UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ - UNOPAR

SISTEMA DE ENSINO CONECTADO

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
2º SEMESTRE

ARIANE PAOLA LIMA ARAUJO

A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS PRÁTICAS

PEDAGÓGICAS

Uberaba, MG
2021
 ARIANE PAOLA LIMA ARAUJO

A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS PRÁTICAS

PEDAGÓGICAS

Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar

apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como
requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas
disciplinas: Didática, Pensamento Científico
,Funcionamento da Educação Brasileira e Políticas
Públicas ,Práticas Educativas em Espaços não Escolares
e Psicologia da Educação e da Aprendizagem

Tutor à Distância: Tatiane Pereira Alves Marigo

Uberaba, MG
2021
 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4
2 DESENVOLVIMENTO 5
2.1 A RELAÇÃO ENTRE A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS 5
2.4 APRESENTAÇÃO POSTURAS E PROPOSTAS DAS COMPETÊNCIAS GERAIS INDICADAS NA BNCC 8
3 CONCLUSÃO 10
REFERÊNCIAS 11
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1 INTRODUÇÃO

A proposta de Produção Textual abrange a seguinte temática para estudo e

desenvolvimento, “A Base Nacional Comum Curricular e as práticas
pedagógicas”.
O trabalho tem como objetivo desenvolver habilidades do aluno de Pedagogia
que envolvem desde promover formação teórico-prática possibilitando a vivência
concreta nas instituições escolares, estimulando uma postura investigativa e de
análise crítico-reflexiva.
Além de promover a capacidade de adaptação, comunicação e integração dos
conteúdos, como também forma um profissional com visão integral, capacidade de
adaptação e flexibilidade, que atue de forma interdisciplinar.
Nesse sentido, é muito importante realizar esse trabalho para fornecer uma
sólida formação humanística e visão global que habilite o estudante de Pedagogia a
compreender os meios sociais, político, cultural e econômico.
Realizar este trabalho, servirá para favorecer a aprendizagem do aluno de
Pedagogia, além de promover o estudo a distância, desenvolver sua independência,
e autoaprendizagem, como também, dar a oportunidade ao acadêmico de ter acesso
ao saber científico com vistas à produção do conhecimento crítico e criativo, refletindo
os desafios e possibilidades da prática pedagógica.
O acadêmico quando se dedica a esse tipo de trabalho, desenvolve a
aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos abordados na sua graduação, ou seja,
ele se forma como um profissional com visão integral, que possui a capacidade de
adaptação e flexibilidade, atuando no meio escolar de forma interdisciplinar.
Assim, esse trabalho abordará a resolução da situação-problema geradora que
apresenta o caso de uma escola, onde a diretora e a pedagoga estão se preparando
para a semana pedagógica. A ideia é levar os professores a analisar os desafios e
possibilidades das práticas pedagógicas, no sentido de fazê-los implementar
atividades pedagógicas mais dinâmicas e alinhadas com as competências previstas
na Base Nacional Comum Curricular.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 A RELAÇÃO ENTRE A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS

TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), estabelecida a partir da Lei nº

9.394, de 20 de dezembro de 1996, é um documento de caráter normativo que busca
definir as aprendizagens essenciais que todos os alunos brasileiros devem
desenvolver ao longo das etapas da sua educação escolar, de modo que lhe sejam
assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento conforme previsto no
Plano Nacional de Educação (PNE) (BRASIL, 2018).
Nesse sentido, as aprendizagens essenciais definidas na BNCC, devem ser
desenvolvidas ao longo da Educação Básica, para assegurar aos estudantes o
desenvolvimento de dez competências gerais, que consubstanciam, no âmbito
pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento (BRASIL, 2018).
Assim, competência é definida como

(...) a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos),

habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para
resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da
cidadania e do mundo do trabalho (BRASIL, 2018, p.8).

Nesse contexto, ao definir essas competências, a BNCC mostra-se alinhada à

Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), e reconhece que a
educação deve afirmar valores e estimular ações que contribuam para a
transformação da sociedade, tornando-a mais humana, socialmente justa e, também,
voltada para a preservação da natureza (BRASIL, 2018).
Assim, a BNCC traz orientações para que as instituições de educação básica
possam modificar e/ou adaptar o currículo com as novas concepções a serem
incluídas no planejamento pedagógico. Tendo como base no conceito de
“competências”, para que esse planejamento se apresenta como um novo caminho
para a educação, e busque alcançar sua real função no processo de aquisição do
conhecimento (APOLINÁRIO, et al.2021).
Pensar em desenvolver competências, se justifica ao pensarmos que os alunos
devem “saber” (considerando a constituição de conhecimentos, habilidades, atitudes
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e valores) e, sobretudo, e devem “saber fazer” (considerando a mobilização desses

conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da
vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho), por isso a
explicitação das competências oferece referências para o fortalecimento de ações que
assegurem as aprendizagens essenciais definidas na BNCC (BRASIL, 2018).
Em relação às tendências pedagógicas, Silva (2018) as resume da seguinte
forma:

● Liberal Tradicional prepara os alunos para assumirem seu papel na

sociedade e valoriza os conhecimentos acumulados como verdade absoluta.
Nessa tendência, a autoridade do professor exige atitude receptiva do aluno –
uma aprendizagem mecânica. Não considera a singularidade do aluno. Tem
presença nas escolas religiosas ou leigas que adotam filosofias humanistas
clássicas ou científicas.
● Liberal Renovada, a escola deve adequar-se às necessidades
individuais ao meio social. Os conteúdos são estabelecidos a partir das
experiências vividas pelos alunos diante das situações-problemas, exploradas
por meio de experiências, pesquisas e método de solução de problemas. O
professor é auxiliador no desenvolvimento livre da criança, fundamentado na
motivação e estimulação.
● Liberal Renovadora Não diretiva valoriza a busca dos conhecimentos
pelos próprios alunos, é facilitadora da aprendizagem. A educação é
centralizada no aluno, e o professor é quem garantirá um relacionamento de
respeito. Aprender é modificar as percepções da realidade.
● Liberal Tecnicista é modeladora do comportamento humano a partir
de metodologias específicas. As informações são ordenadas numa sequência
lógica e psicológica com procedimentos realizados para a transmissão e
recepção de informações. Essa tendência objetiva a transmissão de
informações por parte do professor e a memorização como aprendizagem.
● Progressista Libertadora anseia levar professores e alunos a atingir
um nível de consciência da realidade, na busca pela transformação social, a
partir de temas geradores e grupos de discussão.
● Progressista Libertária visa à transformação da personalidade num
sentido libertário e autogestionário, a escola dá ênfase na participação grupal
como mecanismos institucionais de transformação.
● Progressista Crítico-Social dos Conteúdos visa à difusão dos
conteúdos culturais universais incorporados pela humanidade frente à
realidade social. O método parte de uma relação direta da experiência do aluno
confrontada com o saber sistematizado. O papel do aluno é participar e o do
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professor é ser mediador, com base nas estruturas cognitivas estruturadas nos
alunos.
● Histórico-Crítica tem a prática social como ponto de partida e de
chegada da prática educativa, aspectos filosóficos, econômicos e político-
sociais resultam na forma da sociedade atual. Essa tendência visa intermediar
os métodos a partir da problematização, instrumentalização e catarse, e parte
da prática social na qual professor e alunos se encontram em posições distintas
e promovem o encaminhamento da solução dos problemas postos pela prática
social. A educação é entendida como mediação no seio da prática social global
(SILVA, 2018, p. 103-104).

Enquanto que para Apolinário (et al 2021), as tendências pedagógicas surgiram

para melhor direcionar a prática educativa e essa prática não se reduz ao pedagógico
apenas, mas aos movimentos sócio-políticos e filosóficos que são fortes norteadores
dessas concepções. Nesse sentido, cada concepção formulou-se na tentativa de
interpretar o processo educativo e buscar soluções que serão refletidas no ato de
educar, ação e intenção para aprendizagens significativas. Resumindo, as
concepções pedagógicas ainda permanecem intrínsecas mesmo com as novas
competências da BNCC.
Sendo assim, Apolinário, Tarragó e Ferst (2021) analisam a relação que as
quatro primeiras competências gerais da BNCC estabelecem com as tendências
pedagógicas e chegam à seguinte conclusão:

Portanto, notamos que as quatro primeiras competências apresentam em

comum a ênfase aos conhecimentos historicamente constituídos, aos
conhecimentos das diferentes áreas e ao saber científico. Dessa maneira,
fica evidente buscar caminhos para a integração entre teoria e prática, tendo
em vista a importância de sabermos como articular os conhecimentos
historicamente constituídos com a realidade e podermos, assim, exercer a
cidadania, transformando o mundo com atitudes de reflexão crítica e de
participação ativa na realidade (APOLINÁRIO, et al.,2021 p.33237).
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2.4 APRESENTAÇÃO POSTURAS E PROPOSTAS DAS COMPETÊNCIAS GERAIS

INDICADAS NA BNCC
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3 CONCLUSÃO

Concluímos que, a BNCC como documento que apresenta quais são as

aprendizagens essenciais que os alunos devem desenvolver ao longo da educação
básica, podemos afirmar que a escola, juntamente com os professores precisam
pensar em estratégias pedagógicas que estejam alinhadas com o desenvolvimento
dessas aprendizagens.
Segundo Apolinário, Tarragó e Ferst (2021), é preciso pensar em uma
pedagogia que amplie as possibilidades de aprendizagem através das experiências,
tendo alunos e professores como protagonistas, como também a participação da
comunidade escolar, sendo imprescindível traçar novos caminhos para um currículo
como política cultural, em que o ensino não esteja restrito à transmissão de
conhecimentos, mas que se constitua como um processo formativo de pesquisa,
descobertas e inovação.
Pensando o ambiente escolar como o espaço onde o aluno tem acesso ao
conhecimento científico construído historicamente, é preciso criar oportunidades
inovadoras para que possam construir esses conhecimentos de forma significativa,
desenvolvendo então as competências sugeridas pela BNCC.
O mais importante é que todas as práticas educativas visem contribuir para a
transformação social, cultural e histórica do ser humano (SILVA, 2018).
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Nesse sentido, realizar esta produção textual foi uma oportunidade de

desenvolver o estudo dirigido, independente, sistemático, a partir da interpretação de
uma situação-problema, foi nos oportunizado exercitar a prática dos conteúdos
interdisciplinares, integrando de forma clara e coesa os assuntos abordados nas
disciplinas do semestre.

REFERÊNCIAS

APOLINÁRIO, Josimeire de Souza Lima; TARRAGÓ, Saiuri Totta; FERST, Enia

Maria. Tendências pedagógicas e competências gerais da base nacional comum
curricular para a educação básica: implicações para o currículo. Brazilian Journal of
Development, Curitiba, v.7, n.3, mar 2021.

BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Brasília. 2018.

SANTOS, Raquel Elisabete de Oliveira. Pedagogia histórico crítica: que pedagogia é

essa? Horizontes, v. 36, n. 2, p. 45-56, mai./ago. 2018.

SILVA, Aracéli Girardi da. Tendências pedagógicas: perspectivas históricas e

reflexões para a educação brasileira. Unoesc & Ciência, v. 9, n. 1, p. 97-106, jan./jun.
2018.