A necessidade de ampliar a importância das manifestações culturais brasileiras para a valorização de

grupos minoritários é objeto de diversos debates. Desse modo, é pertinente reconhecer os benefícios de
preservar a cultura brasileira e, paradoxalmente, refletir sobre a marginalização e preconceito diante das
culturas minoritárias, como fatores que permeiam essa situação. Assim, essa importância deve ser
ampliada, haja vista que a cultura é fundamental para a perpetuação do patrimônio histórico nacional e
para a preservação da identidade brasileira.

Primeiramente, de acordo com conhecimentos da área da Antropologia, cultura abrange todas as

realizações , ou seja, é tudo aquilo produzido pela humanidade, seja no plano concreto, seja no plano
imaterial; desde artefatos e objetos até ideais e crenças. Essa informação sustenta o fato de que os
benefícios da cultura brasileira minoritária são fundamentais para todos os cidadãos, uma vez que a
preservação das manifestações culturais brasileiras elevam a identidade nacional, e assim ajudam a
difundir o conhecimento sobre o país e os povos que habitam no território nacional. Tal situação
evidencia que, conforme o conhecimento e a valorização das culturas de grupos minoritários aumenta
diante da população, essa parcela é melhor compreendida no que tange seus hábitos e costumes,
diminuindo assim a discriminação e o preconceito diante de suas práticas, o que eleva seu bem-estar
como membros do corpo social. A partir desse cenário, evidencia-se que essa temática de valorização
das culturas minoritárias deve ser ampliada, uma vez que é de extrema importância para a preservação
da identidade nacional e para o aumento do respeito as minorias.

Em contrapartida, embora seja de extrema importância, há, no contexto atual, um empecilho, dentre
vários, que prejudicam a majoração dessa benesse, sendo essa a marginalização das culturas
minoritárias, o que vai de encontro com o artigo 215º da Constituição Federal, em que está previsto o
pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, o apoio e incentivo a
valorização e a difusão das manifestações culturais pelo Estado. Nesse sentido, pode-se perceber que,
apesar desse contexto legal garantir esse direito, não é a realidade vivenciada no Brasil, já que muitos
grupos sofrem ataques preconceituosos diante do exercício de sua cultura, o que acarreta
marginalização dessa parcela da população e assim diminui sua identificação cultural. Esse contexto
ocorre, pois, muitos indivíduos não respeitam as demais culturas que compõem o Brasil, o que resulta
em ataques de cunho preconceituoso contra essas minorias e assim afeta a diversidade cultural vigente
no país. Isso mostra a importância da valorização das culturas minoritárias ser ampliada, uma vez que
são importantes para a composição cultural do país e merecem respeito e reconhecimento diante da
população brasileira.

Diante dos argumentos, é dever do Ministério da Educação, juntamente com a Mídia, promover a
valorização das culturas minoritárias vigentes no país, por meio de campanhas de conscientização que
visem informar sobre a importância de preservar e respeitar todas as culturas presentes no Brasil de
modo igualitário, com o objetivo de garantir que a diversidade cultural do país seja respeitada e
exaltada, e que assim todos os indivíduos possam exercer sua cultura de modo pleno.