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- FIGURAS DE PALAVRAS- Exemplo: Amargo som da sua voz.

(Note que o termo


“amargo” está associado ao paladar, enquanto o “som”
à audição.)
Metáfora
A metáfora é uma figura de palavras que trabalha por Antonomásia ou Perífrase
meio da comparação implícita entre termos, de modo
que transforma o sentido denotativo (sentido próprio A antonomásia ou perífrase é a substituição de uma ou
ou literal) das palavras em conotativo (sentido mais palavras por outra que a identifique.
figurado).
Exemplo: A cidade da garoa é o centro financeiro do
Exemplo: Minha vida é um mar de rosas. (A país. (Nesse caso, o nome São Paulo foi substituído
expressão “mar de rosas” é utilizada para substituir o por uma característica marcante da cidade: a garoa.)
termo denotativo “muito boa” com o objetivo de
expressar maior emoção.) - FIGURAS DE SOM –

Metonímia Assonância
A metonímia é a figura de palavras que substitui A assonância é uma figura de som que ocorre pela
um termo pelo outro. Podem ocorrer de diversas sequência de palavras ou sílabas semelhantes.
maneiras: substituindo a parte pelo todo, a causa
pelo efeito, o autor pela obra, o inventor pelo Exemplos:
invento, a marca pelo produto, a matéria pelo
objeto, o concreto pelo abstrato, o singular pelo Vou me embora agora pra casa da Aurora. (Note que
plural, o gênero pela espécie, o continente pelo neste exemplo temos a assonância das palavras
conteúdo. embora, agora, Aurora)

Exemplo: Essa semana li Machado. (substituição do Numa nuança mansa que não cansa. (Emiliano
autor pela obra, afinal a pessoa leu as obras de Perneta)
Machado de Assis.)
Aliteração
Comparação
A aliteração é caracterizada
Há comparação de ideias, contudo, diferente da pela repetição de consoantes ou de sílabas no
metáfora, em que ocorre uma comparação implícita. enunciado, e geralmente ocorrem no início das sílabas
Nesta, o termo comparativo (como, tal qual, tal como, ou no interior de palavras.
assim, etc.) aparece no enunciado, constituindo
uma comparação explícita. Exemplos:
Exemplo: Esperto como uma raposa. (A raposa é Fiz, faço, feito está!
conhecida pela sua característica de animal traiçoeiro.)
Para mim tem de ser: bom, bonito e barato.
Catacrese
A catacrese é um tipo de metáfora (metáfora Paronomásia
desgastada). Em virtude de os termos serem utilizados
com frequência, deixamos de perceber que eles têm A figura de linguagem paronomásia recebe esse nome
sentido figurado. porque utiliza os parônimos para dar maior ênfase ao
discurso. Os parônimos são palavras que se
Exemplo: A asa da xícara está quebrada. assemelham na grafia e na pronúncia, entretanto,
(Semelhança da forma do pedaço da xícara com uma diferem no sentido.
asa.)
São popularmente conhecidos como “trocadilhos”
sendo muito comum nos provérbios, no meio
Sinestesia publicitário e humorístico.
A sinestesia é a associação de sensações por órgãos de
Exemplos:
sentidos diferentes.
Quem casa, quer casa.
Qual o doce preferido do átomo? Pé de molécula. (ao Silepse de Gênero, quando ocorre discordância entre
referir-se ao doce tradicional brasileiro de amendoim: os gêneros (feminino e masculino);
pé de moleque).
Silepse de Número, quando ocorre discordância entre
Onomatopeia o singular e o plural;

Do Grego, a palavra onomatopeia, corresponde ao “ato Silepse de Pessoa, quando ocorre discordância entre o
de fazer palavras”, (onoma significa “nome, palavra” sujeito, que aparece na terceira pessoa, e o verbo, que
e poiein significa “fazer”). surge na primeira pessoa do plural.

Dessa forma, a onomatopeia é caracterizada pela Exemplos:


inserção dos sons reais, ou seja, enfoca na imitação das
sonoridades. São Paulo é suja. (silepse de gênero)

Exemplos: Um bando (singular) de mulheres (plural) gritavam


assustadas. (silepse de número)
O gato fez “miau”.
Todos os atletas (terceira pessoa) estamos (primeira
O badalar dos sinos me comove: blem, blem. pessoa do plural) preparados para o jogo. (silepse de
pessoa)
- FIGURAS DE CONSTRUÇÃO –
Assíndeto
Elipse Síndeto corresponde a uma conjunção coordenativa
utilizada para unir termos nas orações coordenadas.
A elipse é a omissão de um ou mais termos, os quais Feita essa observação, a figura de sintaxe assíndeto é
não foram expressos anteriormente no discurso, caracterizada pela ausência de conjunções.
entretanto, que são facilmente identificáveis pelo
interlocutor (receptor).
Exemplo: Daiana comprou uvas para comer, (e)
limões para fazer suco.
Exemplo: Estávamos felizes com o resultado dos
exames. (Neste caso, a conjugação do verbo
“estávamos”, propõe o termo oculto “nós”.) Polissíndeto
Ao contrário do assíndeto, o polissíndeto é
Zeugma caracterizado
pela repetição da conjunção coordenativa
A zeugma é um tipo de elipse, uma vez que há (conectivo).
omissão de um ou mais termos na oração, sendo um
recurso utilizado para evitar a repetição de verbo ou
Exemplo: Dolores brigava, e gritava, e falava.
substantivo.

Exemplo: Fabiana comeu maçã, eu (comi) pera. Anáfora


A anáfora é
Hipérbato ou Inversão a repetição de termos no começo das frases, muito
utilizada pelos escritores na construção dos versos a
O hipérbato é caraterizado fim de dar maior ênfase à ideia.
pela inversão da ordem direta dos termos da oração
, segundo a construção sintática usual da língua
Exemplo: Se eu amasse, se eu chorasse, se eu
(sujeito + predicado + complemento).
perdoasse. (A repetição do termo “se” enfatiza a
condicionalidade que o emissor do discurso quer
Exemplo: Triste estava Manuela. (Neste caso, o estado propor).
do sujeito surge antes do nome “Manuela”, que na
construção sintática usual seria: Manuela estava triste).
Anacoluto
Silepse anacoluto altera a sequência lógica da estrutura da f
rase por meio de uma pausa no discurso.
Na silepse há concordância da ideia e não do termo
utilizado. São classificadas em:
Exemplo: Esses políticos de hoje, não se pode confiar. Hipérbole ou Auxese
(Numa sequência lógica, teríamos: “Esses políticos de
hoje não são confiáveis” ou Não se pode confiar nesses A hipérbole é uma figura de linguagem baseada
políticos de hoje.) no exagero intencional do locutor, isto é, expressa
uma ideia de forma exagerada.
Pleonasmo
EXEMPLO: Liguei para ele milhões de vezes essa
Repetição enfática ou redundância de um termo que tarde.
soa “desnecessário” no discurso, o qual pode ser
utilizado intencionalmente (pleonasmo literário) como Sabemos que a pessoa tinha o intuito de enfatizar que
figura de linguagem, ou por desconhecimento das ligou muitas vezes, entretanto, não chegou a 1 milhão,
normas gramaticais (pleonasmo vicioso), nesse caso num pequeno espaço de tempo, ou seja, durante uma
um vício de linguagem. tarde.

Exemplo: A noite escura da Amazônia. (Note que a Litote


noite já pressupõe escuridão.)
Assemelha-se ao eufemismo, uma vez que atenua a
- FIGURAS DE PENSAMENTO – ideia do enunciado mediante a negação do contrário,
sendo portanto, a figura de linguagem
Gradação ou Clímax que se opõe à hipérbole.

Na gradação, os termos da frase são fruto EXEMPLO: Aquela bolsa não é cara.
de hierarquia (ordem crescente ou decrescente).
Pela expressão destacada, podemos concluir que o
EXEMPLO: As pessoas chegaram à locutor enfatizou que a bolsa é barata, ou seja, a
festa, sentaram, comeram e dançaram. negação do contrário: não é cara.

Neste caso, a gradação vai ao encontro com o clímax, Antítese


ou seja, o encadeamento dos verbos se faz na ordem
crescente, e por isso trata-se de uma gradação Corresponde à aproximação de palavras contrárias,
crescente: chegaram, sentaram, comeram e dançaram. que têm sentidos opostos.

Por outro lado, se a gradação é decrescente, é EXEMPLO: O ódio e a amor andam de mãos dadas.
denominada de “anticlímax”, por exemplo:
Estava longe, hoje perto, agora aqui. Neste caso, o termo “ódio” está utilizado ao lado de
seu termo “oposto” na frase: amor.
Prosopopeia ou Personificação
Paradoxo ou Oxímoro
Consiste na atribuição de
ações, sentimentos ou qualidades humanas a objetos Diferente da antítese, que opõe palavras, o paradoxo
, seres irracionais ou outras coisas inanimadas. corresponde ao uso de ideias contrárias,
aparentemente absurdas.
EXEMPLO: O vento suspirou essa manhã.
EXEMPLO: Esse amor me mata e dá vida.
Nesse exemplo, sabemos que o vento é algo
inanimado, ou seja, não suspira, sendo esta uma Neste caso, o mesmo amor traz alegrias (vida) e
“qualidade humana”. tristeza (mata) para a pessoa.

Eufemismo Ironia
Atenua o sentido das palavras, suavizando as Produz um efeito contrário com intenção sarcástica,
expressões do discurso. maliciosa e/ou de crítica, uma vez que as palavras são
utilizadas em sentido diverso ou oposto.
EXEMPLO: Ele foi para o céu.
EXEMPLO: Ele é um santinho mesmo!
Neste exemplo, a expressão utilizada “para a céu”,
ameniza o discurso real: Ele morreu.
Dependendo do discurso dos falantes fica claro que a Exemplo: Desejo que vocês sejam felizes.
palavra “santinho”, foi utilizada em sentido oposto, ou
seja, não tem nada de santo, é malcriado. Oração principal: Desejo
Oração subordinada substantiva objetiva direta: que
Apóstrofe vocês sejam felizes.
5. Oração subordinada substantiva objetiva indireta
Caracterizam as expressões de chamamento ou apelo, As orações subordinadas substantivas objetivas
função que se assemelha ao vocativo. indiretas possuem o valor de objeto indireto do verbo
da oração principal, sendo iniciadas por preposição.
EXEMPLO: Ó Deus! Ó Céus! Porque não me ligou?
Exemplo: O gerente precisa (de) que esteja tudo em
O chamamento utilizado antes, enfatiza a indignação ordem.
do locutor com a falta do telefonema.
Oração principal: O gerente precisa
Oração subordinada substantiva objetiva indireta: que
esteja tudo em ordem.
6. Oração subordinada substantiva apositiva
As orações subordinadas substantivas apositivas
possuem o valor de aposto de qualquer termo da
- ORAÇÃO SUBORDINADA oração principal.
SUBSTANTIVA -
Exemplo: Todos pensam a mesma coisa: que eu sou
1 Oração subordinada substantiva subjetiva um vitorioso.
As orações subordinadas substantivas subjetivas
exercem o valor de sujeito da oração principal. Oração principal: Todos pensam a mesma coisa
Oração subordinada substantiva apositiva: que eu sou
Exemplo: É fundamental que você chegue antes à um vitorioso.
reunião. - ELEMENTOS DA
COMUNICAÇÃO –
Oração principal: É fundamental
Oração subordinada substantiva subjetiva: que você
Emissor: chamado também de locutor ou falante,
chegue antes à reunião.
2. Oração subordinada substantiva predicativa
o emissor é aquele que emite a mensagem para um
As orações subordinadas substantivas predicativas
ou mais receptores, por exemplo, uma pessoa, um
exercem o valor de predicativo do sujeito, ou seja, grupo de indivíduos, uma empresa, dentre outros.
aquilo que se revela sobre o sujeito da oração.
Receptor: denominado de interlocutor ou ouvinte, o
Exemplo: Nosso desejo é que ela vença o receptor é quem recebe a mensagem emitida pelo
campeonato. emissor.

Oração principal: Nosso desejo é Mensagem: é o objeto utilizado na comunicação, de


Oração subordinada substantiva predicativa: que ela forma que representa o conteúdo, o conjunto de
vença o campeonato. informações transmitidas pelo locutor.
3. Oração subordinada substantiva completiva nominal
As orações subordinadas substantivas completivas Código: representa o conjunto de signos que serão
nominais possuem o valor de complemento nominal utilizados na mensagem.
(completa o sentido do nome da oração principal),
sendo sempre iniciada por uma preposição. Canal de Comunicação: corresponde ao local (meio)
onde a mensagem será transmitida, por exemplo,
Exemplo: Temos fé de que a humanidade pare de jornal, livro, revista, televisão, telefone, dentre outros.
destruir o planeta.
Contexto: também chamado de referente, trata-se da
Oração principal: Temos fé situação comunicativa em que estão inseridos o
Oração subordinada substantiva completiva nominal: emissor e receptor.
de que a humanidade pare de destruir o planeta.
4. Oração subordinada substantiva objetiva direta Ruído na Comunicação: ele ocorre quando a
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas mensagem não é decodificada de forma correta pelo
possuem o valor de objeto direto do verbo da oração interlocutor, por exemplo, o código utilizado pelo
principal.
locutor, desconhecido pelo interlocutor; barulho do Os morfemas podem ser classificados em: radical,
local; voz baixa; dentre outros. desinências, afixos, vogal temática, vogal ou consoante
de ligação.
Fique Atento!!!
A comunicação será somente efetivada se o Radical
receptor decodificar a mensagem transmitida pelo Esse é o elemento comum. Ele serve de base às
emissor. palavras.
Exemplos: ferro, ferreiro, ferragem, ferrugem.
Tipos de Comunicação Na nossa língua existem uma série de palavras cujos
radicais são de origem grega ou latina.
Conforme a mensagem transmitida a comunicação é
classificada de duas maneiras: Exemplos em grego:

Comunicação verbal: uso da palavra, por exemplo, na agro = campo, tal como agronomia.
linguagem oral ou escrita.
demo = povo, tal como democracia.
Comunicação não verbal: não utiliza a palavra, por
exemplo, a comunicação corporal, gestual, de sinais, Exemplos em latim:
dentre outras.
agri = campo, tal como agricultor.
- FUNÇÕES DE LINGUAGEM
fide = fé, tal como fidedigno.
-
Desinências
Os elementos presentes na comunicação estão As desinências ou morfemas flexionais são os
intimamente relacionados com as funções da elementos que se juntam à palavra para assinalar
linguagem. Elas determinam o objetivo e/ou finalidade flexões gramaticais e podem ser nominais e verbais.
dos atos comunicativos, classificadas em:
As desinências nominais indicam gênero e número,
Função Referencial: fundamentada no “contexto da enquanto as verbais promovem as conjugações dos
comunicação”, a função referencial objetiva informar, verbos (desinências modo-temporais e desinências
referenciar sobre algo. número-pessoais).

Função Emotiva: relacionada com o “emissor da Exemplos de desinências nominais: aluno, alunos,
mensagem”, a linguagem emotiva, apresentada em bela, belas.
primeira pessoa, objetiva transmitir emoções,
sentimentos.
Exemplos de desinências verbais: escreverei (re -
desinência de tempo futuro do modo indicativo), (i -
Função Poética: associada à “mensagem da desinência de 1.ª pessoa do singular); estudávamos
comunicação”, a linguagem poética objetiva preocupa- (ava - desinência de tempo pretérito do modo
se com a escolha das palavras para transmitir emoções,
indicativo), (mos - desinência de 1.ª pessoa do plural).
por exemplo, na linguagem literária.
A desinência zero é a ausência de desinência. Assim,
Função Fática: relacionada com o “contato da
não necessita de qualquer desinência para encerrar o
comunicação”, uma vez que a função fática objetiva
seu sentido. A ausência da letra “s” no final de uma
estabelecer ou interromper a comunicação.
palavra, por exemplo, pode indicar que a mesma se
apresenta no singular. Exemplo: sol, livro, mês.
Função Conativa: relacionada com o “receptor da
comunicação”, a linguagem conativa, apresentada em
Afixos
segunda ou terceira pessoa, objetiva, sobretudo,
Os afixos ou morfemas derivacionais são os elementos
persuadir o locutor.
que se juntam à palavra para formar novas palavras. Os
afixos são classificados em prefixos e sufixos, de
Função Metalinguística: relacionada ao “código da
acordo com a posição nas palavras, respectivamente
comunicação”, uma vez que a função metalinguística
antes e depois do radical.
objetiva explicar o código (linguagem), através dele
mesmo.
Exemplos de prefixos:
contradizer, infeliz, ambivalente.
- CLASSIFICAÇÃO MORFEMAS -
Exemplos de sufixos: ricaço, lealdade, narigudo. advérbios, bem como os elementos mórficos que
indicam número, gênero, modo, tempo e aspecto
Tal como acontece com os radicais, a maior parte dos verbal.
afixos da língua portuguesa tem origem no grego ou no
latim. - ESTRUTURA DO VERBO -

Exemplos em grego: Estrutura do verbo

anti = oposição, tal como antipatia O verbo é formado por três elementos: radical, vogal
temática e desinências
pos = posição, tal como posterior
1. Radical
cracia = poder, tal como democracia
O radical é a base. Nele está expresso o significado do
Exemplos em latim: verbo.

bi = dois, tal como bisavô Exemplos: DISSERT- (dissert-ar), ESCLAREC-


(esclarec-er), CONTRIBU- (contribu-ir).
re = repetição, tal como refazer
2. Vogal Temática
ista = ofício, tal como dentista
A vogal temática se une ao radical para receber as
Vogal temática desinências e, assim, conjugar os verbos. O resultado
A vogal temática é a vogal que se junta ao radical e daí dessa união chama-se tema.
recebe as desinências. Ela indica a conjugação a que os
verbos pertencem: Assim, tema = radical + vogal temática.

1.ª conjugação - vogal temática A. Exemplos: amar, Exemplos: DISSERTA- (disserta-r), ESCLARECE-
ensaiar, saltar. (esclarece-r), CONTRIBUI- (contribui-r).
2.ª conjugação - vogal temática
E. Exemplos: entender, ler, saber. A vogal temática indica a qual conjugação o verbo
3.ª conjugação - vogal temática I. Exemplos: decidir, pertence:
sair, unir.
Vogal ou consoante de ligação 1.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é
Esses são os elementos que não têm qualquer A: argumentar, dançar, sambar.
significado. Sua função é tão somente ligar os 2.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é
elementos para auxiliar a pronúncia das palavras. E e O: escrever, ter, supor.
3.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é
Exemplos: chaleira, maresia, bananeira. I: emitir, evoluir, ir.

Tipos de morfemas: presos e livres 3. Desinências

Quando o morfema por si só encerra o significado de As desinências são os elementos que junto com o
um vocábulo, ele é chamado de livre. Os morfemas radical promovem as conjugações. Elas podem ser:
presos, por sua vez, são aqueles que sozinhos não
detém significado. Desinências modo-temporais - quando indicam os
modos e os tempos.
Exemplo da palavra mares: Desinências número-pessoais - quando indicam as
mar- é um morfema livre pessoas.
-es é um morfema preso, que indica o plural da palavra
mar Exemplos:
Morfemas lexicais e gramaticais
 Dissertávamos (va- desinência de tempo
São morfemas lexicais: os substantivos, os adjetivos, pretérito do modo indicativo), (mos-
os verbos e os advérbios de modo. desinência de 1.ª pessoa do plural)
 Esclarecerei (re- desinência de tempo futuro
São morfemas gramaticais: os artigos, os pronomes, do modo indicativo), (i- desinência de 1.ª
os numerais, as preposições, as conjunções e os demais pessoa do singular)
 Contribuamos (a- desinência de modo presente 3. Gerúndio
do modo subjuntivo), (mos- desinência de
1.ª pessoa do plural) O gerúndio é empregado para indicar uma ação em
desenvolvimento.
Flexões do verbo
Exemplos:
Para conjugarmos os verbos temos de ter em conta as
flexões de: pessoa, número, tempo, modo e voz. Estou comendo.

1. Flexões de pessoa: Encontrei João correndo.

1.ª pessoa (eu, nós) Cantando, terminaremos depressa.


2.ª pessoa (tu, vós)
3.ª pessoa (ele, eles) Classificação dos Verbos

2. Flexões de número: Os verbos são classificados em quatro tipos: regulares,


irregulares, defectivos e abundantes.
singular (eu, tu, ele)
plural (nós, vós, eles) 1. Verbos regulares: seguem um modelo de
conjugação e o seu radical não é alterado.
3. Flexões de tempo: presente, pretérito e futuro.
Exemplos: falar, torcer, partir.
4. Flexões de modo: indicativo, subjuntivo e
imperativo. 2. Verbos irregulares: não seguem um modelo de
conjugação e sofrem alterações no seu radical e/ou nas
5. Flexões de voz: voz ativa, voz passiva e voz suas terminações.
reflexiva.
Exemplos: dar, caber, medir.
Formas nominais
Quando as alterações são profundas, eles são
As formas nominais são três: infinitivo, particípio e chamados de verbos anômalos. É o caso dos verbos ser
gerúndio. e vir.

1. Infinitivo 3. Verbos defectivos: os verbos defectivos são aqueles


que não são conjugados em todas as pessoas, tempos e
O infinitivo não tem valor temporal ou modal. Ele é modos. Eles podem ser: impessoais e unipessoais.
pessoal quando tem sujeito e é impessoal quando, por
sua vez, não tem sujeito. Impessoais, quando os verbos indicam, especialmente,
fenômenos da natureza (não tem sujeito) e são
Exemplo de infinitivo pessoal: O gerente da loja disse conjugados na terceira pessoa do singular. Exemplos:
para irem embora. chover, trovejar, ventar.
Exemplos de infinitivo impessoal: Cantar é uma
delícia! Unipessoais, quando os verbos indicam vozes dos
animais e são conjugados na terceira pessoa do
2. Particípio singular ou do plural. Exemplos: ladrar, miar, surtir.

O particípio é empregado como indicador de ação 4. Verbos abundantes: os verbos abundantes são
finalizada, na formação de tempos compostos ou como aqueles que aceitam duas ou mais formas. É comum
adjetivo. ocorrer no Particípio. Exemplos: aceitado e aceito,
inserido e inserto, segurado e seguro.
Exemplos:
- DERIVAÇÃO –
Feito o trabalho, vamos descansar!
Processos de derivação
A Ana já tinha falado sobre esse tema.
Derivação prefixal (ou derivação) - as palavras são
Calados, os filhos ouviram o sermão dos pais. formadas pelo acréscimo de prefixos (elemento que
vem antes do radical, por exemplo: anti-, des-, -in, -re, Derivação regressiva - as palavras são formadas pela
sub-). redução de uma palavra primitiva e, assim, dão origem
a uma palavra derivada.
Exemplos de derivação prefixal:
Exemplos de derivação regressiva:
 anti-inflamatório (anti + inflamatório)
 desleal (des + leal)  ataque (surge do verbo “atacar”, que é a
 incapaz (in + capaz) palavra primitiva)
 ressalvar (re + salvar)  agito (surge do verbo “agitar”, que é a palavra
 subgerente (sub + gerente) primitiva)
 debate (surge do verbo “debater”, que é a
Derivação sufixal (sufixação) - as palavras são palavra primitiva)
formadas pelo acréscimo de sufixos (elemento que  mergulho (surge do verbo “mergulhar”, que é
vem depois do radical, por exemplo: -ada, -agem, -ar, - a palavra primitiva)
mente, - ista).  trabalho (surge do verbo “trabalhar”, que é a
palavra primitiva)
Exemplos de derivação sufixal:
Processos de composição
 martelada (martel + ada)
 folhagem ( folh + agem) Composição por justaposição - as palavras são
 entrevistar (entrev + ista) formadas pela união de dois ou mais radicais, sem
 simplesmente (simples + mente) apresentar alterações nos seus sons, ou seja, sem
 dentista (dent + ista) alterações fonéticas.

Derivação parassintética (parassíntese) - as palavras Exemplos de composição por justaposição:


são formadas pelo acréscimo de prefixos (por
exemplo: a-, en- es-) e de sufixos (por exemplo: -ecer,  cachorro-quente (cachorro + quente)
-ar, -oar) no mesmo processo. Isso quer dizer que para  pé-de-meia (pé + de + meia)
haver parassíntese deve ser acrescentado à palavra os  passatempo (passa + tempo)
dois, um prefixo e também um sufixo.  guarda-chuva (guarda + chuva)
 pontapé (ponta + pé)
Exemplos de derivação parassintética:
Composição por aglutinação - as palavras são
 amanhecer (a + manh + ecer) formadas pela união de dois ou mais radicais, mas
 entardecer (en + tar + ecer) sofrem alterações.
 esquentar (es + quent + ar)
 abençoar (a + benç + ar) Exemplos de composição por aglutinação:
 empobrecer (em + pobr + ecer)
 vinagre (vinho + acre)
Derivação imprópria - as palavras são formadas sem  planalto (plano + alto)
nenhum acréscimo, mudando apenas a sua classe  embora (em + boa + hora)
gramatical (por exemplo: um advérbio que passa a ser  fidalgo (filho + de + algo)
um substantivo).  aguardente (água + ardente)

Exemplos de derivação imprópria:

 Que andar esquisito… (“Andar” é um verbo


que, neste caso, tem valor de substantivo.)
- RADICAL -
 Sou zero em matemática. (“Zero” é um
numeral que, neste caso, tem valor de O radical é o elemento base que serve de significado à
substantivo.) palavra. Ele não sofre alterações, ou seja, permanece
 Já trato do jantar! (“Jantar” é um verbo que, igual sempre, por exemplo:
neste caso, tem valor de substantivo.)
 Sinto falta do azul do mar. (“Azul” é um  ferro e ferrugem
adjetivo que, neste caso, tem valor de  floricultura e florista
substantivo.)  perfume e perfumado
 Não lhe dê um não, por favor. (“Não” é um
advérbio de negação, mas a palavra “não” A raiz da palavra é o elemento que indica a origem de
em negrito tem valor de substantivo.) uma palavra. Ela contém o significado das palavras e
pode sofrer alterações. As palavras que possuem a pessoa do singular do presente do indicativo
mesma família etimológica contém a mesma raiz, por - eu como)
exemplo: carr- é a raiz nominal de carro e noc- é a raiz
nominal de nocivo. Vogal temática

A raiz é estudada na etimologia e não na morfologia, A vogal temática é a vogal que se junta ao radical da
que é a parte da gramática em que estudamos a palavra. Nos verbos, temos três tipos de vogais
estrutura das palavras. temáticas segundo as conjugações verbais:

-TEMA -  a é a vogal temática dos verbos da 1ª


conjugação, por exemplo: amar, cantar,
O tema da palavra é um elemento formado pelo radical sonhar
e pela vogal temática.  e é a vogal temática dos verbos da 2ª
conjugação, por exemplo: vender, comer,
Nos verbos, quando tiramos o "r" do infinitivo, correr
obtemos o tema. Os verbos no infinitivo terminam em  i é a vogal temática dos verbos da 3ª
-ar, -er, -ir, por exemplo: conjugação, por exemplo: sorrir, partir, abrir

 estudar - sem o r, fica estuda, que é o tema da Vogais e consoantes de ligação


palavra: estud (radical) + a (vogal temática)
 romper - sem o r, fica rompe, que é o tema da As vogais e as consoantes de ligação são elementos
palavra: romp (radical) + e (vogal temática) incluídos nas palavras para facilitar a pronúncia, por
 partir - sem o r, fica parti, que é o tema da exemplo:
palavra: part (radical) + i (vogal temática)
 maresia
- AFIXOS -  bananeira
 cafeteira
 chaleira
Os afixos são elementos complementares das palavras
que se juntam a um radical ou tema e formam novas
palavras. - PROCESSOS POR COMPOSIÇÃO

São classificados em prefixos (quando aparecem antes
do radical) e sufixos (quando aparecem depois do Composição por justaposição - as palavras são
radical), por exemplo: formadas pela união de dois ou mais radicais, sem
apresentar alterações nos seus sons, ou seja, sem
 prefixo: infeliz alterações fonéticas.
 sufixo: felizardo
 prefixo e sufixo: infelizmente Exemplos de composição por justaposição:

 cachorro-quente (cachorro + quente)


 pé-de-meia (pé + de + meia)
Desinências  passatempo (passa + tempo)
 guarda-chuva (guarda + chuva)
As desinências são morfemas acrescidos no final das  pontapé (ponta + pé)
palavras e que indicam as suas flexões.
Composição por aglutinação - as palavras são
São classificadas em desinências verbais (quando formadas pela união de dois ou mais radicais, mas
indicam as flexões de número, pessoa, modo e tempo sofrem alterações.
dos verbos) e desinências nominais (quando indicam
as flexões de gênero (masculino e feminino) e de Exemplos de composição por aglutinação:
número (singular e plural) dos nomes, por exemplo:
 vinagre (vinho + acre)
 desinência nominal de número: menina -  planalto (plano + alto)
meninas  embora (em + boa + hora)
 desinência nominal de gênero: garoto - garota  fidalgo (filho + de + algo)
 desinência verbal: como (desinência número  aguardente (água + ardente)
pessoal do verbo "comer" que indica a 1.ª
Período Simples
apresenta apenas uma oração, a qual é chamada As orações coordenadas podem ser sindéticas ou
de oração absoluta. assindéticas, respectivamente, conforme são utilizadas
ou não conjunções.
Exemplos:
Exemplos:
 Já acordamos.
 Hoje está tão quente! Ora fala, ora não fala. (oração coordenada sindética,
 Preciso disto. marcada pelo uso da conjunção “ora...ora”).
As aulas começaram, os deveres começaram e a
Período Composto preguiça deu lugar à determinação. (orações
coordenadas assindéticas: “As aulas começaram, os
deveres começaram”, oração coordenada sindética: “e
apresenta duas ou mais orações.
a preguiça deu lugar à determinação”.)
Exemplos:
As orações coordenadas sindéticas podem ser:
 Conversamos quando eu voltar.
 Aditivas: quando as orações expressam soma.
 É sua obrigação explicar o que aconteceu.
Exemplo: Gosta de praia, mas
 Descansou, passeou e fez o que mais quis nas
também gosta de campo.
férias.
 Adversativas: quando as orações expressam
adversidade. Exemplo: Gostava do
O número de orações depende do número de verbos curso, contudo não havia vaga na sua
presentes num enunciado. cidade.
 Alternativas: quando as orações expressam
Classificação do Período Composto alternativa. Exemplo: Vai ele ou vou eu.
 Conclusivas: quando as orações expressam
Conforme a sua formação, o período composto é conclusão. Exemplo: Estão de
classificado em: período composto por coordenação ou acordo, então vamos.
período composto por subordinação  Explicativas: quando as orações expressam
explicação. Exemplo: Fizemos o trabalho
O período composto por coordenação contém hoje porque tivemos tempo.
orações independentes entre si, ou seja, cada uma delas
têm sentido completo. Orações Subordinadas

Exemplos: As orações subordinadas podem ser substantivas,


adjetivas ou adverbiais, conforme a sua função.
Levantou e começou a trabalhar.
Assaltou a loja e correu pela porta dos fundos. Exemplos:

O período composto por subordinação contém  Substantivas: quando as orações têm função de
orações que se relacionam entre si. substantivo. Exemplo: Espero que vocês
consigam.
Exemplos:  Adjetivas: quando as orações têm função de
adjetivo. Exemplo: Os concorrentes que
Espero terminar os enfeites até que os dormem mais têm um desempenho melhor.
convidados comecem a chegar.  Adverbiais: quando as orações têm função de
Fiz a receita mesmo sem saber quais advérbio. Exemplo: À medida que crescem,
ingredientes levava. aumentam as preocupações.

Quando há a presença de orações coordenadas e Classificação das orações subordinadas


subordinadas, o período é misto.
adverbiais
Exemplos:
As orações subordinadas adverbiais são iniciadas por
uma conjunção subordinativa, isto é, aquelas que ligam
Levantei, embora ainda estivesse cheio de sono. as frases (principal e a subordinada).
Enquanto ele falar, nós vamos escutar.
Elas são classificadas em nove tipos, de acordo com a
Orações Coordenadas circunstância que exprimem na frase:
1. Oração subordinada adverbial causal 5. Oração subordinada adverbial conformativa
As orações subordinadas adverbiais causais exprimem As orações subordinadas adverbiais conformativas
causa ou o motivo. exprimem conformidade.

As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas


são: porque, que, como, pois que, porquanto, visto que, são: conforme, segundo, como, consoante, de acordo,
uma vez que, já que, etc. etc.

Exemplos: Exemplos:

 Não fomos à festa, pois estava chovendo  Consoante às regras de conduta criadas,
muito. Antenor preferiu alertar seus colegas de
 Ele não foi à escola hoje, porque estava trabalho.
doente.  Faremos o bolo conforme as dicas dadas pela
Maria Elisa.
2. Oração subordinada adverbial comparativa
As orações subordinadas adverbiais comparativas 6. Oração subordinada adverbial consecutiva
exprimem comparação. As orações subordinadas adverbiais consecutivas
exprimem consequência.
As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas
são: como, assim como, tal como, tanto como, tanto As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas
quanto, como se, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que são: de modo que, de sorte que, sem que, de forma
nem, que (combinado com menos ou mais). que, de jeito que, etc.

Exemplos: Exemplos:

 Paula é estudiosa tanto quanto seu irmão (é).  O palestrante falou tão baixo, de forma
 Luísa estava nervosa na reunião tal como eu que não conseguimos ouvir a apresentação.
(estava).  Nunca abandonou seus sonhos, de sorte
que acabou concretizando-os.
3. Oração subordinada adverbial concessiva
As orações subordinadas adverbiais concessivas 7. Oração subordinada adverbial final
exprimem quebra de expectativa. As orações subordinadas adverbiais finais exprimem
finalidade.
As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas
são: embora, conquanto, por mais que, posto que, As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas
ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, em são: a fim de que, para que, que, porque, etc.
que pese, etc.
Exemplos:
Exemplos:
 Estamos aqui para trabalhar.
 Luciana gosta muito de dançar, embora esteja  Escolhemos fazer o curso para que possamos
com o pé quebrado. trabalhar na área desejada.
 Por mais que Rosana não queira, ela vai à
apresentação. 8. Oração subordinada adverbial temporal
As orações subordinadas adverbiais temporais
4. Oração subordinada adverbial condicional exprimem circunstância de tempo.
As orações subordinadas adverbiais condicionais
exprimem condição. As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas
são: enquanto, quando, desde que, sempre que, assim
As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas que, agora que, antes que, depois que, logo que, etc.
são: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que,
desde que, a menos que, sem que, etc. Exemplos:

Exemplos:  Enquanto eles se divertem, nós trabalhamos.


 Assim que passar no exame final, irei de
 Iremos à festa, desde que não chova. férias.
 Caso José apareça, falaremos sobre a reunião.
9. Oração subordinada adverbial proporcional
As orações subordinadas adverbiais proporcionais
exprimem proporção.

As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas


são: à proporção que, à medida que, ao passo que,
tanto mais, tanto menos, quanto mais, quanto menos,
etc.

Exemplos:

 À medida que o tempo passa, estamos mais


distantes.
 Quanto mais estudava para a prova, mais
confiante ficava.

Principais verbos de Ligação


Os principais verbos de ligação são: ser, estar,
permanecer, ficar, tornar-se, andar, parecer, virar,
continuar, viver.

Exemplos:

 A plateia é toda jovem. (Verbo de Ligação)


 Hoje teremos casa cheia. (Verbo Transitivo)
 Não vou! (Verbo Intransitivo)

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