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junto à comunidade onde está inserida. Sabe-se dos longos anos de explo-
ração que o Brasil sofreu, bem como as sequelas que ficaram dessa
exploração desordenada e desumana, resultando em cenários de desigual-
dades extremas em diferentes pontos do país.
Ser humano é ser histórico, ao mesmo tempo que a história se movi-
menta, o sujeito também se movimenta em um processo de adaptação e
reconstrução constante. A educação vem com o papel de auxiliar no de-
senvolvimento e reinvenção do sujeito, a fim de possibilitar a adequação
às exigências do momento em que se encontra. Carbonari (2014) é enfático
ao afirmar que não se manter em processos educativos é o mesmo que
desumanizar-se, perdendo assim a vontade e o desejo de ir além do que
está imposto.
E o processo crítico tem que ser realizado nos diferentes aspectos ins-
titucionais da escola, de modo que seja propiciado um ambiente favorável
ao aprendizado e, consequentemente, ao desenvolvimento. Nesse pro-
cesso, é importante que se considerem as peculiaridades da localidade
onde a escola está inserida, o perfil socioeconômico dos estudantes, a cons-
trução de um currículo integrado e articulado com o compromisso social
da escola, uma equipe que supra as necessidades instituições e que consiga
realizar um trabalho de empoderamento e transformação dos sujeitos
atendidos, dentre outros aspectos. Charlot (1986, p. 215) afirma que
Impresso por Gabriel Henrique de Camargo, E-mail gabriel.henrique.camargo@alumni.usp.br para uso pessoal e privado. Este material
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À medida que toma consciência de seu lugar no mundo, com base em uma
perspectiva crítica e não ingênua da sociedade, o homem passa a ser sujeito e
capaz de mudar sua história (Freire, 1979). Essa tarefa é complexa e, por isso,
requer uma postura reflexiva permanente do homem, haja vista que necessita
de uma intensa reflexão sobre si mesmo, seus problemas e responsabilidades,
estando situado em um espaço e tempo histórico. Ao valorizar a capacidade de
o homem ser sujeito, de modificar sua realidade mediante a conscientização,
esse autor resgata o potencial humano de intervir e de transformar seu meio.
1
Carbonari (2014, p. 168), apoiado em Freire (1979, p. 86) diz que violência “é quando os seres humanos não são ‘o
sujeito de seu próprio movimento’, quando certos seres humanos, os opressores, impedem outros seres humanos de
serem sujeitos. Isto porque a prática violenta, por sujeitar os sujeitos, os têm por objeto e “fazê-los objetos é aliená-
los de suas decisões, que são transferidas a outro ou a outros’”.
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