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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Centro de Educação Profissional e Tecnológica


Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti – Açailândia

APOSTILA DE HIDRÁULICA BÁSICA.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Sistema Hidráulico ................................................................................................ 12


Figura 2: Circuito básico ...................................................................................................... 13
Figura 3: Representação da Lei de Pascal .......................................................................... 14
Figura 4: Princípio da Prensa Hidráulica .............................................................................. 15
Figura 5: Princípio da Conservação de Energia ................................................................... 18
Figura 6: Reservatórios Hidráulicos ..................................................................................... 19
Figura 7 : Tanque Hidráulico ............................................................................................... 20
Figura 8 : Processo de funcionamento do reservatório hidráulico ........................................ 21
Figura 9: Medidores de nível ................................................................................................ 22
Figura 10: Modelos de bocais .............................................................................................. 22
Figura 11: TriCeptor ............................................................................................................. 23
Figura 12: Representação de TriCeptor ............................................................................... 24
Figura 13: Resfriadores a ar ................................................................................................ 26
Figura 14: Representação de Refrigerador a Ar ................................................................... 26
Figura 15: Esquema de Refrigeradores ............................................................................... 27
Figura 16: Representação de manômetro ............................................................................ 27
Figura 17: Representação de manômetro ............................................................................ 28
Figura 18: Manômetro digital portátil de monitoramento para medição de pressão. .............
29
Figura 19: Bombas de Pistão de Deslocamento .................................................................. 31
Figura 20: Corte de bomba de pistões ................................................................................. 32
Figura 21: Bomba de engrenagem em corte ........................................................................ 33
Figura 22: Representação de cavitação ............................................................................... 34
Figura 23: Colapso da cavidade .......................................................................................... 35
Figura 24: Processo de Aeração .......................................................................................... 36
Figura 25: Modelos de bombas de engrenagem .................................................................. 37
Figura 26: Esquema de bomba de engrenagem .................................................................. 38
Figura 27: Esquema de funcionamento de uma bomba de engrenagem ............................. 39
Figura 28: Exemplos de bombas de pistão .......................................................................... 40
Figura 29: Esquema de bomba de pistão ............................................................................. 41
Figura 30: Processo de funcionamento de bomba de pistão ................................................ 42
Figura 31: Etapa de funcionamento de bomba de pistão ..................................................... 42
Figura 32: Bombas de pistão axial de volume variável compensada por pressão ................
44
Figura 33: Etapa de ajustamento de pressão ....................................................................... 45
Figura 34: Processo de funcionamento ................................................................................ 46
Figura 35: Bomba de pistão axial com deslocamento fixo .................................................... 47
Figura 36: Sistema de Instalação ......................................................................................... 48
Figura 37 : Esquema de Instalação ...................................................................................... 49
Figura 38: Legenda .............................................................................................................. 55
Figura 39: Diagrama de Instalação ...................................................................................... 56
Figura 40: Exemplos de válvulas de controle direcional ....................................................... 58
Figura 41: Representação das posições .............................................................................. 59
Figura 42: Representação do número de vias ..................................................................... 59
Figura 43: Representação de vias passagem, bloqueio ou combinação de ambas ............. 59
Figura 44: Esquema de via de passagem ............................................................................ 59
Figura 45: Identificação das vias .......................................................................................... 60
Figura 46: Válvulas direcionais de 3 vias ............................................................................. 62
Figura 47: Esquemas de válvulas ........................................................................................ 63
Figura 48: Válvula direcional de 4/2 vias .............................................................................. 63
Figura 49: Circuito de válvula direcional de 4/2 vias ............................................................ 64
Figura 50: Configurações padronizadas das furações ......................................................... 65
Figura 51: Exemplo físico de furações ................................................................................. 65
Figura 52: Atuadores de válvulas direcionais ....................................................................... 66
Figura 53: Processos de válvulas direcionais ...................................................................... 67
Figura 54: Esquema de solenóide ........................................................................................ 67
Figura 55: Funcionamento de um solenóide ........................................................................ 68
Figura 56: Condição de centro aberto .................................................................................. 68
Figura 57: Condição de centro fechado ............................................................................... 69
Figura 58: Condição de centro em tandem .......................................................................... 69
Figura 59: Centro aberto negativo........................................................................................ 69
Figura 60: Representação de válvula de retenção simples .................................................. 70
Figura 61: Esquema de válvula de retenção simples ........................................................... 71
Figura 62: Etapa de funcionamento de válvula de retenção ................................................. 71
Figura 63: Exemplo de válvula controladora de vazão ......................................................... 73
Figura 64: Esquema de válvula controladora de vazão ........................................................ 74
Figura 65: Válvula de controle de vazão variável ................................................................. 74
Figura 66: Esquema de válvula de controle de vazão variável ............................................. 75
Figura 67: Válvulas de controle direcional ............................................................................ 76
Figura 68: Limitadora de pressão......................................................................................... 77
Figura 69: Válvula Redutora de Presssão ............................................................................ 78
Figura 70: Válvula de descarga ........................................................................................... 79
Figura 71: Modelo de atuador hidráulico .............................................................................. 80
Figura 72: Atuador Linear .................................................................................................... 82
Figura 73: Cilindro com retorno com força externa .............................................................. 82
Figura 74: Cilindro com dupla ação ...................................................................................... 83
Figura 75: Cilindro telescópico de ação simples .................................................................. 83
Figura 76: Atuador Rotativo ................................................................................................. 85
Figura 77: Motores hidráulicos ............................................................................................. 85
Figura 78: Esquema de dreno de motor ............................................................................... 86
Figura 79: Acumuladores hidráulicos ................................................................................... 87
Figura 80: Acumulador tipo diafragma ................................................................................. 88
Figura 81: Acumulador tipo bexiga....................................................................................... 88
Figura 82: Sistema de pressão ............................................................................................ 89
Figura 83: Fonte de energia hidráulica ................................................................................. 90
Figura 84: Esquema de emergência para retorno do cilindro ............................................... 91
Figura 85: Comparação de volume útil ................................................................................ 92
Figura 86: Bloco de segurança para acumuladores ............................................................. 93
Figura 87: Elementos de Entradas de sinais ........................................................................ 94
Figura 88: Elementos de Saída de sinais ............................................................................. 95
Figura 89: Elementos de Processamento de Sinais ............................................................. 95
Figura 90: Exemplo 1 de circuito hidráulico .......................................................................... 96
Figura 91: Exemplo 2 de circuito hidráulico .......................................................................... 97
Figura 92: Exemplo 3 de circuito hidráulico .......................................................................... 98
Figura 93: Exemplo 4 de circuito hidráulico .......................................................................... 99
Figura 94: Circuito simples: sem proteção para evitar queima de bobinas ........................... 99

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Figura 95: Exemplo 5a de circuito hidráulico ...................................................................... 101
Figura 96: Exemplo 5b de circuito hidráulico ...................................................................... 103
Figura 97: Exemplo 6a de circuito hidráulico ...................................................................... 104
Figura 98: Exemplo 6b de circuito hidráulico ...................................................................... 105
Figura 99: Exemplo 7a de circuito hidráulico ...................................................................... 106
Figura 100: Exemplo 7b de circuito hidráulico .................................................................... 107
Figura 101: Exemplo 7c de circuito hidráulico .................................................................... 108
Figura 102: Exemplo 8 de circuito hidráulico ...................................................................... 109
Figura 103: Exemplo 9 de circuito hidráulico ...................................................................... 110
Figura 104: Exemplo 12a de circuito hidráulico .................................................................. 112
Figura 105: Exemplo 12b de circuito hidráulico .................................................................. 113
Figura 106: Movimento do comando .................................................................................. 114
Figura 107: Exemplo 15 de circuito hidráulico .................................................................... 116
Figura 108: Solução de exercício ....................................................................................... 117

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Sumário
APRESENTAÇÃO..............................................................................................................................12
1. EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS HIDRÁULICOS.........................................................................12
2. SISTEMA HIDRÁULICO...............................................................................................................13
3. PRINCÍPIOS FÍSICOS..................................................................................................................16
3.1 PRESSÃO................................................................................................................................16
3.2 LEI DE PASCAL......................................................................................................................16
3.3 PRINCÍPIO DA PRENSA HIDRÁULICA..............................................................................17
3.3.1 Fatores de conversão de unidades de pressão...........................................................18
3.3.2 Equivalência entre unidades de pressão......................................................................21
3.3.3 Conservação de energia.................................................................................................21
4.1. RESERVATÓRIOS HIDRÁULICOS......................................................................................22
4.2. DO QUE CONSISTE UM RESERVATÓRIO HIDRÁULICO.................................................................22
4.2.1 Funcionamento.................................................................................................................23
4.3 MEDIDORES DE NÍVEL................................................................................................................24
4.4 Bocais.........................................................................................................................................25
4.4.1 Especificações:.................................................................................................................26
TriCeptor..........................................................................................................................................27
- Sistema Parker de respiros de tanque......................................................................................27
4.4.2 Especificações..................................................................................................................29
Resfriadores (trocadores de calor)...............................................................................................29
4.4.3 Resfriadores a ar..............................................................................................................29
4.4.4 Resfriadores à água.........................................................................................................30
4.5 MANÔMETROS......................................................................................................................31
4.5.1 Manômetro de Bourdon...................................................................................................32
4.5.2 Instrumentos para monitoramento e controle...............................................................32
4.5.3 Características técnicas:.................................................................................................33
5 BOMBAS HIDRÁULICAS......................................................................................................................33
5.1 BOMBAS HIDROSTÁTICAS.................................................................................................33
5.2 ESPECIFICAÇÃO DE BOMBAS......................................................................................................34
5.3 RELAÇÕES DE PRESSÃO..............................................................................................................34
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5.4 DESLOCAMENTO........................................................................................................................34
5.5 CAPACIDADE DE FLUXO..............................................................................................................34
5.6 EFICIÊNCIA VOLUMÉTRICA ........................................................................................................34
5.7 CAVITAÇÃO............................................................................................................................37
5.8 INDICAÇÃO DE CAVITAÇÃO........................................................................................................39
5.8.1 Causa da formação da cavitação...................................................................................39
5.8.2 Causas:..............................................................................................................................39
5.9 AERAÇÃO................................................................................................................................39
5.9.1 Causas:..............................................................................................................................40
6 BOMBAS DE ENGRENAGENS.............................................................................................................41
6.1 VANTAGENS...........................................................................................................................41
6.2 FUNCIONAMENTO................................................................................................................42
7. BOMBAS DE PISTÕES.........................................................................................................................44
4.3. VANTAGENS:.............................................................................................................................44
COMO FUNCIONA UMA BOMBA DE PISTÃO?.......................................................................45
BOMBAS DE PISTÃO AXIAL DE VOLUME VARIÁVEL COMPENSADA POR PRESSÃO............................47
AJUSTAMENTO DE PRESSÃO.............................................................................................................48
BOMBAS DE PISTÃO AXIAL COM DESLOCAMENTO FIXO...................................................................50
Características técnicas.............................................................................................................50
Material.........................................................................................................................................51
Informações de instalação.........................................................................................................51
Uso de válvula de alívio.............................................................................................................51
Recomendações sobre fluido hidráulico..................................................................................51
Partida..........................................................................................................................................61
8. VÁLVULAS DE CONTROLE DIRECIONAL.............................................................................................61
IDENTIFICAÇÃO DE VÁLVULAS DE CONTROLE DIRECIONAL.........................................62
NÚMERO DE POSIÇÕES.............................................................................................................62
NÚMERO DE VIAS........................................................................................................................62
POSIÇÃO NORMAL......................................................................................................................63
TIPO DE ACIONAMENTO............................................................................................................64
VÁLVULA DIRECIONAL DE 2/2 VIAS........................................................................................64
VÁLVULA DIRECIONAL DE 3/2 VIAS........................................................................................64

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VÁLVULAS DIRECIONAIS DE 3 VIAS, NO CIRCUITO...........................................................64
VÁLVULAS NORMALMENTE ABERTAS E NORMALMENTE FECHADAS.........................65
VÁLVULA DIRECIONAL DE 4/2 VIAS........................................................................................66
VÁLVULAS DIRECIONAIS DE 4/2 VIAS, NO CIRCUITO........................................................66
VÁLVULA DE 4 VIAS MONTADAS EM SUB-BASE.................................................................67
Configurações padronizadas das furações.............................................................................68
ATUADORES DE VÁLVULAS DIRECIONAIS...........................................................................69
COMO FUNCIONA UM SOLENÓIDE.........................................................................................71
CONDIÇÃO DE CENTRO ABERTO............................................................................................71
CONDIÇÃO DE CENTRO FECHADO.........................................................................................71
CONDIÇÃO DE CENTRO EM TANDEM....................................................................................72
CENTRO ABERTO NEGATIVO...................................................................................................72
VÁLVULAS DE RETENÇÃO SIMPLES......................................................................................72
FUNCIONAMENTO........................................................................................................................73
VÁLVULA DE RETENÇÃO NO CIRCUITO................................................................................73
10. VÁLVULAS CONTROLADORAS DE VAZÃO........................................................................................75
GENERALIDADES.........................................................................................................................75
VÁLVULA DE CONTROLE DE VAZÃO VARIÁVEL COM RETENÇÃO INTEGRADA...................................76
11. VÁLVULAS DE CONTROLE DE PRESSÃO...........................................................................................77
12. Válvula de controle de pressão......................................................................................................78
AJUSTAMENTO DE PRESSÃO..................................................................................................78
USO DE UMA VÁLVULA DE PRESSÃO NORMALMENTE FECHADA................................78
QUEDA DE PRESSÃO NA VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO.......................................79
VÁLVULA DE DESCARGA...........................................................................................................80
DRENOS.........................................................................................................................................81
Dreno interno...............................................................................................................................81
13. ATUADORES HIDRÁULICOS...................................................................................................81
CILINDROS HIDRÁULICOS.........................................................................................................82
CARACTERÍSTICAS E BENEFÍCIOS:........................................................................................82
TIPOS COMUNS DE CILINDROS...............................................................................................84
ATUADORES ROTATIVOS..........................................................................................................85
OSCILADOR DE PALHETA..........................................................................................................87

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MOTORES HIDRÁULICOS..........................................................................................................87
Tipos de motores hidráulicos....................................................................................................87
Drenos de motor.........................................................................................................................87
14. ACUMULADORES HIDRÁULICOS.....................................................................................................88
TIPOS DE ACUMULADORES......................................................................................................88
ACUMULADORES TIPO DIAFRAGMA......................................................................................88
ACUMULADORES TIPO BEXIGA...............................................................................................89
APLICAÇÃO PARA MANTER A PRESSÃO DO SISTEMA........................................................................90
APLICAÇÃO COMO FONTE DE ENERGIA HIDRÁULICA......................................................91
APLICAÇÃO DE EMERGÊNCIA PARA RETORNO DO CILINDRO......................................92
VOLUME ÚTIL................................................................................................................................92
INSTALAÇÃO.................................................................................................................................93
SEGURANÇA.................................................................................................................................93
BLOCO DE SEGURANÇA PARA ACUMULADORES...............................................................................94
15. SIMBOLOGIA..............................................................................................................................94
16. CIRCUITOS ELETROHIDRÁULICOS...................................................................................................96
CIRCUITO 01..................................................................................................................................96
CIRCUITO 02..................................................................................................................................97
CIRCUITO 03..................................................................................................................................98
CIRCUITO 04..................................................................................................................................99
CIRCUITO 05 A............................................................................................................................101
CIRCUITO 05 B............................................................................................................................104
CIRCUITO 06 A............................................................................................................................105
CIRCUITO 06 B............................................................................................................................106
CIRCUITO 07 A............................................................................................................................107
CIRCUITO 07 B............................................................................................................................108
CIRCUITO 07 C............................................................................................................................109
CIRCUITO 08................................................................................................................................110
CIRCUITO 09................................................................................................................................111
CIRCUITO 12................................................................................................................................113
Circuito 15.........................................................................................................................................114
Solução do circuito 15..............................................................................................................116

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MÉTODO DE MINIMIZAÇÃO DE CONTATOS (MÉTODO CASCATA)...................................117
ANEXO - MANGUEIRAS.................................................................................................................118
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................................158

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APRESENTAÇÃO

A importância de HIDRÁULICA BÁSICA na prática de manutenção para você!

Prezado aluno!

Estudaremos o conceito de hidráulica, como também estudo das leis físicas e


dimensionamento das variáveis forças, velocidade, pressão, vazão, tempo,
aceleração, potência, etc.
Na sequência faremos umas descrição do funcionamento de bombas
hidráulicas, motores hidráulicos, cilindros hidráulicos, válvulas de bloqueio, válvulas
direcionais, tecnologia dos elementos lógicos, válvulas de controle de pressão,
válvulas de controle de vazão, válvulas proporcionais, servo válvulas, acumuladores
hidráulicos, pressostatos, filtros, reservatórios e acessórios.
Estudo de esquemas hidráulicos, simbologia conforme normas específicas da
área de mecânica.

Bons estudos!!

1. EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS HIDRÁULICOS

Definição: A Hidráulica consiste no estudo das características e uso dos fluídos


confinados para transmitir, multiplicar força e modificar movimentos.

Introdução a Hidráulica:
Hidráulica provem do Grego.

“Hydra”= Água e “Aulos” = Canos.


Utilização: O da Hidráulica que nos interessa baseia-se nos princípios descoberto
pelo cientista francês Blaise Pascal.

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A primeira aplicação da pressão hidráulica foi em 1795, quando se desenvolveu a
primeira prensa hidráulica, utilizando a água como fluído.(Joseph Bramah).

A. Incorporam pressões operacionais mais elevadas.


Objetivo: menor tamanho e peso operacional.
B. Acionamento elétrico, eletrônico e eletrônico computadorizado.
Objetivo: operações mais precisas e eficientes.
C. Sistemas de controle de carga, de velocidade e de demanda de potência.
Objetivo: operações mais precisas com menor consumo de potência. D.
Recursos utilizados:
 Materiais com maior resistência mecânica;

Pequeno tamanho e peso em relação à potência consumida;


Sistemas seguros contra sobrecargas; Alta
potência (força).

2. SISTEMA HIDRÁULICO

Figura 1: Sistema Hidráulico

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Fonte de energia: motor elétrico ou à combustão.
Sistema hidráulico: geral, controla e aplica potência hidráulica.
Grupo de geração: transforma potência mecânica em hidráulica.

BOMBAS HIDRÁULICAS - Grupo de controle: controla a potência hidráulica.


COMANDOS E VÁLVULAS - Grupo de atuação: transforma potência hidráulica em
mecânica.

Unidades:
a) Pressão: força exercida por unidade de área (kgf/cm², bar e PSI)
b) Vazão: volume deslocado por unidade de tempo.
c) Deslocamento: volume deslocado por revolução.

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Figura 2: Circuito básico

Classificação de bombas:

Existem as bombas Hidrodinâmica e bombas Hidrostática.


Bomba Hidrodinâmica: produz um fluxo variável (deslocamento não positivo) ao
sistema utilizadas para transferência de fluídos. Ex: bombas d água.
Bomba Hidrostática: produz um fluxo fixo (deslocamento positivo a cada rotação)
ao sistema é utilizada no sistema hidráulico. Ex: bomba de Engrenagens, bomba de
Palhetas, bomba de Pistões, etc.
O fluxo de uma bomba hidrostática é medido em galões por minuto (sistema
inglês) e em litros por minuto (sistema métrico).

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3. PRINCÍPIOS FÍSICOS

3.1 PRESSÃO
Pressão é a força exercida por unidade de superfície. Em hidráulica, a
pressão é expressa em kgf/cm2, atm ou bar.
A pressão também poderá ser expressa em PSI (pound per square inch) que
significa libra força por polegada quadrada, abrevia-se lbf/pol2.

3.2 LEI DE PASCAL


A pressão exercida em um ponto qualquer de um líquido estático é a mesma
em todas as direções e exerce forças iguais em áreas iguais. Vamos supor um
recipiente cheio de um líquido o qual é praticamente incompressível.

F = Força A = Área P = Pressão

1. Supondo uma garrafa cheia de um líquido, o qual é praticamente incompressível.

2. Se aplicarmos uma força de 10kgf numa rolha de 1cm2 de área.

3. ... o resultado será uma força de 10kgf em cada centímetro quadrado das
paredes da garrafa.
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4. Se o fundo da garrafa tiver uma área de 20cm2 e cada

centímetro estiver sujeito a uma força de 200kgf aplicada ao fundo da garrafa.

Figura 3: Representação da Lei de Pascal

Quando aplicamos uma força de 10 kgf em uma área de 1 cm 2, obtemos


como resultado uma pressão interna de 10 kgf/cm 2 agindo em toda a parede do
recipiente com a mesma intensidade.
Este princípio, descoberto e enunciado por Blaise Pascal, levou à construção
da primeira prensa hidráulica no princípio da Revolução Industrial. Quem
desenvolveu a descoberta de Pascal foi o mecânico Joseph Bramah.

3.3 PRINCÍPIO DA PRENSA HIDRÁULICA

Figura 4: Princípio da Prensa Hidráulica

Sabemos que:

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Portanto:

Temos que a pressão, agindo em todos os sentidos internamente na câmara


da prensa, é de 10 Kgf/cm2. Esta pressão suportará um peso de 100 Kgf se tivermos
uma área A2 de 10 cm2, sendo:
𝐹 = 𝑃𝑥𝐴 Portanto:

𝐹2 = 1000𝑘𝑔𝑓

Podemos considerar que as forças são proporcionais às áreas dos pistões.

3.3.1 Fatores de conversão de unidades de pressão

Multiplique
Para
por

kgf/cm2 lbf/pol2 14,223197

kgf/cm2 bar 0,980665

kgf/cm2 MPa 0,0980665

kgf/cm2 atm 0,967842

kgf/cm2 m.c.a. 10,0

kgf/cm2 N/mm2 0,0980665

lbf/pol2 kgf/cm2 0,07030768

lbf/pol2 bar 0,06894414

lbf/pol2 MPa 0,00689441

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lbf/pol2 atm 0,0680492

lbf/pol2 m.c.a. 0,7030768

lbf/pol2 N/mm2 0,00689441

bar kgf/cm2 1,0197162

bar lbf/pol2 14,5044963

bar MPa 0,1

bar atm 0,9869304

bar m.c.a. 10,197162

bar N/mm2 0,1

MPa kgf/cm2 10,197162

MPa lbf/pol2 145,044963

MPa bar 10,0

MPa atm 9,869304

MPa m.c.a. 101,97162

MPa N/mm2 1,0

atm kgf/cm2 1,033226

atm lbf/pol2 14,695257

atm bar 1,0132427

atm MPa 0,10132427

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atm m.c.a. 10,3326

atm mmHg 760,0

atm N/mm2 0,10132427

m.c.a. kgf/cm2 0,1

m.c.a. lbf/pol2 1,4223197

m.c.a. bar 0,0980665

m.c.a. MPa 0,00980665

m.c.a. atm 0,0967842

m.c.a. N/mm2 0,00980665

mmHg atm 0,00131579

N/mm2 kgf/cm2 10,197162

N/mm2 lbf/pol2 145,044963

N/mm2 bar 10,0

N/mm2 MPa 1,0

N/mm2 atm 9,869304

N/mm2 m.c.a. 101,97162

3.3.2 Equivalência entre unidades de pressão

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3.3.3 Conservação de energia
Relembrando um princípio enunciado por Lavoisier, onde ele menciona:
"Na natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma."
Realmente não podemos criar uma nova energia e nem tão pouco destruí-la e
sim transformá-la em novas formas de energia.
Quando desejamos realizar uma multiplicação de forças significa que teremos
o pistão maior, movido pelo fluido deslocado pelo pistão menor, sendo que a
distância de cada pistão seja inversamente proporcional às suas áreas.
O que se ganha em relação à força tem que ser sacrificado em distância ou
velocidade.

Figura 5: Princípio da Conservação de Energia

Quando o pistão de área = 1 cm 2 se move 10 cm desloca um volume de 10


cm3 para o pistão de área = 10 cm2. Consequentemente, o mesmo movimentará
apenas 1 cm de curso.

4. RESERVATÓRIOS E ACESSÓRIOS

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4.1. RESERVATÓRIOS HIDRÁULICOS
A função de um reservatório hidráulico é conter ou armazenar o fluido
hidráulico de um sistema.

Figura 6: Reservatórios Hidráulicos

4.2. DO QUE CONSISTE UM RESERVATÓRIO HIDRÁULICO


Os reservatórios hidráulicos consistem em quatro paredes (geralmente de
aço), uma base abaulada, um topo plano com uma placa de apoio, quatro pés, linhas
de sucção, retorno e drenos, plugue do dreno, indicador de nível de óleo, tampa para
respiradouro e enchimento, tampa para limpeza e placa defletora (Chicana).

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Figura 7 : Tanque Hidráulico

4.2.1 Funcionamento
Quando o fluido retorna ao reservatório, a placa defletora impede que este
fluido vá diretamente à linha de sucção.
Isto cria uma zona de repouso onde as impurezas maiores sedimentam, o ar
sobe à superfície do fluido e dá condições para que o calor, no fluido, seja dissipado
para as paredes do reservatório.
Todas as linhas de retorno devem estar localizadas abaixo do nível do fluido e
no lado do defletor oposto à linha de sucção.

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Figura 8 : Processo de funcionamento do reservatório hidráulico

4.3 MEDIDORES DE NÍVEL

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Figura 9: Medidores de nível

4.4 Bocais

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Figura 10: Modelos de bocais

4.4.1 Especificações:
Válvula: nylon/nitrílica
Haste: ABS, acetal com indicadores alto/baixo (Hi/Lo)
Elemento filtrante: espuma de poliuretano expandido, 10 mícrons
Temperaturas de operação: -30°C a 90°C
Vedações: nitrílica
Opções de pressurização: 3 psi (0,2 bar)

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TriCeptor
- Sistema Parker de respiros de tanque
O TriCeptor elimina as partículas, água (umidade e condensada), bem como
vapores de óleo e odores associados ao ar dos reservatórios hidráulicos.
O TriCeptor utiliza um processo múltiplo de purificação do ar. Um grande
volume de sílica gel absorve a água; o agente hidroscópico tem um grande poder de
remoção. Sua condição é indicada através da mudança de cor. O carvão ativado é
altamente efetivo na remoção de vapores criados no sistema, antes que entrem no
meio ambiente

Figura 11: TriCeptor

Os equipamentos hidráulicos empregados em equipamento mobil estão


sujeitos a contaminantes. Nesse caso o ambiente de trabalho é ainda mais hostil e
por esta razão os filtros passam a desempenhar um papel de maior importância nos
equipamentos.
De maneira geral e genérica, filtrar é o modo mais eficiente e econômico de
se fazer manutenção, não apenas em sistemas hidráulicos

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Uma característica inerente dos sistemas de alta pressão são bombas,
motores e válvulas hidráulicas construídas com metais mais nobres e menores
folgas entre as partes móveis. Isto acarreta uma necessidade maior de óleo
hidráulico com baixos níveis de contaminação. Note-se que muitas vezes o óleo
recém-adquirido possui um nível de contaminação acima do requerido pelos
modernos sistemas hidráulicos.

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Figura 12: Representação de TriCeptor

4.4.2 Especificações
Elemento Filtrante: Poliéster, sílica gel, carvão ativado
Compatibilidade: Fluidos à base de petróleo, éster de fosfato, combustível de
aviação, outros fluidos consultar a Parker Hannifin.
Eficiência de Remoção de Partículas:
98.7% (ß 75) para 3 mícrons
99.5% (ß 200) para 4 mícrons
99.9% (ß 1000) para 5,3 mícrons
Corpo: copolímero polipropileno transparente
Tampa: copolímero polipropileno
Bocal padrão: PVC
Temperatura de operação: -29°C a 121°C
Máxima pressão de operação: 5 psi (0,34 bar)

Resfriadores (trocadores de calor)


Todos os sistemas hidráulicos aquecem. Se o reservatório não for suficiente
para manter o fluido a uma temperatura normal, haverá um superaquecimento. Para
evitar isso são utilizados resfriadores ou trocadores de calor, os modelos mais
comuns são água-óleo e aróleo.

4.4.3 Resfriadores a ar
Nos resfriadores a ar, o fluido é bombeado através de tubos aletados. Para dissipar
o calor, o ar é soprado sobre os tubos e aletas por um ventilador. Os resfriadores a
ar são geralmente usados onde a água não está disponível facilmente.

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Figura 13: Resfriadores a ar

Figura 14: Representação de Refrigerador a Ar

4.4.4 Resfriadores à água


O resfriador à água consiste basicamente de um feixe de tubos encaixados
em um invólucro metálico. Neste resfriador, o fluido do sistema hidráulico é
geralmente bombeado através do invólucro e sobre os tubos que são refrigerados
com água fria.

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Montagem na linha de retorno Montagem off-line

Figura 15: Esquema de Refrigeradores

4.5 MANÔMETROS
O manômetro é um aparelho que mede um diferencial de pressão. Dois tipos
de manômetros são utilizados nos sistemas hidráulicos: o de Bourdon e o de núcleo
móvel.
O manômetro é um aparelho indispensável quando se trata de fazer qualquer
intervenção no sistema hidráulico. O manômetro mede um diferencial de pressão no
sistema.
Sua escala pode ser impressa em : Psi, Kgf/cm², Atm , Kpa e Mpa.
Os manômetros mais usados são o Bourdon e o de Núcleo Móvel, também
conhecido como manômetro Schrader.

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Figura 16: Representação de manômetro

4.5.1 Manômetro de Bourdon


O tubo de Bourdon consiste em uma escala calibrada em unidades de
pressão e em um ponteiro ligado, através de um mecanismo, a um tubo oval em
forma de "C".
Esse tubo é ligado à pressão a ser medida.

Figura 17: Representação de manômetro

4.5.1.1 Funcionamento
Conforme a pressão aumenta no sistema, o tubo de Bourdon tende a
endireitarse devido às diferenças nas áreas entre os diâmetros interno e externo do
tubo. Esta ação de endireitamento provoca o movimento do ponteiro, proporcional ao
movimento do tubo, que registra o valor da pressão no mostrador. Os manômetros
de Bourdon são instrumentos de boa precisão com valores variando entre 0,1 e 3%
da escala total. São usados geralmente para trabalhos de laboratórios ou em
sistemas onde a determinação da pressão é de muita importância.

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4.5.2 Instrumentos para monitoramento e controle
SensoControl - ServiceJunior

Figura 18: Manômetro digital portátil de monitoramento para medição de pressão.

4.5.3 Características técnicas:


- Manômetro digital, diâmetro 80 mm, proteção IP67, com bateria incorporada (2
pilhas alcalinas tipo AA 1,5 V - 800 horas de autonomia); - Display de LCD com
registro de picos de pressão;
- Fácil operação;
- Range de medição: -1 a 1000 bar;
- Memória para armazenar pressão mínima e máxima;
- Leitura a cada 10 ms (100 leituras por segundo); - Precisão de 0,5%.

5 BOMBAS HIDRÁULICAS

5.1 BOMBAS HIDROSTÁTICAS

São bombas de deslocamento positivo que fornecem determinada quantidade


de fluido a cada rotação ou ciclo. Como nas bombas hidrodinâmicas, a saída do

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fluido independe da pressão, com exceção de perdas e vazamentos, praticamente
todas as bombas necessárias para transmitir força hidráulica em equipamento
industrial, em maquinaria de construção e em aviação, são do tipo hidrostático.
As bombas hidrostáticas produzem fluxos de forma pulsativa, porém sem
variação de pressão no sistema.

5.2 ESPECIFICAÇÃO DE BOMBAS


As bombas são geralmente especificadas pela capacidade de pressão
máxima de operação e pelo seu deslocamento, em litros por minuto, em uma
determinada rotação por minuto.

5.3 RELAÇÕES DE PRESSÃO


A faixa de pressão de uma bomba é determinada pelo fabricante, baseada na
vida útil da bomba.

5.4 DESLOCAMENTO
Deslocamento é o volume de líquido transferido durante uma rotação e, é
equivalente ao volume de uma câmara multiplicado pelo número de câmaras que
passam pelo pórtico de saída da bomba, durante uma rotação da mesma. O
deslocamento é expresso em centímetros cúbicos por rotação e, a bomba é
caracterizada pela sua capacidade nominal em litros por minuto.

5.5 CAPACIDADE DE FLUXO


A capacidade de fluxo pode ser expressa pelo deslocamento ou pela saída
em litros por minuto.

5.6 EFICIÊNCIA VOLUMÉTRICA


Teoricamente, uma bomba desloca uma quantidade de fluido igual ao seu
deslocamento em cada ciclo ou revolução. Na prática, o deslocamento é menor
devido aos vazamentos internos. Quanto maior a pressão, maior será o vazamento

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da saída para a entrada da bomba ou para o dreno, o que reduzirá a eficiência
volumétrica. A eficiência volumétrica é igual ao deslocamento real dividido pelo
deslocamento teórico, dada em porcentagem.

Bomba de pistões de deslocamento variável

Figura 19: Bombas de Pistão de Deslocamento

Bomba de pistões.

Também é do grupo das bombas hidrostática, é considerada a bomba de maior


eficiência do sistema hidráulico.
Porem é a bomba que requer mais cuidados devido a sua alta sensibilidade, não
aceita aeração nem cavitação.

Bomba da pistões explodida.

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Bomba de pistões em corte.

Figura 20: Corte de bomba de pistões


Bomba de engrenagens.

É do grupo das bombas hidrostática as quais produzem fluxo


positivo ao sistema hidráulico.

Bomba de engrenagens em corte.

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Figura 21: Bomba de engrenagem em corte

5.7 CAVITAÇÃO

Cavitação é a evaporação de óleo a baixa pressão na linha de sucção.


1. Interfere na lubrificação.
2. Destrói a superfície dos metais.

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No lado de sucção da bomba, as bolhas se formam por todo o líquido. Isso
resulta num grau reduzido de lubrificação e num consequente aumento de desgaste.

Figura 22: Representação de cavitação

Conforme essas cavidades são expostas à alta pressão na saída da bomba,


as paredes das cavidades se rompem e geram toneladas de força por centímetro
quadrado.
O desprendimento da energia gerada pelo colapso das cavidades desgasta as
superfícies do metal. Se a cavitação continuar, a vida da bomba será bastante
reduzida e os cavacos desta migrarão para as outras áreas do sistema, prejudicando
os outros componentes.

Figura 23: Colapso da cavidade

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5.8 INDICAÇÃO DE CAVITAÇÃO
A melhor indicação de que a cavitação está ocorrendo é o ruído. O colapso
simultâneo das cavidades causa vibrações de alta amplitude e são transmitidas por
todo o sistema provocando ruídos estridentes gerados na bomba.
Durante a cavitação ocorre também uma diminuição na taxa de fluxo da
bomba porque as câmaras da bomba não ficam completamente cheias de líquido e a
pressão do sistema se desequilibra.

5.8.1 Causa da formação da cavitação


As cavidades formam-se no interior do líquido porque o líquido evapora. A
evaporação, nesse caso, não é causada por aquecimento, mas ocorre porque o
líquido alcançou uma pressão atmosférica absoluta muito baixa.

5.8.2 Causas:
• Dimensionamento incorreto da tubulação de sucção;
• Filtro ou linha de sucção obstruídos;
• Reservatórios "despressurizados";
• Filtro de ar obstruído ou dimensionamento incorreto;
• Óleo hidráulico de baixa qualidade;
• Procedimentos incorretos na partida a frio;
• Óleo de alta viscosidade;
• Excessiva rotação da bomba;
• Conexão de entrada da bomba muito alta em relação ao nível de óleo no
reservatório.

5.9 AERAÇÃO
Aeração é a entrada de ar no sistema através da sucção da bomba. O ar
retido é aquele que está presente no líquido, sem estar dissolvido no mesmo.
O ar está em forma de bolhas. Se ocorrer de a bomba arrastar fluido com ar
retido, as bolhas de ar terão, mais ou menos, o mesmo efeito da cavitação sobre a
bomba.

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Contudo, como isso não está associado à pressão de vapor, vamos nos referir
a esta ação como sendo uma pseudocavitação.

Figura 24: Processo de Aeração

Muitas vezes, o ar retido está presente no sistema devido a um vazamento na


linha de sucção. Uma vez que a pressão do lado da sucção da bomba é menor que a
pressão atmosférica. Qualquer abertura nesta região resulta na sucção do ar externo
para o fluido e consequentemente para a bomba.
Qualquer bolha de ar retida que não puder escapar enquanto o fluido está no
tanque irá certamente para a bomba.

5.9.1 Causas:
• Reservatório com nível do óleo abaixo do recomendado;
• Filtro de sucção instalado próximo do nível do óleo, gerando a criação de vórtice,
permitindo assim a entrada do ar;
• Linha de sucção permitindo a entrada de ar com uso de braçadeira inadequada ou
rachaduras na tubulação;
• Posicionamento incorreto da linha de retorno no reservatório, próximo à linha de
sucção, gerando turbulência (agitação no reservatório).

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6 BOMBAS DE ENGRENAGENS
A bomba de engrenagem consiste basicamente de uma carcaça com orifícios
de entrada e de saída, e de um mecanismo de bombeamento composto de duas
engrenagens.
Uma das engrenagens, a engrenagem motora, é ligada a um eixo que é
conectado a um elemento acionador principal. A outra engrenagem é a engrenagem
movida.

Figura 25: Modelos de bombas de engrenagem

6.1 VANTAGENS
1) Eficiente, projeto simples;
2) Excepcionalmente compacta e leve para sua capacidade;
3) Eficiente à alta pressão de operação;
4) Resistente aos efeitos de cavitação;
5) Alta tolerância à contaminação dos sistemas;
6) Resistente em operações à baixas temperaturas;
7) Construída com mancal de apoio no eixo; 8) Campatibilidade com vários fluidos.

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Figura 26: Esquema de bomba de engrenagem

6.2 FUNCIONAMENTO
No lado da entrada os dentes das engrenagens desengrenam, o fluido entra
na bomba, sendo conduzido pelo espaço existente entre os dentes e a carcaça, para
o lado da saída onde os dentes das engrenagens engrenam e forçam o fluido para
fora do sistema.
Uma vedação positiva neste tipo de bomba é realizada entre os dentes e a
carcaça e também entre os próprios dentes de engrenagem. As bombas de
engrenagem têm geralmente um projeto não compensado.

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Figura 27: Esquema de funcionamento de uma bomba de engrenagem

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7. BOMBAS DE PISTÕES

As bombas de pistão geram uma ação de bombeamento, fazendo com que os


pistões se alterem dentro de um tambor cilíndrico.
O mecanismo de bombeamento da bomba de pistão consiste basicamente em
um tambor de cilindro, pistões com sapatas, placa de deslizamento, sapata, mola de
sapata e placa de orifício.

Figura 28: Exemplos de bombas de pistão

4.3. VANTAGENS:
1) Baixo nível de ruído;
2) Compensação de pressão;
3) Compensação remota de pressão;
4) Sensoriamento de carga; 5) Baixa pressão de alívio.

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Figura 29: Esquema de bomba de pistão

COMO FUNCIONA UMA BOMBA DE PISTÃO?


No exemplo da ilustração anterior, um tambor de cilindro com um cilindro é
adaptado com um pistão. A placa de deslizamento é posicionada a um certo ângulo.
A sapata do pistão corre na superfície da placa de deslizamento.

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Figura 30: Processo de funcionamento de bomba de pistão

Quando um tambor de cilindro gira, a sapata do pistão segue a superfície da


placa de deslizamento (a placa de deslizamento não gira). Uma vez que a placa de
deslizamento está a um dado ângulo o pistão alterna dentro do cilindro. Em uma das
metades do ciclo de rotação, o pistão sai do bloco do cilindro e gera um volume
crescente. Na outra metade do ciclo de rotação, este pistão entra no bloco e gera um
volume decrescente.

Figura 31: Etapa de funcionamento de bomba de pistão

Na prática, o tambor do cilindro é adaptado com muitos pistões. As sapatas


dos pistões são forçadas contra a superfície da placa de deslizamento pela sapata e
pela mola.

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Para separar o fluido que entra do fluido que sai, uma placa de orifício é
colocada na extremidade do bloco do cilindro, que fica do lado oposto ao da placa de
deslizamento. Um eixo é ligado ao tambor do cilindro que o conecta ao elemento
acionado.
Este eixo pode ficar localizado na extremidade do bloco onde há fluxo ou,
como acontece mais comumente, pode ser posicionado na extremidade da placa de
deslizamento.
Neste caso, a placa de deslizamento e a sapata têm um furo nos seus centros
para receber o eixo. Se o eixo estiver posicionado na outra extremidade, a placa de
orifício tem o furo do eixo. A bomba de pistão que foi descrita acima é conhecida
como uma bomba de pistão em linha ou axial, isto é, os pistões giram em torno do
eixo, que é coaxial com o eixo da bomba.
As bombas de pistão axial são as bombas de pistão mais populares em
aplicações industriais. Outros tipos de bombas de pistão são as bombas de eixo
inclinado e as de pistão radial.

BOMBAS DE PISTÃO AXIAL DE VOLUME VARIÁVEL COMPENSADA POR PRESSÃO


O deslocamento da bomba de pistão axial é determinado pela distância que
os pistões são puxados para dentro e empurrados para fora do tambor do cilindro.
Visto que o ângulo da placa de deslizamento controla a distância em uma
bomba de pistão axial, nós devemos somente mudar o ângulo da placa de
deslizamento para alterar o curso do pistão e o volume da bomba. Com a placa de
deslizamento posicionada a um ângulo grande, os pistões executam um curso longo
dentro do tambor do cilindro. Com a placa de deslizamento posicionada a um ângulo
pequeno, os pistões executam um curso pequeno dentro do tambor do cilindro.
Variando-se um ângulo da placa de deslizamento, o fluxo de saída da bomba
pode ser alterado. Vários meios para variar o ângulo da placa de deslizamento são
oferecidos por diversos fabricantes. Estes meios vão desde um instrumento de
alavanca manual até uma sofisticada servoválvula.

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Figura 32: Bombas de pistão axial de volume variável compensada por pressão

AJUSTAMENTO DE PRESSÃO
Numa válvula de controle de pressão, a pressão da mola é usualmente
variada pela regulagem de um parafuso que comprime ou descomprime a mola.

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Figura 33: Etapa de ajustamento de pressão

Nas bombas de pistão axial com pressão compensada, a placa de


deslizamento das bombas está conectada a um pistão que sofre a pressão do
sistema.
Quando a pressão do sistema fica mais alta do que a da mola que comprime o
pistão do compensador, o pistão movimenta a placa de deslizamento.
Quando esta atinge o limitador mecânico, o seu centro fica alinhado ao tambor
do cilindro.
Os pistões não se alternam no sistema do cilindro. Isso resulta em ausência
de fluxo no sistema.

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Figura 34: Processo de funcionamento

BOMBAS DE PISTÃO AXIAL COM DESLOCAMENTO FIXO

Alta eficiência volumétrica e mecânica em toda faixa de rotação. Elevada


confiabilidade e condição de serviço, baixo nível de ruído. Altas rotações
operacionais para aplicações como motor.

Características técnicas
Deslocamento fixo de 5, 10, 19, 150 e 250cm3/rot
Rotação da bomba até 8500rpm
Rotação do motor até 12000rpm
Faixa de pressão até 420 bar (6100psi)
Temperatura de trabalho de 70°C (buna-n) e de 115°C (viton)
Óleo hidráulico recomendado com viscosidade de operação de 75 e 150SSU e
viscosidade máxima na partida de 5000SSU
Classe de limpeza do óleo ISO 18/13
Sentido de rotação à direita visto pelo lado do eixo

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Material
Corpo do ferro fundido

Figura 35: Bomba de pistão axial com deslocamento fixo

Informações de instalação

Uso de válvula de alívio


O uso de uma válvula de alívio, embora não obrigatório, é recomendado no
circuito principal para suprimir cargas de choque hidráulico e igualmente serve como
proteção adicional do sistema.
Se um mínimo de volume é usado, o uso de uma válvula de alívio é obrigatório.

Recomendações sobre fluido hidráulico


Um óleo hidráulico de qualidade com uma faixa de viscosidade entre 150 -
250 SSU (30 - 50 cst) a 100°F (38°C).
Faixa de viscosidade normal em operação entre 80 - 100 SSU (17 - 180 cst).
Viscosidade máxima de partida 4000 SSU (1000 cst).

Nota: Consulte o fabricante quando exceder 160°F (71°C) em operação. O óleo


deve ter pelo menos propriedade antidesgaste e tratamento antioxidação.

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Figura 36: Sistema de Instalação

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0

Figura 37 : Esquema de Instalação

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Figura 38: Legenda

Legendas de cores para identificar Circuitos Hidráulico.


Vermelho : Pressão de alimentação ou operação.
Amarelo : Restrição no controle de passagem de fluxo.
Laranja : Redução de pressão básica do sistema.
Verde : Succão ou linha de drenagem.

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Azul : Fluxo em descarga ou retorno. Branco :
Fluído inativo.

Figura 39: Diagrama de Instalação

Normas de Segurança no Sistema Hidráulico


 Sistema hidráulico encontra-se sempre pressurizado internamente.
 Não realizar inspeções ou substituição de qualquer componente do sistema
hidráulico sem antes despressurizar o sistema.
 Caso alguma tubulação ou mangueira esteja com vazamento a área em volta
do vazamento estará úmida.
 Ao realizar inspeções no sistema hidráulico, use sempre óculos de segurança
e evite passar as mãos sobre as mangueiras hidráulicas pois, mesmos as
luvas não retém a pressão do fluído hidráulico.
 Há o risco de fluído vazando em alta pressão por pequenos
 orifícios e penetrar em sua pele ou atingir seus olhos, podendo cegá-lo.
 Se você for atingido por um jato de óleo à alta pressão
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 e tiver a pele ou os olhos afetados, procure imediatamente socorro médico.
 Quando for procurar vazamentos use uma folha de cartolina, jamais use as
mãos.

Partida
Antes do funcionamento inicial, o corpo da bomba deve ser preenchido com
fluido hidráulico. Também é necessário conectar a linha de descarga para a linha de
retorno, soltar a linha de descarga para que o ar possa ser removido de dentro da
bomba, mas para isso a bomba deverá estar pressurizada.

8. VÁLVULAS DE CONTROLE DIRECIONAL

As válvulas de controle direcional consistem em um corpo com passagens


internas que são conectadas e desconectadas por uma parte móvel. Nas válvulas
direcionais, e na maior parte das válvulas hidráulicas industriais, conforme já vimos,
a parte móvel é o carretel. As válvulas de carretel são os tipos mais comuns de
válvulas direcionais usados em hidráulica industrial.

Figura 40: Exemplos de válvulas de controle direcional

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IDENTIFICAÇÃO DE VÁLVULAS DE CONTROLE DIRECIONAL
As válvulas de controle direcional são representadas nos circuitos hidráulicos
através de símbolos gráficos. Para identificação da simbologia devemos considerar:
• Número de vias;
• Número de posições;
• Posição normal;
• Tipo de acionamento.

NÚMERO DE POSIÇÕES
As válvulas são representadas graficamente por quadrados. O número de
quadrados unidos representa o número de posições ou manobras distintas que uma
válvula pode assumir. Devemos saber que uma válvula de controle direcional possui,
no mínimo, dois quadrados, ou seja, realiza no mínimo duas manobras.

Figura 41: Representação das posições

NÚMERO DE VIAS
O número de vias de uma válvula de controle direcional corresponde ao
número de conexões úteis que uma válvula pode possuir.

Figura 42: Representação do número de vias

Nos quadrados representativos de posição podemos encontrar vias de


passagem, vias de bloqueio ou a combinação de ambas.

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Figura 43: Representação de vias passagem, bloqueio ou combinação de ambas

Para fácil compreensão do número de vias de uma válvula de controle


direcional podemos também considerar que:

Figura 44: Esquema de via de passagem

Identificação das vias


Via de pressão = P
Via de retorno = T
Vias de utilização = A e B

Figura 45: Identificação das vias

Observação: Devemos considerar apenas a identificação de um quadrado. O


número de vias deve corresponder nos dois quadrados.

POSIÇÃO NORMAL
Posição normal de uma válvula de controle direcional é a posição em que se
encontram os elementos internos quando a mesma não foi acionada. Esta posição
geralmente é mantida por força de uma mola.

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TIPO DE ACIONAMENTO
O tipo de acionamento de uma válvula de controle direcional define a sua
aplicação no circuito, estes acionamentos podem ocorrer por força muscular,
mecânica, pneumática, hidráulica ou elétrica.

VÁLVULA DIRECIONAL DE 2/2 VIAS


Uma válvula direcional de 2 vias consiste em duas passagens que são
conectadas e desconectadas. Em uma posição extrema do carretel, o curso de fluxo
é aberto através da válvula. No outro extremo não há fluxo através da válvula. Uma
válvula de 2 vias executa uma função de liga-desliga. Esta função é usada em
muitos sistemas, como trava de segurança e para isolar ou conectar várias partes do
sistema.

Figura 51: Representação de válvula direcional 2/2 vias

VÁLVULA DIRECIONAL DE 3/2 VIAS


Uma válvula de 3 vias consiste em três passagens dentro de um corpo de
válvula sendo: via de pressão, via de tanque e uma via de utilização. A função desta
válvula é pressurizar o orifício de um atuador. Quando o carretel está posicionado no
outro extremo, a válvula esvazia o mesmo orifício do atuador. Em outras palavras, a
válvula pressuriza e esvazia alternadamente um orifício do atuador.

VÁLVULAS DIRECIONAIS DE 3 VIAS, NO CIRCUITO


Uma válvula direcional de 3 vias é usada para operar atuadores de ação
simples como cilindros, martelos e cilindros com retorno por mola.
Nestas aplicações, a válvula de 3 vias remete pressão do fluido e o fluxo para
o lado traseiro do cilindro.

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Quando o carretel é acionado para a outra posição extrema, o fluxo para o
atuador é bloqueado. Ao mesmo tempo a via do atuador, dentro do corpo, é
conectada ao tanque.
Um cilindro martelo vertical retorna pelo seu próprio peso, ou pelo peso de
sua carga, quando a via do atuador de uma válvula de 3 vias é drenada para o
tanque.
Em um cilindro de retorno por mola, a haste do pistão é retornada por uma
mola que está dentro do corpo do cilindro.
Em aplicações hidráulicas industriais, geralmente não são encontradas
válvulas de 3 vias. Se uma função de 3 vias for requerida, uma válvula de 4 vias é
convertida em uma válvula de 3 vias, plugando-se uma via do atuador.

Figura 46: Válvulas direcionais de 3 vias

VÁLVULAS NORMALMENTE ABERTAS E NORMALMENTE FECHADAS


As válvulas de 2 vias e as válvulas de 3 vias com retorno por mola podem ser
tanto normalmente abertas como normalmente fechadas, isto é, quando o atuador
não está energizado, o fluxo pode passar ou não através da válvula.

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Em uma válvula de 3 vias e duas posições, por haver sempre uma passagem
aberta através da válvula “normalmente fechada”, indica que a passagem “p” fica
bloqueada quando o acionador da válvula não é energizado.
Quando as válvulas direcionais de retorno por mola são mostradas
simbolicamente no circuito, a válvula é posicionada no circuito para mostrar a sua
condição normal.

Figura 47: Esquemas de válvulas

VÁLVULA DIRECIONAL DE 4/2 VIAS


A função de uma válvula direcional de 4 vias é causar o movimento de
reversão de um cilindro ou de um motor hidráulico.
Para desempenhar esta função, o carretel dirige o fluxo de passagem da
bomba para uma passagem do atuador quando ele está em uma posição extrema.
Ao mesmo tempo, o carretel é posicionado para que a outra passagem do atuador
seja descarregada para o tanque.

Figura 48: Válvula direcional de 4/2 vias

VÁLVULAS DIRECIONAIS DE 4/2 VIAS, NO CIRCUITO


Visto que todas as válvulas são compostas de um corpo e de uma parte
interna móvel, a parte móvel de todas as válvulas tem pelo menos duas posições,
ambas nos extremos. Numa válvula direcional estas 2 posições são representadas
por dois quadrados separados. Cada quadrado mostra, por meio de setas, como o
carretel está conectado às vias dentro do corpo, naquele ponto. Quando a válvula é

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mostrada simbolicamente, os dois quadrados são conectados juntos, mas quando
colocada num circuito, somente um quadrado é conectado ao circuito. Com este
arranjo, a condição da válvula permite a visualização do movimento do cilindro em
uma direção. Para visualizar o atuador se movendo na direção oposta, sobreponha
mentalmente um dos quadrados do símbolo ao outro, dentro do circuito.

Figura 49: Circuito de válvula direcional de 4/2 vias

VÁLVULA DE 4 VIAS MONTADAS EM SUB-BASE


Os corpos das válvulas direcionais de 4 vias que foram ilustrados tinham via
para tanque e via de pressão situadas de um lado. As vias de utilização estavam
posicionadas do lado oposto do corpo. Esse arranjo seguia de perto o símbolo da
válvula. Entretanto, para facilitar a instalação, a maioria das válvulas direcionais de
hidráulica industrial é montada em placas, isto é, elas são parafusadas a uma placa,
que é conectada à tubulação. As vias das válvulas montadas com sub-base são
localizadas no lado inferior do corpo da válvula.

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Configurações padronizadas das furações

Cetop 7, 8, 10 – TN16, 25,


Cetop 3 – TN6 Cetop 5 – TN10
32

Figura 50: Configurações padronizadas das furações

Figura 51: Exemplo físico de furações

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ATUADORES DE VÁLVULAS DIRECIONAIS

Figura 52: Atuadores de válvulas direcionais

Nós vimos que o carretel de uma válvula direcional pode estar posicionado em
uma ou outra posição extrema. O carretel é movido para essas posições por energia
mecânica, elétrica, hidráulica, pneumática ou muscular. As válvulas direcionais cujos
carretéis são movidos por força muscular são conhecidas como válvulas operadas
manualmente ou válvulas acionadas manualmente. Os tipos de acionadores
manuais incluem alavancas, botões de pressão e pedais.
Os atuadores manuais são usados em válvulas direcionais cuja operação
deve ser sequenciada e controlada ao arbítrio do operador.
Um tipo muito comum de atuador mecânico é o rolete. O rolete é atuado por
um came que está ligado a um acionador. O atuador mecânico é usado quando a
mudança de uma válvula direcional deve ocorrer ao tempo que o atuador atinge uma
posição específica.
Os carretéis das válvulas direcionais podem também ser acionados por
pressão de fluido, tanto a ar como hidráulica. Nestas válvulas, a pressão do piloto é
aplicada nas duas sapatas laterais do carretel, ou aplicada em uma sapata ou pistão
de comando.
Um dos meios mais comuns de operação de uma válvula direcional é por
solenóide.
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Um solenóide é um dispositivo elétrico que consiste basicamente de um
induzido, uma carcaça “C” e uma bobina.
A bobina é enrolada dentro da carcaça “C”. O carretel fica livre para se
movimentar dentro da bobina.

Figura 53: Processos de válvulas direcionais

Figura 54: Esquema de solenóide

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COMO FUNCIONA UM SOLENÓIDE

Quando uma corrente elétrica passa pela bobina, gera-se um campo


magnético. Este campo magnético atrai o induzido e o empurra para dentro da
bobina. Enquanto o induzido entra na bobina, ele fica em contato com um pino
acionador e desloca o carretel da válvula direcional para uma posição extrema.

Figura 55: Funcionamento de um solenóide

CONDIÇÃO DE CENTRO ABERTO


Uma válvula direcional com um êmbolo de centro aberto tem as passagens P,
T, A e B, todas ligadas umas às outras na posição central.

Figura 56: Condição de centro aberto

CONDIÇÃO DE CENTRO FECHADO


Uma válvula direcional com um carretel de centro fechado tem as vias P, T, A
e B, todas bloqueadas na posição central.

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Figura 57: Condição de centro fechado

CONDIÇÃO DE CENTRO EM TANDEM


Uma válvula direcional com um carretel de centro em tandem tem as vias P e
T conectadas e as vias A e B bloqueadas na posição central.

Figura 58: Condição de centro em tandem

CENTRO ABERTO NEGATIVO


Uma válvula direcional com um carretel de centro aberto negativo tem a via
“P” bloqueada, e as vias A, B e T conectadas na posição central.

Figura 59: Centro aberto negativo

9. VÁLVULAS DE RETENÇÃO

VÁLVULAS DE RETENÇÃO SIMPLES


As válvulas de retenção são aparentemente pequenas quando comparadas a
outros componentes hidráulicos, mas elas são componentes que servem às funções
muito variadas e importantes.

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Figura 60: Representação de válvula de retenção simples

Uma válvula de retenção consiste basicamente em corpo da válvula, vias de


entrada e saída e em um assento móvel que é preso por uma mola de pressão. O
assento móvel pode ser um disco ou uma esfera, mas nos sistemas hidráulicos, na
maioria das vezes, é uma esfera.

FUNCIONAMENTO
O fluido passa pela válvula somente em uma direção. Quando a pressão do
sistema na entrada da válvula é muito alta, o suficiente para vencer a mola que
segura o assento, este é deslocado para trás. O fluxo passa através da válvula. Isso
é conhecido como fluxo direcional livre da válvula de retenção.
Se o fluido for impelido a entrar pela via de saída o assento é empurrado
contra a sua sede. O fluxo estanca.

Figura 61: Esquema de válvula de retenção simples


VÁLVULA DE RETENÇÃO NO CIRCUITO

Uma válvula de retenção é uma combinação de válvula direcional e válvula de


pressão. Ela permite o fluxo somente em uma direção, por isto é uma válvula
unidirecional. A válvula de retenção é usada comumente em um sistema hidráulico,
como válvula de "bypass". Isso permite que o fluxo contorne certos componentes,
tais como as reguladoras de vazão que restringem o fluxo na direção contrária. Uma
válvula de retenção é também usada para isolar uma seção do sistema ou um
Informar o título do Curso ou UC Página 73
componente, tal como um acumulador. Uma válvula de retenção permite evitar que
um reservatório descarregue o fluxo de volta à válvula de descarga ou através da
bomba.
A parte móvel numa válvula de retenção está sempre presa por uma mola de
baixa pressão. Quando uma mola mais forte é utilizada, a válvula de retenção pode
ser usada como válvula de controle de pressão (isso não se faz comumente).

Figura 62: Etapa de funcionamento de válvula de retenção

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10. VÁLVULAS CONTROLADORAS DE VAZÃO

GENERALIDADES
A função da válvula controladora de vazão é a de reduzir o fluxo da bomba em
uma linha do circuito. Ela desempenha a sua função por ser uma restrição maior que
a normal no sistema. Para vencer a restrição, uma bomba de deslocamento positivo
aplica uma pressão maior ao líquido, o que provoca um desvio de parte deste fluxo
para outro caminho. Este caminho é geralmente para uma válvula limitadora de
pressão, mas pode também ser para outra parte do sistema. As válvulas
controladoras de vazão são aplicadas em sistemas hidráulicos quando se deseja
obter um controle de velocidade em determinados atuadores, o que é possível
através da diminuição do fluxo que passa por um orifício.

Figura 63: Exemplo de válvula controladora de vazão

Informar o título do Curso ou UC Página 75


Figura 64: Esquema de válvula controladora de vazão

VÁLVULA DE CONTROLE DE VAZÃO VARIÁVEL COM RETENÇÃO INTEGRADA

Figura 65: Válvula de controle de vazão variável

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Consiste em uma válvula controladora de vazão descrita anteriormente e mais
a função de uma válvula de retenção simples em bypass. Com essa combinação é
possível obter fluxo reverso livre, sendo de grande aplicação na hidráulica industrial.
Através de um parafuso de ajuste determina-se a taxa de fluxo que deve ser
requerida no sistema para se obter a velocidade desejada. Quanto à posição de
instalação, está em função do tipo de controle que se deseja aplicar no sistema.

Figura 66: Esquema de válvula de controle de vazão variável

11. VÁLVULAS DE CONTROLE DE PRESSÃO


Uma válvula hidráulica é um sistema que direciona o fluxo de líquido e óleo
através do sistema hidráulico. A direção do fluxo de óleo é determinada pela posição
de um carretel, e o sistema hidráulico só consegue funcionar através de válvulas.
Por esse motivo, é de suma importância sempre procurar o tipo correto de válvula
hidráulica para a utilização a que se pretende.
As válvulas hidráulicas estão disponíveis em diversos tamanhos, e isso é
determinado pela quantidade de fluxo máximo do sistema hidráulico que passa
através da válvula, e a pressão máxima atingida

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Diferentes tipos de válvulas hidráulicas
Válvulas hidráulicas são habitualmente chamadas de componentes
hidráulicos, e esses são divididos em três principais categorias: válvulas de
controle direcional, válvulas de controle de pressão e válvulas de controle de fluxo.

Válvulas de controle direcional

Figura 67: Válvulas de controle direcional


12. Válvula de controle de pressão

AJUSTAMENTO DE PRESSÃO
Em uma válvula de controle de pressão, a pressão da mola é usualmente
variada pela regulagem de um parafuso que comprime ou descomprime a mola.

USO DE UMA VÁLVULA DE PRESSÃO NORMALMENTE FECHADA


As válvulas de controle de pressão normalmente fechadas têm muitas
aplicações em um sistema hidráulico.
Além da válvula ser usada como um alívio do sistema, um controle de pressão
normalmente fechado pode ser usado para fazer com que uma operação ocorra
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antes da outra. Pode também ser usada para contrabalancear forças mecânicas
externas que atuam no sistema.

Figura 68: Limitadora de pressão

QUEDA DE PRESSÃO NA VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO


Com a mesma regulagem da válvula, a pressão na linha depois de uma
válvula de redução de pressão será menor quando a válvula estiver em processo de
redução, como num circuito do grampeamento. Esta diferença em pressões
reduzidas é conhecida como perda de carga da válvula.

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Figura 69: Válvula Redutora de Presssão

VÁLVULA DE DESCARGA
Uma válvula de descarga é uma válvula de controle de pressão normalmente
fechada operada remotamente que dirige fluxo para o tanque quando a pressão, em
uma parte remota do sistema, atinge um nível predeterminado.

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Figura 70: Válvula de descarga

DRENOS
O carretel numa válvula de controle de pressão se movimenta dentro de uma
via e, geralmente, há algum vazamento de fluido na via acima do carretel. Esta é
uma ocorrência normal que serve para lubrificá-lo. Para que a válvula de pressão
opere adequadamente, a área acima do carretel deve ser drenada continuamente
para que o líquido não prejudique o movimento do carretel com a formação de calço
hidráulico. Isso é feito com uma via dentro do corpo da válvula que está conectada
ao reservatório.

Dreno interno
Se uma via secundária de uma válvula de pressão estiver interligada ao
reservatório, como nas aplicações da válvula limitadora de pressão e da válvula de
contrabalanço, a via do dreno ficará interligada internamente a via do tanque ou a via
secundária da válvula. Isto é conhecido como dreno interno.

13. ATUADORES HIDRÁULICOS

Os atuadores hidráulicos convertem a energia de trabalho em energia


mecânica. Eles constituem os pontos onde toda a atividade visível ocorre e são um

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dos principais itens a serem considerados no projeto da máquina. Os atuadores
hidráulicos podem ser divididos basicamente em dois tipos: lineares e rotativos.

Figura 71: Modelo de atuador hidráulico

CILINDROS HIDRÁULICOS
Cilindros hidráulicos transformam trabalho hidráulico em energia mecânica
linear, a qual é aplicada a um objeto resistivo para realizar trabalho. Um cilindro
consiste em uma camisa (tubo), de um pistão móvel e de uma haste ligada ao pistão.
Os cabeçotes são presos ao cilindro por meio de roscas, prendedores, tirantes ou
solda (a maioria dos cilindros industriais usa tirantes). Conforme a haste se move
para dentro ou para fora, ela é guiada por embuchamentos (conjunto removível do
mancal com guarnições). O lado para o qual a haste pera é chamado de lado
dianteiro ou "cabeça do cilindro". O lado oposto sem haste é o lado traseiro. Os
orifícios de entrada e saída estão localizados nos lados dianteiro e traseiro.
CARACTERÍSTICAS E BENEFÍCIOS:

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1 – Haste: Aço de alta camisa de aço minimiza o atrito interno
resistência, retificado, cromado e e prolonga a vida das vedações.
polido para assegurar uma superfície
7 - Êmbolo de ferro fundido
lisa, resistente a riscos e sulcos para
inteiriço: O êmbolo tem amplas
uma vedação efetiva e de longa vida.
superfícies de apoio para resistir às
2 - Mancal ParkerJewel: A maior cargas laterais e um longo encaixe por
superfície de apoio da vedação rosca na haste. Como característica de
proporciona melhor lubrificação e vida segurança adicional, o êmbolo é fixado
mais longa. O mancal Jewel, completo por Loctite e por um pino de travamento.
com as vedações da haste, pode ser
8 - Encaixe da camisa: Um rebaixo
facilmente removido sem desmontar o
usinado nas extremidades da camisa,
cilindro, de forma que a manutenção
concêntrico com diâmetro interno do
seja mais rápida e mais barata.
cilindro, permite um encaixe rápido e
3 - Guarnição de limpeza de preciso com flanges dianteiro e traseiro,
borda dupla: A guarnição de limpeza resultando em um perfeito alinhamento e
de borda dupla atua como uma longa vida em operação sem
vedação secundária, retirando o vazamentos.
excesso do filme de óleo entre a
9 - Anel de amortecimento
guarnição de limpeza e a vedação
flutuante e luvas de amortecimento: O
serrilhada. Sua borda externa impede
anel de amortecimento flutuante e a luva
a entrada de contaminantes no
são auto-centrantes, permitindo
cilindro, prolongando a vida do
tolerâncias estreitas e, portanto, um
mancal, das vedações e
amortecimento mais eficaz. Na partida
consequentemente a vida de todo o
do cilindro, uma válvula de retenção
sistema hidráulico.
válvula de retenção permitindo ao filme
4 - Vedação de borda de óleo que aderiu à haste retornar para
serrilhada: A vedação da haste o interior do cilindro.
possui uma série de bordas que atuam
5 - Vedações do corpo do cilindro:
sucessivamente conforme o aumento
Vedações do corpo sob pressão
da pressão proporcionando vedação
asseguram que o cilindro seja à prova de
eficiente sob todas as condições de
vazamentos, mesmo sob choques de
operação. No recuo da haste
pressão.
serrilhada, atua como 6 - Camisa do
com esfera na extremidade
cilindro: Um rígido controle de
do cabeçote dianteiro e o anel flutuante
qualidade e a precisão de fabricação
na extremidade do cabeçote
garantem que todos as camisas
traseiro permitem que seja aplicada
atendam aos padrões de alinhamento,
pressão à toda área do pistão para maior
circularidade e acabamento superficial.
potência e velocidade de partida.
O acabamento da superfície interna da
Figura 103 : Características e benefícios de um atuador hidráulico

Atuador Linear.
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O Cilindro Hidráulico funciona como um atuador linear.

Ao receber um fluxo de fluído hidráulico, o mesmo pode ser estendido


ou retraído produzindo movimentos Lineares.

Cilindro
Hidráulico.

Cilindro
Hidráulico
em
corte

Figura 72: Atuador Linear

TIPOS COMUNS DE CILINDROS


 Cilindros de ação simples: Cilindro no qual a pressão do fluido é aplicada
em somente uma direção para mover o pistão.

Figura 73: Cilindro com retorno com força externa

 Cilindro de dupla ação: Cilindro no qual a pressão do fluido é aplicada ao


elemento móvel em qualquer uma das direções.

Figura 74: Cilindro com dupla ação

 Cilindros telescópicos: Um cilindro com arranjo multitubular da haste que


provê um curso longo com uma camisa curta na retração.

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Figura 75: Cilindro telescópico de ação simples

ATUADORES ROTATIVOS

Atuador Rotativo.
O motor hidráulico funciona como um atuador Rotativo.

Quando o motor hidráulico recebe um fluxo de fluído hidráulico, o mesmo se


transforma num propulsor de movimentos.
1-Bomba Hidráulica.
2- Motor Hidráulico.
3- Mangueira Hidr. de Alimentação ou Retorno .
4- Mangueira Hidr. De Alimentação ou Retorno.
5- Força Motriz ( Motor). 6- Alavanca Reversora.

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Figura 76: Atuador Rotativo

OSCILADOR DE PALHETA

MOTORES HIDRÁULICOS

Figura 77: Motores hidráulicos

Os motores hidráulicos transformam a energia de trabalho hidráulico em


energia mecânica rotativa, que é aplicada ao objeto resistivo por meio de um eixo.
Todos os motores consistem basicamente em uma carcaça com conexões de
entrada e saída e em um conjunto rotativo ligado a um eixo.

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Tipos de motores hidráulicos
• Motores de palhetas
• Motores de engrenagens
• Motores de pistões

Drenos de motor

Figura 78: Esquema de dreno de motor

Os motores usados em sistemas hidráulicos industriais são quase que


exclusivamente projetados para serem bidirecionais (operando em ambas as
direções). Mesmo aqueles motores que operam em sistema de uma só direção
(unidirecional) são provavelmente motores bidirecionais de projeto.
Com a finalidade de proteger a sua vedação do eixo, os motores bidirecionais,
de engrenagem de palheta e de pistão são, de modo geral, drenados externamente.
14. ACUMULADORES HIDRÁULICOS

Um acumulador armazena pressão hidráulica. Esta pressão é energia


potencial, uma vez que ela pode ser transformada em trabalho.

Figura 79: Acumuladores hidráulicos


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TIPOS DE ACUMULADORES

Os acumuladores são basicamente de 3 tipos: carregados por peso,


carregados por mola e hidropneumáticos.

ACUMULADORES TIPO DIAFRAGMA


O acumulador do tipo diafragma geralmente tem uma forma esférica divida em
dois hemisférios de metal, que são separados por meio de um diafragma de
borracha sintética. O gás ocupa uma câmara e o líquido entra na outra.

Figura 80: Acumulador tipo diafragma

ACUMULADORES TIPO BEXIGA


O acumulador tipo balão consiste de uma bexiga de borracha sintética dentro
de uma carcaça de metal. A bexiga é enchida com gás comprimido. Uma válvula do
tipo assento, localizada no orifício de saída, fecha o orifício quando o acumulador
está completamente vazio e evita que a bexiga seja extrudada para o sistema.

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Figura 81: Acumulador tipo bexiga

APLICAÇÃO PARA MANTER A PRESSÃO DO SISTEMA

Figura 82: Sistema de pressão

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APLICAÇÃO COMO FONTE DE ENERGIA HIDRÁULICA

Figura 83: Fonte de energia hidráulica


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APLICAÇÃO DE EMERGÊNCIA PARA RETORNO DO CILINDRO

Figura 84: Esquema de emergência para retorno do cilindro

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VOLUME ÚTIL
Um acumulador hidropneumático, que é usado para desenvolver o fluxo do
sistema, opera pressões máxima e mínima.
Em outras palavras, um acumulador é carregado ou cheio com fluido até que
uma pressão máxima seja alcançada e é recarregado a uma pressão mais baixa
depois que o trabalho é executado. O volume líquido que é descarregado entre as
duas pressões compõe o volume útil do acumulador.

Figura 85: Comparação de volume útil

INSTALAÇÃO
Como já vimos, apesar de alguns acumuladores como do tipo pistão
separador, diafragma etc., poderem ser montados em qualquer posição, é
conveniente que todos sejam montados na posição vertical como o peso, mola ou
gás na parte superior, afim de que sejam eliminados desgastes não uniformes e/ou
sobrecargas localizadas. Depois de feito um teste de estanqueidade e limpeza
cuidadosa da parte interna do acumulador, dutos e conexões, procede-se a sua
colocação no circuito completando o serviço com a verificação de vazamentos. Após
a instalação do acumulador no circuito, sangrar todo o ar do sistema antes de
colocar a máquina em funcionamento.

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SEGURANÇA
É conveniente que o acumulador seja descarregado (exceto a pressão de
précarga do gás) quando a máquina não estiver sendo utilizada. Isso pode ser feito
através de uma válvula de registro para a descarga do acumulador.
Para tornar o processo mais automático, podemos utilizar uma válvula de
descarga diferencial. Pode-se também utilizar uma outra válvula de registro para
separar o acumulador do sistema, no caso em que o mesmo não é constantemente
acionado. É útil também um manômetro instalado em caráter permanente.
BLOCO DE SEGURANÇA PARA ACUMULADORES

Figura 86: Bloco de segurança para acumuladores

15. SIMBOLOGIA

a) Elementos de entrada de sinais: Indicados pela letra "S" - Interruptores,


botoeiras, fins de curso sensores, etc.

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Botão pulsador com 1 contato NA e 1 NF

Botão com trava com 1 contato NA e 1 NF

Fim de curso tipo rolete com 1 contato comutador

Sensor de proximidade com 1 contato NA

Pressostato com 1 contato comutador

Figura 87: Elementos de Entradas de sinais

b) Elementos de saída de sinais: Indicados pela letra "Y" - Eletroválvulas,


indicadores luminosos, indicadores sonoros, etc.

Solenoide

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Indicador luminoso

Indicador sonoro

Figura 88: Elementos de Saída de sinais

c) Elementos de processamento de sinais: Indicados pela letra "K" -


Contatores, relés de tempo, contatores elétricos, etc.

Contator auxiliar

Relé temporizador com retardo na energização

Relé temporizador com retardo na denergização

Relé contator

Figura 89: Elementos de Processamento de Sinais

16. CIRCUITOS ELETROHIDRÁULICOS

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CIRCUITO 01
O circuito apresentado é dividido em circuito de potência e circuito de
comando. Ao acionar o botão de comando pulsador S1, estabelece a passagem de
corrente elétrica que energizará a bobina do solenóide Y1, proporcionando o avanço
do cilindro.

Figura 90: Exemplo 1 de circuito hidráulico

Enquanto o botão de comando S1 for mantido acionado, o solenóide Y1


permanece ligado e a haste do cilindro avançada.
Soltando-se o botão pulsador S1, seu contato, que havia fechado, abre
automaticamente e interrompe a passagem da corrente elétrica, desligando a bobina
do solenóide Y1.
Quando o solenóide Y1 é desativado, a mola da válvula direcional empurra o
carretel para a esquerda, e interligando os pórticos P, B, A e T. Dessa forma,
acontece o retorno do cilindro para sua posição inicial.

CIRCUITO 02
O circuito de comando apresenta a função lógica "ou" conhecida por ligação
em paralelo. Portanto poderemos acionar S1 ou S2 que a corrente elétrica se

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estabelecerá energizando a bobina da solenóide Y1, proporcionando o avanço do
cilindro.
Aplicação: acionamento de dois locais diferentes e distantes entre si como, por
exemplo, no comando de um elevador de cargas que pode ser acionado tanto do
solo como da plataforma.

Figura 91: Exemplo 2 de circuito hidráulico

CIRCUITO 03
O circuito de comando apresenta a função lógica "E". Portanto teremos que
acionar S1 e S2 para que a corrente possa se estabelecer e energizar a bobina da

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solenóide Y1, proporcionando o avanço do cilindro. Esse comando é conhecido por
ligações em série.
Um cilindro de ação dupla deve avançar somente quando dois botões de
comando forem acionados simultaneamente (comando bi-manual). Soltando-se
qualquer um dos dois botões de comando, o cilindro deve voltar imediatamente à
sua posição inicial.

Figura 92: Exemplo 3 de circuito hidráulico

Esse tipo de circuito, conhecido como comando bi-manual, é muito utilizado


no acionamento de máquinas e equipamentos que oferecem riscos de acidente para
o operador como, por exemplo, no caso de acionamento de uma prensa hidráulica.
Com os botões colocados a uma distância que não permita o acionamento
com apenas uma das mãos, o operador terá que forçosamente utilizar ambas as
mãos para acionar a partida da máquina. Esse recurso oferece, portanto, uma
condição de partida segura, reduzindo consideravelmente os riscos de acidente

CIRCUITO 04

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Um cilindro de ação dupla deve ser acionado por dois botões. Acionando-se o
primeiro botão o cilindro deve avançar e permanecer avançado mesmo que o botão
seja desacionado. O retorno deve ser comandado por meio de um pulso no segundo
botão.
O circuito de potência apresenta uma eletroválvula 4/2 duplo solenóide.
Portanto teremos o botão S1, que energizará Y1, que realizará o avanço do cilindro.
O retorno ocorrerá ao ser acionado S2, que energiza Y2.

4a

4b

Figura 93: Exemplo 4 de circuito hidráulico

Figura 94: Circuito simples: sem proteção para evitar queima de bobinas

Acionando-se o botão S1, seu contato normalmente aberto fecha, permitindo


a passagem da corrente elétrica que energiza a bobina do solenóide Y1. Ao mesmo
tempo, o contato fechado de S1, ligado em série com o contato aberto de S2, abre,
impedindo que o solenóide Y2 seja energizado, enquanto Y1 estiver ligado. Com o
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solenóide Y1 em operação, o carretel da válvula direcional é acionado para a direita,
fazendo com que a haste do cilindro avance.
Mesmo que o botão S1 seja desacionado, desligando o solenóide Y1, como a
válvula direcional não possui mola de reposição, o carretel se mantém na última
posição acionada, neste caso para a direita, e o cilindro permanece avançado.
Portanto, para fazer com que a haste do cilindro avance, não é necessário manter o
botão de comando S1 acionado, basta dar um pulso e soltar o botão, já que a válvula
direcional memoriza o último acionamento efetuado.
O mesmo comportamento ocorre no retorno do cilindro. Acionando-se o botão
S2, seu contato normalmente aberto fecha, permitindo a passagem da corrente
elétrica que energiza a bobina do solenóide Y2. Ao mesmo tempo, o contato fechado
de S2, ligado em série com o contato aberto de S1, abre, impedindo que o solenóide
Y1 seja energizado, enquanto Y2 estiver ligado. Com o solenóide Y2 em operação, o
carretel da válvula direcional é acionado para a esquerda, fazendo com que a haste
do cilindro retorne.
Caso os dois botões S1 e S2 forem acionados simultaneamente, embora os
dois contatos normalmente abertos fecham, os dois contatos normalmente fechados
abrem e garantem que os dois solenóides Y1 e Y2 permaneçam desligados.
A montagem alternada dos contatos fechados dos botões, em série com os
contatos abertos, evita que os dois solenóides sejam energizados ao mesmo tempo,
fato que poderia causar a queima de um dos solenóides, danificando o equipamento.

CIRCUITO 05 A

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O circuito de comando apresenta a função de desligar dominante em um
comando de auto-retenção.
Utilizamos o relé auxiliar K1 e dois contatos NA desse relé.

Figura 95: Exemplo 5a de circuito hidráulico

Neste caso, a válvula direcional é reposicionada por mola e não apresenta a


mesma característica de memorização da válvula de duplo solenoide, empregada no
circuito anterior.
Sendo assim, para que se possa avançar ou retornar a haste do cilindro com
um único pulso, sem manter os botões de comando acionados, é necessário utilizar
um relé auxiliar no comando elétrico para manter o solenóide Y1 ligado, mesmo que
o botão S1 seja desacionado.
Acionando-se o botão S1, seu contato normalmente aberto fecha e permite a
passagem da corrente elétrica. A corrente passa também pelo contato fechado do
botão S2, ligado em série com o botão S1, e liga a bobina do relé auxiliar K1.
Quando K1 é energizado, todos os seus contatos se invertem, ou seja, os
normalmente abertos fecham e os fechados abrem.
Neste caso, o primeiro contato de K1 utilizado no circuito, ligado em paralelo
com o botão S1, fecha para efetuar a auto-retenção da bobina de K1, isto é, mesmo
que o botão S1 seja desacionado, a corrente elétrica continua passando pelo

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primeiro contato de K1, paralelamente ao botão S1, e mantendo a bobina de K1
energizada.
Um segundo contato de K1 é utilizado no circuito para ligar a bobina do
solenóide Y1 que, quando energizado, abre a pilotagem hidráulica que aciona o
carretel da válvula direcional para a direita, fazendo com que a haste do cilindro
avance.
Dessa forma, pode-se soltar o botão de comando S1 pois o relé auxiliar K1 se
mantém ligado por um de seus próprios contatos (auto-retenção) e, ao mesmo
tempo, conserva energizado o solenóide Y1 por meio de outro de seus contatos,
garantindo a continuidade do movimento de avanço do cilindro.
Para fazer com que a haste do cilindro retorne, basta dar um pulso no botão
de comando S2. Acionando-se o botão S2, seu contato normalmente fechado, ligado
em série com o primeiro contato de K1 que mantinha a auto-retenção de K1, abre e
interrompe a passagem da corrente elétrica para a bobina do relé auxiliar K1.
Imediatamente o relé K1 é desligado e todos os seus contatos voltam à
posição normal. O primeiro contato de K1 abre e desliga a auto-retenção de K1,
permitindo que mesmo que o botão S2 seja desacionado a bobina de K1 permaneça
desligada. O segundo contato de K1, por sua vez, abre e bloqueia a passagem da
corrente elétrica, desligando o solenóide Y1. Com o solenóide Y1 desligado, o piloto
hidráulico é desativado e a mola da válvula direcional empurra o carretel de volta
para a esquerda, fazendo com que a haste do cilindro retorne.
O circuito elétrico utilizado nesta solução C é chamado de comando de
autoretenção com comportamento de desligar dominante porque, se os dois botões
de comando S1 e S2 forem acionados ao mesmo tempo, o relé K1 permanece
desligado pelo contato do botão de comando S2. Podemos dizer que, neste caso, o
botão S2 tem prioridade sobre S1 pois, se ambos forem acionados simultaneamente,
prevalece como dominante a condição de desligar do contato fechado do botão de
comando S2.

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CIRCUITO 05 B

O circuito de comando apresenta a função de ligar dominante em um


comando de auto-retenção.

Figura 96: Exemplo 5b de circuito hidráulico

O circuito elétrico utilizado nesta solução é chamado de comando de


autoretenção com comportamento de ligar dominante porque, se os dois botões de
comando S1 e S2 forem acionados ao mesmo tempo, o relé K1 é energizado pelo
contato do botão de comando S1. Podemos dizer que, neste caso, o botão S1 tem
prioridade sobre S2 pois, se ambos forem acionados simultaneamente, prevalece
como dominante a condição de ligar do contato aberto do botão de comando S1.

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CIRCUITO 06 A

O circuito de comando apresenta S1 para energizar Y1 e realizar o avanço do


cilindro. O retorno ocorrerá automaticamente assim que for atingido o final do curso e
S2 for acionado. Utilizando uma válvula direcional de 4/2 vias com acionamento por
duplo solenoide que mantém memorizado o último acionamento. Ao chegar ao final
do curso de avanço, a própria haste do cilindro aciona mecanicamente o rolete da
chave fim de curso S2.

Figura 97: Exemplo 6a de circuito hidráulico

Desde que o operador tenha soltado o botão de partida, o contato


normalmente aberto da chave fim de curso S2 fecha e liga o solenóide Y2 da válvula
direcional. Com o solenóide Y2 ligado, o carretel da válvula é empurrado para a
esquerda, fazendo com que a haste do cilindro retorne. Como a válvula não possui
mola de reposicionamento e apresenta o comportamento de memorizar o último
acionamento, o carretel permanece na posição, fazendo com que a haste do cilindro
prossiga no seu movimento de retorno, mesmo com o solenóide Y2 desligado. Um
novo ciclo pode ser iniciado por meio do acionamento do botão de partida S1.

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CIRCUITO 06 B

Utilizando uma válvula direcional de 4/2 vias com acionamento por simples
solenoide e reposição por mola.

Figura 98: Exemplo 6b de circuito hidráulico

Agora, como a válvula direcional é reposicionada por mola e não apresenta a


característica de memorizar a última posição acionada, deve-se utilizar um relé
auxiliar como recurso para manter o solenóide Y1 ligado mesmo após o
desacionamento do botão de partida (comando elétrico de auto-retenção), conforme
apresentado no circuito 05 A.

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CIRCUITO 07 A

O circuito de comando apresenta a condição de ciclo contínuo através do


comando de S0 (botão trava). Utilizando uma válvula direcional 4/2 vias duplo
solenoide.

Figura 99: Exemplo 7a de circuito hidráulico

CIRCUITO 07 B

O circuito de comando apresenta a condição de ciclo contínuo através do


comando de S0 (botão trava). Utilizando uma válvula direcional 4/2 vias simples
solenoide e retorno por mola.
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Figura 100: Exemplo 7b de circuito hidráulico

CIRCUITO 07 C
O circuito de comando apresenta a condição de ciclo contínuo através do
comando de S0 (botão trava). Utilizando uma válvula direcional 4/3 vias duplo
solenoide centradas por molas.

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Figura 101: Exemplo 7c de circuito hidráulico

CIRCUITO 08

O circuito de comando apresenta a possibilidade de comando em ciclo único


ou contínuo, com temporização no final do curso diânteiro, através do relé de tempo
KT1. Ao atingir o final do curso e acionar S2, o relé de tempo KT1 será energizado e,

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após processar o tempo ajustado, o contato do KT1 fecha e energiza Y2, realizando
o retorno do cilindro.

Figura 102: Exemplo 8 de circuito hidráulico

CIRCUITO 09

Utilizando uma válvula direcional 4/3 vias centro fechado duplo solenoide
centrada por molas. Comando de um motor hidráulico reversível com temporização
nos dois sentidos de rotação e emergência com parada imediata.

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Figura 103: Exemplo 9 de circuito hidráulico

Acionando-se um botão de partida, o eixo do motor hidráulico começa a girar


no sentido horário. Mesmo que o botão de partida seja liberado, o eixo do motor
hidráulico deverá continuar girando no sentido horário por um período de tempo
prédeterminado.
Uma vez completado esse período de tempo, o eixo do motor hidráulico
deverá ter seu sentido de rotação invertido automaticamente, passando a girar no
sentido anti-horário por um segundo período de tempo, também, pré-determinado.
Completando o segundo período de tempo, o motor hidráulico deverá parar
automaticamente, encerrando os movimentos de rotação de seu eixo. Acionando-se
um botão de emergência com trava, o motor hidráulico para. Uma nova partida
somente poderá ser efetuada após o destravamento do botão de emergência.

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CIRCUITO 12
Utilizando uma válvula direcional 4/3 vias duplo solenoide centrada por molas.
O circuito de comando apresenta a possibilidade de duas velocidades para o avanço
do cilindro: aproximação com velocidade alta até atingir a chave fim de curso S2 e a
partir deste, velocidade lenta (operação) até atingir o fim de curso S3, responsável
pelo retorno do cilindro com velocidade alta.

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Figura 104: Exemplo 12a de circuito hidráulico

Figura 105: Exemplo 12b de circuito hidráulico

Circuito 15
CIRCUITOS DE COMANDOS SEQUÊNCIAIS - MÉTODO INTUITIVO

Dois cilindros hidráulicos de ação dupla devem avançar e retornar,


obedecendo a uma sequência de movimentos predeterminada. Acionando-se um
botão de partida, o cilindro A deve avançar. Quando A chegar ao final do curso, deve
avançar o cilindro B. Assim que B atingir o final do curso, deve retornar o cilindro A e,
finalmente, quando A alcançar o final do curso, deve retornar o cilindro B.

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Existem várias maneiras de representar uma sequência de movimentos de
cilindros hidráulicos. As mais usadas são: a forma de tabela, o diagrama trajeto-
passo e a representação abreviada.

Forma de Tabela
Passo Movimento Comando

1º O cilindro A avançaBotão de
partida
Sensor
2º O cilindro B avança
óptico
Sensor
3º O cilindro A retorna
capacitivo
Sensor
4º O cilindro B retorna indutivo
Na forma de tabela, descreve-se, resumidamente, o que ocorre em cada
passo de movimento da sequência, destacando o comando efetuado. Assim, no
primeiro passo, quando o botão de partida for acionado, o cilindro A avança. No
segundo passo, quando um sensor óptico for ativado no final do movimento do
primeiro passo, o cilindro B avança. No terceiro passo, quando um sensor capacitivo
acusar o final do movimento do segundo passo, o cilindro A retorna. Finalmente, no
quarto passo, quando um sensor indutivo for acionado no final do movimento do
passo anterior, o cilindro B retorna e encerra o ciclo de movimentos da sequência.
Diagrama trajeto-passo O diagrama trajeto-passo representa, sob a forma de
gráfico, os movimentos que um cilindro realiza em cada passo, durante um ciclo de
trabalho. Sendo assim, no primeiro passo, o cilindro A avança, enquanto B
permanece parado no final do curso de retorno. No segundo passo, o cilindro B
avança, enquanto que A permanece parado no final do curso de avanço. No terceiro
passo, o cilindro A retorna, enquanto que B permanece parado no final do curso de
avanço. No quarto e último passo, o cilindro B retorna, enquanto que A permanece
parado no final do curso de retorno.

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Figura 106: Movimento do comando

A representação abreviada é a mais utilizada devido à sua simplicidade.


As letras maiúsculas representam os cilindros utilizados no circuito hidráulico. O
símbolo ( + ) é empregado para representar o movimento de avanço de um cilindro,
enquanto que o símbolo ( – )o de retorno. Dessa forma, A + representa que o cilindro
A avança,
B + que o cilindro B avança, A – que o cilindro A retorna e B – que o
cilindro B retorna.
Se dois movimentos de dois cilindros diferentes ocorrem ao mesmo tempo, as
letras que representam esses cilindros são escritas entre parênteses, de uma das
seguintes maneiras:

Nos dois casos, os parênteses representam que o retorno dos cilindros A e B


ocorrem simultaneamente. Voltando ao circuito 10, mais uma vez serão
apresentadas duas soluções hidráulicas para o problema: uma utilizando válvulas
direcionais com acionamento por duplo solenoide e, a outra, empregando válvulas
direcionais acionadas por solenoide com reposição por mola.
Com relação ao circuito elétrico de comando, a novidade é a aplicação de
diferentes tipos de sensores de proximidade sem contato físico, empregados no
lugar das já tradicionais chaves fim de curso. É importante destacar, ainda, que
devido à baixa corrente de saída dos sensores de proximidade, não é conveniente
utilizá-los para energizar diretamente bobinas de solenóides. Dessa forma, torna-se
indispensável o uso de relés auxiliares que deverão receber os sinais dos sensores e
dar prosseguimento ao comando dos demais componentes elétricos empregados no
circuito.
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Solução do circuito 15

Construir o circuito hidráulico e o circuito elétrico de comando, com resolução


pelo método intuitivo. Utilizando válvulas direcionais de 4/2 vias, sendo: a válvula de
comando do cilindro A com acionamento duplo solenóide e a válvula de comando do
cilindro B com acionamento simples solenóide com retorno por mola. Sequência A +
B + A - B - (sequência direta)

Fins de Curso:
S1 – rolete
S2 – pressostato
S3 – sensor capacitivo
S4 – sensor indutivo

Figura 107: Exemplo 15 de circuito hidráulico

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MÉTODO DE MINIMIZAÇÃO DE CONTATOS (MÉTODO CASCATA)

O método de minimização de contatos, também conhecido como método


cascata ou de sequência mínima, reduz consideravelmente o número de relés
auxiliares utilizados no comando elétrico. É aplicado, principalmente, em circuitos
sequenciais eletrohidráulicos acionados por válvulas direcionais de duplo solenóide
ou duplo solenoide que, por não possuírem mola de reposição, apresentam a
característica de memorizar o último acionamento efetuado.
Este método consiste em subdividir o comando elétrico em setores, os quais
serão energizados um de cada vez, evitando possíveis sobreposições de sinais
elétricos que ocorrem, principalmente, quando a sequência de movimentos dos
cilindros é indireta. Tome como exemplo, a seguinte sequência de movimentos para
dois cilindros:

Construindo-se o circuito eletrohidráulico pelo método intuitivo, estudado até


aqui, tem-se a seguinte solução.
Sequência A + A - B + B -

Figura 108: Solução de exercício

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ANEXO - MANGUEIRAS

Tubo (tubing): Tubo mede-se sempre pelo


diâmetro externo real.

Cano (pipe): Cano mede-se sempre pelo


diâmetro nominal.

Mangueira (hose): Mangueira mede-se


pelo diâmetro interno real. Exceto as
mangueiras construídas dentro das
especificações SAE J51, SAE 100R5 e
100R14, onde a identificação é feita
pelo diâmetro nominal.

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Size (tamanho): A Parker utiliza de um sistema de indicação de bitola indicada por
“traço”. A bitola se refere ao diâmetro interno da mangueira divido por 16. Esse
sistema é utilizado de maneira universal para indicação das bitolas de mangueiras
hidráulicas.

Linhas flexíveis para condução de fluidos


As linhas flexíveis para condução de fluidos são necessárias na maior parte
das instalações onde a compensação de movimento e absorção de vibrações se
fazem presentes.
Um exemplo típico de linhas flexíveis são as mangueiras, cuja aplicação visa
atender a três propostas básicas: 1. Conduzir fluidos líquidos ou gases;
2. Absorver vibrações;
3. Compensar e/ou dar liberdade de movimentos.

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Basicamente todas as mangueiras consistem em três partes construtivas

Tubo interno ou alma de mangueira


Deve ser construído de material flexível e de baixa porosidade, ser compatível
química e termicamente com o fluido a ser conduzido. Principais materiais utilizados
na confecção de tubos internos

Reforço ou carcaça
Considerado como elemento de força de uma mangueira, o reforço é quem
determina a capacidade de suportar pressões. Sua disposição sobre o tubo interno
pode ser na forma trançado ou espiralado.

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Principais tipos de materiais aplicados em reforço de mangueiras

Cobertura ou capa
Disposta sobre o reforço da mangueira, a cobertura tem por finalidade
proteger o reforço contra eventuais agentes externos que provoquem a abrasão ou
danificação do reforço.

Classificação das mangueiras


A Sociedade dos Engenheiros Automotivos Americanos (Society of
Automotive Engineers - SAE), ao longo do tempo tem tomado a dianteira na
elaboração de normas construtivas para mangueiras, e por ser pioneira e
extremamente atuante, as especificações SAE são amplamente utilizadas em todo o
mundo.
As especificações construtivas das mangueiras permitem ao usuário
enquadrar o produto escolhido dentro dos seguintes parâmetros de aplicação:
• Capacidade de pressão dinâmica e estática de trabalho;
• Temperatura mínima e máxima de trabalho;
• Compatibilidade química com o fluido a ser conduzido;
• Resistência ao meio ambiente de trabalho contra a ação do ozônio (O3), raios
ultravioleta, calor irradiante, chama viva, etc.;
• Vida útil das mangueiras em condições dinâmicas de trabalho (impulse-test);
• Raio mínimo de curvatura.

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Materias utilizados na confecção de mangueiras
É de fundamental importância que a mangueira selecionada seja compatível
com os fluidos a serem conduzidos. Portanto, consulte o catálogo e assegure que os
fluidos sejam compatíveis com o tubo interno e a cobertura da mangueira.

NBR, Nitrílica, Buna-N


• Excelente resistência a óleo e combustíveis;
• Baixa resistência ao tempo e interpéries;
• Frequentemente misturado com PVC para uso como cobertura;
• Usualmente utilizados em mangueiras para uso geral, combustíveis e hidráulica.

Neoprene
• Excelente resistência à abrasões e ao tempo;
• Boa resistência à chama;
• Boa resistência a óleo;
• Usualmente utilizado como cobertura e tubo interno de mangueiras hidráulicas.

PKR/CPE
• Excelente resistência a óleos e combustíveis;
• Excelente resistência à temperatura (-46°C a 150°C);
• Boa resistência química;
• Resistência à interpéries.

EPDM / BUTIL
• Boa resistência à interpéries, aquecimento e ao tempo;
• Moderada resistência química;
• Não é resistente à chama e óleo;
• Uso comum em mangueiras para uso geral, vapor e em mangueiras mais baratas
para condução de fluidos químicos.

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Silicone
• Não transfere cheiro e gosto ao sistema;
• Boa resistência química;
• Resistente a ozonio e raios ultravioletas;
• Não condutivo;
• Excelente resistência à temperatura (-17°C a 315°C).

Principais tipos de mangueiras de borracha

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Pressão de trabalho
A pressão de trabalho indicada em catálogo é DINÂMICA e seu coeficiente de
segurança geralmente é 4:1. As mangueiras operando sob pressões superiores à
pressão dinâmica de trabalho terão sua vida sensivelmente reduzida, mesmo que
em baixas frequências de picos de pressão.
A pressão ESTÁTICA corresponde a duas vezes a pressão dinâmica de
trabalho e é utilizada nos testes hidrostáticos pós-produção da mangueira, ou teste
não destrutivo de montagem das conexões. A pressão mínima de ruptura indicada
em catálogo é do tipo estática e geralmente corresponde a 4 vezes a pressão
máxima (DINÂMICA)de trabalho.
Testes que ultrapassem a pressão ESTÁTICA e/ou atinjam a pressão mínima
de ruptura deverão ser considerados como teste destrutivo.

Seleção de mangueiras através da pressão máxima de trabalho (psi)

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Mangueiras para diferentes faixas de pressão

Considerações para cálculo do comprimento de corte da mangueira


Como dimensionar o conjunto partindo das extremidades das conexões

Tabela de especificação de mangueiras


301SN mangueira de alta pressão: DIN 20022-2SN, EN 853-2SN e ISO 1436 Tipo
2AT Excede
SAE 100R2AT

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Construção: Tubo interno de borracha sintética, reforço de dois trançados de fios de
aço de alta resistência e cobertura de borracha sintética.
Aplicações e faixas de temperatura: Linhas de alta pressão para utilização com
fluidos à base de petróleo e óleos lubrificantes na faixa de temperatura de -40°C a
+100°C. Água, soluções de água/glicol e emulsão de água e óleo até +85°C. Ar até
+70°C. Para aplicações com ar ou gás acima de 250 psi (1,7 MPa), a cobertura
deverá ser perfurada.
Conexões: Parkrimp série 48 (bitolas 4 a 12), seção B; Parkrimp série 43 (bitola 16),
seção B.
Obs.: A cobertura da mangueira não deve ser removida.

CONEXÕES COM AS MANGUEIRAS


As conexões para mangueiras (terminais de mangueiras) podem ser
classificadas em dois grandes grupos: reusáveis e permanentes.

Conexões reusáveis: Classificam-se como conexões reusáveis todas aquelas cujo


sistema de fixação da conexão à mangueira permite reutilizar a conexão, trocando-
se apenas a mangueira danificada. Apesar de ter um custo um pouco superior em
relação às conexões permanentes, sua relação custo/benefício é muito boa, além de
agilizar a operação de manutenção e dispensar o uso de equipamentos especiais.
As conexões reusáveis são fixadas às mangueiras:

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Conexões Permanentes

Classificam-se como conexões permanentes todas aquelas cujo sistema de


fixação da conexão à mangueira não permite reutilizar a conexão quando a
mangueira se danifica. Este tipo de conexão necessita de equipamentos especiais
para montagem. As conexões permanentes podem ser fixadas às mangueiras pelas
seguintes formas:

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Nas tabelas a seguir, podemos identificar as referências cruzadas entre as
mangueiras Parker e as mangueiras concorrentes, bem como as conexões
disponíveis para essas mangueiras.

Intercambiabilidade de mangueiras e conexões Parker

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Tipos de conexões para mangueiras

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Sistema Parkrimp: Com montagem de conjuntos de mangueiras e conexões
prensadas de força rápida e eficiente.

Mangueiras No-Skive
• Não requer o descascamento da cobertura da mangueira na área de prensagem;
• Elimina a necessidade de ferramenta para descascamento da mangueira;
• Minimiza o risco de falha no processo de montagem.

Conexões No-Skive
• Os dentes internos da capa da conexão penetram na cobertura da mangueira
até atingir seu reforço sem desintegrá-lo;
• Conexões de uma peça para uso com ampla variedade de mangueiras de
média, alta e super alta pressão.

Equipamentos de montagem
• Projeto exclusivo para uso com mangueiras e conexões Parker;
• Não requer ajuste do diâmetro de prensagem.

Equipamentos para montagem de mangueiras Máquina portátil de prensagem

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Máquina Estacionária de Prensagem

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Componentes para prensagem Castanhas para prensagem
• Castanhas identificadas por cores para cada bitola de mangueira;
• Conjunto de 8 castanhas unidas por grampos para evitar perda ou uso incorreto;
• Castanhas com apoio para posicionamento correto das conexões.
• Serve de batente para alinhamento da conexão sobre a castanha.

Discos espaçadores: Discos espaçadores (prata e preto) ou anel espaçador para


controle do avanço do cilindro hidráulico da máquina e, consequente, fechamento
das castanhas. Permitem atingir os diâmetros de prensagem especificados para
cada mangueira, sem necessidade de regulagem.

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Seleção de componentes e tabela de prensagem: Tabelas de prensagem
específicas para cada tipo de máquina com informações sobre dimensionais de
prensagem e seleção de castanhas, discos espaçadores e anel espaçador.

Acessórios
A seguir conheceremos alguns tipos de acessórios para instalação de
mangueiras:

Flange avulsa ou kits de flange SAE para ISO

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Armaduras de arame ou fita de aço

Capa de proteção contra fogo ou fagulhas FIRESLEEVE

Capa de proteção contra abrasão Partek

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Braçadeiras para montagem de capa FIRESLEEVE e Partek e braçadeiras tipo
suporte para mangueiras longas

Recomendações na aplicação
Ao projetar ou reformar um circuito de condução de fluidos, sempre que
possível considere as seguintes recomendações:
• Evite ao máximo utilizar mangueiras. Utilize tubos, pois a perda de carga em
tubos é menor e sua vida maior;
• Evite ampliações ou reduções bruscas no circuito, a fim de não ter aumento
de turbulência e consequente aumento de pressão e de temperatura;
• Evite utilizar conexões fora de padrão em todo o circuito e em especial as
conexões (terminais) de mangueira, pois estas deverão ser substituídas com maior
frequência nas operações de manutenção;
• Evite especificar conjuntos montados de mangueira com dois terminais fixo
nas extremidades. Especificar com: um terminal fixo e do outro lado giratório ou os
dois giratórios;
• Mesmo que aparentemente mais caras, procure especificar mangueiras que
atendam aos requisitos do meio ambiente externo de trabalho, evitando a
necessidade de acessórios especiais como: armaduras de proteção, luva
antiabrasão, entre outros.

Dicas para instalação de tubos


A maioria dos sistemas hidráulicos requer formas de preparação das linhas de
tubos e instalação de conexões por completo.

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A preparação e instalação de linhas de tubulação são essenciais para total
eficiência, eliminação de vazamentos e aparência limpa em qualquer sistema.
A instalação de tubos é uma das mais difíceis e significantes considerações
no projeto de sistemas. A instalação adequada envolve conseguir uma ligação entre
dois pontos através do caminho mais lógico, considerando os fatores essenciais
abaixo:

Evite linhas de tubos retas. Tubulações retas resultam no aumento de tensão das
juntas e na possibilidade de vazamento.

CERTO ERRADO

Evite queda de pressão excessiva reduzindo o ângulo de curvatura do tubo. Uma


curvatura de 90° causa mais queda de pressão que duas curvaturas de 45°.

ERRADO CERTO

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Evite obstáculos em áreas que requeiram serviços regulares. Considere espaços
que permitam a utilização de ferramentas como chave de boca, grifo, etc.

CERTO ERRADO

Tenha uma instalação de aparência limpa e livre de obstáculos que dificultem


reparos e manutenções dos tubos. Quando montadas de forma adequada, diversas
linhas de tubos podem utilizar abraçadeiras múltiplas. Instale tubulações de formas
paralelas.

CERTO ERRADO

Permita expansão e contração das linhas de tubos utilizando uma curvatura em “U”.
Evite abraçadeira muito próxima à curvatura do tubo.

CERTO ERRADO

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Curvaturas em “S” compensam movimentos resultantes de cargas geradas pelo
sistema.

CERTO ERRADO

Ângulos e comprimentos incorretos resultam no desalinhamento e na possibilidade


de vazamento.

CERTO ERRADO

Dicas para instalação de abraçadeiras e suportes


As abraçadeiras servem para dois propósitos primários nas linhas de
tubulação: montagem e amortecimento da vibração. Falhas por fadiga devido às
vibrações mecânicas causam a maioria das falhas das linhas de tubulação. O uso
adequado de abraçadeira também reduz o nível de ruído do sistema. Para que as
abraçadeiras amorteçam efetivamente a vibração da tubulação elas precisam ser
ancoradas em uma estrutura rígida do equipamento. Abraçadeiras de múltiplos tubos
não ancoradas em estruturas rígidas não amortecem efetivamente a vibração.

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Não utilize um tubo para suportar outro tubo. Sempre fixe as abraçadeiras nas
estruturas rígidas do equipamento

CERTO ERRADO

Utilize abraçadeiras apropriadas para tubulação e posicione-as adequadamente,


conforme indicação abaixo:

CERTO ERRADO

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Utilize suporte de sustentação de válvulas a fim de reduzir a força de atuação
causada pelo peso da mesma. Fixe o suporte na estrutura rígida do equipamento.

CERTO ERRADO

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Dicas para instalação de mangueiras
1. A mangueira enfraquece quando utilizada de forma torcida, seja pela instalação
ou pela aplicação. Neste caso, a ação da pressão tende a desprender a conexão
da mangueira. Estude os movimentos de torção da mangueira e procure eliminá-
los com o uso de juntas oscilantes.

ERRADO CERTO

2. Raios de curvatura mais amplos evitam o colapso e a restrição do fluxo na linha.


ERRADO

CERTO

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3. Situações onde o raio mínimo de curvatura é excedido provocam redução da vida
útil da mangueira.

4. O uso de adaptadores e/ou conexões curvas, quando necessário, evitam o uso de


comprimentos excessivos de mangueira e tornam a instalação mais fácil para a
manutenção.

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5. Pressão pode alterar o comprimento da mangueira. Considere uma folga na linha
para compensar as variações de comprimento da mangueira.

6. Utilize abraçadeiras para melhorar a instalação da mangueira, evitando assim,


proximidade com ambientes de alta temperatura ou abrasão.

Conexões para mangueiras hidráulicas.


As mangueiras hidráulicas utilizam em suas extremidades dispositivos que são denominados de conexão.
Existem vários tipos de conexão mas, atualmente nas máquinas de colheita florestal, as mais utilizadas são
as conexões JIC = Joint Industry Conference (assento cônico 37 ) e ORS (face plana), Oring Face Seal
(vedação na face).

Na conexão JIC a
vedação é feita na
conicidade portanto, Na conexão com face plana a ferro com ferro. vedação é
feita pelo anel Oring.

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37 °

Profundidade de inserção da mangueira na conexão

SINTOMA A conexão soltou-se da mangueira


CAUSA
A mangueira não foi inserida totalmente na conexão antes da
prensagem da capa. Todos os dentes da capa da conexão
são necessários para fixar a conexão na mangueira.

SOLUÇÃO Substitua o conjunto. Para assegurar-se de que a mangueira


tenha sido inserida até o fundo da capa da conexão,
sobreponha a extremidade da mangueira sobre a capa da
conexão até o início da gola da pré-prensagem da capa no
niple, marque com um risco sobre a cobertura da mangueira,
o comprimento que a mangueira deverá ser inserida na
conexão.
Se preferir, verifique no catálogo qual o comprimento a ser
inserido.

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Prensagem da conexão insuficiente ou excessiva

SINTOMA O conjunto vaza entre a capa da conexão e a mangueira, ou a


conexão soltou-se da mangueira.

CAUSA
A capa da conexão foi prensada insuficiente ou
excessivamente em relação ao diâmetro de prensagem
especificado

SOLUÇÃO Substitua o conjunto e certifique que esteja utilizando a


conexão correta e reveja as instruções de montagem e
utilização das castanhas apropriadas.

Torção da mangueira (conexões reusáveis)

SINTOMA A cobertura da mangueira está danificada externamente. A


mangueira rompeu na área onde visivelmente sofreu torção.
Os arames do reforço estão rompidos na região da falha

CAUSA
A mangueira sofreu torção durante a montagem da conexão
devido a falta de lubrificação apropriada. Instalação imprópria
pode causar torção não desejada.

SOLUÇÃO Rever os procedimentos de montagem. Substitua o conjunto, e


guiado pela linha da gravação de identificação da mangueira,
assegure-se de que a mangueira flexione em um único plano.
Caso necessário, oriente o plano de flexão usando braçadeira,
ou junta oscilante Parker série “S”.

Nota importante: A flexão em diferentes planos não é recomendada também para


conjuntos com conexões prensadas.

Ruptura da mangueira através do desgaste da cobertura

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SINTOMA A mangueira rompeu na área onde a cobertura foi deteriorada.
Os arames do reforço apresentam sinais de corrosão.
CAUSA
Contínuo contato da mangueira contra outras mangueiras ou
impacto contra bordas cortantes e suportes.

SOLUÇÃO Substitua o conjunto. Use capa ou luva de proteção e se


necessário use abraçadeira apropriada para evitar o contato
com outros objetos.

Raio mínimo de curvatura

SINTOMA A mangueira rompeu na parte externa ao raio de curvatura.


Apresenta secção transversal ovalisada na região da
curvatura. Os arames do reforço estão rompidos na região
externa ao raio de curvatura. Em aplicações com vácuo ou
sucção, a mangueira apresenta achatamento na região da
curvatura que causa a restrição do fluxo. Vinco da mangueira
na região da ruptura.

CAUSA
Raio de curvatura inferior ao mínimo recomendado ou a
curvatura inicia no pé da conexão.

SOLUÇÃO Substitua o conjunto. Aumente o raio de curvatura de acordo


com o recomendado. A curvatura deverá iniciar no mínimo duas
vezes o diâmetro da mangueira após o pé da conexão. Use
abraçadeira apropriada, se necessário

Incompatibilidade química com o fluido

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SINTOMA O tubo interno está muito deteriorado, apresentando sinais de
enrugamento, escoamento e parcial deslocamento em direção
à extremidade.

CAUSA
Incompatibilidade química do fluido com o material do tubo
interno da mangueira.

SOLUÇÃO Substitua o conjunto por outro com mangueira que seja


compatível química e termicamente estável com o fluido que
está sendo utilizado, ou substitua o fluido por outro que seja
compatível com a mangueira

Enrigecimento da mangueira

SINTOMA A mangueira está enrigecida, quebradiça apresenta trincas


quando flexionada à temperatura ambiente e sinais visíveis de
ressecamento ou queimadura.

CAUSA A mangueira foi exposta ao calor excessivo e alterou as


características dos plastificantes que dão flexibilidade ao
elastômero. Óleo com ar incluso causa oxidação do
elastômero do tubo interno e da cobertura e enrigecimento da
mangueira. Qualquer combinação de oxigênio e calor, irá
acelerar o enrigecimento do tubo interno. Mangueiras velhas
podem apresentar o mesmo sintoma.

SOLUÇÃO Rever a aplicação reduzindo a temperatura do sistema para o limite de


temperatura de trabalho da mangueira, ou substitua a
mangueira por outra que possa operar na temperatura do
sistema. Se a fonte de calor for externa, instale capa ou luva
de proteção na mangueira.

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Migração do fluido pela cobertura
SINTOMA Várias bolhas aparecem na cobertura. O tubo interno e/ou a
cobertura apresentam-se inchados e moles.

CAUSA
Incompatibilidade do fluido com o material da mangueira. As
bolhas podem conter fluidos, graxas ou substâncias, que,
combinadas, podem alterar as características do elastômero
das mangueiras. Isto ocorre com frequência em mangueiras
que trabalham imersas e/ou expostas ao banho de fluidos
externos à mesma.

Substitua o conjunto por outro que seja compatível com o


SOLUÇÃO fluido,
ou substitua o fluido por um que seja compatível com a
mangueira.

Ruptura da mangueira no pé da conexão

SINTOMA A mangueira rompeu no pé da conexão e os arames do reforço ficam


visivelmente expostos.
CAUSA A mangueira se movimentou ou foi tracionada da conexão,
devido a movimentos excessivos provocados por golpes de
ariete. O comprimento do conjunto é curto ou o raio de
curvatura inicia no pé da conexão. Uma outra causa poderá
ser provocada pelo diâmetro de prensagem da conexão
incorreto.

SOLUÇÃO O conjunto deverá ser substituído. O comprimento e a trajetória


do conjunto deverão ser revisados, de forma que não
trabalhem tracionados. Considere que os conjuntos de
mangueiras, quando pressurizados, podem ter seu
comprimento reduzido. A curvatura da mangueira deverá

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iniciar no mínimo de duas vezes o diâmetro interno da mesma,
após o término da conexão, também conhecido como pé da
conexão.

Exposição a baixas temperaturas

SINTOMA O tubo interno e a cobertura apresentam rachaduras,


porém continuam flexíveis e macios à temperatura
ambiente.

CAUSA
A mangueira está operando com movimentos de
flexão em ambiente onde a temperatura de trabalho é
inferior aos limites recomendados para a mangueira.
Típicas aplicações são encontradas com nitrogênio ou
em câmaras frias

SOLUÇÃO Substitua o conjunto por outro cuja mangueira possa


operar com esse tipo de fluido ou parâmetros de baixa
temperatura do meio ambiente

Restrição do tubo interno

SINTOMA O núcleo interno da mangueira apresenta restrição de área,


provocada pelo deslocamento do tubo interno e o seu
descolamento do reforço. A aparência externa da mangueira
apresenta sinais de achatamento

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CAUSA Vácuo excessivo, vinco ou achatamento da mangueira
provocados por raio excessivo de curvatura poderão provocar
o descolamento do tubo interno. Em alguns casos, o problema
poderá ocorrer por baixa adesão ou vulcanização incorreta do
tubo interno.

Substitua o conjunto por outro cuja mangueira atenda aos


SOLUÇÃO
limites de aplicação em vácuo. Se o problema estiver
ocorrendo por raio de curvatura excessivo, amplie o raio de
aplicação ou utilize uma mangueira com raio de curvatura
compacto. Se o problema estiver ocorrendo por baixa
qualidade do produto, solicite garantia do mesmo.

Alta velocidade ou contaminação do fluido (vazão


excessiva)
SINTOMA A mangueira apresenta vazamento acentuado ao longo de seu
corpo. O tubo interno apresenta sinais de erosão ou de ter
sido comprimido através do reforço da mangueira em uma
região bastante abrangente.
CAUSA A erosão ou danificação do tubo interno é provocada pela alta
velocidade do fluido atritando na superfície do tubo interno, ou
por partículas (metálicas ou não) de contaminação do fluido.

SOLUÇÃO O conjunto deverá ser substituído por outro cujo diâmetro

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interno da mangueira seja compatível com a vazão do
sistema, e/ou uma análise sobre a contaminação do fluido
deverá ser efetuada.

LINHA DE MANGUEIRAS
Faixa de Gravação das Mangueiras

Tabela Bitola/Pressão

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARKER, Eletrohidráulica. Apostila M1003-2 BR

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