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10
INSTRUÇÕES
Propostas de Redação
2010
10 Anglo Vestibulares
Livro Texto Rio Grande do Sul 29
Tema 8 UFRGS DATA DE ENTREGA: /
A RELAÇÃO DO JOVEM COM SEU CORPO
O confronto de “valores e poderes” do jovem com o mundo adulto e com a sociedade tem privilegiadamente o corpo como sua tela de
expressão e manifestação. De fato,o corpo apresenta-se como o palco para a procura das respostas e para a construção dos desafios
adolescentes. Observe-se que o jovem ainda não tem a sua casa, o seu trabalho, a sua família, inserindo-se ainda no universo dos outros, dos
adultos. O corpo é, assim, o único universo que lhe aparece como seu e com o qual ele interage simbolicamente para expressar suas raivas, desejos,
medos. Daí a sua importância psicológica e a gravidade de atitudes de autodestruição, através de drogas, da anorexia, da obesidade, que muitas
vezes se constroem como mensagens desesperadas para o adulto.
Sua redação será sobre a relação entre o jovem e seu corpo e sobre o sentido de se afirmar que este se constitui num campo simbólico,
através do qual o jovem se comunica, agride, afirma sua identidade ou pede socorro.
Analise o pessimismo filosófico (cético ou mesmo niilista) subjacente às frases acima. Você concorda que a corrida atrás de riqueza e de glória
é destituída de sentido, já que no final toda “vitória” é provisória ou relativa? Discuta a questão.
30 Anglo Vestibulares
Livro Texto Rio Grande do Sul 10
Antigamente, a opressão estabelecia-se de cima para baixo, dentro da família patriarcal ou da escola repressora. Hoje, o sentido da tirania foi
invertido, e são os pais e os professores que acabaram se tornando as vítimas dessa nova ordem. A razão desse fenômeno é complexa e deve ser
buscada não só na tendência de se questionar toda e qualquer hierarquia estabelecida, mas na crise ética que se vivencia e por culpa da qual as
fronteiras do certo e do errado, do bem e do mal, do permitido e do proibido tornaram-se fluidas. Discuta a questão, posicionando-se.
1. Solidão x Avanços da comunicação: por que, apesar de todos os avanços da comunicação, as pessoas estão cada vez mais sozinhas
e os relacionamentos humanos parecem cada vez mais precários e provisórios?
2.Velocidade x Falta de tempo: por que, apesar de toda a economia de tempo, proporcionada pelo avanço tecnológico, as
pessoas estão cada vez mais sem tempo e apressadas para tudo? Como solucionar esse
impasse?
RGS
10 Anglo Vestibulares
Livro Texto Rio Grande do Sul 31
Tema 24 UFRGS DATA DE ENTREGA: /
VINGANÇA: PRIMITIVISMO INJUSTIFICÁVEL OU SENSO DE JUSTIÇA?
Por que o homem carrega dentro de si o espírito vingativo? Duas teorias estão entre as mais prováveis. A
primeira é que o desejo de vingança é um tipo de tóxico presente na mente apenas das pessoas rancorosas. Isso pode ser
atribuído a perturbações mentais ou morais, a pais ausentes na infância, a fatores culturais. A outra possibilidade é que se
trata de um sentimento tão natural no ser humano quanto o amor, o ódio e o medo. (Veja, setembro,2008)
A vingança, na sua origem, deve ter sido um poderoso elemento de dissuasão, inibindo o agressor e fazendo-o pensar duas vezes antes de
atacar de novo. Hoje, esse controle está nas mãos do Judiciário, que passou a mediar as disputas entre vítimas e agressores. Se o sistema jurídico
funciona, as pessoas esperam que os conflitos terminem com a correção do mal que lhes foi causado. Contudo, quando ele não funciona, a
insatisfação com o sistema legal estimula os sentimentos de vingança, e os indivíduos tendem a buscar a resolução privada dos conflitos.
Na mitologia, são muitos os exemplos de grandes vinganças consumadas por ordem dos deuses. O Velho Testamento é repleto de passagens
vinculadas à máxima violenta do “olho por olho, dente por dente”. Aliás, a religião é profícua em termos de práticas de vingança, e as guerras
religiosas foram sempre as mais inexplicáveis, duradouras e cruéis da história da humanidade. Mas, mesmo em guerras bem recentes, como as
travadas no Iraque e no Afeganistão, a vingança tem desempenhado um papel significativo. Os EUA atacaram o Afeganistão após os atentados de
11 de setembro em 2001, um pouco porque, se não fizessem algo, estariam mostrando ao mundo sua fraqueza.(...)Seja na esfera privada, seja na
motivação das conquistas e guerras que marcaram a história humana, são muitos os casos que evidenciam o quanto o desejo de vingança
desempenhou um papel importante nas diferentes sociedades.
Pois bem, sua redação é sobre este impulso tão ancestral e arraigado em nossa cultura, a vingança. Você deve discutir se o desejo de
vingança é uma força primitiva, vinculada à dimensão animal e selvagem do homem ou se é uma força atávica, que deve ser contida em seus
excessos, mas que manifesta um sentimento natural de se fazer justiça com as próprias mãos, mormente em comunidades e sociedades que falham
Você concorda com a visão do poeta ou, na sua opinião, o importante não é o legado que se deixa para as gerações futuras, mas a capacidade
de se buscar, ainda que numa dimensão estritamente individual, a felicidade? O que é mais importante, conquistar ou usufruir; gozar o instante ou
deixar uma marca de nossa passagem pela Terra, nem que seja em termos de ensinamentos e exemplos?
O tema de sua dissertação é a questão que perpassa a obra de todos os artistas e a angústia de todos os homens comuns: qual o sentido da
vida? Discuta qual a melhor forma de “viver a vida” e quais devem ser nossas prioridades durante a nossa curta existência.
Frases E Pensamentos
1. Vou-me embora para Pasárgada / Aqui eu não sou feliz. (Manuel Bandeira )
2.. Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar o sol das manhãs vindouras ( Thiago de Mello).
3. A vida é uma tragédia quando vista de perto, mas uma comédia quando vista de longe ( Charlie Chaplin )
4. Para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre todos os galos ( João Cabral de Mello Neto) .
5. Sei que canto / E a canção é tudo / E um dia sei que estarei mudo / Mais nada ( Cecília Meirelles ).
6. O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente ( Carlos Drummond de Andrade )
7. Você marcha, José / José, para onde ? ( C.D.Andrade )
8. Mundo, mundo, vasto mundo / Mais vasto é meu coração ( C.D.Andrade ).
9. As pessoas tiram da vida exatamente o que investiram nela ( Joy Anderson )
10. Se seus sonhos estiverem nas nuvens, não se preocupe, pois eles estão no lugar certo. Agora construa os alicerces. ( Henry Thoreau )
11. A vida não consiste em ter boas cartas na mão, mas sim em jogar bem as que se tem ( Josh Billings )
12. Você existe apenas naquilo que faz ( Federico Fellow )
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Livro Texto Rio Grande do Sul 10
Tema 29 UFRGS DATA DE ENTREGA: /
RELATIVISMO DA VIDA
“A riqueza é um metal; a glória é um eco; o amor é uma sombra”.
Ricardo Reis
Analise o pessimismo filosófico subjacente às frases acima. Você concorda que a corrida atrás de riqueza e de glória é destituída de sentido,
já que no final toda “vitória” é provisória ou relativa? Discuta a questão.Use seus conhecimentos de Fernando Pessoa e Machado de Assis para
sustentar ou enriquecer a argumentação.
Analise a importância do Pré-sal, posicione-se sobre sua relevância e discuta as melhores formas de exploração das reservas, bem
como os riscos de exploração precipitada ou equivocada.
10 Anglo Vestibulares
Livro Texto Rio Grande do Sul 33
muitos uma fonte de consolo para conflitos e danos psicológicos. Esta hipertrofia dos atos de comer e beber, que ultrapassa a dimensão estrita do
“matar a fome e a sede” acabou gerando, inclusive patologias sociais como a alta incidência da obesidade na população e o recrudescimento do
alcoolismo na atualidade. Considerando a intersecção de todos esses aspectos, discuta as diferentes dimensões do ato de comer e beber na vida do
mundo de hoje.
Discuta a carga pejorativa em termos de gênero ou em termos étnicos veiculada por letras como essas e outras que você
conheça,posicionando-se. Num segundo momento, discuta como se deve enfrentar essa problemática (censura, educação, interferência na
mídia?). Analise as implicações éticas do problema.
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Livro Texto Rio Grande do Sul 10
Tema 46 UFRGS DATA DE ENTREGA: /
OS VALORES ESTÉTICOS DA ATUALIDADE: CULTO AO CORPO E OBSESSÃO PELA JUVENTUDE ETERNA.
Estamos revivendo os ideais gregos de busca do corpo escultural? Temos, de fato, um medo exagerado de assumir o envelhecimento como
um processo natural ao ciclo da vida? Discuta o papel que o corpo desempenha na atualidade, analisando as implicações positivas e negativas do
fenômeno. Utilize e exemplos e dados como apoio à análise
No mundo de hoje, as pessoas se veem obrigadas a usar máscaras para cumprir os diferentes papéis que precisam exercer. Além disso, as
regras sociais nos condenam muitas vezes à hipocrisia, ao fingimento e a falsidade. Fazemos escolhas que não queremos e sustentamos
comportamentos com os quais não concordamos. São tantos os nossos papéis e tão sutis as máscaras que usamos que, quando finalmente
quisermos, talvez não consigamos mais arrancá-las para (re)descobrir nossa verdadeira face. Discuta a questão.
Todos reconhecem a riqueza da diversidade no país. Mil aromas, cores, sabores, texturas, sons encantam as pessoas ; nem todas, entretanto,
conseguem conviver com as diferenças individuais e culturais. Redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito do seguinte tema: O desafio de
se conviver com a diferença.
Você acha que a corrupção na esfera pública do país é um processo reversível? De que forma? Posicione-se criticamente.
Elabore uma dissertação, analisando as razões que levam o homem à necessidade de progredir e de evoluir tecnologicamente. Reflita sobre
a idéia de que cada invenção é de certa forma um aperfeiçoamento ou uma projeção do próprio corpo humano. Finalize, refletindo sobre a
possibilidade alegada por alguns de que, no futuro, invenções, como o computador, possam acabar superando o homem em termos de inteligência.
RGS
10 Anglo Vestibulares
Livro Texto Rio Grande do Sul 35
Tema 55 UFRGS DATA DE ENTREGA: /
FOFOCA NA ALDEIA
“Tornamo-nos globais, mas não deixamos de ser aldeia”.
Diana Corso
O mundo conectou-se e tornou-se cosmopolita. Garantiu-se o acesso instantâneo a noticias dos mais distintos e recônditos recantos do
Planeta. Esta simultaneidade e velocidade de informações têm se consolidado como uma das características mais marcantes da globalização. No
entanto, permanecemos valorizando as fofocas e maledicências sobre a vida privada de terceiros, seja a dos nossos vizinhos anônimos, seja a dos
últimos “famosos de plantão” consagrados pela mídia. Continuamos tão “fofoqueiros” como na época em que vivíamos em pequenas aldeias
provincianas, sem acesso a TV, Internet ou telefone. Daí o paradoxo presente na expressão “aldeia global” de Mac Luhan. Talvez seja possível até se
afirmar que nosso comportamento como “aldeia” supera, em muitas circunstâncias, o nosso lado cosmopolita e civilizado.
Por que continuamos tão apagados à fofoca, a detalhes de vida alheia que não nos dizem respeito nem nos afetam? O que há de fascinante
em espalhar boatos e comentar maldosamente acerca de roupas, de comportamentos e de impressões referentes a pessoas que sequer
conhecemos? Que diferença existe entre a notícia e a fofoca e por que esta última tem tanto sabor, mesmo num mundo em que pretensamente
deveríamos ser menos provincianos, mais abertos ao diferente, menos mesquinhos e, sobretudo, mais tolerantes?
Sua redação é sobre o papel da fofoca na vida em sociedade e sobre as razões que transformam este fenômeno numa das patologias mais
complexas e paradoxais do mundo atual.
Na conjuntura globalizada, o neolliberalismo defende uma nova fórmula política que prega (1) a flexibilização das relações e vínculos
trabalhistas, (2) a redução dos custos do Estado e (3) o afastamento paulatino do Estado da esfera dos direitos e das garantias sociais.
Você acha que a máquina estatal deve ser enxugada ? Até que ponto? Qual são as tarefas do Estado? Qual o papel dos impostos? Em que
setores o Estado não deve se meter e de quais ele deve participar? ( Economia- Saúde- Educação- Regras Financeiras- Mercado de Trabalho)?
Discuta o modelo ideal de Estado e a ideia de que a máquina estatal precisa ( ou não ) ser enxugada e desburocratizada.
Pois bem: sua redação é sobre a força da estigmatização social, ou seja, da criação de rótulos para o comportamento do indivíduo com
base em seu perfil familiar, sua infância ou em uma atitude, às vezes precipitada, que se tomou na vida. Discuta as dificuldades de se reverter esse
processo e as desvantagens (ou vantagens) decorrentes dessa generalização ou simplificação pré-estabelecida.
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Livro Texto Rio Grande do Sul 10
Agradecer, pedir licença, abrir a porta para as mulheres, mandar flores, ceder nosso lugar no ônibus, interromper nosso caminho para ajudar
alguém a atravessar a rua ou a carregar um pacote. Dar informações ou, simplesmente, ser capaz de sorrir e de ouvir os outros, de demonstrar
civilidade e simpatia de forma isenta e não interesseira. Isso é ser gentil. Essas atitudes, centradas na gratuidade, constituem uma virtude? Ou são
apenas um conjunto de gestos ornamentais, capazes de tornar a vida em sociedade mais agradável, mas destituídos em si de maior profundidade
moral? Quão gentis devemos ser no trato com os outros e, sobretudo, por que é importante ser gentil?
Já dizia Jean de la Bruyère: “A gentileza faz com que o homem pareça exteriormente como deveria ser interiormente”. A gentileza é,
com efeito, uma exteriorização que não basta para construir o caráter de um indivíduo, mas que nos deixa vislumbrar o tipo de pessoa que se é,
embora não esgote a complexidade e as ambigüidades inerentes à personalidade humana. Há homens generosos que não são simpáticos, bons
pais, profissionais ou amigos que não sabem ser gentis, pessoas íntegras e generosas que, em diversas áreas de suas vidas, podem ser rudes.
Normalmente, porém, a pessoa gentil é também uma pessoa bondosa, idônea, amiga. Na maior parte das vezes, a gentileza torna-se um
espelhamento da alma.
No entanto, a gentileza não é importante apenas como índice de nossa índole ou como recurso capaz de tornar nosso convívio em sociedade
mais prazeroso. O fato é que gentileza gera gentileza, como diz o consagrado bordão, e as atitudes gentis tornam-se propulsoras de novos
relacionamentos em que a tônica seja a solidariedade, a reciprocidade e o afeto. Discuta o tema em suas múltiplas facetas.
Discuta a sutil distinção referida no texto entre ser “diferente”, que ninguém quer ser porque implica discriminação, e ser “diferenciado”,
posição a que todo mundo almeja. Discuta a questão da igualdade na pós-modernidade, analisando por que é tão importante “diferenciar-se” dos
demais.
O homem civilizado parece ter perdido a capacidade de valorizar a simplicidade. Ele tende a optar sempre pelo caminho mais difícil, complexo
ou rebuscado, deixando de perceber que o despojamento é que pode, na maior parte das vezes, trazer-lhe uma realização mais plena. Entre andar a
pé ou ir de automóvel, escolhe-se o automóvel mesmo que a distância seja pequena. Em vez de roupas confortáveis e esportivas, escolhe-se o
terno, o salto alto, a saia justa. Em vez de comidas naturais e fáceis de fazer, escolhe-se o tempero insólito, o custo elevado dos restaurantes ou o
ritual complicado do gourmet. Mesmo nos afetos e na forma como conduz a sua vida, a regra do homem pós-moderno é “complicar” aquilo que pode
ser simplificado.Você concorda que o homem de hoje precisa redescobrir o valor da “simplicidade”?
RGS
10 Anglo Vestibulares
Livro Texto Rio Grande do Sul 37
Tema 68 UFRGS DATA DE ENTREGA: /
A ADOLESCÊNCIA DE HOJE: período difícil ou privilegiado?
A adolescência é uma fase conturbada, mas também muito protegida. Muitos afirmam que a nossa atual sociedade superprotege os
adolescentes, que têm muitas vezes os privilégios da vida dita adulta sem as correspondentes responsabilidades.Outros reconhecem as
dificuldades de afirmação inerentes a essa faixa etária, que envolvem o início de uma vida sexual, a escolha profissional, a libertação do “jugo” ou do
conforto da redoma familiar. Além disso, há adolescentes e adolescentes. O fato é que existe uma distância muito grande entre o adolescente de
classe média, que tem sua maturidade afetiva e econômica adiada cada vez mais, e o adolescente das classes populares, que se torna adulto à força
e muito mais cedo. Posicione-se diante do tema, analisando a questão sob seus distintos enfoques.Posicione-se diante do tema, analisando a
questão sob seus distintos enfoques.
O tema da sua redação é, justamente, discutir o limite entre o sonho e o devaneio ou a fantasia. Argumente acerca do perigo que existe
tanto na imaginação fantasiosa e destituída de autocrítica, que leva o homem à tirania ou à queda, quanto na ausência de sonhos, que condena o
indivíduo a nunca superar as suas limitações, impedindo-o de aprimorar minimamente seus projetos de vida.. Para sustentar sua análise, recorra a
exemplos pessoais, históricos ou literários que ilustrem sua visão sobre o tema, qualificando-a.
38 Anglo Vestibulares
Livro Texto Rio Grande do Sul 10
desejo de glória ou orgulho. Às vezes, por descontroles momentâneos que sequer conseguimos compreender ou explicar. E esta fúria incontrolável
pode ser encontrada tanto na trajetória de reis, guerreiros e de homens poderosos quanto na vida de homens comuns, trabalhadores e pais de
família que foram capazes de assassinar filhos e amantes em arroubos imprevisíveis de raiva e desespero.
Busque, na história da humanidade, um exemplo (ou mais de um) que você julgue marcante de um gesto, de uma atitude ou de uma reação
que emblematicamente absurda, indefensável ou chocante, explicando as razões de sua inadmissibilidade à luz da noção de civilidade e
humanismo. Explique as razões que tornam este fato ou gesto uma evidência paradigmática da irracionalidade humana. Você pode buscar seu
exemplo em eventos da história, como os arrolados acima, ou em exemplos recentes perpetrados por homens anônimos tornados famosos pela
inexplicabilidade de seus crimes. Descreva o gesto ou a atitude que você selecionou, analisando o contexto em que o fato aconteceu, sua gravidade
e as implicações que se podem tirar do mesmo no que se refere à compreensão do comportamento humano.
"A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para a frente.”
Kierkgaard
Qual a importância do passado na vida de um indivíduo? Ele deve se apegar a este passado e buscar aprender com seus erros para modificar
e aprimorar o futuro? Em que circunstâncias o passado pode se tornar um elemento opressivo, capaz de prejudicar a vida das pessoas e não de fazê-
las compreender-se melhor? Discuta a questão em seus múltiplos dimensionamentos.
A sua redação é sobre a falta de limites vivenciada pela sociedade moderna, manifestada na permissividade das relações entre sociedade e
cidadão, pais e filhos, escola e aluno- em que cada um faz o que quer e estabelece suas próprias leis – e também numa certa indiferença com o
outro, com o coletivo e com a própria noção de solidariedade. Vivemos de fato uma sociedade sem limites e egoísta, carente de novos padrões
éticos? Como se pode enfrentar essa falta de limites vivenciada pela sociedade moderna?
10 Anglo Vestibulares
Livro Texto Rio Grande do Sul 39
Tema 79 UFRGS DATA DE ENTREGA: /
QUAIS DOS CASAIS FAMOSOS TÊM MAIS A NOS DIZER ACERCA DO AMOR?
Eros (Deus Imortal) e Psiquê ( Alma Humana): Psique casa-se com Eros,achando que ele é um terrível monstro a quem está proibida de ver e a
quem deve amar sempre no escuro.Apesar disso, ela adora recebê-lo à noite, encantada com o prazer que o marido lhe proporciona.Um dia,
curiosa, ela resolve acender uma lamparina para vê-lo e acaba queimando-o com cera quente. Eros, ferido e furioso pela quebra de confiança da
esposa, afasta-se de Psiquê, que por sua vez fica surpresa ao ver que o marido não era nenhum monstro,mas sim um deus belíssimo.Psiquê é
punida por Afrodite, a mãe de Eros, mas no final o casal volta a ficar junto, porque Eros não consegue esquecer a esposa e pede a Zeus que a
perdoe.Eros e Psiquê tiveram uma filha chamada Volúpia e viveram felizes para sempre.
Obs:os deuses da mitologia grega costumam ter dois nomes, um grego e outro romano. Assim, Eros é o nome grego do Cupido, e sua tradução
para o português é Amor. Palavras com erótico e erotismo vêm daí. Psiquê só tem esse nome que, em grego, significa alma. Psíquico, psiquiatria e
psicologia nasceram dessa raiz. O mito de Eros e Psiquê é a história da ligação entre o amor e a alma.
Analise o que se pode aprender a respeito do amor a partir de algum ou de alguns casais famosos da história da civilização ocidental. Discuta,
com base nesses exemplos, a complexidade desse sentimento que, desde o início da civilização humana, tem intrigado reis e poetas, homens
comuns e grandes artistas, filósofos e ficcionistas.
Escolha, como base de sua argumentação, exemplos de casais que tenham nos ensinado algo significativo ou inusitado acerca dessa paixão
tão prosaica quanto grandiosa.
O tema de sua dissertação é o papel que o erro e o arrependimento posterior podem desempenhar na nossa vida. Você deve partir de
uma experiência pessoal, que relate um momento em que você tenha errado ou que apresente uma convicção equivocada que você tinha e que
agora esteja superada.Considere suas opções políticas ou ideológicas, seus critérios de escolha profissional, suas brigas com namorados,
familiares ou amigos, o seu envolvimento eventual com drogas ou com companhias inadequadas. A seguir, reflita sobre o valor dessa experiência no
seu amadurecimento pessoal, descrevendo o equívoco cometido, as razões que o motivaram e analisando a importância que a percepção do erro, o
arrependimento e o aprendizado daí decorrente trouxeram para você. Utilize a 1ª pessoa à vontade, mas faça um texto de caráter dissertativo,
argumentando a partir da experiência relatada. Uma estrutura bastante comum para enfrentar este tipo de proposta é a seguinte:
Primeiro parágrafo: generalização e reflexão sobre o tema em terceira pessoa ou com um “nós” genérico;
Segundo parágrafo: relato da experiência ( em 1ª pessoa );
Terceiro parágrafo: Análise e aprofundamento da questão em terceira pessoa ou com um “nós” genérico;
Conclusão: Fechamento do texto ( em qualquer pessoa ).
40 Anglo Vestibulares
Livro Texto Rio Grande do Sul 10
um impasse que a pós-modernidade não tem como solucionar e que, ao contrário, tende a agravar cada vez mais. O curioso, no entanto, é
avançamos em relação ao meio físico, mas quanto ao meio social, continuamos todos ignorantes. Honestamente, confio mais no médico, no
eletricista, no químico ou no comandante de um Jumbo, do que nos cientistas sociais de um modo geral. Sem formação ou sem títulos adequados,
ninguém se proclama técnico ou especialista em física, química, engenharia, neurologia, cibernética ou cirurgia. Mas, no campo social e psicológico,
qualquer um se julga perito em política, economia, sociologia, futebol e mulher.
(Joelmir Beting, adaptado)
O texto apresenta ressalta a supremacia da especialização que tomou conta da modernidade, sobretudo nas áreas que o autor denomina de
físicas. Você concorda com a percepção de que este fenômeno não atinge de forma tão direta à área social? Você considera, de fato, a
especialização uma espécie de “tirania” da atualidade? Na sua opinião, o homem do passado dominava o funcionamento do mundo de uma forma
mais ampla? Discuta o processo de especialização crescente que o desenvolvimento acarreta, considerando suas vantagens e desvantagens no
tocante à autonomia humana e analisando sua imprescindibilidade ou não) para a vida contemporânea e mesmo para a realização humana.
“Os navios estão a salvo no porto, mas não foi para ficar ancorados que eles foram criados”.
Grace Hopper
“ Nunca andes pelo caminho traçado, pois ele conduz apenas aonde outros já foram”.
Graham Bell
“Aprender a nunca continuar. Saber começar a cada instante é o segredo de nunca cair na rotina”.
Talmude
“Somos o que fazemos repetidamente. Por isso, o mérito não está na ação e sim no hábito”
Aristóteles
“Estou sempre renascendo. Cada nova manhã é o momento de recomeçar a viver. Há 80 anos eu começo o meu dia da mesma maneira- e isso não significa
uma rotina mecânica, mas sim algo essencial para a minha felicidade”.
Pablo Casals
A rotina transformou-se na grande vilã da atualidade. Ela é culpada pelo fim dos relacionamentos, pelo tédio do cotidiano, pela falta de
criatividade no trabalho. Numa época como a nossa, que prega a novidade, o desafio e a velocidade das mudanças, a rotina deixa de ser vista como
um valor “estruturante” da vida em família e em sociedade e torna-se um entrave para o novo.
Talvez não tenhamos, no entanto, percebido que o fracasso pessoal, profissional e afetivo não pode ser atribuído de forma reducionista e
exclusiva à rotina. Ele deve ser buscado também em outros fatores, tão ou mais significativos do que ela. É evidente que a rotina tem um lado
comodista e perigoso, que facilita a aceitação, a passividade e a inércia, que podem corromper e minar qualquer relacionamento ou atividade.
Todavia, o conceito pode ser visto sob uma outra dimensão, que se vincula à sua etimologia e que precisa ser resgatado em seu sentido produtivo:
“rotina” tem a mesma raiz de “rota” e significa um caminho que já foi traçado e que, pela repetição, pode garantir segurança e tranqüilidade tanto nas
relações interpessoais quanto nas profissionais.
De fato, a ruptura absoluta com os hábitos gera caos e desconforto, e é natural que os relacionamentos estabeleçam sua própria rotina, ou
seja, seus ritos e hábitos, que levam as pessoas a se conhecerem melhor e a construírem um cotidiano comum. As relações profissionais, da mesma
forma, tendem a buscar padrões e regras em termos de horários e de distribuição de tarefas, práticas que não devem ser inflexíveis, mas sem as
quais nenhuma empresa ou equipe funciona.
Na verdade, é preciso que se perceba que a rotina tem um papel social estruturador extremamente importante. Talvez se possa dizer,
inclusive, que a ausência absoluta de rotina seja um elemento destrutivo e não criativo. O fundamental é os indivíduos percebam que o problema não
está na rotina, mas em sua inflexibilidade, não está nos ritos em si, mas no seu sentido ( ou na falta dele ).
Pois bem: sua dissertação é sobre o papel da rotina nas relações pessoais e/ou profissionais. Analise o fenômeno, buscando explicar
as razões que levam as pessoas a acusar a rotina pelos seus fracassos pessoais e profissionais. Aprofunde a questão, visualizando o conceito em
sua complexidade.
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Livro Texto Rio Grande do Sul 41
veio Darwin e nos disse que mesmo neste pequeno mundo entre mundos não éramos tão excepcionais assim. Tínhamos evoluído como qualquer
outra espécie animal, sujeita a variações genéticas ao acaso, e não foi fácil aceitar macacos na nossa árvore genealógica. Eu, por exemplo, ainda
digo que meus antepassados não descenderam de chimpanzés, foram adotados. Mas, mesmo tendo de rever todas as nossa noções sobre o”
pedigree da espécie”, ainda podíamos dizer que no fundo éramos boas pessoas, no controle dos nossos instintos. Os únicos animais na terra com
boa opinião a seu respeito, mesmo porque eram os únicos que tinham opinião. Aí veio o Freud. Quer dizer, tem sido um baque depois do outro.”
Luís F. Veríssimo/PUC-2004
Para Luís Fernando Veríssimo, os três responsáveis pelas principais viradas ou revoluções conceituais e paradigmáticas no pensamento do
homem ocidental foram Copérnico, Darwin e Freud. Em sua opinião, que pensadores (ou que pensador) você elencaria como marcos de grandes
guinadas na história da Filosofia e da Ciência? Selecione aqueles que você apontaria como mais marcantes pela importância de suas idéias ou pelo
potencial revolucionário e inovador das mesmas.
Observe que os pensadores escolhidos podem ser indicados em qualquer área filosófica ou científica, desde que tenham desenvolvido teorias
acerca do conhecimento, não sendo homens de ação, governantes, guerreiros ou artistas. Apresente de forma sintética as idéias de cada um,
discutindo a força de sua contribuição para a humanidade, num texto com introdução, desenvolvimento e conclusão e um mínimo de 30 linhas.
Sugestões: Platão/Aristóteles/Darwin/Rousseau/Comte/Marx/Newton/Maquiavel/Freud/Einstein
O texto afirma que a propaganda constrói uma imagem da felicidade, associando-a ao que denomina de “videobucolismo”: a idéia de que a
cidade é uma “selva de pedra” embrutecida e de que a paz deve ser buscada, ainda que apenas na fantasia, em paraísos idílicos distantes da
civilização.
Você concorda com essa vinculação entre vida urbana e demência, grande cidade e caos, metrópole e deterioração da qualidade de vida?
Você acha, de fato, que a vida no campo- ou a vida afastada dos grandes centros urbanos e de sua agitação- ajuda o homem a resgatar valores
perdidos ? Você julga, como o tipo de propaganda referida pelo texto tanto enfatiza, que a tranqüilidade deve ser buscada por gestos de ruptura com
a civilização e de reencontro com a natureza em estado bruto: uma praia deserta, um acampamento no meio do mato, um pôr-do-sol a dois em cima
das montanhas ? Na sua opinião, essa oposição é verdadeira, falsa ou só parcialmente aceitável ? Por quê?
Discuta a antítese vida urbana x vida em estado de natureza sob a ótica do imaginário pós-moderno, a partir da questão proposta no texto:
“A FELICIDADE MORA LONGE DO ASFALTO?” Organize suas idéias num texto com introdução, desenvolvimento e conclusão, em que apareça
sua visão pessoal acerca do tema.
42 Anglo Vestibulares
Livro Texto Rio Grande do Sul 10
Tema 90 ENEM DATA DE ENTREGA: /
ESCOLHAS GENÉTICAS
A Revista ÉPOCA publicou recentemente ( 2007) os dados abaixo, resultantes da enquete da qual participaram 1190 pessoas:
ÉPOCA: O desenvolvimento da genética poderá permitir que se escolham as características de um ser humano. Quais delas você considera
mais importantes ?
1. Não escolheria. Acho isso errado do ponto de vista moral e/ou religioso.............. 50,2%
2. Inteligência......................................................................................................... 43,9%
3. Beleza................................................................................................................ 3,5%
4. Força e habilidades físicas.................................................................................. 2,4%
Posicione-se sobre o tema, sustentando seu ponto de vista com argumentos consistentes e, se for o caso, indicando livremente características
que considera importantes para um ser humano.
1. O importante não é o que fazem do homem, mas o que ele faz do que fizeram dele. Sartre/ filósofo
2. Ser livre não é ter o poder de fazer não importa o quê, é poder ultrapassar o presente para um futuro aberto. Simone de Beauvoir/ filósofa
3. A liberdade de cada um é limitada unicamente pela liberdade dos demais. (visão liberal)
4. É proibido proibir. (Máxima do movimento de maio de 68, na França).
5. A pessoa realmente livre é a que não tem medo do ridículo. L.F.Veríssimo/ cronista
6. Liberdade é o direito de transformar-se constantemente. Lauro de Oliveira Lima/ filósofo
7. Liberdade é a possibilidade de ser melhor, enquanto a escravidão é a certeza de ser pior. A.Camus/ filósofo
8. O destino do homem deve ser a liberdade. Vinicius de Morais/ poeta
9. A liberdade diminui à medida que o homem evolui e se torna civilizado. Salazar/ escritor
10. A liberdade adolescente é uma adolescência da liberdade. Gusdorf/ psicanalista
11. Enquanto os homens exercem seus podres poderes, morrer e matar de fome, de raiva e de sede, são tantas vezes gestos naturais. Caetano
Veloso/músico
12. A desobediência é a virtude original do homem.Oscar Wilde/ poeta
13. O homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado. O que se crê senhor dos demais, não deixa de ser mais escravo do que eles.
Rousseau/ filósofo
14. As moiras, divindades gregas, são três irmãs que dirigem o movimento das esferas celestes, a harmonia do mundo e a sorte dos mortais. Elas
presidem o destino e dividem entre si diversas funções : Cloto, que significa “fiar”, tece os fios dos destinos humanos; Láquesis, que significa “sorte”,
põe o fio no fuso; Átropos, ou seja, “inflexível”, corta impiedosamente o fio que mede a vida de cada mortal. M.Helena Martins/ filósofa
15. Devemos aprender a sentir-nos livres até num cárcere e a estar sozinhos até no meio da multidão. Massimo Bontempelli / escritor
16. De nada adiantam outras formas de liberdade se não tivermos a liberdade de errar? Gandhi/ pacifista
17. Podemos escolher ? Não é a nossa escolha determinada por causas que nos escapam ? J.A Frounde/ psicanalista
18. Parecemos tão livres e estamos tão encadeados. R. Browning/ escritor
19. Não devemos ser escravos de um padrão, de uma época de um costume. Aprendendo a pensar por nós mesmos, experimentamos a liberdade. M.
Martins/ filósofo
20. A liberdade é algo maravilhoso, mas não quando o preço que se paga por ela tem de ser a solidão. Bertrand Russell/ filósofo
Vivemos numa época de exacerbado individualismo. As causas coletivas e as utopias sociais cederam espaço para a busca da felicidade
pessoal. O “outro” é muitas vezes um estorvo na busca do prazer egocêntrico. Os relacionamentos são rápidos, sem espaço para as concessões. O
prestígio profissional está calcado na competitividade e não na troca. O importante não é ser bom, mas ser o melhor; não é ter dinheiro, mas ter mais
dinheiro; não é amar e ser amado, mas conquistar mais homens e mulheres. Não é conhecer pessoas interessantes, mas pessoas importantes.
Em contrapartida, nunca os consultórios psiquiátricos estiveram tão lotados. Nunca as doenças psíquicas começaram a se manifestar tão
precocemente. Nunca se viram tantas crianças e adolescentes tão ansiosas diante dos papéis sociais e profissionais que o mundo adulto lhes exige.
Pode-se dizer que o individualismo exagerado imposto pelos valores sociais está cobrando o seu preço. Esse preço traduz-se nas duas doenças
psíquicas típicas da pós-modernidade: a depressão e a ansiedade.
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A ansiedade parece vir antes, quando o indivíduo ainda busca satisfazer os padrões sociais exigidos dele. É uma conseqüência da corrida pelo
sucesso e do medo de fracassar. A depressão normalmente é uma etapa posterior: decorre do reconhecimento de nossas limitações e de um
sentimento de desespero e de angústia diante da vida. Sua redação é sobre as dimensões dessas duas patologias psíquicas da pós-
modernidade: a depressão e a ansiedade. Analise suas causas e as possibilidades ( ou dificuldades ) de superação do problema.
Nem todos os heróis precisam ser guerreiros, mas todos parecem ter como traço comum e diferenciador a coragem. Em todas as épocas,
houve pessoas capazes de desafiarem o poder instituído e de lutarem por novos caminhos, através de gestos, de idéias e de exemplos. No espectro
dos valores, a coragem- concebida como um ato de heroísmo- parece ter perdido parte de sua relevância, já que nossa época é extremamente
individualista. A única coragem que parecemos (re)conhecer é a de sobrevivência ou de força diante da adversidade, uma coragem auto-centrada,
que não se dirige aos outros, mas que começa e acaba no próprio indivíduo.
A verdadeira coragem, no entanto, não é egoísta; ela não se alimenta do desejo de glória, mas de um sentimento de desprendimento que
ultrapassa o “eu” e que se volta para o outro, seja este outro uma pessoa única ou uma coletividade. Com efeito, a verdadeira coragem exige não só a
capacidade de enfrentar o medo e as adversidades, mas tem como requisito fundamental à vinculação a uma causa que a alimente e justifique. Um
corajoso sem causa é apenas um “valentão” ridículo que se alimenta de suas bravatas ou de seu exibicionismo narcisista. O homem
verdadeiramente corajoso não precisa ser “forte”, no sentido literal e hercúleo da palavra; ele precisa, isto sim, ser destemido e desprendido.
Pois bem, sua redação deve partir da seguinte questão: a coragem ainda é um valor da sociedade atual? Discuta a questão, analisando a
complexidade desse conceito e as diferentes configurações que ele vem assumindo ao longo dos tempos, transformando-se de um valor altruísta e
heróico num valor individualista associado à maior ou menor capacidade que alguns têm de enfrentarem e superarem seus problemas.
I. Homens e mulheres devem somar suas diferenças se quiserem construir um futuro melhor para a humanidade;
II. “Atrás de um grande homem, existe sempre uma grande mulher” parece um conceito ultrapassado, mas talvez não o seja;
III. Salários altos e reconhecimento da sociedade geralmente não caracterizam profissões exercidas predominantemente por mulheres;
IV. Mesmo que tenha avançado significativamente, nossa cultura mantém conceitos como “Homem não chora” ou “Isso não são modos para
uma menina”.
Reflita sobre essa afirmação e aponte uma ou mais mudanças que a popularização da INTERNET está trazendo às nossas vidas, analisando
suas repercussões e exemplificando com fatos que você conhece. (PUC 2001/II )
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idealizações fabricadas artificialmente pela mídia. É preciso mostrar à sociedade que esse homem super- poderoso movido apenas por seus
desejos é uma mistificação: a cerveja gelada não traz junto a mulher loira, o chinelo de dedos não transforma ninguém em “garanhão”, nem o pote de
margarina tem poder para fazer uma família feliz. De fato, quando se percebe esse engodo, vê-se que as idealizações propostas pela mídia geram
frustração e vácuo, alimentando desejos impossíveis de serem saciados, num ciclo capaz de gerar apenas ansiedade – e novos e cada vez mais
fortes desejos.
Pois bem, sua redação é sobre o poder da mídia para a construção e solidificação dos valores pós-modernos. Discuta a questão, analisando a
veracidade da antítese estabelecida entre o “cidadão” e o “ consumidor” e posicionando-se diante da mesma.
A questão da globalização, no que tange à diversificação cultural, é polêmica. Alguns acreditam que o processo de “mundialização” não passa
de uma “americanização” de costumes, hábitos e culturas. Outros, embora reconheçam a hegemonia dos Estados Unidos ou do Ocidente, afirmam
que os processos da pós-modernidade contribuíram para a divulgação de ritmos, de singularidades e de valores que antes eram desconhecidos da
“aldeia global”, fenômeno perceptível sobretudo na música, mas também na literatura, no cinema e mesmo nos costumes. A sua redação é sobre a
relação entre a pós-modernidade e a produção da “diversidade” em termos culturais. Discuta se o processo aniquila o diferente e perpetua apenas o
universo cultural americano-ocidental, ou se há espaço para a propagação de culturas periféricas que, bem ou mal, acabam sendo “descobertas”
pelo mundo.
Marilyn Monroe, Elvis Presley, Ayrton Senna, Che Guevara, Lady Di, todos eles, à sua maneira, foram heróis de seu tempo, viraram mitos, foram
endeusados ou criticados, aplaudidos ou vaiados, idolatrados ou odiados. Todos tiveram seus seguidores, discípulos que imitaram os seu
comportamento, suas roupas, seus gestos e sua maneira de ser e pensar.
O fenômeno da construção social de mitos é antigo e não de todo censurável, posto que esse processo desempenha um importante papel para a
coletividade, não só em termos de identificação coletiva, mas até em termos de educação e de consolidação de valores. Todo processo educativo
está calcado na imitação de exemplos e de modelos que ajudam na adequada conformação da personalidade infantil e juvenil. O exagero é que é
abusivo e prejudicial,ocorrendo quando o adulto não consegue distanciar-se de seus ídolos da juventude. Na dose certa, o processo de identificação
com modelos é fundamental para a constituição da personalidade de cada indivíduo.
Nas últimas décadas, porém, temos observado um curioso fenômeno social: estamos órfãos e carentes de ídolos, de heróis e de mitos que
ajudem de fato à construção de modelos de comportamento para os jovens. O problema está de um lado na fabricação artificial dos mesmos através
da mídia e na sua permanência extremamente fugaz no imaginário coletivo e, de outro, na motivação consumista de sua construção, calcada em
valores absolutamente discutíveis do ponto de vista educativo: beleza física, futilidade, imoralidade. Todos os mitos recentes parecem reafirmar a
idéia de que o sucesso é construído com base em critérios restritos ao corpo, à juventude, ao dinheiro ou, ainda pior, à capacidade de provocar
escândalos que virem notícia e que transformem seus protagonistas em pessoas famosas por alguns dias.
Sua dissertação terá como tema o processo de construção de mitos na época contemporânea. Contextualize a questão e, a seguir, cite
exemplos de mitos e heróis da atualidade, analisando a precariedade dos critérios pelos quais eles se transformaram em modelos e as
conseqüências disso para a sociedade como um todo.
Sua redação é sobre a representação de felicidade que a pós-modernidade estabeleceu para si: como uma mistura de desejos antagônicos.
De um lado, o desejo de paz, de usufruir a vida num ritmo menos opressivo, de ter tempo para o lazer e para os pequenos prazeres cotidianos. De
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outro, a necessidade de correr contra o tempo, de ter sucesso e de se superar constantemente em termos de projetos pessoais e de aquisição de
bens. Esta duas representações estão ambas presentes no ideal de felicidade e são incompatíveis entre si. O homem parece estar sempre se
dividindo entre elas sem conseguir fazer uma opção por nenhuma.
Discuta o conceito de felicidade da atualidade, considerando as duas dimensões levantadas e analisando de forma pessoal o que é ou o
que deveria ser a felicidade e as razões por que as pessoas parecem hoje tão insatisfeitas com suas vidas.
Analise a questão do consumismo no mundo pós-moderno, procurando verificar suas causas e conseqüências e discutindo a idéia de que hoje
esse fenômeno desempenha para o imaginário coletivo o papel de um ideal capaz de mover os indivíduos, os quais projetam seus cotidianos
impelidos por projeções da moda, da propaganda e do “status”, motivações efêmeras, que geram um afã de adquirir ou cobiçar bens, não por
necessidade, mas por uma espécie de vício quase incontrolável. Mais do que isso, discuta a idéia de que o ato de consumir pode assumir para
determinadas parcelas da população o efeito de um “consolo”, um lenitivo, capaz por si só de acalmar ansiedades e diminuir a angústia do dia-a-
dia., constituindo-se numa espécie de “ópio” da atualidade.
2. A reserva de vagas não é suficiente para garantir a inclusão, mas é importante por criar um debate, questionando o racismo e a exclusão
dos negros da universidade. Com a reserva de vagas, também se pôde ver como o racismo é arraigado na sociedade; de fato, vivemos hoje uma
“escravidão legítima/legitimada”, que se traduz em discriminação, baixos salários, vinculação da população negra com a criminalidade, etc..
3. Uma real inclusão social para negros e população pobre deveria tratar das causas da exclusão, pensando em uma intervenção da
sociedade civil menos demagógica e menos discriminatória e voltada para as questões de salário, emprego e educação básica. Deve-se pensar que
o acesso à Universidade pública neste país não é fácil para ninguém, exigindo um esforço pessoal que ultrapassa a questão de classe. Reduzir
vagas, permitindo o acesso de pessoas menos qualificadas por critérios étnicos é desrespeitar o investimento pessoal de candidatos que
conquistariam a vaga pela sua competência.
Controle de Desempenho
Utilize esse controle para indicar sua Nota alcançada. Em casa de reescrita, TEMA NOTA NOTA OBS
você pode realizar a comparação, e também, algumas observações. 76
TEMA NOTA NOTA OBS TEMA NOTA NOTA OBS TEMA NOTA NOTA OBS 77
1 26 51 78
2 27 52 79
3 28 53 80
4 29 54 81
5 30 55 82
6 31 56 83
7 32 57 84
8 33 58 85
9 34 59 86
10 35 60 87
11 36 61 88
12 37 62 89
13 38 63 90
14 39 64 91
15 40 65 92
16 41 66 93
17 42 67 94
18 43 68 95
19 44 69 96
20 45 70 97
21 46 71 98
22 47 72 99
23 48 73 100
24 49 74 101
25 50 75 102
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