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CAMPUS PELOTAS
APOSTILA
DE SOLDAGEM
9. Brasagem ..........................................................................................................145
9.3. Classificações.........................................................................................150
10. Segurança......................................................................................................184
I. "Processo de junção de metais por fusão". (Deve-se ressaltar que não só metais
são soldáveis e que é possível soldar metais sem fusão).
II. "Operação que visa obter a união de duas ou mais peças, assegurando, na junta
soldada, a continuidade de propriedades físicas, químicas e metalúrgicas". (Aqui, o
termo "continuidade" tem um significado similar ao da continuidade das funções
matemáticas).
III. "Operação que visa obter a coalescência localizada, produzida pelo aquecimento
até uma temperatura adequada, com ou sem a aplicação de pressão e de metal de
adição." (Esta definição é meramente operacional e é a adotada pela AWS -
American Welding Society)
1.3. Soldabilidade
C Mn P S
SAE 0,20 0,80 0,03 0,04
Boa Soldabilidade Desnecessário Desnecessário
8620 Si Ni Cr Mo
0,25 0,55 0,50 0,20
C Mn P S
SAE 0,40 0,70 0,03 0,04
Difícil Soldagem Necessário Necessário
4340 Si Ni Cr Mo
0,25 1,82 0,80 0,25
Tabela 1: Soldabilidade de Aços Carbono e baixa liga
Onde:
f = Abertura da Raiz
S = Nariz
= Âgulo do Bisel
= Ângulo do Chanfro
r = raio do Chanfro
.
Na figura 17 têm-se alguns tipos de solda e seus respectivos símbolos:
C – rebarbamento
G – esmerilhamento
M – usinagem
R – laminação
H – martelamento
Vantagens Limitações
Equipamento simples, portátil e Aplicação difícil para materiais
barato. reativos.
Não necessita de fluxos ou gases
Produtividade relativamente baixa.
externos.
Pouco sensível à presença de Exige limpeza após cada passe de
correntes de ar. soldagem.
Processo extremamente versátil em
termos de materiais soldáveis.
Facilidade para atingir áreas de
acesso restrito.
Tabela 3: Vantagens e Limitações na Soldagem com eletrodos revestidos.
Onde:
a – Menor Campo Magnético consequentemente menor corrente de
saída.
b - Maior Campo Magnético consequentemente maior corrente de
saída.
2.3.3. Inversoras
Especificação
Tipo de Eletrodo
AWS/ASME
A 5.1/SFA 5.1 Eletrodos Revestidos para soldagem a arco de aços ao carbono
A 5.3/SFA 5.3 Eletrodos Revestidos para soldagem a arco do Alumínio e suas ligas
A 5.4/SFA 5.4 Eletrodos Revestidos para soldagem a arco de aços inoxidáveis
A 5.5/SFA 5.5 Eletrodos Revestidos para soldagem a arco de aços de baixa liga
A 5.6/SFA 5.6 Eletrodos Revestidos para soldagem a arco de cobre e suas ligas
A 5.11/SFA 5.11 Eletrodos Revestidos para soldagem a arco de níquel e suas ligas
A 5.13/SFA 5.13 Eletrodos Revestidos para revestimento por soldagem a arco
A 5.15/SFA 5.15 Eletrodos e varetas para soldagem do ferro fundido
Tabela 6: Especificações AWS/ASME para Classificação de Eletrodos Revestidos
Os eletrodos para aços carbono da série A 5.1/SFA 5.1 são
classificados pelos fabricantes de consumíveis, em conformidade com a
especificação acima, com base nas propriedades mecânicas (também
conhecidas como propriedades físicas) do metal de solda, no tipo de
revestimento, na posição de soldagem, e no tipo de corrente (CA ou CC). O
sistema de classificação é elaborado para fornecer certas informações sobre o
eletrodo e o metal de solda depositado. O significado das designações da AWS
é mostrado na Figura 52 e na Tabela 7.
Deve ser observado que a especificação AWS A 5.5 cobre não somente
os eletrodos de baixa liga e baixo hidrogênio, como também todas as versões
de eletrodos do tipo celulósicos, com adições de titânio e de pó de ferro. O
significado das designações da AWS está na Figura 53. Uma lista completa de
todos os eletrodos cobertos por essa especificação é mostrada na Tabela 9.
Figura 53: Classificação dos Eletrodos revestidos para aços de baixa liga
2.7.1. Ponteamento
-CORRENTE -AJUSTAR A
INADEQUADA; CORRENTE;
-VELOCIDADE -DIMINUIR A
EXCESSIVA; VELOCIDADE
DE AVANÇO;
POROSIDADE
-IMPUREZA -PROCEDER NA LIMPEZA
NO METAL DE DA SUPERFÍCIE;
BASE;
-AJUSTAR O
-TAMANHO OU COMPRIMENTO DO
FORMA INCORRETA ARCO E A VELOCIDADE
DO CORDÃO; DE SOLDAGEM;
Diversos aços
Ar + CO2 + O2 Oxidante
Gás puro
SG - B
Onde,
Mistura de Gases
SG – B X - % para 2 gases;
SG – B X Y - %/% para 3 gases;
SG – B X Y Z - %/%/% para 4 gases;
Onde
SG – Gas de Proteção;
B – designa o gás principal;
X – designa o segundo gás da mistura;
Y e Z – designam o terceiro e quarto gás na mistura;
% - designa a porcentagem do menor gás na mistura.
Intensidade da corrente;
Tensão do arco elétrico;
Densidade da corrente;
Natureza do arame eletrodo;
Tipo de gás de proteção;
Características da fonte de energia.
3.5. Consumíveis
Figura 82: Designação AWS – A 5.18 arames sólidos para Aços carbono e baixa liga
Figura 83: Designação AWS – A 5.9 Arames sólidos para Aços Inoxidáveis
C Si Mn Cr Ni Mo
0,025 0,70 – 1,00 1,5 – 2,00 19,50 – 20,50 9,50 – 11,00 0,0 – 0,3
.
Figura 91: Processo de soldagem FCAW com proteção gasosa
Figura 94: Designação AWS – A 5.20 arames tubulares para Aços carbono
1- Designa eletrodo;
2- Designa limite de resistência a tração em 10 Ksi;
3- Indica a posição de soldagem: 1– todas as posições e 0 – posição
plana e horizontal;
4- Designa arame tubular com núcleo fluxado;
5- Indica a usabilidade do eletrodo.
Figura 95: Designação AWS – A 5.29 arames tubulares para Aços carbono de baixa
liga
1- Designa eletrodo;
2- Designa limite de resistência a tração em 10 Ksi;
3- Indica a posição de soldagem: 1– todas as posições e 0 – posição
plana e horizontal;
4- Designa arame tubular com núcleo fluxado;
5- Indica a usabilidade do eletrodo;
6- Indica a composição química do metal depositado. Este dígito pode
ser:
A – Liga de Molibdênio;
B – Liga Cromo e Molibdênio;
Ni – Liga de Níquel;
D – Liga de Manganês e Molibdênio;
K - Liga de Ni, Cr e Mo – aços de alta resistência mecânica,
temperados e revenidos;
W - Liga de Ni, Cu e Cr – aços de resistência à corrosão
atmosférica.
No processo TIG o arco elétrico pode ser obtido por meio, de corrente
alternada (CA), corrente contínua e eletrodo positivo (CCEP) ou corrente
contínua e eletrodo negativo (CCEN). Entretanto, na indústria em geral o
processo TIG (CA) é o mais aplicado na soldagem das ligas de alumínio. Um
arco de soldagem TIG ideal é aquele que fornece a máxima quantidade de
calor ao metal base e a mínima ao eletrodo. Além disso, através da sua ação
de limpeza deve promover a remoção do óxido de alumínio na frente da poça
de solda. Cada um dos três modos mencionados a cima (CA, CCEN e CCEP)
carece de um ou mais desses requerimentos em dado nível. O arco (CCEN)
dirige cerca de 80% do seu calor para a poça de solda, proporcionando a
formação de cordões de solda com penetração relativamente elevada e
estreita, porém a sua ação de limpeza é precária.
Por outro lado, o arco (CCEP) produz excelente ação de limpeza,
enquanto que 20% do seu calor dirige-se para a poça de solda e o restante
(80%), que vai para o eletrodo, é removido pela água de refrigeração da tocha,
e dessa forma desperdiçado. Ao contrário do anterior, as soldas são largas e
pouco penetradas. E, neste caso, devido ao aquecimento excessivo do
eletrodo, o diâmetro do mesmo deve ser maior do que no processo (CCEN), e
efetivamente resfriado.
No entanto, o arco TIG (CA) reverte à polaridade na mesma frequência
da rede (60 Hz), ou seja, ora o eletrodo é negativo, ora é positivo, e, por essa
razão, o calor é dividido igualmente entre o eletrodo (50%) e a poça de solda
(50%). Esta reversão de polaridade, teoricamente, é uma combinação dos dois
processos anteriores (CCEN e CCEP), conferindo ao processo TIG (CA) às
vantagens de ambos, isto é, limpeza e penetração. A figura
O aspecto de alternância do arco (120 vezes por segundo com fontes
de 60 Hz) acarreta um problema de estabilidade de arco. O tungstênio,
especialmente quando fundido, é um bom emissor de elétrons, mas o alumínio
não. Devido a isto, o arco se extingue entre a metade dos ciclos e, assim,
precisa ser reaberto instantaneamente; o que é relativamente fácil quando da
técnica é com o eletrodo negativo, mas é muito difícil na técnica com o eletrodo
positivo. Normalmentes, este problema é superado com o uso de uma
descarga de alta voltagem adicionada ao arco, a fim de ajudar na sua abertura
e estabilidade, onde tal operação ioniza suficientemente o gás de proteção,
permitindo que o arco prossiga com um atraso mínimo.
Uma fonte para soldagem GTAW pode ser composta de um
transformador/retificador ou inversora. Estes fornecem um valor constante e
ajustável de corrente elétrica, trabalham com corrente contínua, alternada e
pulsada, possuem um ignitor para abertura e extinção do arco e controles para
ajustagem do processo e podem ter faixa de operação de 5 a 10A (mínima) e
200 a 500A (máxima). As Figuras 98 e 99 representam um transformador/
retificador e uma inversora para soldagem GTAW respectivamente.
Figura 98: Fonte de energia transformador/retificador para soldagem GTAW e SMAW.
(2) Ignitor
(4) Tocha
5.4. Consumíveis
A soldagem TIG (CA) em alumínio pode ser feita com ou sem metal de
adição. A soldagem sem metal de adição, denominada de autógena, é limitada,
principalmente a materiais de espessura muito fina e ligas que não sejam
propensas à trinca a quente. O metal de adição ajuda a minimizar a fissuração,
compensa variações na montagem da junta e participa na elaboração de
soldas de filete e outras soldas onde a deposição de metal é necessária para
fazer a solda.
Na soldagem TIG, o metal de adição é normalmente comercializado em
varetas retas com comprimento de aproximadamente 1,0 metros, nas bitolas de
1,6 a 6,4 mm. A identificação da vareta é realizada em uma das extremidades,
contendo a classificação e o diâmetro em milímetros. Na soldagem
automatizada o metal de adição é fornecido em bobinas, sendo o mesmo
alimentado mecanicamente por um cabeçote aumentador até a poça de fusão.
A figura 104 ilustra uma vareta de adição para o processo Tig.
Figura 104: Vareta de adição para o processo Tig
5.5. Eletrodos
Tipo;
Polaridade da corrente;
Gás de proteção utilizado;
Tipo de equipamento utilizado (com resfriamento a ar ou água);
Extensão do eletrodo além do anel suporte;
Posição da soldagem.
OBS: Para soldagem com corrente acima de 130 A devem-se utilizar tochas
refrigeradas a água;
OBS:
Região de Granulação Grosseira (A): localizada junto à linha de
fusão e submetida a temperatura de pico superior a 1200ºC, é caracterizada
por um grande tamanho de grão austenítico. A microestrutura final desta região
depende da composição química do aço e da sua velocidade de resfriamento
após soldagem. Em função do aumento da temperabilidade da região (devido
ao aumento do tamanho de grão austenítico), esta região é caracterizada por
uma microestrutura rica em constituintes aciculares como bainita e martensita.
Assim, tende a ser a região mais problemática da ZAC, podendo apresentar
dureza elevada, perda de tenacidade e ser um local comum para a formação
de trincas. Estes problemas são mais comuns para aços com teor de carbono
mais elevado (maior temperabilidade e elevadas dureza e fragilidade da
martensita) e para aços ligados (maior temperabilidade).
Região de Granulação Fina (B): a temperatura de pico varia entre
1200ºC e a temperatura A3. Sua estrutura apresenta granulação fina,
semelhante a de um material normalizado, não sendo, em geral, uma região
problemática na ZAC dos aços.
Região Intercrítica (C): apresenta transformação parcial de sua
estrutura original e é submetida a temperaturas de pico entre A3 e A1. Em
alguns casos, particularmente na soldagem multipasse, constituintes de
elevada dureza e baixa tenacidade podem se formar nesta região.
Região Subcrítica (MB): corresponde ao metal base aquecido a
temperaturas inferiores a A1. Na soldagem de aços tratados termicamente,
esta região pode sofrer um super-revenimento e ocorrer uma perda de
resistência mecânica ou dureza (em relação ao metal base).
𝑈×𝐼
𝐸=
𝑉
(1)
Na qual:
𝑘𝐽
𝐸 = 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑆𝑜𝑙𝑑𝑎𝑔𝑒𝑚( )
𝑐𝑚
𝑈 = 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑑𝑎𝑔𝑒𝑚(𝑉)
𝐼 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑑𝑎𝑔𝑒𝑚(𝐴)
𝑐𝑚
𝑉 = 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑑𝑎𝑔𝑒𝑚( )
𝑚𝑖𝑛
𝐸𝐿
𝜂=
𝐸
(2)
Na qual:
𝑘𝐽
𝐸𝐿 = 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑆𝑜𝑙𝑑𝑎𝑔𝑒𝑚 𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎( )
𝑐𝑚
𝜂 = 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑇é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑜(%)
Segundo AWS D1.1 (2010), os métodos que podem ser utilizados para
a melhoria do efeito de entalhe são:
9. Brasagem
9.3. Classificações
9.4.1. Molhabilidade
9.4.2. Capilaridade
9.5. Consumíveis
As figuras 128, 129 e 130 ilustram os fluxos com suas respectivas aplicações e
formatos de embalagem comercial.
Figura 128: fluxo em pó a base de cloretos para soldagem e brasagem oxi-gás
(acetileno ou GLP) de alumínio e suas ligas
Figura 129: Fluxo em pó indicado para brasagem de aço, ferro fundido e metais à
base de cobre.
Figura 130: Fluxo em pasta indicado para metais ferrosos e não ferrosos, exceto
Alumínio e bronze.
Metais de adição são ligas ou metais puros que atuam nas superfícies
a serem unidas, penetrando na junta pelo efeito da umectação e capilaridade,
unindo estas partes pela difusão molecular, formando camadas
intermetálicas entre os materiais base e o metal de adição.
Os metais de adição para brasagem fraca têm como constituinte
básico o estanho, que forma ligas com o cobre e a prata. Os metais de
adição para brasagem forte têm como constituintes básicos o cobre e a
prata, dividindo-se em três grupos (solda prata, foscoper/silfoscoper e ligas
especiais). Os metais de adição para brasagem de alta temperatura têm
como constituintes básicos o cobre e o zinco. Estes metais de adição
apresentam excelente capacidade de umectação e capilaridade, sendo a
fluidez característica de cada liga, tendo em vista o intervalo de fusão, ou seja,
quanto maior o intervalo de fusão menor a fluidez.
A adequada seleção do metal de adição a ser utilizada em uma
brasagem é, muitas vezes, o segredo do sucesso. De uma maneira geral, estes
materiais devem apresentar algumas características importantes, para que a
brasagem ocorra adequadamente, tais como:
Temperatura de Combustão
Gás Combustível
Com Oxigênio Com Ar
Acetileno – (C2H2) 3480 2650
Hidrogênio – (H2) 2980 2200
Propano – (C3H8) 2925 2090
Butano – (C4H10) 2980 2150
Gás Natural – (CH4 e H2) 2775 2090
Onde:
9.7.4. Mangueiras
9.7.5. Maçarico
9.7.8. Óculos
9.9.4. Fluxo
10. Segurança
Orientações: