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RESUMO
1. INTRODUÇÃO
O tema escolhido pelo grupo para a pesquisa foi Gestão Democrática: Articulação da
Sociedade e Família com a Escola. Esta pesquisa justifica-se pela importância de se fazer um estudo
mais profundo sobre o tema, fazendo uma análise e observando como acontece essa articulação da
gestão com a família e a sociedade. No decorrer do trabalho apresentamos ideias de alguns autores
como MELO (2004), VIEIRA (2006), LIBÂNEO (2004), que embasaram nossa pesquisa, tais
autores nortearam nosso trabalho, através de suas ideias e reflexões.
Conforme entende Gadotti (1995) a escola tem como função transformar a instituição
convencional em uma rede de relações humanas, contribuindo para a participação da comunidade
em geral, envolvendo não apenas os pais dos alunos, mas como também professores, funcionários e
os educandos na construção de um projeto onde haja o respeito e acolhimento.
Percebe-se a necessidade das escolas em trabalhar coletivamente, porém, por mais que
existam propostas para democratizar as escolas, ainda existe certa resistência para por a ideia em
prática. De acordo com LUCK (2010, p.62):
Para que aconteça uma gestão democrática, é preciso que sejam adotadas medidas para
garantir a participação ativa dos membros da instituição. No entanto, o modelo de gestão
tradicional, ainda está presente em grande parte dos ambientes escolares, tornando o gestor o chefe
de todas as decisões e a sociedade e família, participantes ausentes.
determinadas instituições. MELO (2004, p. 244) em suas palavras podemos entender um pouco
mais:
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 0394/96, Art. 12, incisos I a VII, ressalta:
Sabemos que a parceria da comunidade com a escola é bem desafiadora, mas é necessário.
Democracia na escola é uma dinâmica que inclui a participação dos pais, alunos, professores,
gestores, funcionários, todos tem algo para contribuir com o cotidiano escolar e melhorar as
experiências das crianças e funcionários. É um desafio que vale a pena tentar.
Para Libâneo (2004) a participação da comunidade serve para assegurar uma gestão
democrática de qualidade, abrindo espaço para a participação de funcionários, pais, alunos para
tomada de decisões e organização escolar.
Portanto segundo Souza e Ishida (2014), para uma educação democrática, emancipadora,
cidadã, é necessário que as comunidades escolar e local participem efetivamente nos conselhos,
com autonomia para exercer seu poder cidadão na gestão das instituições públicas de educação.
Como seres humanos, a necessidade de comunicação é essencial para o crescimento e
desenvolvimento. É preciso que ocorra a interação entre as pessoas, boas habilidades interpessoais
tornam as interações com os outros agradáveis para todos os envolvidos. Essas habilidades
permitem construir relacionamentos mais duradouros na vida pessoal e acadêmica. Para Esteves
(2021) na escola, as habilidades interpessoais ajudam os agentes educacionais a tirar dúvidas,
desenvolver relações amigáveis com os colegas, desenvolver o trabalho em equipe e a atitude
colaborativa e melhorar a presença de espírito.
Portanto, neste estudo todos esses aspectos foram analisados, reconhecendo a importância
das relações interpessoais no ambiente escolar e como ela interfere na dinâmica de trabalho da
gestão, bem como no processo de ensino e aprendizagem dos educandos. Os gestores precisam
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entender os sentimentos dos outros ao seu redor, ter empatia com as pessoas, compreender a
situação dos outros ajuda-os a construir relações mais fortes.
coisa pela escola. De acordo com Oliveira (2012) “Espera-se que a escola se torne um espaço de
relações mais horizontais e integradas, que promovam a aprendizagem de todos, por meio de um
trabalho pedagógico significativo e uma dinâmica escola inclusiva [...]”. Assim, pode-se
compreender que os gestores escolares estão em contato com alunos, funcionários, professores, pais
e membros da comunidade, e ter a capacidade de se comunicar e compartilhar informações
adequadamente é a chave para o sucesso. Comunicar os objetivos da escola e construir uma visão
compartilhada pode ajudar a tornar a escola forte e confiável.
Nos dias hoje podemos ver o perfil do gestor da atualidade ter necessidade de repensar
alguns fundamentos na educação, e como iniciar conceitos sobre educação, quebrando
novos paradigmas como relação à interdisciplinaridade, pedagogias de projetos, temas
geradores de pesquisa em sala de aula, uma construção do conhecimento e habilidade.
(CAROLINO; BARROS; VECCHIO, p. 138, 2022)
Para Carolino, Barros e Vecchio (2022) a escola sozinha não basta, não vai atuar sozinha,
mas um trabalho em conjunto com a comunidade pode articular orientações doas poderes públicos e
melhorar o pensar pedagógico e a prática do dia a dia.
A família precisa estar presente nas decisões e no planejamento da escola, pensando no seu
papel potencial no desenvolvimento da escola, da mesma forma que a escola deve se manter aberta
ao acesso dessas famílias, a fim de garantir uma gestão democrática efetiva.
Parte-se, então, da concepção de que sobressai a ideia de que o coletivo é quem decide o
melhor para a escola, para que a gestão democrática aconteça é necessário, se atentar para alguns
princípios que a norteiam, como a descentralização do poder, a participação e a transparência.
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Segundo Pinheiro (2014) a descentralização requer que todos os envolvidos no cotidiano escolar
participem da gestão, tanto os agentes escolares como pessoas que participam de projetos e ações na
escola, bem como a comunidade em geral.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Como podemos ver na imagem acima, a escola, pais, educadores, alunos e gestão, são
engrenagens ou quebra-cabeças que atuantes e articulados entre si, formam a gestão democrática
enfatizada nesse trabalho.
Pontua-se que nessa premissa há muito mais que ganhar, há um somar inevitável e coletivo do
todo escolar.
FIGURA 04 - COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PARA GESTÃO DEMOCRÁTICA
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5. CONCLUSÃO
efetivação dos direitos dos estudantes. Essa gestão deve ser baseada em princípios de participação
de para tomada de decisões, portanto quando maior for a participação das famílias e da sociedade
maiores serão o desenvolvimento e o processo educacional.
Fica claro que a família deve estar presente no dia a dia escolar, mas nem sempre é fácil
manter essa proximidade, a escola passa por muitos desafios durante esse processo. É preciso
reforçar que a educação das crianças não é papel unicamente da escola, é um trabalho que deve ser
realizado em conjunto. E para que isso aconteça, a escola deve promover espaços para discussão
dos interesses de ambas as partes, e isso é primordial na gestão democrática escolar. Muitas vezes a
própria gestão escolar provoca entraves que prejudicam o processo da gestão democrática,
entretanto o papel da gestão deveria ser o de articulador e mediador de ações coletivas na escola.
Conforme entende Caetano (2005) uma das maneiras mais fortes pelas quais os gestores
podem se conectar com a equipe é fazendo com que eles se sintam valorizados e respeitados.
Quando os agentes escolares sentem que seus gestores se preocupam com eles, querem o melhor
para eles e confiam em suas habilidades, isso pode ser poderoso o suficiente para promover uma
atmosfera de relacionamentos construtivos na escola.
Compreende-se, assim, que uma jornada educacional eficaz normalmente envolve mais do
que apenas um único tipo de relacionamento. Por exemplo, existem relacionamentos professor-
aluno e aluno-aluno na sala de aula, mas também existem relacionamentos aluno-diretor e
professor-diretor. É importante considerar todos os tipos de relacionamentos que podem impactar o
sucesso acadêmico geral e o desenvolvimento social dos alunos. É fácil direcionar toda atenção para
as relações professor-aluno porque os professores geralmente têm o impacto direto mais visível nos
resultados de aprendizagem dos alunos. No entanto, garantir relacionamentos positivos entre alunos
e outros tipos de relacionamento na educação é igualmente importante
Desta forma, destacamos que é necessário que cada vez mais a gestão democrática consiga
promover o envolvimento de toda equipe escolar, comunidade e família na construção de propostas
de projetos e ações a serem desenvolvidas na escola para promover um efetivo processo de ensino-
aprendizagem de seus educandos. A comunidade escolar precisa entender o seu papel na promoção
de uma educação de qualidade, pois a gestão democrática abre a escola para que ela exerça esse
papel.
REFERÊNCIAS
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BENTO, Rita de Cassia. O papel do diretor escolar dentro de uma gestão que se quer
democrática para a promoção de uma escola de qualidade social. Londrina. Cadernos PDE.
Vol. 01. Secretaria de Educação. 2016.
CAROLINO, Maria Valnice; BARROS, Monike Couras Del Vecchio; VECCHIO, Rosângela
Couras Del. Os impactos da gestão e a participação com família e a escola. Fortaleza: Revista
Educação e Ensino, 2022. Disponível em: http://periodicos.uniateneu.edu.br/index.php/revista-
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LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão escola: teoria e prática. 5 ed. Goiânia: Editora
Alternativa, 2004.
LÜCK, Heloisa. Dimensão da gestão escolar e suas competências. São Paulo: Fundações
Limam/editora Positivo, 2009.
LÜCK, Heloisa. Dimensão da Gestão escolar e suas competências. São Paulo: Fundações
Limam/Editora Positivo, 200.
LUCK, Heloísa. A gestão participativa na escola. 6. Ed. Petrópolis: Vozes, 2010. (Séries
Cadernos de Gestão).
MORAIS, C. Gestão democrática: conheça quais são os benefícios dessa prática. 2021. Disponível
em: https://www.sponte.com.br/gestao-democratica-conheca-quais-sao-os-beneficios-dessa-pratica/
Acesso em: 26 de abr. de 2023.
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