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1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 GESTÃO DEMOCRÁTICA – PARTICIPATIVA

A gestão democrática consiste em um princípio preconizado na Lei de


Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) n°; 9.394/96 e na Constituição
Federal de 1988. O que torna correto afirmar que para a escola alcançar os
objetivos dados pela atual LDB, é necessário a presença de vários profissionais
para garantir uma educação digna e de qualidade, como também a
participação das famílias e da comunidade.
A gestão democrática na escola tem o objetivo de envolver toda a
comunidade escolar através da participação efetiva na construção do Projeto
Político Pedagógico e em todas as decisões que imergirem desta gestão. A
gestão democrática da escola só tem êxito se a comunidade participar de
forma efetiva e ativamente direta, ou através dos órgãos colegiados da escola
como o Conselho Escolar, o Grêmio Estudantil e APMF – associação de pais,
mestres e funcionários.
Segundo Luckesi (2007, p.15), “Uma escola é o que são os seus
gestores, os seus educadores, os pais dos estudantes, os estudantes e a
comunidade. A cara da escola decorre da ação conjunta de todos esses
elementos”. Isto é, a escola é administrada em função de sua comunidade e
com sua comunidade com participação efetiva de todos. Assim, ela é o espelho
de seus gestores.
A gestão democrática e participativa no âmbito escolar prioriza o
desenvolvimento de todos os envolvidos no processo pedagógico. Tomando
como base esta perspectiva Lück (2009), afirma que a gestão democrática
deve proporcionar a participação de todos os segmentos da unidade de ensino,
o planejamento e a execução do plano de desenvolvimento da escola, sob
forma articulada, com a finalidade de realizar uma proposta educacional de
acordo com as necessidades sociais existentes na qual a instituição escolar
encontra-se inserida.
Nesse sentido, Lück (2002, p. 66), diz que:
A participação significa, portanto, a intervenção dos profissionais da
educação e dos usuários (alunos e pais) na gestão da escola. Há dois
sentidos de participação articulados entre si: a) a de caráter mais
interno, como meio de conquista da autonomia da escola, dos
professores, dos alunos, constituindo prática formativa, isto é,
elemento pedagógico, curricular, organizacional; b) a de caráter mais
externo, em que os profissionais da escola, alunos e pais
compartilham, institucionalmente, certos processos de tomada de
decisão.

De acordo com Gadotti (1997, p. 16), a participação influi na


democratização da gestão e na melhoria da qualidade do ensino: o autor, sobre
o assunto diz ainda que:
“Todos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o
funcionamento da escola, conhecer com mais profundidade os que nela
estudam e trabalham, intensificar seu envolvimento com ela e, assim,
acompanhar melhor a educação ali oferecida”.
Essa gestão é formada por: Constituição do Conselho escolar - Com
suporte na LDB, lei no 9394/96 no Artigo 14, que trata dos princípios da Gestão
Democrática no inciso II – “participação das comunidades escolar e local em
conselhos escolares ou equivalentes”, a fim de que assumam o papel de
corresponsáveis na construção de um projeto pedagógico que vise ensino de
qualidade para a atual clientela da escola pública.
Nesse sentido, entre as modalidades mais conhecidas de participação,
estão os conselhos de classe, bastante difundidos no Brasil, e os conselhos de
escola, colegiados ou comissões que surgiram no início da década de 1980.

1 .2 O TRABALHO DO COORDENADOR

O Coordenador será o mediador entre os docentes e profissionais da


educação no âmbito escolar e os alunos, sua posição lhe proporcionara uma
relação de resultados e reflexões aonde os questionamentos serão presentes
no seu cotidiano.
Visando, a inovação da pratica pedagógica da escola para elevar a
qualidade do ensino. FALCÃO FILHO (1994 p46) ressalta:

Do aluno requer um conjunto de ações que apenas um


docente não pode a formação realizar; portanto o processo de
ensino aprendizagem não se alimenta exclusivamente da
contribuição individualizada de cada conteúdo ou professor
isoladamente; pelo contrário, além dessas contribuições
individuais, há aquelas provenientes do trabalho conjunto de
todos os docentes e destes com os demais profissionais da
educação lotados na escola.

O trabalho do coordenador irá muito além do âmbito escolar e da


comunidade, mas, será consigo mesmo. Por se tratar de um compromisso
político, esse profissional não será competente em só um ambiente e sim ira de
qualquer forma direta ou indiretamente refletir na ação do educador em sala de
aula e irá gerar mudanças.
A tarefa do coordenador precisa de uma atenção maior para ser
realizada, porque não é fácil, exige participação conjunta de todos, em
reuniões, conselhos de classe, sem dificuldades em convocar todos que
precisam estar presentes.
Segundo Gandin (1983, p. 89), esta ação não é fácil, por que:
 Exige compromisso pessoal de todos;
 Exige abertura de espaços para a participação;
 Há necessidade de crer, de ter fé nas pessoas e nas suas capacidades;
 Requer globalidade, (não é participação em alguns momentos isolados,
mas é constante);
 Distribuição de autoridade;
 Igualdade de oportunidades em tomada de decisões;
 Democratização do saber.

Concluímos que a escola está em constante transformação, isso é,


gerado por muitas das vezes dos conflitos sociais. A luta em alcançar os
objetivos de satisfazer o conhecimento, qualificação profissional e de melhoria
de suas condições de vida e conquistas dos direitos dos trabalhadores. E a
escola pública e o espaço de educação popular. Contudo, caracteriza Brandão
(1999, em seu artigo p.15):

A educação existe no imaginário das pessoas e na ideologia


dos grupos sociais e, ali, sempre se espera, de dentro, ou
sempre se diz para fora, que a sua missão é transformar
sujeitos e mundos em alguma coisa melhor, de acordo com as
imagens que se tem de uns e outros.
1.3 O PAPEL DO SUPERVISOR ESCOLAR

O supervisor interage no âmbito escolar proporcionando um ambiente no


qual o seu posicionamento deve ser de agir, envolver, movimentar fazer essa
interligação com a comunidade e os alunos de forma que sejam todos
inseridos.
Para Medina (1997), o trabalho do supervisor, centrado na ação do
professor não pode ser confundido como assessoria ou consultoria, por ser um
trabalho que requer envolvimento e comprometimento.
Considera-se o papel fundamental do supervisor: ser o grande
harmonizador do ambiente da escola.
Para Alves (1994), o supervisor deve ser o profissional encarregado do controle
de qualquer ação, o supervisor escolar deve ser o encarregado de promover a
interação entre teoria e prática, entre pensamento e ação.
O supervisor tem como pratica a função de ficar sempre atento a tudo o
que ocorre na escola, tanto no âmbito escolar quanto no administrativo. A
função do supervisor antes técnica e burocrática, hoje é pautada na
sustentabilidade de contribuir com o trabalho docente na forma de orientação
coordenação sendo assim um colaborador no processo de ensino –
aprendizagem.
Na ótica de Rangel (apud Lagar et al., 2013, p. 45), O supervisor não é
um técnico encarregado da eficiência do trabalho e, muito menos, um
controlador de produção; sua função e seu papel assumem uma posição social
e politicamente maior, de líder, de coordenador, que estimula o grupo à
compreensão – contextualizada e crítica – de suas ações e, também, de seus
direitos.

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA

A palavra metodologia, é uma palavra derivada de “método”, do latim


“méthodus”, cujo o significado é “caminho ou via para realização de algo”.
Método e o processo para se atingir um determinado fim ou para chegar a um
conhecimento. A metodologia é o campo em que se estuda os melhores
métodos, em uma determinada área para o conhecimento.
A Metodologia é o tópico do projeto de pesquisa que abrange maior
número de itens, pois responde às seguintes questões: Como? Com quê?
Onde? Quanto? (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 221).
Além de estudar os métodos, a metodologia também conduz a pesquisa,
ou um conjunto de regras para a ciência e a arte. A metodologia é uma
explicação detalhada de todo o caminho percorrido na pesquisa, apontando o
tipo de pesquisa, o tempo estipulado , os instrumentos utilizados e a equipe de
pesquisadores.
A metodologia de pesquisa é variável conforme sua natureza, podendo
ser quantitativa, qualitativa, basica ou aplicada.
Esse estudo se deu pela pesquisa qualitativa com estudo de caso, que
segundo Ludke e André (1986), visa à descoberta, enfatiza a interpretação em
contexto, busca retratar a realidade, usa uma variedade de fontes, procura
representar diferentes pontos de vista presentes em uma situação social e seu
relato utiliza uma linguagem mais acessível, aonde o objeto de estudo tem que
ser situado no tempo e no espaço, não é genérica, seus resultados são
provisórios e há interação entre sujeito e objeto.
Conforme aponta Demo (1995), a pesquisa qualitativa é a atividade
científica pela qual descobrimos a realidade.
Para Minayo (1993), é o fenômeno de aproximação sucessivas da
realidade fazendo uma combinação particular entre teoria e dados,
fundamentada pela abordagem qualitativa, esta entrevista é uma coleta de
informações sobre determinado tema científico.
Conforme Minayo (1993, p 107), é uma conversa a dois, feita por
iniciativa do entrevistador, destinada a fornecer informações pertinentes a um
objeto de pesquisa.
Uma entrevista semiestruturada combina perguntas fechadas e abertas,
aonde os entrevistados tiveram a possibilidade de ter acesso as perguntas
realizadas pelo entrevistador.
Autores como Triviños (1987) e Manzini (1990/1991) têm tentado definir
e caracterizar o que vem a ser uma entrevista semiestruturada.
Para Triviños (1987, p.146), a entrevista semiestruturada tem como
característica questionamentos básicos que são apoiados em teorias e
hipóteses que se relacionam ao tema da pesquisa. Os questionamentos dariam
frutos a novas hipóteses surgidas a partir das respostas dos informantes. O
foco principal seria colocado pelo investigador-entrevistador. Complementa o
autor, afirmando que a entrevista semiestruturada “[...] favorece não só a
descrição dos fenômenos sociais, mas também sua explicação e a
compreensão de sua totalidade [...]” além de manter a presença consciente
e atuante do pesquisador no processo de coleta de informações,
(TRIVIÑOS, 1987, p. 152).
Para Manzini (1990/1991, p. 154), a entrevista semiestruturada está
focalizada em um assunto sobre o qual confeccionamos um roteiro com
perguntas principais, complementadas por outras questões inerentes às
circunstâncias momentâneas à entrevista. Para o autor, esse tipo de entrevista
pode fazer emergir informações de forma mais livre e as respostas
não estão condicionadas a uma padronização de alternativas.

3 IDENTIFICAÇÃO DO ESPAÇO INVESTIGADO

Este trabalho é uma pequena amostra dos ganhos de conhecimento e


experiências adquiridas durante o estágio de Gestão Escolar.
A importância desse trabalho para nós futuras pedagogas é imensa, já
que é através dele que adentramos na escola, e vivenciamos todo o trabalho lá
realizado por cada funcionário, que desempenha seu papel, juntamente com a
família e a comunidade, participando das decisões da escola, para que essa
consiga cumprir sua missão, oferecendo uma educação de qualidade.
Esse trabalho foi realizado na Escola Estadual Blanche dos Santos
Pereira, por um período de cinquenta horas, onde observamos o trabalho
intensivo da diretora e de seu diretor adjunto, observamos a rotina também dos
professores durante o intervalo e seus planejamentos, vimos a realidade dos
alunos quanto a merenda, conversamos com a diretora sobre esse e outros
assuntos preocupantes da educação, vivenciamos aulas na sala de recursos
com alunos da inclusão, fomos na sala de informática e vimos como são
usados os recursos tecnológicos pelos professores e alunos, e participamos da
rotina das coordenadoras, o trabalho burocrático, o auxílio aos professores, e o
trabalho com os alunos junto aos pais.
Esse trabalho trás os documentos da instituição citada a cima, uma
entrevista com as coordenadoras da mesma, e uma análise teórica.

3.1 HISTÓRICO ESCOLAR

No ano de 1990 foi criada a Escola Estadual Blanche dos Santos


Pereira, com 12 salas de aula sediada em Campo Grande estado de Mato
Grosso do Sul está localizada à Rua Tabira, nº 911 – Bairro Tijuca I, e mantida
pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.
O nome foi uma homenagem a Dona Blanche, mãe e educadora
dedicada, escolhido pelo Drº Valter Pereira na época era Secretário de
educação do Estado. A primeira diretora foi a Profª Sonia Rosa.
Possui as Seguintes características legais:
 Decreto de criação – Nº 5696 de 1º de novembro,
 Autorização de funcionamento-Deliberação de lº Grau 1ª a 8ª séries,
Ensino de 2º Grau – 1º ao 3º Ano Lei 7044/82 – Ensino Médio,
 Reconhecimento-Ensino de 1º Grau 1ª a 8ª séries, Ensino de
2º Grau 1º ao 3º Ano Curso Lei 7044/82,
 Educação de Jovens Adultos EJA aprovado pela Resolução-SED nº
2317/2009
 Sala de Recurso- Autorizada através da Portaria 003/93 de 08/02/93.
Atualmente oferecemos o Ensino Fundamental do 7º ao 9º ano e Ensino
Médio do 1º ao 3º Ano. Contamos com uma direção colegiada (APM e
Colegiado
Escolar), tendo representantes de todos os segmentos.
A Escola Blanche dos Santos Pereira consciente de seu papel na
formação dos estudantes, trabalha de forma que o processo de aprendizagem
seja interativo e constante, onde todos tenham a possibilidade de expressar
suas opiniões, levantar suas hipóteses e chegar a conclusões que os ajudem
a se perceber inseridos em um processo dinâmico-social.
BLANCHE DOS SANTOS PEREIRA / Paris 07/04/1874 – 09/09/1958
Blanche Henriette Poliane, nasceu em Paris, no dia 07 de abril de
1874. Seus pais eram franceses, sua mãe se chamava Aline Poliane e seu Pai
Alexandre Poliane.

3.2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico é o documento elaborado para formalizar


a organização curricular da escola, um planejamento geral de todas as ações
inseridas no contexto educacional. Construído e executado nos princípios do
trabalho participativo, expressa a forma como são dinamizados os trabalhos
pedagógico e de gestão desenvolvidos pela unidade escolar.
A CI nº 53/2015, instrui sobre a elaboração e/ou atualização do PPP que
deverá contar com a participação da direção, direção adjunta, coordenadores
pedagógicos, professores e demais membros da comunidade escolar.
Em parceria com a direção e direção adjunta, a coordenação
pedagógica irá atualizar o PPP, inserindo no Portal de Sistema obedecendo o
período especificado pela SED para tal procedimento.
A Comissão Permanente é formada pelo Diretor, Presidente do
Colegiado Escolar, Supervisor de Gestão Escolar e Coordenador Pedagógico e
acompanham todo o processo de implementação e operacionalização do PPP.
A direção, o Presidente do Colegiado Escolar, Supervisor de Gestão
Escolar ficam responsáveis pela finalização e aprovação do documento.

3.3.1 Comissões de elaboração do Projeto Político Pedagógico

A comunidade escolar da Escola Blanche dos Santos Pereira,


reestruturou seu Projeto Político Pedagógico neste ano letivo, todas em
conformidade ao disposto no art. 12 da Lei nº 9.394/96, de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional. Neste ano fizemos algumas modificações e
adequações baseada em nosso cotidiano escolar. Participaram deste processo
a direção, direção adjunta, coordenação pedagógica, representante dos
professores, funcionários administrativos, alunos e pais.
Portanto, busca-se sempre reavaliar realidade da escola e sua prática
pedagógica, com a perspectiva de aprimorar o processo de ensino e
aprendizagem. Trabalha-se com o objetivo de salientar os valores sociais da
responsabilidade e do comprometimento humano.

3.3.2 Equipe responsável pela aprovação do Projeto Político Pedagógico da


escola.

A aprovação do Projeto Político Pedagógico, conforme CI nº 77/2012, é


de responsabilidade da direção, coordenação pedagógica, supervisor de
gestão escolar e presidente do colegiado Escolar; assim como acompanhar
todo o processo de implementação e operacionalização do PPP na unidade
escolar. Direção, direção adjunta, coordenação pedagógica, supervisor de
gestão escolar e presidente do colegiado escolar.

3.4 GESTÃO ESCOLAR

A construção de um país melhor passa, inevitavelmente, pela garantia


do ensino de qualidade para todos. Todavia, muitas exigências são
apresentadas à escola, que recebe a responsabilidade de formar cidadão
crítico, reflexivo e participativo, visando o seu pleno desenvolvimento. Diante
deste complexo cenário, muitos são os desafios que temos que superar para
conseguir melhorar a aprendizagem dos nossos alunos.
É indispensável que a gestão escolar tenha a capacidade de organizar,
orientar e liderar as ações e processos promovidos na escola voltados para a
promoção da aprendizagem e formação dos alunos. Portanto, visando oferecer
um ensino de qualidade e preparar o educando para o exercício da cidadania,
essa direção tem presença constante, pois reconhece o grande desafio que é
tornar a escola mais eficaz através do cumprimento da sua função primordial
que é ensinar, esse é o nosso compromisso que é compartilhado com uma
equipe unida e responsável.
A direção da EE Blanche dos Santos Pereira foi eleita pela comunidade
e segue o modelo de gestão democrática, tem um colegiado escolar constituído
e atuante que apoia a direção auxiliando na fiscalização dos recursos
financeiros que são destinados à escola. Da mesma forma conta com o
empenho da APM que auxilia a gestão escolar nas questões financeiras,
contribuindo para a solução de problemas inerentes à rotina escolar.

Estamos conscientes de nossa importância social, pois contribuímos para a


promoção do desenvolvimento do cidadão. A escola é muito bem vista pela
comunidade, com uma demanda de alunos considerável. Estamos
comprometidos com a qualidade do ensino- aprendizagem e o bem estar dos
educandos, zelando por um ambiente organizado, acolhedor e interativo.

3.5 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO

A organização do tempo e do espaço é um elemento importante para a


construção da prática pedagógica. Assim como na vida, na escola, bem como
qualquer outra instituição social, ocorrem diversas práticas de organização do
tempo e do espaço como forma de ordenamento das relações estabelecidas
entre diferentes atores e suas práticas.
Impõem regras, valores e condutas que são interiorizadas pelos sujeitos
envolvidos no processo educacional. Nesta perspectiva, a cultura escolar com
seus rituais e normas regulam o tempo estabelecendo, por exemplo, o tempo
de aprender e as formas de viver e conviver nesse espaço educativo.
A organização do tempo e do espaço escolar ocorre através dos dias
letivos previstos em calendário escolar aprovado pela Secretária de Estado de
Educação totalizando 200 dias letivos, pela grade curricular e o referencial
curricular da rede estadual de ensino.
A jornada pedagógica é de 20 horas semanais, totalizando 5 tempos de
aula diária, a duração das aulas é de 50 minutos e do Recreio 10minutos. Após
o sino, que indica o término da aula, ocorre a troca de professores por sala de
aula. A escola dispõe de 15 salas de aulas onde se encontram carteiras,
cadeiras, quadro branco e canetão, além de instalações elétricas necessárias
para a utilização dos equipamentos tecnológicos disponíveis. A escola possui
amplo pátio interno e externo adequados para a circulação da comunidade
escolar.
A organização do espaço da sala de aula reflete a concepção
metodológica do professor. Carteiras, móveis e materiais de uso frequentes,
paredes utilizadas para exposição de trabalhos individuais ou coletivos,
favorecendo o trabalho em grupo, o diálogo a cooperação e o aprendizado da
preservação do bem coletivo e a aprendizagem colaborativa.
O espaço de aprendizagem vai além da sala de aula, propondo
atividades e programações que devem contar com passeios, excursões, teatro,
cinema, visitas às fábricas, museus e outros, enfim contando com as
possibilidades existentes na comunidade.
Dispomos além de pátio interno e externo, quadra de esporte, biblioteca
e sala de informática.
Para o professor planejar suas aulas, deve preocupar-se com os
recursos didáticos disponíveis na escola, com a adequação do espaço em
relação à aprendizagem do conteúdo a ser ministrado. Para tal, contamos com
vários recursos tecnológicos disponíveis na escola.

NÍVEIS DE ENSINO 2015

Ensino fundamental

Série N. de turma Horário


7º ano 03 Vespertino
8º ano 05 Vespertino
9º ano 07 Vespertino

Ensino médio

Série N. de turma Horário


1ª ano 06 Matutino
1ª ano 02 Noturno
2ª ano 06 Matutino
2ª ano 02 Noturno
3ª ano 03 Matutino
3ª ano 02 Noturno
A escola possui 1217 alunos matriculados distribuídos nos três turnos de
funcionamento. Atualmente oferecemos ensino fundamental do 7º ao 9º ano no
turno vespertino e Ensino Médio do 1º ao 3º Ano nos turnos matutino e noturno.
O critério de constituição de turmas segue a demanda interna e a
solicitada pela central de vagas (pré-matrícula), procurando atender ao público
da melhor maneira possível.

3.6 RELAÇÕES ENTRE A ESCOLA E A COMUNIDADE

A relação entre a direção e a comunidade escolar, baseia-se em uma


gestão democrática. Possibilita a participação de cada membro da equipe
escolar: coordenação pedagógica, equipe administrativa, professores, pais e
alunos no desempenho de sua responsabilidade individual, com o objetivo de
que se cumpra com o seu papel e atenda as expectativas e necessidades das
suas funções, favorecendo o bom andamento da rotina escolar. Também, leva-
se em conta as questões humanas e pessoais, desde que justificadas ou
amparadas pela legislação vigente.
A relação entre a coordenação pedagógica e a comunidade escolar
basea - se na responsabilidade de organizar o trabalho pedagógico
priorizando o processo de ensino- aprendizagem, construção de conhecimento
além de estimular a interação entre todos os segmentos escolares.
Os representantes do corpo docente, funcionários administrativos, pais e
alunos estão presentes no colegiado escolar e na APM - Associação de Pais e
Mestres visando planejar, executar, acompanhar, tomar decisões e avaliar as
ações e os serviços prestados pela unidade escolar. Temos um colegiado
atuante e preocupado, parceiros sempre que se faz necessário. A APM é
presente e atuante, pois sempre desenvolve atividades com o objetivo de
atender as necessidades da escola.
A escola tem uma liderança forte na comunidade e sabe a importância
da participação de todos para apoiar na complexa tarefa educativa.
A escola é uma instituição que está diretamente ligada à família.
Portanto, os pais devem estar envolvidos no processo aprendizagem. A
interação família/escola está longe de ser alcançada, vários mecanismos foram
criados em busca dessa aproximação, mas os resultados ainda não são
satisfatórios, temos consciência que devemos estreitar o relacionamento escola
e comunidade, pois este fator estaria nos ajudando na aprendizagem dos
nossos alunos e consequentemente na diminuição da repetência e evasão.
Alguns momentos são destinados à participação da família na escola tais
como:
Reunião no início do ano letivo onde são apresentados à comunidade o
Regimento Interno e o Projeto Político Pedagógico, convocação dos pais
bimestralmente ou conforme a necessidade e na apresentação de projetos
como, por exemplo, o Projeto Louvando e Educando.
As parcerias com entidades, órgãos públicos e empresas são
satisfatórias. Possuímos parcerias com as universidades particulares e públicas
onde os alunos podem ter um pequeno contato com o universo acadêmico.

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE COM O COORDENADOR PEDAGÓGICO

1) Como é realizado as orientações ao corpo docente quanto ao:


a) Planejamento de ensino:
“O professor independente de sua área, relaciona o seu conteúdo com a
prática, para que aquele que leia, saiba e entenda do que se trata, e deixe claro
se vai usar mídia em sala, para deixar o material organizado”.
O relato do entrevistado demostra a importância de um planejamento, e
a importância de um trabalho em equipe com a coordenação, segundo Gandin,
“a primeira coisa que nos vem à mente quando perguntamos sobre a finalidade
do planejamento é a eficiência”, que segundo ele é “a execução perfeita de
uma tarefa que se realiza” (2005, p. 17).
b) Acompanhamento do desempenho do educando:
“Diário de bordo de cada sala, onde todos os professores anotem o que houve
em sala de aula. Quando um aluno tiver três registros, os pais, serão avisados.
Quando tiverem notas baixas, os pais serão chamados. O caderno de registro
de faltas também é acompanhado. O professor coloca no canto do quadro o
nome dos faltantes, e a coordenação passa, copia os nomes e liga para os
pais, se os pais não dão resposta é encaminhado ao conselho tutelar”.
Segundo o relato da entrevistada, isso faz com que se crie um vínculo de
confiança entre aluno, professor, coordenador e pais, o que faz com que o
aluno saiba de suas responsabilidades, ajudando-o a se desenvolver com
estudante. Conforme o PCN, é necessária à disponibilidade para o
envolvimento do aluno na aprendizagem, o empenho em estabelecer relações
entre o que já sabe e o que está aprendendo. Essa aprendizagem exige uma
ousadia para se colocar problemas, buscar soluções, e experimentar novos
caminhos, de maneira diferente da aprendizagem mecânica, no qual o aluno
limita seu esforço apenas em memorizar ou estabelecer relações diretas e
superficiais. (PCN, 1997, p.99).
c) Organização e participação no Conselho de classe:
“O professor tem que estar com as notas fechadas, e conhecer bem seus
alunos, é um conselho dinâmico, fala - se quem está abaixo da média, o
porquê, e o que fazer para ajudar o aluno a melhor sua nota”.
Isso confirma o que diz Cruz (2005, p.15), Como processo auxiliar de
aprendizagem o Conselho deve refletir a ação pedagógico-educativa e não
apenas ater-se a notas, conceitos ou problemas de determinados alunos. O
Conselho verifica se os objetivos, processos, conteúdos e relações estão
coerentes com o referencial de trabalho pedagógico da escola.
2) Em relação às inovações pedagógicas há promoção de conteúdo
aperfeiçoamento e atualização da equipe docente?
“Formação continuada é geral, sobre o aluno e as normas de avaliação,
mais específico não. Houve um encontro em 2008 por área, no Hercúles
Maimone, mas foi um encontro, não um curso. Nossa formação é independente
e não pela Secretária da Educação”.
Embora o governo tenha projetos de formação continuada, para essa
escola de ensino médio, não ocorre essa formação, e sim cada professor
busca essa qualificação por si só.
A formação continuada de professores justifica-se para que se criem condições
geradoras de competências e inovações para intervenções propositivas nas
situações que vão ocorrendo. É uma concepção de formação que faz das
práticas profissionais dos professores contextos de “requalificação do coletivo
de trabalho”. (NÓVOA, 1992: 32). É o conhecimento construído naquilo que
Schon, (1987 apud ALARCÃO 2008) designa por reflexão na ação e reflexão
sobre a ação e sobre a reflexão na ação. Os professores devem ser agentes
ativos de seu próprio conhecimento e o contexto de trabalho deve propiciar
espaços de requalificação da competência profissional.
3) Quais são os seus maiores desafios enquanto coordenador
pedagógico?
“Cada dia é um desafio, desde fazer as coisas funcionarem, como a máquina
de xérox, tanto a fazer o aluno aprender e a querer ficar na escola, através das
aulas dadas com desempenho. Precisamos ajudar o corpo docente, para que
eles consigam com precisão ter atendida suas necessidades diárias para dar
as aulas”.
O trabalho das coordenadoras é bem intenso, envolve uma série de questões,
pode-se dizer que quase tudo depende delas para a escola funcionar, o
trabalho com os professores realmente funciona, e é organizado de uma
maneira bem minuciosa, para ter o resultado esperado.
Segundo (CABRAL, 2001), é um desafio desenvolver a prática do refletir e os
estudos reflexivos tornam a prática e constrói conhecimentos, devemos
procurar levar em consideração as necessidades cotidianas de cada professor
participante, proporcionando momentos de estudos compartilhados e trocas de
experiências.
4) Como é realizado:
a) Proposta de aconselhamento pedagógico de professores, alunos,
responsáveis e demais funcionários da instituição:
“O acompanhamento com os professores é no PL deles, se está
preparado ou se precisa de material, se vai utilizar os recursos tecnológicos.
Dos alunos é um registro que é colocado em um caderno, e verificado a
questão de ligar para os pais, ou não. Alunas com roupas inadequadas, alunos
sem material de aula específico como os livros, sem uniforme, atrasados. É
feita uma conversa antes de tomar uma outra atitude.
É cobrado que participem da acolhida, o hino nacional é cantado uma
vez por semana, é feita uma oração, e algumas instruções são dadas pela
diretora ou pelo diretor adjunto.
Problemas de saúde são acompanhados, em alguns casos ligamos para os
pais do nosso próprio celular, para que o aluno seja levado para casa”.
Segundo o relato das entrevistadas, vimos que muitas são as atividades
cabíveis às coordenadoras.
Cabe ao pedagogo dar suporte ao trabalho docente, utilizando-se do
conhecimento, próprio da sua função, dos componentes técnico práticos,
psicológicos, sociopolíticos, decorrentes das ciências auxiliares da educação,
no ato educativo (Libâneo,1990), levando o aluno a apropriar-se da matéria
(conteúdo), objeto do processo de ensino e aprendizagem.
b) Atuação junto aos professores na coleta de informação sobre os
alunos e acompanhamento dos mesmos:
“No intervalo, no diário de bordo, em conjunto com os professores, junto as
inspetoras e a coordenação”.
Essa forma de organizar um diário de bordo realmente funciona, com a
colaboração de cada professor que realmente faz seu diário de bordo.
Como ação consciente, a intervenção pedagógica somente é possível
quando orientada pela compreensão do que separa o almejado e o aprendido
pelo aluno. Essa distância entre o ideal e o real constitui “uma medida que
orientará as ações futuras do educador no encaminhamento do processo
pedagógico pela reorganização das atividades de ensino, pretendendo
assegurar que todos aprendam o máximo da melhor maneira possível” (Gorini,
2004, p. 92).
c) A orientação profissional do educando e promoção da integração
escola – comunidade.
“Buscam informações sobre as instituições, TER, MIRIM, SESC, SENAC,
SELETA e outras. Fazem uma reunião com os pais para saber o interesse
deles sobre o assunto, se forem de acordo o aluno é encaminhado”.
MARTINS (1992, p. 30) afirma que o Orientador Educacional é a pessoa
responsável pelo serviço de orientação, cabendo a ele planejar, organizar e
implementar a Orientação Educacional na escola. Segundo o autor, o
Orientador Educacional deve conscientizar todos os agentes educativos da
escola, tanto da educação infantil e ensino fundamental, como também do
ensino médio, de que estes, enquanto membros ativos dentro da escola, são
peças fundamentais para o bom desenvolvimento da Orientação Educacional.

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