Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
ABSTRACT
Keywords:
1 INTRODUÇÃO
A sociedade contemporânea está cada vez mais complexa, e por isso a leitura
representa um grande passo para a formação do conhecimento, levando o leitor a
repensar e avaliar de uma maneira mais crítica e reflexiva a vida sob todos os
aspectos. Para LIMA (2012, p.11), “a ausência da leitura no contexto social em que o
homem está inserido traz como consequência como a alienação e a passividade das
informações do conhecimento e da conscientização social”.
Contudo, só ter um excelente vocabulário não é o suficiente para vencer os
obstáculos da vida, se faz necessário a compreensão do que se lê, para assim poder
opinar, criticar e modificar a situações do seu cotidiano. Além disso, o conhecimento
que se adquire por meio da leitura, faz com que os estudantes saiam de qualquer
graduação mais maduros, conscientes e preparados para viver em um espaço social
mutável.
Segundo a visão de Micheletti, Peres e Gebara (2000, p.19) “[...] o nosso
objetivo é que o professor possa tornar-se um verdadeiro mediador entre o texto e os
alunos, que ele se abstenha de seu papel de guardião do saber, sem abdicar, contudo,
de sua condição de leitor mais maduro”.
Assim, o professor que é considerado mais experiente no contexto da leitura, o
mesmo deve buscar novas formas de desenvolver em seus alunos o gosto pelo ato de
ler. A leitura dá vazão à imaginação, abre novos horizontes para qualquer indivíduo, já
que aprender a ler com eficiência, é indispensável principalmente vivendo em uma
sociedade onde o saber ler e escrever é de suma importância, no ensino superior a
leitura fluente e com possibilidades de inferências, são indispensáveis emergenciais,
pois é através do ler que mais conhecimentos e objetivos são alcançados. A leitura faz
com que o cidadão esteja sempre atualizado, com isso, o sujeito muda o seu modo de
pensar, questionar e produzir contribuindo para uma sociedade melhor e mais
democrática.
Ainda para as escritoras Micheletti, Peres e Gebara (2000, p.25), “É importante
que as leituras sejam feitas aproveitando o repertório, a experiência com textos, a
visão de mundo de cada um.” Diante disso, o professor precisa ser organizado com os
planejamentos, que vão adequar a realidade de cada um dos educandos, levando em
conta as experiências e os conhecimentos do leitor, para que as escolhas dos textos
sejam atrativas e consequentemente possibilitem o interesse do aluno pelo o gosto de
ler.
Quando se fala em ler, é importante ter em mente aos variados tipos de leitura,
nos formatos e tamanhos de textos, a falta de habilidade para ler e interpretar textos
leva na maioria das vezes, os alunos a apresentarem dificuldades na compreensão
das leituras.
Entretanto, Freire (2005, p.59) enfatiza que, “não podemos interpretar um texto
se o lemos sem atenção, sem curiosidade; se desistimos da leitura quando
encontramos a primeira dificuldade.” O leitor tem que ter foco persistência e muita
atenção para entender o contexto de qualquer escrita, persistindo na leitura mesmo
diante dos entraves que surge no momento em que se lê.
No entanto o que pode ser evidenciado em nossa realidade educacional é a
falta de interesse dos estudantes, levando-os a desistir muito facilmente, sem ter
persistência para finalizar suas leituras. Sendo assim, o docente deve orientar e
auxiliar todos os discentes, com sugestões, técnicas diversificadas e atrativas, para
envolver os mesmos no mundo da leitura, de forma satisfatória e prazerosa, a fim de
que o aluno não desista sem concluir o objetivo.
3 METODOLOGIA
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do que se expõe atualmente como objetivos e finalidades do
ensino superior, a importância do domínio do ato de ler impõe uma posição de
destaque, pois estabelece uma relação direta com a aprendizagem. O domínio
da capacidade de ler é condição para se efetivar a aprendizagem e o “aprender
a aprender. O aluno que aprende a aprender é aquele que é leitor. O leitor que
aprende a aprender é aquele que primeiro domina uma técnica de leitura e tem,
diante do texto, uma posição de aprendizagem, de busca e uma postura crítica.
Pode-se, portanto, perceber que as dificuldades de leitura e escrita são
perpassadas por fatores de ordem econômica, cultural, social, educacional,
simbólica, interacionais, etc. Não podendo, assim, estabelecer uma causa
precisa, Logo, faz-se necessário reconhecer o campo acadêmico ao qual os
estudantes se inserem, dado que não existe uma unicidade e, portanto, há
vários campos do saber que se constituem dentro de uma instituição.
Os contextos familiares possuem diferentes formas de valorizar a leitura
e a escrita devido às distintas condições inerentes à própria constituição: pais
com maior ou menor nível de escolaridade e condições econômicas, maior ou
menor acesso à bens culturais, maior ou menor incentivo (simbólico ou
material) à cultura escrita; influência ou não de irmãos ou parentes; etc.
Foi a partir dessa problematização levantada no início desse
trabalho que surgiu seguinte questão: O porquê de muitos estudantes
não terem despertado o interesse pela leitura ao longo do curso, ou
muitas vezes quando se fala em ler um livro, mesmo no ensino superior
ou no ensino básico, a reação dos alunos, geralmente, é de repúdio, e
muitas vezes de aversão.
A dificuldade, antes de ser assim denominada, perpassou o social e as
interações dos universitários em diversas esferas/campos de atividade
humana: na família, na Igreja, na escola, na Universidade. Essa pesquisa
evidencia que tanto a escola quanto a Universidade reproduzem essas
estruturas sociais excludentes, ao passo que a proposta é ainda e reprodução:
de conteúdo, da gramática, de posturas professorais, de “expectativas” de
estudantes que dominam todas as práticas de leitura, escrita e oralidade.
Ressalte-se que essas dificuldades com a escrita na Universidade
demarcam essa posição social hoje ocupada pelos estudantes, mas que
poderiam se configurar de outra forma se fossem outros campos sociais. A
escrita perpassa as os campos de atividade humana de variadas formas,
principalmente, no trabalho, sendo considerado um importante preditor da
condição de alfabetismo de uma determinada população, as práticas de
letramento dos sujeitos e inserindo-o em novas. Mas cada um dos
universitários continua com suas expectativas na Educação Superior: por uma
realização pessoal, profissional, pela possibilidade de mudança de realidade
social, etc.
O analfabetismo funcional, assim, não é um indicador de déficit
individual, de “fracasso”, de pouca escolarização. Mas, antes de tudo, é um
indício de que a desigualdade social interfere nas práticas de leitura e escrita
de modo que a realidade dos sujeitos não coincide com aquela exigida pelo
mercado de trabalho e pelas instituições educacionais.
REFERÊNCIAS
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo:
Atlas, 2002.
LUFT, Celso Pedro. Língua e liberdade. 8. ed. São Paulo: Editora Ática, 2002.
MAXIMO, Simone. Livros para o Brasil. Páginas Abertas, São Paulo: Paulus,
nº. 33, 8- 11, 2008.
OLIVEIRA, Maria Helena Mourão Alves de. Funções da leitura para estudantes
de graduação. Psicologia Escolar e Educaciona, v. 1, n. 1, 1996. Disponível
em: <https://www.scielo.br/j/pee/a/XYQYcXvwVsTLG8TZRYdPWXk/?
format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 08 set. 2021.