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BEM VINDO DE VOLTA!

Retorno das aulas 2021, 3°


bimestre – Profª Emely Moreira
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BOM RETORNO!
HABILIDADES E COMPETÊNCIAS
(EF89LP37) Analisar os efeitos de sentido provocados pelo uso de figuras de
linguagem (ironia, eufemismo, antítese, aliteração, assonância, por exemplo) em
textos de diferentes gêneros.
O QUE SÃO FIGURAS DE LINGUAGEM?
Figuras de linguagem são formas de expressão que saem da linguagem comum ou
denotativa. Elas dão ao texto um significado que vai além do sentido
literal, portanto permitem uma plurissignificação do enunciado. Por exemplo, na frase
“Fabiano tem muita cara de pau em aparecer aqui depois de tudo que ele me fez”,
a expressão “cara de pau” indica que Fabiano não tem vergonha na cara e não que
a cara dele, literalmente, é feita de madeira.

Fonte: https://www.portugues.com.br/gramatica/figuras-estilo-ou-linguagem.html
ASSIM TEMOS
FIGURAS;
de palavras ou semântica;
de sintaxe ou construção;
de pensamento;
de som ou harmonia.
• Figuras de palavras ou semânticas: estão associadas ao significado das palavras.
Exemplos: metáfora, comparação, metonímia, catacrese, sinestesia e perífrase.
• Figuras de pensamento: trabalham com a combinação de ideias e pensamentos.
Exemplos: hipérbole, eufemismo, litote, ironia, personificação, antítese, paradoxo,
gradação e apóstrofe.
• Figuras de sintaxe ou construção: interferem na estrutura gramatical da frase.
Exemplos: elipse, zeugma, hipérbato, polissíndeto, assíndeto, anacoluto, pleonasmo,
silepse e anáfora.
• Figuras de som ou harmonia: estão associadas à sonoridade das palavras.
Exemplos: aliteração, paronomásia, assonância e onomatopeia.
A pedra chorou de tristeza.

Nesse exemplo, o sentido


denotativo (original) é que uma
pedra verteu lágrimas de seus olhos
porque estava triste. Porém,
sabemos que pedras não têm olhos
e, portanto, não podem chorar.
Assim, essa expressão afasta-se das
regras da linguagem denotativa
para assumir outro sentido.
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TIPOS DE FIGURA
DE LINGUAGEM
COMPARAÇÃO
Uma relação de comparação
explícita entre dois termos, marcada
pela presença
de conjunção comparativa.
O pensamento é como um diamante
bruto.
O pensamento é tal qual um
diamante bruto.
O pensamento é igual a um
diamante bruto.
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METÁFORA

A metáfora é uma figura de


linguagem muito popular, cuja
função é a comparação de dois
elementos diferentes,
estabelecendo-se uma relação de
semelhança entre eles. A relação,
que costuma ter um sentido
figurado, pode ser entre
conceitos, entre seres vivos, entre
objetos inanimados e até mesmo
entre duas dessas categorias.
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FRASES
METAFÓRICAS
Meus nervos estão a flor da pele.

Encher a cara.

Brincar com fogo.

Cantar de galo.

Você é o sol da minha vida.

Sou livre como um pássaro.


ATIVIDADE –
EXAGERADO -
CAZUZA

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Comparação implícita.
A razão é a luz na escuridão.
Observe que a “razão” está sendo comparada com a “luz”.
No entanto, não há nenhuma conjunção
comparativa explicitada entre os dois termos. Portanto, se
a frase fosse “A razão é como a luz na escuridão”, não
METÁFORA teríamos mais uma metáfora, mas sim uma comparação.
No primeiro exemplo, temos uma metáfora impura, assim
classificada quando os dois elementos da comparação
implícita estão explicitados – no caso, “razão” e “luz”. Já
na metáfora pura, isso não acontece:
METONÍMIA
A metonímia é uma figura de linguagem em que se utiliza um termo no lugar de
outro. Uma das metonímias mais comuns é quando usamos a parte de uma coisa
para fazer referência a ela de forma completa.
Por exemplo: Depois de me formar, quero ter meu próprio teto.
Neste caso, o termo teto", que é uma parte de uma casa, é utilizada no lugar da palavra
"casa". Costumamos dizer que este tipo de metonímia é aquele que substitui a parte pelo todo.
Do grego, a palavra "metonímia" (metonymía) é constituída pelos termos “meta” (mudança) e
“onoma” (nome), que literalmente significa “mudança de nome”.
EXEMPLOS DE METONÍMIA
Parte pelo todo: Ele possuía inúmeras cabeças de
gado.
(a palavra "cabeças" se refere a bois inteiros, e não
apenas "cabeças" de bois")

Causa pelo efeito: Consegui comprar a televisão


com meu suor.
(a palavra "suor" se refere à palavra "trabalho")

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Autor pela obra: Muitas vezes, li Camões.
("Camões" se refere à obra literária desse autor, ou seja: Muitas vezes, li os
livros de Camões)

Inventor pelo Invento: Por que esperar? Pegue no seu Graham Bell e fale já
com ela!
(o inventor do telefone - Graham Bell - foi usado no lugar da sua invenção)
Marca pelo produto: Meu pai adora tomar Nescau com leite.
(a marca Nescau se refere a chocolate em pó)

Matéria pelo objeto: Passou a vida atrás do vil metal.


(o material "metal" se refere ao dinheiro)

Singular pelo plural: O cidadão foi às ruas lutar pelos seus direitos.
(a palavra "cidadão", que está no singular, se refere a vários cidadãos)
Concreto pelo abstrato: Natália, a melhor aluna da classe, tem ótima cabeça.
(a palavra "cabeça", que é um substantivo concreto, se refere à palavra
"inteligência", que é um substantivo abstrato).

Continente pelo conteúdo: Quero um copo d’água.


(a palavra "copo d´água" se refere a um copo COM água)

Gênero pela espécie: Os homens cometeram barbaridades.


(a palavra "homens" foi usada no lugar da palavra "humanidade"
QUAL A
DIFERENÇA
ENTRE
METONÍMIA E
METÁFORA?

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A diferença entre a metonímia e metáfora é que a metonímia utiliza um termo por
outro pela relação de proximidade entre eles, enquanto a metáfora faz uma
comparação entre dois termos.
Exemplo de metonímia: Comprei Maisena para fazer o bolo.
Neste caso, a palavra "maisena", que é uma marca, está sendo utilizada no lugar do
produto, que é o amido de milho. Este é o tipo de metonímia que substitui a marca
pelo produto.
Exemplo de metáfora: Margarida é uma gata.
Neste caso, a beleza de Margarida está sendo comparada com a beleza de uma
gata.
A metonímia e a metáfora são figuras de linguagem. As figuras e linguagem são
recursos de estilo usados para dar ênfase aos discursos.
Fonte: https://www.todamateria.com.br/metonimia/
CATACRESE
Emprego inadequado de um termo
devido à perda de seu sentido original.
A quarentena já dura dois meses.
Não podíamos embarcar no ônibus sem tirar
aquelas fotos.
No primeiro exemplo, a palavra “quarentena”,
em seu sentido original, refere-se a um período
de quarenta dias. No entanto, o termo passou
a ser empregado com o sentido de
“isolamento”. O mesmo fenômeno acontece no
segundo exemplo, em que “embarcar” deixou
de ser apenas o ato de entrar em uma
embarcação e teve seu sentido ampliado para
o ato de entrar em qualquer veículo de
transporte.
Observe os termos destacados nas frases abaixo:
- A asa da xícara quebrou.
- A perna da mesa está torta.
- O meu fogão tem seis bocas.
Você consegue notar os mecanismos semânticos utilizados para que esses termos
fossem utilizados? Ocorre que, por falta de um termo específico para designar essas
partes dos objetos citados nas frases, utilizamos outros que possuem uma semelhança
conceitual: asa (a forma de uma asa), perna (o que sustenta em pé) e bocas (por
onde nos expressamos, colocamos nossa energia no mundo). Enfim, esse recurso
estilístico é uma figura de linguagem que manipula as palavras e é chamado de
catacrese.
PERÍFRASE OU ANTONOMÁSIA
É a substituição de um termo por outro que o caracterize, como se fosse uma espécie
de apelido.
O rei das selvas ainda não é uma espécie em extinção.
O Boca do Inferno não tinha papas na língua.
No primeiro exemplo, “rei das selvas” é uma expressão que se refere ao leão. Já
“Boca do Inferno”, no segundo exemplo, era como o poeta barroco Gregório de
Matos (1636-1695) era chamado.
É importante fazer uma distinção: a perífrase refere-se a coisas ou animais, já a
antonomásia refere-se a pessoas. Nessa perspectiva, o primeiro exemplo é uma
perífrase; e o segundo, uma antonomásia.
BOCA DO INFERNO
– GREGÓRIO DE
MATOS
SINESTESIA
Combinação de dois ou mais sentidos, ou seja, visão, olfato, audição, paladar e tato.
No doce caminho que percorri, ouvi cantarem os pássaros no calor da manhã.
Perceba que a palavra “doce” aciona o paladar; o verbo “cantarem”, a audição; e
o substantivo “calor”, o tato. Se quiser saber mais sobre essa figura, leia o nosso
texto: sinestesia.
EUFEMISMO
O eufemismo é utilizado para suavizar o discurso.
Exemplo: Entregou a alma a Deus.
Acima, a frase informa a morte de alguém.
Ricardo é um boa-vida, não tem jeito.
(Ricardo é um vagabundo.)
Pessoas da terceira idade sofrem com a estrutura das grandes cidades.
(Pessoas velhas.)
Reconheço que minha filha é estressada com as pessoas.
(É grosseira.)
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/gramatica/eufemismo.htm
ANTÍTESE
A antítese é o uso de termos que têm sentidos opostos.
Exemplo: Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.
A oposição de sentidos pode ser entre palavras, entre expressões ou mesmo entre
orações. Quando os termos usados aparecem próximos no enunciado, cria-se uma
relação que intensifica o sentido do discurso. A antítese também ocorre na linguagem
não verbal.
ALITERAÇÃO
É definida pela repetição de fonemas consonantais num enunciado. Isso significa que
esses sons podem ser parecidos ou iguais e, geralmente, estão localizados no início
ou no meio da palavra.
A aliteração produz um efeito sonoro interessante, marcando o ritmo e sugerindo
alguns sons semelhantes às palavras que compõem o texto.
Sendo assim, a aliteração é um recurso linguístico muito utilizado nos textos poéticos
para enfatizar determinado som oferecendo maior expressividade ao texto.
Aliteração: “Chove chuva, chove sem parar” (Jorge Bem Jor): repetição das
consoantes “ch”.
• “Vozes veladas, veludosas vozes,/Volúpias dos violões, vozes veladas/Vagam
nos velhos vórtices velozes/Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.” (Cruz e Souza) –
repetição da consoante “v”.
• “Leva-lhe o vento a voz, que ao vento deita.” (Luís de Camões) – repetição da
consoante “v”.
• “O rato roeu a roupa do rei de Roma.” (provérbio popular) – repetição da
consoante “r”.
• “Quem com ferro fere com ferro será ferido.” (provérbio popular) – repetição da
consoante “f”.
• “O sabiá não sabia que o sábio sabia que o sabiá não sabia assobiar.” (provérbio
popular) – repetição da consoante “s”.
ASSONÂNCIA
A assonância é um tipo de figura de linguagem, chamada de figura de som ou
harmonia. Ela é caracterizada pela repetição harmônica de sons vocálicos (vogais)
numa frase.
É um recurso estilístico muito utilizado na literatura, na música e nos provérbios
populares. Ela oferece maior expressividade ao texto por meio da intensificação da
musicalidade e do ritmo.
“Juro que não acreditei, eu te estranhei/Me debrucei sobre teu corpo e duvidei/E
me arrastei e te arranhei/E me agarrei nos teus cabelos” (Atrás da Porta – Chico
Buarque) – repetição das vogais “ei”.
“Meu amor/O que você faria/Se só te restasse esse dia?/Se o mundo fosse
acabar/Me diz o que você faria” (O que você faria – Lenine) – repetição das
vogais “ia”

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