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O PAPEL DO GESTOR, SUPERVISOR E

ORIENTADOR ESCOLAR

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI


Curso Pedagogia (PED 1497 )
26/10/19

RESUMO

Vivemos diante de diversas dificuldades que a escola apresenta na sociedade desde as políticas
públicas implementadas até aos conflitos existentes internos. É necessário considerar a escola
como o espaço próprio da difusão do conhecimento sistematizado e formal. A escola é a instituição
que foi criada para a socialização do saber sistematizado. Para que a escola avance nos seus
objetivos primordiais que dentre eles está à aprendizagem daqueles para quem foi criada:
crianças, jovens, adultos, é necessário que exista uma boa gestão por trás deles. Assim o objetivo
deste projeto é saber como ocorre a gestão dentro da escola que o estágio foi realizado, e como os
gestores lidam com essas divergências do dia a dia escolar.

Palavras-chave: Gestão. Supervisão. Orientação.

1 INTRODUÇÃO

A gestão da educação, quando pensada numa perspectiva democrática, nos revela a necessidade
de pensarmos numa escola que se caracterize não somente pelo gestor, mas que considere
principalmente, a participação de todos os envolvidos. Neste sentido, a gestão democrática no
sistema educacional público abre possibilidades para que se construa uma escola pública de
qualidade, que atenda aos interesses da maioria da população brasileira, além de representar uma
possibilidade de vivência e aprendizado da democracia, podendo, portanto, tomar um sentido
diferenciado.
Muitos autores consideram que para o bom andamento da gestão é preciso ter como princípio a
gestão democrática. É a partir dela, que vislumbramos melhorias na “qualidade da convivência
humana, que se constrói na cultura do povo e na sua história. Neste sentido, é preciso buscar a
participação da comunidade em geral, descentralizando as decisões tomadas. Garantindo assim,
diálogo e participação plena no ambiente escolar. Neste sentido, baseada em fundamentos de uma
gestão democrática, aquela que se organiza a partir da contribuição de todos os envolvidos, a escola
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como instituição social tem acima de tudo, finalidades político-pedagógicas, é essencial para a
promoção de uma educação democrática a participação na tomada de decisões de toda a
comunidade escolar. A gestão democrática da educação formal está associada ao estabelecimento
de mecanismos legais e institucionais e à organização de ações que desencadeiem a participação
social: na formulação de políticas educacionais; no planejamento; na tomada de decisões; na
definição do uso de recursos e necessidades de investimento; na execução das deliberações
coletivas; nos momentos de avaliação da escola e da política educacional.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

Na gestão é importante a participação de todos os agentes que contribuem de forma direta ou


indireta nos processos de organização da escola. O sucessor escolar dos alunos está inteiramente
relacionado com a gestão da escola. Para VIEIRA (2007): (...) o sucesso de uma gestão escolar, em
última instância, só se concretiza mediante o sucesso de todos os alunos. Daí porque é preciso
manter como norte a gestão para uma comunidade de aprendizes.

É importante compreender que o sucesso escolar justifica a gestão democrática, pois o trabalho
realizado é feito por todos os setores que auxiliam a escola desde o professor ao pai do aluno.

Não basta, pois, apenas incluir. É necessário o trabalho e a busca pela qualidade que se expressa
de maneira ou de outra nos resultados (indicadores) que serão obtidos pela escola.

A maneira como está organizada a escola vem de concepções e estudos acerca da escola como
uma instituição que requer vários elementos constitutivos no processo organizacional e elementos
no processo técnico-administrativo da escola. A maioria das escolas no Brasil tem na sua
organização aproximações com relação à organização empresarial, com concepções objetivas,
funcionalistas e burocráticas.

Existe uma distinção entre estudos que trabalham com enfoques bem diferentes a respeito da
organização e gestão da escola. Na realidade existem duas concepções. Um enfoque científico
racional e um enfoque crítico, de cunho sociopolítico. A primeira vê a organização da escola como
sendo tomada uma realidade objetiva, neutra, técnica, que funciona racionalmente, ou seja, pode ser
planejada, organizada, controlada, de modo a alcançar maiores indicadores de eficácia e eficiência.
A maioria das escolas atua nesse modelo de organização. Tem organogramas de cargos e funções,
normas e regulamentos. Este é o modelo mais comum de funcionamento da organização escolar. A
segunda vê a organização da escola como um sistema de agregação de pessoas, onde existe uma
intencionalidade de trabalhar com as interações sociais que acontecem dentro e fora da escola. A
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organização seria uma construção social atribuída aos professores, alunos, pais e integrantes da
comunidade mais próxima. (LIBÂNEO, 2001).

Na gestão escolar é de extrema relevância a participação da comunidade escolar. Nessa esfera de


gestão se estabelecem trabalhos específicos no cotidiano da escola para alcançar o desenvolvimento
da aprendizagem. De acordo com VIEIRA:

Nesta esfera da gestão, situam-se professores, alunos e outros membros da


comunidade escolar - funcionários que trabalham na escola, docentes que ocupam cargos
diretivos, famílias e integrantes da área de abrangência geográfica onde se localiza a
escola.

O trabalho escolar é uma ação de caráter coletivo, realizado a partir da participação conjunta
e integrada dos membros de todos os segmentos da comunidade escolar. Portanto, afirmar que sua
gestão pressupõe a atuação participativa representa uma redundância de reforço a essa importante
dimensão da gestão escolar. Assim, o envolvimento de todos os que fazem parte, direta ou
indiretamente, do processo educacional no estabelecimento de objetivos, na solução de problemas,
na tomada de decisões, na proposição, implementação, monitoramento e avaliação de planos de
ação, visando os melhores resultados do processo educacional, é imprescindível para o sucesso da
gestão escolar participativa.

Esta modalidade de gestão se assenta no entendimento de que o alcance dos objetivos


educacionais, em seu sentido amplo, depende da direção e emprego das relações interpessoais que
ocorrem no contexto da escolar, em torno de objetivos educacionais, entendidos e assumidos por
seus membros com empenho coletivo em torno da sua realização.

A participação dá às pessoas a oportunidade de controlar o próprio trabalho, sentirem-se


autoras e responsáveis pelos seus resultados, construindo, portanto, sua autonomia. Ao mesmo
tempo, sentem-se parte da realidade escolar e não apenas instrumento para realizar objetivos
institucionais. Mediante a prática participativa, é possível superar o exercício do poder individual e
de referência e promover a construção do poder da competência, centrado na unidade social escolar
como um todo.

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
Neste estudo estarei relatando as experiências e vivências do estágio em gestão escolar
do Centro Educacional Pedro Rizzi situado na rua  Agilio Cunha, 812 no bairro Cidade Nova,
Itajaí, Sc, foi realizado uma entrevista com cada profissional, onde os mesmos responderam á 8
questões cada um.
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Questionário respondido pelos profissionais.

QUESTÕES AO GESTOR.
Fernando de Tarso Castelain Júnior

1. De acordo com o projeto político pedagógico que métodos a instituição adotou na


avaliação?

Os métodos usados como gestor através de informações coletadas, em observações, provas,


leituras, discussões, debates com a temática devida.

2. A escola possui grêmio estudantil (sim ou não)? Se sim como participam das reuniões?

Sim porém estamos fundamentando o mesmo.

3. O que você entende por escola democrática?

Escola democrática é uma escola aberta á opiniões de pais, professores, alunos e comunidade.

4. Quais as ações desenvolvidas pelo diretor na unidade escolar?

Coordenar o funcionamento da escola desenvolvendo ações de conservação, manutenção e


zelando pelo comprimento do regimento da escola além da finalidade da equipe.

5. Como funciona o planejamento estratégico na educação básica?

Explorar os diferentes espaços da escola e também fora dela, explorando assim vários
ambientes como parques, teatros, outras escolas entre outros.

6. O corpo docente participa de formação continuada, de que forma isso influencia


positivamente no cotidiano escolar?

Sim o corpo docente é participativo, isso influencia traves do trabalho em grupo ela e também bem
mais explorada no dia a dia do profissional sem contar que se dá muitas experiências para nossa
profissão.

7. Quais são as maiores potencialidades de sua escola na dinâmica do cotidiano escolar?

Nossa maior potencialidade é ser profissionais competentes enquanto exercemos nossas


funções.

8. Quais são as ações sociais promovidas pela escola?

Atividades sistemáticas planejadas, culturais, explorativas, artesanais e técnicas de trabalho


que são desenvolvidas para alunos e comunidade.
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AO ORIENTADOR.

Klarinda Rosa Pereira

1. Descreva as principais funções do orientador educacional.

Trabalhar em parceria com os professores para compreender o comportamento dos alunos e


agir de maneira adequada em relação a eles, ajudar a escola a organizar a proposta
pedagógica, dialogar e dar orientação, mediar aluno x professor , escola x aluno, escola x
comunidade.

2. Como é aplicado o planejamento estratégico na educação básica? Você participa deste


planejamento?

sim, a escola procura proporcionar a efetividade de uma gestão participativa, contemplando a


atuação de estudantes, pais, professores, funcionários, por meio de ideias, reuniões, informações e
ate por meio de voto, em alguns casos.

3. Como se dá o seu planejamento quanto ao serviço de orientação educacional em


escola?

Nosso planejamento é focado no projeto pedagógico da escola e dentro da legislação


vigente.

4. Quais os aspectos positivos e negativos na sua função? Descreva.

Positivos: quando juntos escola e família conseguimos solucionar o problema existente do aluno,
fazendo e vendo o processo do aluno desenvolvendo seja na área ensino aprendizagem, valores,
etc...

5. Quais os desafios encontrados na realização de seu trabalho?

Falta de atuação na vida escolar do filho, comprometimento do aluno em sua vida


escolar, desenvolver no aluno o desejo pelo estudo.

6. Qual sua participação na formação do educando, com relação ao processo de


alfabetização?

Dialogar, incentivar o aluno no seu desenvolvimento escolar, buscar uma relação


de dialogo com o professor, em suas dificuldades seus medos , para a promoção de um
ensino de qualidade.

7. De que forma você orienta os profissionais a trabalhar o lúdico em sala de aula?

Procuro dialogar, saber quais dúvidas estão tendo, ajudo a planejar atividades que
possam chamar atenção do aluno, e ate intermediar constantes conflitos.
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8. Como você vê o lúdico na sua escola? Ele é utilizado na sua escola? Justifique.

Vejo como um produtor de novas descobertas pois busco trazer novos olhares para a
equipe e também sempre mostrar que todos são capazes, de melhorar mais e mais.

AO SUPERVISOR.
Fernanda Apazo
1. Descreva o papel do supervisor no âmbito escolar?

O supervisor é o elemento que organiza, orienta e articula todo o processo de


ensino aprendizagem.

2. De que forma o supervisor atua dentro da instituição escolar?

O supervisor atua de maneira pedagógica auxiliando os professores e na construção


do PPP da unidade fazendo a união de pais, professores, alunos e escola.

3. Descreva os desafios vividos hoje com as condições em que se encontra a


educação no Brasil, enfrentados diariamente pelo supervisor educacional?

As vivencias do supervisor são grandes porem a falta de comprometimento das


famílias ainda é o grande vilão desse processo.

4. Há participação ativa da comunidade escolar nas decisões que condizem em


relação a construção do plano político pedagógico que envolva o ensino e
aprendizagem?

A participação ainda é um quesito que deve ser revista.

5. Com base no plano político pedagógico de sua instituição, quais os métodos


avaliativos utilizados para mensurar o processo de ensino aprendizagem?

No PPP a avaliação do rendimento escolar é processual, formativo e ainda esta


atrelado a nota como forma de mensuração.

6. Como é realizado o planejamento estratégico na educação básica?

Buscamos proporcionar novos olhares tendo a oportunidade de leva-los ao


cinema, parques, teatros e outros lugares atrativos para os mesmos.

7. A comunidade é participativa da elaboração do PPP?

Sim, a comunidade é bastante participativa nesta elaboração, de modo a opinar e


sugerir suas idéias.

8. Em que sentido esta a construção da formação de um supervisor? Dê sua opinião.


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O supervisor é carente de formação, deveria ter obrigatoriedade de dois a três


anos de aprimoramento e alinhamento pedagógico. Vale salientar que a maior formação
acontece no espaço escolar, nos afazeres do dia a dia.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (considerações finais)

Conclui-se que encontramos dentro da escola diversas lideranças, atuando cada qual na sua função e
que precisam definir suas ações em harmonia com o Projeto Político Pedagógico da escola. É
importante sempre lembrar que para tornar a escola um espaço especial, visando a construção de
uma sociedade melhor, precisamos desenvolver um trabalho em equipe, um trabalho solidário entre
todos os que compõem o cotidiano escolar.

Temos o gestor administrativo (diretor), o pedagógico (coordenador), o educacional


(orientador), o da sala de aula (professor) e outros cargos definidos pela estrutura de funcionamento
das políticas públicas.

Todos os líderes mencionados precisam eleger como prioridade a aprendizagem dos alunos,
desenvolvendo atitudes de gestão compartilhada, entendendo que a gestão não pode ser jamais um
fim em si mesma e que para ter sentido, tem que estar a serviço do êxito dos alunos.

Mas é importante ficar claro que a ação de todos os líderes que não atuam na sala de aula só faz
sentido se favorecer o trabalho do professor, resultando em benefícios educacionais e sociais para
os alunos.

O clima organizacional precisa ser favorável à aprendizagem e precisa estimular que os


professores desenvolvam trabalhos onde a curiosidade do aluno seja despertada para continuar a
aprendendo e que ele receba na escola as condições para tal. Onde cada um, professores e alunos
ofereçam o melhor de si.

Precisamos de uma escola autônoma, aberta, flexível, democrática, participativa e que seja um
espaço de socialização. Uma escola que estabeleça diálogos com a comunidade escolar, onde os
professores se comprometam com os resultados dos alunos, onde os pais e mães estejam presentes.
Enfim, uma escola onde o aluno seja valorizado e estimulado a aprender.
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Agora, é preciso transformá-la também num ambiente voltado à reflexão. Nesse sentido, o
papel do gestor/diretor passa a ser muito importante. É essencial entender o conceito de liderança
educacional como um tipo de intervenção junto a pessoas, por meio do qual se promovem novas
maneiras de pensar. Se educadores não mudam sua forma de pensar, não mudarão sua forma de
agir. Liderar é criar ambientes seguros, que sejam favoráveis para inovações educacionais.

REFERÊNCIAS

LIBÂNEO, José Carlos. "O sistema de organização e gestão da escola" in: LIBÂNEO, José


Carlos. Organização e gestão da escola - teoria e prática. 4ª Ed. Goiânia: Alternativa, 2001.

VIEIRA, Sofia Lerche. Gestão, avaliação e sucesso escolar: recortes da trajetória cearense.


Estudos avançados. V.21, n.60, São Paulo, 2007.

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