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FACULDADE ESTÁCIO DO AMAPÁ- FAMAP

CURSO BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

ALBERTO PACHECO DA SILVA

4º RELATORIO: NÚMERO DE REYNOLDS

Macapá, 2018
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ALBERTO PACHECO DA SILVA

4º RELATORIO: NÚMERO DE REYNOLDS

Relatório técnico apresentado como requisito


parcial para obtenção de aprovação na disciplina
hidráulica, turma 3001, no Curso de Engenharia
civil, na Faculdade do Amapá- FAMAP.

Prof. Dr. Jefferson Vilhena

Macapá, 2018
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RESUMO

O experimento de Reynolds (1883) demonstrou a existência de três tipos de


escoamentos, o escoamento laminar, o de transição e o turbulento. Este teve como
objetivo a visualização d o padrão de escoamento de água através de um tubo de
vidro. O escoamento laminar é aquele no qual o fluido se move em camadas, ou
lâminas; uma camada escorregando sobre a adjacente havendo somente troca de
quantidade de movimento. O escoamento de transição, a divisória entre os regimes
laminar e turbulento, é marcado por linhas de fluxo onduladas, indicação de que se
inicia um processo de mistura entre uma camada e outra. Já o escoamento
turbulento é aquele no qual as partículas apresentam movimento caótico
macroscópico, isto é, a velocidade apresenta componentes transversais ao
movimento geral do fluido

Palavras-chave: Números de Reynolds. Escoamento. Fluido. Vazão


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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 5
2 DESENVOLVIMENTO.................................................................................. 6
3 OBJETIVO GERAL....................................................................................... 6
4 EXPERIMENTO............................................................................................ 7
4.1 MATERIAIS USADOS ............................................................................ 7
4.2 PASSO A PASSO ........................................................................................ 7
5 RESULTADOS.............................................................................................. 7
6 CONCLUSÃO................................................................................................ 9
7 REFERÊNCIAS............................................................................................. 10
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1 INTRODUÇÃO

Descoberto por Osborne Reynolds em 1883, o número de Reynolds (Re) é um


número adimensional usado em mecânica dos fluidos para o cálculo do regime de
escoamento (regime que pode ser: Laminar, transiente ou Turbulento) de um
determinado fluido, podendo ser esse escoamento: dentro de uma tubulação ou
sobre uma superfície. O número de Reynolds é geralmente usado em projetos de
tubulações industriais e asas de aviões. Ao se analisar o comportamento de um
fluido no interior de um tubo cilíndrico em relação a um referencial fixo no tubo, pode
-se observar que quando o fluido se desloca com velocidade de módulo
relativamente baixo tal escoamento é chamado de laminar. Assim, o fluido se divide
em camadas cilíndricas coaxiais, que se movem com velocidades de módulos
distintos. A camada mais externa, chamada de camada limite, adere à parede do
tubo e tem velocidade nula no referencial considerado. A camada central tem
velocidade de módulo máximo. Em tal tipo de escoamento, sabe -se que variáveis
como pressão e densidade têm valores bem definidos e, além disso, satisfazem uma
lei de conservação bem definida (lei de Bernoulli). Quando o módulo da velocidade
do fluido excede certo valor crítico, o regime de escoamento passa de lamina r para
turbulento. No escoamento turbulento, o movimento do fluido é altamente irregular,
caracterizado por vórtices locais, um grande aumento na resistência ao
escoamento, a além de mudanças bruscas e aleatórias de propriedades como
pressão e densidade. O regime de escoamento, se laminar ou turbulento, é
determinado pela grandeza a dimensional interpretada como a razão entre forças
inerciais (ρ e v) e forças viscosas (μ e D), chamada de número de Reynolds. Sendo
assim, o cálculo do número de Reynolds tem grande importância na engenharia,
sendo um dos principais fatores a ser analisado a fim de identificar qual será o
comportamento de um fluido dentro de uma determinada etapa de um processo.
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2 DESENVOLVIMENTO

O número de Reynolds depende da velocidade, do coeficiente viscosidade,


da densidade do fluido e também da dimensão linear do sólido que contém o fluido,
é capaz de indicar se o fluido está em um regime turbulento, laminar ou ainda em
um regime transiente a partir da quantidade de Reynolds.

Definimos o número de Reynolds a partir de:

 D - o diâmetro para o fluxo no tubo

 V- velocidade média do fluido

 μ - viscosidade dinâmica do fluido

 ν – viscosidade cinemática do fluido

 ρ - massa específica do fluido

𝑹𝒆 ≤ 𝟐𝟎𝟎𝟎 → 𝑳𝑨𝑴𝑰𝑵𝑨𝑹: Ocorre quando as partículas de um fluido se movimentam


ao longo de trajetórias bem definidas.

𝟐𝟎𝟎𝟏 < 𝑹𝒆 ≤ 𝟒𝟎𝟎𝟎 → 𝑻𝑹𝑨𝑵𝑺𝑰𝑬𝑵𝑻𝑬: Ocorre quando o escoamento apresenta


variação com o tempo

𝑹𝒆 ≤ 𝟒𝟎𝟎𝟎 → 𝑻𝑼𝑹𝑩𝑼𝑳𝑬𝑵𝑻𝑶: Ocorre quando as partículas de um fluido não se


movimentam ao longo de trajetórias bem definidas, ou seja, as partículas descrevem
trajetórias irregulares, com movimento aleatório

3 OBJETIVO GERAL

O objetivo do experimento foi identificar o tipo de escoamento do fluido a


partir do calculo do número de Reynolds, e conseguir identificar como a vazão
influencia nesse escoamento e como fluido age dependendo do escoamento
existente.
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4 EXPERIMENTO

4.1 MATERIAIS USADOS:


 Água;
 Becker;
 Conjunto para hidrodinâmica;
 Corante;
 Hidroduto;
 Traçador ou maniplo;

 Vazimetro;
4.2 PASSO A PASSO

1º PASSO: Medimos o diâmetro do hidroduto, obtendo D=9.10-3 m;


2º PASSO: Inserimos o hidroduto dentro do tubo e colocamos água até ele ficar
totalmente coberto;
3º PASSO: Logo posicionamos o maniplo sobre o hidroduto com fluido com corante
dentro da seringa para conseguir ver o efeito em cada escoamento;
4º PASSO: Despejamos o fluido com corante em pequenas quantidades, repetimos
o experimento alterando a vazão em 0,1 L/min, 0,3 L/min e 1L/min

5 RESULTADOS

DADOS: D=9.10-3 m μ= 1,003.10-3Pa.s ρ= 1000 kg/m³


Sendo a área:
𝜋(9. 10−3 )2
𝐴=
4
𝑨 = 𝟔, 𝟑𝟔𝟏𝟕𝟐𝟓𝟏𝟐𝟒. 𝟏𝟎−𝟓 𝒎²
 Em Q1= 0,1 L/min
Transformando para m³/s:
0,1
𝑄1 =
60
𝑄1 = 1,666666. 10−3 𝐿/𝑠
1,666666. 10−3
𝑄1 =
1000
𝑸𝟏 = 𝟏, 𝟔𝟔𝟔𝟔𝟔. 𝟏𝟎−𝟔 𝒎³/𝒔
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𝑄
𝑉=
𝐴
1,666666. 10−6
𝑉=
6,361725124. 10−5
𝑽 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟔𝟏𝟗𝟖𝟑𝟒𝟒𝟓𝟒 𝒎/𝒔
𝜌. 𝑉. 𝐷
𝑅𝑒 =
𝜇
1000.0,02619834454.9. 10−3
𝑅𝑒 =
1,003. 10−3
𝑹𝒆 = 𝟐𝟑𝟓, 𝟎𝟕𝟗𝟖𝟔𝟏𝟑

 Em Q2= 0,3 L/min


OBTIVEMOS:
𝑸𝟐 = 𝟓. 𝟏𝟎−𝟔 𝒎³/𝒔
𝑽 = 𝟎, 𝟎𝟕𝟖𝟓𝟗𝟓𝟎𝟑𝟑𝟔𝟑 𝒎/𝒔
𝑹𝒆 = 𝟕𝟎𝟓, 𝟐𝟑𝟗𝟓𝟖𝟑𝟗

 Em Q3= 1 L/min
OBTIVEMOS:
𝑸𝟐 = 𝟏, 𝟔𝟔𝟔𝟔𝟔𝟔𝟔𝟔. 𝟏𝟎−𝟓 𝒎³/𝒔
𝑽 = 𝟎, 𝟐𝟔𝟏𝟗𝟖𝟑𝟒𝟒𝟓𝟒 𝒎/𝒔
𝑹𝒆 = 𝟐𝟑𝟓𝟎, 𝟕𝟗𝟖𝟔𝟏𝟑
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6 CONCLUSÃO

Somente é possível dizer com certeza se o regime é laminar, intermediário ou


turbulento, através dos cálculos do Número de Reynolds, mas a visualização ajuda a
encontrar a faixa desejada. Sendo o regime transiente o mais difícil de identificar
visualmente, pois compreende uma faixa muito pequena que vai de 2100 < Re <
2500.
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7 REFERÊNCIAS
BUSSAB, W. O. e MORETTIN, P. A. Estatística Básica, 5ª edição, Editora Saraiva,
São Paulo, 2003.
THOMAZIELLO, A.C.F.B. Coeficiente de descarga para “manifolds” e perfis de
lâmina d’água em canaletas para fins hidropônicos, Campinas, 1999,
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO. Unicamp
BASTOS, FRANCISCO DE ASSIS A., Problemas de Mecânica dos Fluidos, Editora
Guanabara Dois, RJ, 1983.
GILES, RONALD V., Mecânica dos Fluidos e Hidráulicos, Editora McGraw-Hill do
Brasil, SP, 1976.
FOX E MACDONALD, Introdução à Mecânica dos Fluidos, 2ª Edição, Editora
Guanabara Dois, RJ, 1981.
LIVI, C.P., Fundamentos de Fenômenos de Transporte, Editora LTC, Rio de Janeiro
– RJ, 2004.
PIMENTA, C.F., Curso de Hidráulica geral, Rio de Janeiro, Editora Guanabara, 4ª
Edição, 1981.
http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Agua02.html Acesso: Dia 09/03/2012
VEIT, MARCIA TERESINHA, Apostila dos Roteiros da Disciplina de Laboratório de
Engenharia Química I, Toledo, PR.

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