultural escolhido, hora da correção, para ajudar os estudantes a protocolo para
o músico alemão e não sabia tocar o instrumento.
como “interessante”, “legal”, entre outros, mas não conseguem desenvolverem estratégias de leitura de questões de avaliação formativa
analisar esse produto para desenvolver argumentos. A A “flauta envolvente” da música é um trecho da Par- múltipla escolha.
avaliação, nesse momento, se dá por meio dessa observação análise das habilidades
tita em Lá menor, escrita pelo alemão Johann Se-
e pode ajudar a nortear as estratégias para a próxima aula. descritores
bastian Bach por volta de 1723.
Observe também a colaboração entre os componentes Aula 2 do momento 2: discussão coletiva sugestões de práticas
Disponível em: https://gl.globo.com .
de cada grupo e a forma como se comunicam, tanto no zz Inicie a aula fazendo a correção coletiva do exercício pro-
Acesso em: 6 jun. 2018 (adaptado).
uso da linguagem propriamente dita, como em relação ao posto anteriormente. A discussão da proposta musical que
respeito pelo tempo e opinião dos colegas.
fortalecimento da aprendizagem 105
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
une música clássica ao funk pode auxiliar na discussão
Produto cultural Aspectos que podem ser analisados para Grafite Contexto de produção (em que
� 
de que o repertório cultural amplia nossa possibilidade de escolhido justificar opinião contexto foi produzido esse texto?) caixa de ferramenta
acesso à cultura. Por exemplo, ao ouvir o funk proposto Autoria (como os grafites do Kobra, do professor
Música/Cantor �  Tema � 

na questão do Enem, é possível reconhecer a relação com Ritmo/Melodia por exemplo)


�  abertura das sequências
uma música clássica produzida no início do século XVIII, Timbre da voz Cores
� 
� 
sequência 1
na Alemanha. �  Contexto de produção (em que Tema
� 
orientações de estudo
contexto foi produzida essa música?) Espaço de circulação
zz Nesse sentido, faça a leitura do texto e comente que ele � 

apresenta um modelo do parágrafo que será produzido Textos literários �  Tema sequência 2
�  Enredo (em textos narrativos) zz As possibilidades mostradas na tabela não visam restrin- orientações de estudo
pelos estudantes nas aulas seguintes. Explore com eles o
�  Construção das personagens (eles gir as possibilidades levantadas pelos estudantes, mas
fato de o texto ter sido publicado em um portal de notícias,
fazem o leitor se identificar com suas podem ampliar o olhar para análise de produtos culturais sequência 3
para que observem a função desse texto, seu suporte, en-
questões, por exemplo). que os interessem. orientações de estudo
tre outras questões que envolvem as condições de produ-
�  Estilo do autor (maneira como ele
ção, recepção e circulação. escolhe as palavras, por exemplo) zz Finalizado esse momento, procure estabelecer um tempo

�  Contexto de produção (em que para que os estudantes retomem as fichas preenchidas
zz Durante a correção, procure desenvolver também estraté- anexos do professor
contexto foi produzido esse texto?) na aula anterior e as complementem com informações
gias de leitura de questões de múltipla escolha. Por exem- avaliação inicial
Filmes/Séries �  Tema que julguem pertinentes.
plo, nos item A e D, os termos “permanente” e “desinten- língua portuguesa
�  Enredo
cional” invalidam a alternativa. propostas de intervenção na
�  Trilha sonora Aulas 3 e 4 do momento 2 : textualização e revisão forma de orientação de estudos
zz Apresente, então, uma tabela dos produtos culturais esco- �  Atores (estilo da atuação) em pares
lhidos e pergunte sobre quais os elementos dessas obras Figurino protocolo para
�  zz Comente com os estudantes que é chegado o momento
avaliação formativa
podem ser analisados para justificar a opinião dos estu- �  Fotografia (imagens, paisagens) de transformar as fichas produzidas na aula anterior em
dantes. Jogos de �  Narrativa (os desafios propostos, os pequenos parágrafos de indicação artística para o mural análise das habilidades
videogame objetivos do jogo) da sala. O objetivo é proporcionar um momento de escrita descritores
zz Sugere-se, assim, que essa tabela seja projetada ou escri-
ta no quadro para que os estudantes tenham como aces- �  Aspectos estéticos (som, gráficos, sobre um tema que faça sentido para a turma. sugestões de práticas
sar seu conteúdo para revisar suas fichas. Um sugestão, construção das imagens)
zz Por essa razão, considerando o contexto, o parágrafo pode
com possíveis respostas, podem ser encontradas na ta- �  Mecânica (os comandos usados para auxiliar na construção de um texto argumentativo, sem a
determinar ações)
bela abaixo: necessidade de produção de um gênero mais complexo
fortalecimento da aprendizagem 106
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
como a resenha crítica que poderia, nesse caso, afastar o
Coesivos � As ideias estão ligadas por conectivos Apresenta uma descrição do
estudante da proposta e desestimulá-lo. (palavras que dão ideia de adição, produto? caixa de ferramenta
oposição, explicação e conclusão)? do professor
zz Feitas as considerações, retome o texto base da questão Apresenta a opinião do autor?
do Enem proposta anteriormente para que ele sirva de Notacionais � As palavras estão grafadas de acordo abertura das sequências
com a norma-padrão? Apresenta uma justificativa da
modelo para essa produção. Peça, então, que os estudan- opinião (argumentos)?
sequência 1
tes redijam seus parágrafos argumentativos de recomen- zz Como forma de ajudá-los a conectar ideias, distribua có- orientações de estudo
As ideias estão ligadas por
dação e considerem os seguintes elementos (relativos às pias de uma tabela de conectivos. Uma possibilidade de conectivos (palavras que dão sequência 2
condições de produção, recepção e circulação) na hora tabela pode ser encontrada no link: https://escreverepra- ideia de adição, oposição,
orientações de estudo
de produzir o texto. ticar.com.br/tabela-conectivos/ . Acesso em 18 de explicação e conclusão)?

novembro de 2021. Salienta-se, contudo, que não se trata Outras sugestões: sequência 3
O que eu vou
Um parágrafo argumentativo de propor que os estudantes analisem os conectivos, mas orientações de estudo
escrever?

Para quê? Para indicar um produto cultural


utilizem a tabela como fonte de consulta.
  para se aprofundar
zz Ao refletir sobre o uso de conectivos na produção, o es-
Para quem? Para os meus colegas anexos do professor
tudante desenvolve a expectativa ligada ao descritor D15 Revisar ou corrigir?
Onde esse texto avaliação inicial
No mural coletivo da sala que prevê que o estudante seja capaz de estabelecer rela-
vai circular? As atividades de revisão, sejam elas em pares, coletivas ou
língua portuguesa
ções lógico-discursivas no texto. individuais, propõem momentos em que o estudante volta
ao texto (o próprio ou de um colega) e repensa a produção propostas de intervenção na
zz Além dos aspectos citados, apresente a tabela de critérios zz Quando os estudantes finalizarem a produção da primeira forma de orientação de estudos
a partir de alguns critérios.
que servirá de norteadora para a produção: versão, proponha o momento da revisão textual (em pa- protocolo para
res). Para isso, distribua cópias da tabela de critérios de Sobre esse aspecto, sugere-se a leitura do texto: avaliação formativa
Critérios Detalhamento do critério “Como devolver ao texto o que é do texto”, disponível
observação baseada nos critérios apresentados anterior-
Discursivos É um parágrafo de recomendação de
�  em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/ análise das habilidades
mente e divida os estudantes em duplas.
um produto cultural? File/deb_nre/formacao_portugues/como_devolver_ descritores
ao_texto_o_que_e_do_texto.pdf . Acesso em 10 de
Apresenta uma descrição?
�  Onde está Sugestão de sugestões de práticas
Critério outubro de 2021.
Apresenta a opinião do autor?
� 
no texto? melhorias

Apresenta uma justificativa da opinião


�  É um parágrafo de recomendação zz Conduza a atividade para que eles atuem como leitores
(argumentos)? de um produto cultural?
críticos das produções, de forma respeitosa e colaborati-
fortalecimento da aprendizagem 107
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
va, explicando a importância da consideração com o tex-
Momento 3 Atividade 2
to do outro. (Síntese- 1 aula) Argumentar é difícil? caixa de ferramenta
do professor
zz Estabeleça um tempo da aula para que os estudantes zz Como forma de finalizar a proposta, solicite aos estudan- Habilidades: (EM13LP12); (EM13LP14); (EM13LP26);
executem a proposta e abra para a discussão dos crité- tes que escrevam suas versões finais a partir dos critérios (EM13LP27) abertura das sequências
rios, sobretudo naqueles em que eles sentirem mais difi- revisados coletivamente.
Expectativas de aprendizagem sequência 1
culdade. Nesse momento, peça que deem exemplos dos orientações de estudo
zz Retome o percurso dessa atividade com os jovens, evi-
tipos de conectivos sequenciais que foram encontrados zz Selecionar informações, dados e argumentos em fontes
denciando que, a partir da análise da música do Gabriel
na produção e liste-os no quadro. confiáveis, impressas e digitais e utilizá-los de forma refe- sequência 2
o Pensador e da proposta de produção do mural coleti-
renciada. orientações de estudo
zz Uma sugestão de como essa tabela pode ser construída vo, foram feitas atividades para desenvolver um parágrafo
zz Sustentar as posições defendidas.
pode ser encontrada no exemplo abaixo: que passou pelo seguinte percurso: planejamento, textua- sequência 3
lização, revisão e reescrita. zz Pesquisar e planejar argumentos para um debate. orientações de estudo
Tipos de conectivos que Exemplos encontrados nos
dão ideia de... textos: zz Antes da publicação da versão final, sugere-se que você zz Reconhecer as condições de produção, recepção e circu-
observe se há necessidade de edição no texto, sobretudo lação do debate.
adição além disso, também
anexos do professor
no que se refere a questões notacionais (como ortografia zz Argumentar, utilizando dados e fontes confiáveis.
oposição embora, mas, no entanto,
e concordância). avaliação inicial
porém zz Posicionar-se de maneira clara e inteligível. língua portuguesa
explicação por exemplo, dessa forma,
Para a construção do mural colaborativo zz Utilizar a norma padrão para se posicionar. propostas de intervenção na
ou seja forma de orientação de estudos
Sugere-se que esse mural seja colocado em um espaço zz D01 – Localizar informações explícitas em um texto.
conclusão portanto, assim, logo
de circulação, para que os estudantes possam entrar em protocolo para
zz D06 – Identificar o tema de um texto. avaliação formativa
zz Salienta-se que o objetivo é trazer à consciência do estu- contato com as produções uns dos outros.
zz D07 – Identificar a tese de um texto.
dante a questão da coesão (sobretudo no que se refere à Outra possibilidade, caso seja possível, é fazer uso de análise das habilidades
coesão sequencial). Por essa razão, não se propõe que zz D08 – Estabelecer relação entre a tese e os argumentos descritores
ferramentas digitais, como o Padlet. Um tutorial para
seja apresentada uma tabela com inúmeros conectivos, essa produção está disponível em: https://www.youtube. oferecidos para sustentá-la.
sugestões de práticas
mas que eles sejam problematizados a partir das produ- com/watch?v=tfAXW8pW2vc . Acesso em 10 de zz D09 – Diferenciar as partes principais das secundárias
outubro de 2021.
ções dos estudantes. em um texto.
fortalecimento da aprendizagem 108
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gê- da lei de cotas raciais. Em seguida, propõe-se a leitura coletiva
zz
Momento 1
neros. de uma lei, para ampliar o repertório dos estudantes a respeito caixa de ferramenta
(Sensibilização - 1 aula)
da função social e estrutura desse texto. Além disso, propõe-se do professor
zz D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o
locutor e o interlocutor de um texto. que os estudantes, a partir de pesquisas, categorizem alguns zz Professor/a, o foco desta atividade é problematizar abertura das sequências
tipos de argumentos para, ao final, participarem de um debate com o estudante o tema das cotas raciais e, ao mesmo
zz Reconhecer o contexto de produção e circulação dos gê- sequência 1
regrado. Dessa forma, a atividade dialoga com a Competência tempo, promover o desenvolvimento de habilidades de
neros do campo de atuação na vida pública. orientações de estudo
Geral 7 da BNCC(2018), pois propõe que o estudante seja ca- leitura de textos normativos e legais e engajá-los nas
zz D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. paz de “Argumentar com base em fatos, dados e informações sequência 2
questões da vida pública por meio da realização de um
zz D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de debate oral. orientações de estudo

opiniões relativas ao mesmo fato ou tema. vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos
humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsá-
zz A escolha do tema se dá porque a questão do racismo sequência 3
Tempo previsto: 5 (cinco) aulas foi explorada na leitura de textos jornalísticos e artísticos
vel em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético orientações de estudo
Materiais sugeridos: cópias dos anexos indicados nessa ati- em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. presentes em atividades das sequências anteriores, am-
vidade, quadro/projetor, computadores ou dispositivos com Por meio de um debate, espera-se que os jovens consigam se pliando o repertório dos estudantes. Além disso, esse de-
acesso à internet. posicionar de maneira embasada, ética e respeitosa, tal qual bate voltou à tona uma vez que a lei que estabelece cotas anexos do professor

proposto na competência mencionada. completará 10 (dez) anos de sua criação e precisará ser avaliação inicial
zz Canção “Cota não é esmola” - disponível em: https://www.
revista em 2022. A escolha de um tópico como esse tam- língua portuguesa
youtube.com/watch?v=QcQIaoHajoM
Possibilidade de ampliação bém pode proporcionar que os jovens desenvolvam habi- propostas de intervenção na
Competências socioemocionais: colaboração, comunica- forma de orientação de estudos
Professor/a, caso ache interessante, a atividade de lidades ligadas à abertura para o novo e a consciência e
ção, persistência, determinação, abertura para o novo e cons-
pesquisa sugerida abaixo pode ser articulada com a iniciativa social. protocolo para
ciência e iniciativa social. questão da curadoria e da análise de fake news. Para isso, avaliação formativa
zz Inicie, portanto, levantando conhecimentos prévios sobre
Esta atividade tem como objetivo ampliar a capacidade sugere-se o uso de alguns materiais tais como:
o que os estudantes sabem sobre as cotas raciais para análise das habilidades
dos estudantes de analisar e produzir textos argumentativos de plataforma Pilares do Futuro disponível em: descritores
o ingresso nas universidades e instituições federais e se
modo que possam perceber a articulação entre essa tipologia https://pilaresdofuturo.org.br/
eles são contra ou a favor das cotas. sugestões de práticas
com o campo de atuação na vida pública. Para isso, propõe-se
Vídeo: Como identificar fake news disponível em:
um momento de sensibilização a partir de uma situação real e zz Se possível, apresente a música de Bia Ferreira “Cota
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/assista/tv/16908-
contemporânea, para que os jovens possam se mobilizar para como-identificar-fake-news não é esmola”. A canção, como o título aponta, defende
pesquisar argumentos contrários e favoráveis à manutenção a política de cotas, refutando o argumento de que cota
fortalecimento da aprendizagem 109
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
é esmola. Caso não seja possível apresentar a músi- 3. Critérios de avaliação
ca, indique-a para os estudantes e apresente um trecho caixa de ferramenta
para iniciar a discussão: “Vai pagar a faculdade, porque Critérios de avaliação do Bom Parcialmente bom Razoável do professor
grupo
preto e pobre não vai pra USP. Foi o que disse a profes-
abertura das sequências
sora que ensinava lá na escola. Que todos são iguais e A seleção dos argumentos Todos os argumentos A maioria dos argumentos Os argumentos fogem do
sequência 1
que cota é esmola” foi cuidadosa e organizada foram selecionados de foi selecionada de acordo tema ao focar no racismo
orientações de estudo
acordo com tema. com tema. e não exemplificar sua
zz Comente com os estudantes que ao longo das aulas,
eles levantarão argumentos contra e a favor da política
relação com as cotas. sequência 2
de cotas raciais para, ao final da atividade, participar de orientações de estudo
Os argumentos foram Todos os argumentos A maioria dos argumentos Os argumentos não foram
um debate regrado. Indique que, em uma atividade como apresentados de forma foram apresentados de foram apresentados de apresentados de maneira
sequência 3
essa, é importante que todos estejam abertos e recepti- lógica e ordenada forma lógica e ordenada. forma lógica e ordenada. ordenada.
orientações de estudo
vos a novas ideias, opiniões e argumentos.
Contra-argumentação no Todos os contra- A maioria dos contra- Muitos contra-argumentos
zz Dessa forma, apresente a proposição do debate bem como debate argumentos são precisos e argumentos são precisos e são frágeis ou incoerentes.
os critérios de avaliação propostos na tabela ao lado. relevantes. relevantes. anexos do professor

avaliação inicial
Uso de dados no momento Cada argumento é apoiado Muitos argumentos estão Poucos argumentos estão
Proposta: debate regrado do debate em dados ou informações apoiados em dados ou apoiados em dados ou
língua portuguesa
1. Tema: revisão da lei sobre as cotas raciais relevantes e confiáveis. informações relevantes e informações relevantes e
propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
2. Um grupo argumenta contra e o outro a favor da manu- confiáveis. confiáveis.
protocolo para
tenção da lei de cotas
Uso da linguagem A linguagem usada foi A linguagem usada foi A linguagem usada não foi avaliação formativa
clara e houve uso dos parcialmente clara e houve clara ou não houve uso dos
análise das habilidades
operadores argumentativos. algum uso dos operadores operadores argumentativos.
descritores
argumentativos.
sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 110
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Ao apresentar os critérios para os estudantes, mostre a zz Além disso, o próprio encaminhamento da atividade (a ma-
https://novaescola.org.br/conteudo/5235/cotas-raciais-
relação dos critérios com o gênero debate, como o uso de neira como estão propostas as questões) estabelece uma caixa de ferramenta
como-abordar-esse-tema-espinhoso-na-aula . Acesso
argumentos e contra-argumentos (e da necessidade de em 10 de outubro de 2021. progressão para a leitura. Textos mais complexos, como do professor
conhecer os dois lados), assim como a questão da lingua- este, são ótimos oportunidades de trabalhar a persistência
abertura das sequências
Para organizar o debate, propõe-se a leitura do artigo:
gem e do uso dos operadores argumentativos. e a determinação dos estudantes, auxiliando-os a não de-
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias- sequência 1
sistir da leitura por meio da mediação das atividades.
zz Sobre o uso desses operadores, sugere-se que você reto- ensino/como-organizar-conduzir-um-debate-formal- orientações de estudo
me a atividade anterior que trata de conectivos e discuta sala-aula.htm . Acesso em 10 de outubro de 2021. zz Em seguida, distribua cópias do arquivo que contempla o
coletivamente quais poderiam ser usados em um debate texto e as atividades a serem feitas. sequência 2
que é, essencialmente, organizado por movimentos argu- orientações de estudo

mentativos de argumentação e contra-argumentação. Momento 2 sequência 3


zz Nesse sentido, liste na lousa algumas expressões que po-
(Desenvolvimento - 3 aulas)
orientações de estudo
dem ser utilizadas por eles no momento do debate, tais
Aula 1 do momento 2:
como “Na minha opinião”, “Por um lado..”, “Embora”, “É pre-
análise do texto legal em grupos
ciso considerar que…” anexos do professor
Presidência da República
zz Para iniciar a aula, divida a turma em grupos de trabalho e
zz Finalize a aula dividindo a turma em dois grandes gru- Casa Civil avaliação inicial
diga-lhes que inicialmente, eles farão a leitura do texto da
pos: um contra e o outro a favor. Caso a turma seja mui- Subchefia para Assuntos Jurídicos língua portuguesa
lei 12.711/2012, que dispõe sobre a política de cotas para
to grande, faça quatro grupos (dois contra e dois a favor), propostas de intervenção na
LEI Nº 12.711, DE 29 DE AGOSTO DE 2012.
a universidade. Sugira que eles tomem notas das princi- forma de orientação de estudos
para que todos tenham a oportunidade de se expressar
pais informações sobre o texto de acordo com as ques- Mensagem de veto
e argumentar. protocolo para
tões propostas. Regulamento avaliação formativa
  para se aprofundar zz Por se tratar de um texto normativo, com um vocabulário Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas insti- análise das habilidades
difícil, comente com os estudantes que as questões ser- tuições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras descritores
Cotas raciais e debate providências.
virão para que tomem notas e esclareçam dúvidas. Sobre
sugestões de práticas
Para aprofundar a questão e ampliar o repertório sobre o essa questão, sugere-se que você faça um glossário na
tema, sugere-se a leitura do artigo “Cotas raciais: como A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o
lousa, para que os jovens anotem os termos e suas res-
abordar esse tema espinhoso na aula?”, disponível em: Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
pectivas definições.
continua
fortalecimento da aprendizagem 111
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Art. 1º As instituições federais de educação superior Art. 4º As instituições federais de ensino técnico de ní- Presidência da República, serão responsáveis pelo acom-
caixa de ferramenta
vinculadas ao Ministério da Educação reservarão, em vel médio reservarão, em cada concurso seletivo para in- panhamento e avaliação do programa de que trata esta
do professor
cada concurso seletivo para ingresso nos cursos de gra- gresso em cada curso, por turno, no mínimo 50% (cinquen- Lei, ouvida a Fundação Nacional do Índio (Funai).
duação, por curso e turno, no mínimo 50% (cinquenta por ta por cento) de suas vagas para estudantes que cursaram abertura das sequências
Art. 7º No prazo de dez anos a contar da data de pu-
cento) de suas vagas para estudantes que tenham cursa- integralmente o ensino fundamental em escolas públicas.
blicação desta Lei, será promovida a revisão do progra- sequência 1
do integralmente o ensino médio em escolas públicas. orientações de estudo
Parágrafo único. No preenchimento das vagas de ma especial para o acesso às instituições de educação
Parágrafo único. No preenchimento das vagas de que trata o caput deste artigo, 50% (cinquenta por cento) superior de estudantes pretos, pardos e indígenas e de
pessoas com deficiência, bem como daqueles que te-
sequência 2
que trata o caput deste artigo, 50% (cinquenta por cento) deverão ser reservados aos estudantes oriundos de fa-
orientações de estudo
deverão ser reservados aos estudantes oriundos de fa- mílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo nham cursado integralmente o ensino médio em esco-
mílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo (um salário-mínimo e meio) per capita . las públicas. (Redação dada pela Lei nº 13.409, de 2016)
sequência 3
(um salário-mínimo e meio) per capita .
Art. 5º Em cada instituição federal de ensino técnico Art. 8º As instituições de que trata o art. 1º desta Lei orientações de estudo

Art. 2º (VETADO) de nível médio, as vagas de que trata o art. 4º desta Lei deverão implementar, no mínimo, 25% (vinte e cinco
serão preenchidas, por curso e turno, por autodeclara- por cento) da reserva de vagas prevista nesta Lei, a cada
Art. 3º Em cada instituição federal de ensino superior,
dos pretos, pardos e indígenas e por pessoas com defici- ano, e terão o prazo máximo de 4 (quatro) anos, a partir anexos do professor
as vagas de que trata o art. 1º desta Lei serão preenchidas,
ência, nos termos da legislação, em proporção ao total de da data de sua publicação, para o cumprimento integral
por curso e turno, por autodeclarados pretos, pardos e in- avaliação inicial
vagas no mínimo igual à proporção respectiva de pretos, do disposto nesta Lei.
dígenas e por pessoas com deficiência, nos termos da le- língua portuguesa
pardos, indígenas e pessoas com deficiência na popula-
gislação, em proporção ao total de vagas no mínimo igual à Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publi- propostas de intervenção na
ção da unidade da Federação onde está instalada a insti-
proporção respectiva de pretos, pardos, indígenas e pesso- cação. forma de orientação de estudos
tuição, segundo o último censo do IBGE. (Redação dada
as com deficiência na população da unidade da Federação
pela Lei nº 13.409, de 2016) Brasília, 29 de agosto de 2012; 191º da Independên- protocolo para
onde está instalada a instituição, segundo o último censo
cia e 124º da República. avaliação formativa
da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Parágrafo único. No caso de não preenchimento das
- IBGE. (Redação dada pela Lei nº 13.409, de 2016) vagas segundo os critérios estabelecidos no caput deste DILMA ROUSSEFF análise das habilidades
artigo, aquelas remanescentes deverão ser preenchidas Aloizio Mercadante Luiza Helena de Bairros descritores
Parágrafo único. No caso de não preenchimento das
por estudantes que tenham cursado integralmente o en- Miriam Belchior Gilberto Carvalho
vagas segundo os critérios estabelecidos no caput deste sugestões de práticas
sino fundamental em escola pública. Luís Inácio Lucena Adams
artigo, aquelas remanescentes deverão ser completadas
por estudantes que tenham cursado integralmente o en- Art. 6º O Ministério da Educação e a Secretaria Es- Glossário:
sino médio em escolas públicas. pecial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da caput – parte superior, cabeça do artigo ou capítulo
fortalecimento da aprendizagem 112
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Questões para análise do texto:
Seção do texto Conteúdo do artigo h. Art. 8º VIII Apresenta a data em que entra em
1. Observe o brasão federal e as informações no início do vigor a lei. caixa de ferramenta
a. Art. 1º I Artigo vetado (não foi aprovado). do professor
texto. Essas informações permitem observar que esse
i. Art. 9º IX Dispõe que 50% das vagas das
lei é: b. Art. 2º II Determina que a proporção de pretos, abertura das sequências
universidades e instituições federais
a. federal, ou seja, válida para todo território brasileiro. 
pardos e indígenas e de pessoas
devem ser destinadas a estudantes sequência 1
com deficiência na instituição deve orientações de estudo
de escolas públicas.
b. estadual, ou seja, vale para um estado específico. estar de acordo com a população do
c. municipal, ou seja, específica para um município. estado onde está o instituto de nível Gabarito:
sequência 2
técnico do Ensino Médio. a) IX; d) VI; g) V; orientações de estudo
2. Identifique o número da lei e quando ela foi sancionada.
b) I; e) II; h) VII,
Espera-se que o estudante reconheça a informação: LEI c. Art. 3º III Apresenta os responsáveis pelo sequência 3
c) IV; f) III; i) VIII
Nº 12.711, DE 29 DE AGOSTO DE 2012. acompanhamento e avaliação do orientações de estudo
programa.
6. Como você já deve ter percebido, a lei apresenta nove
3. No canto esquerdo, logo abaixo da data, encontra-se a emen-
d. Art. 4º IV Determina que a proporção de pretos, artigos. Alguns desses artigos apresentam parágrafos
ta, ou seja, a descrição da lei. Qual é o conteúdo do texto?
pardos e indígenas e de pessoas com que explicam ou apresentam informações extras sobre anexos do professor
Solicite que os estudantes reconheçam o trecho “Dispõe
deficiência na instituição de acordo eles. Leia com atenção esse parágrafo: avaliação inicial
sobre o ingresso nas universidades federais e nas
com a população do estado onde língua portuguesa
instituições federais de ensino técnico de nível médio e Parágrafo único. No preenchimento das vagas de que
dá outras providências”. está a universidade ou instituto. propostas de intervenção na
trata o caput deste artigo, 50% (cinquenta por cento) de- forma de orientação de estudos
e. Art. 5º V Estabelece o prazo de revisão de 10 verão ser reservados aos estudantes oriundos de famílias
4. Leia o preâmbulo da lei: “A PRESIDENTA DA REPÚBLI- protocolo para
anos para a lei. com renda igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo (um sa-
CA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu avaliação formativa
lário-mínimo e meio) per capita.
sanciono a seguinte Lei”. A função desse trecho é f. Art. 6º VI Dispõe que 50% das vagas dos
análise das habilidades
institutos de nível técnico do Ensino Qual informação esse parágrafo acrescenta com rela-
a. apresentar o conteúdo da lei. descritores
Médio devem ser destinadas a ção ao anterior?
b. evidenciar que a lei foi sancionada pela presidenta.  estudantes de escolas públicas. sugestões de práticas
Gabarito: o parágrafo explica que 50% dos estudantes
c. mostrar o objetivo da lei.
g. Art. 7º VII Estabelece o prazo para implementar (dentro do total de cotistas) deverão ser enquadrados
5. Leia os artigos com atenção e relacione as colunas da no critério renda per capita (ou seja, renda por pessoa da
a lei (em até 4 anos).
esquerda com a direita. família).
fortalecimento da aprendizagem 113
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Promova uma correção coletiva e questione os estudan-
Argumento de Argumento de causa Evidência Dados estatísticos ou pesquisas
tes sobre o modo como eles tomaram decisões, inda- autoridade e consequência caixa de ferramenta
comprovam a tese.
gando qual palavra ou expressão os ajudou a chegar na do professor
resposta. Causa e Nesse tipo de argumento, é preciso
abertura das sequências
consequência que a tese (ser contra ou a favor)
zz Utilize esse momento para discutir com os estudantes Tipos de sequência 1
tenha uma relação direta com aquilo
cada um dos aspectos do texto, tanto os relativos a sua argumentos
que está sendo apresentado e orientações de estudo
função quanto os que se relacionam a sua estrutura, uso exemplificado.
de expressões, entre outras possibilidades. Comente com sequência 2
eles que essa leitura os ajudará a desenvolver habilidades Argumento por Argumento por orientações de estudo

para ler textos legais de modo a possibilitar que possam


exemplificação evidência   para se aprofundar
sequência 3
reconhecer seus direitos enquanto cidadãos.
zz Discuta com os estudantes os modos como podem pes- Textos para pesquisa orientações de estudo

quisar os argumentos, utilizando os tipos de argumento


Aulas 3 e 4 do momento 2 : pesquisa e organização Professor/a, para que você possa auxiliar os estudantes a
dos argumentos como critério. Nesse sentido, divida novamente a turma pesquisar, sugere-se a leitura do artigo: “O lugar do mérito
anexos do professor
em grupos por argumento (independentemente de serem no debate sobre as cotas raciais”, disponível em: https://
zz Após a leitura da lei e discussão sobre o contexto de pro- jornal.usp.br/especial/o-lugar-do-merito-no-debate- avaliação inicial
contra ou a favor). A tabela abaixo mostra uma definição
dução do debate (a revisão da política de cotas), explicite sobre-as-cotas-raciais/ . língua portuguesa
do tipo do argumento, bem como possibilidades para aju-
que as próximas duas aulas serão para elencar e orga- propostas de intervenção na
dar os estudantes, caso seja necessário. forma de orientação de estudos
nizar os argumentos que acontecerão na síntese dessa zz Para auxiliar os estudantes a estruturar seus argumentos,
atividade. proponha que preencham o quadro com seu argumento protocolo para
Tipo de argumento Explicação
Abaixo, um exemplo. avaliação formativa
zz Retome os critérios apresentados na problematização,
Autoridade Uso de pessoas de referência,
sobretudo os que descreviam os argumentos, e comen- análise das habilidades
autoridades, para comprovar aquilo Tipo de argumento
te com a turma que nessa atividade eles serão divididos descritores
que se diz (sociólogos, antropólogos, Fato
em novos grupos para pesquisar por tipos de argumentos
pesquisadores envolvidos na área). sugestões de práticas
para defender (ou não) a manutenção das cotas raciais. Explicação
Exemplificação Exemplos que comprovam a tese Relação do argumento
zz Apresente, então, o diagrama abaixo com alguns dos ti-
(seja ela contra ou a favor). com a tese
pos de argumentos possíveis:
fortalecimento da aprendizagem 114
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Caso os estudantes não tenham acesso à internet para
Sobre o conteúdo atitudinal Atividade 3
selecionar os argumentos, proponha uma pesquisa cole-
�  Posicionar-se ética e respeitosamente. Escrever certo? Certo “pra” quem? caixa de ferramenta
tiva em sites confiáveis. Nesse momento, pode-se propor do professor
�  Ouvir o outro sem interromper. Habilidades: (EM13LP13); (EM13LP27)
a discussão sobre a confiabilidade das fontes de pesquisa
�  Anotar os argumentos que serão rebatidos pelo grupo. abertura das sequências
e onde elas podem ser encontradas. Caso isso não seja Expectativas de aprendizagem
sequência 1
possível, retome a reportagem apresentada na sequência Sobre o conteúdo conceitual
zz Planejar o texto, fazendo uso de esquemas e tabelas. orientações de estudo
didática 1 deste material, que apresenta argumentos so- �  Uso de argumentos utilizando fontes confiáveis.
Produzir o texto, levando em conta suas condições de
bre a importância das cotas raciais. zz
sequência 2
produção e gerenciar escolhas para produzir os efeitos de
orientações de estudo
zz Combine com os estudantes a data do debate, para que zz Procure deixar a sala organizada em dois grupos e inicie a
sentido pretendidos.
todos estejam preparados e organizados. proposta. Em caso de aulas remotas, síncronas, divida o sequência 3
grupo em salas temáticas. zz Revisar o texto, considerando os critérios elencados.
orientações de estudo
Avaliar a produção escrita.
Momento 3
zz

(Síntese - 1 aula)   atenção para a avaliação ! zz D06 – Identificar o tema de um texto.


anexos do professor
zz Antes de iniciar o debate propriamente dito, combine com A avaliação aqui pode contemplar os aspectos zz Identificar marcas de opinião.
avaliação inicial
os estudantes algumas regras para a boa execução da conceituais (utilizando-se as rubricas apresentadas no
zz D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. língua portuguesa
proposta e os critérios de observação e avaliação. Uma início da atividade) e também aspectos atitudinais e
propostas de intervenção na
possibilidade para esse momento pode ser observada no socioemocionais. Sobre este último aspecto, sugere- zz D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes forma de orientação de estudos
se uma autoavaliação, na qual os estudantes devam no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.
quadro abaixo.
responder à seguinte questão: protocolo para
zz Reconhecer o efeito de sentido provocado pelas escolhas avaliação formativa
Sugestão de regras do debate
Como eu avalio minha participação no debate? lexicais do autor. análise das habilidades
Sobre o tempo descritores
Verifique se as orientações para a autoavaliação que zz D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma infor-
�  Tempo para a apresentação do argumento.
se encontram no Protocolo de Avaliação Formativa mação na comparação de textos que tratam do mesmo sugestões de práticas
�  Tempo para a contra-argumentação.
podem auxiliá-lo nos encaminhamentos para promover a tema, em função das condições em que foram produzi-
�  Tempo para perguntas.
autoavaliação dos jovens.
dos e daquelas em que serão recebidos.
fortalecimento da aprendizagem 115
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Reconhecer o fenômeno de variação linguística e o signi- Ao final das aulas, os estudantes produzirão textos argu- zz Note, ainda, que a atividade, embora seja de produção tex-
ficado de preconceito linguístico. mentativos, de maneira processual, desenvolvendo habilida- tual, pressupõe conhecimentos prévios que envolvem a lei- caixa de ferramenta
des de produção escrita e analisarão questões do Enem, que tura. Assim, para que o estudante produza um texto argu- do professor
zz Analisar problemas que envolvem a coletividade e propor
tratam da questão da variação linguística. mentativo, é necessário que ele identifique o tema desse
soluções. abertura das sequências
texto, consiga distinguir um fato e sua opinião sobre esse
Tempo previsto: 6 (seis) aulas Por fim, salienta-se que a atividade permite ampliar o sequência 1
fato, utilize conectivos, estabelecendo relações lógico-dis-
autoconhecimento, uma vez que o estudante se reconhece orientações de estudo
Materiais sugeridos: cópias ou projeção do texto e atividade, cursivas. Por essa razão, os descritores D06, D14 e D15
como um falante legítimo da língua portuguesa, e aumentar
questões do Enem.
sua capacidade de se expressar, seja por meio da escrita ou
estão contemplados nas expectativas de aprendizagem sequência 2
dessa atividade. Essas expectativas também são retoma- orientações de estudo
Competências socioemocionais: colaboração, comunica- oralmente, de acordo com o contexto.
das nos momentos de revisão textual, seja em duplas ou
ção, persistência, determinação, abertura para o novo, cons-
coletivas, uma vez que o estudante torna-se o leitor crítico sequência 3
ciência e iniciativa social.
da produção textual de outrem. orientações de estudo
Momento 1
O objetivo desta atividade é a produção de um texto argu-
(Sensibilização - 1 aula) zz Além disso, sugere-se que essa situação de produção
mentativo a ser publicado em uma rede social. Nesse sentido, seja articulada à noção de variação linguística (sobretudo
zz Professor/a, o objetivo desta atividade é apresentar o con- anexos do professor
pretende-se que o estudante reconheça que a argumentação a situacional ou contextual), na qual se observa a língua
ceito de variação linguística a partir de uma perspectiva
faz parte do universo do jovem e não está presente apenas avaliação inicial
social e analítica. Nesse sentido, muitos estudantes po- como um fenômeno vivo e desvincula-se a noção de que
língua portuguesa
em artigos de opinião (apresentados na primeira sequência existe uma forma “correta” de escrever.
dem se achar incapazes de produzir textos argumentati- propostas de intervenção na
deste material) e textos dissertativos-argumentativos esco-
vos por acreditarem que a argumentação só se constrói forma de orientação de estudos
zz Inicialmente, escreva no quadro os nomes das redes so-
larizados. Além disso, ao propor um contexto de produção
produzindo textos complexos, tais como artigos de opi- ciais em uma espécie de diagrama e pergunte aos estu- protocolo para
mais autêntico, é possível problematizar o uso da língua e
nião ou textos dissertativos-argumentativos, próprios da dantes se eles as utilizam e com qual finalidade. A cada avaliação formativa
desvincular a noção de que existe uma única forma “correta”
esfera escolar. contribuição, você pode acrescentar as ideias-chave.
de se comunicar. Tal escolha também permite resgatar a au- análise das habilidades
toestima do estudante, uma vez que possibilita legitimar cer- zz A atividade propõe que, a partir de uma situação-proble- zz Apresente, então, a questão do Enem para leitura e análise descritores
tos usos que ele faz da língua em contextos informais. Essa ma, os estudantes sejam levados a pensar na produção coletiva. Procure discutir com a turma o impacto que as
sugestões de práticas
legitimação, no entanto, não desconsidera o uso da norma- de um texto que atenda a uma demanda de comunicação redes sociais têm na sociedade e como os estudantes se
-padrão, mas permite que o estudante faça uma análise da e que, por isso, tenha algumas características próprias de articularam para modificar sua realidade a partir da identi-
língua de forma mais contextualizada. acordo com seu contexto de circulação. ficação de um problema.
fortalecimento da aprendizagem 116
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Situação-problema
1. (Enem, 2019) Na semana passada, os alunos do d. trata as redes sociais como modo de agregar
Um estudante de 17 anos, branco, de escola particular, caixa de ferramenta
colégio do meu filho se mobilizaram, através do e empoderar grupos de pessoas que se unem
publicou um vídeo no Tiktok (compartilhado também no Twi- do professor
Twitter, para não comprarem na cantina da escola em prol de causas próprias ou de mudanças
tter, no Instagram e no Facebook) a respeito da sua opinião abertura das sequências
naquele dia, pois acharam o preço do pão de quei- sociais. 
contrária às cotas raciais. No vídeo, ele argumenta que “Meu
jo abusivo. São adolescentes. Quase senhores das sequência 1
e. evidencia que as redes sociais são usadas ina- pai ralou muito para pagar uma escola particular para mim e
novas tecnologias, transitam nas redes sociais, var- orientações de estudo
dequadamente pelos adolescentes, que, imatu- agora não vou conseguir entrar em uma universidade fede-
rem o mundo através dos teclados dos celulares,
ros, não utilizam a ferramenta como forma de ral, porque os cotistas estão pegando todas as vagas”. O ví- sequência 2
iPads e se organizam para fazer um movimento pa-
mudança social. deo teve milhões de visualizações e muitos se manifestaram orientações de estudo
cífico de não comprar lanches por um dia. Foi parar
contra e muitos a favor do posicionamento do jovem.
na TV e em muitas páginas da internet. Comentário: procure mostrar aos estudantes de que sequência 3
forma o texto vê o benefício das redes sociais. Caso seja Você acabou de participar de um debate sobre o tema e
GOMES, A. A revolução silenciosa e o impacto na orientações de estudo
sociedade das redes sociais. Disponível em: <www.hsm. necessário, construa um glossário coletivo. gostaria de se posicionar, junto com seus colegas, a respeito
com.br>. Acesso em 31 jul. 2012.
do assunto, utilizando as redes sociais.
O texto aborda a temática das tecnologias da infor- zz Em seguida, ajude-os a refletir de que forma as redes so- anexos do professor
zz Solicite que os estudantes grifem o enunciado como for-
mação e comunicação, especificamente o uso de ciais citadas podem ajudar a refutar ou endossar essa
ma de desenvolver estratégias de leitura. Dessa forma, rei- avaliação inicial
redes sociais. Muito se debate acerca dos benefí- opinião. Saliente que eles não necessariamente precisam língua portuguesa
tere a recomendação de que não é necessário conhecer
cios e malefícios do uso desses recursos e, nesse estar no mesmo grupo do debate e que poderão usar to- propostas de intervenção na
todas as palavras para responder à questão. forma de orientação de estudos
sentido, o texto dos os argumentos para construir seu texto.
a. aborda a discriminação que as redes sociais so- protocolo para
zz Propõe-se ainda que, nesse momento, você retome com
frem de outros meios de comunicação. Momento 2 eles de que forma as redes sociais são espaços para o
avaliação formativa

b. mostra que as reivindicações feitas nas redes (Desenvolvimento - 4 aulas) desenvolvimento da argumentação. Essa questão foi pro- análise das habilidades
sociais não têm impacto fora da internet. blematizada na atividade anterior por meio da leitura da descritores
Aula 1 do momento 2: situação-problema e análise
c. expõe a possibilidade de as redes sociais favore- questão do Enem.
coletiva sugestões de práticas
cerem manifestações e comportamentos violen-
zz Inicie a aula projetando ou apresentando a situação-pro- zz A partir da situação-problema, construa, com o auxílio
tos dos adolescentes que nelas se relacionam.
dos estudantes, um quadro ou esquema para sintetizar as
blema para os estudantes.
fortalecimento da aprendizagem 117
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
especificidades das redes sociais. Nesse sentido, o obje- ra do texto, os recursos multissemióticos (filtros, músicas,
tivo inicial é reconhecer que cada plataforma apresenta possibilidades de criar enquetes, entre outros). caixa de ferramenta
do professor
algumas características próprias, considerando a estrutu- zz Observe a sugestão de quadro abaixo.
abertura das sequências

Rede social Instagram Facebook Tiktok WhatsApp Twitter sequência 1


orientações de estudo
Tipos de textos No feed: imagem e legenda. Comentário (acompanhado ou Vídeos curtos (até três Mensagens instantâneas ou Tweets (textos de até 140
encontrados não de imagem). minutos). vídeos. caracteres). Quando o texto sequência 2
Stories: vídeos ou fotos que
é mais longo, é chamado de orientações de estudo
podem ter enquetes. Vídeos
“Thread”.

IGTV: vídeo mais longo


sequência 3
orientações de estudo
Recursos multissemióticos Filtros músicas (para Emojis, filtros, músicas. Filtros e música. Figurinhas, emojis e gifs. Pode-se usar imagens,
acompanhar os stories) e charges e gifs, para ilustrar
ferramentas de enquetes visuais algum ponto de vista.
anexos do professor
(usuários interagem e votam).
avaliação inicial
Público-alvo Pessoas que seguem a conta. Chamados de “amigos”, Pessoas que seguem pessoas Pessoas conhecidas ou Pessoas que seguem o língua portuguesa
Pode-se marcar pessoas que pessoas que se conectam na ou pessoas que estão pequenos grupos. usuário na rede. Pode-se
propostas de intervenção na
compartilham os textos. Pode- rede. Pode-se escolher mantê- seguindo um determinado escolher mantê-la privada forma de orientação de estudos

se escolher mantê-la privada ou la privada ou não. tema. Pode-se escolher ou não.


protocolo para
não. mantê-la privada ou não. avaliação formativa
Ferramentas de interação Repostar o stories ou Compartilhar a publicação. As pessoas podem curtir As pessoas podem responder Pode-se curtir, comentar ou
análise das habilidades
do público publicação. o vídeo, compartilhar pelo à mensagem ou encaminhá-la retuitar a mensagem.
Interagir com reações e descritores
WhatsApp ou comentar. para outras pessoas.
Votação nas enquetes ou caixa emojis. sugestões de práticas
de perguntas.
fortalecimento da aprendizagem 118
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz O quadro aponta possibilidades para entender algumas Aulas 2 e 3 do momento 2: critérios e planejamento
características das redes, mas é possível que os estu-
do texto
caixa de ferramenta
dantes apontem outras. zz Partindo da discussão e conversa do momento anterior, é do professor

zz Divida a turma em grupos de acordo com a rede social chegada a hora de definir os critérios para a produção e abertura das sequências
planejamento do texto.
escolhida. Dessa forma, cada grupo vai responder ao ví- sequência 1
deo da situação-problema com base nas características zz Por isso, retome a situação-problema com os estudantes orientações de estudo
dessas redes, ou seja, cada grupo fará a escolha de uma e apresente os critérios de correção. Há uma grade de cri-
rede social, para produzir um texto se posicionando a térios sugerida abaixo: sequência 2
respeito da manutenção das cotas. orientações de estudo

zz Note que essa atividade permite aos estudantes reco- sequência 3


nhecer as diferentes formas que um tema pode ser tra- orientações de estudo
tado e de que forma as informações podem ser com-
partilhadas.
anexos do professor

Sequência Textual Articulação Textual Aspectos linguísticos avaliação inicial


língua portuguesa
Compreende e Elabora um texto de Formula uma tese Articula as partes do Utiliza a variante Apresenta uma seleção propostas de intervenção na
desenvolve o tema acordo com a estrutura- ou hipótese, oferece texto e também as linguística adequada ao lexical adequada ao forma de orientação de estudos

proposto de acordo com padrão do texto elementos de apoio ideias, utilizando os tipo de texto solicitado e tema e ao tipo de texto
protocolo para
o contexto de produção solicitado. para comprová- recursos coesivos com ao contexto de produção. solicitado e, também, avaliação formativa
solicitado. las (apresentando vistas à adequada escreve com adequação
argumentos), seleciona, articulação das opiniões, às normas gramaticais análise das habilidades
descritores
interpreta e, finalmente, dos argumentos e fatos da variante solicitada.
organiza informações, selecionados para sugestões de práticas
fatos e opiniões. defesa do ponto de vista
sobre o tema proposto.
fortalecimento da aprendizagem 119
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Nível do estudante: MUITO BOM (nível 4) BOM (nível 3) RAZOÁVEL/REGULAR (nível 2) INSUFICIENTE (nível 1)
caixa de ferramenta
Sequência Textual Tema: Tema: Tema: Tema: do professor

compreende e desenvolve muito bem compreende e desenvolve bem o compreende e desenvolve não compreende o tema solicitado abertura das sequências
I.
o tema com base em um projeto tema, apresentando indícios de razoavelmente o tema, a partir de ou desenvolve uma proposta que
sequência 1
�  Compreensão e desenvolvimento pessoal para o tema proposto. um projeto próprio para o recorte clichês ou paráfrases. apenas o tangencia.
orientações de estudo
do tema solicitado. temático.

Contexto de produção: Contexto de produção: Contexto de produção: sequência 2


�  Direcionamento para o tipo de
Contexto de produção: orientações de estudo
compreende muito bem o tipo compreende razoavelmente o tipo não consegue compreender os
leitor a quem o texto se destina
de leitor e o objetivo do texto, compreende bem o tipo de leitor e de leitor e o objetivo do texto, mas aspectos relativos ao contexto de
e para os objetivos definidos na sequência 3
desenvolvendo o texto de forma o objetivo do texto, ainda que faça apresenta várias inadequações. produção solicitado.
proposta. orientações de estudo
coesa e adequada ao contexto de desvios no desenvolvimento das
II. produção solicitado. ideias.
Gênero: Gênero:
�  Desenvolvimento do tema/ elabora razoavelmente o texto, não apresenta o tipo de texto anexos do professor
assunto. Gênero: Gênero: mesmo não conseguindo solicitado; ou apresenta estrutura
avaliação inicial
elabora muito bem o texto elabora bem o texto, mesmo explicitar sua tese e/ou embrionária de texto argumentativo; língua portuguesa
�  Considera os elementos
conseguindo explicitar um projeto apresentando desvios na reproduzindo os elementos do ou apresenta poucas informações,
propostas de intervenção na
composicionais próprios do tipo
de texto com uma tese/opinião organização; consegue, entretanto, tema, parafraseando-os. fatos e opiniões relacionados ao forma de orientação de estudos
de texto solicitado.
articulada aos argumentos, para a explicitar um projeto de texto com tema e, por isso, a estrutura –
protocolo para
defesa de seu ponto de vista. uma tese/opinião articulada aos apresenta-se de forma fragmentada avaliação formativa
argumentos, mesmo que previsíveis, ou circular.
para a defesa de seu ponto de vista. análise das habilidades
descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 120
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Articulação textual Organiza muito bem as partes Organiza bem as partes do texto, Organiza razoavelmente as partes Organiza precariamente as partes do
do texto, utilizando os recursos podendo apresentar problemas do texto, demonstrando alguma texto, deixando de registrar os fatos caixa de ferramenta
III. do professor
coesivos de forma adequada e pontuais na utilização dos recursos dificuldade para dar continuidade de e de dar continuidade ao sentido do
variada, com raros problemas no uso coesivos; estabelece, entretanto, sentido e/ou manter a progressão texto; produz um grande número de abertura das sequências
Organização de um texto de forma
lógica e produtiva, demonstrando
dos elementos coesivos. continuidade de sentido e/ou temática; há problemas frequentes justaposição de palavras e/ou frases sequência 1
progressão temática. na utilização dos recursos coesivos. pouco relacionadas. orientações de estudo
conhecimentos dos mecanismos
linguísticos e textuais necessários
sequência 2
para a construção do texto.
orientações de estudo

Aspectos Linguísticos Demonstra um conhecimento muito Demonstra bom conhecimento Demonstra conhecimento regular da Não demonstra conhecimento da
bom da variante linguística do tipo da variante linguística do tipo de norma padrão para o texto escrito, norma-padrão para o texto escrito, sequência 3
IV. de texto solicitado e do contexto texto solicitado e do contexto utilizando razoavelmente a variante não conseguindo utilizar a variante orientações de estudo

de produção, com rara ou nenhuma de produção, embora algumas linguística do tipo de texto e do linguística adequada ao tipo de
�  Utilização dos conhecimentos
inadequação. inadequações ou transgressões contexto de produção solicitados. texto e de contexto de produção
linguísticos de acordo com o
na escrita, incompatíveis com o solicitado. anexos do professor
texto escrito. Apresenta algumas inadequações
contexto, possam ser encontradas. avaliação inicial
gramaticais ou transgressões na Apresenta inúmeras inadequações
língua portuguesa
escrita (ortografia, pontuação, gramaticais e/ou transgressões
propostas de intervenção na
organização gráfica), cuja utilização na escrita (ortografia, pontuação, forma de orientação de estudos
não está justificada pelo contexto. organização gráfica) sem emprego
protocolo para
justificado pelo contexto. Utiliza
avaliação formativa
formas pertencentes à oralidade
injustificáveis pelo contexto. análise das habilidades
descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 121
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz A grade apresenta os critérios discursivos (chamados
Recursos da rede que serão no papel”, afirma um professor do Departamento
aqui de sequência textual), coesivos e notacionais. Suge- caixa de ferramenta
utilizados: de Linguagem e Tecnologia do Cefet-MG. Da mes-
re-se que você discuta com os estudantes de que forma do professor
eles vão apresentar sua opinião, utilizando os argumentos Marcas de interlocução ma forma, é preciso considerar a capacidade do
abertura das sequências
do debate e adequando-os ao contexto de produção da (como interagir com quem destinatário de interpretar corretamente a mensa-
está acessando o texto?): gem emitida. No entendimento do pesquisador, a
sequência 1
proposta.
orientações de estudo
escola, às vezes, insiste em ensinar um registro
zz Organizada a questão do alinhamento de critérios, propo-
Deixe que os estudantes discutam sobre a melhor forma utilizado apenas em contextos específicos, o que
nha que cada grupo se reúna para planejar seu texto. É im-
zz
sequência 2
de produzir o texto e, ao finalizar o tempo estabelecido, acaba por desestimular o aluno, que não vê senti-
portante que os estudantes escolham os recursos da rede orientações de estudo
apresente a atividade a ser feita em casa. do em empregar tal modelo em outras situações.
que podem ajudá-los a se comunicar melhor, de acordo
Independentemente dos aparatos tecnológicos da sequência 3
com a rede escolhida.
  # borasepreparar ?! atualidade, o emprego social da língua revela-se orientações de estudo
zz Disponibilize, então, cópias da atividade de planejamento
muito mais significativo do que seu uso escolar,
de texto. Como forma de articular a questão da linguagem nas conforme ressalta a diretora de Divulgação Cientí-
redes sociais e a variação linguística, proponha o exercício anexos do professor
fica da UFMG: “A dinâmica da língua oral é sempre
Planejamento do texto para a rede social abaixo: avaliação inicial
presente. Não falamos ou escrevemos da mesma
língua portuguesa
Rede social escolhida: forma que nossos avós”. Some-se a isso o fato de
1. (Enem, 2015) Embora particularidades na produ- propostas de intervenção na
os jovens se revelarem os principais usuários das
Tipo de texto escolhido forma de orientação de estudos
ção mediada pela tecnologia aproximem a escri- novas tecnologias, por meio das quais conseguem
(vídeo ou texto escrito):
ta da oralidade, isso não significa que as pessoas protocolo para
se comunicar com facilidade. A professora ressal-
Tese (opinião sobre a avaliação formativa
estejam escrevendo errado. Muitos buscam, tão ta, porém, que as pessoas precisam ter discerni-
postagem do rapaz):
somente, adaptar o uso da linguagem ao supor- mento quanto às distintas situações, a fim de do- análise das habilidades
Argumentos para sustentar te utilizado: “O contexto é que define o registro de descritores
minar outros códigos.
a opinião: língua. Se existe um limite de espaço, naturalmen-
SILVA JR., M. G.; FONSECA, V. Revista Minas Faz Ciência, sugestões de práticas
Imagens (se for preciso): te, o sujeito irá usar mais abreviaturas, como faria n. 51, set./nov. 2012. Adaptado.
fortalecimento da aprendizagem 122
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz Argumente ainda que a questão da oralidade não é si-
Jovens usam mais a
Na esteira do desenvolvimento das tecnologias
tecnologia milar aos desvios de grafia. Por exemplo, em alguns tex- caixa de ferramenta
de informação e de comunicação, usos particula-
tos da internet, pode-se encontrar a troca do “ch” pelo “x do professor
res da escrita foram surgindo. Diante dessa nova
Produção das mídias (como em Axo) ou ainda abreviações e gírias como (SCL abertura das sequências
realidade, segundo o texto, cabe à escola levar o
aproxima a língua da A linguagem é - “sê” é louco).
aluno a oralidade adaptada ao suporte
sequência 1
a. interagir por meio da linguagem formal no con- zz Finalizado esse primeiro momento, utilize o restante da orientações de estudo

texto digital. aula para que os estudantes redijam os seus textos e in-
sequência 2
diquem quais recursos das redes sociais escolhidas se-
b. buscar alternativas para estabelecer melhores Escrever orientações de estudo
rão usados, tais como música, filtro, enquete, entre outros.
contatos on-line. errado?
Abaixo, há modelos que podem ser usados para as ver- sequência 3
c. adotar o uso de uma mesma norma nos diferen-
sões escritas do texto: um para o roteiro de vídeo e um orientações de estudo
tes suportes tecnológicos.
para texto escrito.
d. desenvolver habilidades para compreender os A escola acaba É mais significativo
textos postados na web. ensinando uma forma analisar o uso da
Modelo para produção de roteiro de vídeo anexos do professor
de registro possível e língua na sociedade
e. perceber as especificidades das linguagens em desestimula o aluno
Imagem Texto avaliação inicial
diferentes ambientes digitais.  língua portuguesa
O contexto é o que propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
define o registro da
Aulas 4 e 5 do momento 2: produção e revisão do
língua
texto protocolo para
zz A questão do Enem, proposta na atividade anterior, serve avaliação formativa

de disparador para a discussão da aula. Note que o tex- zz A partir das ideias apresentadas no texto (e organizadas
análise das habilidades
to argumenta sobre a questão do que é escrever errado. no diagrama), discuta com os estudantes sobre os textos
descritores
Para ajudar os estudantes a perceberem os argumentos que produzirão para as redes sociais, sobre a forma como
sugestões de práticas
elencados sobre o texto, proponha a construção de um podem utilizar gírias e outros elementos da oralidade con-
esquema no caderno, tal qual mostrado abaixo. forme o contexto de uso.
fortalecimento da aprendizagem 123
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Modelo para produção de comentário ção do texto e entregarem a versão revisada, para que ela E diga o verde-louro dessa flâmula
seja postada na rede social escolhida. – “Paz no futuro e glória no passado.” caixa de ferramenta
Mas, se ergues da justiça a clava forte, do professor
zz Comente com a turma sobre o percurso desta sequên-
cia de atividades: eles produziram comentários para um Verás que um filho teu não foge à luta, abertura das sequências
mural, seguindo algumas etapas de escrita, participaram Nem teme, quem te adora, a própria morte. sequência 1
Imagem de um debate com foco na atuação da vida pública e pro- Terra adorada, orientações de estudo
duziram textos argumentativos para as redes sociais. Es-
Entre outras mil,
tabeleça um diálogo utilizando os textos argumentativos sequência 2
És tu, Brasil,
lidos na primeira sequência deste material que, por serem orientações de estudo
Ó pátria amada!
publicados em jornais, utilizavam a norma padrão.
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
sequência 3
zz Na atividade 1 desta sequência, foi proposto um momen- zz É interessante, ainda, retomar a forma como a produção orientações de estudo
Pátria amada, Brasil!
to de revisão em pares. Como forma de diversificar a es- textual (escrita e oral) esteve presente nas aulas e sobre
Hino Nacional do Brasil. Letra: Joaquim Osório Duque Estrada.
tratégia, sugere-se que a revisão dos textos para as redes as habilidades que foram desenvolvidas no processo.
Música: Francisco Manuel da Silva (fragmento).
sociais seja feita de forma coletiva. anexos do professor
zz Como forma de sintetizar a discussão sobre a questão da
zz Por isso, estabeleça um tempo para que um grupo apre- variação linguística, proponha que, em duplas, os estudan- O uso da norma-padrão na letra do Hino Nacional do Bra- avaliação inicial

sente oralmente seu texto e, com base nos critérios apre- tes realizem exercícios do Enem e promova uma correção sil é justificado por tratar-se de um(a) língua portuguesa

sentados anteriormente, faça comentários e sugestões. coletiva. propostas de intervenção na


a. reverência de um povo a seu país. forma de orientação de estudos
Estimule que todos participem desse momento como for-
b. gênero solene de característica protocolar. 
ma de pensar sobre a adequação do texto e da linguagem protocolo para
Exercício 1:
c. canção concebida sem interferência da oralidade. avaliação formativa
na produção textual.
1. (Enem, 2018)
d. escrita de uma fase mais antiga da língua portuguesa. análise das habilidades
Ó pátria amada,
e. artefato cultural respeitado por todo o povo brasileiro. descritores
Momento 3: Idolatrada,
síntese (1 aula) Salve! Salve! sugestões de práticas
Comentário: O uso da norma-padrão na letra do Hino
zz Professor/a, para finalizar a proposta, estabeleça a primei- Brasil, de amor eterno seja símbolo Nacional do Brasil justifica-se porque a canção é um
ra parte da aula para os estudantes finalizarem a produ- O lábaro que ostentas estrelado, gênero solene usada em momentos protocolares.
fortalecimento da aprendizagem 124
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Exercício 2: c. seleção lexical restrita à esfera da medicina. Sírio Possenti defende a tese de que não existe um úni-

d. fidelidade ao jargão da linguagem publicitária. co “português correto”. Assim sendo, o domínio da lín- caixa de ferramenta
gua portuguesa implica, entre outras coisas, saber do professor
e. uso de marcas linguísticas típicas da oralidade. 
a. descartar as marcas de informalidade do texto. abertura das sequências
Comentário: Em campanhas de conscientização,
expressões como “está difícil largar”, típicas da oralidade, b. reservar o emprego da norma padrão aos textos de sequência 1
têm a função de atingir o público-alvo de forma mais circulação ampla. orientações de estudo
direta, aproximando-se do leitor. c. moldar a norma-padrão do português pela linguagem
sequência 2
do discurso jornalístico.
orientações de estudo
Exercício 3: d. adequar as formas da língua a diferentes tipos de tex-
to e contexto.  sequência 3
3. (Enem, 2014) 
orientações de estudo
Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem- e. desprezar as formas da língua previstas pelas gramá-
-sucedida: aceitar a mudança da língua como um fato. ticas e manuais divulgados pela escola.
Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer
Comentário: Ao defender a tese de que não existe um anexos do professor
forma da língua em suas atividades escritas? Não deve “único português correto”, Sírio Possenti chama a atenção
avaliação inicial
mais corrigir? Não! para a adequação da língua aos diferentes tipos de texto
língua portuguesa
(contratos, manuais de instrução, literatura de cordel,
Disponível em: <www.facebook.com/minsaude>. Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo
editoriais e os diferentes cadernos de um jornal) e ao seu propostas de intervenção na
Acesso em: 14 fev. 2018. Adaptado.
forma de orientação de estudos
real da escrita, não existe apenas um português correto, contexto (situações em que são produzidos e em que
2. A utilização de determinadas variedades linguísticas em que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos meios circulam). protocolo para
campanhas educativas tem a função de atingir o públi- não é o mesmo do dos manuais de instrução; o dos juí- avaliação formativa
zes do Supremo não é o mesmo do dos cordelistas; o dos
co-alvo de forma mais direta e eficaz. No caso desse
análise das habilidades
editoriais dos jornais não é o mesmo do dos cadernos de
texto, identifica-se essa estratégia pelo(a) descritores
cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas.
a. discurso formal da língua portuguesa. sugestões de práticas
POSSENTl, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa,
b. registro padrão próprio da língua escrita. ano 5, n. 67, maio 2011. Adaptado.
fortalecimento da aprendizagem 125
sequência 3 — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
  para encerrar : autoavaliação   atenção para a avaliação !
caixa de ferramenta
A avaliação final deste percurso deve ser dividida em duas Agora é só clicar na etapa do Ensino Médio para o do professor
Preciso etapas: componente de Língua Portuguesa e fazer o download
Sim
aprimorar abertura das sequências
do documento P1101 , no link aqui  . Você deve
Reconheço etapas de escrita 1. uma devolutiva sua, oral, para os estudantes, resumindo incentivar a participação de todos os estudantes para sequência 1
processual (planejamento, o que se esperava de aprendizagens e como as aulas que você possa fazer mais e melhor pela aprendizagem orientações de estudo
textualização, revisão, edição e aconteceram: os temas e conhecimentos estudados, a de próximas turmas de estudantes como eles.
reescrita)? forma de trabalho entre eles e com você professor/a, as sequência 2
habilidades socioemocionais envolvidas e as atitudes
orientações de estudo
Reconheço as condições de desenvolvidas pelos estudantes. Esse é o momento
produção, recepção e circulação do de valorização das contribuições de cada um e de
gênero textual lei?
sequência 3
todos no processo de aprender a Llngua portuguesa
orientações de estudo
Seleciono argumentos para e de se desenvolver como pessoas mais capazes e
sustentar o meu ponto de vista? colaborativas.

Reconheço alguns tipos de 2. aplicação de uma prova estruturada de conhecimentos anexos do professor
argumentos? específicos e de habilidades de leitura, escrita e
avaliação inicial
capacidade argumentativa, proposta na Plataforma
Consigo me colocar de forma de Apoio à Aprendizagem. Para acessar o caderno língua portuguesa
respeitosa no debate? de atividades da 2ª série, é simples, rápido e gratuito: propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
você precisa acessar a área de cadastro da Plataforma
Consigo produzir textos
aqui  , preencher seus dados e pronto! Agora você protocolo para
argumentativos considerando a
pode acessar com o seu login e navegar pelas seções avaliação formativa
especificidade do contexto das redes
através do botão amarelo no canto superior direito
sociais?
chamado “Minha Página”. Visualizando as diferentes análise das habilidades
Consigo me posicionar de maneira seções da plataforma, você irá clicar na terceira janela descritores
ética e respeitosa nas aulas? chamada “Atividades de Verificação da Aprendizagem”.
sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 126
orientações de estudo – sequência 3 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Orientações de estudo para o estudante


jornadas e produtos

caixa de ferramenta

em momentos de autogestão do professor

abertura das sequências

Língua Portuguesa sequência


orientações de estudo
1

Sequência didática 3 sequência 2


orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor
Caro professor/a, Para auxiliá-lo na organização desses planos de estu- o estudante no desenvolvimento das habilidades de leitura.
avaliação inicial
dos, apresentamos a seguir uma curadoria de atividades que
O plano de estudo de cada estudante pode ser individua- Observe que este material pode contribuir para que ele língua portuguesa
podem ser propostas ao estudante, com foco na leitura de
lizado em função de suas observações sobre o percurso de organize a sua rotina e desenvolva procedimentos de estu- propostas de intervenção na
textos argumentativos. As questões podem ser propostas ao forma de orientação de estudos
cada jovem de sua turma. Selecionar questões ou leituras em do. Com a finalidade de ajudá-lo, procure dar algumas dicas,
final de cada etapa vivenciada em sala, uma vez que estão di-
função das dificuldades identificadas por você ou pela ava- como por exemplo: protocolo para
retamente relacionadas ao tema desenvolvido em cada parte avaliação formativa
liação inicial permite um cuidado mais efetivo para o avanço
desta sequência didática. a. organização de um cronograma de estudos;
do/a estudante.
análise das habilidades
Incentive o estudante a consultar as anotações e ma- b. 
mobilização de diferentes estratégias (realização das descritores
Lembramos que estudar individualmente é uma parte
teriais produzidos nas aulas, bem como elaborar respostas atividades em pares ou individualmente, gravações de
importante do processo de fortalecimento da aprendizagem. sugestões de práticas
completas e contextualizadas para cada questão indicada. áudios para registrar a aprendizagem e/ou dúvidas, sín-
Nesses momentos, o estudante se depara com o que sabe
teses etc.).
e o que falta aprender, favorecendo que busque orientação Ao final das indicações, são sugeridas algumas possibili-
para continuar engajado nas aulas presenciais. dades de orientação e retomada, para que você possa auxiliar Bom trabalho!
fortalecimento da aprendizagem 127
orientações de estudo – sequência 3 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Propostas para o estudante: a novas formas de relação com a cidade e com a ocupa- No âmbito da cultura, esse entendimento leva à promo-
Bloco 1: ção de diversos espaços. A partir de vivências cotidianas, ção de iniciativas de valorização do protagonismo juvenil
caixa de ferramenta
as chamadas “culturas juvenis” criam novos modos de e de apoio a ações culturais autônomas, com ênfase na do professor
participação para além dos canais tradicionalmente vol- garantia do direito ao fazer cultural. Tais iniciativas, por
 ID DA QUESTÃO: 1222 CÓDIGO DO DESCRITOR: P020  abertura das sequências
tados à atuação política, como o movimento estudantil sua vez, não se encontram desvinculadas do contexto ge-
1. Leia o texto e responda à questão a seguir. ou mesmo os partidos. De forma expressa ou não, elas ral das políticas culturais brasileiras, que sofreram enor- sequência 1
acabam assim por reivindicar o direito à cultura. me transformação, sobretudo, na última década. orientações de estudo
De espectador a sujeito

O que os jovens têm a dizer no campo cultural e como se organi-


Embora o Estatuto da Juventude, aprovado em agosto de A ampliação da compreensão do que seja a cultura gerou sequência 2
2013, inclua como direito à cultura “a livre criação, o aces- impactos significativos no que é entendido como obje- orientações de estudo
zam as políticas voltadas para a juventude nessa área
so aos bens e serviços culturais e a participação nas de- to das políticas culturais. Se a estratégia anterior base-
LUCIANA LIMA 6 de março de 2014
cisões de política cultural”, historicamente as iniciativas ava-se majoritariamente na promoção de iniciativas de sequência 3
No universo das práticas culturais juvenis, chama aten- voltadas para esse segmento estiveram pautadas quase democratização do acesso à fruição de expressões cul- orientações de estudo

ção a pluralidade de formas de expressão existentes, que exclusivamente pela garantia do acesso ao consumo cul- turais consagradas, a ampliação do conceito de cultura
vão desde os modos de vestir e de consumo até os múlti- tural. A meia-entrada é um exemplo clássico desse tipo possibilitou o surgimento de programas voltados ao re-
plos espaços de sociabilidade e a própria diversidade de de política, ainda que esteja restrita apenas a estudantes conhecimento e à valorização de manifestações cultu- anexos do professor
manifestações culturais. Talvez por essa pluralidade não e aos jovens de baixa renda e, mais recentemente, tenha rais até então distantes das políticas governamentais. O
avaliação inicial
nos caiba falar da juventude, mas das múltiplas práticas sido limitada à cota de 40% dos ingressos em eventos apoio à ação cultural existente nos diferentes territórios e
língua portuguesa
juvenis presentes em nossa sociedade. Sendo plurais, po- culturais e esportivos. segmentos artísticos ganhou centralidade – incluindo-se
propostas de intervenção na
rém, o que nos permite identificá-las? O que elas apre- aí as ações culturais da juventude. forma de orientação de estudos
Os direitos à criação e participação cultural estiveram re-
sentam em comum?
legados, o que ocultou a potencialidade do protagonismo O programa Cultura Viva, criado pelo Ministério da Cultu- protocolo para
Além de seu forte vínculo com o cotidiano e com a ocu- juvenil no campo da cultura. Tal direcionamento pode ser ra em 2004, foi uma iniciativa de grande relevância para avaliação formativa
pação do tempo livre, as práticas culturais juvenis são entendido como parte do espectro mais amplo das políticas a concretização dessa mudança. Não por acaso formula-
análise das habilidades
criadoras de identidades e chegam, inclusive, a consoli- governamentais voltadas para a juventude. Considerados, do inicialmente para contemplar o segmento juvenil, o
descritores
dar novas formas de participação política e cidadã. Co- na maior parte dos casos, como grupo de risco ou mero ca- Cultura Viva ganhou amplitude com a inclusão de popu-
letivos de hip-hop, grafite e audiovisual, grupos de rock, pital humano, os jovens têm sido contemplados apenas com lações de baixa renda, comunidades indígenas, rurais e sugestões de práticas
teatro e capoeira, bailes funk e rodas de samba ou mes- iniciativas que permitam justificar os investimentos públi- quilombolas e agentes culturais, artistas, professores e
mo os conhecidos “rolezinhos”, todos têm em comum a cos, seja pelo viés social ou econômico. Constituem exce- militantes. Pautado pelos princípios da autonomia e do
perspectiva do lazer e da diversão, alinhada, no entanto, ções as políticas que os entendem como sujeitos de direitos. protagonismo cultural, ele possibilitou a participação de
fortalecimento da aprendizagem 128
orientações de estudo – sequência 3 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
muitos jovens pelo País. Apesar de contar com algumas importantes e necessárias – em realidade, elas consti- Assinale a alternativa em que se encontra um objetivo
ações voltadas especificamente para os jovens – como o tuem a base para a fruição e para a produção cultural. da criação do programa Cultura Viva, de que fala o texto. caixa de ferramenta
Agente Cultura Viva –, o programa esteve orientado mais Ainda assim, apesar de serem ambas estratégias com- do professor
a. “No universo das práticas culturais juvenis, chama
ao apoio a instituições culturais com CNPJ (os chamados plementares, a possibilidade de criar e gerir os recursos
atenção a pluralidade de formas de expressão exis- abertura das sequências
Pontos de Cultura) que a iniciativas não formalizadas, de forma autônoma dá maior consistência ao protago-
muito próprias desse segmento. nismo juvenil.
tentes, que vão desde os modos de vestir e de con- sequência 1
sumo até os múltiplos espaços de sociabilidade e a orientações de estudo
Paralelamente, no entanto, surge nesse mesmo perío- A existência de políticas culturais voltadas à juventu- própria diversidade de manifestações culturais...”
do, na cidade de São Paulo, o Programa para a Valoriza- de tem permitido ainda transformar a própria relação sequência 2
b. “A meia-entrada é um exemplo clássico desse tipo de
ção das Iniciativas Culturais (VAI). Criado em torno das desses segmentos com as instituições governamentais. orientações de estudo
discussões promovidas pela Comissão da Juventude da política, ainda que esteja restrita apenas a estudan-
Se, historicamente, grande parte da juventude encarou
Câmara Municipal, o VAI permitiu o apoio a iniciativas o Estado pela perspectiva da tomada do poder (por par- tes e aos jovens de baixa renda e, mais recentemente, sequência 3
culturais juvenis de regiões periféricas da cidade, com te da militância institucionalizada) ou a partir de uma tenha sido limitada à cota de 40% dos ingressos em orientações de estudo
pouca oferta de equipamentos e recursos culturais. recusa total (por setores anarquistas), hoje ele aparece eventos culturais e esportivos.”
como agente garantidor de direitos e fomentador não só c. “Não por acaso formulado inicialmente para contem-
Com a transferência direta de recursos a projetos elabo-
da arte e da cultura, como da participação social. Temos, plar o segmento juvenil, o Cultura Viva ganhou ampli- anexos do professor
rados pelos próprios jovens, o VAI acabou rompendo com
portanto, um contexto de maior sincronia da sociedade
diversos paradigmas, tornando-se modelo exemplar de tude com a inclusão de populações de baixa renda, avaliação inicial
política cultural para a juventude. Isso porque, ao incen- civil e do poder público em torno da pauta da juventude. língua portuguesa
comunidades indígenas, rurais e quilombolas e agen-
tivar iniciativas juvenis, ele desconstrói a lógica de que é Resta, porém, a ampliação dessas experiências pontu-
tes culturais, artistas, professores e militantes.” propostas de intervenção na
preciso levar cultura à juventude e dá abertura à diversi- ais e localizadas para a formação de um projeto mais forma de orientação de estudos
amplo de país, que leve em conta os jovens como sujeito d. “Considerados, na maior parte dos casos, como gru-
dade de práticas, linguagens e propostas existentes. Com
protocolo para
isso, o jovem deixa de ser público-alvo de atividades pro- de direitos. po de risco ou mero capital humano, os jovens têm
avaliação formativa
movidas por ONGs e/ou artistas profissionalizados, tor- sido contemplados apenas com iniciativas que per-
● Luciana Lima é mestre em Estudos Culturais pela
nando-se protagonista de suas próprias ações. mitam justificar os investimentos públicos, seja pelo análise das habilidades
Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP e descritores
viés social ou econômico.”
O foco na democratização da produção cultural com o assessora do gabinete da Secretaria Municipal de
e. “Coletivos de hip-hop, grafite e audiovisual, grupos de sugestões de práticas
reconhecimento de jovens artistas destaca-se assim pe- Cultura de São Paulo.
rante iniciativas voltadas, na maioria dos casos, à for- rock, teatro e capoeira, bailes funk e rodas de samba
(http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/de-espectador-
mação artístico-cultural. Estas não são, por isso, menos a-sujeito/ .Acesso em 30/10/2016) ou mesmo os conhecidos ‘rolezinhos’, todos têm em
fortalecimento da aprendizagem 129
orientações de estudo – sequência 3 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
comum a perspectiva do lazer e da diversão, alinhada, Como tese de julgamento, o ministro propôs a formu- são à decisão para que a regra alcance todos os Poderes
no entanto, a novas formas de relação com a cidade e lação: “É constitucional a reserva de 20% das vagas da República, bem como a todas as unidades federadas. caixa de ferramenta
com a ocupação de diversos espaços.” oferecidas nos concursos públicos para provimento de do professor
ADC 41
cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da ad-
abertura das sequências
ministração pública direta e indireta. É legítima a utili- A Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 41 foi in-
Bloco 2: zação, além da autodeclaração, de critérios subsidiários terposta em defesa da Lei Federal 12. 990/2014, a chama- sequência 1
de heteroidentificação desde que respeitada a dignidade da Lei de Cotas, que reserva aos negros 20% das vagas ofe- orientações de estudo
 ID DA QUESTÃO: 1225 CÓDIGO DO DESCRITOR: P007 
da pessoa humana e garantidos o contraditório e a recidas nos concursos públicos para provimento de cargos
2. Leia o texto e responda à questão a seguir. ampla defesa”. sequência 2
efetivos e empregos públicos no âmbito da administração
orientações de estudo
STF inicia julgamento de lei que reserva pública federal direta e indireta. O Conselho Federal da Or-
O ministro Alexandre de Moraes defendeu que a questão
vagas para negros em concursos deve ser abordada com base no princípio da igualdade, dem dos Advogados do Brasil (OAB) é autor da ação. sequência 3
12/5/2017 11h59 Brasília no seu aspecto material, sendo aceitáveis tratamentos A ação foi protocolada uma semana após um juiz da Pa- orientações de estudo
Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil diferenciados, “desde que o elemento discriminador te-
raíba garantir a um candidato aprovado em um concurso
nha uma finalidade específica, compatível com a Cons-
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou ontem (11) o público para o Banco do Brasil direito a ser nomeado na
tituição Federal, de aproximar as diferenças”. Ele enten- anexos do professor
julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalida- frente de candidatos que se autodeclararam negros e que
deu que o tratamento normativo diferenciado dado aos
de (ADC) 41, que tem por objeto a Lei 12. 990/2014, a obtiveram notas menores. Na decisão, o juiz considerou avaliação inicial
cotistas é constitucional apenas para o provimento ini-
chamada Lei de Cotas, que reserva aos negros 20% das a lei inconstitucional. língua portuguesa
cial no serviço público, e não para a progressão durante
vagas oferecidas nos concursos públicos da administra- propostas de intervenção na
a carreira. Para a OAB, a implementação das cotas nas seleções forma de orientação de estudos
ção federal. Além do relator, ministro Luís Roberto Bar-
para o serviço público é um instrumento necessário para
roso, votaram os ministros Alexandre de Moraes, Edson O ministro Edson Fachin também se pronunciou pela
combater a discriminação racial. Além disso, a entidade protocolo para
Fachin, Rosa Weber e Luiz Fux, todos pela procedência procedência da ação. No entanto, segundo Fachin, o ar- avaliação formativa
da ação. O julgamento foi suspenso e será retomado pos- entende que o sistema de cotas em concursos e nas uni-
tigo 4º da Lei 12. 990, que trata dos critérios de nomea-
teriormente. versidades públicas não configura tratamento privilegia- análise das habilidades
ção dos candidatos cotistas aprovados, deve se projetar
do à população negra. A ação declaratória de constitucio- descritores
não apenas na nomeação, “mas em todos os momentos
Para o relator, ministro Luís Roberto Barroso, não há vio- nalidade foi distribuída para o ministro Roberto Barroso
da vida funcional dos servidores públicos cotistas”. A mi- sugestões de práticas
lação à regra constitucional do concurso público, pois
nistra Rosa Weber seguiu integralmente o voto do relator. no início de 2016.
para serem investidos nos cargos públicos é necessário
(http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2017-05/stf-
que os candidatos sejam aprovados, ou seja, que tenham O ministro Luiz Fux também entendeu que a ADC 41 deve inicia-julgamento-de-lei-que-reserva-vagas-para-negros-em-
um desempenho mínimo exigido. ser julgada procedente. O ministro Fux dá maior exten- concursos ) Acesso em 22/05/2017.
fortalecimento da aprendizagem 130
orientações de estudo – sequência 3 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Assinale a alternativa que reproduz em outras palavras e para pessoas com deficiências da Unicamp e a de cotas étnico-raciais na graduação nas universidades
as informações presentes no último parágrafo do texto: importância dessa medida como um modo de diminuir estaduais paulistas (USP, Unicamp e Unesp). caixa de ferramenta
os abismos sociais. Segue o texto delas sobre esse do professor
a. é necessária a implementação de cotas no serviço Os considerados “centros de excelência” vão na direção
fundamental avanço
público, mas não nas universidades pública. Por Carolina Pinho e Katia Norões. oposta ao que ocorre nas universidades federais, que abertura das sequências
b. é necessária a implementação de cotas apenas nas apresentam ótimos resultados a partir dos programas de sequência 1
No dia 26 de junho de 2016, a Faculdade de Educação da
universidades públicas. ações afirmativas. Entre eles, a criação de grupos e nú- orientações de estudo
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aprovou
cleo de pesquisas sobre temáticas inexistentes ou pouco
c. para a OAB, o sistema de cotas constitui privilégio o Programa de Cotas Étnico-raciais e para Pessoas com
exploradas na produção científica brasileira, muitas ve- sequência 2
para a população negra. Deficiências, que será implementado já na seleção para
zes exploradas apenas por universidades estrangeiras. orientações de estudo
d. o combate à discriminação racial precisa da imple- 2017 para os cursos de mestrado e doutorado.
mentação de cotas no serviço público. As ações afirmativas no Ensino Superior vêm sendo im- sequência 3
Na Unicamp, os primeiros a aprovarem cotas foram os
plementadas desde a década de 1940 em vários países.
e. segundo o STF, as cotas são necessárias no serviço do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, em 2014, orientações de estudo
Nos EUA, por exemplo, onde menos de 15% da população
público e nas universidades. sendo que a proposta foi elaborada por estudantes orga-
é composta por negros e negras, o que balizou a imple-
nizados em dois coletivos: Frente Pró-Cotas e Núcleo de
mentação das ações afirmativas foi o argumento de ga-
 ID DA QUESTÃO: 1262 CÓDIGO DO DESCRITOR: P083  Consciência Negra da Unicamp. anexos do professor
rantia dos fundamentos da democracia: como o mérito
3. Leia o texto e responda à questão a seguir. avaliação inicial
Consideramos esta uma vitória tanto para as políticas so- individual e a igualdade de oportunidades.
língua portuguesa
Lições na aprovação das cotas raciais na ciais quanto para as lutas de grupos sub-representados
O pressuposto é: se há grupos que têm oportunidades de- propostas de intervenção na
pós-graduação da Unicamp no Ensino Superior, para os quais tal política se faz fun-
siguais, eles devem ter tratamento desigual nas políticas forma de orientação de estudos
damental para pleitearem acesso, formação e contribuí-
Não podemos nos isolar. Nossas conquistas sempre serão fruto públicas. Entretanto, no Brasil o debate sobre ações afir-
rem para produção científica no país. protocolo para
da organização coletiva. A vitoriosa luta de negros e negras no mativas ganhou outras interpretações. avaliação formativa
Brasil só confirma isso Vitória porque não podemos nos esquecer de que São
O mito da democracia racial reforça a ideia de que somos análise das habilidades
Paulo, apesar de concentrar riquezas, expressa profun-
Por Djamila Ribeiro – publicado 21/7/2016 – 9h33 todos iguais e que a implementação das ações afirmati- descritores
das desigualdades sociais, em que as violências têm cor,
vas seria desnecessária. Além disso, a estrutura escra-
Doutorandas no programa de pós-graduação em raça, classe, idade, gênero e origem social. sugestões de práticas
vocrata ainda é base das relações sociais no nosso país:
Educação da Unicamp, Carolina Pinho e Katia Norões são
também membros da Frente Pró-Cotas da universidade. O estado é governado há mais de 20 anos por um partido, a subalternidade é quase como uma instituição a ser ze-
Nesta semana, abro o espaço para que elas escrevam o PSDB, que foi contra a implementação de ações afirma- lada por quem detém privilégios. Isso não seria diferente
sobre a aprovação do programa de cotas étnico-racial tivas a nível nacional. Um reflexo disso é a inexistência nas universidades.
fortalecimento da aprendizagem 131
orientações de estudo – sequência 3 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
A discussão sobre a implementação das ações afirmati- todos os argumentos contrários, invalidados após 10 anos c. Ações afirmativas criam tensões que podem se trans-
vas nas universidades públicas revela os abismos sociais de implementação das políticas de ações afirmativas. formar em violência, já que são um método que pode caixa de ferramenta
entre grupos, o racismo e o machismo que se traduzem fazer aumentar o preconceito. do professor
A lição que fica de mais uma vitória dos movimentos é:
em estratégias de conservadorismos nessas estruturas
não podemos nos isolar. Nossas conquistas sempre serão d. Ações afirmativas servem apenas para conceder pri- abertura das sequências
sociais. Como isso ocorre?
fruto de nossa organização coletiva. A vitoriosa luta de vilégios a grupos minoritários, que buscam um “re- sequência 1
Muitos professores simplesmente desconhecem a histó- negros e negras no Brasil só confirma isso.
vanchismo” contra a maioria. orientações de estudo
ria, filosofia, tecnologias, saúde, alimentação e as reais
A aprovação de cotas raciais em diversos programas de e. Ações afirmativas ajudam a diminuir as desigualda-
necessidades dos povos que compõem essa sociedade.
pós-graduação no Brasil devem ser pontos de apoio para
sequência 2
des raciais, combatendo-as e promovendo maior par-
orientações de estudo
Estes mesmos recusam as ações afirmativas em nome mudanças que transformem concretamente a realidade
ticipação social de minorias.
da defesa irrestrita da “qualidade acadêmica”, suposta- de negros, negras, povos indígenas, junto a demais gru-
sequência 3
mente ameaçada por pessoas supostamente “incapazes”. pos sub-representados, e que finalmente tenhamos aces-
so ao patrimônio material e imaterial que ajudamos a Bloco 3: orientações de estudo
Ou seja, a implementação das ações afirmativas traz algo
produzir neste país. Atividades de leitura
muito além da conquista de espaços e conhecimentos que
sempre nos foram negados: traz também o dedo na ferida. ● Carolina Pinho é doutoranda no Programa de Pós- anexos do professor
4. o primeiro texto que você vai ler foi publicado no Jornal
Graduação em Educação da Unicamp. Katia Norões é
As tensões na universidade, que pareciam superadas, se re- doutoranda no mesmo programa e membro da Frente do Brasil, em 24 de maio de 2003. Leia-o atentamente e avaliação inicial
velam ainda mais fortes quando se propõem ações que po- Pró-Cotas da Unicamp. responda às questões. língua portuguesa
dem modificar verdadeiramente a estrutura de um dos pi- propostas de intervenção na
(http://www.cartacapital.com.br/sociedade/licoes-na- Texto 1 forma de orientação de estudos
lares do privilégio da elite brasileira: a universidade pública. aprovacao-das-cotas-raciais-na-pos-graduacao Acesso
em 05/11/2016. ) Assinale a alternativa que melhor explique o A violência
Mas, resistimos. As políticas afirmativas no Ensino Su- significado contextual da expressão destacada no texto acima.
protocolo para
(Leandro Konder) avaliação formativa
perior vêm sendo defendidas pelos movimentos sociais
negros, com outras nomenclaturas e conceitos, desde o a. Ações afirmativas são implantadas desde muitos sé-
Bertolt Brecht já se perguntava por que chamamos de análise das habilidades
final do século XIX. culos atrás, uma vez que a conscientização a respeito descritores
violento um rio que na época das chuvas enche demais
de preconceitos é antiga.
Na década de 1940, intelectuais negros como Guerreiro e transborda, provocando uma enchente, e por que não sugestões de práticas
Ramos e Abdias do Nascimento estruturavam propostas b. Ações afirmativas são desnecessárias na democracia prestamos atenção à violência das margens, que impõem
como essas que temos a oportunidade de vivenciar em todo racial brasileira, que já promovem inclusão suficiente ao rio a obrigação de ficar limitado permanentemente ao
o país. O resultado, ainda que tardio, é vitorioso e contradiz de minorias alvos de preconceitos. seu leito, a um caminho predeterminado.
fortalecimento da aprendizagem 132
orientações de estudo – sequência 3 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
A enchente é um momento excepcional, tem efeitos ime- vididos. E ao menos um lado deles já distinguia entre mo- pelas pessoas na realidade material, na vida prática da
diatos que nos causam forte impressão. A transformação dos diversos da violência: a violência da caçada na vida e sociedade, tal como está organizada.
caixa de ferramenta
do leito do rio num cárcere, por obra e graça de suas mar- a da caçada representada pelo mágico-pintor. A crise atual tem a ver com distorções culturais, defor- do professor
gens, é mais discreta, passa por “natural”. mações políticas, perversões éticas, porém nenhuma
De lá para cá, as distorções ideológicas na construção do abertura das sequências
O que se repete, o que perdura, o que se incorpora à apa- análise dela pode se aprofundar sem se defrontar com os
conhecimento se agravaram e se tornaram mais sutis. sequência 1
rente “normalidade” do movimento da sociedade, não é problem as derivados da economia.
Essa pode ter sido uma das causas das atuais abordagens orientações de estudo
reconhecido como problemático. Hegel diz isso numa de do fenômeno da violência. A economia, não devemos esquecer, é uma esfera na
suas melhores frases: o que é notório, exatamente por- qual os homens fazem escolhas, tomam decisões. Exis- sequência 2
O homem contemporâneo sabe que são diferentes as
que é tido e havido por sabido, não é efetivamente reco- tem alternativas: o econômico não pode ser considerado orientações de estudo
violências que ele vê na tela do cinema e aquela que ele
nhecido. um quadro tão inevitável como se fosse “natural”. E, tal
vê em frente de casa, ameaçando sua família. Mas nem sequência 3
como o vemos hoje, é um quadro muito insalubre, que
Nos povos pré-históricos, na idade da pedra polida, a re- sempre a distinção é clara: às vezes somos tão confusos
dificulta muito qualquer esforço para reduzir os índices orientações de estudo
presentação da realidade se fazia em termos que hoje como os nossos antepassados neolíticos. de violência.
nos parecem confusos. Os caçadores achavam que se um
mágico-pintor conseguisse reproduzir fielmente um ani- A confusão aparece, por exemplo, quando se exagera a Altos índices de desemprego, por exemplo, geram violên-
mal, esse domínio da forma do bicho lhes daria algum influência da violência difundida pela televisão sobre a cia. Extrema desigualdade social, abismo crescente entre anexos do professor

poder sobre o animal real. violência que vem crescendo na nossa vida cotidiana. ricos e pobres, exagerada concentração de renda também avaliação inicial
geram violência. Casos de corrupção em altas esferas, ao língua portuguesa
No entanto, essa mistura da forma do animal real com A influência é inegável, já foi comprovada em pesquisas
permanecerem impunes, criam tensões e impulsos de propostas de intervenção na
a forma representada não era uma mistura ilimitada- sérias. Daí a se afirmar que a primeira é causa da segun-
revolta (ou cinismo) que constituem um caldo de cultura forma de orientação de estudos
mente válida: os caçadores neolíticos sabiam que não da, entretanto, vai uma distância considerável: um passo
propício à violência.
podiam comer o bicho pintado na pedra e podiam de- que a meu ver não deve ser dado. protocolo para
A violência, como já foi dito, cresce em função de muitas avaliação formativa
vorar (com gosto) o bicho que ficava na floresta. E sa-
Na verdade, essa onda de violência que tanto nos angus- causas. Mas as causas econômicas – que, afinal, são fun-
biam, também, que havia uma diferença entre o golpe análise das habilidades
tia tem várias matrizes, diversos geradores. As causas damentais – deviam merecer uma atenção muito espe-
da lança real que estava na mão deles e o golpe da lança descritores
interferem umas nas outras. As frustrações, a multipli- cial, tanto por parte da mídia como por parte do governo.
pintada no teto da gruta.
cação dos ódios, a agressividade crescente, as mágoas, E o que se vê é uma certa fraqueza da presença das des- sugestões de práticas
Isso quer dizer que, desde os tempos da pedra polida (e as manifestações de medo e desespero estão espalhadas graças estruturais da nossa economia nas grandes dis-
provavelmente desde os tempos da pedra lascada), os por toda parte e se alimentam de estímulos culturais, cussões a respeito da violência.
nossos antepassados já eram bastante complicados e di- mas se alimentam sobretudo das experiências vividas (Fonte: KONDER, L. A violência. Jornal do Brasil, 24 maio 2003).
fortalecimento da aprendizagem 133
orientações de estudo – sequência 3 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Atividades de leitura Daí a se afirmar que a primeira é causa da segunda, en- nas, nossa sociedade se preparando para se proteger de
tretanto, vai uma distância considerável [...]”. seus jovens, não para protegê-los. Aceita-se com natura- caixa de ferramenta
5. O principal objetivo do texto de Leandro Konder é:
lidade um mundo em que criança não é esperança, é pro- do professor
a. A que se referem as expressões “a primeira” e “da se- blema. Se parece exagero, conto três episódios que vivi
a. discutir soluções para o problema da violência na so-
gunda”? abertura das sequências
ciedade brasileira. recentemente:
b. Em sua opinião, a violência mostrada na televisão sequência 1
b. discutir as causas da violência na sociedade brasileira Terça-feira, 13 horas, restaurante universitário. Um co- orientações de estudo
pode ser uma causa da violência que vemos em nos-
e posicionar-se diante do tema. lega diz: “Não importa a idade. Envolveu-se em crime?
so dia a dia?
c. discutir a influência da violência difundida pela televi- Cadeia!” Outro responde: “Vai se aperfeiçoar no crime, sequência 2
c. O que o autor Leandro Konder pensa sobre isso? nas cadeias que temos [...]”. O primeiro replica: “Será orientações de estudo
são sobre o comportamento dos brasileiros.
10. Releia os dois primeiros parágrafos do texto. Qual é a mais negócio mandar pras escolas que temos?” Afasto-
d. discutir as ideias de Bertolt Brecht sobre a violência. sequência 3
-me. Se cadeia e escola não são “negócio”, nessa con-
relação entre a imagem do rio que transborda e a argu-
versa entre acadêmicos alguém pode chegar a propor a orientações de estudo
6. Numere os parágrafos do texto. Em seguida, indique: mentação do autor?
pena capital…
a. Em que parágrafos o autor enumera as causas da vio- Leia agora outro texto sobre o mesmo tema, escrito pelo
lência? educador Luis Carlos de Menezes. Este texto foi publi- Quinta-feira, 16 horas, rua de comércio. Dormindo na
anexos do professor
cado em 10 de abril de 2007, época em que se discutia calçada, um menino “atrapalhando o tráfego”. Tento falar
b. Em que parágrafos o autor discute a influência da vio- avaliação inicial
intensamente nos meios de comunicação brasileiros so- com ele e alguém me adverte: “Não perca tempo. Ele tá
lência da televisão sobre o comportamento cotidiano? língua portuguesa
bre a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. chapadão de crack!”. Pergunto: “Um policial não poderia
propostas de intervenção na
7. Para o autor, qual é a principal causa da violência cres- levá-lo a um hospital?”. O comerciante responde: “Passou
forma de orientação de estudos
Texto 2 um agorinha e nem ligou. Tem dúzias deles largados as-
cente entre nós?
A violência e os jovens que não estão sim aqui, no centro”. Sigo em frente, buscando conserto protocolo para
8. Quais outras causas são apontadas, no texto, para a dis- avaliação formativa
na escola para um velho computador [...]
seminação da violência?
Fala-se muito em diminuir a maioridade penal, mas a verda- Sexta-feira, 18h30, semáforo. Só vejo as mãos dela, ven- análise das habilidades
9. Releia: descritores
deira questão que se coloca para o país é aumentar a “maiori- dendo balas. A cabeça não alcança o vidro do carro. Lem-
“A confusão aparece, por exemplo, quando se exagera a in- dade educacional” bro da notícia do bebê abandonado, mas penso que, se a sugestões de práticas
(Luiz Carlos de Menezes)
fluência da violência difundida pela televisão sobre a vio- criança já sabe andar na rua, isso não nos choca nem é
lência que vem crescendo em nossa vida cotidiana. A influ- Crimes brutais envolvendo jovens, sua repercussão na notícia. Abre o sinal e sigo. Pelo retrovisor, vejo a menina
ência é inegável, já foi comprovada em pesquisas sérias. mídia e as discussões no Congresso mostram, há sema- driblando os automóveis…
fortalecimento da aprendizagem 134
orientações de estudo – sequência 3 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Bertolt Brecht, em seu teatro pedagógico, propõe que não Porém quem cuidará disso? Assim como para evitar cri- 13. O texto 2 foi escrito em uma época em que se discutia,
nos emocionemos, mas pensemos. Só que aqui nem é te- mes as leis são importantes, mas não bastam, é preciso no Brasil, a redução da maioridade penal de 18 para 16 caixa de ferramenta
atro. Sou eu, cúmplice dessa cidade que abandona suas olhar cada criança como responsabilidade nossa e “des- anos. O que pensa o autor a respeito desse assunto? do professor
crias. O Brasil não é só isso, e sei de muitos lugares que naturalizar” a miséria. Se no lugar do menino largado na Destaque, no texto, frases que correspondam à tese abertura das sequências
nem fazem ideia do inferno das metrópoles, mas as notí- rua estivesse eu caído, com óculos e computador portá-
do autor.
cias envolvem todos e discutir as soluções também. Dis- til, em minutos seria socorrido. Mas um menino drogado, sequência 1
cutamos, pois. descalço, traz menos riscos dormindo no chão do que em 14. Nos parágrafos 2, 3 e 4, o autor relata três episódios vi- orientações de estudo

pé... Como aconselha Brecht, não é para se emocionar, é vidos por ele. Qual é a função desses relatos no texto?
No debate sobre se é mais barato prevenir ou remediar, sequência 2
para pensar.
ouve-se que cada presidiário custa por mês mais do que
15. Releia: orientações de estudo
dez alunos na escola e que cada menor infrator confinado “Nossa sociedade está se preparando para se proteger
“Bertolt Brecht, em seu teatro pedagógico, propõe que
custa mais do que 20 crianças na escola. E se cadeia não de seus jovens, não para protegê-los. Como disse Brecht, sequência 3
adianta e preso é tão caro, há quem diga que pena de mor- não nos emocionemos, mas pensemos”.
não é de emocionar, é para pensar”. orientações de estudo
te barateia... Não é preciso ser jurista para se chocar. Todos Por que o autor cita Brecht?
(Fonte: MENEZES, L. C. A violência e os jovens que não estão
sabemos que preso é responsabilidade do Estado, a qual- na escola. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.
quer custo. Mas criança na escola não é responsabilidade br/alfa/artigos/a-violencia-e-os-jovens-que-nao-estao- 16. Releia o período a seguir, retirado do 5o parágrafo:
anexos do professor
na-escola.php >.Acesso em: 22 fev. 2016).
do Estado? E a que custo? Um décimo do que gastamos “O Brasil não é só isso, e sei de muitos lugares que nem avaliação inicial
com os presos e um vigésimo do que custa um infrator? fazem ideia do inferno das metrópoles, mas as notícias
11. Observe que o título do texto expressa uma relação de língua portuguesa
Há milhões de jovens sem trabalho, escola e vida social envolvem todos e discutir as soluções também. Discuta-
causa e consequência. Explique esse título. propostas de intervenção na
decentes – entre eles, milhares de crianças de rua e outras mos, pois”. forma de orientação de estudos

tantas viciadas, prostituídas ou envolvidas com a contra-


12. Releia o trecho a seguir:
O conector destacado anteriormente tem o mesmo sen- protocolo para
venção e o crime. Cuidar desses últimos é essencial, mas “Crimes brutais envolvendo jovens, sua repercussão na avaliação formativa
tido que:
sem solução para os demais equivale a enxugar gelo [...] mídia e as discussões no Congresso mostram, há sema-
Como é impossível arranjar de repente ocupação para mi- nas, nossa sociedade se preparando para se proteger a. porém. análise das habilidades
descritores
lhões (ainda mais milhões que não completaram a escola de seus jovens, não para protegê-los”. b. portanto.
básica), mais urgente do que discutir a maioridade penal é sugestões de práticas
aumentar a maioridade educacional, com formação geral Explique, com suas palavras, a frase grifada no trecho c. porque.
ou profissional mais vida cultural, música, esportes etc. anterior. d. no entanto.
fortalecimento da aprendizagem 135
orientações de estudo – sequência 3 início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
17. Releia: senvolveram as habilidades D06 – Identificar o tema de um ao estudante “D20 Reconhecer diferentes formas de tratar

“Todos sabemos que preso é responsabilidade do Estado, texto e D01 – Localizar informações explícitas no texto, tal uma informação na comparação de textos que tratam do caixa de ferramenta
a qualquer custo. Mas crianças na escola não é respon- qual proposto na matriz do SAEB. mesmo tema, em função das condições em que ele foi pro- do professor
sabilidade do Estado? E a que custo? Um décimo do que duzido e daquelas em que será recebido” e também amplia
Já o segundo bloco de questões amplia o nível de abertura das sequências
gastamos com os presos e um vigésimo do que custa um a possibilidade do estudante reconhecer argumentos para
dificuldades, focando na leitura de textos argumentativos. A sequência 1
infrator?”. sustentar um determinado ponto de vista.
primeira tem como objetivo analisar se o estudante consegue orientações de estudo

Esse trecho é um dos argumentos apresentados no tex- explicar informações, dando evidências de seu entendimento Portanto, os estudantes entrarão em contato com dife-
to. Por quê? do texto. A questão também possibilita que o estudante de- rentes textos argumentativos os quais mobilizam habilidades sequência 2
senvolva habilidades como a D07 – Identificar a tese de um de leitura progressivamente. orientações de estudo
18. Para o autor, qual é a melhor solução para o problema
texto e a D08 – Estabelecer relação entre a tese e os argu-
do envolvimento do jovem com a criminalidade? Para a leitura desses textos, sugere-se que sejam indica- sequência 3
mentos oferecidos para sustentá-la. A segunda questão, por
das ferramentas como a construção de esquemas, tabelas orientações de estudo
sua vez, solicita que o estudante reconheça o significado
Atividade oral e anotações que ajudem o estudante a construir estratégias
contextual de uma expressão. Para fazer isso, é necessário
Vamos conversar sobre os dois textos lidos. Compare- de leitura.
que ele, além de mobilizar habilidades já citadas, seja capaz
-os. Quais são os pontos de concordância? Você observa anexos do professor
de D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes Ressalta-se, ainda, que as expectativas de resposta das
mais semelhanças ou diferenças entre as argumentações? questões são indicadas nos materiais para o professor do avaliação inicial
no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.
Dê sua opinião sobre o tema em pauta. material “Conexão” e “Entre Jovens”, indicados no início de língua portuguesa
Enfatiza-se que os textos propostos dialogam com os propostas de intervenção na
Orientações gerais: cada bloco.
forma de orientação de estudos
temas propostos na discussão da sequência, permitindo
As atividades propostas neste plano foram divididas em Fonte das questões:
que, no conjunto da leitura, o estudante seja capaz de, como protocolo para
três blocos para que você observe a progressão das expecta- Material Conexão Aprendizagem (Questões – fase 2)
propõe a habilidade D21, reconhecer posições distintas entre avaliação formativa
Entre Jovens
tivas de aprendizagem, bem como o nível de dificuldade das duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mes-
análise das habilidades
questões considerando a leitura de textos argumentativos. mo tema.
descritores
No primeiro bloco, é indicada a leitura de um texto que No terceiro e último bloco, a atividade selecionada pro-
sugestões de práticas
trata da relação dos jovens com a cultura. Nesse sentido, o põe a leitura e análise de dois textos que tratam da violência.
texto dialoga tematicamente com a primeira atividade pro- As questões partem do reconhecimento das condições de
posta na sequência 3 e também avalia se os estudantes de- produção, recepção e circulação dos textos, que possibilitam
fortalecimento da aprendizagem 136
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

Anexos do professor
abertura das sequências
sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor

avaliação inicial
língua portuguesa
propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos

protocolo para
avaliação formativa

análise das habilidades


descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 137
avaliação inicial — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução

Avaliação inicial estrutura do ciclo

Língua Portuguesa
jornadas e produtos

caixa de ferramenta
do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

observações
 ID DA QUESTÃO: 1042 CÓDIGO DO DESCRITOR: P017  O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Au- sequência 2
1. Leia o texto e responda à questão a seguir. gustinho Neto, esteve no evento e ressaltou que a edu- orientações de estudo
cação indígena deve ser libertadora. “Uma educação que
• As questões que contém o código ID Líder indígena defende direito à educação
procure emancipar, libertar, é o que deve ser a palavra de sequência 3
foram extraídas do material Conexão e diz que há preconceito nas escolas
ordem.” orientações de estudo
Aprendizagem - Língua Portuguesa -
25/10/2016 - 9h31  Maíra Heinen
Questões - Fase 1 O evento segue até sexta-feira e deve ainda promover di-
Cerca de 300 indígenas estão na Universidade de Brasí- versas manifestações culturais em escolas, shoppings e
• As intervenções indicadas estão anexos do professor
disponíveis no material Conexão lia para o segundo Fórum de Educação Escolar Indígena. universidades do distrito Federal.
Aprendizagem - Fichas de conteúdo - Eles debatem temas diversos como o financiamento da avaliação inicial
http://radioagencianacional.ebc.com.br/educacao/
Língua Portuguesa | Fase 1 educação, o sistema próprio de educação e a criação da audio/2016-10/lider-indigena-defende-direito-educacao-e-diz- língua portuguesa
que-hapreconceito-nas-escolas . Acesso em 29/10/2016.
universidade indígena. propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
Durante a abertura, muitos indígenas citaram o precon- Segundo o texto, o evento noticiado aborda diversos te-
mas, dentre os quais: protocolo para
ceito nas escolas, como reforça Gersem Baniwa, um dos
avaliação formativa
coordenadores do evento. a. manifestações violentas de indígenas em escolas,
As alternativas corretas shoppings e universidades. análise das habilidades
“Aqueles indígenas que criaram a coragem de exercerem
descritores
estão em destaque. seu direito de cidadãos, de deixarem suas aldeias para b. eleição de lideranças indígenas.
estudar, nas vilas próximas às aldeias indígenas, nas ci- c. a manutenção de privilégios indígenas. sugestões de práticas
dades próximas ou nas grandes cidades, sofrem enorme
d. preconceito contra indígenas nas escolas. 
preconceito, um preconceito arraigado desde o início da
colonização.” e. o desaparecimento da cultura indígena.
fortalecimento da aprendizagem 138
avaliação inicial — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
 ID DA QUESTÃO: 1047 CÓDIGO DO DESCRITOR: P037   ID DA QUESTÃO: 1083 CÓDIGO DO DESCRITOR: P114 

2. Leia o texto e responda à questão a seguir. 3. Leia o texto e responda à questão a seguir. caixa de ferramenta
Educação financeira deve começar em do professor
A tirinha provoca no leitor:
casa e desde cedo Cotidiano abertura das sequências

No AR em 5/5/2017 - 14h sequência 1


orientações de estudo
O programa Cotidiano de sexta-feira (5) entrevistou o
consultor financeiro João Pessine, que dá dicas de como sequência 2
envolver os filhos na educação financeira.
orientações de estudo

Para João, os filhos desde pequenos devem aprender


sequência 3
educação financeira para planejar suas finanças e não a. uma quebra de expectativa em relação à situação retratada. 
orientações de estudo
passarem aperto ao longo da vida.
b. uma reflexão crítica a respeito do universo da publicidade.
João Pessine esclarece que a mesada é importante, mas c. um efeito de humor através da palavra de baixo calão utilizada.
que os pais devem orientar os filhos a usá-la da melhor anexos do professor
d. uma confirmação de expectativas em relação à situação retratada.
forma possível.
e. um efeito de humor causado pelo esquecimento do personagem. avaliação inicial
[. . . ] língua portuguesa

http://radios.ebc.com.br/cotidiano/2017/05/educacao-financeira- propostas de intervenção na


 ID DA QUESTÃO: 1087  CÓDIGO DO DESCRITOR: P123 
deve-comecar-em-casa-e-desde-cedo .Acesso em 22/05/2017. forma de orientação de estudos
4. Leia a tirinha e responda à questão a seguir.
protocolo para
A que termo anterior refere-se a palavra em negrito?
avaliação formativa
Assinale a alternativa correta:
a. João. análise das habilidades
descritores
b. educação financeira.
c. consultor financeiro. sugestões de práticas

d. programa.
e. filhos. 
fortalecimento da aprendizagem 139
avaliação inicial — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
A tirinha constrói seu humor a partir: Assinale a alternativa que indique um implícito que pode de professor. Trabalhador da rede pública estadual de

a. da situação ruim em que se encontra o condutor. ser depreendido da palavra destacada no texto acima. São Paulo, nada convidativo financeiramente, mas ainda
caixa de ferramenta
assim, digno. do professor
b. do fato de que há dois animais falantes. a. A autora quer deixar claro que está inventando a no-
meação “Massacre do Carandiru”. Conciliar profissão à militância política foi uma opção abertura das sequências
c. da crueldade do animal contra o ser humano.
b. A autora se posiciona favoravelmente ao massacre consciente – outro privilégio para poucos. Trabalho, ga- sequência 1
d. dos problemas psiquiátricos do animal.
do Carandiru. nho a vida e pago minhas contas fazendo o que amo:
orientações de estudo
e. do duplo sentido da palavra “soltar”.  educação, logo, política. A vida que escolhi me levou a
c. A autora não quer se comprometer com a criação do
pessoas incríveis: líderes políticos, intelectuais, atletas e sequência 2
nome “Massacre do Carandiru”. 
 ID DA QUESTÃO: 1072  CÓDIGO DO DESCRITOR: P093  artistas. Levou-me a lugares impensáveis: salas acarpe- orientações de estudo
d. A autora se posiciona desfavoravelmente ao massa- tadas de governos, viagens para debates, palestras e ati-
5. Leia o texto e responda à questão a seguir.
cre do Carandiru. vidades políticas das mais diversas em quase todos os es- sequência 3
Artistas fazem ato em SP para lembrar tados brasileiros e até nos EUA. Em todos esses espaços,
e. A autora defende uma outra nomeação para o acon- orientações de estudo
Massacre do Carandiru tanto em momentos de conflito com adversários, quanto
tecimento em questão.
1/11/2016 – 12h12 – São Paulo em momentos de elaboração e confraternização com os

Cátia Rodrigues meus da “esquerda”, uma coisa nunca mudou: sou um anexos do professor
 ID DA QUESTÃO: 1063  CÓDIGO DO DESCRITOR: P069 
homem negro. E como um negro no país da democracia
Será realizado hoje (1º) na capital paulista um ato para avaliação inicial
6. Leia o texto e responda à questão a seguir. racial, sempre soube que o tratamento gentil e tolerante
lembrar o chamado Massacre do Carandiru, ocorrido no língua portuguesa
“A POLÍTICA NÃO É LUGAR PRA PRETO a mim dispensado sempre esteve condicionado a que eu
dia 2 de outubro de 1992. soubesse o meu lugar e que não me atrevesse a sair dele.
propostas de intervenção na
VAGABUNDO FEITO VOCÊ!” forma de orientação de estudos

Os participantes vão ler os nomes dos 111 presos mortos. [. . . ]


Postado em 26 de setembro de 2016 protocolo para
A leitura contínua de 24 horas será feita no alto de um
Por Douglas Belchior (http://negrobelchior.cartacapital.com.br/politica-nao-e-lugar- avaliação formativa
prédio na região central da cidade a partir das 16h. pra-preto-vagabundo-feito-voce/ . Acesso em 30/10/2016.)
Tenho plena consciência de que represento uma exceção. análise das habilidades
O ato está programado para terminar amanhã (2), Dia de Assinale a alternativa que melhor explique o fato de o
Ainda que miscigenado (fosse a pele retinta, bem sei que descritores
Finados, na mesma hora em que policiais militares inva-
a vida reservaria ainda mais dificuldades), como homem autor do texto considerar-se uma exceção:
diram o presídio durante uma rebelião. sugestões de práticas
negro, estudei. Alcancei o banco de uma universidade re- a. o fato de se definir como miscigenado.
http: //radioagencianacional. ebc. com. br/direitos-humanos/ conhecida, a PUC-SP, onde me formei em História e alcei
audio/2016-11/artistas-fazem-ato-em-sp-para-lembrar- b. o fato de sofrer preconceito racial.
massacre-docarandiru Acesso em 6/11/2016. o desvalorizado, mas nem por isso menos nobre, status
fortalecimento da aprendizagem 140
avaliação inicial — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
c. o fato de se definir como negro. homicídio, vítima de assalto. Isso é recorrente na minha últimos anos e apelamos para que isso seja retomado,
família, desde então eu acho importante participar da ca- um policiamento próximo ao povo.”
d. o fato de ter se formado em uma universidade reco- caixa de ferramenta
minhada da paz, principalmente aqui na zona sul de São do professor
nhecida.  A 21ª Caminhada pela Vida e pela Paz foi organizada pelo
Paulo, onde a criminalidade é muito grande e não existe
e. o fato de ser trabalhador. Fórum em Defesa da Vida. Para o próximo dia 19, o fórum abertura das sequências
punição para quem comete crimes de tamanha gravida-
organiza um Tribunal Popular para julgar a responsabili- sequência 1
de como essa.
dade do Estado pela morte da população jovem.
 ID DA QUESTÃO: 1094  CÓDIGO DO DESCRITOR: P149  orientações de estudo
O bairro do Jardim Ângela já foi conhecido como o mais
7. Leia o texto e responda às questões a seguir. Assinale a alternativa que melhor identifique um dos te-
violento do mundo. Já o cemitério São Luiz ficou famoso sequência 2
por ser o cemitério com o maior número de jovens se- mas presentes no texto.
Paulistas promovem caminhada pela paz e orientações de estudo
pedem fim da violência pultados no Brasil. Foram estatísticas assim que motiva- a. Religião.
ram a primeira caminhada, que aconteceu em 1996. De b. Formas de policiamento.  sequência 3
2/11/2016 – 19h02 – São Paulo lá para cá, a situação melhorou. Os índices de violência orientações de estudo
Eliane Gonçalves c. Terrorismo.
diminuíram, mas para uma das lideranças do lugar, o
padre Jaime Crowe, da Paróquia Santos Mártires, a vio- d. Paz internacional.
No extremo sul da cidade de São Paulo, o Dia de Finados
lência ainda faz parte do cotidiano. e. Comemorações de feriados anexos do professor
foi marcado pela Caminhada pela Vida e pela Paz. A re-
gião, que já foi considerada uma das mais violentas do “Já caiu a violência, mas ainda não chegamos aonde que- avaliação inicial
mundo, segue marcada por assassinatos, principalmente remos. Queremos, como vamos usar a frase de hoje, ne-  ID DA QUESTÃO: 1116 CÓDIGO DO DESCRITOR: P177  língua portuguesa
de jovens. nhuma morte a mais, nenhum jovem a menos. Enquan- 8. Assinale a alternativa que melhor identifique uma ideia propostas de intervenção na
to estão ainda sendo assassinados adolescentes jovens, forma de orientação de estudos
A caminhada partiu da Paróquia Santos Mártires, no defendida no texto.
precisamos levantar o nosso grito pela vida.
bairro do Jardim Ângela, e seguiu até o cemitério São protocolo para
a. Deve-se defender a paz mundial.
avaliação formativa
Luiz. O trajeto de quase cinco quilômetros foi percorrido Para o padre, a mudança passa por uma reestruturação
b. Deve-se pôr fim à violência policial em bairros po-
por familiares de vítimas e ativistas que pedem o fim da das forças policiais. Ele defende uma polícia comunitária
bres.  análise das habilidades
violência na região. Pessoas como Henrique Gaudêncio, no lugar da polícia militar. descritores
de 32 anos, que participa do ato desde que tinha 10 anos c. Deve-se melhorar o sistema carcerário.
“Que haja uma mudança na polícia, a desmilitarização sugestões de práticas
e conhece de perto a violência. d. Deve-se ampliar o policiamento ostensivo em bairros
da polícia e que haja uma polícia mais próxima ao povo.
pobres.
“Há sete anos eu perdi um primo vítima de um homicídio Uma das lutas do Fórum em Defesa da Vida foi o policia-
e há quatro anos eu perdi um outro primo vítima de um mento comunitário e isso foi jogado para escanteio nos e. Deve-se pôr fim ao terrorismo de Estado.
fortalecimento da aprendizagem 141
avaliação inicial — língua portuguesa início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
 ID DA QUESTÃO: 2423  CÓDIGO DO DESCRITOR: P623  c. decidiu acompanhar uma marcha militar que pas- – Errou! interrompeu Camilo, rindo.
9. Leia o texto para responder a questão a seguir: sava  caixa de ferramenta
– Não diga isso, Camilo. Se você soubesse como eu tenho
CONTO DE ESCOLA do professor
d. começou a sentir uma coceira incontrolável nos pés andado, por sua causa. Você sabe; já lhe disse. Não ria de

e. não podia ouvir os tambores da marcha militar que mim, não ria. . . abertura das sequências
Machado de Assis
passava Camilo pegou-lhe nas mãos, e olhou para ela sério e fixo. sequência 1
Na rua encontrei uma companhia do batalhão de fuzilei-
Jurou que lhe queria muito, que os seus sustos pareciam orientações de estudo
ros, tambor à frente, rufando. Não podia ouvir isto quieto.
de criança; em todo o caso, quando tivesse algum receio,
Os soldados vinham batendo o pé rápido, igual, direita,  ID DA QUESTÃO: 1043  CÓDIGO DO DESCRITOR: P015 
sequência 2
a melhor cartomante era ele mesmo.
esquerda, ao som do rufo; vinham, passaram por mim, 10. Leia o texto e responda à questão a seguir. orientações de estudo
e foram andando. Eu senti uma comichão nos pés, e tive Depois, repreendeu-a; disse-lhe que era imprudente an-
A cartomante
ímpeto de ir atrás deles. Já lhes disse: o dia estava lindo, e dar por essas casas. sequência 3
depois o tambor. . . Olhei para um e outro lado; afinal, não Machado de Assis orientações de estudo
ASSIS, Machado de. Obra completa.
sei como foi, entrei a marchar também ao som do rufo, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1962. v. 2.
Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e
creio que cantarolando alguma coisa: Rato na casaca. . .
Não fui à escola, acompanhei os fuzileiros, depois enfiei na terra do que sonha a nossa filosofia. Era a mesma ex- No último parágrafo do trecho acima, o personagem Ca-
anexos do professor
pela Saúde, e acabei a manhã na praia de Gamboa. Vol- plicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa sex- milo não vê com bons olhos o fato de Rita consultar uma
ta-feira de novembro de 1869, quando este ria dela, por cartomante, porque: avaliação inicial
tei para casa com as calças sujas, sem pratinha no bolso
ter ido na véspera consultar uma cartomante; a diferença língua portuguesa
nem ressentimento na alma. E, contudo, a pratinha era a. tem medo de que Rita esteja querendo abandoná-lo.
é que o fazia por outras palavras. propostas de intervenção na
bonita e foram eles, Raimundo e Curvelo, que me deram
b. não acredita em cartomantes, acha isso desnecessá- forma de orientação de estudos
o primeiro conhecimento, um da corrupção, outro da de-
– Ria, ria. Os homens são assim; não acreditam em nada. rio e perigoso. 
lação; mas o diabo do tambor. . . protocolo para
Pois saiba que fui, e que ela adivinhou o motivo da con- c. sente-se inferiorizado em relação a Rita, por não co- avaliação formativa
Fonte: ASSIS, Machado de. Conto de Escola. Disponível em:
sulta, antes mesmo que eu lhe dissesse o que era. Apenas nhecer filosofia.
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000268.pdf
Acessado em: 09/10/2018. começou a botar as cartas, disse-me: “A senhora gosta de análise das habilidades
d. não gosta que Rita tenha amizade com Hamlet e com descritores
uma pessoa. . .” Confessei que sim, e então ela continuou
No trecho acima, o narrador não foi à escola porque: Horácio.
a botar as cartas, combinou-as, e no fim declarou-me que sugestões de práticas
a. decidiu ir à praia, onde acabara a manhã eu tinha medo de que você me esquecesse, mas que não
e. acredita que a cartomante consultada por Rita seja

b. estava com as calças muito sujas era verdade. . . incompetente


fortalecimento da aprendizagem 142
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Propostas de intervenção na forma


jornadas e produtos

caixa de ferramenta

de orientação de estudos do professor

abertura das sequências

Língua Portuguesa sequência


orientações de estudo
1

sequência 2
orientações de estudo
Muitos linguistas (Linguística é a ciência que estuda a que aparecem na “superfície” do texto; quer dizer, são es-
No caso de erros na questão 1
linguagem verbal) já procuraram e continuam procuran- critas com palavras de sentido exato, literal. Essas pala- sequência 3
A questão trata do reconhecimento de um tema do respostas para essas questões, que são bem difíceis vras são as que contribuem mais diretamente para iden- orientações de estudo
abordado em uma notícia. Para avançar no mesmo. O que melhor conseguiram definir, até agora, é o tificarmos a informatividade de um texto.
desenvolvimento de habilidades de leitura de notícias que chamamos de textualidade.
(textos informativos), leia as páginas 11 e 12 e realize Mas o que é que a gente entende por “informações”? São
anexos do professor
as atividades das páginas 13 e 14 do material Conexão Textualidade é um conjunto composto por diversos fato- dados, fatos, tópicos, temas, assuntos; mas podem ser
Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 res que contribuem para que um texto seja organizado também ideias, pensamentos, opiniões. Tudo o que um avaliação inicial

ID DO CARTÃO: 1194 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01F e faça sentido, diferenciando-o assim de meras palavras texto quer nos fazer ver e crer. Identificar informações língua portuguesa
jogadas ao acaso. Um desses fatores é aquilo que chama- com clareza e precisão é uma responsabilidade tanto do propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
mos de informatividade. próprio texto (e do seu autor), quanto do leitor.

 ID DO CARTÃO: 1194 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01F  protocolo para


Informatividade é o caráter que todo texto possui em car- Isso é, um texto deve ser escrito e organizado de forma
avaliação formativa
regar e comunicar informações. Isso pode parecer óbvio, a ser plenamente capaz de transmitir suas informações
O caráter informativo de todo texto
não é? Afinal, é lógico que todo texto traz informação, co- (deve saber o que quer e aonde quer chegar); e o leitor, da análise das habilidades
Você já se perguntou o que é um texto? Um texto é ape-
munica algo. No entanto, existem muitas maneiras dife- sua parte, deve ter a competência leitora suficiente para descritores
nas um amontoado de palavras e frases ou é algo mais
rentes para que um texto carregue as suas informações e saber o que é possível e o que não é possível “enxergar”
do que isso? Se for, o que é que faz que um texto seja um sugestões de práticas
muitas maneiras diferentes também para o leitor captá-las. dentro do texto (como vimos no item anterior).
texto? Isso é, o que é que traz organização e significado
para esse conjunto de palavras, frases, parágrafos a que Antes de mais nada, um texto traz informações explíci-
chamamos texto? tas. Como já dissemos no item anterior, são informações
fortalecimento da aprendizagem 143
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
1. A partir do que você leu no texto explicativo acima, cite “O Brasil é o quarto país em população carcerária do o policial que prende, o Judiciário que garante a execução
e explique, com suas próprias palavras, o que é e de que mundo, tem um sistema prisional absolutamente viola- e o sistema falido”, disse.
caixa de ferramenta
se compõe o caráter informativo de todo texto. dor de direitos, onde tortura e superlotação existem. O do professor
Segundo a conselheira, a crise e as desigualdades contri-
Estado admite facções dominando presídios, admite si-
Orientação de resposta: Conforme se lê no texto buem para o agravamento das ameaças aos direitos hu- abertura das sequências
tuações insalubres e é um país que ainda quer trancafiar
explicativo, o caráter informativo de todo texto é manos. “Porque isso não é resolvido só com segurança,
a juventude”, disse a presidente do CNDH, Ivana Farina, sequência 1
composto pela sua informatividade, ou seja, informações mas com saúde, com educação, com alimentação de qua-
que o texto transmite. Essas informações podem referindo-se à tentativa de redução da maioridade penal orientações de estudo
lidade, com lazer etc. Não percebemos essa integração de
aparecer em forma explícita (literal) ou implícita (“nas que tramita no Congresso. Segundo ela, as violações de
direitos humanos nos sistemas prisional e socioeducati-
políticas de maneira tão transversal com intervenção na sequência 2
entrelinhas”), além de que essas informações podem
segurança pública. ” orientações de estudo
se constituir de fatos (acontecimentos, lugares ou vo têm que ser uma preocupação nacional.
pessoas reais) ou opiniões (avaliações, juízos de valor, O CNDH é um órgão composto por representantes do
Durante reunião ampliada em Brasília, conselheiros de sequência 3
posicionamentos pessoais a respeito de fatos). Poder Público e da sociedade civil que, além de mo-
17 estados e do Distrito Federal levaram informações orientações de estudo
nitorar as violações, tem competência para apurar si-
para compor um mapeamento e propor ações de prote-
tuações ou condutas contrárias aos direitos humanos,
ção aos direitos humanos em todo o país. As violências
podendo fazer recomendações a entidades públicas e
 ID DO CARTÃO: 1190 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01G  contra a juventude negra, contra povos indígenas e qui- anexos do professor
privadas em todo o país.
lombolas, em grandes empreendimentos e contra pes-
2. Leia o texto a seguir para avançar no estudo do que é o avaliação inicial
soas em situação de rua também foram apontadas pelos (http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/
caráter informativo dos textos: noticia/2016-10/violacao-de-direitos-humanos-no-sistema- língua portuguesa
conselheiros, segundo Ivana. carcerario-e-recorrente-diz . Acesso em 24/10/2016. )
propostas de intervenção na
Violação de direitos humanos no sistema
A vice-presidente do Conselho Estadual de Direitos Hu- forma de orientação de estudos
carcerário é recorrente, diz conselho
manos de Pernambuco, Edna Jatobá, criticou a política
 ID DO CARTÃO: 1191 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01H 
protocolo para
20/10/2016 – Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
de encarceramento brasileira e as condições do sistema avaliação formativa
para recuperação dos detentos. 3. Você já leu o texto “Violação de direitos humanos no sis-
O sistema prisional brasileiro, um dos maiores do mundo
análise das habilidades
em população carcerária, é um ambiente de frequentes tema carcerário é recorrente, diz conselho”, de Andreia
“O Estado prende muito e prende muito mal, e quando ele descritores
violações de direitos humanos. A avaliação está em le- prende mal acaba forjando novos crimes e criminosos. Verdélio, para avançar no estudo do que é o caráter in-
vantamento apresentado hoje (20) pelo Conselho Nacio- formativo dos textos. Agora observe a análise realizada sugestões de práticas
Uma pessoa presa por tráfico quando sai da prisão vira
nal dos Direitos Humanos (CNDH) sobre os tipos de vio- um homicida. Temos um desajuste no sistema de Justiça a seguir sobre esse texto. Quais são as informações que
lações de direitos mais recorrentes no país. criminal de que o Estado não consegue dar conta, desde o texto traz explicitamente? Vamos ver?
fortalecimento da aprendizagem 144
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
a. O texto trata do sistema prisional brasileiro (assunto): levaram informações para compor um mapeamento  ID DO CARTÃO: 1205 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02C 

(1o parágrafo) “O sistema prisional brasileiro, um dos e propor ações de proteção aos direitos humanos em
caixa de ferramenta
maiores do mundo em população carcerária, é um todo o país.” Substituição e Proforma do professor
ambiente de frequentes violações de direitos humanos.” (6o parágrafo) “Segundo a conselheira, a crise e as Para evitar a repetição de uma mesma palavra várias ve-
abertura das sequências
desigualdades contribuem para o agravamento das zes (o que pode prejudicar a fluidez do texto, a não ser que
b. O texto procura transmitir dados específicos a respeito
ameaças aos direitos humanos. “Porque isso não é
se queira destacar ou intensificar o sentido dessa palavra),
sequência 1
do sistema prisional brasileiro (delimitação do assunto): resolvido só com segurança, mas com saúde, com orientações de estudo
(2o parágrafo) “’O Brasil é o quarto país em população podemos substituí-la, em alguns momentos, por uma pro-
educação, com alimentação de qualidade, com lazer etc.”
carcerária do mundo, tem um sistema prisional forma que pode retomá-la (neste caso, temos uma anáfora, sequência 2
absolutamente violador de direitos, onde tortura  # resumindo ou função anafórica) ou precedê-la (catáfora, ou função ca-
orientações de estudo
e superlotação existem. O Estado admite facções
tafórica). Para um exemplo disso, veja o texto a seguir:
dominando presídios, admite situações insalubres e é Todo texto é formado por fatores (ou elementos) de
Trabalho escravo é ainda uma realidade no Brasil
sequência 3
um país que ainda quer trancafiar a juventude’, disse a textualidade. Dentre esses, destaca-se a informatividade,
orientações de estudo
presidente do CNDH, Ivana Farina, [...]” que é o fato de um texto transmitir informações
Esse tipo de violação não prende mais o indivíduo a correntes,
primeiramente de um modo explícito.
c. Esses dados vêm acompanhados de uma avaliação mas acomete a liberdade do trabalhador e o mantém submisso

negativa da atual situação do sistema prisional brasi- a uma situação de exploração


anexos do professor
leiro, em depoimentos de pessoas entrevistadas: No caso de erros na questão 2 NATALIA SUZUKI E THIAGO CASTELI – 4 de maio de 2016
avaliação inicial
(5o parágrafo) “’O Estado prende muito e prende A questão trata do reconhecimento de um referente, língua portuguesa
O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos hu-
muito mal, e quando ele prende mal acaba forjando considerando as relações lógico-discursivas no texto.
manos que persiste no Brasil. A sua existência foi assu- propostas de intervenção na
novos crimes e criminosos. Uma pessoa presa Para avançar nos estudos sobre coesão textual, leia forma de orientação de estudos
por tráfico quando sai da prisão vira um homicida. mida pelo governo federal perante o país e a Organização
as páginas 25 -29 do material Conexão Aprendizagem
Temos um desajuste no sistema de Justiça criminal Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez que se protocolo para
- Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1
que não consegue dar conta, desde o policial que tornasse uma das primeiras nações do mundo a reconhe- avaliação formativa
Em seguida, realize as propostas das páginas 30 a 32.
prende, o Judiciário que garante a execução e o cer oficialmente a escravidão contemporânea em seu ter-
Leitura: análise das habilidades
sistema falido’, disse. ” ritório. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhado-
ID DO CARTÃO: 1205  CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02C descritores
res foram libertados de situações análogas à de escravidão
d. O texto traz propostas para a solução dos problemas ID DO CARTÃO: 1200  CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02D
em atividades econômicas nas zonas rural e urbana. sugestões de práticas
apontados, também através da voz de especialistas Exercícios
ouvidos: Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho
ID DO CARTÃO: 1203  CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02E
(3o parágrafo) “Durante reunião ampliada em Brasília, escravo não é somente uma violação trabalhista, tam-
ID DO CARTÃO: 1201  CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02F
conselheiros de 17 estados e do Distrito Federal pouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial
fortalecimento da aprendizagem 145
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos Quem é o trabalhador escravo? Em geral, são migrantes Muitas vezes, o trabalhador submetido ao trabalho escra-
não prende mais o indivíduo a correntes, mas compre- que deixaram suas casas em busca de melhores condi- vo consegue fugir da situação de exploração, colocando a caixa de ferramenta
ende outros mecanismos, que acometem a dignidade e ções de vida e de sustento para as suas famílias. Saem de sua vida em risco. Quando tem sucesso em sua emprei- do professor
a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma suas cidades atraídos por falsas promessas de aliciado- tada, recorre a órgãos governamentais ou organizações
abertura das sequências
situação extrema de exploração. res ou migram forçadamente por uma série de motivos, da sociedade civil para denunciar a violação que sofreu.
que pode incluir a falta de opção econômica, guerras e Diante disso, o governo brasileiro tem centrado seus es-
sequência 1
[...] Qualquer um dos quatro elementos abaixo é suficien-
até perseguições políticas. No Brasil, os trabalhadores orientações de estudo
te para configurar uma situação de trabalho escravo: forços para o combate desse crime, especialmente na
proveem de diversos estados das regiões Centro-Oes- fiscalização de propriedades e na repressão por meio da
TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obrigado a se sub- sequência 2
te, Nordeste e Norte, mas também podem ser migran- punição administrativa e econômica de empregadores
meter a condições de trabalho em que é explorado, sem tes internacionais de países latino-americanos – como
orientações de estudo
flagrados utilizando mão de obra escrava.
possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, a Bolívia, Paraguai e Peru –, africanos, além do Haiti e
seja por ameaça e violências física ou psicológica. Enquanto isso, o trabalhador libertado tende a retornar a
sequência 3
do Oriente Médio. Essas pessoas podem se destinar à
orientações de estudo
região de expansão agrícola ou aos centros urbanos à sua cidade de origem, onde as condições que o levaram a
JORNADA EXAUSTIVA: expediente penoso que vai além
procura de oportunidades de trabalho. migrar permanecem as mesmas. Diante dessa situação,
de horas extras e coloca em risco a integridade física do
o indivíduo pode novamente ser aliciado para outro tra-
trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas é insu-
Tradicionalmente, o trabalho escravo é empregado em balho em que será explorado, perpetuando uma dinâmi- anexos do professor
ficiente para a reposição de energia. Há casos em que o
atividades econômicas na zona rural, como a pecuária, a ca que chamamos de “Ciclo do Trabalho Escravo”. avaliação inicial
descanso semanal não é respeitado. Assim, o trabalhador
produção de carvão e os cultivos de cana-de-açúcar, soja língua portuguesa
também fica impedido de manter vida social e familiar. Para que esse ciclo vicioso seja rompido, são necessárias
e algodão. Nos últimos anos, essa situação também é ve-
propostas de intervenção na
SERVIDÃO POR DÍVIDA: fabricação de dívidas ilegais rificada em centros urbanos, principalmente na constru- ações que incidam na vida do trabalhador para além do forma de orientação de estudos

referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel ção civil e na confecção têxtil. âmbito da repressão do crime. Por isso, a erradicação do
protocolo para
e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de problema passa também pela adoção de políticas públi-
No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho es- avaliação formativa
forma abusiva e descontados do salário do trabalhador, cas de assistência à vítima e prevenção para reverter a
cravo rural são homens. Em geral, as atividades para as
que permanece sempre devendo ao empregador. situação de pobreza e de vulnerabilidade de comunida- análise das habilidades
quais esse tipo de mão de obra é utilizado exigem for- descritores
des. Dentre essas políticas, estão as ações formativas no
CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto de elemen- ça física, por isso os aliciadores buscam principalmen-
âmbito da educação, como aquelas propostas pelo pro-
tos irregulares que caracterizam a precariedade do tra- te homens e jovens. Os dados oficiais do Programa Se- sugestões de práticas
grama Escravo, nem pensar!.
balho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é guro-Desemprego de 2003 a 2014 indicam que, entre os
submetido, atentando contra a sua dignidade, como des- trabalhadores libertados, 72,1% são analfabetos ou não ● Natalia Suzuki é jornalista, mestre em Ciência Política
crito no diagrama a seguir. concluíram o quinto ano do Ensino Fundamental. pela FFLCH-USP e coordenadora do programa
fortalecimento da aprendizagem 146
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Escravo, nem Pensar!, programa de educação para A mesma coisa vale para o substantivo “país” (2o perío- ende outros mecanismos, que acometem a dignidade e
prevenção do trabalho escravo da ONG Repórter Brasil do), o qual retoma o nome próprio “Brasil” (1o período), sendo a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma
caixa de ferramenta
sinônimo dele (na verdade, um hiperônimo: isto é, um “si- situação extrema de exploração. do professor
● Thiago Casteli é historiador pela USP e coordenador
assistente do programa Escravo, nem pensar! nônimo” que pertence a uma categoria superior; Brasil é um
[...] Qualquer um dos quatro elementos abaixo é suficien- abertura das sequências
país, assim como existem vários outros países).
(http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/ te para configurar uma situação de trabalho escravo: sequência 1
trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/
Acesso em 28/10/2016.)
Por sua vez, a expressão “daquele ano” (3o período), for- orientações de estudo
mada pela contração de uma preposição e de um prono- TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obrigado a se sub-

1. Vamos reler o primeiro parágrafo do texto, prestando me demonstrativo (de + aquele) e pelo substantivo “ano”, meter a condições de trabalho em que é explorado, sem sequência 2
possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, orientações de estudo
atenção nas palavras destacadas? retoma o numeral “1995” (2o período). Essa retomada é im-
seja por ameaça e violências física ou psicológica.
portante, pois tal dado (em 1995, o governo federal do Brasil
O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos hu- sequência 3
assumiu a existência de trabalho escravo em seu território)
manos que persiste no Brasil. A sua existência foi assu- orientações de estudo
JORNADA EXAUSTIVA: expediente penoso que vai
será necessário para que o texto progrida nas informações
mida pelo governo federal perante o país e a Organiza-
além de horas extras e coloca em risco a integridade fí-
ção Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez que quer transmitir (desde que foi assumida oficialmente
sica do trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas
que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a persistência do trabalho escravo em nosso país, há 21
é insuficiente para a reposição de energia. Há casos em anexos do professor
a reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea anos, foram libertados mais de 50. 000 trabalhadores pre-
que o descanso semanal não é respeitado. Assim, o tra- avaliação inicial
em seu território. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil sos a essa condição).
balhador também fica impedido de manter vida social e língua portuguesa
trabalhadores foram libertados de situações análogas à
familiar. propostas de intervenção na
de escravidão em atividades econômicas nas zonas ru- forma de orientação de estudos
ral e urbana.  ID DO CARTÃO: 1200 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02D 
SERVIDÃO POR DÍVIDA: fabricação de dívidas ilegais
protocolo para
referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel
O pronome possessivo “sua” (2o período) refere-se a 2. Vejamos, agora, o seguinte trecho: avaliação formativa
e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de
uma expressão que já foi citada anteriormente no texto: Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho forma abusiva e descontados do salário do trabalhador, análise das habilidades
“trabalho escravo” (1o período). Tem uma função anafórica: escravo não é somente uma violação trabalhista, tam- descritores
que permanece sempre devendo ao empregador.
seu objetivo é evitar a repetição dessa mesma expressão: pouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial
sugestões de práticas
“A existência do trabalho escravo foi assumida pelo gover- e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto de elemen-
no federal [...]”. não prende mais o indivíduo a correntes, mas compre- tos irregulares que caracterizam a precariedade do tra-
fortalecimento da aprendizagem 147
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
balho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é  ID DO CARTÃO: 1203 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02E  De acordo com ele, as novas formas de manifestação tam-
submetido, atentando contra a sua dignidade, como des- 3. Leia o texto a seguir para avançar no estudo do que é bém exigem dos governos novas formas de negociação. Os
caixa de ferramenta
crito no diagrama a seguir. coesão: movimentos são pulverizados, não têm uma única lideran- do professor
ça. Na maioria dos estados, os estudantes pedem que as ne-
A expressão “outros mecanismos” refere-se a algo que Ocupações de escolas mostram necessidade de abertura das sequências
gociações ocorram com pelo menos um representante de
ainda aparecerá explicitamente no texto, logo abaixo: os rever relação com a comunidade sequência 1
cada escola ocupada. “O Estado tem que mudar a estraté-
“mecanismos” que configuram trabalho escravo contempo- 13/6/2016 – 7h47 – Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil gia, é sempre reativo, não tem capacidade de se antecipar, orientações de estudo
râneo (trabalho forçado, jornada exaustiva, servidão por dí- reage ao processo de pressão e depois fica refém”, diz Testa.
As ocupações de escolas mudaram a forma de os estudan-
vida e condições degradantes). Sua função é catafórica, ou sequência 2
tes se manifestarem, deram força à categoria e mostraram a Além das jornadas de 2013
seja: antecipar, anunciar. Podemos dizer o mesmo de “um” orientações de estudo
necessidade de os estados se reinventarem na relação com Para o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à
e “quatro”, que se referem precisamente aos quatro meca-
a comunidade escolar, de acordo com especialistas ouvidos Educação, Daniel Cara, as ocupações “são a melhor novi- sequência 3
nismos de trabalho escravo atual que serão enumerados
pela Agência Brasil. As ocupações de escolas por secunda- dade no debate público brasileiro”. Segundo ele, os estu- orientações de estudo
em seguida.
ristas começaram no ano passado em São Paulo e se esten- dantes deram um passo além das jornadas de junho.
deram para outros estados – Espírito Santo, Rio Grande do
“Em 2013, havia mais gente mobilizada, mas tinha um pon-
 # resumindo
Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Goiás e Ceará.
to que negava as organizações e as instituições e fazia senti- anexos do professor
As pautas específicas de cada localidade variam, mas o do ali, mas quando se negam inclusive as organizações que avaliação inicial
Um texto é formado por várias partes (palavras, frases,
movimento tem uma demanda comum: educação pública podem ser parceiras, isso dificulta o processo. As ocupações língua portuguesa
parágrafos) que se unem em um todo (o próprio texto). E,
para melhor compreendermos o significado de um texto, de qualidade. “As ocupações mostram que no Brasil está não fecham as portas para ninguém. São os secundaristas propostas de intervenção na
havendo uma articulação de vários segmentos contra a in- forma de orientação de estudos
devemos saber relacionar as partes entre si e as partes que têm autonomia e que coordenam o movimento. Acredi-
com o todo. capacidade do Estado de prestar um serviço como deveria to que a maturidade política vem sendo estabelecida e uma
protocolo para
ser”, avalia o cientista político e sociólogo da Universidade nova forma de exercício de liderança”, analisa. avaliação formativa
Esse tipo de ligação se chama coesão. Existem diversas
de Brasília Antônio Testa.
maneiras de se estabelecerem relações coesivas, dentre as Segundo ele, mulheres e a população LGBT [Lésbicas, análise das habilidades
quais podemos citar a repetição e a substituição. A primeira Segundo Testa, essa insatisfação começou a ganhar as ruas Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros] descritores
ajuda a reforçar, destacar ou intensificar o sentido de certas na jornada de protestos de junho de 2013. “Os movimentos têm exercido protagonismo nesse processo, o que é positi-
expressões, importantes para o significado do texto como sugestões de práticas
mostravam que a população estava insatisfeita com trans- vo. “Eles, de fato, mudam o dia a dia na escola, os estudan-
um todo. A segunda ajuda a tornar o texto mais fluido –
porte, educação e segurança. A sociedade está se mobili- tes se apropriam do direito à educação. Percebe-se uma
sem o “travamento” causado por repetições exageradas e
zando, tem internet para ajudar e está mostrando que con- liderança apolítica, mais horizontal, menos discursiva e
desnecessárias.
segue pressionar o Poder Público para as suas razões. ” mais pautada no exemplo”, diz Cara.
fortalecimento da aprendizagem 148
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Daniel Cara considera que os governos têm agido mal ao ferramentas bem interessantes de interlocução com os es- b. Releia, agora, o primeiro período do segundo parágra-
não compreenderem o que as ocupações significam. “Não tudantes, como nunca antes foi possível. ” fo do texto: caixa de ferramenta
compreendem essas ocupações e não percebem que sig- do professor
Segundo o secretário, é necessário que haja espaços aber- As pautas específicas de cada localidade variam, mas
nificam uma oportunidade de fazer uma discussão quali-
tos de diálogo de ambos os lados. “Os problemas da edu- o movimento tem uma demanda comum: educação abertura das sequências
tativa da educação e de fazer que o jovem se responsabi-
lize e ajude a desenvolver a gestão democrática”, afirma.
cação só serão resolvidos com um grande pacto nacional pública de qualidade. A palavra em destaque retoma sequência 1
e não por meio de um ambiente de conflito permanente. ” uma expressão presente no parágrafo anterior. Que orientações de estudo
Os estados (http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-06/ expressão é essa?
O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Edu-
ocupacoes-apontam-necessidade-de-governos-reverem- sequência 2
relacao-com-comunidade . Acesso em 28/10/2016. ) c. Ainda sobre o período reproduzido na questão ante-
cação (Consed), Eduardo Deschamps, diz que os secretá- orientações de estudo
rior, a palavra destacada antecipa outra palavra que
rios veem a situação com apreensão.
será citada dentro do mesmo parágrafo. Qual? sequência 3
“Em primeiro lugar, pelos prejuízos aos estudantes por  ID DO CARTÃO: 1201 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D02F 
orientações de estudo
causa das dificuldades de cumprir os 200 dias letivos den- 4. Você já leu o texto “Ocupações de escolas mostram ne- Resposta:
tro do ano. Nesse caso, os prejuízos aos estudantes, em
cessidade de rever relação com a comunidade”, de Ma- a. Refere-se a “estudantes”. A palavra “categoria” refe-
especial aos do ensino médio, podem vir a ser irrepará-
riana Tokarnia. Agora acompanhe a análise de alguns anexos do professor
re-se ao termo “estudantes”, que aparece na oração
veis. Em segundo lugar, pelas dificuldades de negociação
aspectos dele e responda: anterior, dentro do mesmo período. Trata-se de um avaliação inicial
com o grupo de alunos que ocupam as unidades escola-
recurso de coesão (substituição por sinônimos) que língua portuguesa
res pois, segundo relato dos secretários, é difícil encontrar a. Releia o primeiro período do texto:
evita a repetição desnecessária da mesma palavra. propostas de intervenção na
uma pauta clara para atendimento e discussão, além de,
“As ocupações de escolas mudaram a forma de os Tal recurso também é chamado de anafórico, pois re- forma de orientação de estudos
em alguns casos, a liderança ser difusa e, ao contrário do
estudantes se manifestarem, deram força à cate- toma um elemento já citado na ordem do texto.
que prega, se negar ao diálogo. ” protocolo para
goria e mostraram a necessidade de os estados se avaliação formativa
b. Retoma “ocupações de escolas”. A palavra “movi-
Deschamps diz que todos os secretários querem garantir reinventarem na relação com a comunidade esco- mento” retoma a expressão “ocupações de escolas”,
a melhor educação possível aos estudantes. “Porém as so- lar, de acordo com especialistas ouvidos pela Agên- presente no parágrafo anterior, como diz o enunciado
análise das habilidades
cia Brasil”. descritores
luções são complexas. Temos observado a ampliação de da questão. Trata-se, mais uma vez, de um recurso
espaços para que os estudantes e suas lideranças possam de coesão (substituição por sinônimos) que evita a sugestões de práticas
participar do processo de definição das ações educacio- A palavra destacada em negrito refere-se a um ele- repetição desnecessária da mesma palavra. Tal re-
nais em cada estado. As novas formas de comunicação, mento já citado anteriormente, dentro da mesma curso também é chamado de anafórico, pois retoma
por meio das mídias sociais, vêm se transformando em frase. Indique qual. um elemento já citado na ordem do texto.
fortalecimento da aprendizagem 149
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
c. Antecipa “ocupações”. O mesmo substantivo “movi- procuram ser uma representação direta das coisas, tais quais Ironia: figura de linguagem que se caracteriza por dar a uma
mento” antecipa a palavra “ocupações”, a qual apare- são (numa relação de semelhança). São, em vez disso, uma palavra o sentido contrário do que ela teria, originalmente. caixa de ferramenta
cerá mais para a frente, ainda dentro do mesmo pará- do professor
representação indireta: ou seja, uma coisa que provoca ou é No caso da tirinha que estamos vendo, a palavra progresso
grafo. Trata-se, mais uma vez, de um recurso de coesão
(substituição por sinônimos) que evita a repetição des- provocada por outra. geralmente tem um sentido positivo; mas, para Papa-Capim, abertura das sequências
necessária da mesma palavra. Porém, desta vez, temos ela é uma palavra negativa, pois se refere a algo que destrói sequência 1
aqui um catafórico (elemento que antecipa outro na or- Por exemplo: a natureza. orientações de estudo
dem do texto).
Tocos de árvores não são, literalmente, “progresso”. São
sequência 2
apenas tocos de árvores. Porém, da maneira como esses to-
orientações de estudo
No caso de erros na questão 3 cos se apresentam (com um corte liso e preciso, como se al-
A questão propõe o reconhecimento do humor em uma guma serra os tivesse atravessado; e todos eles iguais, como sequência 3
tirinha. Para retomar procedimentos de leitura desse tipo se todas as árvores da região tivessem sido sistematicamente orientações de estudo
de texto, leia as páginas 37 e 38 do material Conexão derrubadas por alguma força organizada), nós conseguimos
No primeiro quadrinho, o personagem Papa-Capim che-
Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 identificar que se tratam de árvores derrubadas por pessoas.
ID DO CARTÃO: 1208  CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D05B).
ga para Kava e começa a falar quais nomes o homem “ci-
E, ativando mais uma vez nosso conhecimento de mun- anexos do professor
vilizado” (“caraíba”, na língua indígena) dá para diversos ele-
Em seguida, realize os exercícios das páginas 41 e 42 do, nós perguntamos? O que é que leva as pessoas a pro- avaliação inicial
mentos da natureza: lua (jaci) e cobra (m’boi). No segundo
ID DO CARTÃO: 1212  CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D05D moverem um desmatamento tão vasto e organizado? Justa- língua portuguesa
quadrinho, o pequeno Kava pergunta que nome o “caraíba”
mente o que chamamos de “progresso” – pelo menos, certo propostas de intervenção na
dá para “aquilo”. Para onde ele aponta? forma de orientação de estudos
modelo de progresso que implica a exploração (destruição)
 ID DO CARTÃO: 1212 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D05D 
O jovem indígena aponta para árvores derrubadas, das não sustentável dos recursos naturais. protocolo para
quais só sobrou o toco ligado à raiz. Papa-capim responde, avaliação formativa
Logicamente, a palavra “progresso” está sendo usada
Índices: ironicamente: “progresso”. Para entendermos tal resposta –
análise das habilidades
com um sentido irônico (pelo personagem), ou seja, a tirinha
Também chamados de indícios, são signos que adqui- assim como o efeito de humor e crítica social que ela carrega descritores
(o autor que elaborou essa pequena história) está fazendo
rem significado através de algum tipo de relação lógica com – precisamos compreender o modo de funcionamento dos
uma crítica a tal forma de progresso – as tirinhas, formadas sugestões de práticas
o seu referente. Geralmente, essa relação é de causa ou con- índices (ainda que não saibamos propriamente o seu concei- por dois ou três quadrinhos, geralmente, possuem esse cará-
sequência. Com isso, podemos entender que os índices não to ou sequer o sentido da palavra “índice”). ter de humor e reflexão crítica.
fortalecimento da aprendizagem 150
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Com isso, pode-se concluir que:  ID DO CARTÃO: 2171 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D3B  O orvalho vem caindo

1. os tocos, antes de mais nada, são ícones: representam di- Noel Rosa caixa de ferramenta
Inferir o sentido de uma palavra ou expressão do professor
retamente (trata-se de um desenho) árvores desmatadas O orvalho vem caindo, vai molhar o meu chapéu e tam-
Às vezes, estamos lendo um texto, tranquilamente. To-
(muitos índices são, em princípio, também ícones); bém vão sumindo, as estrelas lá do céu Tenho passado abertura das sequências
das as palavras estão fazendo perfeito sentido, está tudo
2. os tocos são também índices, pois tal desmatamento é se encaixando sem qualquer problema. De repente, aparece tão mal sequência 1
orientações de estudo
provocado (causado) pelo “progresso”; por isso, são um uma palavra (ou expressão) que parece não fazer sentido al- A minha cama é uma folha de jornal
sinal de que o progresso “passou” por ali. O progresso dei- gum. Pelo menos, parece não fazer sentido algum de acordo
O orvalho vem caindo, vai molhar o meu chapéu e tam- sequência 2
xou sua marca naquelas árvores abatidas. com o resto do texto que estávamos lendo. Essa situação lhe
bém vão sumindo, as estrelas lá do céu Tenho passado orientações de estudo
parece familiar? Calma, todos nós passamos por isso. . .
1. Releia a tirinha reproduzida acima e extraia dela duas tão mal
sequência 3
imagens que podem ser consideradas “ícones”, segun- Uma palavra ou expressão cujo significado lhe pareça
A minha cama é uma folha de jornal orientações de estudo
do os conceitos que aprendemos. estranho, dentro do texto do qual faz parte, pode ser um sinal
de que essa mesma palavra (ou expressão) esteja sendo usa- Meu cortinado é um vasto céu de anil E o meu desperta-
Orientação da resposta:
da em sentido conotativo. Mas o que é mesmo sentido “cono- dor é o guarda civil (Que o dinheiro ainda não viu!)
Observando-se, por exemplo, o primeiro quadrinho, anexos do professor
tativo”? É o sentido não- literal, figurativo, de alguma palavra,
as imagens que o compõem e, até mesmo, a fala do O orvalho vem caindo, vai molhar o meu chapéu e tam-
oposto ao seu sentido denotativo, ou seja, literal, próprio. avaliação inicial
personagem, podemos identificar, facilmente, dois ícones: bém vão sumindo, as estrelas lá do céu Tenho passado
língua portuguesa
a lua e a cobra, ambas presentes na imagem e referidas tão mal
O sentido conotativo de uma palavra ou expressão esta-
no discurso do personagem. propostas de intervenção na
rá, desse modo, sempre implícito no texto; isto é, nas “entre- A minha cama é uma folha de jornal
forma de orientação de estudos

linhas”. A nossa tarefa, enquanto leitores, é de inferir o senti-


No caso de erros na questão 4 protocolo para
A minha terra dá banana e aipim
do conotativo dessa palavra ou expressão; isto é, descobri-lo avaliação formativa
A questão trata do reconhecimento do duplo sentido através de um raciocínio que envolva os seus conhecimentos Meu trabalho é achar quem descasque por mim (Vivo
em uma tirinha. Sobre esse assunto, leia as páginas prévios no assunto do texto, uma relação entre as informa- análise das habilidades
triste mesmo assim!)
283 e 284 do material Conexão Aprendizagem - descritores
ções que ele transmite e uma atenção para o contexto.
Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 O orvalho vem caindo, vai molhar o meu chapéu e tam-
sugestões de práticas
Enfim, o processo de se identificar o duplo sentido das bém vão sumindo, as estrelas lá do céu Tenho passado
ID DO CARTÃO: 2171 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D3B
palavras não é muito difícil. Vamos estudar um exemplo: tão mal
fortalecimento da aprendizagem 151
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
A minha cama é uma folha de jornal  ID DO CARTÃO: 2170 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D3C  Vamos ver como isso funciona na prática?

A minha sopa não tem osso e nem tem sal Se um dia pas- caixa de ferramenta
Palpite infeliz
Inferir o sentido de uma palavra ou expressão do professor
so bem, dois e três passo mal (Isso é muito natural!)
Noel Rosa
O que significa ler um texto e compreender, de verdade, abertura das sequências
O seguinte verso, parte do refrão da música, chama a
tudo o que está escrito nele? Esse procedimento vai muito Quem é você que não sabe o que diz? Meu Deus do Céu,
atenção: “A minha cama é uma folha de jornal”. Se formos
sequência 1
além de uma leitura “superficial”, que envolve apenas explicar que palpite infeliz! Salve Estácio, Salgueiro, Mangueira, orientações de estudo
lê-lo ao “pé-da- letra”, vai parecer estranho: como pode uma Oswaldo Cruz e Matriz
tudo o que aparece dentro do texto explicitamente, ou seja,
única folha de jornal formar uma cama inteira? Na verdade, sequência 2
com “todas as letras”. Nós, leitores, sempre acrescentamos
a palavra “cama” está sendo usada em sentido conotativo: Que sempre souberam muito bem Que a Vila Não quer
(modo de dizer) informações ao texto, informações que não orientações de estudo
abafar ninguém,
o eu-lírico quer dizer que não tem onde se deitar para dor-
estão lá escritas com todas as palavras, mas que estão nas
mir, pois não tem moradia (ele se encontra em um estado de
“entrelinhas”, implícitas, escondidas. Só quer mostrar que faz samba também sequência 3
grande pobreza). orientações de estudo
Essas informações estão lá para quem quiser ver e dizer: Fazer poema lá na Vila é um brinquedo Ao som do samba
Assim, a sua única opção é dormir no chão da rua, tendo dança até o arvoredo Eu já chamei você pra ver
“tem coisa aqui por trás dessas palavras...” O ato de inferir é
como única “cama” uma folha de jornal. Nas duas primeiras es-
apenas isso. Mas vamos esclarecer bem uma coisa aqui: fazer Você não viu porque não quis anexos do professor
trofes (“o orvalho vem caindo”), ele descreve o amanhecer, ao
uma inferência não é inventar algo que o texto não diz, nem
qual assiste da rua mesmo. Mais uma palavra em sentido cono- Quem é você que não sabe o que diz? avaliação inicial
pretende dizer. Toda leitura tem que ser feita com pertinên-
língua portuguesa
tativo: “o meu despertador é o guarda civil” (ele não tem relógio
cia, antes de mais nada. Uma informação implícita pode es- A Vila é uma cidade independente
propostas de intervenção na
despertador, mas o policial irá acordá-lo mesmo assim).
tar escondida nas entrelinhas, mas está sim dentro do texto. forma de orientação de estudos
Que tira samba mas não quer tirar patente Pra que ligar
Desse modo, quando a gente diz que fazer inferências é a quem não sabe protocolo para
No caso de erros na questão 5 avaliação formativa
acrescentar informações ao texto, a gente está querendo di-
Aonde tem o seu nariz?
Para avançar na questão da inferência zer, na verdade, que se trata de trazer à tona informações que
análise das habilidades
(reconhecimento de informações implícitas), podem não ser captadas por todos os leitores, em uma pri- Quem é você que não sabe o que diz? descritores
retome as páginas 284 a 287 do material Conexão
meira (e superficial) leitura. Muitos textos, propositalmente,
Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 Podemos inferir que a canção acima é uma resposta, sugestões de práticas
não dizem tudo de maneira explícita; deixam muitas coisas
ID DO CARTÃO: 2170 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D3C bastante indignada, a uma crítica feita por alguém à escola
em elipse (isto é, implícitas), para serem captadas apenas
ID DO CARTÃO: 2173 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D3D de samba defendida pelo Eu-lírico (Vila Isabel, do Rio de Ja-
pelos leitores mais atentos.
neiro). Essa crítica está presente dentro do texto, com todas
fortalecimento da aprendizagem 152
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
as palavras? Não, não está. Mas, analisando as palavras do é essa? Uma implicação lógica, que busca enxergar as liga- Na desordem da roupa e do cabelo, o vento. . .
Eu-lírico, inferimos que foi feita, sim, uma crítica, e que a can- ções entre o todo e as partes que o compõem. O filósofo gre- caixa de ferramenta
E senta-se. Compõe as roupas. Olha em torno Com seus
ção está procurando se defender dela. go da antiguidade Aristóteles estudou muito os processos do professor
olhos azuis onde a inocência boia; Nessa meia penumbra
dedutivos. Por exemplo: e nesse ambiente morno, abertura das sequências
“Quem é você que não sabe o que diz?” Inferimos que o
interlocurtor (“você”) disse alguma coisa muito negativa (“o Informação 1: Todas as pessoas são mortais. Pegando da costura à luz da claraboia, sequência 1
que diz”), com a qual o poeta não concordou e está reba- Põe na ponta do dedo em feitio de adorno, orientações de estudo
Informação 2: Joana é uma pessoa.
tendo a crítica (“quem é você que não sabe”). Na verdade, o O seu lindo dedal [3] com pretensão de joia.
Inferência (dedutiva): Portanto, Joana é mortal. (Informação 3.) sequência 2
poeta questiona a competência do interlocutor em fazer tal
Explicação do exemplo: No poema acima, vemos a figu- orientações de estudo
crítica: “Eu já chamei você pra ver / Você não viu porque não No raciocínio dedutivo, eu já tenho um conhecimento do
quis”. Como pode alguém criticar algo que não viu? todo (“todas as pessoas são mortais”); a partir disso, eu de- ra de uma mulher que chega do campo, entra na sua casa e
sequência 3
duzo um conhecimento parcial (se Joana é mortal ou não), começa a costurar algumas roupas.
O próprio título da canção (“Palpite infeliz”) já vai adian- orientações de estudo
tomando como base o que eu já sei a respeito do todo. Se já [1]  Tinta de parede
tando que o poeta irá tentar desconstruir, questionar, uma
foi dito que TODAS as pessoas (sem exceção) são mortais, [2] branco
fala (crítica, palpite) que ele considera sem embasamento na
há lógica em deduzir que Joana, sendo uma pessoa, tam- [3]  Instrumento usado em costura anexos do professor
realidade. Junto disso, ele procura demonstrar uma imagem
bém será mortal. avaliação inicial
de humildade da escola de samba que defende: “Que a Vila Explicação do exemplo: No poema acima, vemos a figu-
Rústica língua portuguesa
Não quer abafar ninguém, / Só quer mostrar que faz samba ra de uma mulher que chega do campo, entra na sua casa
propostas de intervenção na
também”. Francisca Júlia
e começa a costurar algumas roupas. Através da descrição forma de orientação de estudos

Da casinha, em que vive, o reboco [1] alvacento [2] feita, podemos deduzir uma característica a mais dessa
protocolo para
mulher: ela é jovem. avaliação formativa
 ID DO CARTÃO: 2173 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D3D 
Reflete o ribeirão na água clara e sonora.
Mas o poema não fala da faixa etária dela. Como po-
Este é o ninho feliz e obscuro em que ela mora; Além, o análise das habilidades
Inferir o sentido de uma palavra ou expressão demos deduzir isso? Muito simples: basta analisar as se- descritores
Uma das mais importantes técnicas que podemos utili- seu quintal, este, o seu aposento. guintes expressões: “vem do campo a correr” (2ª estrofe) e
“seus olhos azuis onde a inocência boia” (3ª estrofe). Tais sugestões de práticas
zar para fazer inferências é a dedução. Trata-se de uma for- Vem do campo, a correr; e úmida do relento, Toda ela,
ma de raciocínio lógico que busca estabelecer um tipo de fresca do ar, tanto aroma evapora Que parece trazer con- expressões sugerem a figura de uma menina, uma moça,
relação específica entre diferentes informações. Que relação sigo, lá de fora, uma donzela jovem.
fortalecimento da aprendizagem 153
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Em outras palavras, ela veio correndo para casa (sem linguagem específicos, fazer o leitor compreender o seu pado, talvez demais, em lamber botas de gente influente,
nenhum motivo aparente; podemos interpretar que essa tema e aceitar a sua tese (processo de persuasão através da política ou da própria profissão, enquanto empresta o
caixa de ferramenta
“corrida” foi por mero gosto, gasto de energia acumulada de argumentos). nome, ou o rosto, a um certo jornalismo de grife. do professor
e prazer, como fazem as crianças e adolescentes) e seus
Uma tese é definida e desenvolvida ao longo do texto, em Essa espécie curiosa da natureza de vez em quando se abertura das sequências
olhos sugerem inocência (que costumamos atribuir às pes- vê obrigada a andar a pé, cair na rua, conviver com gen-
um processo de análise contextualizada do tema, estabele- sequência 1
soas mais jovens). te diversa, estranha daquela que costuma circular entre
cendo diversos tipos de relações e chegando a conclusões orientações de estudo
palácios e escritórios, e se assombra.
(no final do texto), as quais muitas vezes envolvem propostas
No caso de erros na questão 6 sequência 2
de ação – já que muitos temas tratam de problemas sociais No assombro, muitas vezes recorre à escolta; em outras,
orientações de estudo
Para avançar na distinção do que é fato e o que é que precisam ser resolvidos. desenvolve e dá vida a um certo olhar antropológico sobre
opinião, uma vez que a questão propõe a leitura os costumes dessas salas sem ar-condicionado. É capaz,
de um artigo de opinião, leia a página 82 e faça os
sequência 3
por exemplo, de ver beleza onde os cidadãos comuns, re-
exercícios das páginas 83 a 85 do material Conexão  ID DO CARTÃO: 1235 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07G  orientações de estudo
ais, veem exploração. Por exemplo, o trabalho infantil.
Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 Texto 1
Num momento em que a ordem, entre os filhos de certa
(ID DO CARTÃO: 1233 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07F) Precisamos falar sobre trabalho infantil
casta com um mínimo de conforto ou o máximo de privilé- anexos do professor
(ID DO CARTÃO: 1233 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07G)
Seria deboche, não fosse outra coisa, exaltar o trabalho infan- gios, é custear a escola integral dos filhos, e pavimentar as- avaliação inicial
til dedicado a servir sim a argamassa para a entrada triunfal a um mercado já língua portuguesa
suficientemente seleto, seria mero deboche, não fosse outra
Por Matheus Pichonelli – publicado em 14/6/2016 12h09, propostas de intervenção na
 ID DO CARTÃO: 1233 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07F 
última modificação: 14/6/2016, 12h48 coisa, exaltar em público a força de trabalho de uma crian- forma de orientação de estudos

ça de 9 e outra de 12 a auxiliarem o pai em um restaurante


Informações de um texto A profissão é, por definição, uma ponte entre a realidade, protocolo para
a servir ao figurão. A “lição” vem de outro país, como se por
avaliação formativa
As informações que um texto transmite são de dois tipos: a informação e o interesse público. O profissional nem aqui faltasse, não sobrasse, mão de obra infantil.
1. Fatos; sempre anda na rua. Desconhece a própria rua. O próprio análise das habilidades
Alguns, menos sensíveis à beleza da cena, ousaram ba- descritores
2. Opiniões. público.
ter no vidro, construído em formato de bolha, para dizer:
Ou seja, todo texto tem um tema (o assunto) e uma E, do alto do pedestal, de onde opina sobre a conduta de “Olha, muito legal, muito bonito, mas, a se fiar pelo exem- sugestões de práticas
tese (o posicionamento / opinião do autor a respeito do vida de leitores e espectadores, acaba perdendo a noção plo, que horas as crianças vão brincar ou ter direito a ser,
assunto). E os textos procuram, através de recursos de do próprio mundo. Passa tempo demais encastelado, ocu- ao menos nessa parte da vida, criança?”
fortalecimento da aprendizagem 154
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
A resposta da tropa veio em rajadas. Pois, por esses la- Não é preciso pisar nesses espaços, ali mesmo perto da Ber- Fundação Abrinq. Isso, quase sempre, significa estar
dos de conexões fartas e ideias escassas, só o trabalho rini. Ou visitar os campos gerais – os nossos. Uma sugestão: fora da escola. Só 56% dos adolescentes no ensino mé-
caixa de ferramenta
liberta. Liberta, é fato, em certas classes, idades e con- assistir, ao menos uma vez na vida, a um pequeno docu- dio estão matriculados na série correspondente à sua do professor
textos. mentário chamado Assalto à Gameleira, de André Patroni. idade. Não há lição alguma a ser dada por quem se en-
abertura das sequências
canta a ver crianças ajudando os pais a trabalhar du-
Em outras, as dedicadas a servir, muitas vezes condena: Ali podemos ter ideia sobre a ideia de “tudo” o que sobra- sequência 1
rante as férias em outro país. Por aqui não falta trabalho
condena a passar o tempo todo ali, servindo, para embe- va em direitos a crianças e adolescentes a quem só temos
infantil. Sobra. orientações de estudo
lezar os olhos de quem é servido, enquanto outros, menos como solução o encarceramento, inclusive prisional. Não
libertários, se trancam em salas de estudo para concen- tiveram direito a um pai. Entre as crianças de 0 e 14 anos, quase a metade (44%) sequência 2
trar o repertório exigido em vestibulares, universidades encontra-se em situação de pobreza e 17%, em situação orientações de estudo
Não tiveram direito à proteção do alcoolismo dos respon-
públicas, trabalho imaterial. de extrema pobreza. “Lição”: em um país onde tantas
sáveis. Não tiveram direito à escuta quando denuncia-
crianças trabalham e têm tanto a aprender com as crian- sequência 3
Desses desavisados, talvez acomodados demais com os vam agressões e ameaças. Não tiveram direito a escapar
ças trabalhadoras de outros países, poucas delas estão orientações de estudo
atalhos das redes, valem sempre as altas prosopopeias daquela via pelo estudo ou outras atividades lúdicas tão
protegidas. Quase 19% dos homicídios no país são pra-
acerca de conquistas pessoais, talhadas desde cedo, e a valorizadas entre nossos iguais.
ticados contra crianças e adolescentes, sendo 80% deles
impressão de que, neste país, criança pode tudo, menos
Mas os que não conhecem a lição, perdidos num mar de com armas de fogo. anexos do professor
trabalhar honestamente.
muitos direitos e poucos deveres além o de apanhar ca-
(http://www.cartacapital.com.br/sociedade/precisamos-falar- avaliação inicial
(Vai ver isso explica a inclinação, quando adultos, a um lados, não são nossos iguais. Estão mais longe do que os sobre-trabalho-infantil Acesso em 1/12/2016)
língua portuguesa
certo humor infantilizado, estacionado em algum canto anfitriões de qualquer outro país. São de fora, mas ser-
propostas de intervenção na
das infâncias e adolescências interrompidas). vem de exemplo: têm como opção a jaula ou aceitar, ale- 1. Relendo o texto acima, retire dele um dado estatístico forma de orientação de estudos
gremente, a perpetuação de nosso fosso. Nele, uns ser- que permite comprovar os fatos que apresenta.
Por tudo e por honestamente podemos inverter a ordem protocolo para
vem; outros são servidos. Quem gostou bate palma, vai
do sujeito. Por exemplo, o empregador (a quem a lei não Orientação de resposta: avaliação formativa
ao Twitter e pede mais.
alcança e a quem, sobre esse vácuo, cabe determinar re- Comprovando o fato de que existe trabalho infantil no
gras, normas, expedientes). Em tempo análise das habilidades
Brasil, podemos citar os dados expressos no penúltimo
descritores
parágrafo, que segue:
Por exemplo, a fartura de direitos aos quais crianças e No mundo real, mais de 3,3 milhões de crianças e ado-
sugestões de práticas
adolescentes, de quem adultos deveriam ser protegidos lescentes, entre 5 e 17 anos, estão em situação de traba- “No mundo real, mais de 3,3 milhões de crianças e
pelas audácias e periculosidades, têm acesso à vida real. lho infantil no Brasil, segundo levantamento feito pela adolescentes, entre 5 e 17 anos, estão em situação de
fortalecimento da aprendizagem 155
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
trabalho infantil no Brasil, segundo levantamento feito ratura brasileira. Julio Cortázar foi um renomado escri-
pela Fundação Abrinq. Isso, quase sempre, significa No caso de erros na questão 7
tor argentino, e Eduardo Galeano retratou injustiças no caixa de ferramenta
estar fora da escola. Só 56% dos adolescentes no ensino Para avançar nas habilidades de leitura de textos continente. do professor
médio estão matriculados na série correspondente à jornalísticos, faça a leitura e as atividades das páginas
sua idade. Não há lição alguma a ser dada por quem 15 a 17 do material Conexão Aprendizagem - Fichas - Nenhum desses grandes nomes se encaixa nas ideali- abertura das sequências
se encanta a ver crianças ajudando os pais a trabalhar Língua Portuguesa| Fase 1 zações de gênero com as quais crianças são bombar- sequência 1
durante as férias em outro país. Por aqui não falta deadas desde cedo pela literatura infantil. Notórios por orientações de estudo
trabalho infantil. Sobra. ” ID DO CARTÃO: 1195 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01I
seus talentos e lutas, os protagonistas da coleção Anti-
ID DO CARTÃO: 1196 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01J
princesas e Antiheróis, da editora argentina Chirimbo- sequência 2
te, são latino-americanos e se contrapõem ao estereóti- orientações de estudo
 ID DO CARTÃO: 1236 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07H 
po feminino de princesa e masculino de superpoderes.
2. Agora que você já leu o texto “Precisamos falar sobre  ID DO CARTÃO: 1195 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01I  sequência 3
No Brasil desde o fim do ano passado pelas mãos da
trabalho infantil”, de Matheus Pichonelli, reflita sobre a Leia o texto a seguir para avançar no estudo do que é o orientações de estudo
distribuidora Sur Livro e vendidos também em países
questão abaixo. caráter informativo dos textos:
como Colômbia, Uruguai, Chile e Bolívia, os livros foram
Qual é a tese defendida no texto? Justifique com um tre- Coleção sobre antiprincesas e antiheróis bem recebidos não somente por pais e mães, mas tam-
anexos do professor
cho retirado do próprio texto. ajuda a desconstruir estereótipos de bém por professores que viram neles potencial para fo-
avaliação inicial
Resposta: gênero em sala de aula mentar discussão e dar início a uma mudança de men-
língua portuguesa
O texto é contrário ao trabalho infantil e defende a sua talidade em relação às construções sociais comumente
Livros resgatam personagens latino-americanas como Frida propostas de intervenção na
erradicação. Podemos comprovar essa tese através do transmitidas às crianças.
forma de orientação de estudos
penúltimo parágrafo: Kahlo, Violeta Parra e Clarice Lispector
Na Escola Primária Nº 8 Atahualpa Yupanqui, em San
LUCIANA TADDEO – 20 de junho de 2016 protocolo para
“No mundo real, mais de 3,3 milhões de crianças e Vicente, na província de Buenos Aires, os livros estão avaliação formativa
adolescentes, entre 5 e 17 anos, estão em situação de Frida Kahlo era manca, dedicou-se às artes e tornou-se sendo usados com alunos da primeira à sexta série. “O
trabalho infantil no Brasil, segundo levantamento feito análise das habilidades
um ícone da pintura mexicana. Violeta Parra preferiu a que mais nos interessava era o conteúdo sobre mulhe-
pela Fundação Abrinq. Isso, quase sempre, significa estar descritores
vida artística à doméstica e fez história na música chile- res de verdade, que não precisaram de ninguém que as
fora da escola. Só 56% dos adolescentes no ensino médio
na. Juana Azurduy comandou tropas em lutas indepen- salvasse. Queríamos romper com os estereótipos que sugestões de práticas
estão matriculados na série correspondente à sua idade.
Não há lição alguma a ser dada por quem se encanta a ver dentistas do Alto Peru no início do século XIX. Clarice temos hoje em dia nas escolas, muito refletidos na vio-
crianças ajudando os pais a trabalhar durante as férias em Lispector “abandonou uma vida de princesa” ao lado do lência entre meninos e meninas”, explica Julieta Alon-
outro país. Por aqui não falta trabalho infantil. Sobra. ” marido diplomata e escreveu importantes obras da lite- so, professora de dança.
fortalecimento da aprendizagem 156
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Os livros são aproveitados de forma interdisciplinar, in- tiprincesa ou antiherói retratado. Mas, segundo a autora escolhido ficar com a arte, mas se ela tivesse ficado com
clusive por professores de áreas artísticas. “Achamos im- Nadia Fink, a coleção não foi ele, tudo bem. Ela tem que poder escolher”, explica. A caixa de ferramenta
portante trabalhar desde cedo com a percepção corporal aula foi complementada com análise das letras do nome do professor
idealizada como algo puramente educativo: “Pensamos
dos alunos, com o que as mulheres podem fazer com seus Violeta em comparação com as de seu instrumento, vio-
mais em gerar histórias de mulheres reais para pais e abertura das sequências
corpos e não simplesmente ficar em casa, esperando um lão, e de seu apelido, Viola. A cultura popular também
mães terem a possibilidade de aproximar outro material sequência 1
príncipe vir salvá-las”, conta. foi abordada, já que a artista percorreu seu país resga-
às crianças”, explica. orientações de estudo
tando canções.
Um dos trabalhos com o livro de Juana Azurduy, por exem-
A repercussão da proposta surpreendeu. “Não imagina-
plo, é os alunos imaginarem como a guerreira se desenvol- Com o livro de Frida, Almeida estimulou que os alunos sequência 2
mos nunca gerar esse movimento. Evidentemente a so-
via em um campo de batalha. “Eu disse: vamos represen- fizessem autorretratos. “Trabalhei com eles a questão orientações de estudo
ciedade estava esperando algo para ocupar um espaço
tar o que ela faria, como cuidaria dos seus filhos [em meio da identidade, de que origem e cor eram. Eles sempre se
neste momento em que a questão de gênero, o repensar
ao conflito]. Eles têm uma base técnica de movimentos e, pintavam de rosa, então usamos um espelho para que sequência 3
com música e imaginação, montaram uma sequência co- estereótipos e a violência contra as mulheres estão tão
vissem a si mesmos e aos colegas”, conta. O acidente que orientações de estudo
reográfica e dançaram uma batalha”, lembra. em evidência”, completa.
a deixou manca foi abordado para tratar diferenças: “Eu

A socióloga argentina Trinidad Haedo, por sua vez, utili- De fato, o caso recente de estupro coletivo de uma ado- uso óculos porque não enxergo bem, Frida precisava de

zou o da pintora mexicana Frida Kahlo na disciplina Ética, lescente no Rio Janeiro fez que o docente Leonardo Ro- uma bengala porque tinha uma perna menor que a outra anexos do professor

Direitos Humanos e Construção da Cidadania na Educa- cha de Almeida aproveitasse a aquisição do livro sobre e tem gente que não tem um braço. Cada pessoa é dife- avaliação inicial
ção Primária do professorado da Escola Normal Superior a artista chilena Violeta Parra para abordar a questão de rente”, diz sobre a abordagem. língua portuguesa
N°1, de Buenos Aires, para trabalhar “a desnaturaliza- gênero com seus alunos da Escola Municipal de Ensino propostas de intervenção na
Marcelo Duvidovich, dono da Sur Livro, diz que as ver-
ção das etiquetas, estereótipos, generalizações e sentido Fundamental Senador Alberto Pasqualini, de Porto Ale- forma de orientação de estudos
sões em português de Frida Kahlo e Violeta Parra ultra-
comum”. Para isso, levou também uma entrevista com a gre. “Eu não podia deixar passar em branco o que acon-
passaram 7 mil exemplares vendidos e que mesmo as protocolo para
autora publicada em um site, para discutir, com docentes teceu”, explica. avaliação formativa
edições em espanhol tiveram boa recepção. “A coleção
em formação, objetivos e possíveis repercussões desse
Com seus alunos de 7 a 8 anos, o gaúcho contou a histó- traz toques do que é autoritarismo e ditadura, que não
tipo de obra infantil centrada em mulheres lutadoras e análise das habilidades
ria da artista, identificou a localização do Chile em um são fáceis de transmitir, de forma leve. Os professores descritores
revolucionárias.
globo terrestre e ressaltou a passagem em que o marido adoram isso, porque podem trabalhar não só a leitura,
de Violeta pede que ela escolha entre a arte ou ele, que a mas também a temática”, explica. “Quanto mais surgem sugestões de práticas
Os livros trazem desenhos do ilustrador Pitu Saá, são
diagramados por Martín Azcurra e contam com páginas queria em casa. A cantora decide cuidar dos filhos sem histórias de violação de direitos das mulheres, mais vem
de atividades que dialogam com a história ou obra da an- abandonar a arte. “Eu disse a eles: é muito legal ela ter à tona a importância deste tipo de obra. ”
fortalecimento da aprendizagem 157
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Os próximos personagens reais da coleção serão a antiprin- dentistas do Alto Peru no início do século XIX. Clarice 2 Julieta Alonso, professora argentina; Trinidad Haedo,
cesa Gilda, cantora de cumbia argentina, e o antiherói será Lispector “abandonou uma vida de princesa” ao lado do socióloga argentina; Nadia Fink, autora de um dos livros
caixa de ferramenta
Ernesto “Che” Guevara. No Brasil, os livros de Frida Kahlo marido diplomata e escreveu importantes obras da lite- da coleção; Leonardo Rocha de Almeida, professor do professor
e de Violeta Parra estão à venda em português. A previsão é ratura brasileira. Julio Cortázar foi um renomado escri- brasileiro; Marcelo Duvidovich, dono da editora que
publicou a coleção. abertura das sequências
de que os próximos lançamentos sejam a obra sobre Clarice tor argentino, e Eduardo Galeano retratou injustiças no
Lispector em julho e a sobre Eduardo Galeano mais adiante. continente. ”
sequência 1
3 O nome da artista é retomado nos parágrafos 10 e 11
orientações de estudo
(http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/colecao-sobre- do texto, com o intuito de demonstrar a maneira como
antiprincesas-e-antiherois-ajuda-a-desconstruir-estereotipos- Posteriormente, o texto retomará o nome da artista chi-
de-genero-em-sala-de-aula/ Acesso em 24/10/2016. ) o professor Leonardo Rocha de Almeida utilizou o livro sequência 2
lena Violeta Parra. Identifique o parágrafo em que isso
sobre Violeta Parra para discutir com seus alunos
orientações de estudo
ocorre e explique em que consiste essa retomada. questões de gênero.
 ID DO CARTÃO: 1196 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D01J 
4. Releia o título do texto: sequência 3
4 Os estereótipos de gênero são o comportamento de
Você já leu o texto “Coleção sobre antiprincesas e an-
orientações de estudo
“Coleção sobre antiprincesas e antiheróis ajuda a des- “princesa” para as meninas (submissão, docilidade,
tiheróis ajuda a desconstruir estereótipos de gênero em sala
construir estereótipos* de gênero em sala de aula” fragilidade, passividade) e de “herói” para os meninos
de aula”, de LUCIANA TADDEO. Agora responda a algumas
(força, agressividade, violência), conforme fica claro no
questões sobre ele: *Estereótipo: uma imagem ou ideia excessivamente sim- anexos do professor
2o parágrafo: “Notórios por seus talentos e lutas, os
plificada que se faça de algo ou alguém, geralmente cor- protagonistas da coleção Antiprincesas e Antiheróis, da
1. O texto trata da publicação de uma coleção de livros in- avaliação inicial
respondendo a alguma generalização superficial – e pre- editora argentina Chirimbote, são latino-americanos e
fantojuvenis. O que ele diz a respeito da recepção des- língua portuguesa
conceituosa. se contrapõem ao estereótipo feminino de princesa e
ses livros pelo público? propostas de intervenção na
masculino de superpoderes. ” forma de orientação de estudos
Relendo o texto como um todo, explique em que consis-
2. O texto cita os depoimentos de cinco pessoas que aju-
tem os estereótipos de gênero que a coleção em ques- protocolo para
dam o leitor a compreender melhor a recepção que os No caso de erros na questão 8 avaliação formativa
tão visa a desconstruir. Exemplifique sua explicação
livros tiveram. Quem são essas cinco pessoas?
Ainda que o texto seja informativo, a questão trata do
com um trecho retirado do próprio texto. análise das habilidades
3. Releia o primeiro parágrafo do texto: reconhecimento de uma tese (opinião) defendida no texto.
descritores
Resposta: Para retomar essas habilidades de leitura, leia e faça
“Frida Kahlo era manca, dedicou-se às artes e tornou-se
as atividades das páginas 91 e 92 do material Conexão sugestões de práticas
um ícone da pintura mexicana. Violeta Parra preferiu a 1 O texto diz que os livros tiveram uma ótima recepção.
Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1
vida artística à doméstica e fez história na música chile- Tiveram grande vendagem e foram muito bem avaliados
(ID DO CARTÃO: 1239 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07K
na. Juana Azurduy comandou tropas em lutas indepen- pelo público.
fortalecimento da aprendizagem 158
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
 ID DO CARTÃO: 1239 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D07K  2ª frase: O autor faz uma dura crítica às pessoas que, durante via-

A tese de um texto gens de férias ao exterior, “se encantam” ao ver crianças tra- caixa de ferramenta
“Isso, quase sempre, significa estar fora da escola. ”
balhando”, mesmo que seja só ao “ajudar” os seus pais. Com do professor
Muitas vezes, a tese de um texto pode ser identificada
Aqui, o autor não coloca nenhum dado concreto, numérico, isso, consequentemente, o autor se posiciona contrariamen-
através de um estilo de linguagem muito específico, que des- abertura das sequências
baseado em pesquisa. Ele faz uma afirmação objetiva através te ao trabalho infantil, em qualquer que seja a sua forma, em
toa do estilo utilizado em outras partes do texto – diferindo sequência 1
de uma dedução, colocando algo que seria um fato, baseado qualquer país.
mesmo de outras partes do mesmo parágrafo. Como exem- orientações de estudo
plo, vamos ler o trecho abaixo e analisá-lo frase por frase: em outro fato. Isto é, ele deduz que a maioria das crianças e
5ª e 6ª frases:
adolescentes que trabalham no Brasil não estão matriculados sequência 2
“No mundo real, mais de 3,3 milhões de crianças e ado- “Por aqui não falta trabalho infantil. Sobra. ”
em nenhuma escola, não estudam, uma vez que as jornadas orientações de estudo
lescentes, entre 5 e 17 anos, estão em situação de trabalho
infantil no Brasil, segundo levantamento feito pela Fun- de trabalho comuns, no Brasil, são longas, o que impossibilita- Reforço da tese manifestada anteriormente. Implicita-
sequência 3
dação Abrinq. Isso, quase sempre, significa estar fora da ria essas crianças e adolescentes de frequentarem a escola. mente, o autor critica as pessoas que acreditam que as crian-
orientações de estudo
escola. Só 56% dos adolescentes no ensino médio estão ças deveriam trabalhar, ou trabalhar mais. Ele diz que não
3ª frase:
matriculados na série correspondente à sua idade. Não “falta” trabalho infantil no Brasil; “sobra”, ou seja, há trabalho
há lição alguma a ser dada por quem se encanta a ver “Só 56% dos adolescentes no ensino médio estão matri-
infantil demasiadamente, quando não deveria haver trabalho
culados na série correspondente à sua idade. ” anexos do professor
crianças ajudando os pais a trabalhar durante as férias infantil algum. Os dados citados anteriormente comprovam
em outro país. Por aqui não falta trabalho infantil. Sobra.” avaliação inicial
Mais uma vez, informações objetivas, a partir de dados esse fato.
língua portuguesa
(http://www.cartacapital.com.br/sociedade/precisamos-falar-
sobre-trabalho-infantil )
numéricos/concretos.
propostas de intervenção na
No caso de erros na questão 9 forma de orientação de estudos
4ª frase:
1ª frase:
A questão trata do reconhecimento de uma protocolo para
“Não há lição alguma a ser dada por quem se encanta a
“No mundo real, mais de 3,3 milhões de crianças e ado- informação do enredo de um conto. Sobre esse avaliação formativa
ver crianças ajudando os pais a trabalhar durante as fé-
lescentes, entre 5 e 17 anos, estão em situação de traba- assunto, leia as páginas 94 e 95 do material Conexão
lho infantil no Brasil, segundo levantamento feito pela rias em outro país. ” Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 análise das habilidades
descritores
Fundação Abrinq. ”
Agora, o tom da escrita muda. Preste atenção ao come- ID DO CARTÃO: 1240 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10B
sugestões de práticas
O estilo, aqui, é bastante objetivo. A frase, essencialmente, ço da frase: “Não há lição ALGUMA...” Trata-se de uma afir-
transmite informações objetivas a respeito de fatos: o número mação categórica, expressando um ponto de vista subjetivo,
alto de crianças e adolescentes que trabalham no Brasil. uma opinião, uma tese a respeito de um tema, um fato.
fortalecimento da aprendizagem 159
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
 ID DO CARTÃO: 1240 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10B  desencadeará um processo (é o que chamamos de enredo) –  Espere aí, diabada!…
que atingirá um resultado final – sem mais transformações. caixa de ferramenta
Os dois gatunos sumiram-se aos pinotes.
Enredo: Vamos ver um exemplo? do professor
–  Boa peça, hem? – disse o macaco lá longe. O gato sus-
Toda narrativa tem uma história. O que é que isso quer O macaco e o gato abertura das sequências
Monteiro Lobato pirou:
dizer? Não existirá uma narrativa sem acontecimentos que sequência 1
sejam a própria substância dessa narrativa. Uma história que –  Para você, que comeu as castanhas. Para mim foi pés-
Simão, o macaco, e Bichano, o gato, moram juntos na orientações de estudo
se conta nada mais é do que alguma coisa que acontece, em sima, pois arrisquei o pelo e fiquei em jejum, sem saber
mesma casa. E pintam o sete. Um furta coisas, remexe
princípio. Todas as narrativas partem da seguinte estrutura gavetas, esconde tesourinhas, atormenta o papagaio; ou-
que gosto tem uma castanha assada… sequência 2
básica: tro arranha os tapetes, esfiapa as almofadas e bebe o leite (https://peregrinacultural.wordpress.com/2013/08/24/fabula-o- orientações de estudo
macaco-e-o-gato-texto-de-monteiro-lobato/
das crianças.
1. Nada acontece; Acesso em 27/11/2016) sequência 3
2. Acontece alguma coisa; Mas, apesar de amigos e sócios, o macaco sabe agir com orientações de estudo
Qual é o estado inicial na história acima? O cotidiano do
3. Nada mais acontece. tal maromba que é quem sai ganhando sempre. Foi as-
macaco e do gato, vivendo na mesma casa e fazendo as mes-
sim no caso das castanhas.
E qual é a natureza de um acontecimento? O que é que acon- mas coisas, sempre. Isso não significa exatamente que nada
A cozinheira pusera a assar nas brasas umas castanhas anexos do professor
tece quando uma coisa (qualquer coisa) acontece? Você já pa- aconteça, mas apenas que nada provocará mudança alguma
e fora à horta colher temperos. Vendo a cozinha vazia, os avaliação inicial
rou para pensar nisso? A resposta é muito lógica. Um aconteci- nesse cotidiano inicial. Então, acontece alguma coisa diferen-
dois malandros se aproximaram. Disse o macaco: língua portuguesa
mento nada mais é do que uma mudança no estado de alguma te, e é aí que se inicia o enredo propriamente dito da história.
propostas de intervenção na
coisa – em outras palavras, uma mudança de estado. Com isso, –  Amigo Bichano, você que tem uma pata jeitosa, tire as forma de orientação de estudos
Uma narrativa começa a se desenrolar a partir de um
conseguimos elaborar melhor nossa estrutura narrativa básica: castanhas do fogo. O gato não se fez insistir e com muita
conflito gerador do enredo. No caso da fábula do macaco e protocolo para
arte começou a tirar as castanhas.
1. Estado inicial – sem mudanças; do gato, esse conflito/fato/situação que provocará uma mu- avaliação formativa
2. Estado intermediário – mudanças acontecendo; –  Pronto, uma… dança no estado inicial acontece quando vemos o macaco
análise das habilidades
3. Estado final – o estado das coisas após as mudanças (e –  Agora aquela lá… Isso. Agora aquela gorducha… Isso. pedir para o gato pegar as castanhas. A partir de então, o descritores
sem novas mudanças). E mais a da esquerda, que estalou… narrador vai contar detalhadamente tudo o que acontecerá e
sugestões de práticas
quais as consequências.
Vamos reforçar: para que exista uma narrativa, ou o prin- O gato as tirava, mas quem as comia, gulosamente, pis-
cípio do que seja de uma narrativa, é preciso haver uma trans- cando o olho, era o macaco… De repente, eis que surge a No final, volta-se ao mesmo cotidiano (o macaco levando
formação no estado de alguma coisa; essa transformação cozinheira, furiosa, de vara na mão. vantagem sobre o gato), mas com um diferencial: a reclama-
fortalecimento da aprendizagem 160
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
ção do gato, que traz a conclusão e a moral da história (não Através dos personagens, a narrativa compartilha com
No caso de erros na questão 10
podemos nos deixar ser explorados por outras pessoas). É o leitor experiências, vivências, sensações, emoções e ideias caixa de ferramenta
por isso que essa história merece ser contada, apesar de não Para avançar na leitura de textos narrativos, leia profundamente humanas, fazendo o leitor também vivenciá- do professor
as páginas 96 e 97 que tratam da construção das
se diferenciar muito do dia a dia dos dois personagens. -las, de certa maneira, graças ao processo de identificação
personagens, disponível no material Conexão abertura das sequências
com os personagens de uma história. De todos os perso-
É importante a gente entender também que é o conflito Aprendizagem - Fichas - Língua Portuguesa| Fase 1 sequência 1
nagens de um texto narrativo, é particularmente importante
gerador que traz a motivação para as ações das personagens: ID DO CARTÃO: 1244 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10C). orientações de estudo
acompanharmos o personagem principal (também chama-
o macaco e o gato, ao verem as castanhas sendo assadas,
quiseram comê-las; mas o macaco não quer dividi-las com o Para praticar a leitura de um texto narrativo, faça as do de protagonista), ou principais. sequência 2
gato nem correr o risco de roubá-las sozinho; então, ludibria o atividades propostas nas páginas 108 a 114. Os acontecimentos, transformações de estado e senti- orientações de estudo
ID DO CARTÃO: 1249 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10H
seu companheiro para pegá-las todas, enquanto só ele come. dos de uma narrativa tendem a se concentrar em torno do
ID DO CARTÃO: 1248 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10I
sequência 3
personagem principal. Suas ações (e as motivações delas)
1. Relendo o conto acima, indique o acontecimento que orientações de estudo
são as mais importantes, pois elas é que mais desencadeiam
permite a passagem do estado inicial ao conflito gera-
os acontecimentos contados, interferindo nas ações dos ou-
dor de enredo, a partir dos conceitos já explicados.  ID DO CARTÃO: 1244 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10C 
tros personagens, nos rumos e na conclusão da história. Por
anexos do professor
Orientação de resposta: exemplo:
Personagens: avaliação inicial
O acontecimento que provoca o desequilíbrio necessário A lei língua portuguesa
à condução da narrativa é o fato de o macaco pedir Dissemos mais atrás que toda história é alguma coisa
Lima Barreto propostas de intervenção na
para o gato pegar as castanhas (fato novo e inesperado, que acontece. Agora, vamos aprimorar um pouco essa ideia: forma de orientação de estudos
segundo a introdução do conto): toda história é algo que acontece com alguém. O foco cen- Este caso da parteira merece sérias reflexões que tendem
a interrogar sobre a serventia da lei. protocolo para
“A cozinheira pusera a assar nas brasas umas castanhas tral dos acontecimentos narrativos é sempre os persona-
avaliação formativa
e fora à horta colher temperos. Vendo a cozinha vazia, os gens. São os personagens que trazem o conteúdo humano
Uma senhora, separada do marido, muito naturalmente
dois malandros se aproximaram. Disse o macaco: para todas as narrativas. Mesmo que estes não sejam pro- análise das habilidades
quer conservar em sua companhia a filha; e muito natu-
descritores
– Amigo Bichano, você que tem uma pata jeitosa, tire as priamente humanos (por exemplo, os animais nas fábulas), ralmente também não quer viver isolada e cede, por isto
castanhas do fogo. ” sempre representarão simbolicamente seres humanos. ou aquilo, a uma inclinação amorosa. sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 161
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
O caso se complica com uma gravidez e para que a lei, (http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/ de um bom errado, quase dramático, o puro-sangue dos
conteudo/LimaBarreto/cronicas/alei.htm Aceso em 27/11/2016)
baseada em uma moral que já se findou, não lhe tire a desmancha-prazeres.
caixa de ferramenta
filha, procura uma conhecida, sua amiga, a fim de provo- Quem é a personagem principal dessa história? A parteira do professor
Morreu meu pai, sentimos muito, etc. Quando chegamos
car um aborto de forma a não se comprometer.
(o narrador não nos diz o nome dela). Qual é a ação dela que vai nas proximidades do Natal, eu já estava que não podia abertura das sequências
Vê-se bem que na intromissão da “curiosa” não houve desencadear os outros acontecimentos que levarão ao fim da mais pra afastar aquela memória obstruente do morto, sequência 1
nenhuma espécie de interesse subalterno, não foi ques- história? Um aborto que ela tenta realizar para uma amiga. Quais que parecia ter sistematizado pra sempre a obrigação de
orientações de estudo
tão de dinheiro. O que houve foi simplesmente camara- são as motivações dessa ação? Ajudar a sua amiga. Quais as uma lembrança dolorosa em cada almoço, em cada gesto
dagem, amizade, vontade de servir a uma amiga, de li- consequências dessa ação? Uma perseguição injusta por parte mínimo da família. Uma vez que eu sugerira à mamãe sequência 2
vrá-la de uma terrível situação. da lei e da sociedade, que levará a pobre parteira a suicidar-se. a ideia dela ir ver uma fita no cinema, o que resultou fo- orientações de estudo
ram lágrimas. Onde se viu ir ao cinema, de luto pesado! A
Aos olhos de todos, é um ato digno, porque, mais do que
dor já estava sendo cultivada pelas aparências, e eu, que sequência 3
o amor, a amizade se impõe.  ID DO CARTÃO: 1249 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10H  sempre gostara apenas regularmente de meu pai, mais orientações de estudo
Acontece que a sua intervenção foi desastrosa e lá vem a lei, 2. Leia o texto a seguir para avançar no estudo da narrativa por instinto de filho que por espontaneidade de amor, me
os regulamentos, a polícia, os inquéritos, os peritos, a facul- de um texto: via a ponto de aborrecer o bom do morto.
dade e berram: você é uma criminosa! Você quis impedir que anexos do professor
O Peru de Natal Foi decerto por isto que me nasceu, esta sim, esponta-
nascesse mais um homem para aborrecer-se com a vida! Mário de Andrade
neamente, a ideia de fazer uma das minhas chamadas avaliação inicial
Berram e levam a pobre mulher para os autos, para a jus- O nosso primeiro Natal de família, depois da morte de “loucuras”. Essa fora aliás, e desde muito cedo, a minha língua portuguesa
tiça, para a chicana, para os depoimentos, para essa via- meu pai acontecida cinco meses antes, foi de consequ- esplêndida conquista contra o ambiente familiar. Desde propostas de intervenção na
cedinho, desde os tempos de ginásio, em que arranjava forma de orientação de estudos
-sacra da justiça, que talvez o próprio Cristo não percor- ências decisivas para a felicidade familiar. Nós sempre
resse com resignação. fôramos familiarmente felizes, nesse sentido muito abs- regularmente uma reprovação todos os anos; desde o bei-
protocolo para
trato da felicidade: gente honesta, sem crimes, lar sem jo às escondidas, numa prima, aos dez anos, descoberto avaliação formativa
A parteira, mulher humilde, temerosa das leis, que não
brigas internas nem graves dificuldades econômicas. por Tia Velha, uma detestável de tia; e principalmente
conhecia, amedrontada com a prisão, onde nunca espe- análise das habilidades
Mas, devido principalmente à natureza cinzenta de meu desde as lições que dei ou recebi, não sei, de uma criada
rava parar, mata-se. descritores
pai, ser desprovido de qualquer lirismo, de uma exem- de parentes: eu consegui no reformatório do lar e na vas-
Reflitamos, agora; não é estúpida a lei que, para prote- plaridade incapaz, acolchoado no medíocre, sempre nos ta parentagem, a fama conciliatória de “louco”. “É doido, sugestões de práticas
ger uma vida provável, sacrifica duas? Sim, duas porque faltara aquele aproveitamento da vida, aquele gosto pe- coitado!” falavam. Meus pais falavam com certa tristeza
a outra procurou a morte para que a lei não lhe tirasse a las felicidades materiais, um vinho bom, uma estação de condescendente, o resto da parentagem buscando exem-
filha. De que vale a lei? águas, aquisição de geladeira, coisas assim. Meu pai fora plo para os filhos e provavelmente com aquele prazer dos
fortalecimento da aprendizagem 162
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
que se convencem de alguma superioridade. Não tinham E descarreguei minha gelada indiferença pela nossa pa- companheira. Está claro que omiti onde aprendera a re-
doidos entre os filhos. Pois foi o que me salvou, essa fama. rentagem infinita, diz-que vinda de bandeirantes, que ceita, mas todos desconfiaram. E ficaram logo naquele ar
caixa de ferramenta
Fiz tudo o que a vida me apresentou e o meu ser exigia bem me importa! Era mesmo o momento pra desenvol- de incenso assoprado, se não seria tentação do Dianho do professor
para se realizar com integridade. E me deixaram fazer ver minha teoria de doido, coitado, não perdi a ocasião. aproveitar receita tão gostosa. E cerveja bem gelada, eu
abertura das sequências
tudo, porque eu era doido, coitado. Resultou disso uma Me deu de sopetão uma ternura imensa por mamãe e garantia quase gritando. É certo que com meus “gostos”,
existência sem complexos, de que não posso me queixar titia, minhas duas mães, três com minha irmã, as três já bastante afinados fora do lar, pensei primeiro num vi- sequência 1
um nada. mães que sempre me divinizaram a vida. Era sempre nho bom, completamente francês. Mas a ternura por ma- orientações de estudo

aquilo: vinha aniversário de alguém e só então faziam mãe venceu o doido, mamãe adorava cerveja.
Era costume sempre, na família, a ceia de Natal. Ceia reles,
peru naquela casa. Peru era prato de festa: uma imun- sequência 2
já se imagina: ceia tipo meu pai, castanhas, figos, passas, Quando acabei meus projetos, notei bem, todos estavam orientações de estudo
dície de parentes já preparados pela tradição, invadiam
depois da Missa do Galo. Empanturrados de amêndoas felicíssimos, num desejo danado de fazer aquela loucura
a casa por causa do peru, das empadinhas e dos doces.
e nozes (quanto discutimos os três manos por causa dos em que eu estourara. Bem que sabiam, era loucura sim, sequência 3
Minhas três mães, três dias antes já não sabiam da vida
quebra-nozes...), empanturrados de castanhas e monoto- mas todos se faziam imaginar que eu sozinho é que estava orientações de estudo
senão trabalhar, trabalhar no preparo de doces e frios
nias, a gente se abraçava e ia pra cama. Foi lembrando desejando muito aquilo e havia jeito fácil de empurrarem
finíssimos de bem-feitos, a parentagem devorava tudo
isso que arrebentei com uma das minhas “loucuras”: pra cima de mim a... culpa de seus desejos enormes. Sor-
e ainda levava embrulhinhos pros que não tinham po-
riam se entreolhando, tímidos como pombas desgarradas, anexos do professor
–  Bom, no Natal, quero comer peru. dido vir. As minhas três mães mal podiam de exaustas.
até que minha irmã resolveu o consentimento geral:
Do peru, só no enterro dos ossos, no dia seguinte, é que avaliação inicial
Houve um desses espantos que ninguém não imagina. mamãe com titia ainda provavam num naco de perna, –  É louco mesmo!. . . língua portuguesa
Logo minha tia solteirona e santa, que morava conosco, vago, escuro, perdido no arroz alvo. E isso mesmo era propostas de intervenção na
advertiu que não podíamos convidar ninguém por causa Comprou-se o peru, fez-se o peru, etc. E depois de uma forma de orientação de estudos
mamãe quem servia, catava tudo pro velho e pros filhos.
do luto. Missa do Galo bem mal rezada, se deu o nosso mais ma-
Na verdade ninguém sabia de fato o que era peru em
ravilhoso Natal. Fora engraçado: assim que me lembrara protocolo para
nossa casa, peru resto de festa. avaliação formativa
–  Mas quem falou de convidar ninguém! essa mania... de que finalmente ia fazer mamãe comer peru, não fizera
Quando é que a gente já comeu peru em nossa vida! Peru Não, não se convidava ninguém, era um peru pra nós, outra coisa aqueles dias que pensar nela, sentir ternura
análise das habilidades
aqui em casa é prato de festa, vem toda essa parentada cinco pessoas. E havia de ser com duas farofas, a gorda por ela, amar minha velhinha adorada. E meus manos descritores
do diabo... com os miúdos, e a seca, douradinha, com bastante man- também, estavam no mesmo ritmo violento de amor, to-
teiga. Queria o papo recheado só com a farofa gorda, em sugestões de práticas
dos dominados pela felicidade nova que o peru vinha im-
–  Meu filho, não fale assim. . .
que havíamos de ajuntar ameixa preta, nozes e um cálice primindo na família. De modo que, ainda disfarçando as
–  Pois falo, pronto! de xerez, como aprendera na casa da Rose, muito minha coisas, deixei muito sossegado que mamãe cortasse todo
fortalecimento da aprendizagem 163
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
o peito do peru. Um momento aliás, ela parou, feito fatias Quando que ela havia de imaginar, a pobre! que aquele mãe por fim sabendo que peru era manjar mesmo digno
um dos lados do peito da ave, não resistindo àquelas leis era o prato dela, da Mãe, da minha amiga maltratada, que do Jesusinho nascido. caixa de ferramenta
de economia que sempre a tinham entorpecido numa sabia da Rose, que sabia meus crimes, a que eu só lem- do professor
Principiou uma luta baixa entre o peru e o vulto de pa-
quase pobreza sem razão. brava de comunicar o que fazia sofrer! O prato ficou su-
pai. Imaginei que gabar o peru era fortalecê-lo na luta, e, abertura das sequências
blime.
–  Não senhora, corte inteiro! Só eu como tudo isso! está claro, eu tomara decididamente o partido do peru. sequência 1
–  Mamãe, este é o da senhora! Não! não passe não! Mas os defuntos têm meios visguentos, muito hipócritas orientações de estudo
Era mentira. O amor familiar estava por tal forma incan-
de vencer: nem bem gabei o peru que a imagem de papai
descente em mim, que até era capaz de comer pouco, só Foi quando ela não pôde mais com tanta comoção e
pra que os outros quatro comessem demais. E o diapa-
cresceu vitoriosa, insuportavelmente obstruidora. sequência 2
principiou chorando. Minha tia também, logo perce-
orientações de estudo
são dos outros era o mesmo. Aquele peru comido a sós, bendo que o novo prato sublime seria o dela, entrou no –  Só falta seu pai. . .
redescobria em cada um o que a quotidianidade abafa- refrão das lágrimas. E minha irmã, que jamais viu lá-
Eu nem comia, nem podia mais gostar daquele peru per- sequência 3
ra por completo, amor, paixão de mãe, paixão de filhos. grima sem abrir a torneirinha também, se esparramou
feito, tanto que me interessava aquela luta entre os dois orientações de estudo
Deus me perdoe mas estou pensando em Jesus. . . no choro. Então principiei dizendo muitos desaforos pra
mortos. Cheguei a odiar papai. E nem sei que inspiração
Naquela casa de burgueses bem modestos, estava se re- não chorar também, tinha dezenove anos... Diabo de
genial, de repente me tornou hipócrita e político. Naquele
alizando um milagre digno do Natal de um Deus. O peito família besta que via peru e chorava! coisas assim. To-
instante que hoje me parece decisivo da nossa família, anexos do professor
do peru ficou inteiramente reduzido a fatias amplas. dos se esforçavam por sorrir, mas agora é que a alegria
tomei aparentemente o partido de meu pai. Fingi, triste: avaliação inicial
se tornara impossível. É que o pranto evocara por as-
–  Eu que sirvo! língua portuguesa
sociação a imagem indesejável de meu pai morto. Meu –  É mesmo... Mas papai, que queria tanto bem a gente,
propostas de intervenção na
“É louco, mesmo” pois por que havia de servir, se sem- pai, com sua figura cinzenta, vinha pra sempre estragar que morreu de tanto trabalhar pra nós, papai lá no céu
forma de orientação de estudos
pre mamãe servira naquela casa! Entre risos, os gran- nosso Natal, fiquei danado. há de estar contente... (hesitei, mas resolvi não mencio-
des pratos cheios foram passados pra mim e principiei nar mais o peru) contente de ver nós todos reunidos em protocolo para
Bom, principiou-se a comer em silêncio, lutuosos, e o avaliação formativa
uma distribuição heroica, enquanto mandava meu mano família.
peru estava perfeito. A carne mansa, de um tecido muito
servir a cerveja. Tomei conta logo de um pedaço admirá- análise das habilidades
tênue boiava fagueira entre os sabores das farofas e do E todos principiaram muito calmos, falando de papai. A
vel da “casca”, cheio de gordura e pus no prato. E depois descritores
presunto, de vez em quando ferida, inquietada e redese- imagem dele foi diminuindo, diminuindo e virou uma es-
vastas fatias brancas. A voz severizada de mamãe cortou
jada, pela intervenção mais violenta da ameixa preta e o trelinha brilhante do céu. Agora todos comiam o peru com sugestões de práticas
o espaço angustiado com que todos aspiravam pela sua
estorvo petulante dos pedacinhos de noz. Mas papai sen- sensualidade, porque papai fora muito bom, sempre se sa-
parte no peru:
tado ali, gigantesco, incompleto, uma censura, uma cha- crificara tanto por nós, fora um santo que “vocês, meus
–  Se lembre de seus manos, Juca! ga, uma incapacidade. E o peru, estava tão gostoso, ma- filhos, nunca poderão pagar o que devem a seu pai”, um
fortalecimento da aprendizagem 164
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
santo. Papai virara santo, uma contemplação agradável, deitar, dormir ou mexer na cama, pouco importa, por- a. livrar-se da “sombra” deixada pelos costumes do pai
uma inestorvável estrelinha do céu. Não prejudicava mais que é bom uma insônia feliz. O diabo é que a Rose, cató- que morrera; caixa de ferramenta
ninguém, puro objeto de contemplação suave. O único lica antes de ser Rose, prometera me esperar com uma do professor
b. cometer mais uma de suas “loucuras”;
morto ali era o peru, dominador, completamente vitorioso. champanha. Pra poder sair, menti, falei que ia a uma
c. comemorar a data festiva com fartura; abertura das sequências
festa de amigo, beijei mamãe e pisquei pra ela, modo de
Minha mãe, minha tia, nós, todos alagados de felicida- sequência 1
d. homenagear a memória do pai morto;
de. Ia escrever “felicidade gustativa”, mas não era só isso contar onde é que ia e fazê-la sofrer seu bocado. As ou-
orientações de estudo
tras duas mulheres beijei sem piscar. E agora, Rose!. . . e. esbanjar a herança deixada pelo pai.
não. Era uma felicidade maiúscula, um amor de todos,
um esquecimento de outros parentescos distraidores do (http://www.releituras.com/marioandrade_natal.asp 3. O conto é narrado por: sequência 2
grande amor familiar. E foi, sei que foi aquele primeiro Acesso em 27/11/2016)
a. um narrador em 1a pessoa que é apenas testemunha orientações de estudo
peru comido no recesso da família, o início de um amor
dos fatos;
novo, reacomodado, mais completo, mais rico e inventi- sequência 3
vo, mais complacente e cuidadoso de si. Nasceu de então
 ID DO CARTÃO: 1248 CÓDIGO DO DESCRITOR: P1D10I  b. um narrador em 3a pessoa que recebeu a história de
orientações de estudo
uma felicidade familiar pra nós que, não sou exclusivista, Agora que você já leu o texto “O Peru de Natal”, de Mário outras mãos;
alguns a terão assim grande, porém mais intensa que a de Andrade, reflita sobre ele com base nas questões abaixo: c. um narrador em 1a pessoa que é protagonista da his-
nossa me é impossível conceber. tória; anexos do professor
1. O acontecimento que desencadeia o conflito do enredo
Mamãe comeu tanto peru que um momento imaginei, d. um narrador em 3a pessoa onisciente e que não par- avaliação inicial
desse texto é:
aquilo podia lhe fazer mal. Mas logo pensei: ah, que faça! ticipa da história; língua portuguesa
mesmo que ela morra, mas pelo menos que uma vez na a. a morte do pai do protagonista; e. uma mistura de narrador em 1a e 3a pessoas. propostas de intervenção na
vida coma peru de verdade! forma de orientação de estudos
b. o protagonista querer comer peru no Natal com a 4. O desfecho do conto demonstra que:
A tamanha falta de egoísmo me transportara o nosso in- família; protocolo para
a. as ações do narrador não tiveram impacto na vida da avaliação formativa
finito amor... Depois vieram umas uvas leves e uns doces,
c. as “loucuras” da infância do protagonista; família;
que lá na minha terra levam o nome de “bem-casados”.
análise das habilidades
d. a má relação entre o protagonista e seu pai; b. as ações do narrador pioraram a vida da família;
Mas nem mesmo este nome perigoso se associou à lem- descritores
brança de meu pai, que o peru já convertera em dignida- e. a chegada do Natal após a morte do pai do protago- c. as ações do narrador contribuíram para a fragmenta-
sugestões de práticas
de, em coisa certa, em culto puro de contemplação. nista. ção da família;

Levantamos. Eram quase duas horas, todos alegres, 2. O que motiva a ação do protagonista em querer comer d. as ações do narrador ampliaram o horizonte de vivên-
bambeados por duas garrafas de cerveja. Todos iam peru no Natal com a família? cias da família;
fortalecimento da aprendizagem 165
propostas de intervenção início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
e. as ações do narrador fizeram que a família passasse
a odiar o pai falecido. caixa de ferramenta
5. Assinale a alternativa que corresponde ao ponto de vista do professor

adotado pelo narrador da história: abertura das sequências

a. o pai; sequência 1
b. a mãe; orientações de estudo

c. os irmãos do filho protagonista; sequência 2


d. ponto de vista neutro; orientações de estudo

e. o filho protagonista.
sequência 3
Resposta: orientações de estudo

1. B; 2. A; 3. C; 4. D; 5. E

1.  lternativa B; toda a ação começa quando o filho faz


A
anexos do professor
questão de que seja servido peru na ceia de natal com a
família. avaliação inicial
língua portuguesa
2.  lternativa A; o protagonista quer livrar-se do trauma
A
propostas de intervenção na
causado pela culpa de comer peru no natal, causada forma de orientação de estudos
pelo pai que morrera.
protocolo para
3. 
Alternativa C; o narrador é personagem e utiliza a 1ª avaliação formativa
pessoa do discurso para falar de si mesmo.
análise das habilidades
4. 
Alternativa D; o narrador conseguiu superar o trauma descritores
causado pela lembrança do pai e ainda promoveu um
momento de alegria e satisfação na ceia com a família. sugestões de práticas

5. 
Alternativa E; sendo o narrador o próprio filho,
naturalmente o ponto de vista será o dele mesmo.
fortalecimento da aprendizagem 166
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Protocolo para avaliação


jornadas e produtos

caixa de ferramenta

formativa
do professor

abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

Apresentamos a seguir um quadro de referência e três zz Prática 2 — Avaliação da turma pelo professor: propõe uso delas conforme a necessidade identificada em cada
anexos do professor
práticas de avaliação formativa, que podem ser escolhidas e apoiar o professor para poder mapear e intervir nas princi- aula. Para apoiá-los na identificação de quando utilizá-las,
combinadas pelo professor em função do momento da aula e/ pais lacunas observadas na turma e nos alunos que este- este protocolo também oferece um roteiro para a aplicação avaliação inicial
língua portuguesa
ou da sequência didática, conforme os roteiros subsequentes. jam avançando menos na sequência didática. das práticas avaliativas.
propostas de intervenção na
No anexo, consta o referencial metodológico, cuja leitura zz Prática 3 — Devolutiva estruturada: propõe ações aos Por fim, para tornar ainda mais concreta a aplicação des- forma de orientação de estudos

é recomendada como preparação do professor para aplicar docentes para apoiarem orientações de estudo ao final de ses instrumentos, são oferecidos exemplos e casos de uso protocolo para
as práticas avaliativas deste protocolo. cada aula; favorecerem a motivação dos estudantes; pro- dessas práticas. Em cada uma das sequências didáticas, há avaliação formativa
moverem estratégias para ajudá-los a aprender melhor e quadros indicando “Atenção para Avaliação!”. Essas indica-
Este protocolo está organizado em três práticas avaliati-
desenvolver as habilidades relacionadas às atividades de análise das habilidades
vas para serem utilizadas ao longo das sequências didáticas: ções ajudam o professor a prever quando e de que forma descritores
aprendizagem com que estiverem envolvidos; fecharem o poderão aplicar uma prática avaliativa no planejamento de
zz Prática 1 — Autoavaliação e Socialização: propõe uma processo, com revisão e ajuste no ensino. sugestões de práticas
cada uma de suas aulas. Ao final deste documento, (ou Pro-
ação de reflexão dialogada entre os estudantes e o pro-
As práticas avaliativas sugeridas não possuem uma se- tocolo) constam alguns exemplos de aplicação dos roteiros
fessor sobre a própria aprendizagem e com base no
quência específica e, portanto, os professores podem fazer relacionados às indicações apontadas acima.
Quadro de Referência.
fortalecimento da aprendizagem 167
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Quadro de Referência
caixa de ferramenta
Para descrever o aprendizado dos estudantes na dimensão do conhecimento, assim como a motivação e o uso de estra-
do professor
tégias para aprender, propõe-se a seguinte escala sintética, apresentada na tabela a seguir. As práticas avaliativas terão como
objeto tarefas desempenhadas em uma aula, em uma parte da sequência didática ou mesmo na sequência didática em sua to- abertura das sequências

talidade. O termo “atividade” denota, portanto, este objeto da prática avaliativa. sequência 1
orientações de estudo

Quadro de Referência sequência 2


orientações de estudo
Dimensão Nível 1 Nível 2 Nível 3
sequência 3
Não conseguiu realizar a atividade ou realizou sem Conseguiu realizar a atividade de aula, com o apoio do Consegue realizar as atividades de estudo individual com
Conhecimento orientações de estudo
compreendê-la. professor e/ou com a colaboração do grupo. base no que realizou em aula.

Ao longo da atividade, teve motivação para realizar


Não teve motivação para (efetuar) a atividade ou a
Motivação algumas tarefas, mas faltou motivação para a A motivação se manteve alta ao longo de toda atividade. anexos do professor
realizou sem se envolver.
realização de outras.
avaliação inicial
Não conseguiu organizar suas anotações e nem o Organizou o raciocínio e realizou anotações ao longo Criou uma lógica de pensamento para a atividade que o/a língua portuguesa
Estratégias
raciocínio para realizar a atividade. da atividade, para compreendê-la. ajudou a aprender o que foi ensinado. propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos

protocolo para
Para realizar as práticas avaliativas, o professor deve dimensão e verifique o entendimento inicial deles sobre seu zz Motivação: poderão pensar sobre a motivação na ativida- avaliação formativa

compartilhar com os estudantes o quadro de referência e conteúdo, conforme orientações a seguir: de, o quanto estão se envolvendo e mantendo o interesse
análise das habilidades
combinar com eles que mantenham esse registro em seu Este quadro ajudará vocês a avaliar a própria aprendiza- em aprender. descritores
material para usos posteriores. Pode-se imprimir e distribuir gem e vai me ajudar a conversar com vocês sobre isso. Ve- zz Estratégias: registrarão como estão organizando seu ra-
sugestões de práticas
cópias ou reproduzi-lo no quadro e pedir que todos copiem. jam que temos nele três partes: ciocínio, sua forma de pensar e considerar as anotações
Sugere-se que, assim que os estudantes estiverem com o zz Conhecimento: poderão pensar sobre o quanto estão en- nos cadernos para realizar a atividade.
quadro em seus materiais, o professor faça a leitura de cada tendendo e conseguindo realizar cada atividade.
fortalecimento da aprendizagem 168
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
O objetivo de pensarmos sobre isso é que este exercí- zz Vamos. agora, pensar um pouco sobre a atividade1 que Em outro exemplo, se um estudante avalia seu conheci-
cio ajuda a gente a melhorar o nosso próprio jeito de apren- estamos realizando. Reflitam sobre o quanto vocês pude- mento no nível 1, motivação no nível 2, mas estratégias no caixa de ferramenta
der, e vocês também poderão compartilhar comigo e com ram aprender e qual o nível de motivação de vocês.. nível 1, apresentará a seguinte representação: do professor
os colegas dúvidas e ideias interessantes que surgirem ao
Concretizada a reflexão, o professor propõe aos estudan- abertura das sequências
refletir sobre a atividade. N1 N2 N3
tes que construam uma grade para representar sua autoava- sequência 1
liação, conforme modelo abaixo. Conhecimento
orientações de estudo

Prática 1: N1 N2 N3
Motivação
sequência 2
autoavaliação e socialização Conhecimento Estratégias
orientações de estudo
Esta prática corresponde a uma atividade metacognitiva,
Motivação
em que os estudantes, em poucos minutos, são convidados a: Sugere-se a orientação a seguir para que todos os estu- sequência 3
Estratégias dantes realizem o preenchimento do quadro. orientações de estudo
a. refletir sobre a própria aprendizagem;
A proposta é que cada jovem possa desenhar esta pe- zz Montem agora o quadro no caderno de vocês e preen-
b. sistematizar essa reflexão em um quadro simples;
quena malha em suas próprias folhas de caderno e pintar ou cham conforme o quadro de referência.
c. dialogar com o professor, revelando alguns destaques anexos do professor
marcar um    para representar sua autoavaliação. Por exem-
de sua autoavaliação. Essa sistematização ativa processos metacognitivos dos
plo, um estudante que avalia seu conhecimento no nível 2, avaliação inicial
estudantes, os quais estabelecem para eles uma linguagem língua portuguesa
Para que os estudantes possam efetuar essa reflexão, motivação no nível 3, mas estratégias no nível 1, apresentará
para representarem seus pensamentos, bem como susci- propostas de intervenção na
devem conhecer, desde o começo das sequências didáticas, a seguinte representação:
forma de orientação de estudos
tam ideias para dialogarem com o professor (como proposto
o quadro de referência apresentado anteriormente. As pri-
N1 N2 N3 no item c anterior). Para além dos níveis representados nos
meiras práticas desta autoavaliação exigirão um diálogo do protocolo para
Conhecimento quadros, o porquê da avaliação em cada dimensão ajudará o avaliação formativa
professor com todos da turma para que se apropriem das
escalas, bem como construam os significados metacogniti- Motivação estudante a explicitar ao professor sua experiência naquela
análise das habilidades
vos para utilizá-las. etapa de cada sequência didática. descritores
Estratégias
Sugere-se a orientação a seguir para que os estudantes Dependendo do foco do professor no momento da au- sugestões de práticas
realizem a reflexão sobre a atividade. 1 O professor pode especificar a atividade para deixar mais toavaliação, pode-se solicitar aos estudantes que escrevam
claro aos estudantes sobre o que estão fazendo a reflexão. o que pensaram para preencher a grade. Por exemplo, se no
fortalecimento da aprendizagem 169
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
momento da ação avaliativa o professor faz uma verificação Prática 2: O professor pode usar os próprios objetos da atividade
mais rápida dos entendimentos e dúvidas relacionados à di- Avaliação da turma pelo professor em que os estudantes trabalharam para especificar as per- caixa de ferramenta
mensão do conhecimento, ele pode pedir que os estudantes guntas acima. Este mapeamento deve ser feito de maneira do professor
A avaliação do professor terá dois objetivos: intervir so-
escrevam abaixo da grade sua dúvida ou o que não com- coletiva, com atenção aos pontos de maior frequência de en-
bre as principais lacunas coletivas da turma e propor ações abertura das sequências
preenderam. O mesmo vale se o foco estiver na motivação tendimento ou dúvida da turma.
específicas para aqueles que estejam perdendo o vínculo de sequência 1
ou nas estratégias para aprendizagem.
aprendizagem nas atividades da sequência didática. Sugere-se que o professor organize no quadro ou em uma orientações de estudo
A seguir apresentam-se duas sugestões para a sociali- folha, da maneira que for mais conveniente, os pontos comen-
Em termos práticos, o professor coleta os dados para
zação das autoavaliações dos estudantes. tados pelos estudantes, conforme exemplo a seguir, baseado sequência 2
sua avaliação de duas maneiras:
na parte 4 da primeira sequência didática de Matemática. orientações de estudo
Caso os estudantes estejam realizando a atividade em
1. Na observação dos estudantes enquanto realizam as ta-
grupo, o professor pode sugerir que façam a socialização de
refas propostas. O que foi aprendido? O que ainda é dúvida? sequência 3
suas autoavaliações entre os colegas, enquanto circula para orientações de estudo
2. Na socialização das autoavaliações realizadas por eles . 2 Cálculo da média O que é “bimodal”
interagir com cada grupo. Sugere-se que sejam dadas as se-
aritmética
guintes orientações a eles. Como calcular mediana
Nas duas situações, recomenda-se ao professor questio-
nar os estudantes sobre tópicos específicos da atividade sen- Conceito de moda anexos do professor
zz Compartilhe no grupo de vocês o que cada um preencheu Como resolver os problemas

em seu quadro. do realizada, cujos objetivos estão no planejamento do profes- de média no gráfico avaliação inicial
sor, permitindo que se oriente pelas seguintes perguntas: língua portuguesa
zz Verifique os pontos diferentes entre os colegas e conver- É interessante que este registro possa ser observado pe-
propostas de intervenção na
sem sobre estes itens. Se você teve alguma ideia interes- � O que foi aprendido?
los estudantes, o que favorecerá o momento de devolutiva e forma de orientação de estudos

sante, conte para seu colega. zz Qual é dúvida ainda? o resgate das dúvidas.
protocolo para
zz Circularei pelos grupos para solucionarmos as dúvidas. O professor também deve abordar com os estudantes avaliação formativa
2 
A autoavaliação é um processo novo para a maioria
Pode-se repetir a sequência de interações acima para nesta etapa as dimensões de motivação e das estratégias
dos alunos e requer prática, bem como a construção análise das habilidades
a dimensão de Motivação ou Estratégias. Conforme o mo- de vínculos de confiança com o professor para que a para a aprendizagem. Para isso, apresentam-se no quadro a descritores
mento da aula, a categoria de atividade e a intenção do pro- socialização de suas reflexões não possa ser motivo de seguir algumas perguntas que podem ser feitas aos estudan-
sugestões de práticas
fessor, pode-se começar por qualquer uma delas. exposição. Ao usar esses dados, o professor deve fazê-lo tes. Não é necessário fazer todas, pode-se escolher uma de
coletivamente sem expor individualmente qualquer aluno. cada dimensão em cada momento de avaliação. O professor
fortalecimento da aprendizagem 170
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
também pode formular perguntas similares a estas, mas que Recomenda-se que interação com os estudantes em Estes registros devem ser guardados para acesso exclu-
estejam mais adequadas ao contexto e momento de diálogo relação às dimensões de motivação e estratégias para sivo do professor e podem ter duas finalidades: caixa de ferramenta
com os estudantes. aprendizagem seja oral e dinâmica, estimulando que pen- do professor
zz possibilitar ao professor uma ação mais imediata, pro-
sem sobre o que e como estão aprendendo.
pondo uma conversa individual com o estudante, seja de abertura das sequências
Motivação Estratégias
Por fim, é importante que o professor circule entre os maneira reservada ao longo da aula enquanto os demais sequência 1
Vocês
�  acham esse Que
�  ideia ou raciocínio desse
estudantes buscando identificar aqueles que atribuíram ní- efetuam alguma atividade, seja em algum momento logo orientações de estudo
conhecimento conteúdo vocês acharam
importante? Como interessante? Por quê? vel 1 nas três dimensões da autoavaliação. Se possível, é após a aula em que ambos tenham disponibilidade. Es-
importante que o professor pergunte de maneira mais in- sas conversas podem ser mobilizadoras e o mecanismo sequência 2
você pode usá-lo?
Houve
�  alguma parte que dividual a estes estudantes porque atribuíram estes níveis que rege a mudança de comportamento do jovem, após orientações de estudo
Qual
�  foi a parte mais vocês não entendiam, mas
nas suas autoavaliações. Estas informações podem ser essa situação, é a sua percepção de que o professor se
interessante do que depois ficou clara? O que sequência 3
registradas pelo professor em uma folha, como mostra o importa com sua aprendizagem. A crença do estudante
que acabamos de “destravou” o entendimento? orientações de estudo
exemplo a seguir. que ninguém se importa se ele aprende ou não reside
aprender? Por quê?
Houve
�  alguma parte que entre as causas raízes de baixa motivação e ausência de
Qual
�  foi a parte mais você não estava entendendo estratégias para aprendizagem.
desafiadora? Por quê? e ficou mais fácil com a anexos do professor

explicação de um colega? zz acompanhar comportamentos recorrentes em diferen- avaliação inicial


Esse
�  conhecimento tes aulas, o que pode ser um sinal de desengajamento
Como foi? Aluno 1: não consegue entender os gráficos, língua portuguesa
se relaciona com algo
e levar à evasão ou ao abandono escolar. A consolida- propostas de intervenção na
que você já conhecia? De
�  que maneira vocês ficou chateado por não conseguir fazer as
forma de orientação de estudos
ção dessa informação de um estudante ao longo de um
Quais relações você organizaram as ideias dessa atividades com o grupo.
mês de aula, por exemplo, pode ser discutida com a co- protocolo para
percebeu? atividade que acabaram de
realizar? ordenação e/ou direção da escola, para a busca de solu- avaliação formativa
Aluna 2: ficou confusa com a média e a
Vocês
�  sentem ções mais sistêmicas, eventualmente com atendimento
mediana e não entende por que precisa análise das habilidades
algum temor sobre Houve
�  alguma parte em psicopedagógico, se for algo possível, ou mesmo com o
o que acabamos que você estava lendo ou aprender isso. descritores
envolvimento da família.
de aprender? Como fazendo sem entender? sugestões de práticas
podemos lidar com Como percebeu e o que você Aluna 3: diz não entender nada.
isso? fez para entendê-la?
fortalecimento da aprendizagem 171
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Prática 3: no tempo e com os recursos disponíveis na aula. O pro- significados sobre os pontos apresentados com suas pró-
devolutiva estruturada. fessor pode também usar tais informações para sugerir prias ideias também favorece que se apropriem de maneira caixa de ferramenta
aos estudantes uma priorização de estudos em casa. mais efetiva dos encaminhamentos, conteúdo e habilidades, do professor
Visto que as práticas avaliativas descritas anteriormente
cujo desenvolvimento se propõe nesta devolutiva.
são processos dialogados com os estudantes, a devolutiva zz [ajustar o ensino]: caso o professor avalie que alguns pon- abertura das sequências
deve cumprir alguns papéis: tos de dúvida devem ser solucionados em uma aula ou sequência 1
momento posterior, seja por sua importância na sequên- Roteiros para práticas avaliativas. orientações de estudo
zz [orientar para o estudo individual]: o professor pode es-
cia didática, seja por alguma interdependência com outro As práticas avaliativas podem ser aplicadas pelo pro-
clarecer as dúvidas (ou de atenção, aqui, não está claro)
conteúdo subsequente, o professor pode planejar como fessor de forma conjunta, conjuntamente, em sequência, ou sequência 2
ao final da aula, para que os estudantes superem even-
abordar esses pontos em outra aula, apresentando e de- separadamente, conforme o momento da aula ou parte da orientações de estudo
tuais dificuldades por meio de roteiros de estudo em mo-
senvolvendo com os estudantes explicações e estratégias sequência didática que está realizando.
mentos de autogestão de seu conhecimento. sequência 3
alternativas.
Os objetivos diferentes do professor em suas aulas po- orientações de estudo
zz [favorecer a motivação] nas situações em que o profes-
As conversas individuais com os estudantes com triplo dem requerer usos diferentes de combinações das práticas.
sor percebe que os estudantes estão perdendo o interes-
nível 1 na autoavaliação também são momentos essenciais Nos roteiros a seguir, apresentam-se quatro possibilidades
se na atividade. O professor pode apresentar-lhes infor-
de devolutiva. que podem ser convenientes ao professor: anexos do professor
mações ou argumentos que reforcem a importância de
aprenderem o conteúdo e desenvolverem as habilidades Para ser efetiva, a prática da devolutiva estruturada deve avaliação inicial
a. verificação rápida: ocorre em situações em que o
relacionadas à atividade. se dar em dois passos: língua portuguesa
professor ensinou por uma atividade e gostaria de
propostas de intervenção na
zz [promover estratégias] nas situações em que o professor 1. preparo do professor de dois ou três pontos a serem co- saber o que os estudantes compreenderam e quais forma de orientação de estudos
percebe que pode ajudar os estudantes a aprender me- municados aos estudantes; dúvidas surgiram. Tipicamente, o professor está mais
protocolo para
lhor o conteúdo ou desenvolver as habilidades relaciona- interessado na dimensão do conhecimento, embora
2. certeza de que os estudantes registrarão as informações avaliação formativa
das à atividade. Por exemplo, o professor pode apresentar informações sobre motivação e estratégias também
para que possam se apropriar melhor delas.
alguma sugestão de esquema para organização das ano- possam surgir. análise das habilidades
O professor pode comunicar os pontos preparados aos descritores
tações ou dar alguma dica de como se aprimorar naquele
b. retomada da atenção: ocorrem em situações em que
conteúdo. estudantes da maneira que lhe for conveniente. É importante
sugestões de práticas
a atenção da turma para a atividade diminui e a disper-
que ele solicite aos estudantes que tomem nota dos pontos
zz [Concluir o processo]: o professor revisa com os estudan- são aumenta. Essencialmente, o professor usa a prá-
e, posteriormente, detalhe cada um com a turma, verificando
tes os principais pontos de dúvida e busca esclarecê-los tica avaliativa para fazer uma pausa com os estudan-
se os compreenderam. Pedir aos estudantes que construam
fortalecimento da aprendizagem 172
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
tes em seus esforços cognitivos e falar sobre eles, ou Os roteiros para cada categoria de situação acima são apresentados a seguir.
seja, realizar um exercício metacognitivo. Essa pausa caixa de ferramenta
A. Verificação rápida
tem como efeito a retomada da atenção para continu- do professor
ar a atividade com a energia dos estudantes em alta. Em algumas partes das sequências didáticas, uma rápida reflexão com os estudantes é apropriada, praticando-se
abertura das sequências
prioritariamente a autoavaliação, conforme os três passos a seguir:
c. fechamento de etapa: marca o fechamento de cada sequência 1
1. solicitar aos estudantes que montem a grade de autoavaliação;
etapa da sequência didática com uma prática ava- orientações de estudo

liativa, especialmente contemplando uma devolutiva 2. pedir que reflitam sobre a atividade que acabaram de realizar e registrem na grade;

3. pedir que anotem sua dúvida e o que não entenderam;


sequência 2
estruturada, visto que os estudantes deverão cumprir
orientações de estudo
os roteiros de estudos individuais, para consolidar sua 4. escutar os pontos levantados e dialogar com eles trazendo os esclarecimentos necessários.
aprendizagem sobre eles. A devolutiva pode contem- sequência 3
À medida que os estudantes se acostumam a efetuar a autoavaliação, essa verificação se torna um procedimento mais
plar dicas que os ajudem nas atividades de estudos
rápido, devendo tomar de 5 a 10 minutos. orientações de estudo
individuais.
B. Retomada da atenção
d. fechamento de sequência didática: marca o fe-
Em outras partes da sequência didática, durante sua execução em sala com os estudantes, podem ocorrer momentos em anexos do professor
chamento de uma sequência didática, em que uma
devolutiva estruturada pode ser utilizada para ex- que a atenção geral da turma se dispersa. Uma prática de autoavaliação pode ajudar a quebrar ciclos contraproducentes, avaliação inicial
plicitar aos estudantes o que aprenderam e avaliar conforme passos a seguir: língua portuguesa

com eles como a motivação e as estratégias para 1. solicitar aos estudantes que montem a grade de autoavaliação; propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
aprender evoluíram. Essa conversa de fechamento 2. pedir que reflitam sobre a atividade que estão realizando e registrarem na grade;
ajuda a consolidar significados sobre o que apren- protocolo para
3. pedir que escrevam porque acham que sua atenção e a atenção da turma caiu nos últimos instantes; avaliação formativa
deram na sequência didática e desenvolver uma vi-
4. escutar os pontos levantados pelos estudantes e incentivá-los a propor soluções.
são mais sistêmica de seu conteúdo e das habilida- análise das habilidades
des desenvolvidas. A própria discussão sobre as razões da diminuição da atenção deverá trazer ao professor e aos estudantes um estado mais descritores
favorável de retomada da sequência didática.
sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 173
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
C. Fechamento de etapa Exemplos e casos de uso
Em cada parte ou momento das sequências didáticas, caixa de ferramenta
Ao fechar uma etapa de uma sequência didática, é recomendado que o professor realize o ciclo completo proposto neste
do professor
protocolo, conforme passos a seguir: há quadros indicando “Atenção para Avaliação!” Essas indi-
cações ajudam o professor a prever quando e de que forma abertura das sequências
1. solicitar aos estudantes que montem a grade de autoavaliação, reflitam sobre aquela etapa e efetuem o registro;
aplicar uma prática avaliativa, no planejamento de cada uma sequência 1
2. dialogar com os estudantes levantando oralmente as dúvidas e pontos relacionados à motivação e estratégia;
de suas aulas. A seguir, apresentam-se alguns exemplos de orientações de estudo
3. fazer a avaliação do professor, coletiva, com registro das principais dúvidas e lacunas da turma;
aplicação dos roteiros relacionados a essas indicações.
4. registrar os casos dos estudantes que atribuíram nível 1 nas três dimensões de sua autoavaliação; sequência 2
orientações de estudo
5. sistematizar uma devolutiva para os estudantes, indicando os próximos passos para o resgate das dúvidas e lacunas. Sequência didática 1
Como é um processo marcado principalmente por interação oral, mesmo que a discussão seja densa, é possível realizá-lo Língua Portuguesa — Momento 2 sequência 3
em um tempo razoável da aula, entre 15 min e 20 min, aproximadamente. (Desenvolvimento — 5 aulas) orientações de estudo
Ao longo de cinco aulas, o professor realizará com os
D. Fechamento de sequência didática estudantes a leitura e análise de cinco textos diferentes no
No fechamento de uma sequência didática, a abordagem do professor pode se pautar prioritariamente por uma devolutiva campo jornalístico-midiático. As leituras ocorrerão confor- anexos do professor
estruturada, visto que acumulou os registros das ações avaliativas de fechamento das etapas. Sugerem-se os passos a me a dinâmica realizada pelo professor com os grupos e, in- avaliação inicial
seguir: dependentemente da ordem em que ocorerem, o professor língua portuguesa
1. retomar os objetivos de aprendizagem da sequência didática; pode incluir em seu planejamento práticas avaliativas, con- propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
forme exemplos a seguir:
2. apresentar aos estudantes os resumos sobre as dúvidas e lacunas registradas nas etapas;
zz ao término da leitura e análise do primeiro texto pelos es- protocolo para
3. dialogar com os estudantes para investigar o que já foi solucionado e o que permanece como dúvida; avaliação formativa
tudantes pode-se aplicar uma verificação rápida (roteiro
4. apresentar os objetivos da próxima sequência didática e comentar sobre eventuais conexões com os objetos de
A), para que se possa levantar as dúvidas e dificuldades análise das habilidades
conhecimento da sequência didática que se conclui.
iniciais, buscando meios de solucioná-las nas próximas descritores
Este processo também deve ser realizado entre 15 min e 20 min, aproximadamente.
leituras; sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 174
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
zz alguns textos podem ser mais densos e cansativos para zz ao término da atividade de analisar e completar o gráfico para lidar com os problemas contextualizados, com razo-
os estudantes do que outros; ao perceber que os estudan- sem informações, o professor pode aplicar uma verifica- ável carga de leitura; caixa de ferramenta
tes estão se dispersando na leitura de um material especí- ção rápida (roteiro A), o que ajudará a identificar com a do professor
zz ao final das três aulas, pode-se aplicar o fechamento de
fico, o professor pode aplicar uma retomada da atenção turma qual elemento da composição de um gráfico ainda etapa (roteiro C), incluindo dicas e direcionamentos para abertura das sequências
(roteiro B), em que o próprio conteúdo da sequência di- não está bem compreendido. Essa será provavelmente a os estudantes realizarem a resolução das questões de es- sequência 1
dática, relacionado à importância de se elevar a capaci- primeira aplicação da autoavaliação com socialização, de tudo individual. orientações de estudo
dade de cada um de compreender as informações com modo que é necessário passar aos estudantes o quadro
que tem contato, pode constituir argumento ou ponto de de referência no início da atividade. Deve-se prever um Anexo: referencial metodológico sequência 2
debate sobre a motivação; tempo adequado para aplicar o roteiro, explicando aos es- orientações de estudo
Neste anexo, apresenta-se um referencial metodológico
zz ao final das 5 aulas, pode-se aplicar o fechamento de eta- tudantes o preenchimento do quadro e o significado de
sobre os quais foram elaborados os roteiros e as práticas sequência 3
pa (roteiro C), incluindo dicas e direcionamentos para os es- cada dimensão ali presente.
avaliativas deste protocolo. Sua leitura é recomendada para orientações de estudo
tudantes resolverem as questões do “#Borasepreparar?!”. zz alternativamente, no mesmo momento de conclusão a aplicação em sala de aula, pois o entendimento pelo pro-
da atividade de completar o gráfico sem informações, fessor dos conceitos aqui apresentados deve conferir-lhe au-
Sequência Didática 1 pode-se aplicar a retomada da atenção (roteiro B). Essa tonomia para a escolha e o uso efetivo do protocolo em sala anexos do professor
Matemática – Parte 1: Gráficos para quê? escolha pode ser feita pelo professor se ele perceber que de aula com suas turmas.
avaliação inicial
(3 aulas)
é mais importante naquele momento tratar das dimen- Este Protocolo para Avaliação Formativa é parte de um língua portuguesa
Nesta parte, os estudantes analisarão um gráfico sem
sões de motivação e estratégias para aprendizagem conjunto de materiais elaborados para os professores pro- propostas de intervenção na
informações e, com as orientações do professor, buscarão forma de orientação de estudos
do que manter o foco na dimensão do conhecimento. moverem aprendizagens específicas em um tempo determi-
compreender os elementos que o compõem, a partir da
Como é uma atividade em que os estudantes são esti- nado para seus estudantes. Sua elaboração foi feita junta- protocolo para
identificação analítica do que está faltando. Em seguida, re-
mulados a construir conhecimento sobre o gráfico, eles mente com as Sequências Didáticas e com os Roteiros de avaliação formativa
solverão problemas que envolvem interpretações de gráficos
naturalmente desenvolvem estratégias próprias, o que Estudos.
e desenvolverão a capacidade de interpretar as informações análise das habilidades
pode tornar particularmente interessante a discussão descritores
neles apresentadas por meio dos elementos constituintes Consequentemente, o professor deve pensar nestes três
sobre esta dimensão;
do gráfico aprendidos na atividade anterior. Tal sequência recursos de maneira integrada, pois o protocolo foi desenha- sugestões de práticas
proporciona ao professor, conforme indicado nos quadros zz ao longo da resolução dos problemas propostos, pode ser do para ser aplicado ao longo da execução das sequências
“Atenção para a avaliação!”, oportunidades de aplicação dos necessário também aplicar a retomada da atenção (rotei- didáticas, considerando que os estudantes estarão concomi-
roteiros de práticas avaliativas, conforme exemplos a seguir: ro B), dado o esforço cognitivo necessário aos estudantes tantemente cumprindo os roteiros de estudo.
fortalecimento da aprendizagem 175
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
As partes e os momentos das sequências didáticas indicam a realização de avaliações Apesar de importante na dinâmica de ensino e aprendiza-
e as práticas e os roteiros previstos neste protocolo se propõem a instrumentalizar o pro- gem presente nas escolas, esse processo avaliativo guarda caixa de ferramenta
fessor em como realizá-las. O esquema a seguir representa esta integração: algumas limitações: do professor

I. o professor corrige as respostas dadas pelo estudante em abertura das sequências


1
Did ência a

um momento anterior, sem acesso ao como este condu- sequência


d
Seq par te
um o de

par ima

Did ência
ziu as suas construções;

Seq da
orientações de estudo

x
i

a
te
Iníc

Pró
a

átic

átic
u

u
II. não há interação do professor com o estudante ao longo sequência 2
da atividade de respostas às questões propostas para que orientações de estudo
as dúvidas e lacunas de conhecimento sejam compreen-
didas e solucionadas; sequência 3
orientações de estudo
III. não se proporciona ao estudante a oportunidade de pen-
ava ática

rote o

rote o

rote o

ham va

iva s

rote do
ava ática

ava ática

a
com ual d

com ual d

com ual d
iva

iro

s...

..
iro

iro

o
iva

iva

fec aliati

ava rátic

iro.
e nt

com idual
sar e falar sobre o conhecimento que está tentando de-
liat

liat

liat
r

r
ep

ep

ep
d

ep
av

liat
alu indivi

alu indivi

alu indivi

v
monstrar, ficando a expectativa que se forma e o significa-

alu o indi
a1

a2

a3

tica anexos do professor

as
Aul

Aul

Aul

Aul
udo

udo

udo

do que se atribui à avaliação apenas relacionados à nota.


no

no

no

Prá
de

ud
avaliação inicial

no
Est

Est

Est

Est
IV. Admitindo que cada escola já tem bem definidos os pro- língua portuguesa

cessos avaliativos que cumprem a finalidade somativa propostas de intervenção na


forma de orientação de estudos
Dessa forma, ao aplicar um roteiro de práticas avaliati- Qual a diferença das provas tradicionais para descrita acima, este protocolo propõe ao professor que
vas, o professor deve sempre considerar o que o estudante as práticas avaliativas deste protocolo? conduza com seus estudantes o que denominamos aqui protocolo para
já fez nas atividades realizadas em aula, mas também os di- O termo avaliação na sala de aula normalmente remete avaliação formativa
por práticas avaliativas com finalidade formativa. Es-
recionamentos para o estudo individual. a uma prova que os estudantes respondem e, posteriormen- sencialmente, como o próprio termo formativo declara, análise das habilidades
Em seu desenho, as práticas avaliativas foram conce- te, o professor corrige. Uma nota é atribuída e ela vai para o esta finalidade tem como consequência a avaliação que descritores

bidas para que a transição entre as atividades de ensino e registro escolar, tendo consequências para aprovação. Esse retroalimenta a dinâmica de ensino e aprendizagem em
sugestões de práticas
aprendizagem e a aplicação dos roteiros que a realizam seja processo tem como finalidade quantificar de maneira sin- que não há a atribuição e o registro escolar de uma nota,
suave ao professor e aos estudantes, diluindo a pressão de tética o conhecimento acumulado pelo estudante durante mas sim do estabelecimento de uma linguagem para que
avaliação para gerar uma nota. um período e, por essa razão, é denominada de somativa. professor e estudante formulem e resolvam os problemas
fortalecimento da aprendizagem 176
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
que emergem nessa dinâmica. Em termos mais especí- 1. [autoavaliação]: possibilitar aos estudantes refletir sobre
ficos, as três limitações apresentadas acima devem ser o que estão aprendendo; Alunos fazem autoavalialção caixa de ferramenta
superadas para assegurar a finalidade formativa o profes- (individual) do professor
1. [avaliação do professor]: descrever o que e como os
sor realiza a ação avaliativa durante o processo de apren-
estudantes estão aprendendo, bem como as lacunas abertura das sequências
dizagem do estudante, coletando informações sobre sua
que ficaram no processo e as barreiras que limitam as sequência 1
estrutura de pensamento, entendimentos e dúvidas
aprendizagens. Professor fornece Professor coleta orientações de estudo

V. o estudante interage com o professor ao longo da ação devolutivas coletivas e informações individuais
avaliativa, deixando evidente suas dúvidas e lacunas; 1. [devolutiva]: possibilitar ao professor dar devolutivas aos individuais aos alunos e faz avaliação coletiva sequência 2
estudantes. orientações de estudo
VI. o estudante é estimulado a pensar sobre as ideias e os co-
nhecimento com os quais está tendo contato e descrevê- Tais ações devem ser realizadas junto com as sequên- sequência 3
-los, bem como as estruturas que constrói em sua mente cias didáticas e encontram espaço para serem realizadas nos Em termos das dimensões a serem avaliadas, propõe-se orientações de estudo

para aprendê-las. momentos devidamente indicados. Os momentos de avaliar que permitam a professor e estudantes identificar a conse-
não são apenas ao final das sequências didáticas ou de cada cução das aprendizagens, contemplando, portanto, a dimen-
Este protocolo tem por objetivo propor aos professores a
uma de suas partes, mas sim ao longo das atividades, diluí- anexos do professor
são do conhecimento; mas também que coloquem luz sobre
estrutura e o roteiro para a realização de ações avaliativas com
das no processo. Os ajustes que o professor promove junto os mecanismos que podem promovê-las ou, eventualmente, avaliação inicial
finalidade formativa ou, simplesmente, avaliações formati-
às turmas e nas atividades de ensino devem ser contínuos, representar barreiras, especificamente a motivação e estra- língua portuguesa
vas. O protocolo foi elaborado considerando que sua aplicação
o que torna necessário que a avaliação esteja imersa no pro- tégias para aprender. propostas de intervenção na
acontecerá ao longo de sequências didáticas bem definidas, forma de orientação de estudos
cesso de aprendizagem, com as reflexões dos estudantes e
nas quais se indicam inclusive os momentos para sua prática.
a sistematizações do professor. protocolo para
Fundamentação sobre as dimensões avaliação formativa
Estrutura para a avaliação formativa deste Neste protocolo, as dimensões são definidas e os instru- A avaliação da dimensão do conhecimento estará dire-
protocolo mentos para que as três ações acima sejam realizadas em tamente ligada ao conteúdo ministrado na respectiva parte análise das habilidades
descritores
A avaliação formativa proposta aqui deve representar três ciclos contínuos pelos professores são propostos conforme da sequência didática em que houver a ação avaliativa. Me-
ações concretas na prática do professor com os estudantes: ilustra a imagem a seguir. diados pelo professor, os estudantes deverão refletir sobre sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 177
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
as ideias e conceitos com que trabalharam e avaliar o que do e processando simultaneamente novos eventos.” (Badde- rede complexa de inter-relações, ou seja, pode-se dizer que é
aprenderam e em que tiveram dificuldade. Com base nos ob- ley & Hitch, 1974) o conjunto de tudo o que uma pessoa sabe. caixa de ferramenta
jetivos de aprendizagem daquela parte da sequência didáti- do professor
Esse tipo de memória apresenta dois componentes prin- A transição da memória de trabalho para a memória de
ca, o professor registra e sistematiza as principais lacunas
cipais: longo do prazo acontece através de conexões que se estabe- abertura das sequências
evidenciadas na turma, de maneira coletiva.
zz uma área de armazenamento de memória de trabalho lecem entre as novas ideias e aquelas conhecidas, destacan- sequência 1
As dimensões da motivação e das estratégias para do-se os seguintes efeitos: orientações de estudo
temporária, que brevemente sustenta inputs sensoriais e/
aprendizagem têm por objeto a relação do estudante com o
ou resgata conhecimento da memória de longo prazo; [efeito atenção]: algo que “chama a atenção” na memória
conhecimento e o professor. Com base no referencial teórico
zz
sequência 2
zz um sistema de processamento que combina atenção e de trabalho; orientações de estudo
que aqui se adota (Duncan & McKeachie, 2015), estas não são
características fixas entre os estudantes, mas sim assumi- outras ações cognitivas que modificam o conteúdo dos zz [efeito repetição]: algo que ocupa a memória de trabalho
elementos armazenados temporariamente.
sequência 3
mos que a “motivação é dinâmica e relacionada ao contexto” em ciclos repetidos;
orientações de estudo
do estudante, bem como as estratégias para aprendizagem Os primeiros estudos que sistematizaram esse conceito zz [efeito processamento]: algo que já foi suficientemente
“podem ser aprendidas e colocados sob o controle dos es- apontaram para uma capacidade limite humana de armaze- processado na memória trabalho;
tudantes”. Ambas as dimensões são, portanto, dependentes nar 7±2 unidades de informação simultaneamente. Estudos anexos do professor
da disciplina em que a experiência de aprendizagem do estu- zz [efeito conexão ou associação]: algo que esteja junto na
mais recentes chegam a limitar estes números para 4.
memória trabalho. avaliação inicial
dante se insere;, consequentemente, um mesmo estudante
A capacidade de memória de trabalho de um indivíduo língua portuguesa
pode ter altos níveis de motivação e aprendizagem em uma No outro sentido, a transição da memória de longo prazo
depende de: propostas de intervenção na
disciplina do que em outra. para a memória de trabalho se dá, principalmente, pelo efei- forma de orientação de estudos
zz alcance: o número de elementos que se conseguem ar- to de reconhecimento e associação de padrões: algo que
Para seguir com o detalhamento da motivação e das es- protocolo para
mazenar; seja identificado como igual ou pertencente ao mesmo con-
tratégias para aprendizagem, é necessário sistematizar um avaliação formativa
modelo para os mecanismos por meio dos quais acontece a zz velocidade: o quão rápido se consegue processar os ele- junto, ou categoria de algo que está na memória de trabalho
análise das habilidades
aprendizagem, ou seja, sobre o funcionamento da memória mentos na memória de trabalho para substituí-los por no- é resgatado da memória de longo prazo.
descritores
de trabalho e da memória de longo prazo. vos elementos.
A motivação para aprendizagem é composta pelas
sugestões de práticas
A memória de trabalho é definida como “Capacidade de A memória de longo prazo contempla o repertório de crenças do estudante sobre o valor que ele atribui à discipli-
sustentar na mente representações em transição, assimilan- objetos de conhecimento, ideias e seus significados em uma na, sobre sua capacidade de ser bem-sucedido nela e sobre
fortalecimento da aprendizagem 178
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
a expectativa ou ansiedade em relação a potenciais resul- zz controle de crenças negativas sobre aprendizagem: é da memória de trabalho dos estudantes. Literalmente, baixa
tados nas avaliações que realizará. Em termos analíticos, o frequente os estudantes não entenderem algum objeto ou alta motivação pode, respectivamente, fechar ou abrir as caixa de ferramenta
professor pode entender a motivação para a aprendizagem de conhecimento específico, ou parte de seu conteúdo, portas do cérebro para o conhecimento. do professor
composta pelos seguintes atributos: e realizarem inferências mais gerais para si mesmos, por
As estratégias para aprendizagem correspondem aos abertura das sequências
exemplo, de que não conseguem aprender nada relacio-
zz orientação a objetivos intrínsecos: reflete as razões recursos cognitivos e metacognitivos que o estudante conti- sequência 1
mais internas do estudante para desejar aprender, inde- nado com tal objeto. O estudante não compreende as nuamente desenvolve para aprender na disciplina. Analitica- orientações de estudo
pendentemente de eventuais consequências para o não definições iniciais dos logaritmos e assume que nunca mente, podemos elencar as seguintes estratégias:
aprendizado. aprenderá nada relacionado a logaritmos; sequência 2
zz autorregulação: corresponde à habilidade do estudante
orientações de estudo
zz orientação a objetivos extrínsecos: contempla as ra- zz ansiedade em provas: parte significativa dos estudantes de monitorar o próprio pensamento durante as atividades
zões para aprender que o estudante atribui em função têm uma experiência muito aflitiva em provas porque an- que realiza. O estudante pensar no que está aprendendo, sequência 3
de consequências de seu processo, como, por exemplo, tecipam de maneira desproporcional um resultado negati- e em como seu pensamento se desenvolve tem como orientações de estudo
desejar uma nota alta ou obter aprovação dos pais e/ou vo, comportamento de ansiedade em relação ao que está consequências o aprimoramento do próprio processo de
do professor; por vir. Ocorre em grau de intensidade que limita a própria aprender representa a essência da prática metacognitiva.
capacidade do estudante de responder adequadamente Em termos práticos, a auto-regulação permite ao estu- anexos do professor
zz valor atribuído à tarefa: reflete o quanto o estudante con-
às questões e obter um resultado satisfatório. A ansieda- dante identificar em que ponto da leitura de um texto sua avaliação inicial
sidera importante ou útil a atividade que está realizando
para aprender, seja decorrente do valor que atribui ao ob- de em provas acaba se tornando uma profecia auto-reali- compreensão foi perdida, e retornar e retomar, bem como língua portuguesa

jeto de conhecimento em pauta, seja pela formulação de zável, o estudante está convicto de que seu resultado será efetuar uma operação matemática pensando no significa- propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
uma teoria positiva de esforço-resultado, ou seja, o estu- ruim, que seu nervosismo gerará essa consequência. Ao do de seu resultado e avaliando sua razoabilidade. A autor-
dante enxerga significado e sentido no que está fazendo e antecipar que a experiência de prova representará esse regulação também pode ser entendida como o estudante protocolo para
grau de sofrimento, o estudante também se desmobiliza avaliação formativa
percebe que está aprendendo; tomar o controle sobre as associações e conexões feitas
nas atividades de sala de aula. entre memória de trabalho e memória de longo prazo.
zz autoeficácia para aprendizagem e desempenho: tra- análise das habilidades
Os itens acima podem ser direcionadores da motivação descritores
duz a crença do estudante em sua própria capacidade zz reprodução e elaboração: algumas aprendizagens de-
de aprender, um desdobramento individual da mentalida- de diferentes estudantes de maneiras diferentes, ou seja, po- mandam, dos estudantes, prática por meio da reprodução sugestões de práticas
de de crescimento, ou seja, o estudante assume para si dem se motivar ou desmotivar por razões e de maneiras mui- de sequências de procedimentos apresentados pelo pro-
a capacidade de aprimorar sua inteligência e aprender o to distintas. A relevância de se monitorar a motivação decor- fessor o que, por si só, não constitui uma aprendizagem
que lhe é apresentado; re do fato de que ela é a principal responsável pela alocação significativa, permanecendo mais restrita à memória de
fortalecimento da aprendizagem 179
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
trabalho. No entanto, a reprodução pode levar a uma ela- é diferente para diferentes estudantes e o esforço para
boração de significados conceituais pelo estudante, sus- o mesmo estudante aprender diferentes coisas também caixa de ferramenta
citando pensamentos mais abstratos e generalização das varia consideravelmente. Aliada à autorregulação meta- do professor
ideias, bem como conexões na memória de longo prazo. cognitiva, o controle do estudante sobre possíveis fontes
abertura das sequências
Alguns estudantes demandam mais prática do que ou- de distração e sobre a manutenção da própria atenção
sequência 1
tros, assim como apresentam diferentes níveis de resiliên- compõem este atributo. Uma prática mais efetiva pelos
orientações de estudo
cia para se manterem na atividade. estudantes da regulação do esforço está relacionada ao

zz organização: corresponde à capacidade do estudante


entendimento que desenvolvem sobre seus objetivos de sequência 2
aprendizagem, ou seja, visto que o estudante sabe qual é orientações de estudo
de selecionar e categorizar adequadamente as informa-
a sua meta em uma atividade, colocar energia para con-
ções para (efetuar) uma gestão eficiente de sua memó-
trolar tudo o que é necessário para realizá-la acontece sequência 3
ria de trabalho tanto para decidir o que incluir em seu
de maneira mais natural. orientações de estudo
processamento quanto para conseguir abranger infor-
mações que transcendem sua capacidade. Por exemplo, zz busca por ajuda: para além da ideia mais imediata
se o estudante criar uma tabela ou esquema para orga- de que é importante o estudante procurar ajuda para
anexos do professor
nizar as ideias de uma atividade, ele está organizando as aprender algo que não sabe, fazê-lo de maneira efetiva
avaliação inicial
informações para conseguir colocar na memória de tra- decorre do desenvolvimento de algumas habilidades:
língua portuguesa
balho uma parte de cada vez. Práticas de indexar ou re- perceber quando não sabe e o que não sabe com pre-
propostas de intervenção na
sumir também expressam a organização; por exemplo, o cisão, formular e descrever a ajuda de que precisa, bem forma de orientação de estudos
estudante pode anotar o tópico ao qual uma passagem como identificar entre professor e colegas de turma
protocolo para
está relacionada ou destacar sua ideia principal. A orga- quem pode ajudar.
avaliação formativa
nização se revela por técnicas, geralmente explícitas, às
quais os estudantes usualmente denominam como “mé- análise das habilidades
descritores
todo de estudo”.

zz regulação do esforço: para cada estudante executar sugestões de práticas

cada atividade cognitiva demanda um nível único de es-


forço, ou seja, o esforço para aprender a mesma coisa
fortalecimento da aprendizagem 180
anexos do professor início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Referências
caixa de ferramenta
Baddeley AD, Hitch GJ. Working Memory. In: Bower G, editor. Fredricks, J.A., Blumenfeld, P.C., & Paris, A.H. (2004). School Pintrich, R. R., & DeGroot, E. V. (1990). Motivational and Self-
do professor
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orientações de estudo
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forma de orientação de estudos
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Duncan, T. G., & McKeachie, W. J. (2005). The Making of the avaliação formativa
ment (ED).
Motivated Strategies for Learning Questionnaire. Educa-
tional Psychologist, 40, 117-128. análise das habilidades
descritores

sugestões de práticas
fortalecimento da aprendizagem 181
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo

Análise de habilidades
jornadas e produtos

caixa de ferramenta

descritores
do professor

abertura das sequências


sequência 1
Priorização das habilidades orientações de estudo

da BNCC (2018) sequência


orientações de estudo
2

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor

avaliação inicial
língua portuguesa
propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
Os critérios de escolha que nortearam a definição des- este aspecto, vale destacar que a opção por incorporar a di-
sas habilidades foram tanto o resultado das avaliações diag- mensão de habilidades para organizar os conteúdos, passa protocolo para
avaliação formativa
nósticas realizadas pelo Estado em parceria com o CAED, pelo entendimento de que os descritores identificados com
bem como os resultados do SAEB 2019. O quadro abaixo baixos resultados de aprendizagem na matriz diagnóstica e análise das habilidades
detalha as habilidades da etapa da BNCC do Ensino Médio no SAEB são componentes dessas habilidades, de forma que descritores
priorizadas na sequência didática 1, os descritores da matriz o seu desenvolvimento proporciona a aprendizagem destes
sugestões de práticas
Saeb e os descritores encontrados nas matrizes das provas descritores. Nos materiais, é possível consultar também a
diagnósticas realizadas pelo Estado, cujo resultados se en- relação entre os descritores das avaliações e as habilidades
contram na plataforma FOCO do Instituto Unibanco. Sobre tratadas em cada uma das três sequências didáticas.
fortalecimento da aprendizagem 182
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Língua Portuguesa caixa de ferramenta


do professor

Priorização das habilidades abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor
Critérios de priorização: avaliação inicial
língua portuguesa
zz contemplar os descritores das avaliações Saeb 2019 e zz contemplar conteúdos de Língua Portuguesa
propostas de intervenção na
diagnóstica da FOCO com resultados baixos ou críticos; que são comumente cobrados no Enem; forma de orientação de estudos

zz contemplar os campos de atuação social da língua - zz diversificar os gêneros textuais, de acordo


protocolo para
eixos estruturantes da BNCC os quais organizam as com cada campo de atuação social, de modo avaliação formativa
práticas de linguagem (leitura, análise linguística e se- a ampliar o repertório do estudante.
análise das habilidades
miótica, produção textual escrita e oralidade);
zz assegurar habilidades que apresentem as descritores
zz assegurar habilidades voltadas ao desenvolvimento competências socioemocionais relacionadas
sugestões de práticas
das práticas de linguagem que promovam a análise de às linguagens.
textos e obras significativas para o Ensino Médio;
fortalecimento da aprendizagem 183
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

Sequência de atividades 1 - 16 aulas


introdução
Campo jornalístico-midiático
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Habilidades BNCC * Matriz SAEB
(EM13LP06)  Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da linguagem, da escolha D01 – L
 ocalizar informações explícitas em um texto. caixa de ferramenta
de determinadas palavras ou expressões e da ordenação, combinação e contraposição de palavras, do professor
D05 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico
dentre outros, para ampliar as possibilidades de construção de sentidos e de uso crítico da língua.
diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.). abertura das sequências

(EM13LP36)  Analisar os interesses que movem o campo jornalístico, os impactos das novas sequência 1
D06 – Identificar o tema de um texto.
tecnologias digitais de informação e comunicação e da Web 2.0 no campo e as condições que fazem orientações de estudo

da informação uma mercadoria e da checagem de informação uma prática (e um serviço) essencial, D07 – Identificar a tese de um texto.
adotando atitude analítica e crítica diante dos textos jornalísticos.
sequência 2
D08 – E
 stabelecer relação entre a tese e os orientações de estudo
(EM13LP38) Analisar os diferentes graus de parcialidade/imparcialidade (no limite, a não argumentos oferecidos para sustentá-la.
neutralidade) em textos noticiosos, comparando relatos de diferentes fontes e analisando o recorte sequência 3
feito de fatos/dados e os efeitos de sentido provocados pelas escolhas realizadas pelo autor do D09 – Diferenciar as partes principais das orientações de estudo

texto, de forma a manter uma atitude crítica diante dos textos jornalísticos e tornar-se consciente das secundárias em um texto.

escolhas feitas como produtor.


D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes
anexos do professor
gêneros.
(EM13LP42) Acompanhar, analisar e discutir a cobertura da mídia diante de acontecimentos e
avaliação inicial
questões de relevância social, local e global, comparando diferentes enfoques e perspectivas, por D14 – D
 istinguir um fato da opinião relativa a esse fato. língua portuguesa
meio do uso de ferramentas de curadoria (como agregadores de conteúdo) e da consulta a serviços
propostas de intervenção na
e fontes de checagem e curadoria de informação, de forma a aprofundar o entendimento sobre um D16 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos forma de orientação de estudos
determinado fato ou questão, identificar o enfoque preponderante da mídia e manter-se implicado, de variados.
protocolo para
forma crítica, com os fatos e as questões que afetam a coletividade.
D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma avaliação formativa

(EM13LP43) Analisar formas contemporâneas de publicidade em contexto digital e peças de informação na comparação de textos que
análise das habilidades
campanhas publicitárias e políticas (cartazes, folhetos, anúncios, propagandas em diferentes mídias, tratam do mesmo tema, em função das
descritores
spots, jingles etc.), explicando os mecanismos de persuasão utilizados e os efeitos de sentido provocados condições em que ele foi produzido e daquelas
pelas escolhas feitas em termos de elementos e recursos linguístico-discursivos, imagéticos, sonoros, em que será recebido. sugestões de práticas

gestuais e espaciais, entre outros, e destacando valores e representações de situações, grupos e


D21 – R
 econhecer posições distintas entre duas ou
configurações sociais veiculadas, a fim de desconstruir eventuais estereótipos e proceder a uma
mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao
avaliação crítica da publicidade e das práticas de consumo.
mesmo tema.
fortalecimento da aprendizagem 184
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

Sequência de atividades 2 - 16 aulas


introdução
Práticas de leitura no Campo artístico-literário
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Habilidades BNCC * Matriz SAEB
(EM13LP51) Analisar obras significativas da literatura brasileira e da literatura de outros países D1 – Localizar informações explícitas em um texto. caixa de ferramenta
e povos, em especial a portuguesa, a indígena, a africana e a latino-americana, com base em do professor
D2 – Estabelecer relações entre partes de um
ferramentas da crítica literária (estrutura da composição, estilo, aspectos discursivos), considerando
texto, identificando repetições ou substituições que abertura das sequências
o contexto de produção (visões de mundo, diálogos com outros textos, inserções em movimentos
contribuem para a continuidade de um texto. sequência 1
estéticos e culturais etc.) e o modo como elas dialogam com o presente.
orientações de estudo
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão
(EM13LP49) Analisar relações intertextuais e interdiscursivas entre obras de diferentes autores e
gêneros literários de um mesmo momento histórico e de momentos históricos diversos, explorando os
sequência 2
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
orientações de estudo
modos como a literatura e as artes em geral se constituem, dialogam e se retroalimentam.
D6 – Identificar o tema de um texto.
(EM13LP20) Produzir, de forma colaborativa, e socializar playlists comentadas de preferências sequência 3
culturais e de entretenimento, revistas culturais, fanzines, e-zines ou publicações afins que divulguem, D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os orientações de estudo

comentem e avaliem músicas, games, séries, filmes, quadrinhos, livros, peças, exposições, espetáculos elementos que constroem a narrativa.

de dança etc., de forma a compartilhar gostos, identificar afinidades, fomentar comunidades etc.
D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes
anexos do professor
gêneros.
(EM13LP46) Participar de eventos (saraus, competições orais, audições, mostras, festivais, feiras
avaliação inicial
culturais e literárias, rodas e clubes de leitura, cooperativas culturais, jograis, repentes, slams etc.), D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da língua portuguesa
inclusive para socializar obras da própria autoria (poemas, contos e suas variedades, roteiros e escolha de uma determinada palavra ou expressão. propostas de intervenção na
microrroteiros, videominutos, playlists comentadas de música etc.) e/ou interpretar obras de outros, forma de orientação de estudos
inserindo-se nas diferentes práticas culturais de seu tempo. D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma
informação na comparação de textos que tratam do protocolo para
(EM13LP48) Perceber as peculiaridades estruturais e estilísticas de diferentes gêneros literários (a avaliação formativa
mesmo tema, em função das condições em que ele
apreensão pessoal do cotidiano nas crônicas, a manifestação livre e subjetiva do eu lírico diante do foi produzido e daquelas em que será recebido. análise das habilidades
mundo nos poemas, a múltipla perspectiva da vida humana e social dos romances, a dimensão política descritores
e social de textos da literatura marginal e da periferia etc.) para experimentar os diferentes ângulos de D21 – Reconhecer posições distintas entre duas
apreensão do indivíduo e do mundo pela literatura. ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao sugestões de práticas
mesmo tema.
(EM13LP53) Produzir apresentações e comentários apreciativos e críticos sobre livros, filmes,
discos, canções, espetáculos de teatro e dança, exposições etc. (resenhas, vlogs e podcasts literários e
artísticos, playlists comentadas, fanzines, e-zines etc.
fortalecimento da aprendizagem 185
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

Sequência de atividades 3 - 16 aulas


introdução
Práticas de Linguagem no Campos de Atuação da Vida Pública
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Habilidades BNCC * Matriz SAEB
(EM13LP12) Selecionar informações, dados e argumentos em fontes confiáveis, impressas e digitais, D01 – Localizar informações explícitas em um texto. caixa de ferramenta
e utilizá-los de forma referenciada, para que o texto a ser produzido tenha um nível de aprofundamento do professor
D06 – Identificar o tema de um texto.
adequado (para além do senso comum) e contemple a sustentação das posições defendidas.
abertura das sequências
D07 – Identificar a tese de um texto
(EM13LP13) Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar textos escritos e multissemióticos, sequência 1
D08 – Estabelecer relação entre a tese e os
considerando sua adequação às condições de produção do texto, no que diz respeito ao lugar social orientações de estudo
argumentos oferecidos para sustentá-la.
a ser assumido e à imagem que se pretende passar a respeito de si mesmo, ao leitor pretendido, ao
veículo e mídia em que o texto ou produção cultural vai circular, ao contexto imediato e sócio-histórico D09 – Diferenciar as partes principais das secundárias
sequência 2
orientações de estudo
mais geral, ao gênero textual em questão e suas regularidades, à variedade linguística apropriada a esse em um texto.
contexto e ao uso do conhecimento dos aspectos notacionais (ortografia padrão, pontuação adequada,
D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes sequência 3
mecanismos de concordância nominal e verbal, regência verbal etc.), sempre que o contexto o exigir.
gêneros. orientações de estudo

(EM13LP26) Relacionar textos e documentos legais e normativos de âmbito universal, nacional, local D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam
ou escolar que envolvam a definição de direitos e deveres – em especial, os voltados a adolescentes e o locutor e o interlocutor de um texto.
jovens – aos seus contextos de produção, identificando ou inferindo possíveis motivações e finalidades, Reconhecer o contexto de produção e circulação dos anexos do professor
como forma de ampliar a compreensão desses direitos e deveres. gêneros do campo de atuação na vida pública avaliação inicial
língua portuguesa
(EM13LP27) Engajar-se na busca de solução para problemas que envolvam a coletividade, D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
propostas de intervenção na
denunciando o desrespeito a direitos, organizando e/ou participando de discussões, campanhas e forma de orientação de estudos
D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas
debates, produzindo textos reivindicatórios, normativos, entre outras possibilidades, como forma de
presentes no texto, marcadas por conjunções, protocolo para
fomentar os princípios democráticos e uma atuação pautada pela ética da responsabilidade, pelo
advérbios etc. avaliação formativa
consumo consciente e pela consciência socioambiental
D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma
análise das habilidades
informação na comparação de textos que tratam do descritores
mesmo tema, em função das condições em que ele foi
sugestões de práticas
produzido e daquelas em que será recebido.

* A
 priorização das habilidades se dá olhando para todo o ensino médio, considerando as D21- Reconhecer posições distintas entre duas ou mais
habilidades essenciais que os estudantes têm o direito de aprender até o final do 3º ano do EM opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.
fortalecimento da aprendizagem 186
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos

Matemática caixa de ferramenta


do professor

Priorização das habilidades abertura das sequências


sequência 1
orientações de estudo

sequência 2
orientações de estudo

sequência 3
orientações de estudo

anexos do professor

avaliação inicial
Critérios: língua portuguesa
zz contemplar os descritores das avaliações Saeb 2019 e zz priorizar habilidades que, pela sua complexidade, favore- propostas de intervenção na
forma de orientação de estudos
diagnóstica da FOCO com resultados baixos ou críticos; cem a mobilização de conhecimentos e a relação entre
conceitos e representações; protocolo para
zz considerar as habilidades essenciais para a continuidade
avaliação formativa
dos estudos ou entrada no mundo do trabalho; zz contemplar diferentes unidades temáticas da BNCC;

zz contemplar habilidades adequadas para a retomada de zz contemplar conteúdos de Matemática que são comumen- análise das habilidades
descritores
conhecimentos anteriores; te cobrados no Enem
sugestões de práticas
zz otimizar esforços agrupando habilidades que podem ser zz assegurar habilidades que apresentem as competências
desenvolvidas em conjunto; socioemocionais relacionadas à matemática, em espe-
cial: persistência, autoconhecimento e autoconfiança.
fortalecimento da aprendizagem 187
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

Sequência de atividades 1 - 16 aulas


introdução
Análise de dados
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Habilidades BNCC * Matriz SAEB
(EM13MAT102)  Analisar tabelas, gráficos e amostras de pesquisas D21 – Identificar o gráfico que caixa de ferramenta
estatísticas apresentadas em relatórios divulgados por representa uma situação do professor
diferentes meios de comunicação, identificando, quando descrita em um texto.
abertura das sequências
for o caso, inadequações que possam induzir a erros de
D33 – C
 alcular a probabilidade de um sequência 1
interpretação, como escalas e amostras não apropriadas.
evento. orientações de estudo

(EM13MAT104)  Interpretar taxas e índices de natureza socioeconômica


(índice de desenvolvimento humano, taxas de inflação,
D34 – R
 esolver problemas envolvendo sequência 2
informações apresentadas em orientações de estudo
entre outros), investigando os processos de cálculo desses
tabelas e/ou gráficos.
números, para analisar criticamente a realidade e produzir
sequência 3
argumentos. D35 – associar informações
orientações de estudo
apresentadas em listas e/ou
(EM13MAT314) Resolver e elaborar problemas que envolvem grandezas
tabelas simples aos gráficos que
determinadas pela razão ou pelo produto de outras
as representam e vice-versa.
(velocidade, densidade demográfica, energia elétrica etc.). anexos do professor

avaliação inicial
(EM13MAT316) Resolver e elaborar problemas, em diferentes contextos, que
língua portuguesa
envolvem cálculo e interpretação das medidas de tendência
propostas de intervenção na
central (média, moda, mediana) e das medidas de dispersão forma de orientação de estudos
(amplitude, variância e desvio padrão).
protocolo para
(EM13MAT312) Resolver e elaborar problemas que envolvem o cálculo avaliação formativa

de probabilidade de eventos em experimentos aleatórios


análise das habilidades
sucessivos. descritores

(EM13MAT511) Reconhecer a existência de diferentes tipos de espaços sugestões de práticas


amostrais, discretos ou não, e de eventos, equiprováveis ou
não, e investigar implicações no cálculo de probabilidades.

.
fortalecimento da aprendizagem 188
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

Sequência de atividades 2 - 16 aulas


Álgebra das funções e suas aplicações introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Habilidades BNCC * Matriz SAEB
(EM13MAT303) Interpretar e comparar situações que (EM13MAT402) Converter representações algébricas D7 – Interpretar geometricamente os caixa de ferramenta
envolvam juros simples com as que envolvem juros compostos, de funções polinomiais de 2º grau em representações coeficientes da equação de uma reta. do professor
por meio de representações gráficas ou análise de planilhas, geométricas no plano cartesiano, distinguindo os casos nos
D19 – Resolver problemas abertura das sequências
destacando o crescimento linear ou exponencial de cada caso. quais uma variável for diretamente proporcional ao quadrado
envolvendo uma função do 1º grau. sequência 1
da outra, recorrendo ou não a softwares ou aplicativos de
(EM13MAT304) Resolver e elaborar problemas com orientações de estudo
álgebra e geometria dinâmica, entre outros materiais. D20 – Analisar crescimento /
funções exponenciais nos quais seja necessário compreender
e interpretar a variação das grandezas envolvidas, em (EM13MAT502) Investigar relações entre números
decrescimento, zeros de funções sequência 2
reais apresentadas em gráficos. orientações de estudo
contextos como o da Matemática Financeira, entre outros. expressos em tabelas para representá-los no plano
cartesiano, identificando padrões e criando conjecturas para D22 – Resolver problema
(EM13MAT404) Analisar funções definidas por uma ou sequência 3
generalizar e expressar algebricamente essa generalização, envolvendo PA/PG dada a fórmula
mais sentenças (tabela do Imposto de Renda, contas de luz, orientações de estudo
reconhecendo quando essa representação é de função do termo geral.
água, gás etc.), em suas representações algébrica e gráfica,
polinomial de 2º grau do tipo y = ax².
identificando domínios de validade, imagem, crescimento e D23 – Reconhecer o gráfico de uma
decrescimento, e convertendo essas representações de uma (EM13MAT503) Investigar pontos de máximo ou de mínimo função polinomial de 1º grau por anexos do professor
para outra, com ou sem apoio de tecnologias digitais. de funções quadráticas em contextos envolvendo superfícies, meio de seus coeficientes. avaliação inicial
Matemática Financeira ou Cinemática, entre outros, com língua portuguesa
(EM13MAT401) Converter representações algébricas D24 – Reconhecer a representação
apoio de tecnologias digitais. propostas de intervenção na
de funções polinomiais de 1º grau em representações algébrica de uma função polinomial forma de orientação de estudos
geométricas no plano cartesiano, distinguindo os casos nos (EM13MAT507) Identificar e associar progressões de 1º grau dado o seu gráfico.
protocolo para
quais o comportamento é proporcional, recorrendo ou não a aritméticas (PA) a funções afins de domínios discretos, para
D25 – Resolver problemas que avaliação formativa
softwares ou aplicativos de álgebra e geometria dinâmica. análise de propriedades, dedução de algumas fórmulas e
envolvam os pontos de máximo ou
resolução de problemas. análise das habilidades
(EM13MAT501) Investigar relações entre números de mínimo no gráfico de uma função descritores
expressos em tabelas para representá-los no plano (EM13MAT508) Identificar e associar progressões polinomial de 2º grau.
cartesiano, identificando padrões e criando conjecturas para geométricas (PG) a funções exponenciais de domínios sugestões de práticas

generalizar e expressar algebricamente essa generalização, discretos, para análise de propriedades, dedução de algumas
reconhecendo quando essa representação é de função fórmulas e resolução de problemas.
polinomial de 1º grau.
fortalecimento da aprendizagem 189
análise das habilidades descritores início índice estrutura realizadores

Sequência de atividades 3 - 16 aulas


Medidas e Geometria e suas aplicações introdução
estrutura do ciclo
jornadas e produtos
Habilidades BNCC * Matriz SAEB
(EM13MAT307) Empregar diferentes métodos para a obtenção da medida da D1 – Identificar figuras semelhantes caixa de ferramenta
área de uma superfície (reconfigurações, aproximação por cortes etc.) e deduzir mediante conhecimento de relações de do professor
expressões de cálculo para aplicá-las em situações reais (como o remanejamento proporcionalidade.
abertura das sequências
e a distribuição de plantações, entre outros), com ou sem apoio de tecnologias
D2 – Reconhecer aplicações das sequência 1
digitais.
relações métricas do triângulo retângulo orientações de estudo

(EM13MAT308) Aplicar as relações métricas, incluindo as leis do seno e do em um problema que envolva figuras
cosseno ou as noções de congruência e semelhança, para resolver e elaborar planas ou espaciais. sequência 2
orientações de estudo
problemas que envolvem triângulos, em variados contextos.
Calcular área de figuras planas por
(EM13MAT309) Resolver e elaborar problemas que envolvem o cálculo de áreas composição e decomposição em sequência 3
totais e de volumes de prismas, pirâmides e corpos redondos em situações reais figuras mais simples. orientações de estudo

(como o cálculo do gasto de material para revestimento ou pinturas de objetos


D3 – Relacionar diferentes poliedros
cujos formatos sejam composições dos sólidos estudados), com ou sem apoio de
ou corpos redondos com suas
tecnologias digitais. anexos do professor
planificações ou vistas.
avaliação inicial
(EM13MAT504) Investigar processos de obtenção da medida do volume de
D4 – Identificar a relação entre o número língua portuguesa
prismas, pirâmides, cilindros e cones, incluindo o princípio de Cavalieri, para a
de vértices, faces e/ou arestas de propostas de intervenção na
obtenção das fórmulas de cálculo da medida do volume dessas figuras. forma de orientação de estudos
poliedros expressa em um problema.
Foco dessa sequência didática é a habilidade de Resolver problemas com mais
protocolo para
complexidade (problemas de processos avaliativos diversos)
avaliação formativa

análise das habilidades


descritores

sugestões de práticas
* A
 priorização das habilidades se dá olhando para todo o ensino médio,
considerando as habilidades essenciais que os estudantes têm o direito de
aprender até o final do 3º ano do EM

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