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A necessidade de superar o analfabetismo funcional é objeto de diversos debates no Brasil.

Desse modo,
é pertinente reconhecer a precariedade estatal do ensino público, juntamente com a marginalização que
os indivíduos não letrados são submetidos pela sociedade, como fatores agravantes para a situação.
Assim, essa problemática deve ser superada, uma vez que compromete o desenvolvimento social do país
à medida que seus cidadãos são excluídos do processo de aprendizagem significativo.

Primeiramente, de acordo com a Constituição Federal, a educação, direito de todos e dever do Estado e
da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa e o seu preparo para o exercício da cidadania. Nesse sentido, pode-se
perceber que, apesar desse contexto legal garantir o direito à educação, não é a realidade vivenciada no
Brasil no que tange ao expressivo contingente de indivíduos não letrados devido à ineficiência da
educação estatal, o que compromete o desenvolvimento desses cidadãos. A principal razão para se
observar tal fato é a insuficiência de políticas públicas voltadas para o cenário educacional, o que afeta o
nível educacional da população e resulta em uma expressiva parcela de analfabetos funcionais que não
tem seu direito assegurado e desse modo não são capazes de se desenvolver de modo pleno. Isso
mostra a importância de o analfabetismo funcional ser superado, haja vista que impede que os
indivíduos alcancem sua plenitude como cidadãos.

Além disso, conforme os conhecimentos advindos da área da Sociologia, o preconceito é um artefato


usado perante o desconhecido ou estranho, mas que se torna um grande problema social. Essa
informação contextualiza o fato de que os analfabetos funcionais são submetidos de forma expressiva à
marginalização em decorrência de suas limitações e do preconceito exercido por uma parcela da
sociedade, já que são reconhecidos como incapazes para diversas funções, o que eleva seu
distanciamento de um convívio igualitário na esfera social. Essa realidade se torna clara quando se lança
luz sobre a exclusão dos não letrados em grandes centros públicos, uma vez que a precariedade da
leitura impede que estes façam as funções mais simples do cotidiano, como exemplo, leitura de
informações necessárias para sua locomoção, bem como o preconceito exercido sobre essa parcela por
indivíduos letrados, devido à incapacidade de esse grupo marginal de realizar atividades consideradas
essenciais para o convívio, o que eleva sua marginalização e os afasta da igualdade cívica. A partir dessa
conjuntura, evidencia-se que essa temática deve ser combatida, uma vez que é um dos fatores que
elevam a marginalização dos indivíduos e afasta o desenvolvimento social da unidade federal.

Diante dos argumentos, é dever do Ministério da Educação ampliar as políticas públicas que visem o
aumento da qualidade da educação no país, por meio de investimentos direcionados aos centros de
educação que possibilitem sua reestruturação e a capacitação de profissionais capazes de elevar o nível
educacional da pátria, com o objetivo de garantir que os indivíduos inseridos no ambiente escolar sejam
alfabetizados de modo pleno, para que assim se tornem cidadãos com total capacidade. Ademais, cabe,
também, à Mídia, promover campanhas publicitárias com o intuito de minimizar o preconceito exercido
sobre os não letrados, por intermédio da veiculação de informações sobre a importância da inclusão de
todos os indivíduos em sociedade e da exposição dos fatores governamentais e sociais que impedem
essa inclusão, a fim de garantir que os não letrados não sejam marginalizados do convívio em sociedade
e desse modo se desenvolvam de modo pleno.

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