O papel do professor é e sempre será de muita importância na sala de
aula, visto que ele é aquele que media o conhecimento para crianças e adolescentes que dependem deles para desenvolver sua aprendizagem. A relação professor-aluno tem sido uma das principais preocupações no contexto escolar, desde os primórdios da educação essa relação esteve em uma espécie de gangorra, onde o primeiro se achava em um lugar inalcançável, tendo em mente uma visão de autoridade e detentor de todo conhecimento na sala de aula, e o segundo se encontrava muito abaixo deles, pois seriam meros receptores de verdades prontas e acabadas. Conforme Cruz, Gaspar de Matos e Alves Diniz (2014), é extremante importante que os professore detenham espíritos de liderança em suas salas de aulas, o que irá desenvolver uma melhor relação pedagógica e consequente melhoria da aprendizagem de seus educandos, isto, porém deve ser utilizado como incremento para solucionar problemas e desafios e promover estilos de vida saudáveis. Na visão dos autores acima citados são imprescindíveis, espíritos de liderança e segurança naquilo que fazem dentro de suas turmas, porém isto devem ser ferramentas utilizadas para melhoria da aprendizagem e estilos de vidas do alunado, vetando assim quaisquer espíritos de superioridade e alienação em relação aqueles que esperam por novos horizontes advindos de seus mestres. Os discentes precisam de professores, que se preocupem, que sejam atenciosos, que invistam na profissão e sejam competentes, tornando-se importantes no seu desenvolvimento (Bullough, 2015). A relação-professor aluno é um tema muito debatido e elevado aos olhares daqueles que sabem da suma importância dessa temática no processo de ensino aprendizagem, pois desta relação implicara as mudanças no comportamento, na interação e visão do alunado em relação ao professor que conseguira a seu modo construir um ambiente favorável de respeito mútuo e organização a partir de uma relação saudável e amistosa com seus discentes. De acordo com as abordagens de Paulo Freire (1995), percebe-se uma forte valorização do diálogo com importante instrumento na constituição dos sujeitos. No entanto, esse mesmo autor defende a ideia de que só é possível uma prática educativa dialógica por parte dos educadores, se estes acreditarem no diálogo com um fenômeno humano capaz de mobilizar e refletir o agir dos homens e mulheres.
Dessa forma ao passo que os professores compreenderem que o uso do
diálogo como ferramenta em suas aulas é imprescindível maiores êxitos esses alcançaram com seus alunos, que iram se sentir mais á vontade e dispostos a se envolverem em uma busca pela transformação de sua realidade. Partindo da hipótese de que esta temática é de grande importância para o melhoramento da pratica docente e aprendizado dos alunos, este trabalho teve como objetivo fazer um levantamento de material bibliográfico a respeito do tema exposto. 2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 A afetividade na relação professor-aluno
A ideia de afeto ou sentimentos é extremamente difundida, para
entende-la é necessário partir de conceitos históricos, psicológicos e outros através do tempo. Trataremos, portanto de um breve histórico desse tema.
Segundo Abbagnano (1998), afeição é um termo utilizado de forma mais
extensa e generalizada pela filosofia para designar qualquer estado, condição ou até mesmo qualidade que que possa consistir em sofrer uma ação influenciada ou modificada por ela.
Afetividade designa os processos psíquicos que acompanham as
manifestações orgânicas da emoção. A afetividade pode bem ser conceituada como uma das formas de amor (DANTAS, 1990).
Almeida e Mahoney (2004), conceituam afetividade como a capacidade
do ser humano de sentir emoções que o afetam de forma interna e externa no mundo, sejam de maneiras agradáveis ou desagradáveis.
A afeição seria, portanto, ações e fatos realizados impulsionados por
emoções e sentimentos como carinho, compaixão, piedade entre outros, que fariam a diferença se utilizados em sala de aula para os discentes se sentirem mais humanos aos olhos de seus docentes, e tê-los como iguais de m ponto de vista mais emocional e menos mecânico.
Comenius (2002), se refere ao cérebro de uma criança como uma
esponja pronta a absorver tudo que lhe for apresentado, conseguindo reter facilmente as informações que lhe forem apresentadas. Sendo assim o que é apresentado na primeira infância vai se tornando algo importante e que ela levará para sua vida adulta. Corroborando com essa fala ele complementa que:
Os estudantes sem dificuldades, sem enfado, sem gritos e pancadas,
praticamente brincando e divertindo-se, aos mais elevados graus do saber. As escolas com um método mais eficaz, não só poderão manter-se em plena florescência como também melhorar
indefinidamente. (COMENIUS, 2002, p.109).
De acordo com Antunes (2003), a afetividade é algo construída ao longo
de gerações e de processos culturais, sendo assim, ela não é exposta somente através de expressões e sentimentos expressos, eles são muito importantes, porém, é preciso que o docente aprenda a lidar com o aluno de forma a fazer com que ele também se sinta atingido e torne-se assim sensível.
A relação entre afetividade e inclusão escolar: uma abordagem sobre a importância da afetividade na relação professor-aluno, no desenvolvimento e na aprendizagem de alunos com necessidades educacionais especiais
A Interferência da Qualidade de Vida no Processo de Aprendizado: o fruto de uma boa aprendizagem está diretamente vinculado à qualidade de vida do indivíduo