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SISTEMA DE ENSINO SEMIPRESENCIAL CONECTADO

LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO - PTG:


GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA E USO DAS NOVAS
TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA

DISCIPLINAS: EDUCAÇÃO FORMAL E NÃO FORMAL • GESTÃO EDUCACIONAL


• LIBRAS • POLÍTICAS PÚBLICAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA • PROJETO DE
ENSINO EM EDUCAÇÃO FÍSICA • ÉTICA, POLÍTICA E CIDADANIA • PRÁTICAS
PEDAGÓGICAS EM EDUCAÇÃO FÍSICA: PRÁTICAS CORPORAIS DAS
BRINCADEIRAS AO ESPORTE.

PROFESSORES: ALESSANDRA BEGGIATO PORTO, BRUNO JOSÉ FREDERICO


PIMENTA, CAMILA APARECIDA PIO, DAYSE DE SOUZA LOURENÇO SIMÕES,
JOSÉ ADIR LINS MACHADO, MARI CLAIR MORO NASCIMENTO, TIRZA
COSMOS DOS SANTOS HIRATA.

ALUNOS
BRENO JUNIO F. INÁCIO – RA: 2374115004
EDNEY AQUINO DE SOUZA – RA: 2373509504
GILMARX RODRIGUES DE SOUSA – RA: 2374175706
JADER MIRANDA MADUREIRA – RA: 2374154004
PEDRO VICTOR R. DE BRITO – RA: 2374134604
VAGNER BATISTA LIMA DE ALMEIDA – RA: 2374162104
BELO HORIZONTE/MG
2021

SISTEMA DE ENSINO SEMIPRESENCIAL CONECTADO


LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO - PTG:


GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA E USO DAS NOVAS
TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA

Projeto apresentado como requisito


parcial para o curso de Licenciatura em
Educação Física da Universidade
Anhanguera – UNIDERP.
BELO HORIZONTE/MG
2021
1 INTRODUÇÃO

A Presente Produção Textual em Grupo (PTG) consiste em um estudo de


caso a partir de Situação Geradora de Aprendizagem (SGA) tendo como objetivo
geral elaborar um plano de ação a ser aplicado na Escola Estadual Paulo Freire a
partir da participação no modelo de Gestão Escolar Democrática e da utilização das
tecnologias para o ensino contemporâneo com o intuito de promover o cumprimento
da função social da escola. Para que seja possível alcançar a tal objetivo geral,
foram definidos os seguintes objetivos específicos:
 Realizar uma apresentação conceitual acerca dos temas trabalhados, a
partir dos materiais orientadores e de demais publicações coletadas
pelos autores;
 Elaborar Plano de Ação a ser aplicado na escola, contando com os
objetivos, metodologia e critérios de avaliação para os resultados do
projeto;
 Refletir sobre a realização do projeto, o correlacionando aos temas
trabalhados no capítulo 2.

A importância da realização da produção textual a partir dos esforços


coletivos dos autores parte da necessidade de alinhar os pensamentos do grupo
para desenvolver linhas de ações na situação fictícia que possam ser aplicadas com
o intuito de 1) melhorar a gestão escolar; 2) melhorar a qualidade do processo de
ensino-aprendizagem; 3) fazer uso das novas tecnologias ante ao perfil do aluno
contemporâneo; e 4) verificar o potencial do projeto para contribuir ante ao
cumprimento da função social da escola.
2 PRODUÇÃO TEXTUAL: GESTÃO ESCOLAR, O PAPEL DA EQUIPE
PEDAGÓGICA E O PERFIL DO ALUNO CONTEMPORÂNEO

Coelho e Orzechowski (2011) apontam para a necessidade constante de


reflexão sobre a função da escola para a construção de uma educação de
qualidade. Segundo Dainez (2019) a função social da escola não pode ser
contemplada tão somente com os objetivos de convivência e socialização, tendo
relações claras com o trabalho de ensino, com a apropriação do conhecimento
valorizado, com o desenvolvimento cultural da personalidade e com a inclusão. Ela
deve combater um ensino homogêneo de conteúdos circunscritos em disciplinas
fragmentadas, gerando verdadeira formação humana individual, torando os alunos
aptos para atuarem como cidadãos e como promotores das transformações
necessárias para uma sociedade mais digna e justa.
Colangeli e Mello (2018) corroboram com esse entendimento ao afirmarem
que a função social da escola consiste em proporcionar desenvolvimento dos alunos
quanto ao exercício da cidadania, em um trabalho organizado e planejado que
envolve habilidades e competências físicas, cognitivas e afetivas a partir de um
conjunto de disciplinas que contribuem para tal fim.
Percebe-se assim que a participação social se encontra dentre os preceitos
da função social da escola, a qual sempre deve se posicionar de modo favorável à
inclusão, o que reflete diretamente na gestão escolar. De acordo com Oliveira e
Vasques-Menezes (2018) a gestão escolar envolve todas as atividades
administrativas praticadas em uma instituição de ensino em um sistema que agregue
todos os atores educacionais:
(...) o gestor escolar, na dimensão política, exerce o princípio da autonomia,
que requer vínculos mais estreitos com a comunidade educativa, os pais, as
entidades e organizações paralelas à escola. Gestão é então a atividade
pela qual se mobilizam meios e procedimentos para atingir os objetivos da
organização e envolve aspectos gerenciais e técnico-administrativos
(OLIVEIRA; VASQUES-MENEZES: 2018, p. 880).

A gestão escolar é assim responsável pelo fornecimento de uma educação de


qualidade na instituição. Para tanto, Lück (2000) recomenda a adoção de um modelo
democrático de administração escolar, o qual consiste em um esforço coletivo que
busca autonomia e participação ampla de todos os envolvidos no Projeto Político
Pedagógico (PPP). O autor destaca que nesse modelo um dos principais desafios
consiste na capacidade do administrador de trabalhar e gerir os conflitos e
desencontros, sempre respeitando a individualidade e os conhecimentos próprios de
cada um para fomentar o trabalho coletivo.
Ora, cabe à Diretora da escola a promoção de ações para que a gestão
escolar seja participativa, encontrando os desafios enfrentados por alunos,
professores, pais/responsáveis e demais atores escolares para promover a busca
por soluções. É essa profissional que irá engajar todos os envolvidos com os
processos escolares e estimular a participação, gerando um trabalho coletivo para
que seja possível alcançar uma educação de qualidade.
Nesse contexto, a atuação da equipe pedagógica (ou seja, pedagoga e
demais professores) também se dá nas decisões e rumos da gestão escolar, mas
em especial para a promoção da aprendizagem dos estudantes. Castro, Tucunduva
e Arns (2008) destacam que a equipe pedagógica deve planejar e organizar os
trabalhos em sala de aula, inclusive identificando eventuais déficits de trabalho para
que possam promover a aprendizagem dos alunos a partir do emprego de diferentes
técnicas e processos apreendidos durante a formação inicial e continuada.
Para Freire (1999) a educação deve se dar como uma prática da liberdade,
algo que existe para que possamos identificar problemas e buscar soluções e a
transformação social. Propõe-se assim, que o papel do docente consiste em
fornecer liberdade, emancipando assim o sujeito em suas práticas e processos
intelectuais e permitindo que o mesmo se humanize de modo autônomo. O professor
é agente da mudança e do conhecimento. Ele não deve formar os alunos, mas sim
instiga-los e os motivar para que os mesmos exerçam sua cidadania e autonomia,
encontrando no processo de aprendizado uma perspectiva de vida e se
posicionando em prol das transformações necessárias.
Deste modo, é indispensável que os professores passem a conhecer o perfil
de seus alunos, o qual se modifica com o passar das gerações pelas instituições de
ensino. Ao considerarmos, por exemplo, que os jovens na Educação Básica de hoje
já nasceram em contato com as tecnologias e com a inovação, os professores
podem fazer uso dos recursos tecnológicos disponíveis de um modo didático,
transformando as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) em poderosas
aliadas na melhoria do processo de ensino-aprendizagem nas mais variadas
disciplinas.
Em "O Aluno Não É Mais Aquele! E Agora, Professor? A transfiguração
histórica dos sujeitos da educação", Sobrinho (2010) aponta que o aluno
contemporâneo enxerga a escola como um ambiente de interação social com a
identidade de grupos constituídos com seus colegas, já estando em contato com o
conhecimento, de modo que ele compreende que a escola não é mais o “único”
lugar para aprender, uma vez que encontra à sua disposição uma série de
tecnologias que contribuem para que ele aprenda sobre temas diversos de seu
interesse, ainda que reconheça a importância do espaço escolar para a aquisição de
conhecimentos fundamentais que o acompanharão ao longo da vida.
Para Prado et al. (2017) o aluno do século XXI conta com um perfil bastante
distintos dos alunos das gerações anteriores, corroborando com o entendimento de
que essa mudança se deve sobretudo ao fato de que o aluno contemporâneo é um
“nativo digital”, o que torna indispensável a formação continuada dos professores
para que eles orientem suas práticas pedagógicas sem que elas se tornem
obsoletas, proporcionando um processo de ensino-aprendizagem que se aproxime
ao perfil do aluno na contemporaneidade e à realidade social vivenciada por ele.
Essa questão também pode ser considerada pela Gestão Escolar, a qual
deve reconhecer a existência desse novo perfil do aluno e orientar/estimular os
docentes para que os mesmos façam uso de tecnologias na busca por uma
educação de qualidade. Charlot (2008) destaca que conhecer o perfil do aluno
contemporâneo significa desenvolver linguagens que possam estreitar a relação
aluno-professor, gerando assim ganhos em aprendizagem.
A presente produção textual revela alguns aspectos específicos da “nova
educação” do século XXI: é necessário que todos os atores educacionais
compreendam que o mundo mudou e que novas ações e esforços são
indispensáveis para que seja possível “falar a mesma língua” que o aluno. Essa
premissa está presente na Gestão Escolar Democrática, no papel desempenhado
pelas equipes pedagógicas e em tudo que envolve o cotidiano escolar. Tais
reflexões contribuem para situar a educação contemporânea, a qual deve ter como
“centro” o aluno e o cumprimento da função social da escola em proporcionar seu
desenvolvimento humano pleno, tornando-o apto para o exercício da cidadania e
para que o mesmo seja empreendedor de ações que culminem na
transformação/melhoria da sociedade.

3 ELABORAÇÃO DO PROJETO

PLANO PARA O PROJETO


Dados de Identificação
Nome da Escola: Escola Estadual Paulo Freire
Responsáveis pelo Projeto: Diretora Fernanda / Coordenadora Pedagógica Márcia
Período de Realização: Nov. 2021 / Jan. 2022.
Número de professores envolvidos: 8.
Tema do Projeto: Transformações na Escola Estadual Paulo Freire
Justificativa: A partir da SGA proposta, tem-se que a instituição em questão precisa
adotar um modelo de gestão mais democrático e modificar suas práticas para ser
capaz de atender ao perfil do aluno contemporâneo, de modo a cumprir com a
função social da escola.
Objetivos
 Criar um ambiente escolar participativo;
 Incorporar as novas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem;
 Refletir sobre o cumprimento da função social da escola envolvendo todos os
agentes escolares.
Metodologias/Estratégias
Ação 1) Criar uma reunião geral com a equipe pedagógica, diretora, alunos e pais e
responsáveis com o intuito de verificar desafios e oportunidades;
Ação 2) Realizar um levantamento sobre o perfil dos diferentes alunos de diferentes
turmas juntamente com pais e professores, refletindo sobre a relação dos mesmos
com a tecnologia na vida cotidiana e de que forma as TICs podem ser inseridas no
processo de ensino-aprendizagem;
Ação 3) Verificar, juntamente com os professores, quais tecnologias efetivamente
podem ser utilizadas para proporcionar a melhoria do processo de ensino-
aprendizagem de diferentes disciplinas;
Ação 4) Analisar, após as novas aulas mediadas pelas tecnologias, se elas de fato
foram capazes de contribuir para o cumprimento da função social da escola no
sentido de proporcionar uma educação de qualidade e emancipatória aos mesmos.
Recursos
Power point, computadores com acesso à internet, jogos digitais educacionais
(Gamificação), recursos em vídeo (YouTube), smartphones, mídias sociais.
Avaliação
Após o cumprimento da etapa 4, a coordenadora pedagógica e a diretora da escola
irão analisar os relatórios que contem informações apresentadas pelos docentes,
informando todos os membros da comunidade escolar, incluindo alunos e
pais/responsáveis sobre os resultados alcançados. Os critérios para avaliação do
projeto são os seguintes:
 A adoção do modelo de Gestão Escolar Democrática contribuiu para a
melhoria do diálogo entre todos os atores educacionais?
 A utilização de novas tecnologias foi exitosa?
 Quais tecnologias foram as que apresentaram os melhores resultados na sala
e aula? E quais apresentaram resultados aquém dos esperados?
 A adoção do plano contribuiu para o cumprimento da função social da escola?
Referências

BELIDO, S.S.; BRITO, D. Possibilidades Do Uso Das Tecnologias Da Informação


E Comunicação Em Sala De Aula. In: VII Congresso Nacional de Educação, 15-17
out. 2020. Disponível em <
https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2020/TRABALHO_EV140_MD1_S
A19_ID4496_29082020151025.pdf> Acesso: out. 2021.
MARCONDES, R.M.S.T; MENEZES, R.S. O Uso Dos Aplicativos Educacionais
Kahoot! E Plickresno Contexto Da Educação Básica. caminhos da educação
matemática em revista (online)/IFS | v. 11, n. 3, 2021. Disponível em
<https://aplicacoes.ifs.edu.br/periodicos/caminhos_da_educacao_matematica/
article/view/894 Acesso: out. 2021.
PRADO, C.A et al. As Políticas Públicas E O Perfil Do Aluno Do Século XXI
Frente À Inserção Da Tecnologia Na Educação. Revista Intersaberes vol.12 nº25,
jan.abr 2017.
SILVA, C.G. A Importância do Uso das TICS Na Educação. Revista Científica
Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 08, Vol. 16, pp. 49-59, Agosto
de 2018.
SILVA, R.F. Novas Tecnologias E Educação: A Evolução Do Processo De
Ensino E Aprendizagem Na Sociedade Contemporânea. Rev. Educação &
Linguagem ∙ ano 1 ∙ no 1 ∙ Jun. ∙ p. 23‐35 ∙ 2014.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo foi dividido em duas partes: na primeira, trabalhada ao


longo do capítulo dois, fora realizada uma pesquisa científica e elaboração de um
texto que passa por reflexões importantes dos autores, como a gestão escolar
democrática, função social da escola, papel dos diretores e da equipe pedagógica
para a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem e a
transformação do perfil do aluno no século XXI, dentre outras questões
correlacionadas.
Na segunda etapa, foi elaborado um plano de ação baseado nas
repercussões do texto produzido, o qual teve o intuito de melhorar a gestão escolar
ao ampliar a participação dos alunos e dos pais e responsáveis na tomada de
decisão, refletir sobre quais tecnologias podem ser utilizadas, traçar os perfis de
alunos que atuam na instituição, orientar o trabalho dos professores e contribuir para
o cumprimento da função social da instituição de ensino.
O principal desafio na produção se deu na existência de visões divergentes
dos autores acerca da execução do projeto, de modo que a opção se deu por
conciliar a realização da reunião com a adoção das Tecnologias da Informação e
Comunicação (TICs) no processo de ensino-aprendizagem. O projeto conta com
uma metodologia que pode ser aplicada em qualquer instituição de ensino de modo
eficiente e eficaz para proporcionar uma análise sobre o ambiente educacional como
um todo.
4 REFERÊNCIAS

CASTRO, P.A.P; TUCUNDUVA, C.C; ARNS, E.M. A importância do planejamento


das aulas para organização do trabalho do Professor em sua prática docente.
ATHENA - Revista Científica de Educação - v. 10, n. 10, jan./jun. 2008
CHARLOT, B. O Professor Na Sociedade Contemporânea: Um Trabalhador Da
Contradição. Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v.
17, n. 30, p. 17-31, jul./dez. 2008.
COELHO, N; ORZECHOWSKI, S.T. A Função Social Da Escola Pública E Suas
Interfaces. In: X Congresso Nacional de Educação - EDUCERE, PUC Curitiba, 7-10
nov. 2011.
COLANGELI, E.F.R; MELLO, M.A.S. Planejamento De Ensino E Sua Articulação
Com A Função Social Da Escola. Saberes Pedagógicos, Criciúma, v. 2, nº2,
julho/dezembro 2018.
DAINEZ, D. A função social da escola em discussão, sob a perspectiva da
educação inclusiva. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 45, e187853, 2019.
LÜCK, H. Gestão escolar e formação de gestores. Em Aberto, v. 17, n.72, p. 1-
195, fev./jun. 2000.
OLIVEIRA, I.C; VASQUES-MENEZES, I. Revisão De Literatura: O Conceito De
Gestão Escolar. Cadernos De Pesquisa (Revisão De Literatura: O Conceito De
Gestão Escolar), v.48 n.169 p.876-900 jul./set. 2018
PRADO, C.A et al. As Políticas Públicas E O Perfil Do Aluno Do Século XXI
Frente À Inserção Da Tecnologia Na Educação. Revista Intersaberes vol.12 nº25,
jan.abr 2017.
SOBRINHO, A.F. Em O Aluno Não É Mais Aquele! E Agora, Professor? A
transfiguração histórica dos sujeitos da educação. In: Anais Do I Seminário
Nacional: Currículo Em Movimento – Perspectivas Atuais Belo Horizonte, novembro
de 2010. Disponível em < http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2010-pdf/7176-
4-1-aluno-nao-e-mais-aquele-antonio-favero/file> Acesso: out. 2021.

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