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Avaliação mediadora: uma prática em

construção da pré-escola à universidade


Jussara Hoffman
Sobre a Obra e a Autora Anotações
A autora foi professora na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é
conferencista e consultora educacional.
Seus principais estudos foram desenvolvidos nas áreas da educação infantil e
avaliação educacional.
Tem inúmeros livros e artigos publicados em suas áreas de estudo.
Defende que a avaliação educacional deve ter um papel mediador no sentido de
tornar o educador, parte comprometida com o aprendizado do aluno.

Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade


A obra toma por base a avaliação como uma atividade que faz com que o aluno
seja instigado a desenvolver seu processo cognitivo.
Entretanto ressalta que na maioria das escolas ocorre o processo avaliativo como
um sistema classificatório de ensino e de qualidade através do qual é mensurado o
índice de desenvolvimento dos alunos e da escola.
A escola, na maior parte das vezes, não é compreendida como a mediadora
do conhecimento, mas sim cumpridora da função de transmitir o conhecimento,
desconsiderando a aprendizagem e a realidade social do estudante.
CAPÍTULO II – Uma Psicogênese da Pessoa Completa
“ Quanto mais eu vou a escola, mais eu
estudo, quanto mais eu estudo, mais eu aprendo,
quanto mais eu aprendo, mais eu esqueço.” (HOFFMANN, p. 26)

• a metodologia usada na educação desfavorece os alunos no sentido de produzir o


conhecimento
• é necessário o diálogo entre escola e família como forma de colaborar para a
aquisição do conhecimento

“As charadas da avaliação”: a compreensão sobre por quais razões o aluno não
aprende ainda é uma “charada” que a prática avaliativa nos impõe.
A escola quer formar o estudante para a sociedade, mas esquece que ele já dispõe
de uma formação.
O aluno constrói o seu conhecimento na interação com o meio em que vive.
Portanto, depende das condições desse meio, da vivência, de objetos e situações.
As avaliações deveriam frisar mais a realidade social do aluno e o professor deveria
voltar sua atenção para uma avaliação que valorizasse o seu ser social.
A autora aborda a questão da escola como um agente social e a avaliação com
uma parte integrante na formação do ser social.
Muitas vezes, o professor investe suficientemente na dimensão cognitiva do
desenvolvimento e não dedica atenção à dimensão afetiva. Outras vezes, faz o inverso:
cuida da criança com carinho e atenção, mas sem planejar adequadamente como vai
ajudá-la a progredir na aprendizagem.
É necessário que cada professor, ao planejar as situações didáticas, reflita
sobre os estudantes considerando seu desenvolvimento integral, contemplando as
características culturais dos grupos a que pertencem e as características individuais de
cada um.
É preciso que os professores reconheçam a necessidade de avaliar com diferentes
finalidades: conhecer e acompanhar o desenvolvimento do aluno; conhecer as
dificuldades e planejar atividades que os ajudem a superá-las; saber se as estratégias
de ensino estão sendo eficientes e modificá-las quando necessário.
Prof. Pimentel 53 Bibliografia
Anotações
Assim, não apenas o estudante é avaliado, mas o trabalho do professor e a escola
também.
Ao avaliar o aluno, o professor avalia sua própria prática: a avaliação serve para
reorientar a prática pedagógica.

A concepção de avaliação perpassa a lógica de um processo


de organização de ensino, relacionado com a aprendizagem
do aluno e com a sociedade.

Quanto à forma de avaliar, avalia-se o todo e as mudanças de comportamentos


no aluno, pois se avalia para concretizar o processo de educação como ato humano,
intelectual, cientifico e sistemático.
Não se pode pretender que o aluno esteja pronto ao final de cada bimestre ou ano
letivo, pois como ser em construção, há muito que desenvolver no processo ensino-
aprendizagem.
A avaliação deve constituir prática contínua e não apenas do final de um período.
Como tal, exige estratégias pelas quais o aluno possa se expressar de várias formas,
facilitando o ato de avaliação.
Nesta direção, avaliar significa identificar as necessidades dos alunos e ir à busca
de soluções para sanar essas necessidades.
A avaliação passa a ser diagnóstica e inclusiva, porque concebe o aluno como ser
em desenvolvimento contínuo e assume um compromisso perante a aprendizagem e
formação do aluno.
Projeto politico-pedagógico: subsidia um processo de avaliação comprometido
com o desenvolvimento, por isso é tão importante.
Metodologia aplicada pelo docente: deve instigar o aluno a fazer uso do
conhecimento adquirido.
As escolas devem repensar seus valores como transformadoras de conhecimentos
por já se saber que o aluno dispõe de uma relevada experiência e conhecimentos
prévios.
Tarefa desafiadora da escola: compreender que se deve mudar seu processo
avaliativo para melhor instigar e desenvolver os seus alunos para uma sociedade
culturalmente rica e produtiva.
Visão reducionista da avaliação:
Avaliação é a verificação dos resultados alcançados;
O acompanhamento do aluno se resume a observar e registrar o que ele é capaz
de demonstrar;
Ausência do caráter reflexivo e da superação no sentido da aquisição de novos
conhecimentos.
Compreensão da avaliação como ferramenta de mediação:
Concebe o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e também pelo
professor;
ação-reflexão-ação que se passa na sala de aula em direção a um saber aprimorado,
enriquecido;
Exige uma reflexão aprofundada a respeito das formas como se dá a compreensão
do educando sobre o objeto do conhecimento.

Avaliação
Mediadora

Reciprocidade Professor e
Encoraja a aluno buscando
intelectual entre os
reorganização do coordenar seus
elementos da ação
saber. pontos de vista.
educativa.

Prof. Pimentel 54 Bibliografia

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