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A coordenação
pedagógica e a
gestão democrática
1a edição
São Carlos, SP
2016
© 2016, das autoras
Supervisão
Douglas Henrique Perez Pino
Revisão Linguística
Clarissa Galvão Bengtson
Daniel William Ferreira de Camargo
Editoração Eletrônica
Izis Cavalcanti
ISBN: 978-85-69206-13-2
CDU: 37
CAPÍTULO 7
O planejamento
pedagógico-democrático
Sandra Aparecida Riscal
Cada escola é um espaço único, com uma história individual de relações entre
diferentes agentes. Para que o planejamento pedagógico possa ter alguma chance
de ser objeto de ação dos diferentes agentes, ele deve ser capaz de representar,
ao menos em parte, suas intenções e expectativas. Em geral, as expectativas não
coincidem, e, frequentemente, mesmo no interior das diferentes categorias – entre
docentes, entre pais ou entre alunos –, há uma única opinião ou consenso. Por isso,
a elaboração do planejamento está associada ao Projeto Político-Pedagógico (PPP)
da escola e constitui o aspecto especificamente pedagógico da implementação das
intenções políticas negociadas na elaboração do PPP. Um planejamento democrático
exige a criação de um espaço público e democrático, no qual todos possam apresen-
tar suas posições e ser ouvidos, abrindo-se, ao fim, o debate para a negociação de
posições.
Um dos pontos que precisam ser considerados é o fato de que, ao dizer que,
entre os fundamentos do planejamento, estão o papel social da escola, o reconheci-
mento da alteridade e a interação da escola com a comunidade, asseveramos que a
própria compreensão do papel da escola deve ser pensada em termos sociais e que
todo o seu currículo e conteúdo devem partir desses pontos.
Isso significa que os conteúdos não mais podem ser pensados como conheci-
mentos universais e impessoais, com validade universal. O papel e o estado daquilo
que seja conhecimento estão sendo postos em questão, e é fundamental que os
agentes escolares compreendam que o processo de inclusão social exige uma pos-
tura político-democrática implicando a abertura não apenas do espaço escolar, para
a participação da comunidade, mas também do currículo, para a inclusão de formas
de conhecimento até hoje excluídas – que, por serem rejeitadas, desprovidas e des-
tituídas desse estatuto, acabam excluindo toda uma população da escola.
Tanto a cultura popular, por mais que, ao docente, pareça alheia ao universo de
formação, quanto a cultura das galeras ou redes sociais devem ser compreendidas
pelos agentes escolares, que, em vez de desprezá-las, podem enriquecer o processo
educativo com a sua integração às diretrizes curriculares da instituição.
1. PLANEJAMENTO E PRECONCEITO
Um dos primeiros pontos a serem abordados é o preconceito, que subjaz a mui-
tos dos conteúdos trabalhados nas escolas. A reflexão sobre a alteridade, isto é, o
respeito pelo outro em sua diferença, é um dos fundamentos das novas concepções
curriculares. Trataremos desses aspectos nas disciplinas que apresentarão concei-
tos teóricos e tarefas de ação nesse sentido. Por isso, um dos primeiros temas são os
preconceitos, que têm como consequência o bullying – assunto que contemplaremos
no curso.
Um dos principais aspectos deste curso é o seu caráter não apenas teórico mas
também de intervenção, e, para que isso ocorra adequadamente, é necessário que
as preocupações apontadas sejam integradas à globalidade do planejamento.
2. O PLANEJAMENTO
O planejamento é um processo de administrar diferenças ou oposições entre
os diversos membros da comunidade escolar, propiciando, assim, a democracia, com
a participação de todos.
O trabalho pedagógico não pode ser uma constante improvisação, sem a definição
de objetivos e a coordenação de atividades entre os diferentes agentes escolares. Não
se pode mais deixar o professor em solidão e sabedoria próprias decidir o que precisa
ser aprendido ou não. Se a escola é, fundamentalmente, uma instituição social, é neces-
sário que o planejamento também o seja, e, para isso, devem-se criar condições para
uma discussão coletiva.
Outro grande problema que, muitas vezes, impede uma reflexão coletiva sobre
o planejamento é a ideia de que cada professor pode estabelecer os conteúdos como
bem entender. O conhecimento torna-se, assim, propriedade privada do professor,
perdendo o seu caráter de construção cultural e social ou coletiva.
2.2 Os indicadores
A elaboração do diagnóstico deve seguir indicadores externos e internos que
possibilitem a compreensão mais global dos problemas da escola.
Indicadores internos: perfil dos alunos atendidos pela escola e das famílias,
além das expectativas e aspirações da comunidade. É necessário conhecer os alu-
nos, com as características de sua vida, e as relações familiares. O reconhecimento
das condições de vida dos alunos e das famílias é prioritário para a elaboração do
planejamento. A comunidade deve participar da definição dos objetivos da escola,
e o professor deve conhecer o aluno a quem vai ensinar, para saber o que e como
ensinar. É preciso também propor ações e tarefas que estimulem a imaginação, a
observação e o raciocínio e levem em consideração as características econômicas,
sociais e culturais locais. Um dos aspectos mais importantes é a análise dos resulta-
dos obtidos no ano anterior, por meio de estudos bimestrais. Essa análise não pode
ser apenas quantitativa, com a produção de médias a partir das notas nas diferentes
matérias, mas também qualitativa, livre de preconceitos (Fulano não tem jeito! ou
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Esse não vai de jeito nenhum!), com o levantamento das dificuldades desses alunos
e das condições que produziram seu fracasso.
Assim, precisa ser elaborado um rol de ações com a indicação do objetivo que
se pretende atingir com determinada ação. As ações devem ser organizadas em
ordem cronológica, seguindo a emergência com a qual têm de ser implementadas e
as condições materiais e de tempo necessárias para o seu planejamento e execução.
Para cada ação, deve ser definido um responsável por sua execução. Todos,
de acordo com o tipo de tarefa e a especificidade da ação exigida, devem ser en-
volvidos. Pais e alunos de séries mais adiantadas podem participar de projetos de
recuperação ou de desenvolvimento de atividades com outros alunos.
Para cada uma das atividades, devem ser definidos os métodos de ação, os
recursos didáticos e materiais a serem empregados e o tempo previsto para o seu
102 A coordenação pedagógica e a gestão democrática
desenvolvimento. Caso seja preciso recurso financeiro extra, terá de ser estabeleci-
do o modo de financiamento.
Finalmente, cada atividade deve vir acompanhada do local em que será desen-
volvida e da data e horário previstos. É importante que se pense também em ativi-
dades que se realizem fora do espaço escolar, em colaboração com a comunidade.
É necessário também que se faça uma avaliação geral para analisar a ade-
quação entre os objetivos e metas propostos e as ações desenvolvidas. Além do
acompanhamento de verificação de cada item proposto, é preciso que se avaliem a
participação e o interesse dos diferentes agentes do processo e os efeitos das ações
e dessa participação na aprendizagem dos alunos.
REFERÊNCIAS
FUSARI, J. C. O planejamento do trabalho pedagógico: algumas indagações e tentativas de
respostas. São Paulo: FDE, 1998. p. 44-53.
HOUAISS. Grande dicionário da língua portuguesa. 2015. Disponível em: <http://houaiss.uol.
com.br/>. Acesso em: 14 dez. 2015.
CAPÍTULO 8
O papel do coordenador
pedagógico na gestão
democrática da escola
e na elaboração do projeto
político-pedagógico
Sandra Aparecida Riscal
Como se trata de uma atividade recente, boa parte das tarefas realizadas pelo
coordenador pedagógico está ainda em estágio de discussão e consolidação. A au-
sência de uma definição precisa do papel do coordenador pedagógico tem resultado
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Uma das tarefas que mais têm pesado sobre os ombros dos coordenadores
são aquelas encaminhadas pelas secretarias e órgãos administrativos municipais
e estaduais de educação. São relatórios encaminhados à escola que devem ser
preenchidos pelos coordenadores e docentes e, depois, tabulados, cujos resultados
têm de ser enviados às respectivas secretarias. Consistem em formulários, planilhas
estatísticas ou documentos que os coordenadores devem garantir que sejam pre-
enchidos pelos docentes de sua escola e devolvidos no prazo determinado, em um
processo sem fim, que acaba ocupando todo o tempo que deveria ser dedicado ao
trabalho pedagógico, desvirtuando a finalidade da função.
Esse tipo de atividades deveria ser realizado por meio de um planejamento ori-
ginado da própria escola e com objetivos estabelecidos também pela própria escola.
Realizadas da forma como são, elas perdem seu valor heurístico, porque acabam
não representando adequadamente as atividades da escola e de seus agentes, que
consideram tais relatórios como um empecilho ao seu trabalho, e não como um
instrumento auxiliar na solução dos problemas escolares.
Além disso, em geral, por não conhecerem exatamente o papel dos coordena-
dores pedagógicos, os diretores lhes encaminham as tarefas mais inusitadas. Sem-
pre que ocorre um problema, mas não há na escola um responsável designado para
a tarefa, o coordenador pedagógico é acionado, para dar uma solução. Eis algumas
tarefas que estão fora do escopo de suas atividades, mas que, muitas vezes, lhe são
atribuídas: acompanhar alunos ao posto de saúde quando ficam doentes, substituir
professores ausentes, preencher toda sorte de relatórios sobre a escola e solucionar
problemas materiais que exigem a arrecadação de fundos etc.
É claro que, nesses momentos, podem ser discutidos textos que venham a
contribuir para a prática docente e para a articulação e interação entre as discipli-
nas. Esse aspecto, entretanto, não pode ser encarado como essência da atuação
dos coordenadores nem como formação em serviço. São equívocos como esse que
confundem ainda mais o já complexo rol de atividades dos coordenadores, amplian-
do a sensação de dificuldade de sua atuação e de indeterminação de suas funções.
A formação em serviço não pode ser reduzida a algumas poucas horas e posta
sob a responsabilidade de um professor que, sozinho, é obrigado a procurar aten-
der às necessidades dos demais docentes. Para atender a essas necessidades, os
sistemas de ensino devem criar ou adotar cursos já oferecidos para esse fim, possi-
bilitando aos profissionais uma formação digna da importância de suas atividades.
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Isso significa que é necessário abrir mão da estrutura única e segura de conte-
údo e ensino preconizada pelos modelos hierarquizantes e disciplinares tradicionais.
É fundamental, para a constituição de uma escola democrática, o reconhecimento da
cultura do aluno como legítima e passível de ser objeto de estudo e conhecimento,
analisada e compreendida no âmbito curricular. A incorporação ao plano curricular
escolar da cultura do aluno e da comunidade onde a escola se situa pode ser um
instrumento de redução de tensões, porque permite uma nova relação de tempo e
espaço, familiares e reconhecidos pelo aluno. O problema, agora, é levar o docente,
formado nas estruturas tradicionais, a retomar o aprendizado de formas e práticas
sociais que, por toda a sua vida, considerou exatamente como aquelas que deveriam
ser eliminadas da escola – essa deveria ser a tarefa primordial do coordenador peda-
gógico e das práticas debatidas durante as HTPCs.
Por isso, mais do que liderar, é preciso que o coordenador seja capaz de re-
alizar um exercício de percepção e sensibilidade para identificar as necessidades
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dos alunos e da escola. Seu papel é possibilitar aos docentes um espaço para que
reflitam sobre suas práticas. Sem uma reflexão sobre sua experiência, a prática é
cega, porque não se debruça sobre si mesma, isto é, sobre o que e como foi feito.
O coordenador não precisa ficar, o tempo inteiro, levando textos para os pro-
fessores, porque não é parte de sua formação o conhecimento dos conteúdos de
todas as áreas e disciplinas. Seu trabalho é pedagógico, e isso significa que seu
papel é propiciar reflexão sobre as práticas docentes. Essa é a dimensão teórica do
trabalho pedagógico, que deve possibilitar aos docentes reflexão sobre suas práticas
e incentivar o trabalho coletivo na construção do projeto pedagógico da escola.
Com relação aos docentes, individualmente o coordenador não pode ser conce-
bido como formador, no sentido de informar e construir os conteúdos das disciplinas.
O papel de formador do coordenador reside em seu conhecimento pedagógico, com
que pode colaborar para a organização da rotina de trabalho e dos conteúdos a se-
rem abordados nas aulas a partir da proposta pedagógica da escola e para a seleção
de material, também do ponto de vista pedagógico.
Os temas das discussões devem resultar dos problemas detectados pelo diag-
nóstico e versar sobre assuntos que sejam importantes para os docentes. É rele-
vante que essas reuniões abordem temas de interesse coletivo e, efetivamente,
contribuam para o trabalho coletivo da escola. Devem ser estimuladas também as
discussões de docentes por área e por série, tratando da articulação daquilo que
é abordado entre uma série e as séries que precedem e sucedem, assegurando
coerência e organicidade ao que é ensinado, de modo que tanto alunos quanto do-
centes encontrem sentido e significado nos conteúdos. A partir desse panorama,
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O projeto de gestão democrática não comporta mais uma escola onde cada
professor cuide dos próprios conteúdos como se cuida de um problema pessoal e
privado. A escola é uma instituição pública, e os professores, agentes públicos, re-
presentantes do Estado em sala de aula. Os conteúdos e o processo didático são
temas vitais e constituem o próprio fundamento da vida escolar. Uma relação auto-
ritária com a formulação do projeto pedagógico dá à escola uma feição autoritária,
contrariando não apenas a política educacional em vigor mas também o próprio
processo de democratização da sociedade.
ações adequadas, para que se atinjam os fins estabelecidos como ideais ou desejados
no início do processo.
Por isso, diz-se que esse projeto é pedagógico, uma vez que seu fundamento
são as atividades pedagógicas da escola, e político, já que ele resulta da vontade
política dos agentes escolares, que, coletivamente, deliberam sobre sua elaboração.
O projeto não pode ser tomado apenas como um documento a ser encaminha-
do às autoridades educacionais; ele deve ser o resultado de um processo coletivo,
118 A coordenação pedagógica e a gestão democrática
Por esse motivo, para que a educação possa se constituir como uma ação
promotora da democracia, ela deve ser conduzida, desde o início de seu processo,
de forma democrática, garantindo que todos os agentes (alunos, pais, professores,
gestores, funcionários e comunidade da escola) participem das decisões que norte-
arão essa ação.
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O PPP se distingue do PP, porque aquele trata, além das questões pedagógicas,
das questões administrativas, financeiras e materiais da escola; já este é um aprofun-
damento das questões de caráter pedagógico, que são diagnosticadas e apresentadas
no PPP. O PPP estabelece uma política de gestão, definindo as finalidades e os objeti-
vos que a comunidade escolar determinou para a vida escolar. Seu caráter é pluria-
nual e aponta objetivos de curto, médio e longo prazo; já o PP é anual e corresponde
ao enfrentamento de problemas de natureza pedagógica, como dificuldades de uma
turma de alunos numa determinada disciplina, estratégias de ação para levar adiante
um projeto interdisciplinar (por exemplo, a implantação de uma horta) e ainda o deli-
neamento de ações para a execução do PDA da escola ou para a elevação do Ideb. Por
isso, o PP deve ser claro e objetivo, apresentando objetivos e estratégias concretos,
mas flexível e adequado a cada situação, sendo avaliado e reformulado a cada ano. O
projeto pedagógico é a diretriz para a elaboração dos planos de ensino e dos de aula,
porque é por meio dos objetivos e estratégias apontados e elaborados coletivamente
que os professores determinam como tais objetivos e estratégias serão abordados e
postos em prática em suas aulas.
um transtorno, porque os pais e alunos não teriam competência para participar dessa
discussão, que deveria ser reservada a quem tem formação para isso. Ocorre que a
formação do docente não é um conjunto de conhecimentos já prontos que só precisa
de uma sala de aula para ser aplicado. Os conteúdos não são neutros, e a escolha des-
se ou daquele conteúdo e da forma como é ensinado atende a interesses distintos. Por
isso, é relevante que se discuta com quem deve interessar o que é ensinado na escola,
para que se estabeleça a melhor forma de materializar esse interesse. Participando
da determinação dos objetivos e reconhecendo, nos planos de ensino e nos planos de
aula, o resultado de um projeto elaborado com a participação de todos – alunos, pais
e comunidade em geral –, se reconhecerá na escola, que passará a ser, de fato, sua,
tornadas públicas. Quando a comunidade não participa da elaboração do PPP e do PP, o
conteúdo se apresenta como algo distante, que atende ao interesse apenas do profes-
sor. Nesse sentido, há uma privatização da escola, porque o docente realiza somente
os próprios interesses, esquecendo que a educação é um processo coletivo.
4. O PLANEJAMENTO DO PPP
O projeto político-pedagógico é um instrumento de ação coletiva e, por isso,
deve ser elaborado coletivamente. Para que se atinjam os objetivos pretendidos, é
preciso um trabalho de planejamento das atividades e necessidades da escola.
4.1 O diagnóstico
Para atingir os fins da atividade escolar, é necessário que cada escola esta-
beleça uma política de ação própria para garantir acesso a ela, permanência nela
e aprendizagem efetiva. Por isso, é preciso identificar os problemas da escola, uti-
lizar indicadores internos e externos que permitam reconhecer esses problemas,
categorizá-los (isto é, organizar em categorias), para que se possam estabelecer os
prioritários, e propor ações eficientes para sua solução. Essas atividades são desen-
volvidas no período de planejamento do PP.
4.2 Indicadores
A elaboração do diagnóstico, isto é, conhecimento da situação e dos problemas
da escola, deve seguir indicadores externos e internos que apresentem informações
e possibilitem compreensão mais global dos problemas da escola.
tempo de que dispõem. Muitas ações não são executadas, porque, após o impacto
de uma sugestão que pareceu a todos maravilhosa, descobre-se que seu custo, as
condições de sua realização ou o tempo necessário para a sua execução a tornam
inviável. Muitas vezes, pequenas ações localizadas em salas de aula e classes es-
pecíficas de alunos e de seus pais propiciam resultados mais frutíferos que grandes
projetos, mas de difícil execução. Entretanto, se a escola dispuser de uma comuni-
dade disposta a atuar e levar adiante um projeto ambicioso, essa atividade deve ser
incentivada, como forma de possibilitar uma maior integração da comunidade nas
atividades escolares.
Para cada ação, deve ser definido um responsável por sua execução. Todos de-
vem ser envolvidos de acordo com o tipo de tarefa e especificidade da ação exigida.
Pais e alunos de séries mais adiantadas podem participar de projetos de recupera-
ção ou de desenvolvimento de atividades com alunos de séries anteriores.
Para cada uma das atividades, devem ser definidos os projetos de ação, os
métodos, os recursos didáticos e materiais a serem utilizados e o tempo previsto
para o seu desenvolvimento. Caso seja preciso recurso financeiro extra, deve ser
estabelecido o modo de financiamento.
Finalmente, cada atividade deve vir acompanhada do local onde será desen-
volvida e das datas e horários previstos. É importante que se pense em atividades
que se realizem também fora do espaço escolar, em colaboração com a comunidade.
Ao fim do processo, é necessário que se faça uma avaliação geral para analisar
a adequação entre os objetivos e metas propostos e as ações desenvolvidas. Além
do acompanhamento de verificação de cada item proposto no PP, é preciso que se
avaliem o processo de participação, o interesse dos diferentes agentes do processo
e os efeitos das ações e da participação na aprendizagem dos alunos.
REFERÊNCIAS
FUSARI, J. M. Planejamento do trabalho pedagógico: algumas indagações e tentativas de res-
postas. São Paulo: FDE, 1998. p. 44-53.
VEIGA, I. P. A. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção coletiva. In: ______. (Org.).
Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 16. ed. Campinas: Papirus,
2003.