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ATIVIDADE 25

O QUE É FIGURA DE LINGUAGEM?


A figura de linguagem é uma forma de expressão que se distancia das regras da linguagem denotativa. Assim, ela
pode ser plurissignificativa. Queremos dizer com isso que, ao empregar uma figura de linguagem, o enunciador possibilita uma
interpretação para o seu enunciado que extrapola o sentido original, este associado a uma leitura literal dos fatos, isto é, não
interpretativa. Por exemplo: A pedra chorou de tristeza.

O fato de a pedra chorar mostra o quanto determinada situação é triste. É tão triste que até uma pedra poderia chorar.
Nesse exemplo, a pedra foi PERSONIFICADA, foi tratada como se fosse um ser humano, portanto capaz de chorar e sentir
tristeza.

PERSONIFICAÇÃO OU PROSOPOPEIA - Personificação, atribuição de características humanas a seres irracionais ou a coisas.


O lobo conversou com Chapeuzinho, e decidiram fazer as pazes.

HIPÉRBOLE - Exagero na declaração.


Estava com tanta fome que podia comer um boi inteiro.

ONOMATOPEIA - Palavra cuja sonoridade está associada à coisa representada.


O cocoricó se faz ouvir toda manhã.
O bem-te-vi estava mais triste naquele dia.

Veja que, no primeiro exemplo, “cocoricó” é um substantivo que, em sua sonoridade, representa aquilo a que se
refere, ou seja, imita o canto do galo. Já no segundo exemplo, o substantivo “bem-te-vi” refere-se a um pássaro cujo canto tem
essa sonoridade. Se quiser aprender com maior profundidade essa figura sonora muito utilizada em quadrinhos,
leia: onomatopeia.

ANTÍTESE - Oposição entre palavras, expressões ou ideias.


O bem e o mal caminham de mãos dadas no coração humano.
POLISSÍNDETO: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.
“...e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre...” (Clarice Lispector)

ASSONÂNCIA: consiste na repetição ordenada de mesmos sons vocálicos.


“O que o vago e incógnito desejo/de ser eu mesmo de meu ser me deu”. (Fernando Pessoa)

COMPARAÇÃO: ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por nexos
comparativos explícitos, como tal qual, assim como, que nem e etc. A principal diferenciação entre a comparação e a metáfora é a
presença dos nexos comparativos.
“E flutuou no ar como se fosse um príncipe.” (Chico Buarque)

METÁFORA: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre
o sentido próprio e o sentido figurado. Na metáfora ocorre uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.
“Meu pensamento é um rio subterrâneo”. (Fernando Pessoa)

ALITERAÇÃO: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.


“Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando...Dança doido, dá de duro, dá de dentro, dá direito”. (Guimarães Rosa)

METONÍMIA: assim como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma
coisa passa a ser utilizada com outro sentido. Ou seja, é o emprego de um nome por outro em virtude de haver entre eles algum
relacionamento. A metonímia ocorre quando se emprega:

A CAUSA PELO EFEITO: vivo do meu trabalho (do produto do trabalho = alimento)

O EFEITO PELA CAUSA: aquele poeta bebeu a morte (= veneno)

O INSTRUMENTO PELO USUÁRIO: os microfones corriam no pátio (= repórteres).

EUFEMISMO: consiste em atenuar um pensamento desagradável ou chocante.

Ele sempre faltava com a verdade (= mentia)

PLEONASMO: é uma redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.

“E rir meu riso e derramar meu pranto....” (Vinicius de Moraes)

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