Você está na página 1de 5

FERNANDA RIZZON

METÁFORA
A expressão “você é um
colírio para os meus olhos” e a
continuação da comparação,
com o verbo “é”, compõe a
metáfora

COMPARAÇÃO
“É que teu riso penetra n'alma/ Como a harmonia de uma orquestra
santa.” (Castro Alves)
A expressão “como” realiza a comparação entre o sorriso e a
harmonia de uma orquestra, pois ambas têm o poder de tocar a alma
com sentimentos e emoções.

MENTONÍMIA
A expressão “li o Machado de Assis” substitui o nome do título do livro pelo
autor, criando assim, uma relação lógica e produzindo humor.

ANTÍTESE
“Que vai, pisando a terra e olhando o céu.” (Vinicius de Moraes)
As palavras “céu” e “terra” são opostas, caracterizando a anítese.

PARADOXO
A expressão “deputados que não valem nada” e “custam
uma fortuna”, revelam que pessoas imorais possuem bons
salários, o que na tirinha proporciona humor, gerado pelo
paradoxo.

PERSONIFICAÇÃO
“Olho para o céu/ Tantas estrelas dizendo da imensidão/ Do
universo em nós/ A força desse amor/ Nos invadiu” (música “Céu de
Santo Amaro”, de Flávio Venturini)
A expressão “estrelas dizendo” revela uma personificação, pois se
atribui características de seres vivos (falar) a seres inanimados
(estrelas).

HIPÉRBOLE
A expressão “enorme, imenso, colossal” é uma
hipérbole, pois exagera nos usos dos vocábulos, sendo
os mesmos atribuídos a um hambúrguer.

IRONIA
“Uma moça nossa vizinha dedilhava admiravelmente mal ao
piano alguns estudos de Lizt”. (Murilo Mendes)
A expressão “admiravelmente” relaciona-se com “mal”, o que
produz ironia, já que a moça tocava mal, não podendo tocar
admiravelmente bem.
GRADAÇÃO
A narração de uma enumeração
gradativa, até a cegonha trazer a
menina, caracteriza a gradação.

EUFEMISMO
A expressão “produtora de biografias orais não
autorizadas” suaviza o vocábulo “fofoca”, criando assim,
um eufemismo.

SINESTESIA
“Esta chuvinha de água viva esperneando luz e ainda
com gosto de mato longe, meio baunilha, meio manacá,
meio alfazema. ” (Mário de Andrade)
A mistura de sensações relacionadas aos sentidos
cria a sinestesia. Na frase, a mistura de sentidos visuais
(“chuvinha de água viva esperneando a luz”) e de
paladar (“gosto de mato...”).

ELIPSE
“A tarde talvez fosse azul, não houvesse tantos desejos. ” (Carlos
Drummond de Andrade)
A omissão da conjunção “se” na expressão, entre as orações, torna-se
característica da elipse.

ZEUGMA
“Um deles queria saber dos meus estudos; outro,
se trazia coleção de selos (...)” (José Lins do Rego).
A omissão da expressão “queria saber”, presente na primeira
oração, na segunda oração, caracteriza a zeugma. Como termo já
foi mencionado, a omissão não gera prejuízo de entendimento.
PLEONASMO
"Ó mar salgado, quanto do teu sal/ São lágrimas de Portugal!” (Fernando Pessoa)
A expressão “mar salgado, quanto do teu sal” repete a ideia de água salgada, visando
intensificar o valor expressivo das palavras. Como o mar é constituído de água salgada, o termo
“salgado” e “quanto do teu sal” repetem a ideia.

HIPÉRBATO
A inversão brusca da ordem dos termos da oração
caracteriza o hipérbato. A forma sem inversão seria:
essa tal de gramática é muito traiçoeira.

POLISSINDETO
“Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem
tuge, nem muge.” (Rubem Braga)
O uso frequente da conjunção “nem” nas orações, caracteriza o
polissíndeto – que visa a repetição de conjunções-.

ANÁFORA
"Tá na moda. Tá na mão, tá na C&A."
(Publicidade da C&A - loja de vestuário)
A frequente repetição da expressão “tá”
caracteriza o uso da anáfora.

SILEPSE
“O casal de patos nada disse, (…). Mas espadanaram, ruflaram e
voaram embora.” (Guimarães Rosa)
A discordância entre o sujeito (patos-3º pessoa do plural) e a forma
verbal oscilante entre plural e singular (“espadanaram” “disse”)
caracterizam a silepse de número.
ALITERAÇÃO
“Leva-lhe o vento a voz, que ao vento deita.” (Luís de
Camões)
A repetição da consoante “v” das palavras “vento” e “voz”
caracteriza a aliteração.

ASSONÂNCIA
“lá?/ ah!/ sabiá…/ papá…/ maná… / sofá…/ sinhá…/ cá?/ bah!”
(Canção do exílio facilitada, José Paulo Paes, 1973)
A repetição da vogal “a” em todos os versos caracteriza a
assonância.

PARANOMÁSIA
“Que a morte apressada seja tributo do entendimento, e a
vida larga atributo da ignorância.” (Padre Antônio Vieira)
A sonoridade semelhante entre duas palavras (“tributo” e
“atributo”), que possuem significados bastante distintos, é
utilizada na frase para aproximar duas ideias naturalmente
opostas, caracterizando assim, a paronomásia.

ONOMATOPEIA
O uso de palavras na tirinha, sendo elas “Grr...” e
“Pow”, buscam expressar sons naturais, como o de
raiva e de briga.

Você também pode gostar