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RESUMO
A presente pesquisa tem como tema a importância da afetividade na relação
professor e aluno: A importância da afetividade no ambiente escolar, e o objetivo
principal desse é enfatizar os principais benefícios de uma relação com afetividade entre
professores e alunos no processo de ensino aprendizagem na educação infantil.6 Sabemos
que o afeto é um ingrediente primordial em qualquer relação humana, e que este
deve estar presente em todas as fases da vida do indivíduo. Porém, na atualidade,
ao analisarmos essas relações, percebemos que há um distanciamento da
afetividade, uma banalização deste sentimento. A consequência é visível: crianças
se tornam verdadeiros “adultos em miniatura”, demonstrando um comportamento
precoce, anti-social e muitas vezes agressivo. De forma que torna-se vital, assim,
compreender a importância da presença de um ambiente propício ao exercício da
afetividade na vida desses alunos. O referido trabalho se baseará numa pesquisa
bibliográfica e em estudo de caso, através de um trabalho de campo realizado em
uma escola do município de Nova Iguaçu. A pesquisa será de cunho qualitativo,
segundo Lüdke e André, buscando embasamento nas obras de Wallon,
nomeadamente, Vygotski, Freire e Antunes, que defendem a dimensão da
afetividade no processo ensino-aprendizagem e aponta a ação do professor como
fator determinante neste processo.
ABSTRACT
Keywords:
2
1 INTRODUÇÃO
2 A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE
O afeto é uma atitude indispensável para boas relações humanas, eficaz para
reforçar potencialidades podendo ser compreendida como a energia necessária para
a estrutura cognitiva passe a operar. Além disso, o afeto estimula o tempo com que
se constrói o conhecimento, pois, quando as pessoas se sentem seguras, aprendem
com mais facilidade (DAVIS et al., 1994).
Afetividade e inteligência são palavras diferentes mais inseparáveis quando
colocamos ao processo de ensino aprendizagem, pois, a afetividade depende para
evoluir, de conquistas no plano de inteligência, portanto, é necessário que a criança
busque e explore as suas capacidades para que assim a afetividade transpareça por
isso as crianças devem ser estimuladas desde muito cedo, como por exemplo,
dando os primeiros passos, a produzir às primeiras palavras, a sentir o conforto no
abraço e beijo, a saudade da mãe ou do pai. Depois disso ele chega ás creches ou
nas pré-escolas, elas percebem que todo esse carinho pode ser coletivo. E o
professor, por sua vez tem um papel importante para o desenvolvimento do aluno, a
afetividade não é só demonstrada com carinhos físicos, mais também na preparação
dessa criança para conviver na sociedade. Muitas vezes, os pequenos detalhes
fazem muita diferença na educação, pois o ser humano está fundamentado no seu
sentir e sua razão, a partir dos sentimentos e das percepções, cada um vai
formando suas experiências e seus pensamentos.
Morales (2001) afirma que a relação professor-aluno na sala de aula é
complexa e abarca vários aspectos; não se pode reduzi-la a uma fria relação
didática nem a uma relação humana calorosa. Mas é preciso ver a globalidade da
relação professor-aluno mediante um modelo simples relacionado diretamente com
a motivação, mas que necessariamente abarca tudo o que acontece na sala de aula
e a necessidade de desenvolver atividades motivadoras.
Então por mais complexa que seja as relações entre aluno e professor, elas
são peças fundamentais na realização de mudanças em nível educacional e
comportamental. Portanto, o professor não deve se preocupar somente com o
conhecimento por meio de informações, mas também com o processo de construção
da cidadania do aluno através do relacionamento entre os sujeitos aprendestes.
Dessa forma, a prática educativa na escola deve primar pelas relações de
afeto e solidariedade proporcionando situações que dê prazer ao aluno de construir
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A escola de hoje deve vir de encontro aos anseios dos educandos, este na
fase mais ativa de suas vidas buscam um caminho para chegar a um ponto chave: a
aquisição do conhecimento que será o passaporte para o futuro. Por esta razão é de
suma importância que haja um bom relacionamento afetivo entre ensinastes e
aprendestes (VASCONCELOS, 1994).
A relação professor-aluno é uma forma de interação que dá sentido ao
processo educativo, uma vez que é no coletivo que os sujeitos elaboram
conhecimentos. Por isso, o docente precisa refletir a todo o momento sobre sua
prática, fundamentando-se em uma base teórica e sólida (SILVA; NAVARRO, 2012).
A relação afetiva entre professor e aluno traz elementos pertinentes para
pensar no processo ensino-aprendizagem. É preciso que o docente traga metas
claras e realistas para os educandos, levando-os a realizar atividades desafiadoras
com vontade e satisfação. Com isso, a afetividade na educação constitui num
importante campo de conhecimento que deve ser explorado pelos professores
desde os anos iniciais, uma vez que, por meio dela, podemos compreender a razão
do comportamento humano (LOOS, 2007).
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quando ouvimos frases semelhantes a: "Não aja com o coração", "Seja mais
racional", entre outras. Assim, chegamos à conclusão de que, para obter melhores
resultados em suas ações cotidianas, o indivíduo deve se desvincular dos próprios
sentimentos e emoções, controlando ou anulando a dimensão afetiva (VELHO,
2004).
Devido à dificuldade em estudar estes aspectos de forma integrada, tal
separação parece conduzir a uma concepção distorcida da realidade, com reflexos
no modelo educacional vigente. Conforme Arantes (2002), os estudiosos e filósofos
(Platão, Descartes, Kant, entre outros) ao centrarem seus estudos apenas nos
comportamentos externos dos sujeitos e em supostas dicotomias entre razão e
emoção, relegaram, a um segundo plano, experiências mais subjetivas, como a das
emoções.
Entretanto, os mesmos autores privilegiam os aspectos afetivos ou
inconscientes nas explicações dos pensamentos humanos, dedicando um papel
secundário aos aspectos cognitivos. Na área educacional, o trajeto não é muito
diferente. É comum, ainda hoje, no ambiente escolar, que os educadores trabalhem
o processo de aprendizagem dividindo a criança em duas metades: a cognitiva e a
afetiva (LOOS, 2007).
É importante afirmar que este é um dos maiores enganos existentes na
maioria das propostas educacionais da atualidade. Segundo Arantes (2003), o
trabalho nesses moldes faz com que a práxis pedagógica seja fria, desprovida de
sentimentos e pautada tão somente no ensino das matérias escolares clássicas. A
partir desta teoria, advinda da Filosofia, acredita-se que apenas o pensamento
resulta em ações racionais e inteligentes, privilegiando o pensamento científico e
lógico matemático. Já os sentimentos são desnecessários, não resultam em
nenhuma espécie de conhecimento e podem provocar atitudes irracionais.
De acordo com as concepções de afetividade descritas anteriormente, que a
afetividade é uma temática histórica. Partindo deste princípio, é importante conhecer
algumas reflexões de teóricos que mencionaram em suas discussões a questão da
afetividade e da moral. Entre estes teóricos que abordam a questão da afetividade,
Comenius e Rousseau têm um papel de destaque.
Comenius (2002) refere-se ao cérebro na idade infantil como uma esponja,
pronto a receber e absorver a mais diversa gama de estímulos, apreendendo
rapidamente as informações às quais ele é exposto. O afeto e fundamental para o
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
DAVIS, Claudia; OLIVEIRA, Zilma de. Psicologia na educação. São Paulo: Cortez, 1994.