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GESTÃO DEMOCRÁTICA: ARTICULAÇÃO DA

SOCIEDADE E FAMÍLIA COM A ESCOLA


Angélica Kusters
Débora Raquel Commandeur Garzella Ali
Juliana Camargo Rodrigues
Lucimara Regina Hannoff de Souza
Vanessa Justino
¹
Vera Lúcia Dal Bosco da Silva²

RESUMO

A presente pesquisa foi elaborada para a disciplina de Prática Interdisciplinar: Relações


Interpessoais, tendo como tema Gestão Democrática: Articulação da Sociedade e Família com a
Escola. O trabalho foi realizado de forma qualitativa e através de pesquisas bibliográficas, tendo
como objetivo apresentar a importância de uma gestão democrática e a participação da família e
da comunidade na escola. A gestão democrática promove uma ação igualitária, que busca
aprimorar a participação da sociedade, levando a compreensão que este modelo de gestão envolve
toda a comunidade, com medidas que são compartilhadas e que estão ligadas às ações
pedagógicas e administrativas. De acordo com a pesquisa bibliográfica realizada foi possível
evidenciar a importância da articulação entre a sociedade, a família e a escola, visando uma
gestão democrática escolar para efetivação dos direitos dos estudantes.

Palavras-chave: Gestão; Escola; Democrática; Família; Sociedade.

1. INTRODUÇÃO

O tema escolhido pelo grupo para a pesquisa foi Gestão Democrática: Articulação da
Sociedade e Família com a Escola. Esta pesquisa justifica-se pela importância de se fazer um estudo
mais profundo sobre o tema, fazendo uma análise e observando como acontece essa articulação da
gestão com a família e a sociedade. No decorrer do trabalho apresentamos ideias de alguns autores
como MELO (2004), VIEIRA (2006), LIBÂNEO (2004), que embasaram nossa pesquisa, tais
autores nortearam nosso trabalho, através de suas ideias e reflexões.

Conforme entende Gadotti (1995) a escola tem como função transformar a instituição
convencional em uma rede de relações humanas, contribuindo para a participação da comunidade

1 Acadêmicas do curso de pedagogia


2 Tutora externa do curso de pedagogia.
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (FLC16124PED) – Prática Interdisciplinar - 08/03/23
2

em geral, envolvendo não apenas os pais dos alunos, mas como também professores, funcionários e
os educandos na construção de um projeto onde haja o respeito e acolhimento.

Como seres humanos, a necessidade de comunicação é essencial para o crescimento e


desenvolvimento. É preciso que ocorra a interação entre as pessoas, boas habilidades interpessoais
tornam as interações com os outros agradáveis para todos os envolvidos. Essas habilidades
permitem construir relacionamentos mais duradouros na vida pessoal e acadêmica. Para Esteves
(2021) na escola, as habilidades interpessoais ajudam os agentes educacionais a tirar dúvidas,
desenvolver relações amigáveis com os colegas, desenvolver o trabalho em equipe e a atitude
colaborativa e melhorar a presença de espírito.

Percebe-se a necessidade das escolas em trabalhar coletivamente, porém, por mais que
existam propostas para democratizar as escolas, ainda existe certa resistência para por a ideia em
prática. De acordo com LUCK (2010, p.62):

A participação democrática promove a superação de simples necessidade de associação


humana, que pode ser orientada por um sentido individualista e oportunista, mediante
distorção ou incompletude da formação humana para uma necessidade de interação do ser
humano na sociedade, de se sentir parte e por ela responsável de harmonizar e coordenar
esforços do grupo, com a finalidade de realizar um trabalho mais eficiente, contribuindo
para o bem de todos.

Para que aconteça uma gestão democrática, é preciso que sejam adotadas medidas para
garantir a participação ativa dos membros da instituição. No entanto, o modelo de gestão
tradicional, ainda está presente em grande parte dos ambientes escolares, tornando o gestor o chefe
de todas as decisões e a sociedade e família, participantes ausentes.

2. ARTICULAÇÃO DA FAMÍLIA E SOCIEDADE COM A ESCOLA

Na sociedade brasileira a gestão escolar sofreu muitas mudanças, em alguns momentos da


história a gestão era autoritária, não havia uma participação integral da comunidade. Com o tempo
sociedade sofreu inúmeras mudanças, e muita coisa refletiu na gestão escolar e no ambiente
educacional em geral. A gestão escolar resgata pressupostos históricos e os trata no contexto atual
da escola, que consideramos ser uma perspectiva democrática e participativa. Compreender como a
gestão funciona efetivamente no espaço educacional é fundamental para entender a organização em
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determinadas instituições. MELO (2004, p. 244) em suas palavras podemos entender um pouco
mais:

No processo histórico de organização e reorganização da sociedade brasileira, as relações


de poder dão o tom de avanço ou retrocesso da democratização da gestão educacional. O
contexto escolar é definido por sua gestão, a partir da mudança da sociedade. Dependendo
de como fatos e contextos históricos se concretizam-se nos espaços sociais, eles
determinam o encaminhamento dos processos educacionais.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 0394/96, Art. 12, incisos I a VII, ressalta:

Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema


de ensino, terão a incumbência de:
I- Elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II- Administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiro;
III- Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;
IV- Velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V-Prover meias para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
VI- Articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da
sociedade com a escola;
VII- Informar pai e mãe conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os
responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre e
execução da proposta pedagógica;
Todos os incisos deste artigo são importantes, mas o VI chama especialmente a atenção pelo
fato de querer trazer a família e a comunidade para perto da escola, e participar. No inciso VI da
LDB fala sobre articulação da família e a comunidade com a escola, não tem nada mais rico do que
isso que está proposto na LDB, ver a sociedade e a família contribuir com seus saberes e tornar o
ambiente escolar ainda mais valiosos e proveitoso para todos. Uma boa estratégia para aproximar
um pouco mais a família e a sociedade para perto da escola, é desenvolver atividades
extracurriculares como aulas de dança, música, teatro, culinária e hortas comunitárias.
De acordo com Souza e Ishida(2014) a gestão democrática propõe uma educação com
relevante valor social, pois será a partir de uma ação coletiva que as mudanças poderão acontecer.
É importante a participação das famílias e comunidade na escola, Lück ressalta que:

É o ato de gerir a dinâmica cultural da escola, com as Diretrizes e políticas educacionais


públicas para a implementação de seus projetos pedagógicos e compromisso com os
principais da democracia e com os métodos que organizem e criem condições para o
ambiente educacional autônomo. (LÜCK, 2009, p. 24)

FIGURA 1- PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE


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FONTE: Disponível em: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/125/participacao-ja-a-escola-aberta-ao-dialogo


Acesso em: 14 mar. 2023.

Sabemos que a parceria da comunidade com a escola é bem desafiadora, mas é necessário.
Democracia na escola é uma dinâmica que inclui a participação dos pais, alunos, professores,
gestores, funcionários, todos tem algo para contribuir com o cotidiano escolar e melhorar as
experiências das crianças e funcionários. É um desafio que vale a pena tentar.
Para Libâneo (2004) a participação da comunidade serve para assegurar uma gestão
democrática de qualidade, abrindo espaço para a participação de funcionários, pais, alunos para
tomada de decisões e organização escolar.
Portanto segundo Souza e Ishida (2014), para uma educação democrática, emancipadora,
cidadã, é necessário que as comunidades escolar e local participem efetivamente nos conselhos,
com autonomia para exercer seu poder cidadão na gestão das instituições públicas de educação.
Como seres humanos, a necessidade de comunicação é essencial para o crescimento e
desenvolvimento. É preciso que ocorra a interação entre as pessoas, boas habilidades interpessoais
tornam as interações com os outros agradáveis para todos os envolvidos. Essas habilidades
permitem construir relacionamentos mais duradouros na vida pessoal e acadêmica. Para Esteves
(2021) na escola, as habilidades interpessoais ajudam os agentes educacionais a tirar dúvidas,
desenvolver relações amigáveis com os colegas, desenvolver o trabalho em equipe e a atitude
colaborativa e melhorar a presença de espírito.
Portanto, neste estudo todos esses aspectos foram analisados, reconhecendo a importância
das relações interpessoais no ambiente escolar e como ela interfere na dinâmica de trabalho da
gestão, bem como no processo de ensino e aprendizagem dos educandos. Os gestores precisam
5

entender os sentimentos dos outros ao seu redor, ter empatia com as pessoas, compreender a
situação dos outros ajuda-os a construir relações mais fortes.

2.1 O ENVOLVIMENTO DA GESTÃO COM A COMUNIDADE

Em um ambiente escolar é fundamental que a escola se envolva com a comunidade, mas


com isso uma lacuna com a seguinte questão, o que seria uma escola modelo? Como esta atenderia
melhor as necessidades da comunidade? Ao refletir sobre esta questão, foi possível entender que a
melhor forma de atender a comunidade é por meio da gestão democrática.
Menezes e Santos (2002) trazem uma definição da gestão escolar democrática com um
objetivo de promover, organizar e verificar quais são as condições financeira e humanas para
melhor atender os alunos e assim promover uma aprendizagem efetiva e de qualidade.
É muito importante a articulação da escola com a sociedade, a soma dessas duas partes pode
refletir nos poderes públicos, pois uma comunidade que se interessa em participar da gestão da
escola do seu bairro, com certeza irá render bons frutos.

FIGURA – 2 GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA

FONTE: Disponível: http://raizesescola.com.br/proposta-pedagogica/ Acesso em 15 mar. 2023.


Para que a gestão democrática ocorra de forma articuladora com a comunidade, é necessário
que o gestor tenha uma visão diferente da tradicional, onde somente o gestor poderia fazer alguma
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coisa pela escola. De acordo com Oliveira (2012) “Espera-se que a escola se torne um espaço de
relações mais horizontais e integradas, que promovam a aprendizagem de todos, por meio de um
trabalho pedagógico significativo e uma dinâmica escola inclusiva [...]”. Assim, pode-se
compreender que os gestores escolares estão em contato com alunos, funcionários, professores, pais
e membros da comunidade, e ter a capacidade de se comunicar e compartilhar informações
adequadamente é a chave para o sucesso. Comunicar os objetivos da escola e construir uma visão
compartilhada pode ajudar a tornar a escola forte e confiável.

Nos dias hoje podemos ver o perfil do gestor da atualidade ter necessidade de repensar
alguns fundamentos na educação, e como iniciar conceitos sobre educação, quebrando
novos paradigmas como relação à interdisciplinaridade, pedagogias de projetos, temas
geradores de pesquisa em sala de aula, uma construção do conhecimento e habilidade.
(CAROLINO; BARROS; VECCHIO, p. 138, 2022)

Para Carolino, Barros e Vecchio (2022) a escola sozinha não basta, não vai atuar sozinha,
mas um trabalho em conjunto com a comunidade pode articular orientações doas poderes públicos e
melhorar o pensar pedagógico e a prática do dia a dia.

Ainda segundo Carolino, Barros e Vecchio (2022) a Gestão Democrática é um princípio


Constitucional amparado pela Lei Diretrizes e Bases da Educação, diferenciando-se de uma visão
de educação emancipadora, e com a visão da sociedade participativa é possível construir uma escola
democrática, que se preocupa em fazer uma escola melhor.
Nessa perspectiva, segundo Kafer (2018) quanto maior a parceria entre escola e família,
mais positivo serão os resultados na formação dos alunos, uma vez que estes órgãos são base de
sustentação e apoio na formação deles.
Ainda de acordo com Kafer (2018):
A gestão democrática implica em participação, em que objetivos e ações são traçados com o
envolvimento da comunidade escolar, isto inclui a família que deve ser ativa nas decisões.
Ao participar das discussões e decisões ela estará se comprometendo com a educação que
está sendo ofertada. A democratização dá voz a todos os envolvidos no processo educativo e
isso exige projetos construídos coletivamente e a participação em todas as ações escolares.

A família precisa estar presente nas decisões e no planejamento da escola, pensando no seu
papel potencial no desenvolvimento da escola, da mesma forma que a escola deve se manter aberta
ao acesso dessas famílias, a fim de garantir uma gestão democrática efetiva.
Parte-se, então, da concepção de que sobressai a ideia de que o coletivo é quem decide o
melhor para a escola, para que a gestão democrática aconteça é necessário, se atentar para alguns
princípios que a norteiam, como a descentralização do poder, a participação e a transparência.
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Segundo Pinheiro (2014) a descentralização requer que todos os envolvidos no cotidiano escolar
participem da gestão, tanto os agentes escolares como pessoas que participam de projetos e ações na
escola, bem como a comunidade em geral.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

O presente trabalho terá a abordagem qualitativa. Este tipo de pesquisa constitui-se em


pesquisas bibliográficas, e a técnica utilizada foi a pesquisa em livros, portais de periódicos e sites
contendo assuntos sobre “Gestão democrática: a articulação da família e sociedade com a escola.”
Dessa forma procura-se apresentar adiante sugestões, figuras e ideias sobre a intervenção,
competências e habilidades da gestão pedagógica democrática.

FIGURA 03 - COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PARA GESTÃO DEMOCRÁTICA

Fonte: Disponível em: http://contadoresdaarte.blogspot.com/2014/03/projeto-pedagogico-2014-


plante-e-e-b.html. Acesso em: 21 mar. 2023

Como podemos ver na imagem acima, a escola, pais, educadores, alunos e gestão, são
engrenagens ou quebra-cabeças que atuantes e articulados entre si, formam a gestão democrática
enfatizada nesse trabalho.
Pontua-se que nessa premissa há muito mais que ganhar, há um somar inevitável e coletivo do
todo escolar.
FIGURA 04 - COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PARA GESTÃO DEMOCRÁTICA
8

Fonte: Disponível em: http://contadoresdaarte.blogspot.com/2014/03/projeto-pedagogico-2014-plante-e-e-b.html.


Acesso em: 21 mar. 2023.
Conforme observamos na figura, há competência e habilidades que devem ser observadas no
exercício de uma gestão democrática. Aspectos que necessitam do desenvolvimento das relações
intrapessoais e interpessoais, tomada de decisões, criatividade, colaboração, cidadania, formação de
opiniões, resoluções de problemas, pensamento crítico e no trabalho em equipe. (ADRIANO:
UNIASSELVI, 2017).
A gestão democrática tem um importante passo a dar para a realização e conscientização
norteadora da participação coletiva em muitas tomadas de decisões, além, evidentemente do uso da
informação clara e concisa sem ser autocrática.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Conforme fundamentação teórica e metodologia exposta no presente trabalho, a obtenção


do material metodológico qualitativo foi adquirido e consolidado através de pesquisas e leituras de
artigos, livros, e-pubs e revistas, disponíveis em diversos sites, embasados e preconizados por
autores renomados e qualificados, dos quais possibilitou-se observar e evidenciar a importância e
contribuição da gestão democrática na escola, a qual atua aproximando alunos, professores,
colaboradores, educadores, sociedade e família, propiciando assim ganhos em vários aspectos a
toda comunidade escolar, como também exemplificam-se as competências e habilidades para a
gestão democrática nas figuras 1, 2, 3 e 4 disponibilizadas no presente estudo bibliográfico.
Discorreu-se que a gestão de fato democrática é um desafio que deve ser assumido por
todos, atuando inclusive humanizadamente, e é o gestor quem deve ter uma visão diferente da
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tradicional, desmitificando e ampliando o acesso a comunidade de pais, alunos, direção e


professores, ainda se destaca que tal gestão é garantida e amparada por lei federal, a qual facilita o
processo e desenvolvimento das atividades da unidade escolar dentro do processo do ensinar e
aprender.
Sabe-se que contudo, é utopia, e que para isso é de total importância a participação da
família juntamente com a organização pedagógica escolar, muitas vezes como todo ambiente que já
conhece-se por todo caminhar, tem-se pessoas com diferentes pensamentos, por vezes
tradicionalmente hesitantes à cultura da democracia entre todos participantes escolares, não
obstante, ao se trabalhar com base no diálogo e interação com as diferenças e, questionando-se
pedagogicamente da humanização ao conhecimento dos benefícios desta atuação e ao processo que
todos assuntos serão dialogados e decididos em conjunto; como resposta, teremos pessoas atuantes,
respeitadas e respeitadoras, e por fim um ambiente valioso de conhecimentos e participações.
Corroborando ao que foi encontrado na pesquisa, e mencionado pelo autor Pimenta (2005,
p. 26 apud Trilha Uniasselvi) que: “o saber docente não é formado apenas da prática, sendo também
nutrido pelas teorias da educação”, os estudos mostram que a articulação da família e sociedade ao
mundo escolar sob a gestão democrática obterá ganhos em vários aspectos, citam-se alguns detalhes
entre tantos que poderiam ser elencados: ganhos nas habilidades relativas a interação,
desenvolvimento de habilidades dos alunos e da gestão, equipes dispostas e conciliadoras ao
comportamento social e humanizado de todos participantes, aos alunos a melhor evolução humana e
psíquica no que tange ao seu desenvolvimento socia
Em virtude do que foi mencionado, se faz necessário sempre inovar métodos, técnicas,
elencar adaptações curriculares e projetos pedagógicos conforme a necessidade de cada escola, estar
amparada, inclusive, legalmente em cada esfera das leis dos regimentos escolares para obter-se uma
gestão democrática e com equidade, cada qual com limites, direitos e normas. Caminhar juntos no
começo pode sofrer interposições, mas no decorrer do ano letivo se mostrará o mais eficiente
método de alinhamento de condutas assertivas na escola, isto posto, notemos que a proposta da
equipe pesquisadora foi revisar bibliograficamente os estudos sobre a gestão democrática e os
autores consultados contribuíram e somaram ao desenvolvimento dos conhecimentos e ideias
expostas.

5. CONCLUSÃO

De acordo com a pesquisa bibliográfica realizada foi possível evidenciar a importância da


articulação entre a sociedade, a família e a escola, visando uma gestão democrática escolar para
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efetivação dos direitos dos estudantes. Essa gestão deve ser baseada em princípios de participação
de para tomada de decisões, portanto quando maior for a participação das famílias e da sociedade
maiores serão o desenvolvimento e o processo educacional.
Fica claro que a família deve estar presente no dia a dia escolar, mas nem sempre é fácil
manter essa proximidade, a escola passa por muitos desafios durante esse processo. É preciso
reforçar que a educação das crianças não é papel unicamente da escola, é um trabalho que deve ser
realizado em conjunto. E para que isso aconteça, a escola deve promover espaços para discussão
dos interesses de ambas as partes, e isso é primordial na gestão democrática escolar. Muitas vezes a
própria gestão escolar provoca entraves que prejudicam o processo da gestão democrática,
entretanto o papel da gestão deveria ser o de articulador e mediador de ações coletivas na escola.
Conforme entende Caetano (2005) uma das maneiras mais fortes pelas quais os gestores
podem se conectar com a equipe é fazendo com que eles se sintam valorizados e respeitados.
Quando os agentes escolares sentem que seus gestores se preocupam com eles, querem o melhor
para eles e confiam em suas habilidades, isso pode ser poderoso o suficiente para promover uma
atmosfera de relacionamentos construtivos na escola.
Compreende-se, assim, que uma jornada educacional eficaz normalmente envolve mais do
que apenas um único tipo de relacionamento. Por exemplo, existem relacionamentos professor-
aluno e aluno-aluno na sala de aula, mas também existem relacionamentos aluno-diretor e
professor-diretor. É importante considerar todos os tipos de relacionamentos que podem impactar o
sucesso acadêmico geral e o desenvolvimento social dos alunos. É fácil direcionar toda atenção para
as relações professor-aluno porque os professores geralmente têm o impacto direto mais visível nos
resultados de aprendizagem dos alunos. No entanto, garantir relacionamentos positivos entre alunos
e outros tipos de relacionamento na educação é igualmente importante
Desta forma, destacamos que é necessário que cada vez mais a gestão democrática consiga
promover o envolvimento de toda equipe escolar, comunidade e família na construção de propostas
de projetos e ações a serem desenvolvidas na escola para promover um efetivo processo de ensino-
aprendizagem de seus educandos. A comunidade escolar precisa entender o seu papel na promoção
de uma educação de qualidade, pois a gestão democrática abre a escola para que ela exerça esse
papel.

REFERÊNCIAS

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11

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