Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PONTA GROSSA
2022
1
PONTA GROSSA
2022
2
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho refere-se ao Projeto Político Pedagógico na realidade
escolar da Educação Infantil e da sua contribuição com a sociedade e comunidade
das escolas observadas. O período de inserção deu-se início na semana do dia 22
de agosto de 2022 até a semana do dia 12 de setembro de 2022, as instituições
estudadas serão denominadas de “Escola Arendelle”, “Escola Corona”, “Escola
Madrigal” e “Escola Motu Nui”. Os procedimentos utilizados para o desenvolvimento
da coleta de dados foram observação em sala de aula, leitura do Projeto Político
Pedagógico (PPP) e entrevista com as professoras regentes das turmas.
O projeto de inserção, da disciplina de Pesquisa e Prática Pedagógica, tem
como finalidade favorecer o conhecimento de espaços escolares diversificados por
meio da observação e participação de cada criança na sua relação professor-aluno
em sala de aula, auxiliar no fortalecimento em relações com professores e alunos e
auxiliar em um relacionamento de colaboração com a sociedade.
As escolas possuem como função social e princípio norteador o compromisso
com a formação do cidadão com o fortalecimento dos valores da solidariedade e
otimismo que se fundamenta na certeza de que o ser humano é dotado de
flexibilidade, sendo o seu desenvolvimento intensificado e ampliado pela
aprendizagem. A escola é o lugar em que pode e deve guiar esse processo de
aprendizagem e desenvolvimento de modo organizado e sistematizado. A
importância dessa organização do trabalho pedagógico é ser capaz de proporcionar
o desenvolvimento de múltiplos ângulos da criança, o professor nesta perspectiva é
o agente de transformação e tem por objetivo ser favorável à realidade do aluno e
complemento ao seu desenvolvimento.
O ensinar e o aprender são coexistentes, ser a pessoa que ensina significa
trilhar novos caminhos, abrir novos horizontes, é muito mais do que apenas
matérias. Para o ser que será ensinado, a aprendizagem possibilita uma
compreensão de suas dificuldades, facilidades e conquistas, dando possibilidade de
adquirir conhecimento no processo de ensino-aprendizagem.
3
A escola Arendelle possui como objetivos gerais: concorrer para que o aluno
desenvolva relações inter e intrapessoais coerentes com os princípios filosóficos da
unidade escolar; Possibilitar o desenvolvimento integral da criança, quanto aos
aspectos cognitivos, afetivos, sociais, psicomotores e físicos; Oportunizar a
construção dos conhecimentos socialmente acumulados de forma prazerosa e
significativa; Orientar a educação de modo que o educando se conscientize que ele
é um agente transformador; Oferecer a oportunidade para o educando desenvolver o
respeito para com a pessoa humana, o estado, a família e os diferentes grupos
sociais e étnicos; Sensibilizar as famílias para a necessidade de participarem
ativamente da vida escolar de seus filhos;
Possui como objetivos específicos: proporcionar aos educandos uma
formação de atitudes e valores; Despertar os educandos para a dimensão social e
para o exercício compromissado e responsável da cidadania; Desenvolver um
processo educacional, tendo em vista a compreensão do ambiente natural e social,
do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores que fundamentam a
sociedade; Trabalhar o pensamento crítico e reflexivo; Proporcionar condições para
5
Além disso, havia cartazes recorrentes espalhados por toda sala, sendo eles
de números, vogais, alfabeto, calendário, etc. Tais cartazes eram construídos – em
sua maioria – com a ajuda das crianças, de forma que cada uma delas tinha seu
protagonismo valorizado, ao auxiliar na confecção dos materiais e contribuir para a
decoração da sala de aula.
A rotina era ministrada da seguinte forma: ao chegarem às crianças ficavam
sob a supervisão de uma estagiária, onde brincavam com massinhas/brinquedos,
desenhavam e coloriam desenhos, até as professoras chegarem para dar início às
atividades da tarde. Após sua chegada, a professora Elsa mediava uma assembleia,
na qual conversava com as crianças sobre como tinha sido a manhã daquele dia,
fazia chamada, atualizava o calendário, sorteava os ajudantes do dia e explicava
14
quais atividades seriam realizadas durante toda a tarde, todo esse momento era
realizado com inúmeras participações das crianças, onde elas podiam expressar
suas ideias e opiniões ao mesmo tempo que entendiam quais seriam suas tarefas.
Desse modo, constata-se a importância de estabelecer uma rotina com as crianças,
pois
No contexto desta sala de aula, duas (2) professoras atuam ao longo das
aulas, sendo que há princípio a auxiliar fica com os alunos no período de entrada,
enquanto a professora regente e as demais crianças estão para chegar. Nesse
momento, é permitido para as crianças um momento livre, onde possam brincar com
massinha de modelar, pintar, desenhar, fazer continhas, entre outras coisas. Sendo
esse um momento inicial de lazer e de interação entre os alunos e a professora
auxiliar.
Após a chegada da professora que será denominada de Rapunzel, os
educandos são chamados para o devocional, que consiste em um momento
relacionado à religião que permeia os valores da escola, onde eles repetem um
versículo bíblico e cantam uma música relacionada. Ao voltarem para a sala de aula,
todos retornam aos seus lugares, em seus devidos grupos, e dão início juntamente
com as professoras, a assembleia, onde juntos conversam sobre o dia da semana, o
clima, os aniversariantes do mês, e por fim cantam a música do alfabeto.
Pode-se notar uma grande presença da linguagem musical nos momentos de
ensino-aprendizagem na sala de aula, de modo que se torna possível resgatar
facetas do processo educacional, como a emoção e a criatividade, as quais estão
envolvidas pelo conteúdo interdisciplinar, subjetivo e estético dessa linguagem
artística (CORREIA, 2010, p. 128). Partindo disso, as melodias vêm como elemento
importante na construção dos saberes, pois estudos neurocientíficos afirmam que o
ser humano é sensível à música, estando ligada a linguagem e raciocínio.
de todo prédio da educação infantil, cada dia ela se encaminha para uma sala de
aula para que as crianças participem ativamente deste momento.
Em seguida, a docente inicia a chamada, a contagem dos alunos da sala,
comenta os afazeres do dia, pergunta sobre o tempo e atualiza o calendário. Ela
permite que as crianças conduzam a rotina, enquanto isso verifica as agendas.
Com isto, podemos perceber que a professora Mirabel está a favor do
desenvolvimento da autonomia e independência das crianças, como se referem
Hohmann e Weikart (apud PEREIRA, 2014, p. 51),
Além do respeito aos direitos das crianças para consolidar uma relação
democrática, há outro elemento importante a considerar em seu processo
de educação coletiva e que está diretamente ligado ao seu pleno
desenvolvimento. Refiro-me à importância de os adultos aprenderem a
escutar a criança pequena por meio de suas manifestações, nas quais as
emoções, de acordo com Henri Wallon, ocupam lugar central. (MONÇÃO,
2016, p.172)
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em vista dos argumentos apresentados, chegamos a problematização acerca
da inclusão social nas instituições particulares: O que dizem as pesquisas sobre
inclusão social e como ela é percebida nas instituições particulares?
Para Vygotsky, a inclusão precisa ser algo significativo para o sujeito e sua
vida, trata-se de possibilitar interações sociais que sejam mediadoras promovendo
ao sujeito a compreensão do mundo que está inserido e possa ser independente,
participativo e ativo na construção desse mundo.
Na escola Motu Nui foi constatado que na escola havia um aluno com
Transtorno do Espectro Autista severo que não possuía tutora para auxiliá-lo em
suas atividades cotidianas, esporadicamente estagiárias eram designadas para
acompanha-lo, porém não tinham especialização necessária para conseguir ajuda-lo
em situações de dificuldade de autorregulação das emoções.
O art. 59, inciso III, da LDB, diz que os sistemas de ensino devem assegurar
aos alunos com necessidades “professores com especialização adequada em nível
médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do
ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes
comuns” (Brasil, 1996, p. 44).
3.4 CONCLUSÃO
Infelizmente essas situações de despreparo profissional são muito comuns
em instituições particulares, pois a escola não dá oportunidade de uma educação
continuada especializada em educação inclusiva e educação especial, não existe
uma assistência qualificada para os problemas recorrentes, não tem apoio por parte
dos superiores da instituição para que seja desenvolvido o conhecimento sobre o
assunto da inclusão social, as instituições de ensino não contam com recursos
físicos e didáticos que visam atender às necessidades desses alunos.
4 REFERÊNCIAS