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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA

DALILA GOMES BORGES

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II: ANOS


INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Bom Jesus da Lapa


2021

DALILA GOMES BORGES

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II: ANOS


INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da


UNOPAR - Universidade Pitágoras Unopar
Disciplinas: Relatório do estágio Curricular obrigatório II:
Anos iniciais do Ensino Fundamental.
Tutor online: Natalia Gomes dos Santos
Tutor presencial: Maria

Bom Jesus da Lapa


2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................4
2. LEITURAS OBRIGATÓRIAS 5
3. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) ..........................................................10

4. ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEO DA BNCC ...12


5. ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM EQUIPE
ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA...........................................................................14

6. CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS


DIGITAIS.......................................................................................................................15

7 PLANOS DE AULA....................................................................................................16
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................19
9 REFERÊNCIAS.........................................................................................................20
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1 INTRODUÇÃO

O presente estágio foi realizado como componente obrigatório do


curso de Licenciatura em Pedagogia, pautada na lei n° 87.497 de 1982 (alterada
pela lei n° 8.859 de março de 2004) e pela lei n° 9394 de 20 de dezembro 1996 (Lei
de Diretrizes e Bases) que institui diretrizes para os cursos e licenciatura em todo
país.
O Estágio curricular obrigatório do Ensino Fundamental nos Anos Iniciais foi
realizado Na Escola Municipal São João, situada em Riacho Dos Cavalos, S/N,
situada na zona rural de Sitio do Mato - BA, com atividades desenvolvidas na
administração da secretaria da escola e com supervisão da professora Maria de
Lourdes Miranda . Este relatório vem apresentar o processo de ensino-
aprendizagem da escola, ao povoado que ela está inserida e a relação
aluno/professor.
A meta da escola é formar cidadãos críticos preocupado com bem comum de
sua comunidade e assim garantir uma educação voltada para o
ensino/aprendizagem total do indivíduo.
O estágio teve por objetivo de conhecer o contexto escolar fazendo uma
descrição do trabalho feito pela gestão da escola, nos campos físicos, pedagógicos
e administrativos, assim como vivenciar na prática, onde nos possibilita aperfeiçoar
nossas aptidões.
No desenvolvimento desse trabalho vamos apresentar informações
administrativas, físicas, pedagógicas, relação professor/aluno/gestão/funcionários.
Assim como apresentar os objetivos, princípios, Projeto Político Pedagógico (PPP),
O conceito de transversalidade, metas e ações da escola para com seu corpo
discente.
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2 - LEITURAS OBRIGATÓRIAS

Ainda que pese a polissemia do termo, a interdisciplinaridade pode ser traduzida


em tentativa do homem conhecer as interações entre mundo natural e a sociedade,
criação humana e natureza, e em formas e maneiras de captura da totalidade social,
incluindo a relação indivíduo/sociedade e a relação entre indivíduos. Consiste,
portanto, em processos de interação entre conhecimento racional e conhecimento
sensível, e de integração entre saberes tão diferentes, e, ao mesmo tempo,
indissociáveis na produção de sentido da vida.
Há que se afirmar interdisciplinaridade como um conceito historicamente e
socialmente produzido, apresentando no campo epistemológico, no mundo
do trabalho, e na educação, movimento de continuidade e ruptura em relação às
questões que busca elucidar, e que simultaneamente a constituem. O caráter de
continuidade da interdisciplinaridade tem implicações com questões,
incessantemente, em pauta na história da humanidade, tais como: de que maneira e
forma pode o homem conhecer? Como se dá a relação do homem com a natureza e
a sociedade, de forma fragmentada, como fato isolado, ou de forma integrada em
que o observado e/ou vivido está inserido numa rede de relações que lhe dá sentido
e significado? A partir de que forma e sentido pode o homem transmitir esse
conhecimento?
O caráter de ruptura no que a interdisciplinaridade é chamada a responder, ou
seja, a fragmentação do saber, instituída pela ciência moderna sob a égide do
capital, do mundo do trabalho e da cultura, e transmitida pela prática educativa. A
transmissão da fragmentação do saber na prática educativa reflete e ao mesmo
tempo responde aos processos conflituosos e contraditórios do mundo do trabalho e
da própria produção do conhecimento científico que com o advento da ciência
moderna, passou por um profundo processo de esfacelamento em função da
multiplicação crescente das ciências, cujo desenvolvimento se fez às custas da
especialização (Japiassú, 1976).
Embora dito e redito que a ciência moderna tem como inerente à sua própria
instituição os métodos analíticos de Galileu e Descartes, é sempre bom lembrar que
6

no pensamento deste último está presente o desejo de reconstituição da totalidade e


a necessidade das conecções entre as ciências (Pombo, 1994).
Ainda que compreendamos as diversas tentativas de o homem conhecer como
intrínsecas ao trabalho humano, à produção cultural e à necessidade de
autoconhecimento e sobrevivência, o fato é que a busca por saberes tão diversos se
perderam nos desvãos da ideologia e serviram a mestres menos nobres. Não à toa
as especializações, sob a égide do capitalismo, apresentaram características cada
vez mais reducionistas, perdendo-se de vista a possibilidade da totalidade do
conhecimento, e mesmo as conecções mais profundas entre as ciências.
No final do século XIX, as ciências haviam se dividido em muitas disciplinas e a
busca pela interação entre estas disciplinas ecoa forte no sentido de promover um
diálogo entre elas. Na Educação, a preocupação com formas e maneiras de atender
ao apelo a uma integração e interação entre as ciências, sob as quais essa prática
social se constrói, ocorre de maneira mais nítida, no início do século XX. Nesse
caminho, outros conceitos ganham força, dentre eles a transdisciplinaridade. Para
Piaget (1981, p.52), a interdisciplinaridade pode ser entendida como o “intercâmbio
mútuo e integração recíproca entre várias ciências”.
A interdisciplinaridade, para o autor, é uma interação entre as ciências, que
deveria conduzir à transdisciplinaridade, sendo esta última, concepção que se
traduz em não haver mais fronteiras entre as disciplinas. Piaget aposta na
transdisciplinaridade, entendida como integração global das ciências, afirmando ser
esta uma etapa posterior e mais integradora que a interdisciplinaridade, visto que,
segundo o autor, alcançaria as interações entre investigações especializadas, no
interior de um sistema total, sem fronteiras estáveis entre as disciplinas.
Atualmente, a interdisciplinaridade continua seu caminho pela (re)construção do
conhecimento unitário e totalizante do mundo frente à fragmentação do saber. Na
escola, essa noção é materializada em práticas e reflexões como a integração de
conteúdos e a interação entre ensino e pesquisa.
Do ponto de vista da diretriz de política governamental, o Ministério da Educação
por meio dos Parâmetros Curriculares Nacionais (1999) procura orientar quanto
a
atitudes e ações interdisciplinares. De acordo com Kaveski (2005, p.128, grifos
meus)
7

“a interdisciplinaridade é entendida no PCN do ensino médio como função


instrumental, ‘a de utilizar os conhecimentos de várias disciplinas para
resolver um problema concreto ou compreender um determinado fenômeno
sob diferentes pontos de vista’ a partir ‘de uma abordagem relacional’...”.
Como contraponto à fragmentação do conhecimento escolar, do ensino e do
conhecimento educacional, a interdisciplinaridade tem como primeiro desafio
perceber que: esta fragmentação na educação - como já desvelado pelo
pensamento crítico - reproduz o mundo fragmentado, fruto das relações de produção
e reprodução social. A consciência sobre isso permite pensar
a interdisciplinaridade com base no seu próprio limite. Isso significa se debruçar,
sem idealização de um alcance absoluto da sua missão, sobre a seguinte questão:

Quais são as (im)possibilidades da interdisciplinaridade no


âmbito escolar?

A partir dessa questão, outras se derivam, dentre elas:


Quais os cuidados que se deve ter ao integrar os conhecimentos disciplinares?
De que formas e maneiras a interdisciplinaridade no âmbito do conhecimento
escolar pode ser construída?
Quais são os lugares e ações da prática escolar, hoje, onde se busca
a interdisciplinaridade?
A superação, no âmbito escolar, da forma em que o conhecimento é
apresentado e construído não pode entender a escola e o conhecimento separados
da vida social de outras esferas da vida humana. Para tanto, é necessário entender
a interdisciplinaridade no âmbito de uma dimensão política e ética.
A busca pela integração e interação entre as diferentes áreas de conhecimento
e/ou disciplinas tem de estar atenta para o grau de autonomia necessário a cada
uma delas. Há que se possa, portanto, cuidado com a armadilha positivista (que
apresenta aí marcas da sua ambiguidade, pois foi o positivismo significativo na
fragmentação do saber) quando afirma que as diferentes áreas da ciência podem
ser analisadas e compreendidas sob o mesmo método e/ou sob a mesma lógica.
Como exemplo dessa armadilha, a notória e por vezes ideológica apropriação do
conceito de evolução de Darwin sobre a natureza, sendo aplicada para se pensar e
compreender a sociedade.
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Em relação a já mencionada especialização que se traduz em autonomização


gerando fragmentação do conhecimento, é sempre bom avisar que: há que se não
confundir a crítica à especialização, com uma especificidade necessária, como o
enfoque do conhecimento, devido ao seu acúmulo ao longo da existência humana
como síntese dos saberes construídos histórico-socialmente, que levam em conta a
totalidade no próprio campo da ciência e na sociedade.
Deve ainda a interdisciplinaridade estar atenta para a relação forma e conteúdo
dentro de uma mesma disciplina no que tange aos níveis de complexidade do
conhecimento, de grande importância para a prática educativa.
A interdisciplinaridade pode se materializar nas metodologias de ensino, no
currículo e na prática docente. Na educação profissional em saúde ela tem se
traduzido em tentativas, por vezes bem sucedidas, de projetos e concepções
diversos, mas que partilham a necessidade de perseguir, de acordo com o que
pensam ser isto, o saber unitário. Indo além, nesse caminho coloca-se a
necessidade da interação entre escola e serviço de saúde, entre escola e as
demandas de saúde da população urbana e do campo.
A partir do olhar histórico que desvela que o processo de fragmentação do saber
se acentua com o processo de fragmentação do trabalho, deve-se estar atento para
que formas de organização do trabalho em saúde, que não primam
pela integralidade, possam acentuar a fragmentação do conhecimento escolar.
O termo interdisciplinaridade é também aplicado com base em um deslocamento
de sentido e/ou apropriação deste conceito por correntes hegemônicas da educação
profissional a favor do capital. Hoje, há processo de formação profissional que adere
a uma concepção da totalidade como soma das partes, e visa a uma formação
polivalente do trabalhador.
A qualificação profissional pautada pela polivalência justapõe conhecimentos
técnicos, de modo a garantir a organização do trabalho em que o mesmo
trabalhador possa desempenhar várias funções outrora realizadas por mais
trabalhadores. Nessa história, recente e atual, é demandado aos sistemas
educacionais um ajuste às novas maneiras que o capital encontra para administrar
as suas crises, no caso a produção de um trabalhador polivalente, com
capacidades, ‘conhecimentos’, valores e atributos, destreza e capacidade de
resolver problemas, compatíveis com o mundo do trabalho em mutação (Pereira,
2002).
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Trata-se assim de perceber que a característica central do capitalismo,


lembrando aqui Marx (1999), é estar em constante expansão, buscando novos
mercados, pesquisando novas tecnologias, rompendo tradições às vezes milenares
e criando relações de trabalho que tendem à mudança. Como derivado desse
movimento, ou seja, de acordo com as novas formas pelas quais o capital organiza a
produção e o trabalho assalariado, tal organização, assim como o avanço científico e
tecnológico seriam indicativos do desejo da junção de áreas de conhecimento, ou
seja, um sentido de interdisciplinaridade que, a partir da soma das partes, vai gerar
novas formas de organização curriculares e de enfoque metodológico.
Pensar a interdisciplinaridade no currículo voltado à formação técnica em saúde
significa ter como premissa que as práticas curriculares são marcadas tanto pela
historicidade da construção do próprio conhecimento, como também pelo
pensamento hegemônico no mundo do trabalho, em que as exigências de uma
formação humanista e crítica entram em constante choque com as exigências
pragmáticas e objetivas do conhecimento.
Ainda sobre interdisciplinaridade e currículo, lembremos que:

Visando ao menor isolamento possível entre as disciplinas, a idéia do Currículo


Integrado aproxima-se das concepções de Bernstein (1996), denominadas
pelo autor de Classificação (quanto maior o isolamento entre o
conhecimento organizado em Disciplinas, maior será o grau de
classificação). Para o autor, as questões mais relevantes no campo do
currículo são as que abordam as relações estruturais entre os diferentes
tipos de conhecimento que o constituem. Em Berstein, o Currículo
Integrado tem como característica o fato de que as áreas de conhecimento
não estão isoladas, possibilitando, por exemplo, que o mesmo conceito
possa ser trabalhado por áreas diversas, favorecendo aspectos
da interdisciplinaridade (Pereira, 2002).

Quanto à relação interdisciplinaridade e prática docente, partir da premissa de


que o docente é educado no conflito e na contradição, não é uma tábula rasa nem
tampouco chegará a condições ideais de promover práticas interdisciplinares que
superem a contento lacunas da sua formação profissional, da sua história de leitura
e de vida.
Frigotto (1995), chama a atenção para o fato de que se no campo da produção
científica os desafios ao trabalho interdisciplinar são grandes, no cotidiano do
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trabalho pedagógico percebemos que estamos diante de limites cruciais. Para o


autor, a formação fragmentária, positivista e metafísica do docente, assim como a
forma de organização do trabalho na escola e na vida social em geral constituem
barreiras, por vezes intransponíveis, para o trabalho interdisciplinar.
A ação docente pautada na sua concepção de ciência, política, cultura e postura
ética são os esteios centrais sob os quais podem ser delineadas, com êxito ou não,
as práticas interdisciplinares. A interdisciplinaridade é entendida por Fazenda (1999)
como ação, enfatiza que depende de uma atitude, de uma mudança de postura em
relação ao conhecimento, uma substituição da concepção fragmentária para a
unidade do ser humano. Diante disso, é bastante evidente a ênfase dada ao sujeito,
para que se promova uma transformação no conhecimento, o que coloca a formação
docente e as condições objetivas do trabalho docente como eixos centrais da
promoção do trabalho interdisciplinar na escola.

Por último, há que se compreender que a interdisciplinaridade na educação do


trabalhador não pode ser construída a partir de premissas que percam de vista a
totalidade das questões que ela tem a enfrentar. Como exemplo, é no mínimo
ingênuo pensar que abolir o currículo por disciplina é a solução para acabar com a
fragmentação do saber escolar. Ou seja, trocar o currículo por disciplina por outra
forma de organização curricular, por si só nada significa para um avanço do
trabalho interdisciplinar. Mais importante é a escola estar atenta aos limites e
possibilidades do conhecimento escolar no processo de mudança de paradigma das
ciências e da transformação do mundo do trabalho, perceber neste processo para
qual projeto de sociedade irá contribuir, e abrir espaço a toda ação visando
à interdisciplinaridade - que não confunda integração e articulação com justaposição
e que não caia em um relativismo que nada institui – valorizando os pequenos
avanços do trabalho escolar neste processo que requer para sua validação ser
sempre considerado inacabado.
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3 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)

O projeto político pedagógico (PPP) é um documento no qual estão registradas as


ações e projetos que uma determinada comunidade escolar busca para seu ano
letivo, sendo auxiliados de forma política e pedagógica com participação de
professores, coordenadores escolares, alunos e famílias.
Segundo Ferreira (2009, p.1); “fazer o PPP implica planejamentos de todas as
atividades no âmbito escolar, execução das ações previstas, avaliação do processo
e retomada. Isso somente é possível se instituída a prática do registro e da reflexão
sobre ele”. A importância está no processo de uma instituição de ensino que tem por
objetivo uma educação eficiente e de qualidade. Ele é completo o suficiente,
criando-se uma rota flexível o bastante para se adaptarem-se as necessidades dos
alunos.
Diante disso o PPP segue a lei 9.394 de dezembro de 1996. Cujo artigo 12
estabelece as seguintes normas de ensino:
I Elaborar e executar a sua proposta pedagógica.
II Administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros.
III Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas estabelecidas.
IV Velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente.
V Prover meios para recuperação dos alunos de menor rendimento.
VI Articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da
sociedade com escola.
O PPP vai além da dimensão pedagógica, pois também engloba a questão
financeira e administrativa da escola. Na verdade, esse instrumento expressa a
cultura, valores crenças, significados, assumo como um modo de pensar e agir de
todos que contribuem com sua própria colaboração.
3.1 AS COMPETÊNCIAS GERAIS DA BASE COMUM CURRICULAR (BNCC) NA
EDUCAÇÃO BÁSICA COM RELAÇÃO AO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Para a escola incorporar as propostas da BNCC ao projeto político-pedagógico é
necessário identificar quais são as competências que devem ser desenvolvidas,
considerando também a atuação que a escola já tem dentro desses campos de
desenvolvimento. Para começar essa construção é necessário fazer um diagnóstico
das práticas pedagógicas e do aprendizado dos alunos. Conhecer a comunidade e
os desafios de aprendizagem dela é essencial para que o PPP não só contenha a
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identidade local, mas trace diretrizes. É preciso que as escolas reelaborem o


conteúdo de forma democrática e colaborativa, dando oportunidade aos professores
e revendo como a Base pode ser implementada em cada disciplina.
A BNCC também incentiva o respeito à igualdade e a diversidade cultural, o que
traz a necessidade de se planejar e rever o currículo e prática segundo a cultura e
experiência local de cada escola. O PPP também deve conciliar a missão com a
prática pedagógica desenvolvida. As dez competências gerais da Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) são conjunto de conhecimentos, habilidades, valores e
atitudes que buscam promover desenvolvimento dos estudantes em todas suas
dimensões: intelectual, física, social, emocional e cultural.
3.2 O Processo de Avaliação na Escola
Em se tratando das práticas avaliativas da Escola alvo da pesquisa, foi
constatado através da observação direta do dia a dia da escola, acompanhamento
às atividades realizadas, as provas aplicadas e diálogo entre os docentes, que suas
práticas, na maioria, não condizem com a teoria avaliativa inserida no PPP da
escola, conforme afirma Gerhardt e Silveira (2009):

Para analisar, compreender e interpretar um material qualitativo faz-se


necessário superar a tendência ingênua a acreditar que a interpretação dos
dados será mostrada espontaneamente ao pesquisador, é preciso penetrar
nos significados que os atores sociais compartilham na vivência de sua
realidade. (Gerhardt e Silveira, 2009, p. 84).

Ao relacionar os aspectos da relação teoria e prática e considerar em especial o


PPP da escola como sendo o guia dos trabalhos docentes, comprovou-se que a
maioria dos docentes tem um conhecimento superficial sobre o documento,
participou de formação na própria escola para repasse das idéias principal contida
no mesmo, mas não teve a preocupação de fazer do documento um guia para os
seus trabalhos em sala de aula. Por conta disso, o documento se transforma em um
cumprimento burocrático exigido pela Secretaria de Educação.
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4. ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA


BNCC.

Os temas transversais são constituídos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais


(PCN's) e compreendem seis áreas: Ética (Respeito Mútuo, Justiça, Diálogo,
Solidariedade), Orientação Sexual (Corpo: Matriz da sexualidade, relações de
gênero, prevenções das doenças sexualmente Transmissíveis) , Meio Ambiente (Os
ciclos da natureza, sociedade e meio ambiente, manejo e conservação ambiental) ,
Saúde (autocuidado, vida coletiva), Pluralidade Cultural (Pluralidade Cultural e a
Vida das Crianças no Brasil, constituição da pluralidade cultural no Brasil, o Ser
Humano como agente social e produtor de cultura, Pluralidade Cultural e Cidadania)
e Trabalho e Consumo (Relações de Trabalho; Trabalho, Consumo, Meio Ambiente
e Saúde; Consumo, Meios de Comunicação de Massas, Publicidade e Vendas;
Direitos Humanos, Cidadania). Podemos também trabalhar temas locais como:
Trabalho, Orientação para o Trânsito, etc.
Os temas transversais expressam conceitos e valores básicos à democracia e à
cidadania e obedecem a questões importantes e urgentes para a sociedade
contemporânea. A ética, o meio ambiente, a saúde, o trabalho e o consumo, a
orientação sexual e a pluralidade cultural não são disciplinas autônomas, mas temas
que permeiam todas as áreas do conhecimento, e estão sendo intensamente vividos
pela sociedade, pelas comunidades, pelas famílias, pelos alunos e educadores em
seu cotidiano.
Os Temas são caracterizados por um conjunto de assuntos que aparecem
transversalizados em áreas determinadas do currículo, que se constituem na
necessidade de um trabalho mais significativo e expressivo de temáticas sociais na
escola. Alguns critérios utilizados para a sua constituição se relacionam à urgência
social ,a abrangência nacional, à possibilidade de ensino e aprendizagem na
Educação Básica e no favorecimento à compreensão do ensino/aprendizagem,
assim como da realidade e da participação social. São temas que envolvem um
aprender sobre a realidade, na realidade e da realidade, preocupando-se também
em interferir na realidade para transformá-la.

OS QUATROS PILARES DOS TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS


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Os quatro pilares apresentado no Guia para desenvolvimento dos TCTs são:


- superação da concepção fragmentada do conhecimento para uma visão-
sistemática-integração da habilidade e competências curriculares à resolução de
problemas
-Problematização da realidade e das situações de aprendizagem.
-promoção de um processo educativo continuado e do conhecimento como uma
construção coletiva.
De acordo com esses pilares a metodologia garante uma aplicação para
conhecimento teórico adquirido pelos alunos, colaborando para que assimilem o
conteúdo de forma prática em seus estudos. Por isso, é um método avaliativo, que
visa a eficácia do aluno, surgindo uma visão crítica e ampla da área de atuação
escolhida.

5. ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE


ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA.

As escolas públicas devem planejar, a partir de sua realidade, integrando


questões administrativas e financeiras com currículo e demais preocupações
político-pedagógicas. É necessário que a legislação vigente permita a pratica da
gestão participativa e da autonomia. A escola e sua equipe devem estar preparadas
para ocupar esse espaço com compromisso competência humano, teórica, técnica e
política.

QUAIS SÃO AS ATIVIDADES QUE FAZEM PARTE DA ROTINA DO PROFESSOR?

O professor do Ensino Fundamental exerce diversas atividades que fazem parte


da rotina de trabalho. Ele desempenha uma série de tarefas no meio escolar de
extrema importância, esse profissional deve ter diversos tipos de atividades em
desenvolvimento para atingir um índice cada vez maior de aprendizado.
Dentre os muitos papéis executado pelo professor, os principais são:
• Despertar nos alunos o interesse e vontade de buscar seus objetivos com seus
próprios esforços, o professor deve ser um mero orientador do processo.
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• Elaborar atividades que valorizam o potencial de cada aluno e que sejam


planejadas e ofereça desafios aos alunos.
• Dialogar com as famílias e propor algumas recomendações acerca de como agir
com os alunos em casa para que esse tenha um rendimento escolar satisfatório.
Essas são atividades essenciais na rotina do professor educador. É importante
destacar que não há um padrão para o exercício da profissão, os que foram falados
são procedimentos escolares que podem ser utilizados em varias partes do território
brasileiro e que geram resultados em distintos níveis. A equipe pedagógica pode
orientar o professor na adaptação da atualização do Projeto Político Pedagógico
(PPP) e da Proposta Curricular através de reuniões, palestras e jornada pedagógica,
para execução de tarefas escolares dados a inclusão de novas ementas
pedagógicas pode instruir os professores quantos essas mudanças e como agir.
A equipe administrativa implica estar atento ao desenvolvimento dos
profissionais e um dos pontos principais para potencializar a atuação geral é a
formação. O engajamento deve começar na elaboração do projeto político-
pedagógico (PPP).

6. METODOLOGIAS ATIVAS COM O USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS NO


ENSINO FUNDAMENTAL.

As metodologias ativas são maneiras de ensinar que priorizam a atuação da


criança e do adolescente estimulando o desenvolvimento de suas competências. A
aprendizagem ativa ocorre quando o aluno interage com o assunto proposto e é
estimulado a construir seu conhecimento e não apenas recebê-lo passivamente.
Para empregar metodologias ativas de forma adequada, é essencial que o
professor as conheça suficientemente para desenvolvê-las adequadamente em sala
de aula. Também precisa conhecer os recursos possíveis e mais favorecedores que
pode utilizar. Neste ponto, esbarramos com o uso das tecnologias digitais na escola,
consideradas recursos bastante pertinentes a esse modelo de ensino.

COMO USAR AS METODOLOGIAS ATIVAS PARA EVITAR A EVASÃO E O BAIXO


RENDIMENTO ESCOLAR?

Ao longo da vida escolar, o interesse dos pais pela rotina do aluno o motivará a
seguir adiante, a persistir perante os desafios da jornada. Já a negligência e o
desinteresse dos pais são fatores que contribuem significativamente para a evasão
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escolar. O motivo é simples: não há a sensação de recompensa para o bom


desempenho apresentado. Aos poucos, ele tende a decair, até chegar a um ponto
crítico.
A tecnologia, nesse contexto, desempenha o importante papel de encurtar
distâncias e facilitar a comunicação entre os pais e a escola, permitindo que as
informações sejam trocadas de maneira mais ágil e que o resultado seja
mais efetivo. Uma outra facilidade da tecnologia é o contato direto com o professor.
Para que os pais não precisem ficar se preocupando se estão ou não
atrapalhando o educador em determinado horário ou se estão sendo invasivos,
existem formas de fazer isso somente com o objetivo profissional. A mensagem é
entregue ao professor em horários preestabelecidos, que são determinados de
acordo com as suas aulas. Caso a mensagem seja enviada em um horário fora do
programado, o responsável pelo aluno recebe uma notificação informando-o.

7. PLANOS DE AULA

PLANO DE AULA
Disciplina Língua Portuguesa

Identificação Série 2° ano

Turma A

Período Matutino

Conteúdo Encontros vocálicos:

Objetivos Gerais: Reconhecer como se forma os encontros


vocálicos, diferenciando um encontro do outro, bem como as
situações em que são usados no cotidiano escolar e familiar.
Objetivos

Objetivos Específicos: -

 Desenvolver o raciocínio lógico e concentração através do


jogo da memória;
 Identificar como se forma os encontros “vocálicos;
 Revisar os encontros vocálicos trabalhados;
 Praticar a memorização dos encontros através de
fantoches;
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Apresentar a vogal no dado e grafar na lousa chamando atenção


para o nome de cada letra;
Conversa informal sobre as cinco amiguinhas, criar uma história
para os encontros com o uso de fantoches;
Metodologia Convidar os alunos para grafar na lousa as palavrinhas que
conseguem ler;
Apresentar cartaz com palavras que contenha o encontro (FUI,
LUIZ, VALQUIRES, LUIZA, MUITO, RUIM, PINÓQUIO , AQUI
dentre muitos outros),
Leitura das palavras, chamar atenção para a primeira letra de
cada palavra, pedir para as crianças pintarem os encontros nas
palavras;
Relembrar os encontros trabalhados (AI, OI, AU e EU);
Atividade impressa dos encontros que foram trabalhados.

 Papel sulfite;
 Fantoche das vogais “A” “E” “I” “O” “U”
 Dado das vogais;
 Papel metro;
Recursos  Cartolina;
 Piloto;
 Literatura infantil;
 Lápis;
 Atividade impressa;
 Caderno;
 Tapete de emborrachado
 Borracha.

A avaliação será através de observações individual e coletiva,

Avaliação participação dos alunos nas atividades propostas, oralidade,


leitura e escrita.

https://atividadespedagogicas.net/2017/09/plano-de-aula-
encontro-vocalico.html
Referências

PLANO DE AULA
Disciplina Matemática
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Identificação Série 2° ano

Turma A

Período Matutino

Conteúdo Ordem numérica

Objetivos Gerais-

Objetivos Construir sequências de números naturais em ordem crescente


ou decrescente a partir de um número qualquer, utilizando uma
regularidade estabelecida.

Objetivos Específicos: -
Construir sequências utilizando a ordem numérica crescente e
decrescente, valendo-se de regularidade.
Iniciaremos a aula retomando a ideia de ordem decrescente e

Metodologia crescente e a forma como se organizam, algumas vezes do maior


para o menor, outras do menor para o maior. Durante a
explicação os alunos vão conhecendo a sequência numérica
passo a passo. Utilizaremos um quadro numérico na sala, e ficará
exposto e à vista dos alunos, para facilitar a habituação com essa
lógica de organização dos números. Depois do assunto explicado
e revisado, Perguntaremos aos alunos quais são os outros
lugares ou atividades que eles fazem e que precisa utilizar os
números.

______________________________________________________
___________________
Recursos  Folha de papel A4 branca;
 Atividades impressas em folhas, coladas no caderno ou
não.
 Cartas com os números de 1 à 50 em papel sulfite ou
cartolina.
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.
A avaliação poderá ser feita através do entendimento do aluno
Avaliação
sobre o assunto, o desenvolvimento em cima do tema proposto e
da execução das atividades. Esse processo de avaliação servirá
para um analise do grau de conhecimento dos alunos sobre os
numerais e o processo de contagem.

https://novaescola.org.br/plano-de-aula/698/jogo-das-10-cartas

Referência

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao finalizar este trabalho entendemos a importância do estágio no Ensino


Fundamental, pois este possibilitou os conhecimentos dos saberes, as reflexões
sobre a prática e a construção de identidade de cada aluno. Foi relevante estudar a
realidade do trabalho educativo, assim sendo, obtivemos experiências que irão
favorecer nossas vidas pessoais e profissionais.
Desse modo, o estágio é uma fase em que nós, alunos, temos a oportunidade de
analisar a prática do professor em sala de aula, e realizar a reflexibilidade como
instrumento de suporte para mudanças na ação pedagógica. Atuar no Ensino
Fundamental é muito valioso para nós futuros pedagogos, pois temos uma visão
muito prazerosa em exercer o papel de professor, porém ter formação consistente e
uma reflexão constante sobre nossas práticas, procurando sempre inovar, além
disso, precisamos está aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas, e
estarmos sempre atualizados.
O papel do estágio, desse modo, nos deu a possibilidade, não somente na
compreensão das teorias estudadas, mas principalmente no campo da análise e
reflexão acerca da prática, de forma que pelo processo do pensamento e da reflexão
crítica, possamos na qualidade de professora, desenvolver a aprendizagem
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adquirida durante nossa formação, de forma a lidar com as diferentes situações que
acontecem nos espaços educativos.
Por fim, percebemos que a relação entre teoria e prática é inseparável,
colocamos em ação os conhecimentos adquiridos para obter os objetivos
alcançados e nos vimos como pessoas reflexivas, pesquisadoras, tentando
proporcionar os alunos uma aprendizagem de qualidade.

9. REFERÊNCIAS:

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curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília‚ DF: MEC/SEB, 2010.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm Acesso
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graduação em Educação da UFSM, sob o título: "Uma nova perspectiva sob a ótica
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