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Escola Estadual "Professor Pedro Calmon"

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LÍNGUA PORTUGUESA

FIGURAS DE LINGUAGENS
A figura de linguagem é uma forma de expressão que se distancia das regras da linguagem
denotativa. Assim, ela pode ser plurissignificativa. Queremos dizer com isso que, ao
empregar uma figura de linguagem, o enunciador possibilita uma interpretação para o seu
enunciado que extrapola o sentido original, este associado a uma leitura literal dos fatos, isto
é, não interpretativa. Por exemplo:
A pedra chorou de tristeza.
Nesse exemplo, o sentido denotativo (original) é que uma pedra verteu lágrimas de seus
olhos porque estava triste. Porém, sabemos que pedras não têm olhos e, portanto, não
podem chorar. Assim, essa expressão afasta-se das regras da linguagem denotativa para
assumir outro sentido.
Desse modo, o fato de a pedra chorar mostra o quanto determinada situação é triste. É tão
triste que até uma pedra poderia chorar. Nesse exemplo, a pedra foi personificada, foi tratada
como se fosse um ser humano, portanto capaz de chorar e sentir tristeza.

Figuras de linguagem são palavras ou expressões conotativas, portanto, apresentam um


sentido que ultrapassa a linguagem comum, literal ou denotativa. Então, se, por exemplo,
escrevemos que “Artur é um doce”, não queremos dizer que ele tem gosto de açúcar, mas
que é uma pessoa delicada.
O que é metáfora de um exemplo?
O pelo do meu cachorro é macio como um tapete felpudo. No enunciado fica evidente a
comparação por meio da expressão “como”. O meu cachorro é um verdadeiro tapete felpudo.
Nesse outro enunciado, ocorre uma metáfora, pois não se compara explicitamente o pelo do
cachorro à maciez do tapete.
Por ser um recurso estilístico que remete ao exagero, a hipérbole costuma ser utilizada para
dar uma intensidade muito maior ou menor àquilo que se quer dizer, dando ênfase ao efeito
do discurso. Veja no exemplo: Eu estou congelando de frio!
Metonímia é uma figura de linguagem ou de palavra que consiste na substituição de uma
palavra ou expressão por outra, havendo entre elas algum tipo de ligação. Desse modo, é
possível apontar a metonímia nas seguintes frases: O fazendeiro precisava de muitos braços
para o trabalho daquela semana.
COMPARAÇÃO:
O que é a Comparação:
Exemplo: “Os seus olhos brilhavam como estrelas no céu” ou “Meu filho joga futebol como o
Pelé”. Retirando os termos conectivos, por exemplo, deixa-se de ter uma comparação e
passa a ser uma metáfora. Exemplo: “Os seus olhos são estrelas no céu” ou “Meu filho é o
Pelé no futebol”.
PROSOPOPÉIA:
O que é prosopopéia?
Exemplos de prosopopeia:
As folhas bailavam alegremente quando o vento passava por elas. As nuvens andavam
lentamente, esperando a chegada do irritado trovão. O passarinho, furioso com a convencida
arara, disse que ia embora. O clássico piano enchia de solenidade a melodia que tocava.
SINESTESIA:
O que é sinestesia?
A sinestesia é o recurso estilístico no qual se utilizam palavras e expressões associadas às
diferentes sensações percebidas pelo corpo humano (visão, audição, olfato, paladar e tato)
para gerar um efeito discursivo. Vejamos alguns exemplos bem comuns: cor berrante (visão
+ audição) perfume doce (olfato + paladar)
Como identificar uma antítese? É possível observar a antítese pela presença de palavras,
expressões ou mesmo orações com sentidos contrários. Veja um exemplo: O namoro de
Paulo e Carla era baseado em amor e ódio.
que é sinédoque é antonomásia?
A sinédoque é a parte pelo todo: “Em que onde falta pão, todos falam e ninguém tem razão”.
Pão, aqui, simboliza a comida comprada com dinheiro fruto do trabalho. Ocorre antonomásia
quando se transfere o valor semântico de um nome próprio para um nome comum que
contenha uma característica que remeta ao nome próprio.
EUFEMISMO:
O que é a figura de linguagem eufemismo?
Ou seja, eufemismo é uma boa palavra, usada em vez de outra com efeito ruim. Entre as
figuras de linguagem, eufemismo é aquela que serve para atenuar o peso do que está sendo
dito, diminuindo o impacto de uma expressão vulgar, feia ou desagradável.
ONOMATOPEIA:
O que é o nome onomatopeia?
Onomatopeias são palavras que procuram imitar aproximadamente sons e ruídos gerados
por alguma ação ou aqueles emitidos por objetos, animais e fenômenos da natureza.

 Metonímia
Substituição de um termo por outro, desde que haja uma relação entre eles.
Assim, pode haver a substituição:
 do autor pela obra:
Você não vai acreditar: comprei um Caravaggio.
(isto é: comprar um quadro do Caravaggio.)
 Catacrese
Emprego inadequado de um termo devido à perda de seu sentido original.
A quarentena já dura dois meses.
Não podíamos embarcar no ônibus sem tirar aquelas fotos.
No primeiro exemplo, a palavra “quarentena”, em seu sentido original, refere-se a um período
de quarenta dias. No entanto, o termo passou a ser empregado com o sentido de
“isolamento”. O mesmo fenômeno acontece no segundo exemplo, em que “embarcar” deixou
de ser apenas o ato de entrar em uma embarcação e teve seu sentido ampliado para o ato
de entrar em qualquer veículo de transporte.
 Perífrase ou antonomásia
É a substituição de um termo por outro que o caracterize, como se fosse uma espécie de
apelido.

O leão é considerado o rei das selvas.


O rei das selvas ainda não é uma espécie em extinção.
O Boca do Inferno não tinha papas na língua.
No primeiro exemplo, “rei das selvas” é uma expressão que se refere ao leão. Já “Boca do
Inferno”, no segundo exemplo, era como o poeta barroco Gregório de Matos (1636-1695) era
chamado.
É importante fazer uma distinção: a perífrase refere-se a coisas ou animais, já a antonomásia
refere-se a pessoas. Nessa perspectiva, o primeiro exemplo é uma perífrase; e o segundo,
uma antonomásia.

 Elipse
Ocultação de palavra ou expressão na estrutura do enunciado.
— Vou te ligar. Qual o seu número?
Nesse exemplo, foi omitida a expressão “de telefone”: Qual o seu número de telefone?
 Zeugma
Um tipo de elipse caracterizado pela omissão de um termo mencionado anteriormente.
Preferia os caminhos difíceis aos fáceis.
Ou seja: Preferia os caminhos difíceis aos (caminhos) fáceis.
 Anáfora
Repetição de uma ou mais palavras no início dos versos ou orações.
Eu não devo ter medo. Eu não devo parar. Eu não devo retroceder.
 Pleonasmo
É o uso de algum termo dispensável, repetitivo, com o objetivo de enfatizar determinada
ideia.
— Vi a abdução com meus próprios olhos — ele afirmou. — Você precisa acreditar em mim!
Atenção! Esse tipo de ênfase é aceitável quando utilizado para melhor expressar uma ideia;
do contrário, é apenas uma redundância, um vício de linguagem. A fim de conhecer mais
detalhes sobre essa figura de linguagem, acesse: pleonasmo.
 Anacoluto
Falta de conexão sintática entre o início de uma frase e a sequência de ideias.
Aquela atriz não sei de quem você está falando.
 Hipérbato
Inversão da ordem direta dos elementos de uma oração ou período.
A ordem direta é composta de sujeito, verbo, complemento ou predicativo:
As manifestações culturais brasileiras são muito valorizadas no exterior.
Assim, temos:
Sujeito: As manifestações culturais brasileiras.
Verbo: são.
Predicativo: valorizadas.
Se ocorrer o hipérbato, a inversão, temos:
Muito valorizadas são as manifestações culturais brasileiras no exterior.
 Polissíndeto
Repetição da conjunção “e”.
E o cachorro latia, e corria, e babava em tudo que via pela frente.

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