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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIPLAN

EDUCAÇÃO Á DISTANCIA

IVÂNIA COSTA SANTOS

PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA II

BOM JARDIM– MA
2023

IVÂNIA COSTA SANTOS


PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA II

Projeto de conclusão de curso apresentado como requisito


parcial para obtenção do título de Licenciado em Pedagogia, no
Centro Universitário UNIPLAN – Educação à Distancia.
.

BOM JARDIM – MA
2023
RESUMO:
Este presente trabalho analisa alguns usos do conceito de projeto pedagógico
aplicado à escola atual e discute as concepções necessárias para sua plena
realização, assim como a participação de todos os envolvidos no processo
educacional. São identificados alguns elementos que favoreceriam as escolas na
execução de um projeto próprio e dificuldades enfrentadas nessa tarefa. Longe de
significar apenas um documento escrito, descritivo de objetivos gerais e métodos de
ensino, o projeto pedagógico pode traduzir uma dinâmica peculiar de funcionamento,
proporcionada pelo trabalho coletivamente organizado dos agentes institucionais da
escola, com base no entendimento e na discussão do princípio maior da formação
do cidadão. Explicitam-se, assim, alguns elementos indissociáveis à formulação de
um padrão de qualidade em educação, a partir de práticas concretas em que cada
escola pública possa, de forma coerente, cumprir o papel que lhe cabe nessas
condições. Iremos analisar os desafios para envolver, articular e promover a ação de
pessoas nos processos democráticos de participação são semelhantes na
sociedade e nas escolas. Por este motivo, as alternativas facilitadoras e as
dificuldades encontradas nas atividades empreendidas pelos gestores educacionais
têm uma raiz comum: elas fazem parte das numerosas tentativas de consolidação
da democracia na gestão escolar.

Palavras chave: Projeto pedagógico; Ações escolar; Gestão escolar;


SUMÁRIO
1. INTRODUCÃO.........................................................................................6

2. REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................7

2.1 Projeto Pedagógico e a busca pela qualidade do ensino e da gestão....7

2.2 A estrutura macro dos projetos pedagógicos.......................................10

3. CONCLUSÃO........................................................................................ 14

REFERÊNCIAS...............................................................................................16
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1. INTRODUCÃO

A gestão escolar, numa perspectiva de gestão democrática, tem


características e procedimentos que promovam o envolvimento, o comprometimento
e a participação das pessoas. É necessário exercer funções que fortalecem a
presença e a atuação das pessoas envolvidas. O modo democrático de gestão
abrange o exercício do poder, incluindo os processos de planejamento, a tomada de
decisões e a avaliação dos resultados alcançados, para tanto é preciso realizar
articulações que promovam esses resultados, assim, constitui-se o foco deste
trabalho, que é o projeto pedagógico.
Também chamado de proposta pedagógica, é um instrumento de caráter
geral, que apresenta as finalidades, concepções e diretrizes do funcionamento da
escola, a partir das quais se originam todas as outras ações escolares. Não há um
padrão de proposta pedagógica que atenda a todas as escolas, pois cada unidade
escolar está inserida num contexto próprio, determinado por suas condições
materiais e pelo conjunto das relações que se estabelecem em seu interior e entorno
social. Assim, cada escola deve desenvolver o seu modelo, aquele que melhor
expressa sua identidade e seu compromisso com o aluno, com a comunidade, com
a educação.
A ideia de construção do projeto pedagógico entende que ele deve ter uma
construção coletiva, com a participação ativa de todos os envolvidos (alunos, pais,
professores, funcionários, representantes da comunidade, etc).
Alguns aspectos considerados relevantes na elaboração do documento final
do projeto pedagógico são: Histórico e identificação da instituição de ensino e da
entidade mantenedora; Fins e princípios norteadores; Diagnóstico e análise da
situação da escola; Definição dos objetivos educacionais e metas a serem
alcançadas; Seleção das ações; Organização curricular; Forma de gestão
administrativa e pedagógica da escola; Avaliação; Organização da vida escolar e do
regime escolar; Capacitação continuada de pessoal; Profissionais envolvidos na
Proposta Pedagógica; e Anexos.
Deste modo, o presente trabalho visa realizar um levantamento das
concepções dos processos e ações que acontecem em escolas de educação básica
levando em conta sua importância para a aprendizagem escolar.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Projeto Pedagógico e a busca pela qualidade do ensino e da


gestão

Um projeto pedagógico busca um ensino de qualidade, educação de


qualidade e outros significados que acompanham os diferentes significados que um
mesmo termo assume na retórica educativa. Planejar as ações da escola é ter uma
visão ampla, achar detalhes, encontrar soluções, entendendo o contexto de onde se
vive. A ideia de Projeto Pedagógico do ponto de vista mais amplo é no sentido de
planejar o que a escola precisa fazer a partir do que é possível construir, o que ela
pretende realizar com seus alunos, tendo em vista as necessidades dos mesmos, da
comunidade e da sociedade. Este projeto nasce da necessidade de mudança, de
correção de rumos.
O Projeto Pedagógico ajuda a escola a definir os caminhos que devem ser
seguidos, ele segue a sociedade, a escola e suas finalidades culturais e sociais de
formação profissional e humanística, sendo fundamental revê-lo a todo o momento,
à sua própria condição e mudá-lo sempre que necessário para que se possa rever
os ângulos, descobrir e redescobrir situações.
É um instrumento de trabalho que mostra o que vai ser feito quando, de que
maneira, por quem, para chegar a que resultados. Além disso, harmoniza as
diretrizes da educação nacional com a realidade da escola, traduzindo sua
autonomia e definindo seu compromisso com a clientela. É a valorização da
identidade da escola e um chamamento a responsabilidade dos agentes com as
racionalidades interna e externa. Essa ideia implica a necessidade de uma relação
contratual, isto é, o projeto deve ser aceito por todos os envolvidos, dá a importância
de que seja elaborado participativa e democraticamente, afirma Veiga (2010, p. 110)
Assim, a equipe gestora em busca da gestão democrática, tem que estar
organizada com cronogramas para que os momentos de discussão e estudos
aconteçam, devendo existir clareza e uma parceria, pois o projeto precisa chegar às
mãos de cada profissional. Não pode ficar restrito à direção da escola. Cada
membro da comunidade escolar tem que ter clareza de seus objetivos, metas, das
ações.
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É fundamental que todos se sintam sujeitos da construção do espaço escolar


como espaço público de libertação e criação. É importante que as pessoas se
sintam participantes desse processo. A escola enquanto espaço que socializa
saberes é pública, e essa afirmação da escola como espaço público foi decorrente
de muitas lutas históricas.
Em consonância a isso, Costa e Bersanetti (2013), afirmam que Gestão
Democrática é o modo pelo qual articula pessoas e experiências educativas, planeja
atividades com a participação de toda comunidade, implicando na partilha de poder,
na sensibilidade para conduzir a escola a partir das demandas da comunidade
escolar, com tomada de decisões e escolhas responsáveis e coletivas, fundamentais
na luta pela qualidade do ensino e pela melhoria das condições de vida da
população brasileira.
O processo de gestão democrática possibilita repensar a teoria e a prática da
gestão educacional numa estrutura organizacional autônoma, com procedimentos
antiburocratizantes e descentralizador de poder, consolidando o estabelecimento de
novas relações entre a escola e o contexto social no qual está inserida, fortalecendo
o processo de democratização mais amplo.
Com a ampliação dos espaços para a efetivação de práticas participativas
com os diversos segmentos, fortalece o processo de democratização no interior da
escola, transforma-se a realidade escolar, resultando no aprimoramento do processo
educativo. Nos debates ocorridos com os professores a partir das reflexões,
destacou-se a gestão democrática integrada com todo o colegiado como ferramenta
a serviço da melhoria da qualidade do ensino. Já que, observa-se nas escolas
práticas gestoras arraigadas na centralização do poder e não raro
descompromissada com a participação da comunidade escolar nas ações
pedagógicas.
Porém, faz-se necessário sair do discurso e se tornar um ato concreto com
ações que aproximem teoria e prática. Este é o maior desafio que o pedagogo
encontra na escola, que é desenvolver estratégias das quais permitam um trabalho
harmônico e de responsabilidade, juntamente com todo o corpo docente da escola
refletido na materialização do Plano de Trabalho Docente.
Pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática
educativa, direta ou indiretamente vinculadas à organização e aos
processos de transmissão e assimilação ativa de saberes e modos de ação
tendo em vista objetivos de formação humana definidos em sua
contextualização histórica. Em outras palavras pedagogo lida com os fatos,
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estruturas, contextos, situações, referentes à prática educativa em várias


modalidades e manifestações. (LIBÂNEO, 2005. p. 52).

A ação do pedagogo deve permear o trabalho pedagógico, agindo em todos


os espaços de contradição para a transformação da prática escolar, mediante o uso
da práxis, indispensável à garantia de coerência e unidade de concepção entre as
áreas do conhecimento científico, desconstruindo as práticas enraizadas, rompendo
assim com a centralização do poder tradicional nessa sociedade hierárquica, para
poder constituir práticas mais flexíveis e condizentes com seus ideais políticos
transformadores.
O pedagogo é o articulador da organização escolar, estabelecendo uma ponte
entre todos os envolvidos no processo de ensino aprendizagem, dando suporte aos
professores, aos alunos quanto à frequência, dificuldade de aprendizagem, relação
professor/aluno/família. Acredita-se, para que tenha nova organização e para que as
dificuldades encontradas sejam amenizadas, o trabalho do pedagogo não pode ser
fragmentado.
Assim sendo, precisa estar altamente embasado à luz de teorias condizentes
com a concepção posta no Projeto Político-Pedagógico, na Proposta Pedagógica
Curricular, garantindo a intencionalidade no ato pedagógico, de forma que se
busque a efetiva aprendizagem dos educandos em sua totalidade, voltada à
obtenção de melhores resultados no processo ensino – aprendizagem.
A organização do processo ensino e aprendizagem estabelecida no Plano de
Trabalho Docente antecipa a ação do professor, favorecendo para a mediação do
pedagogo na articulação entre a teoria e a metodologia, em que prevê e prove, de
forma sistemática, os recursos e a distribuição do tempo e espaço escolares, para
que as atividades planejadas sejam realizadas, a partir das possibilidades e as
relações dos diversos contextos que a constituem.
A pluralidade de conteúdos e os diferentes modos de ensinar culminam para
a emancipação dos alunos, desde que tenha vínculo adequado, visão de sua
especificidade numa totalidade orgânica, com professores dotados de capacidade
de reorganizarem a escola quando necessário, com decisões pedagógicas e
políticas tomadas no cotidiano da escola, que definem uma posição perante a
função social da escola pública. Assim sendo, o pedagogo no percurso do processo
deve interpretar os acontecimentos, utilizando instrumentos e procedimentos
avaliativos necessários ao conhecimento das condições reais e consequentemente
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ao redirecionamento da prática escolar na busca da melhor eficiência na qualidade


do ensino.
Em meio às reflexões deixaram explícito que os pedagogos enquanto
articuladores políticos-pedagógicos devem oferecer condições para que,
coletivamente, a realidade seja analisada, o aluno seja conhecido, os conteúdos do
currículo básico sejam discutidos e selecionados, dando-lhes o tratamento
metodológico adequado e avaliando-os de forma que se possa intervir sobre os
resultados obtidos, estimulando no professor uma mentalidade de planejador e
pesquisador disposto a enfrentar desafios, de forma que busquem maneiras
diversificadas e renovadas de leitura e compreensão de suas realidades visando
transformação da mesma, dentro de uma visão crítica, criativa, inovadora e aberta
ao diálogo.
Além de ter que planejar e executar planos com dinamismo, facilidade de
comunicação, transmitindo as ideias com clareza e criatividade, competência e
equilíbrio emocional ao enfrentar diariamente os problemas relacionados.

2.2 A estrutura macro dos projetos pedagógicos

O projeto pedagógico é um documento flexível adaptável sendo assim um


documento norteador para escola onde a escola pode ter uma visão geral das
necessidades educacional tendo em vista a necessidade social, cultural e
econômica. Com a ajuda da comunidade escola os projetos pedagógicos tem a
finalidade de serem um guia na transformação da realidade dos alunos, pais,
professores, funcionários e gestores determinando suas propostas curriculares,
diretrizes e as formas de serem mais bem executada para a evolução dos alunos.
O documento é apontado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), de 1996, dando à escola a responsabilidade de cria e executa seus
projetos pedagógicos com o auxilio dos profissionais da educação e conselhos.
A elaboração dos projetos políticos pedagógicos é de extrema importância e
atenção, pois essas diretrizes podem advir outras diretrizes positivas para alunos,
pais, professores, gestores e comunidade devido a sua flexibilidade observando os
fatores. São importantes que suas diretrizes sejam elaboradas de acordo com a
BNCC (Base nacional comum curricular) essa elaboração é dividida em três
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elementos importantes: MARCO REFERICIAL, DIAGNOSTICOS E


PROGRAMAÇÃO.
Alguns pontos são importantes na elaboração os conhecimentos das
condições reais da escola e comunidade de onde se encontra essa elaboração tem
que existam alguns pontos importantes como:
 Tema do documento,
 Objetivos
 Proposta pedagógica
 Justificativa da proposta
 Metodologia
 Atividades metodológicas
 Avaliações
 Equipe responsável
 Marco referencial
O marco referencial dos projetos pedagógicos relata o posicionamento e a
visão da escola ao elabora formas de mediar e transforma a realidade é no marco
que buscamos o sentido da ação educativa do exercer os projetos e das
perspectivas de transformação da realidade encontrada pela escola.
Esse marco referencial é composto de três partes situacional, político ou
filosófico e operativos sendo princípios norteadores entre a teoria e a prática tais
princípios devem esta consagrado na legislação federal (na Constituição Federal de
1988 e na LDB 9394/96) sendo analisados de maneira integrada observando a
forma que é discutida, compreendidos e desenvolvidos.
O Marco referencial nasce como busca de resposta a um forte
questionamento que nos colocamos [...] Tem como função maior tencionar a
realidade no sentido da sua superação/transformação e, em termos metodológicos,
fornecer parâmetros, critérios para a realização de diagnóstico.
 Marco Situacional é qualificado pelo saber e identificação e da visão do grupo
exercendo a perspectiva em toda a realidade ao redor observando os elementos
estruturais a força, fragilidade e traços marcantes, identificando, revelando e
analisando problemas e formas de transformação tendo em vista os avanços social,
educacional, politico, econômica e a influencia nas praticas educativas.
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 Marco político ou filosófico é o ideal da instituição escolar valores éticos,


ideais, concepção e opção de onde esta inserida, requerendo assim a definição da
filosofia política pedagógica que norteara a escola e as pessoas quem irão fazer
parte da execução do projeto onde devem ter a visão e concepção teórica e clara
sobre assuntos que iram assumir.
 Marco operativo é a ação, a operacionalidade da ideia, a ação dos assuntos
abordados, a organização curricular esse marco tem os aspectos relevantes para a
instituição mostrado o objetivo da instituição tornando realidade partir da realidade
da instituição é o plano de ação com três aspectos escolar importantes pedagógico,
admirativo e comunitário.
Pinto (2016), afirma que para construir o Projeto Pedagógico é preciso que
direção, professores, funcionários, alunos e pais saibam o que ele significa. Para as
escolas que ainda têm dúvidas na elaboração do seu Projeto Pedagógico,
ressaltamos que a leitura e discussão desse artigo pelos professores, no primeiro
dia de planejamento, contribuirá para a compreensão do tema.
O Projeto Pedagógico é a intenção de a escola e seus profissionais
realizarem um trabalho de qualidade. Ele será o resultado de reflexões e
questionamentos de seus profissionais sobre o que é a escola hoje e o que
poderá a vir a ser.Visa, pois, a inovar a prática pedagógica da escola e
elevar a qualidade do ensino.(PINTO, 2016, p 1).

Assim fica entendido que o Projeto Pedagógico não começa de uma só vez, e
não nasce pronto. Não é obra exclusiva do diretor, ou do professor coordenador,
mas sim de um grupo que engloba, no início, coordenação, direção e corpo docente.
Com o tempo, incluirá todo o coletivo escolar.
Durante a construção do Projeto Pedagógico, os educadores explicitam seus
propósitos, apontam metas e objetivos comuns, vislumbrando caminhos para
melhorar a atuação da escola. O Projeto Pedagógico confere identidade à escola
como uma instituição que tem personalidade própria, por refletir o pensamento do
seu coletivo.
Na construção do Projeto Pedagógico, a escola deve levar em consideração
as práticas e necessidades da comunidade escolar, as diretrizes nacionais, e as
normas, regulamentos e orientações curriculares e metodológicas do seu sistema.
No nosso caso, esse sistema é o estadual.
O Projeto Pedagógico é, ao mesmo tempo, um dever e um direito da escola.

Deve ser um instrumento democrático, abrangente e duradouro. Os princípios, nos


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quais se baseia o Projeto Pedagógico, são: garantia do acesso e permanência, com


sucesso, do aluno na escola; gestão democrática; valorização dos profissionais da
educação; qualidade do ensino;organização e integração curricular; integração
escola/família/comunidade; autonomia.
Esses princípios estão todos interligados: alunos de escolas que contam com
a participação dos pais apresentam melhor rendimento e menor taxa de evasão.
Escolas que se articulam com a comunidade geralmente oferecem uma educação
de melhor qualidade aos seus alunos. A integração escola/comunidade, por sua vez,
será sempre decorrência de uma gestão democrática, ou seja, a abertura e o
incentivo, proporcionados pela direção, para a participação dos vários segmentos da
comunidade na vida escolar.
Na medida em que a escola se democratiza, coloca em discussão com a sua
comunidade o que vem realizando. Disso resulta uma certa autonomia,
principalmente para as ações pedagógicas. Todavia, autonomia não é sinônimo de
soberania, uma vez que a unidade escolar pertence, e se vincula, a um determinado
sistema.
Por ultimo, destaca-se a importância do Diagnóstico, pois refere-se a uma
análise especifica sobre a realidade da escola observando a infraestrutura fisica,
equipamentos, corpo docente, trabalhos pedagógicos, gestão, comunidade,
qualidade da educação, etc. O diagnóstico ajuda na identificação dos pontos
positivos e negativos na realidade da escola, tendo o propósito de mostrar os pontos
mais relevantes da comunidade escolar que necessita de intervenção assim como
tem o propósito de mostra os pontos fortes fazendo uma analise dos indicadores na
escola nos aspectos pedagógicos, administrativo, jurídico, financeiro e sociocultural.
Na fase do diagnóstico, a escola identificará os recursos humanos e
financeiros disponíveis. É preciso saber como a escola funciona, como o processo
pedagógico é acompanhado e avaliado. Muitas vezes, a escola está fragilizada por
culpa de uma gestão inadequada; outras vezes, por falta de recursos; outras, ainda,
por falta ou despreparo de seus profissionais. “Na medida em que vamos coletando
informações, para conhecermos nossos problemas, vamos também encontrando
soluções para eles”, afirma Silva (2016).
Ao se conhecer as pessoas e o funcionamento da escola, começa-se a
observar que há em cada segmento da comunidade escolar (professores,
funcionários, alunos, pais) o desejo de mudar alguma coisa, visando melhorar o
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desempenho da escola. Os serventes gostariam que ela fosse mais limpa; os


funcionários da secretaria, que a documentação estivesse em melhor ordem; os
professores, que houvesse mais disciplina e melhor organização, facilitando seu
trabalho em sala de aula. Como todos desejam alguma coisa, falta apenas articular
esses desejos, com o fim de construir-se uma proposta capaz de mudar os rumos da
escola.
Deve-se também destacar a importância da avaliação, e da importantacia de
definir formas claras de acompanhamento e avaliação das ações, assim como os
segmentos que ficarão responsáveis por elas. A constante avaliação do Projeto
Pedagógico é a garantia do seu sucesso. É essa avaliação que vai identificar os
rumos que a escola vem tomando. Considerando as diversas funções da avaliação,
seria interessante responder às seguintes indagações: Em que medida os desafios
foram atendidos, no Projeto Pedagógico? Quais os novos desafios que estão
surgindo no percurso? As ações propostas foram desenvolvidas? Quais são os seus
efeitos?
O acompanhamento do Projeto Pedagógico deverá ter por base os dados
obtidos, possibilitando à escola a análise dos resultados de seus esforços, fazendo
com que eventuais problemas possam ser resolvidos, enquanto ainda é tempo de
resolvê-los.
Assim, as três perguntas que guiaram toda a discussão: Como é a nossa
escola? Que identidade nossa escola quer construir? Como executar as ações
definidas pelo coletivo? - são orientadoras do Projeto Pedagógico e devem ser
objeto do processo de avaliação.

3. CONCLUSÃO

Portanto, podemos dizer que a escola, como uma instituição pública deve
organizar-se para expressar o trabalho dos diversos segmentos que a compõem. A
participação da comunidade escolar, orientada por interesses comuns de melhorar a
qualidade do ensino, é requisito fundamental para a implantação da democratização
da escola e da construção da cidadania.
O aprendizado democrático implica a capacidade de discutir, elaborar e
aceitar regras coletivamente, assim como a superação de obstáculos e divergências,
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por meio do diálogo. O pedagogo, responsável pela organização do trabalho


pedagógico, consciente de que a escola é lugar de reflexão coletiva, conduzir o
trabalho pedagógico da sua unidade de forma que todos da instituição escolar
tenham consciência dos principais problemas, das possibilidades de solução e de
suas responsabilidades coletivas e pessoais, condição para o alcance dos objetivos
e consequentemente para a elevação da qualidade de ensino.
Uma gestão democrática, precisa trazer em sua concepção, entendimentos
em uníssono no Projeto Pedagógico, na Proposta Pedagógica Curricular e Plano de
trabalho Docente, quebrando o isolamento dos trabalhos encaminhados na escola.
O pedagogo, com sólida fundamentação teórico-prática, deve refletir e intervir no
processo educativo, proporcionando assistência pedagógico-didática aos
professores, possibilitando a todos pensar, analisar e criar novas práticas na busca
de coerência e unidade de concepção entre as áreas do conhecimento científico e
práticas condizentes com seus ideais políticos-transformadores.
No entanto, faz-se necessário realizar reflexões teórico-metodológicas com
todos os profissionais da educação, visando domínio da concepção de ensino
presentes nos documentos norteadores da escola, condição ao entendimento
teórico/prático, necessário para a reorganização de uma prática pedagógica
eficiente, para a superação de práticas fragmentadas no interior da escola.
Acredita-se por fim que a concepção de ensino defendida na produção
didático pedagógica se colocada em prática poderá assegurar o processo educativo
necessário para o bom desempenho da função da escola. Para tanto, a produção
poderá ser usada na escola, na semana pedagógica, em grupos de estudos, nas
capacitações, reuniões pedagógicas e hora atividade.
A socialização do conhecimento historicamente produzido e acumulado pela
humanidade é condição precípua para a formação do aluno e para a transformação
social. Desta forma, mesmo que desenvolvidas individualmente, as práticas
pedagógicas possuem uma natureza sempre coletiva que é a formação do aluno.
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REFERÊNCIAS

COSTA, Dila do Lago, BERSANETTI, Antonia Maria. A articulação teoria e prática


da ação pedagógica no cotidiano escolar. 2013. Revista: ISBN 978-85-8015-076-
6. Paraná. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/
producoes_pde/2013/2013_fecilcam_ped_artigo_dila_do_lago_costa.pdf. Acesso em
28 de Agosto de 2023.
LDB, Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília DF, 1988.
__________. Lei nº. 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.
LIBÂNEO, J.C. Pedagogia e Pedagogos para quê?.8ª. ed. São Paulo: Cortez,
2005.
PINTO, L.G.O. Passos para a Construção do Projeto Pedagógico. 2016.
Disponível em: https://www.udemo.org.br/RevistaPP_01_02Dezesseis
%20Passos.htm. Acesso em 27 de Agosto de 2023
SILVA, L. A Estrutura Macro dos Projetos Políticos Pedagógicos. 2021.
Disponível em: https://www.trabalhosgratuitos.com/Sociais-Aplicadas/Pedagogia/A-
Estrutura-Macro-dos-Projetos-Pol%C3%ADticos-Pedag%C3%B3gicos-
1656232.html. Acesso em 27 de Agosto de 2023
VEIGA, Ilma P. A. (Org.). Projeto político pedagógico: uma construção possível.
Campinas: Papirus, 2010.

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