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Figuras de

linguagem
Figuras de linguagem são formas de
expressão que destoam da linguagem comum
ou denotativa. Elas dão ao texto um
significado que vai além do sentido literal,
portanto permitem uma plurissignificação do
enunciado.
Por exemplo, na frase “Fabiano tem muita cara de pau em
aparecer aqui depois de tudo que ele me fez”.
A expressão “cara de pau” indica que Fabiano não tem
vergonha na cara e não que a cara dele, literalmente, é
feita de madeira.
Dependendo da sua
função, elas são
classificadas em:
Figuras de pensamento: trabalham com a combinação de ideias e
pensamentos. Exemplos: hipérbole, eufemismo, ironia, personificação,
antítese, paradoxo, gradação e apóstrofe.
Figuras de palavras ou semânticas: estão associadas ao
significado das palavras. Exemplos: metáfora, comparação,
metonímia, catacrese, sinestesia e perífrase.
Figuras de sintaxe ou construção: interferem na
estrutura gramatical da frase. Exemplos: elipse,
zeugma, hipérbato, polissíndeto, assíndeto, anacoluto,
pleonasmo, silepse e anáfora.
Figuras de som ou harmonia: estão
associadas à sonoridade das palavras.
Exemplos: aliteração, paronomásia,
assonância e onomatopeia.
Paradoxo
O paradoxo é uma figura de
linguagem, mais precisamente uma
figura de pensamento, baseada na
contradição.
Muitas vezes, o paradoxo pode
apresentar uma expressão absurda e
aparentemente sem nexo, entretanto,
ele expõe uma ideia coerente e
fundamentada na verdade.
Exemplos de frases
com paradoxo
Já estou cheio de me
sentir vazio. (Renato
Russo)
O amor é ferida que
dói e não se sente.
(Luís Vaz de Camões)
Bastou ouvir o teu
silêncio para chorar
de saudades.
(Reinaldo Dias)
A sua sinceridade
falsa enganava muita
gente.
O som do silêncio,
para algumas
pessoas, é
perturbador.
Ironia
Ironia é uma figura de linguagem que
utiliza palavras com sentido oposto
para dar ênfase ao discurso.
Como esse recurso estilístico
recorre à combinação de ideias
e pensamentos, é classificado
como uma figura de
pensamento.
Exemplos de ironia
Aqueles eram os
empregados que todo
patrão queria ter: ágeis
como as preguiças.
Que tal falar mais
alto para os vizinhos
também participarem
na nossa conversa?
Sempre delicada,
derruba tudo o que
encontra pelo
caminho.
Hipérbole
Na língua portuguesa, a Hipérbole ou Auxese é uma figura de
linguagem, mais precisamente uma figura de pensamento, a
qual indica o exagero intencional do enunciador.
Em outras palavras, a hipérbole é um recurso muito utilizado,
inclusive na linguagem do dia a dia, a qual expressa uma ideia
exagerada ou intensificada de algo ou alguém
Se eu souber que você errou o caminho, eu te
mato.

Tentei falar com ela bilhões de vezes durante


a semana.

Ele demorou um século para chegar aqui.

Ela estava morrendo de rir da piada dele.


Eufemismo
o eufemismo é um recurso estilístico muito utilizado na
linguagem coloquial bem como nos textos literários com
o intuito de atenuar ou suavizar o sentido das palavras,
substituindo assim, os termos contidos no discurso,
embora o sentido essencial permanece, por exemplo:
Ele deixou esse mundo. (nesse caso, a expressão “deixou
esse mundo”, ameniza o discurso real: ele morreu.)
Sua vizinha é
desprovida de beleza.
Metáfora
"Metáfora é uma figura de linguagem; mais
particularmente, uma figura de palavra, pois apresenta
uma palavra (ou expressão) com sentido figurado. Assim,
podemos definir metáfora como sendo uma espécie de
comparação, porém uma comparação implícita, pois não
exige conjunção ou locução conjuntiva comparativa."
Gabriel é um gato.
(subentende-se beleza felina)

Lucas é um touro.
Fernando é um anjo.
Dona Filomena é uma flor.
Metáfora e Comparação
Muita gente confunde a metáfora com outra figura de
linguagem: a comparação.

Veja a diferença:

Catarina é uma flor (metáfora).


Catarina é como uma flor (comparação).
Sinestesia
A sinestesia é uma figura de linguagem que faz parte
das figuras de palavras. Ela está associada com a
mistura de sensações relacionadas aos sentidos: tato,
audição, olfato, paladar e visão.
“Era uma vez

Um lugarzinho no meio do nada

Com sabor de chocolate

E cheiro de terra molhada”


Julia tinha um cheiro doce
característico. Lembrava a
baunilha fresca.
No exemplo, há a mistura de dois sentidos em
"cheiro doce": olfato e paladar. Esse tipo de
figura, por ser um recurso estilístico, é
utilizada comumente em textos musicais e
poéticos. Veja a seguir alguns exemplos de
sinestesia:
Perfume doce (olfato + paladar)

Vermelho gritante (visão + audição)

Resposta seca (audição + tato)

Voz aveludada (audição + tato)


Olhar doce (visão + paladar)

Fala macia (audição + tato)

Cheiro azedo (olfato + paladar)


Assonância
A assonância é um tipo de figura de
linguagem, chamada de figura de som ou
harmonia. Ela é caracterizada pela
repetição harmônica de sons vocálicos
(vogais) numa frase.
Onomatopeia
A Onomatopeia é uma figura de
linguagem que reproduz fonemas
ou palavras que imitam os sons
naturais, quer sejam de objetos, de
pessoas ou de animais.
Aliteração
A aliteração é uma figura de linguagem que consiste na
repetição de fonemas consonantais ou sílabas, para remeter a
um som e estabelecer efeitos sonoros específicos no texto.
“Pedro pedreiro penseiro
esperando o trem

que já vem, que já vem, que já


vem…”
Personificação
(prosopopeia)
A personificação (ou prosopopeia) atribui
características e ações humanas a entes não humanos,
como seres inanimados e animais. É uma figura de
linguagem muito usada na ficção.
As “ondas beijavam” a
areia branca da praia
Eufemismo
Sendo assim, o eufemismo é um recurso
estilístico muito utilizado na linguagem
coloquial bem como nos textos literários com
o intuito ou suavizar o sentido das palavras,
substituindo assim, os termos contidos no
discurso, embora o sentido essencial
permanece
Ele passou desta
para a melhor.
Sua vizinha é
desprovida de beleza.
Acho que eles
faltaram com a
verdade.

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