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A IMPORTÂNCIA DO AFETO NA EDUCAÇÃO

Autor(a)1: Berenice dos Santos Silva Jerônimo


Instituição: Faculdade Maurício de Nassau(Uninassau)
e-mail: bssj1971@gmail.com

Orientador(a)2:
Instituição: Faculdade Maurício de Nassau
e-mail:

Resumo

A palavra resumo deve ser em fonte Times New Roman, tamanho 12 e o texto, em parágrafo único,
tamanho 11. Todo o Resumo deve estar em fonte Times New Roman, espaçamento simples (1,0) e
alinhamento justificado (conforme o próprio modelo aqui presente). No Resumo não podem faltar o
Objetivo principal da sua pesquisa, a(s) Teoria(s) que você utilizou para fundamentar seu estudo, ou
seja, sua base teórica, Autores(as) relevantes, Procedimentos Metodológicos, Principais Resultados e
Conclusões. O texto do Resumo deve conter entre 100 e 250 palavras, escrito na voz neutra (ele/ela).
Abaixo, nas Palavras-chave, utilize três ou quatro, separadas por ponto, presentes no corpo do
Resumo. Não se deve dar recuo no parágrafo do Resumo.

Palavras-chave: Palavra-chave 1. Palavra-chave 2. Palavra-chave 3. Palavra-chave 4. Palavra-chave


5.

THE IMPORTANCE OF AFFECTION IN EDUCATION

Abstract

Seguem a mesma formatação do Resumo.


Keywords: Keyword 1. Keyword 2. Keyword 3. Keyword 4. Keyword 5.

1 Autor(a): Concluinte do Curso de Pedagogia da Faculdade Maurício de Nassau(Uninassau)


2 Orientador(a): inserir aqui um pequeno resumo do currículo do orientador.
1 INTRODUÇÃO

O propósito deste trabalho acadêmico constitui em apresentar as contribuições das


relações afetivas para o processo de aprendizagem e promover uma reflexão sobre a
importância destes vínculos entre professores e alunos no Ensino Fundamental 1. O intuito é
colaborar para o melhoramento do processo de ensino-aprendizagem nas instituições
educacionais e com os educandos que apresentam maiores dificuldades com relação ao
aprendizado.
Fora observado durante o estágio supervisionado, que muitas crianças chegavam
desestimuladas à escola, demonstrando pouco ou nenhum interesse durante as aulas.
Colocando em prática uma intervenção mais humanista e uma aproximação maior com os
educandos, soube-se que muitos deles tinham problemas em seu meio familiar e que não
conseguiam dissociar estas ocorrências na sala de aula.
Ao serem aplicadas práticas pedagógicas com maior afetividade e acolhimento,
observou-se que os discentes que antes eram desprovidos de interesse, passaram a responder
positivamente, levando ao entendimento que ao se utilizar práticas pedagógicas mais
humanizadas, o rendimento escolar desses educandos poderá melhorar de maneira
considerável.
Rossini (2004, p. 16) argumenta que “a falta de afetividade leva a rejeição aos livros,
à carência de motivação para aprendizagem, a ausência de vontade de crescer. [...] aprender
deve estar ligado ao ato afetivo, deve ser gostoso, prazeroso”. Levando a compreensão de que
a afetividade desempenha um papel fundamental na motivação e no sucesso dos alunos na
aquisição do conhecimento. Quando os educadores cultivam um ambiente de aprendizagem
que incorpora afeto, os estudantes estão mais inclinados a se sentirem motivados, envolvidos
e entusiasmados para crescer intelectualmente. Isso realça a importância de abordar a
educação de maneira holística, considerando não apenas o aspecto cognitivo, mas também o
emocional.
O problema da pesquisa se refere ao seguinte questionamento: Por que o papel da
afetividade e do acolhimento são tão importantes para o desenvolvimento da aprendizagem
em alunos com dificuldades emocionais e cognitivas? Em observação durante o estágio
supervisionado, foi percebido que certas crianças chegavam desmotivadas e sem interesse nas
aulas, com as atividades nos livros atrasadas e que algumas até dormiam nas suas carteiras.
Ao investigar as causas desses comportamentos, soube-se que todas que estavam nesta
situação, tinham problemas familiares diversos, que passavam pelo abandono parental e até
mesmo eram vítimas de alguma violência familiar. Estes eventos acabavam refletindo
diretamente na motivação e na baixa aprendizagem desses educandos. Ao serem aplicadas
práticas pedagógicas com maior afetividade e acolhimento, observou-se que os discentes que
antes careciam de interesse, passaram a responder positivamente, melhorando o desempenho
escolar.
A Hipótese de Pesquisa deste estudo é comprovar como a afetividade poderá exercer
um impacto favorável e significativo no desenvolvimento da aprendizagem em alunos com
dificuldades emocionais e cognitivas. Acredita-se que um ambiente escolar que promova a
construção de relações afetivas positivas entre alunos e professores, acompanhado de apoio
emocional e psicológico adequado, pode levar a melhorias no desempenho acadêmico, na
motivação e no bem-estar emocional desses discentes.
O Objetivo Geral deste trabalho acadêmico, é comprovar como a incorporação da
afetividade e do acolhimento nas salas de aulas podem promover o desenvolvimento da
aprendizagem em alunos que enfrentam desafios não apenas cognitivos, mas também sócio
emocionais, visando, assim, contribuir para uma educação mais inclusiva e eficaz, nas turmas
do ensino fundamental 1.
Os Objetivos Específicos deste objeto estudo, buscam evidenciar como a relação
afetiva e acolhedora pode influenciar positivamente no desempenho dos educandos no
processo de ensino-aprendizagem, de acordo com diversas perspectivas acadêmicas. Além
disso, este trabalho acadêmico tem como propósito examinar como a mudança na postura
docente poderá desempenhar um papel fundamental na melhoria do rendimento dos alunos na
sala de aula, enriquecendo suas práticas pedagógicas, tornando-as mais eficazes e inclusivas.
Objetiva também investigar a relação entre o ambiente de sala de aula acolhedor
e a motivação dos alunos para a aprendizagem. Um ambiente escolar acolhedor envolve
criar um espaço onde os alunos se sintam seguros, apoiados e valorizados. Isso pode ser
alcançado por meio de relacionamentos positivos entre professor e aluno, interações
respeitosas, regras claras e expectativas justas. Quando os alunos estão motivados, eles
tendem a se engajar mais nas atividades de aprendizagem, mostram maior persistência diante
de desafios e têm maior probabilidade de alcançar o sucesso acadêmico.
A promoção da afetividade e do acolhimento no contexto escolar é essencial para criar
um ambiente de aprendizado favorável e inclusivo, especialmente para alunos do ensino
fundamental 1, que estão em uma fase crucial de seu desenvolvimento cognitivo, emocional e
social.
Para atingir este propósito, torna-se imprescindível reconhecer a necessidade de
mudança na postura docente e aplicar estratégias pedagógicas e práticas inclusivas que sejam
eficazes e apropriadas para esse grupo de estudantes. Além disso, é crucial fomentar a
conscientização sobre os benefícios que a formação contínua de educadores e outros membros
da comunidade escolar pode trazer para o êxito deste projeto.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Na contemporaneidade, é perceptível que grande parte das escolas e seus docentes


ainda rechaçam e aniquilam a questão emocional de seus alunos e dão importância apenas ao
lado cognitivo de seus educandos, desconsiderando um leque de sentimentos que esses
discentes trazem consigo para dentro das unidades escolares. Segundo Piaget, não há como
dissociar o cognitivo do emocional, pois ambos caminham juntos no processo de ensino-
aprendizagem.
Piaget (2004, p. 34) “nunca há ação puramente intelectual, assim como também não
há atos que sejam puramente afetivos”, o que nos leva ao entendimento de que o ser humano
produz ao ser incentivado e motivado e que a afetividade é o combustível que encoraja as suas
ações. Esta colocação foi legitimada por Mahoney em (2004, p. 18):
“O afetivo é, portanto, indispensável para energizar e dar direção ao ato motor e ao
cognitivo. Assim como o ato motor é indispensável para a expressão do afetivo, o cognitivo é
indispensável na avaliação das situações que estimularão emoções e sentimentos”. O que nos
remete a compreensão de que os sentimentos e emoções contribuem fundamentalmente nas
motivações, pensamentos e ações que movem os seres humanos, incluindo-se também a
questão relativa à aprendizagem desses sujeitos.
Para Arantes (2002, p. 162), “o papel da afetividade para Piaget é funcional na
inteligência. Ela é fonte de energia de que a cognição se utiliza para seu funcionamento”,
neste sentido, cognição e afetividade são distintas mas estão ligadas e são inseparáveis. Isso
sugere que as emoções não são apenas experiências emocionais isoladas, mas também
desempenham um papel ativo no processo de pensamento e na forma como as crianças
compreendem o mundo ao seu redor.
Diante de tais afirmativas, pode-se concluir que o professor tem papel de destaque
neste relacionamento, pois segundo (Chalita, 2001), essa relação afetiva professor-aluno
contribuirá para o progresso da autoestima e êxito na aprendizagem, tornando-o também um
molde a ser seguido “O professor é a referência, é o modelo, é o exemplo a ser seguido e,
exatamente por causa disso, o pouco que fizer afetuosamente, uma palavra, um gesto, será
muito para o aluno com problemas” Chalita (2004, p. 153).
Ainda, segundo (Arantes, 2002), o amadurecimento do lado afetivo acontece
simultaneamente ao cognitivo, portanto, para adquirir conhecimento em sala de aula, faz-se
necessário ter afetividade entre colegas, professores e com as disciplinas estudadas, mas isso
não implica que a ausência de afeto resultará na falta de aprendizagem.
O renomado psicólogo e educador francês Henri Wallon, oportuniza uma análise sobre
o tema educacional de grande relevância na prática pedagógica docente, evidenciando para a
comunidade escolar as demandas relacionadas às crianças nas áreas afetivas, motoras e não
apenas cognitivas, como acontece na maioria das escolas. Neste sentido, Galvão (1995, p. 97)
afirma que Wallon amplia “as vias para compreendermos o significado das condutas infantis e
das interações que estabelece com o meio”. Este entendimento é primordial para que os
professores percebam que cabe a eles tentar atender às necessidades dos discentes no contexto
afetivo e ser um mediador do processo de ensino-aprendizagem.
De acordo com Nunes e Silveira (2011, p. 126), na teoria de Wallon “professor e aluno
compõem uma unidade, inseridos em um contexto específico e, vivenciando situações
concretas do dia a dia”. Isto sugere que ambos desempenham papéis interligados em um
ambiente educacional específico, e suas interações são influenciadas pelas situações reais que
enfrentam no cotidiano escolar.
O Filósofo e Educador Paulo Freire mencionava a educação como uma ato de amor,
conforme diz em: “A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem. Não pode
temer o debate. A análise da realidade. Não pode fugir à discussão criadora, sob pena de ser
uma farsa” (FREIRE,2019, p. 127), portanto faz-se necessário dialogar com todos os atores
educacionais, tendo como um dos objetivos mais relevantes, uma mudança de postura docente
no que concerne à educação nos moldes tradicionais, adotando uma pedagogia acolhedora que
leve em consideração os educandos em sua totalidade, não apenas seu cognitivo.
Na concepção de Paulo Freire, o relacionamento professor-aluno deve estar alicerçado
na amorosidade, sendo conduzido pelo diálogo, pela empatia, impulsionando a troca de
saberes em reflexões e ações pautadas pelo respeito e pelas construções afetivas entre si.
Neste sentido, Paulo Freire certifica: “é na convivência amorosa com seus alunos e na postura
curiosa e aberta que assume e, ao mesmo tempo, provoca-os a se assumirem enquanto sujeitos
sócio histórico-culturais do ato de conhecer, é que ele pode falar do respeito à dignidade e
autonomia do educando.” (FREIRE, 1996, p. 11).
A essência da educação amorosa é crítica, estimulante e dialógica, permitindo ao outro
a oportunidade de se expressar e ser um sujeito ativo da sua formação histórica, essa
abordagem se baseia na ideia de que a educação deve ser mais do que uma simples
transmissão de conhecimento; ela deve ser um ato de amor e cuidado com os educandos.
“Sendo fundamento do diálogo, o amor é também diálogo”. Freire (2022, p. 110).
Não se pode falar sobre uma pedagogia amorosa e inclusiva sem antes compreender
que serão necessárias mudanças de postura docente e de gestão educacional sobre esta
temática. Vale salientar que o universo escolar representa uma extensão do ambiente
doméstico das crianças, desempenhando um papel crucial não apenas na transmissão de
conhecimento conceitual, mas também no desenvolvimento de suas personalidades. O
educador, como figura importante, exerce a maior influência nesse processo, necessitando de
competência no manejo do desenvolvimento emocional e comportamental dos alunos em
todas as suas interações e práticas pedagógicas. Sobre isto, Snyders discorre:

A educação afetiva deveria ser a primeira preocupação dos educadores,


porque é um elemento que condiciona o comportamento, o caráter e a
atividade cognitiva da criança. E o amor não é contrário ao conhecimento
podendo tornar-se lucidez, necessidade e alegria de aprender. Quando se
ama o mundo, esse amor ilumina e ajuda a revelá-lo e a descobri-lo
( SNYDERS ,1986).

Diante deste conceito, pode-se compreender a importância das relações afetivas no


processo de ensino-aprendizagem, desempenhando um papel importante na formação do
comportamento e do caráter das crianças. O amor é visto como um elemento fundamental que
pode enriquecer a jornada educacional, tornando-a mais significativa e gratificante tanto para
os educadores quanto para os alunos, mostrando-se indissociável do ato de aprender.
Em contrapartida, a relação entre professor e aluno pode produzir efeitos adversos
quando ocorrem conflitos nas salas de aulas, resultando em obstáculos tanto para o
aprendizado dos estudantes, também podendo influenciar de forma negativa na abordagem
pedagógica do educador no ambiente escolar. Por outro lado, a demonstração de afeto pelo
professor durante as aulas traz vantagens significativas para o processo de aprendizado do
aluno. Além disso, a confiança e a segurança são cultivadas no professor, desempenhando um
papel crucial na construção do desenvolvimento educacional dos discentes.
O aluno aprende bem o que cativa, numa atmosfera de aula que lhe pareça
segura, com um professor que sabe criar afinidades. Eis porque a escola ao
mesmo tempo, tem que conciliar o intelectual e o afetivo e constituir um lugar
privilegiado para operar essa possível conciliação. A alegria na escola só é
possível na medida em que o intelectual e o cognitivo conseguem não se opor.
(SNYDERS 1998,p.92)

Em vista disso, torna-se extremamente necessário e fundamental, uma mudança


prática nas relações afetivas e pedagógicas dentro das unidades escolares, passando por uma
reestruturação de conceito educacional na gestão escolar e das intervenções pedagógicas
praticadas pelos docentes, tornando-se conscientes sobre as vantagens que essa mudança
postural poderá trazer de positivo para ambos.
No propósito de buscar alternativas para essa nova mentalidade educacional, a
formação continuada surge com relevância e necessita ser vista como algo indispensável.
Deverá ser oferecida aos educadores como forma de ampliar seus conhecimentos, criar
mecanismos de reflexão e aumentar a sua qualificação, levando-os a ter mais instrumentos
para pôr em prática uma pedagogia mais humanizada. Sobre a questão da formação
continuada, FREIRE (1996) discorre:

Na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o


da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente sobre a prática de
hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática. O próprio
discurso teórico, necessário à reflexão crítica, tem de ser de tal modo concreto
que quase se confunde com a prática. O seu “distanciamento”
epistemológico da prática, enquanto objeto de sua análise, deve dela
“aproximá-lo” ao máximo (FREIRE, 1996, p.39).

Neste sentido, Freire argumenta que o discurso teórico, que faz parte da reflexão
crítica, deve ser concreto e relevante para a prática. Em outras palavras, a teoria não deve ser
algo distante ou abstrato, mas sim algo que os professores possam aplicar diretamente em suas
salas de aula, tornando esta abordagem norteadora para os docentes se tornarem mais eficazes
e adaptados às necessidades de seus alunos.
A escola, como uma extensão dos lares de seus discentes, necessita ser um ambiente
acolhedor e inclusivo para que ela possa desempenhar seu papel social de maneira mais justa
e igualitária. O acolhimento na educação refere-se à criação de um ambiente onde os alunos
se sintam bem-vindos, valorizados e respeitados. Essa abordagem humanizada à educação é
amplamente reconhecida como crucial para promover um ambiente de aprendizado eficaz.
Paulo Freire, um dos educadores mais influentes do século XX, defendeu uma pedagogia
centrada no aluno que abraça muitos princípios relacionados ao acolhimento.
Refletindo sobre o papel docente no que se refere à educação amorosa, Freire faz um
questionamento a respeito do tema: “Como ser educador, se não desenvolvo em mim a
indispensável amorosidade aos educandos com quem me comprometo e ao próprio processo
formador de que sou parte?” (FREIRE, 1996, p. 75).
A "indispensável amorosidade" mencionada na citação se refere ao afeto e ao cuidado
que um educador deve ter em relação aos seus alunos. Isso não significa apenas fornecer
conhecimentos, mas também preocupar-se com o bem-estar emocional e intelectual dos
educandos, ou seja, estar genuinamente comprometido com o sucesso e o desenvolvimento
deles.
Aprimorar a conexão entre uma sala de aula acolhedora e o estímulo à motivação dos
alunos para a aprendizagem requer a adoção de estratégias e abordagens educacionais que
cultivem um ambiente positivo e envolvente. A relação entre educador e educando
desempenha um papel central na criação de um ambiente agradável. Os educadores podem
construir relações de confiança, mostrando interesse pelos alunos, ouvindo suas preocupações
e oferecendo apoio quando necessário.
Sobre isto, Paulo Freire discorre: “Precisávamos de uma pedagogia de comunicação
com que vencêssemos o desamor acrítico do antidiálogo” (FREIRE, 2019, p. 142). diante de
uma sociedade ou contexto onde a comunicação está prejudicada pelo desamor e pela falta de
diálogo construtivo, é necessário adotar uma abordagem pedagógica que enfatize a
importância da comunicação como uma maneira de superar essa falta de empatia e promover
um ambiente mais positivo e colaborativo. É uma chamada para a educação ser uma
ferramenta para superar a falta de entendimento e promover relacionamentos mais saudáveis e
construtivos.
Além do acolhimento e da afetividade, outras demandas podem ser trabalhadas para
contribuir nesse processo de um ambiente saudável, como por exemplos: estabelecer
expectativas claras e desafiadoras, diversificar as estratégias de ensino-aprendizagem,
promover a autonomia dos educandos, valorizar as experiências dos alunos e promover o
engajamento ativo. Sobre a valorização das experiências prévias dos educandos, Freire
salienta que: Freire (1996, p. 79):
É importante que o professor esteja aberto ao diálogo e à escuta dos alunos,
buscando conhecer suas experiências, vivências e perspectivas. A partir
dessa escuta atenta, o professor poderá elaborar atividades que levem em
conta o contexto dos alunos, que os estimulem a questionar a realidade e a
buscar soluções para transformá-la.

Isto significa que o docente deve estar disposto a estabelecer um canal de comunicação
eficaz com os alunos, o que implica estar aberto a conversas, perguntas e discussões. Isso cria
um ambiente em que os educandos se sentem à vontade para compartilhar suas ideias e
preocupações. Com base no entendimento das experiências e perspectivas dos alunos, o
professor pode desenvolver atividades educacionais que estejam relacionadas ao contexto de
suas vivências, tornando o aprendizado mais relevante e significativo para eles.
Um tipo de atividade que costuma dar resultados positivos, é dar-lhes autonomia e
permitir que sejam construtores do próprio conhecimento. Promover o empoderamento dos
alunos na sala de aula é fundamental para criar um ambiente de aprendizado mais eficaz e
significativo. O fortalecimento dos alunos envolve capacitá-los a assumir maior controle
sobre seu próprio aprendizado e desenvolvimento.
É importante lembrar que o empoderamento dos alunos não significa abandonar o papel
do professor, mas sim transformar o papel do educador em um facilitador do aprendizado. Ao
adotar essas estratégias, os alunos se tornarão mais motivados, confiantes e responsáveis por
seu próprio desenvolvimento, o que levará a um ambiente de aprendizado mais eficaz e
enriquecedor. Sobre isto, FREIRE,(1996 Pg.47) pontua: “Ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”.
O que significa que a citação enfatiza a importância da participação ativa dos alunos no
processo educacional, onde eles não apenas absorvem passivamente informações, mas
também as contextualizam, questionam, aplicam e constroem seu próprio entendimento. Essa
abordagem busca empoderar os alunos, tornando-os agentes ativos de seu próprio aprendizado
e preparando-os para enfrentar desafios do mundo real de forma crítica e reflexiva.

3 METODOLOGIA

3.1 Classificação da pesquisa

A caracterização deste referido estudo se dará através da utilização de pesquisa


bibliográfica, que segundo Gil (2019) é elaborada com base em material já publicado,
utilizando o método de abordagem qualitativa. O intuito é pesquisar e compreender quais são
as mais relevantes contribuições encontradas na literatura científica, sobre a importância da
inclusão da afetividade e do acolhimento como contribuição para o melhoramento da
aprendizagem em salas de aulas, além de utilizar a pesquisa qualitativa, que se enquadra num
formato em que as definições levantadas devem ser consideradas sob uma ótica proveniente
da prática social.

3.2 Fontes de buscas da pesquisa

As ideias apresentadas neste estudo terão como suporte as obras de expressivos


autores, que mostraram a relevância do referido tema para a educação, dentre eles pode-se
citar: Livro 1: Pedagogia do Oprimido (Paulo Freire), Livro 2: Educação como prática de
Liberdade (Paulo Freire).
O universo investigado também se dará em estudos baseados nas teorias de Henri
Wallon e Jean Piaget encontradas em plataformas de pesquisas acadêmicas digitais, através de
artigos publicados entre os anos de 2015 e 2023. Dentre os sites em que se dará a referida
investigação, pode-se mencionar: Scielo, Google Scholar e BDTD.
Segue abaixo um quadro com os autores que foram encontrados em nossas buscas sobre a
temática desta pesquisa:

Quadro 1- Fontes de buscas da pesquisa

Nome dos autores Ano de publicação Link de acesso a obra


PEREIRA, ALEXANDRE 2017 https://repositorio.ufmg.br/
BRITO handle/1843/47101
SILVA, RICARDO 2017 https://repositorio.unesp.b
FRANCELINO DA r/handle/11449/150708
GONÇALVES, JOCIANE DE 2021 https://repositorio.ufms.br/
OLIVEIRA NUNES handle 123456789/3805
BERTOLINO, ELIETE 2021 https://bdm.unb.br/handle
RODRIGUES /10483/34382
RIBEIRO, ROSA DOS 2017 http:tede2.pucgoias.edu.br:8080/
SANTOS handle/tede/3940

FREIRE, PAULO 2022 Pedagogia do Oprimido


Fontes: Bases de dados scholar.google.com.br e /bdtd.ibict.br de 2015 a 2023.
3.3 Instrumentos de coleta de dados e procedimentos

Conforme apresentado no quadro anterior, foram realizadas buscas nos seguintes bancos de
dados: http://www.bdtd.ibict.br e https://scholar.google.com.br abrangendo os períodos de
2015 até 2023. Em ambas plataformas foram encontrados inúmeros textos, mas foram
selecionados cinco deles que serão explorados de forma enfática na seção a seguir.

REFERÊNCIAS

ARANTES, V. A Afetividade no cenário da educação Psicologia, educação e as temáticas


da vida contemporânea. São Paulo: Moderna, 2002.

BERTOLINO, ELIETE RODRIGUES. A importância da afetividade na educação dos


anos iniciais do ensino fundamental. 2021. 33 f. Trabalho de conclusão de curso
(Licenciatura em Pedagogia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021. Disponível em :
Biblioteca Digital da Produção Intelectual Discente: A importância da afetividade na
educação dos anos iniciais do ensino fundamental (unb.br) https://bdm.unb.br/handle
/10483/34382 Acesso em 12 de setembro de 2023,

CAMARGO, C. A. C. M.; FERREIRA CAMARGO, M. A.; OLIVEIRA SOUZA, V. de. A


importância da motivação no processo ensino-aprendizagem. Revista Thema, Pelotas, v.
16, n. 3, p. 598–606, 2019. DOI: 10.15536/thema.V16.2019.598-606.1284. Disponível em:
https://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/thema/artigos Acesso em 15 de setembro de 2023.

CHALITA, G. Educação: a solução está no afeto. 15ª ed. São Paulo: Gente, 2001.

CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. 17. ed. São Paulo: Gente, 2004

DAS CHAGAS SILVA LIMA, F.; CARVALHO MOURA, M. D. G. . A Formação


Continuada de professores como instrumento de ressignificação da prática Pedagógica.
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GALVÃO, Izabel. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil.


Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa.6. ed. São Paulo: Atlas, 2019.

GONÇALVES, JOCIANE DE OLIVEIRA NUNES. As práticas educativas com estudantes dos


Anos Iniciais do Ensino Fundamental que apresentam dificuldades de aprendizagem.
Disponível em : https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3805 Acesso em 12 de setembro
de 2023.

MAHONEY, Abigail Alvarenga; ALMEIDA, Laurinda Ramalho de. A constituição da


pessoa na proposta de Henri Wallon. São Paulo: Edições Loyola, 2004

NUNES, Ana Ignês B. L.; SILVEIRA, Rosemary do N. Psicologia da aprendizagem:


processos, teorias e processo. 3. ed. Brasília: Liber Livro, 2011

NUNES, Vera. O Papel das Emoções na Educação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2009.

PEREIRA, Alexandre Britto Afetividade na relação professor-aluno [manuscrito]: uma


pesquisa bibliográfica exploratória / Alexandre Britto Pereira. -2017. Disponível em:
https://repositorio.ufmg.br/handle/843/47101 Acesso em 19 de setembro de 2023.

PIAGET, J. Seis Estudos de Psicologia. 24. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004
RIBEIRO, Rosa dos Santos. A Afetividade Fundamental: O Estado do conhecimento e as
contribuições de Piaget E Wallon. 2017. 218 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação
STRICTO SENSU em Educação) - Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia-GO.
Disponível em: https://tede2.pucgoias.edu.br/handle/tede/3940 Acesso em 19 de setembro de
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ROSSINI, M. A. S. Pedagogia afetiva. Petrópolis: Vozes, 2004.

SILVA, RICARDO FRANCELINO DA. As emoções e sentimentos na relação professor-aluno


e sua importância para o processo de ensino e aprendizagem: contribuições da teoria de
Henri Wallon / Ricardo Francelino da Silva. Assis, 2017. Disponível em:
http://hdl.handle.net/11449/150708 Acesso em 17 de setembro de 2023.

SNYDERS, G. Alunos Felizes. São Paulo: Paz e Terra, 1993

SYNDERS, Georges. A alegria na escola. São Paulo: Manole, 1998

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