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BARRAGENS
UNIDADE III
MANEJO DE ÁGUA NA BARRAGEM
Elaboração
Igor Brumano Coelho Amaral
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE III
MANEJO DE ÁGUA NA BARRAGEM................................................................................................................................................ 5
CAPÍTULO 1
HIDRÁULICA BÁSICA.................................................................................................................................................................... 7
CAPÍTULO 2
MÉTODOS DE EXTRAVASÃO.................................................................................................................................................. 11
CAPÍTULO 3
DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS HIDRÁULICAS............................................................................................... 15
REFERÊNCIAS................................................................................................................................................19
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MANEJO DE ÁGUA NA
BARRAGEM
UNIDADE III
Dessa forma, em casos de maior risco, sobretudo à vida humana, deve-se realizar
um estudo hidrológico profundo, de modo a avaliar todos os riscos associados à
extravasão e possibilidade de rompimento das estruturas. Assim, os extravasores
são estruturas hidráulicas sobre as quais devemos estar muito atentos, pois devem
trabalhar com grandes esforços hidráulicos ao longo da vida útil da estrutura da
barragem.
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UNIDADE iii | Manejo de água na barragem
Objetivos da Unidade
» Relembrar conceitos de hidráulica básica.
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CAPÍTULO 1
HIDRÁULICA BÁSICA
As barragens de rejeito são estruturas hidráulicas que contêm material fluido, seja
água ou rejeito, por isso devemos estudar alguns conceitos de hidráulica básica
para projeto e operação.
[12]
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Q=V.A
[13]
�� �◌
��
[14]
Segundo essa equação, pelo princípio da conservação das massas, a massa de fluido
no sistema é igual à diferença entre a quantidade que entra e a quantidade que sai.
De acordo com essa equação, caso não haja ganho ou perda de energia, a energia no
ponto 1 é igual à energia no ponto 2.
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Manejo de água na barragem | UNIDADE iii
Muitos desses modelos matemáticos vêm sendo aplicados por meio do uso de
softwares de cálculo e simulações. O uso de softwares tem como objetivo acelerar
e padronizar a aplicação dos modelos matemáticos durante o dimensionamento
das estruturas. Com o uso de softwares, por exemplo, é automatizado o processo de
obtenção de dados de projeto, além da possibilidade de se calcular toda uma rede
hidráulica de maneira completa e integrada em vários pontos do projeto.
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CAPÍTULO 2
MÉTODOS DE EXTRAVASÃO
Abertura do vertedouro
Vertedouro
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Figura 26. Vertedouro com cascata de água em período de cheia na Barragem Marrecas em Caxias
do Sul, RS.
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Manejo de água na barragem | UNIDADE iii
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CAPÍTULO 3
DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS HIDRÁULICAS
Dessa forma, o controle da percolação deve ser realizado por meio da adoção de
sistemas de vedação e drenagem em pontos específicos das obras hidráulicas,
evitando a saturação do talude, a ocorrência de piping e outros problemas
relacionados. O objetivo dos sistemas de drenagem é a captação e condução da
água de montante para jusante de maneira artificial com controle de fluxo.
Assim, a vazão extrema de projeto pode ser utilizada para o cálculo das dimensões
básicas dos vertedouros conforme a equação 16.
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�� �
[16]
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UNIDADE iii | Manejo de água na barragem
Para evitar que o escoamento do fluido ocorra de modo turbulento, podem ser
adotados dissipadores de energia, que são estruturas utilizadas para controlar
a velocidade de escoamento a jusante, evitando a erosão do material das paredes
do vertedouro em contato com a água e do curso d’água.
Figura 30. Tipos de dissipadores de energia: (a) bacias de dissipação; (b) salto de esqui; e (c)
dissipadores contínuos.
(a) (b)
(c)
Outras estruturas podem ser necessárias para garantir a segurança das barragens
e taludes, como os poços de alívio, drenos de pé, canais de drenagem e
condutos forçados. Os poços de alívio devem ser construídos a jusante do pé
da barragem para aliviar danos de subpressão do encontro de camadas menos
permeáveis (argilosas) e camadas inferiores mais permeáveis, que podem causar
erosão interna na fundação dos maciços. O espaçamento entre poços de alívio
deve ser, no mínimo, de 3,0 m, e o diâmetro deve variar de 75 a 150 mm.
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Dreno
Brita
Areia
Camada de baixa Corte AA
permeabilidade A
Camada permeável
Areia fina
Areia grossa
Cascalho
Enrocamento
Fonte: UFV (2011).
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Por sua vez, devemos sempre adotar filtros nas barragens e sistemas de drenagem,
pois o fluxo de água pode carrear partículas e causar a colmatação (entupimento
de drenos e poros do maciço). Os filtros são instalados nos contatos entre dois
materiais de permeabilidade diferente.
O uso de condutos sob pressão para drenagem em barragens de rejeitos não é usual,
por isso não trataremos a fundo aqui, mas, quando necessário, seu dimensionamento
deve seguir as normativas de hidráulica para o dimensionamento de condutos sob
pressão, considerando se haverá ou não bombeamento do fluido.
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REFERÊNCIAS
ADAM – ATLAS DIGITAL DAS ÁGUAS DE MINAS. Roteiro básico para o dimensionamento
de pequenas barragens de terra no estado de MG. Disponível em: http://www.atlasdasaguas.
ufv.br/exemplos_aplicativos/roteiro_dimensionamento_ barragens.html. Acesso em: agosto de 2020.
CARVALHO, D. F.; SILVA, L. D. B. Escoamento superficial. In: Hidrologia. Rio de Janeiro, 2006b.
pp. 95-115. Disponível em: http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/APOSTILA/
HIDRO-Cap7-ES.pdf. Acesso em: agosto de 2020.
CARVALHO, D. F.; SILVA, L. D. B. Infiltração. In: Hidrologia. Rio de Janeiro, 2006a. pp. 60-80.
Disponível em: http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/APOSTILA/HIDRO-
Cap5-INF.pdf. Acesso em: agosto de 2020.
DEFATO. Chuva pode ter sido causa de rompimento de barragem em Goiás. 2020.
Disponível em: https://defatoonline.com.br/chuva-pode-ter-sido-causa-de-rompimento-de-
barragem-em-goias. Acesso em: dez. 2020.
GLOBO Ecologia. A energia que vem da água: entenda como as hidrelétricas funcionam. 2014.
Globo Ecologia. Disponível em: http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2012/06/energia-
que-vem-da-agua-entenda-como-hidreletricas-funcionam.html. Acesso em: agosto de 2020.
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Referências
MASSAD, F. Obras de Terra: Curso Básico de Geotecnia. São Paulo: Oficina de Textos, 2003.
170p.
PINTO, J. M.; COSTA, N. D.; RESENDE, G. M. Cultivo da Cebola no Nordeste. 2007. Sistemas
de Produção, 3. EMBRAPA Semi-Árido, Disponível em: http://www.cpatsa.embrapa.br:8080/
sistema_producao/spcebola/irrigacao.htm. Acesso em: agosto de 2020.
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Referências
SOUSA JUNIOR, C. E. Aspectos hidrológicos. In: Módulo I – Barragens: aspectos legais, técnicos
e socioambientais. Segurança de barragens. 2019. Disponível em: https://capacitacao.ana.gov.br/
conhecerh/bitstream/ana/110/12/Unidade_5-modulo1.pdf. Acesso em: agosto de 2020.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA – UFV. Atlas Digital das Águas de Minas. 2011.
Disponível em: www.atlasdasaguas.ufv.br/exemplos_aplicativos/roteiro_dimensionamento_
barragens.html. Acesso em: agosto de 2020.
USACE – U. S. ARMY CORPS OF ENGINEERS. Using HEC-RAS for Dam Break Studies.
2014. Disponível em: https://www.hec.usace.army.mil/publications/TrainingDocuments/TD-39.
pdf. Acesso em: agosto de 2020.
USDA – United States Department of Agriculture. Pocket Safety Guide for Dams and
Impoundments. 2013. Disponível em: https://www.fs.fed.us/eng/pubs/htmlpubs/ htm12732805/
longdesc/fig02ld.htm. Acesso em: agosto de 2020.
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