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COMO SE CONSTRÓI UMA ESCOLA DEMOCRÁTICA COM A CONTRIBUIÇÃO

DE UMA EQUIPE PARTICIPATIVA E INTEGRADA?

Rio de Janeiro
2022

INTRODUÇÃO

Compreende-se que a educação é indispensável para que se gere um homem


socialmente constituído para viver bem em sociedade. E a democracia seria a
mediadora dessa construção social. É papel da escola formar um ser crítico e que
tenha a compreensão da importância de exercer democraticamente seus direitos e
deveres.
Hora, (1994, p. 120) afirma ainda que:

A gestão democrática na educação inclui necessariamente, a participação


da comunidade no processo educacional, sem o que seria muito mais um
arranjo interno dos componentes da escola que atenderiam a interesses que
certamente não estariam consentâneos com as expectativas comunitárias.

A educação tem como objetivo criar estratégias que concretizem a formação


do cidadão e da prática da cidadania. Quando ela não atinge este objetivo,
necessita-se monitorar, refletir e repensar suas atitudes e práticas. Assim, a escola
como instituição necessita compreender que o seu papel é formar sujeitos que
possam estar na sociedade de forma que a modifique positivamente. Devendo assim
manter uma relação recíproca para que haja andamento da educação.

Monitoramento e avaliação são processos organizados e sistemáticos de


coleta, análise e interpretação regular e contínua de dados e informações
sobre todos os aspectos relevantes das ações educacionais planejadas,
realizados de modo a estabelecer relação entre práticas e resultados, com o
objetivo de subsidiar os profissionais e responsáveis pela sua realização,
com informações necessárias para a melhoria e maior efetividade das
mesmas. (LÜCK, 2013b, p. 66).

A gestão democrática surge com a compreensão da comunidade escolar com


a importância da mesma para as tomadas de decisões relacionadas ao andamento
da instituição escolar, e a do gestor submeter-se a partilhar o poder em todas as
suas dimensões, tendo a sua descentralização para envolver toda a comunidade.

Para uma gestão participativa e democrática, necessita de um líder


democrático e participativo para conduzir as diversas situações tanto negativas
quanto positivas, para encontrar caminhos e manter a boa convivência e o
desenvolvimento contínuo das propostas educacionais pedagógicas da escola. É
necessário que a escola realize nos discentes valores democráticos que não se
aprende apenas intelectualmente, mas é formado pela ética, direito ao falar, por
debates, participação nas decisões escolares e pela formação moral.
Gestão Democrática na escola pública é um processo por meio do quais
decisões são tomadas, encaminhamentos são realizados, ações são
executadas, acompanhadas, fiscalizadas e avaliadas coletivamente, isto é,
com a efetiva participação de todos os segmentos da comunidade escolar
(SEDUC, 2012, p. 7).

Percebe-se que a sociedade brasileira vive um tempo de grandes


transformações de forma gradativa, compreende-se que há necessidade de
mudanças na maneira de conduzir e organizar os setores que constituem a
instituição escolar. Para que isso ocorra às relações de poder na organização
escolar devem-se referir a uma construção qualitativa coletiva, relacionada à cultura
da comunidade escolar. Como nos diz Lück (2013a, p. 9):

Por sua própria função, a escola constituiu-se em uma organização


sistêmica aberta, isto é, em um conjunto de elementos (pessoas com
diferentes papéis, estrutura de relacionamentos, ambiente físico, etc.), que
interagem e se influenciam mutuamente, conjunto esse relacionado, na
forma de troca de influências, ao meio em que se insere.

O modelo hierárquico deve-se abri espaços a um perfil de liderança que não


se centra apenas no diretor, mas num conjunto de indivíduos que se vincula com o
modelo democrático de gestão e vai, pouco a pouco, ganhando mais apoiadores,
formando Uma comunidade, que compartilha dos novos valores coletivamente
almejados.

Finalmente, entendemos que a democracia e a participação da comunidade


escolar como valor vêm sendo desenvolvida nas instituições escolares como reflexo
das políticas educacionais atuais, apesar da demanda formal de regras a serem
cumpridas e também a partir delas, considerando o conjunto das manifestações
culturais que se fazem presentes e que permeiam as relações de poder específicos.

REFERÊNCIAS

WELLEN, Henrique e WELLEN, Hérica. Gestão Organizacional e escolar: uma


análise crítica Ed. Intersaberes, 2012;
LUCK, Heloísa. Ação integrada: administração, supervisão e orientação
educacional. 29. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013a.

SEDUC. Conselho Escolar. 3 ed. Teresina, 2012.

HORA, Dinair Leal da. Gestão democrática na escola: Artes e ofícios da


participação coletiva. 17º ed. Campinas, SP: Papirus, 1994.

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