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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA DE LABORATÓRIO II DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS
(DEQ-1017)
PROFESSOR DR. EVANDRO STOFFELS MALLMANN
SEDIMENTAÇÃO
20 de Setembro de 2017
RESUMO
1
e um lodo com maior teor de sólido na parte inferior. Os sedimentadores podem ser
classificados em clarificadores ou espessadores.
Os sedimentadores clarificadores tem como fase de interesse o líquido limpo, já os
espessadores a fase de interesse é a zona de lama (fase particulada). No experimento, foi
utilizada uma proveta como sedimentador, com objetivo de averiguar a sedimentação em
soluções de carbonato de cálcio(CaCO3) e hidróxido de cálcio(Ca(OH)2), para duas
concentrações diferentes. Posteriormente foram plotados os gráficos altura da interface versus
tempo. Além disso, foi feito o dimensionamento do sedimentador, com o cálculo da área,
diâmetro e altura necessários para cada condição.
2
LISTA DE FIGURAS
3
LISTA DE TABELAS
4
NOMENCLATURA
Z = altura da interface;
v = velocidade de sedimentação;
Zt = altura no tempo t;
Zo = altura inicial;
t = tempo;
CL = concentração de lodo;
C0 = concentração inicial;
A = área do sedimentador;
D = diâmetro do sedimentador;
q = vazão de alimentação;
5
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 7
2. OBJETIVOS 8
2.1.1. Objetivos específicos 8
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 9
3.1. Sedimentação 9
3.2. Dimensionamento de um sedimentador 12
4.1 Materiais 16
4.2. Procedimento Experimental 16
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 17
5.1. Resultados 17
6.CONCLUSÃO 23
7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25
6
1. INTRODUÇÃO
7
2. OBJETIVOS
8
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1. Sedimentação
A sedimentação é uma operação baseada no transporte de partículas sólidas através de
um meio líquido. Essa separação ocorre dentro de um sedimentador, o qual é muito utilizado
em indústrias químicas, em tratamento de água de efluentes. As partículas estão sujeitas às
forças da gravidade, empuxo e resistência ao movimento. Quando a densidade da fase sólida
é maior que a da fase líquida, conduz ao fenômeno da sedimentação, que é a deposição da
fase sólida na base do equipamento.
Nas bibliografias os sedimentadores são comumente classificados em dois grupos: os
clarificadores e os espessadores, o primeiro pretende obter como produto o líquido e
caracterizam-se pela produção de lama com baixas concentrações, já o segundo visa um
produto sólido e caracterizam-se pela formação de lamas muito concentradas, são os mais
utilizados industrialmente e geralmente operam em regime contínuo.
A figura 1 mostra uma vista esquemática de um sedimentador contínuo convencional
9
Geralmente os sedimentadores são construídos em seção circular e operam
continuamente providos de uma parte cilíndrica e uma cônica visando a facilidade de retirada
da corrente de fundo do equipamento. Na parte superior, observa-se a existência de um
vertedouro, por onde transborda a corrente de líquido clarificado. A alimentação da
suspensão que se deseja processar, é posicionada na região central e pode ser feita no topo ou
no interior do equipamento.
Estudos recentes foram realizados com a finalidade de melhorar o projeto dos
sedimentadores, a partir dessas melhorias surgiram duas modalidades de sedimentadores: os
sedimentadores convencionais e os não-convencionais, o primeiro é caracterizado por
apresentar diâmetro muito maior que a altura e a alimentação é feita no topo do equipamento,
qualquer modificação relativa aos modelos convencionais, caracterizam o segundo.
O sedimentador convencional compõe um tanque dotado de um sistema de
alimentação de suspensão e um de retirada de lama, assim como, mecanismos para descarga
do overflow e do underflow. A figura 2 mostra um sedimentador convencional.
10
um ponto interior da região de compactação , o que elimina a necessidade da sedimentação
livre das partículas sólidas, pois as mesmas já são alimentadas num leito de lama já existente,
que aprisiona as partículas sólidas enquanto o líquido lixivia o leito ascendendo em direção à
região de líquido clarificado.
A figura 3 mostra o esquema de um sedimentador lamelado e a figura 4 mostra
esquemas que englobam características dos sedimentadores de alta capacidade e de
alimentação submersa.
Fontes: http://www.solidliquid-separation.com e
http://www.outokumpu.com/en/Pages/default.aspx apud Silva (2004).
Figura 4 : configuração de Alta Capacidade/ configuração de Alimentação Submersa (High
Reith/ High Capacity Thickener).
11
3.2. Dimensionamento de um sedimentador
Em meados de 1952, KYNCH desenvolveu uma teoria simplificada para descrever o
fenômeno de sedimentação em batelada. Tal teoria estipula que de posse do conhecimento do
movimento da interface descendente e da concentração inicial, consegue-se definir a variação
da velocidade das partículas na suspensão. Admitindo as seguintes hipóteses:
● A sedimentação é unidimensional;
● A concentração aumenta com o tempo no sentido do fundo do recipiente;
● A velocidade de sedimentação tende a zero, quando a concentração tende a
seu valor máximo;
● A velocidade de sedimentação depende apenas da concentração local de
sólidos;
● Os efeitos de parede não são considerados.
A teoria de Kynch aponta que o processo de sedimentação em batelada expõe quatro
regiões diferentes que são apresentadas na figura 5, em que está representada a dinâmica da
sedimentação em provetas (a) e a referente curva de sedimentação (b).
12
Na região de líquido clarificado não há presença de sólidos, já na região de
sedimentação livre a concentração de sólidos é igual a concentração inicial e a velocidade de
sedimentação é constante, a região de transição é onde a velocidade de sedimentação é
decrescente e a concentração altera-se, por fim, na região de compressão a velocidade de
sedimentação é nula e a concentração é constante.
A interpretação gráfica dos resultados obtidos por KYNCH é apresentada na figura
abaixo.
13
O dimensionamento de um sedimentador consta da determinação do valor da sua
altura e da área transversal, baseado em dados operacionais da sedimentação em batelada. A
área do sedimentador pode ser obtida pela seguinte equação:
2
π D q .Ѳmin
A== (4)
4 Zo
Onde A é a área do sedimentador, D é o diâmetro do sedimentador, q é a vazão de
alimentação e Ѳmin é o tempo crítico.
Já a altura do sedimentador é dada pelas equações
H=H 1 + H 2 + H 3 (5)
Onde H 1 é a altura da zona clarificada (0,45< H 1<0,75m), H 2 é a altura da região de
espessamento, H 3 é a altura do fundo do sedimentador.
As alturas H 2 e H 3 serão dadas pelas seguintes equações:
4 tR
H 2= Z min ( )(6)
3 θmin
H 3=0,073 D(7)
Sendo t R o tempo de residência da fase particulada na zona de compactação, dado por:
t R =t CLI −t VC (8)
Sendo, t CLI o tempo relativo a concentração de lodo ideal e t VC o tempo onde a velocidade de
sedimentação torna-se constante.
Partículas que possuem maior diâmetro ou com formato esférico possuem uma
maior facilidade de sedimentar quando comparado com partículas de mesmo peso
14
porém com formato irregular. Para contornar este problema, é possível utilizar o
processo de floculação com o intuito de aglomerar as partículas, transformando-as
assim em unidades maiores e com formato aproximado de uma esfera.
15
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Materiais
● 4 provetas graduadas de 1L;
● Régua;
● Cronômetro;
● Carbonato de cálcio(CaCO3) e hidróxido de cálcio(Ca(OH)2).
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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1. Resultados
Para cada ensaio, utilizando-se os dados coletados da altura da interface(Z) e do
tempo(t), estimou-se a curva Z versus t, assim como as equações do modelo exponencial que
as descrevem(e seus parâmetros), com valor de R igual ou superior a 0,997,como mostra os
gráficos seguintes:
Figura 7: Altura da interface em função do tempo para solução de Ca(OH)2 com 50g/L.
17
Figura 8: Altura da interface em função do tempo para solução de Ca(OH)2 com 80g/L.
Figura 9: Altura da interface em função do tempo para solução de CaCO3 com 50g/L.
18
Figura 10: Altura da interface em função do tempo para solução de CaCO3 com 80g/L.
19
Tabela 1: Valores de CaCO3 nas concentrações de 50 e 80g/L.
CaCO3 50g/L 80g/L
V (ml) h(cm) t(min) v(cm/min) C g/L t(min) v(cm/min) C(g/L)
1000 34,00 0,00 - 50,00 0,00 - 80,00
950 32,30 1,37 1,24 52,63 2,27 0,75 84,21
900 30,60 2,53 1,46 55,56 4,37 0,81 88,89
850 28,90 3,92 1,23 58,82 6,52 0,79 94,12
800 27,20 5,22 1,31 62,50 8,70 0,78 100,00
750 25,50 6,57 1,26 66,67 11,00 0,74 106,67
700 23,80 7,90 1,28 71,43 13,23 0,76 114,29
650 22,10 9,32 1,20 76,92 15,53 0,74 123,08
600 20,40 10,65 1,28 83,33 17,83 0,74 133,33
550 18,70 12,07 1,20 90,91 20,28 0,69 145,45
500 17,00 13,50 1,19 100,00 22,72 0,70 160,00
450 15,30 14,92 1,20 111,11 25,62 0,59 177,78
400 13,60 16,32 1,21 125,00 29,20 0,47 200,00
350 11,90 17,87 1,10 142,86 36,20 0,24 228,57
300 10,20 19,30 1,19 166,67 48,70 0,14 266,67
250 8,50 20,92 1,05 200,00 68,38 0,09 320,00
200 6,80 26,75 0,29 250,00 79,08 0,06 347,83
190 6,46 29,50 0,12 263,16
180 6,12 32,83 0,10 277,78
170 5,78 36,63 0,09 294,12
160 5,44 40,77 0,08 312,50
150 5,10 45,33 0,07 333,33
140 4,76 49,83 0,08 357,14
20
Tabela 2: Valores de Ca(OH)2 nas concentrações de 50 e 80g/L.
Ca(OH)2 50g/ 80g/L
L
Vol (ml) h(cm) t(min) v(cm/min) Con. t(min) v(cm/min) Con.(g/L)
G/L
1000 34,00 0,00 50,00 0,00 80,00
950 32,30 2,40 0,71 52,63 5,22 0,33 84,21
900 30,60 4,95 0,67 55,56 10,28 0,34 88,89
850 28,90 7,58 0,65 58,82 15,62 0,32 94,12
800 27,20 10,08 0,68 62,50 20,97 0,32 100,00
750 25,50 12,60 0,68 66,67 26,42 0,31 106,67
700 23,80 15,02 0,70 71,43 32,10 0,30 114,29
650 22,10 17,55 0,67 76,92 38,00 0,29 123,08
600 20,40 20,07 0,68 83,33 44,13 0,28 133,33
550 18,70 22,82 0,62 90,91 50,87 0,25 145,45
500 17,00 25,35 0,67 100,00 58,28 0,23 160,00
450 15,30 27,87 0,68 111,11 66,52 0,21 177,78
400 13,60 30,78 0,58 125,00 75,87 0,18 200,00
350 11,90 34,00 0,53 142,86 85,72 0,17 228,57
300 10,20 38,60 0,37 166,67 96,58 0,16 266,67
250 8,50 46,22 0,22 200,00
200 6,80 55,33 0,19 250,00
190 6,46 58,00 0,13 263,16
180 6,12 60,25 0,15 277,78
170 5,78 62,58 0,15 294,12
160 5,44 65,17 0,13 312,50
150 5,10 67,68 0,14 333,33
Com os resultados de CLI calculou-se os valores de Zmin para cada ensaio (equação
3), com isso determinou-se os valores do θmin usando as equações estimadas no
STATISTICA para cada sistema.
21
De posse dos valores de θmin, calculou-se o diâmetro e a área do sedimentador
necessário para cada solução.
Para o cálculo da altura do sedimentador, calculou-se o tempo de residência (t R), junto
com o tempo onde a velocidade de sedimentação se torna constante, os valores da tVC foram
obtidos da média dos últimos dois pontos das tabelas. Os valores utilizados para a altura da
zona clarificada variam entre 0,45 e 0,75 m, o valor utilizado foi de 0,6m. Abaixo segue a
tabela com seus respectivos resultados.
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6.CONCLUSÃO
23
24
7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
25