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LISTA DE FIGURAS E TABELAS

Figura 1 – Compressibilidade do ar .................................................................................................................................... 4


Figura 2 – Elasticidade do ar ............................................................................................................................................... 4
Figura 3 – Manômetro de Bourdon ..................................................................................................................................... 6
Figura 4 – Pressão distribuída em uma bola........................................................................................................................ 7
Figura 5 – Equivalência entre a Lei de Pascal e o Braço de Alavanca de Arquimedes ...................................................... 7
Figura 6 – Recipiente com líquido ...................................................................................................................................... 8
Figura 7 – Escoamento em uma tubulação .......................................................................................................................... 9
Figura 8 – Ilustração do princípio da multiplicação de pressão ........................................................................................ 11
Figura 9 – Ilustração do Princípio da Continuidade .......................................................................................................... 12
Figura 10 – Funcionamento do compressor tipo êmbolo de 1 estágio e 2 estágios ........................................................... 15
Figura 11 – Compressor do tipo Membrana ...................................................................................................................... 16
Figura 12 – Compressor rotativo de Duplo Parafuso ........................................................................................................ 16
Figura 13 – Compressor do tipo Roots.............................................................................................................................. 17
Figura 14 – Aletas de refrigeração .................................................................................................................................... 17
Figura 15 – Readmissão do ar ou by-pass ......................................................................................................................... 18
Figura 16 – Regulação automática de capacidade............................................................................................................. 18
Figura 17 – Alívio nas válvulas de admissão .................................................................................................................... 18
Figura 18 – Reservatório de ar comprimido ...................................................................................................................... 19
Figura 19 – Rede de distribuição de ar comprimido ......................................................................................................... 20
Figura 20 – Rede de distribuição em circuito fechado ...................................................................................................... 20
Figura 21 – Rede de distribuição combinada .................................................................................................................... 20
Figura 22 – Recomendações para instalação de redes de ar comprimido ......................................................................... 21
Figura 23 – Diagrama de umidade relativa da água (Ponto de orvalho) ........................................................................... 22
Figura 24 – Secador por absorção ..................................................................................................................................... 23
Figura 25 – Secador por adsorção ..................................................................................................................................... 24
Figura 26 – Filtro de ar comprimido ................................................................................................................................. 24
Figura 27 – Regulador de Pressão com Orifício de Escape .............................................................................................. 25
Figura 28 – Regulador de Pressão sem Orifício de Escape ............................................................................................... 26
Figura 29 – Funcionamento do lubrificador pelo princípio de Venturi ............................................................................. 27
Figura 30 – Lubrificador ................................................................................................................................................... 27
Figura 31 – Unidade de conservação de ar comprimido ................................................................................................... 28
Figura 32 – Simbologia de uma unidade de conservação de ar comprimido .................................................................... 28
Figura 33 – Cilindro de simples ação e retorno por mola ................................................................................................. 29
Figura 34 – Cilindro tipo êmbolo ...................................................................................................................................... 30
Figura 35 – Cilindro de dupla ação ................................................................................................................................... 30
Figura 36 – Cilindro de dupla ação com haste passante .................................................................................................... 31
Figura 37 – Cilindro Tandem ............................................................................................................................................ 31
Figura 38 – Cilindro de dupla ação com amortecimento nos finais de curso .................................................................... 32
Figura 39 – Cilindro Rotativo ........................................................................................................................................... 32
Figura 40 – Cilindro de múltiplas posições ....................................................................................................................... 33
Figura 41 – Motor de pistão radial e axial ........................................................................................................................ 34
Figura 42 – Motor de Palhetas .......................................................................................................................................... 34
Figura 43 – Válvulas direcionais de 2 posições de 2 e 3 vias e retorno por mola com sede esférica ................................ 36
Figura 44 - Válvulas direcionais de 2 posições de 2 e 3 vias e retorno por mola com sede prato ..................................... 37
Figura 45 – Válvula direcional com acionamento pneumático (piloto), 2 posições, 3 vias e retorno por mola ................ 37
Figura 46 – Válvula direcional, acionamento pneumático, 2 posições, 3 vias e retorno por mola bidirecional................ 38
Figura 47 – Válvula direcional, acionamento pneumático, 2 posições, 5 vias e bidirecional ........................................... 38
Figura 48 – Eletroválvula direcional, 2 posições e 3 vias ................................................................................................. 39
Figura 49 – Válvula direcional, 2 posições, 3 vias, com acionamento por rolete servocomandada .................................. 39
Figura 50 – Válvula direcional corrediça, 2 posições, 5 vias com acionamento pneumático ........................................... 40
Figura 51 – Válvula direcional, 3 posições, 4 vias com acionamento manual (Corrediça giratória) ................................ 41
Figura 52 – Simbologia de um dispositivo de retenção .................................................................................................... 41
Figura 53 – Simbologia de um dispositivo de retenção por mola ..................................................................................... 42
Figura 54 – Válvula alternadora ........................................................................................................................................ 42
Figura 55 – Válvula reguladora de fluxo unidirecional..................................................................................................... 42
Figura 56 – Válvula de escape rápido ............................................................................................................................... 43
Figura 57 – Válvula de simultaneidade ............................................................................................................................. 43
Figura 58 – Temporizador normalmente fechado ............................................................................................................. 44
Figura 59 – Temporizador normalmente aberto ................................................................................................................ 44

Tabela 1 - Fatores de Conversão de Unidades de Pressão .................................................................................................. 6


Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 1
SUMÁRIO

I – Introdução Pneumática .................................................................................................................................................. 3


1.1 – Características do Ar comprimido .......................................................................................................................... 3
1.2 – Propriedades Físicas do Ar ..................................................................................................................................... 4
II – Fundamentos Físicos .................................................................................................................................................... 5
2.1 – Composição do Ar.................................................................................................................................................. 5
2.2 – Conceito de Força e Pressão................................................................................................................................... 5
2.3 – A lei de Pascal ........................................................................................................................................................ 6
2.4 – Pressão Estática em um Fluido............................................................................................................................... 8
2.5 – Pressão Dinâmica em um Fluido ............................................................................................................................ 9
2.6 – Pressão Atmosférica ............................................................................................................................................... 9
2.7 – Pressão Total em um Sistema Pneumático ........................................................................................................... 10
2.8 – Princípio da Multiplicação de Pressão ................................................................................................................. 11
2.9 – Princípio da Continuidade ou de Fluxo ................................................................................................................ 11
3- Produção de Ar Comprimido ........................................................................................................................................ 14
3.1 – Tipos de Compressores ........................................................................................................................................ 14
3.2 – Refrigeração dos Compressores e Montagem ...................................................................................................... 17
3.3 – Regulação de Capacidade..................................................................................................................................... 17
3.4 – Reservatório de Ar Comprimido .......................................................................................................................... 19
3.5 – Rede de distribuição de ar comprimido ................................................................................................................ 19
3.6 – Preparação do ar Comprimido .............................................................................................................................. 22
IV – Atuadores Pneumáticos ............................................................................................................................................. 29
4.1 – Cilindros Pneumáticos ......................................................................................................................................... 29
4.2 – Atuadores Rotativos ............................................................................................................................................. 33
V – Válvulas Pneumáticas ................................................................................................................................................ 35
5.1 – Válvulas Direcionais ............................................................................................................................................ 35
5.2 – Válvulas de Bloqueio ........................................................................................................................................... 41
5.3 – Válvula Alternadora (Válvula OR) ...................................................................................................................... 42
5.4 – Válvula Reguladora de Fluxo Unidirecional ........................................................................................................ 42
5.6 – Válvula de Simultaneidade (Válvula AND) ......................................................................................................... 43
5.7 – Temporizador (Normalmente Fechado) ............................................................................................................... 43
5.8 – Temporizador (Normalmente Aberto).................................................................................................................. 44
VI – Referências Bibliográficas ........................................................................................................................................ 45
VII – ANEXO 1: Classificação das válvulas segundo Norma ISO-ABNT....................................................................... 46

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 2


I – Introdução Pneumática

Pneumática é a tecnologia que estuda os movimentos e fenômenos de fluidos no estado


gasoso. A etimologia da palavra é de origem grega, cujo radical “Pneuma” significa vento, fôlego.

Atualmente, a pneumática é o ramo da engenharia que estuda a aplicação do trabalho feito por
gases (principalmente o ar), em atuadores como cilindros e motores em diversos segmentos da
indústria. O principal elemento de transmissão de energia na pneumática é o ar comprimido.

1.1 – Características do Ar comprimido

Algumas características oferecidas pelo ar comprimido proporcionaram-lhe vantagens que o


tornou o principal elemento de transmissão de energia na pneumática, são elas:

 Volume - O ar a ser comprimido encontra-se em quantidades ilimitadas praticamente em


todos os lugares;

 Armazenagem - O ar pode ser sempre armazenado ou transportado em reservatórios;

 Segurança - Não existe o perigo de explosão ou de incêndio;

 Limpeza - O ar comprimido é limpo, não polui o ambiente;

 Construção - Os elementos de trabalho são de construção simples;

 Velocidade - O ar comprimido permite alcançar altas velocidades de trabalho;

 Regulagem - As velocidades e forças dos elementos a ar comprimido são reguláveis sem


escala;

 Segurança contra sobrecarga - Os elementos e ferramentas a ar comprimido são carregáveis


até a parada final e, portanto, seguros contra sobrecarga.

Apesar de um número muito grande de vantagens, o ar comprimido possui algumas


desvantagens como:

 Preparação - O ar comprimido requer uma boa preparação. Impurezas e umidade devem ser
evitadas, pois provocam oxidação e desgaste;

 Compressibilidade - Não é possível manter uniforme e constante a velocidade dos


atuadores mediante o ar comprimido;

 Escape de ar - O escape de ar é ruidoso;

 Custos - O ar comprimido é uma fonte de energia cara. O custo de ar comprimido torna-se


mais elevado se na rede de distribuição e nos equipamentos houver vazamentos consideráveis.

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1.2 – Propriedades Físicas do Ar

Apesar de insípido, inodoro e incolor, percebe-se o ar através dos ventos, aviões e pássaros
que nele flutuam e se movimentam, sente-se ele também pelo seu impacto em o nosso corpo. Desta
forma. Conclui-se facilmente que o ar tem existência real e concreta, ocupando lugar no espaço.

A – Compressibilidade

O ar, assim como todos os gases, tem a propriedade de ocupar todo o volume de um
recipiente, adquirindo o seu formato, já que não tem forma própria. Desta forma, pode-se encerrá-lo
num recipiente com volume determinado e posteriormente provocar-lhe uma redução de volume
usando uma de suas propriedades, a compressibilidade. A FIG.1 ilustra como o ar pode ter seu
volume alterado em um recipiente.

Figura 1 – Compressibilidade do ar

B - Elasticidade

Propriedade que possibilita ao ar voltar ao seu volume inicial uma vez extinto o efeito (força)
responsável pela redução de seu volume.

Figura 2 – Elasticidade do ar

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II – Fundamentos Físicos

2.1 – Composição do Ar
A superfície terrestre é totalmente cercada por uma camada de ar, conhecida com atmosfera.
Este ar é de interesse vital e é uma mistura gasosa de Nitrogênio (aproximadamente 78% do
volume), Oxigênio (aproximadamente 21% do volume) e 1% de Monóxido e Dióxido de Carbono,
Hidrogênio e Gases Nobres (argônio, neônio, hélio, criptônio e xenônio). Nas condições de baixa
pressão e temperatura, o ar é considerado um gás ideal obedecendo às leis físicas para os mesmos.

2.2 – Conceito de Força e Pressão


Pode-se definir força, como qualquer causa capaz de realizar trabalho. Por exemplo, ao
movimentar um corpo qualquer, deve-se aplicar uma força sobre ele. O mesmo ocorre quando se
deseja pará-lo.

Por outro lado, o conceito mais amplo de pressão pode ser entendido como a resistência
oferecida pelo recipiente ao escoamento de um fluido. Disso decorrem duas situações, as
observações estáticas e dinâmicas.

Nas observações estáticas diz-se que “em um fluido confinado sobre áreas iguais atuam
forças iguais” (princípio de Pascal), nas observações dinâmicas a pressão corresponde à energia
necessária para vencer a resistência de escoamento decorrentes do atrito e choque dentro das
tubulações e do próprio fluido.

A aplicação mais simples do princípio de Pascal consiste em ao aplicar uma força “F” sobre
uma superfície “A”, defini-se como pressão “P” , a razão entre a força “F” e a superfície “A”. Por
exemplo, tendo-se uma dada pressão igual a 300000N/m2 (300kPa) distribuída em uma superfície
de 1m2, diz-se que em cada quadrado de lado igual a 1m da superfície considerada, está atuando
uma força de 300000N (300kN) e pode-se dizer ainda que 300kN de força está atuando sobre o
corpo.

Matematicamente a pressão é definida como:


F
P 
A

onde: P = Pressão (Pa)


F = Força (N)
A = Área (m2)

O Manômetro é o instrumento utilizado para medição de pressão. A seguir será apresentado o


Manômetro de BOURDON. Este consiste de uma escala calibrada em unidades de pressão e de um
ponteiro ligado, através de um mecanismo, a um tubo oval, em forma de “C”. Esse tubo é ligado à
pressão a ser avaliada. Existem atualmente diversos medidores de pressão que utilizam diversos
princípios físicos para medição, não é objetivo do curso em descrevê-los, porém será demonstrado
princípio do Manômetro de Bourdon, que possui grande aplicação em medições locais.
Observando a FIG. 3, nota-se que com o aumento da pressão no sistema o tubo de Bourdon
tende a endireitá-lo devido às diferenças nas áreas entre os diâmetros interno e externo do tubo. Esta
ação de endireitamento provoca o movimento do ponteiro, proporcional ao movimento do tubo, que

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registra o valor da pressão no mostrador. Esses instrumentos são de boa precisão com valores de
erro variando entre 0,1 e 3% da escala total.

Figura 3 – Manômetro de Bourdon

A pressão é, normalmente, expressa por kgf/cm2, PSI (pounds square inches - libras por
polegadas quadradas), bars ou atmosferas. Porém de acordo com o sistema internacional de
medidas, a pressão deve ser expressa em N/m2 que corresponde a Pa. (Pascal) e seu múltiplos. A
TAB. 1 apresenta valores de conversão das unidades de pressão mais usuais.

Tabela 1 - Fatores de Conversão de Unidades de Pressão

1 atm 1,0333kgf/cm2 1kgf/cm2 0,9677atm


1atm 1,0134bar 1kgf/cm2 0,9807bar
1 atm 14,697psi(lbf/pol2) 1kgf/cm2 14,223 psi(lbf/pol2)
1atm 760mmHg 1kgf/cm2 736mmHg
1bar 0,9867atm 1psi 0,0680atm
1bar 1,0196kgf/cm2 1psi 0,0703kgf/cm2
1bar 14,503 psi(lbf/pol2) 1psi 0,0689bar
1bar 759mmHg 1psi 51,719mmHg
1MPa 10,2kgf/cm2 1MPa 10bar
1Mpa 145,04 psi(lbf/pol2) 1MPa 7501,2mmHg

2.3 – A lei de Pascal

Constata-se que o ar é muito compressível sob a ação de pequenas forças. Quando contido em
um recipiente fechado, o ar exerce uma pressão igual sobre as paredes, em todos os sentidos.

Podemos verificar isto facilmente, fazendo uso de uma bola de futebol, FIG.4. Apalpando-a,
observa-se uma pressão uniformemente distribuída sob a sua superfície.

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Figura 4 – Pressão distribuída em uma bola

"A Pressão exercida em um ponto qualquer de um fluido em repouso transmite-se


integralmente a todos os pontos do fluido e atua perpendicularmente contra as paredes do
recipiente que o contém".

Talvez, pela simplicidade da Lei de Pascal, é que o homem não percebeu o seu enorme
potencial por dois séculos. Somente, no princípio da Revolução Industrial, é que um mecânico
britânico, Joseph Bramah, veio a utilizar a descoberta de Pascal para desenvolver uma prensa
hidráulica. A FIG.5 faz uma comparação entre a Lei de Pascal e a o Braço de Alavanca mostrando o
mecanismo de multiplicação de Força em ambos.

Figura 5 – Equivalência entre a Lei de Pascal e o Braço de Alavanca de Arquimedes

Considerando P1 a pressão exercida pelo fluido na área menor e, P2 a pressão exercida na área
maior, matematicamente pode-se interpretar a Lei de Pascal do seguinte modo:
P1  P2

Como:
F1
P1 
A1
F2
P2 
A2

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Então:
F1 F2

A1 A2

ou,

F1 A2  F2 A1

Observa-se da dedução anterior que na maior área têm-se a maior força. Pela de Lei de Pascal
é mostrado porque o uso da energia fluídica (principalmente a hidráulica) tem se difundido tanto na
atualidade.

2.4 – Pressão Estática em um Fluido

Considere um recipiente que contém um fluido líquido da FIG.6. Observa-se que a massa
deste fluido exerce uma força (Peso) no fundo do mesmo, se for utilizado o conceito de pressão
neste caso, verifica-se que a força peso que atua na massa do líquido produz pressão na superfície
inferior do recipiente.

Figura 6 – Recipiente com líquido

Como o líquido está parado, esta pressão é conhecida como pressão estática e,
matematicamente pode ser expressa como:

Pe  gh

Onde: Pe = Pressão estática (Pa)


h = Altura da coluna de líquido (m)
g = Aceleração da gravidade local (m/s2)
ρ = Densidade volumétrica do líquido (kg/m3)

Veja a demonstração da equação de pressão estática a seguir:


Considere o líquido a uma altura h (m) e que a área de seção transversal no fundo do
recipiente é de A (m2). É fácil notar que o volume de líquido no recipiente pode ser dado por:
V  Ah

Considerando que o líquido tem densidade ρ (kg/m3), pode-se escrever a massa como sendo:
m  V
m  Ah

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Da definição de pressão, tem-se:
F P mg
P  P  P
A A A

g
P  Ah  P  gh
A

2.5 – Pressão Dinâmica em um Fluido

A pressão dinâmica é o resultado da energia cinética que um fluido adquire com a velocidade
de seu escoamento. Em síntese considere a FIG.7 para dedução desta pressão.

P A v ρ

d
Figura 7 – Escoamento em uma tubulação

Sabe-se que:
T  Fd
1
Ec  mv 2
2
Considerando um escoamento sem perda, ou seja, todo trabalho produzido para deslocamento
do fluido será convertido em energia cinética para o mesmo. Desta forma:

1 1
mv2  Fd  Adv 2  Fd
2 2
Logo:

F 1 2 1
 v  Pd  v 2
A 2 2

Onde: Pd = Pressão dinâmica (Pa)


v = Velocidade de escoamento do fluido (m/s)
ρ = Densidade volumétrica do líquido (kg/m3)

2.6 – Pressão Atmosférica

A Terra está envolvida por uma camada de ar, denominada atmosfera, constituída por uma
mistura gasosa cujos principais componentes são o oxigênio e o nitrogênio. A espessura dessa
camada não pode ser perfeitamente determinada, porque, à medida que aumenta a altitude, o ar se
torna muito rarefeito, isto é, com pouca densidade.
O ar sendo composto por moléculas, é atraído pela força de gravidade da Terra e, portanto, tem

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peso. Devido ao seu peso, a atmosfera exerce uma pressão, chamada pressão atmosférica, sobre
todos os objetos nela imersos.

O valor da pressão atmosférica pode ser medido com uma experiência idealizada pelo físico
italiano Evangelista Torricelli: Pegue um tubo de vidro de 1m de comprimento, fechado numa das
extremidades, e o encha-o completamente com mercúrio. Feche com o dedo a extremidade aberta,
inverto o tubo e o ermerja-o num frasco que também contém mercúrio. Ao retirar o dedo, observa-
se que o tubo não se esvazia completamente. O mercúrio nele contido escoa para o frasco até que o
desnível atinja cerca de 76cm.
É a pressão atmosférica que impede que o tubo se esvazie até o fim. Ela comprime a superfície
exposta do mercúrio e, desse modo, sustenta o líquido que ficou no interior do tubo.

A pressão atmosférica diminui com o aumento da altitude. Isso ocorre porque o peso do ar
sobre as camadas elevadas da atmosfera é menor do que aquele que age sobre as camadas mais
baixas. Por exemplo, a pressão atmosférica na cidade do Rio de Janeiro é maior que a pressão
atmosférica em Belo Horizonte. Sobre o Rio de Janeiro, ao nível do mar, a coluna de ar é maior que
sobre Belo Horizonte, situada numa maior altitude (836 metros). Ao nível do mar, a pressão
atmosférica é, em média, de 76 cm de mercúrio.
Em todos os planetas que possuem atmosfera, existirá uma pressão atmosférica com um certo valor.
Na Lua, não havendo atmosfera, não haverá consequentemente pressão atmosférica.

Os instrumentos destinados a medir a pressão atmosférica chamam-se barômetros. Existem


dois tipos: os de mercúrio, baseados na experiência de Torricelli, e os metálicos que utilizam as
deformações provocadas pela pressão atmosférica numa caixa de metal em cujo interior foi feito
vácuo. Quando a pressão externa se altera, a caixa metálica se deforma; essa deformação é
transmitida a um ponteiro que se desloca sobre uma escala graduada.

2.7 – Pressão Total em um Sistema Pneumático


Num sistema pneumático a pressão total num ponto qualquer de um fluido em escoamento
ideal é encontrado pela soma das pressões estáticas, dinâmica externa (quando existir). A seguir é
apresentada a equação para pressão total também conhecida como “Equação de Bernoulli”.

1 2
PT  Pd  Pe  PP  PT  v  gh  PP
2

Onde: Pe = Pressão estática (Pa)


PP = Pressão externa (Pa)
Pd = Pressão dinâmica (Pa)
v = Velocidade de escoamento do fluido (m/s)
ρ = Densidade volumétrica do líquido (kg/m3)
h = Altura da coluna de fluido (m)
g = Aceleração da gravidade (m/s2)

Na pneumática considera-se para efeito de cálculos, as parcelas de pressão dinâmica e a


externa, pois como o ar tem densidade muito baixa a parcela de pressão estática (que é a própria
pressão atmosférica) não é considerada.

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2.8 – Princípio da Multiplicação de Pressão
Para ilustração deste princípio, observe a FIG.8.

Figura 8 – Ilustração do princípio da multiplicação de pressão

Dois êmbolos de diâmetros diferentes são unidos entre si por uma haste. Atuando-se com a
pressão P1 sobre a área A1, temos no êmbolo maior a força F1. A força F1 é transmitida pela haste
ao êmbolo menor. Essa força age sobre a superfície A2 e provoca a pressão P2. Eliminando o atrito,
tem-se:
F1  F2

Como:
F1  P1 A1
F2  P2 A2

Então:

P1 A1  P2 A2
ou,
P1 P
 2
A2 A1

Num multiplicador de pressão, as pressões são inversamente proporcionais às áreas.

2.9 – Princípio da Continuidade ou de Fluxo


Num sistema pneumático a força é transmitida só pela pressão, o fluxo provoca o movimento
dos atuadores. A bomba é responsável pelo fornecimento de óleo, produzindo-se assim um fluxo.
Para medição de fluxo deve-se ter em mente os seguintes conceitos:

Velocidade - É a distância que as partículas percorrem em uma unidade de tempo. Sua unidade no
SI é m/s.
d
v 
t
onde: v = Velocidade de escoamento do fluido (m/s)
d = Distância (m)
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t = tempo (s)

Vazão Volumétrica - É o volume que atravessa uma seção de tubo em uma unidade de tempo. Sua
unidade no SI é o m3/s, ou mais comumente 1/min.
V
Q 
t
onde: Q = Vazão de escoamento do fluido (m3/s)
V = Volume de fuido (m3)
t = tempo (s)

O Princípio da Continuidade ou de Fluxo diz que:

“Conforme varia a secção transversal de uma tubulação a velocidade média das partículas do
fluido varia inversamente, apesar de a vazão ser constante.”

A FIG.9 ilustra o princípio enunciado acima. A vazão não muda com a alteração da seção da
tubulação, o que se observa é uma mudança na velocidade de escoamento do fluido.

Figura 9 – Ilustração do Princípio da Continuidade

Para comprovar o princípio acima, considere na FIG-9, as hipóteses:

A1 = Área de menor seção transversal da tubulação


A2 = Área de maior seção transversal da tubulação
v1 = Velocidade do fluido na menor seção transversal da tubulação
v2 = Velocidade do fluido na maior seção transversal da tubulação
d1 = Diâmetro menor da tubulação
d2 = Diâmetro maior da tubulação
V1 = Volume de fluido na menor seção da tubulação
V2 = Volume de fluido na maior seção da tubulação
Q1 = Fluxo ou Vazão de fluido na menor seção da tubulação
Q2 = Fluxo ou Vazão de fluido na maior seção da tubulação

É fácil perceber que o volume de fluido nas seções da tubulação será:


V1  A1d1

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V2  A2 d 2

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Como a vazão não muda:
Q1  Q2

Então:

A1d1 A2 d 2

t1 t2

Na equação anterior, observa-se que:


d d
v1  1 v2  2
t1 t2

Conclui-se que:
A1v1  A2 v2

A equação anterior é conhecida com o “Princípio da Continuidade” e comprova que numa


tubulação de seções diferentes o que muda é a velocidade de escoamento do fluido e não a vazão.

3- Produção de Ar Comprimido

Para a produção de ar comprimido são necessários compressores, os quais comprimem o ar


para a pressão de trabalho desejada. Na maioria dos acionamentos e comandos pneumáticos existe,
em geral, uma estação central de distribuição de ar comprimido. Não é necessário calcular e
planejar a transformação e transmissão da energia para cada consumidor individual. A instalação de
compressão fornece o ar comprimido para dos devidos lugares através de uma rede de tubulações.

No projeto, devem ser consideradas a ampliação e aquisição de outros novos aparelhos


pneumáticos. Por isso é necessário sobre dimensionar a instalação para que mais tarde não venha-se
constatar que ela está sobrecarregada. Uma ampliação posterior da instalação se torna geralmente
muito cara.

Outro fator importante é o grau de pureza do ar. Um ar limpo garante uma vida útil longa para
instalação. O emprego correto dos diversos tipos de compressores também deve ser considerado.

3.1 – Tipos de Compressores


Conforme as necessidades fabris, em relação à pressão de trabalho e ao volume, são
empregados compressores de diversos tipos de construção. Os compressores são diferenciados
segundo seu princípio de funcionamento, conforme é apresentado a seguir.

 O primeiro é baseado no princípio de redução de volume. Nele se consegue a compressão


sugando o ar para um ambiente fechado diminuindo posteriormente o tamanho deste
ambiente. Este tipo de construção é denomina compressor de êmbolo ou pistão
(compressores de êmbolo de movimento linear).

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 O outro tipo de construção funciona segundo o princípio de fluxo. Sucção de ar de um lado e
compressão no outro por aceleração de massa (turbina).

A – Compressor do Tipo Êmbolo

Ele é apropriado para a compressão a baixas, médias pressões e altas pressões.

Figura 10 – Funcionamento do compressor tipo êmbolo de 1 estágio e 2 estágios

Apenas com 1 estágio (FIG.10 esquerda) não se consegue altas pressões para o ar
comprimido. Para se obter pressões elevadas, é necessário que o compressor tenha vários estágios
(FIG.10 direita) de compressão. O ar aspirado será comprimido pelo primeiro êmbolo (pistão),
refrigerado intermediariamente, para logo, ser comprimido pelo segundo êmbolo (pistão). O volume
da segunda câmara de compressão é, em relação ao primeiro, menor. Durante o trabalho de
compressão se forma uma quantidade de calor, que tem que ser eliminada pelo sistema de
refrigeração. Os compressores de êmbolo podem ser refrigerados por ar ou água.

B – Compressores do Tipo Membrana

Também pertence ao grupo dos compressores de êmbolo. Uma membrana separa o êmbolo da
câmara de trabalho; o ar não tem contato com as peças móveis. Portanto, o ar comprimido está
isento de resíduos de óleo. Estes compressores são empregados com preferência nas indústrias
alimentícias, farmacêuticas e químicas. A FIG.11 ilustra o aspecto construtivo e o princípio de
funcionamento deste compressor.

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 15


Figura 11 – Compressor do tipo Membrana

C – Compressor Rotativo de Duplo Parafuso

Dois parafusos helicoidais, os quais, pelos perfis côncavo e convexo comprimem o ar que é
conduzido axialmente. A FIG.12 ilustra este tipo de compressor.

Figura 12 – Compressor rotativo de Duplo Parafuso

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 16


D – Compressor do tipo Roots

Nestes compressores o ar é transportado de um lado para outro, sem alteração de volume. A


compressão (vedação) efetua-se no lado da pressão pelos cantos dos êmbolos. Na FIG.13 tem-se o
aspecto construtivo e o princípio de funcionamento deste tipo de compressor.

Figura 13 – Compressor do tipo Roots

3.2 – Refrigeração dos Compressores e Montagem

Em compressores pequenos são suficientes algumas aletas de refrigeração, para que o calor
seja dissipado. Compressores maiores são equipados com um ventilador para dissipar o calor. A
FIG.14 ilustra as aletas dispostas na câmara de compressão.

Figura 14 – Aletas de refrigeração

A estação de compressores deve ser montada dentro de um ambiente fechado, com proteção
acústica para fora. O ambiente deve ter boa ventilação. O ar sugado deve ser fresco, seco e livre de
poeira.

3.3 – Regulação de Capacidade


A regulação da capacidade dos compressores visa adequar o volume de ar comprimido
produzido pelo compressor à demanda real. Os tipos mais utilizados são:

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 17


A – Readmissão do ar By-pass

Quando a pressão do reservatório atinge um valor preestabelecido, ela aciona, através de um


pressostato, uma válvula direcional que dirigirá o fluxo para a admissão, economizando trabalho,
veja FIG.15.

Figura 15 – Readmissão do ar ou by-pass

B – Partida e Parada Automática do Motor Elétrico

O reservatório de ar é conectado a um pressostato, quando a pressão alcançar um valor


prefixado, fará com que este desligue a chave magnética que comanda o motor elétrico. A pressão
diminui com o consumo e, quando chega abaixo de um determinado valor, a chave magnética é
ligada automaticamente, permitindo nova marcha do compressor, veja FIG.16.

Figura 16 – Regulação automática de capacidade

C – Alívio nas Válvulas de Admissão

É o sistema mais empregado. Ao atingir uma pressão pré-fixada, as válvulas de admissão do


compressor são mantidas abertas, por meio de uma gana acionada por comando pneumático,
permitindo que o compressor trabalhe em vazio, veja FIG.17. Quando a pressão diminuir ou estiver
estabilizada, o trabalho de compressão é reiniciado.

Figura 17 – Alívio nas válvulas de admissão

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 18


3.4 – Reservatório de Ar Comprimido
Um sistema de ar comprimido é dotado, geralmente, de um ou mais reservatórios,
desempenhando grandes funções junto a todo o processo de produção. A FIG.18 ilustra os
componentes e simbologia do reservatório.

Figura 18 – Reservatório de ar comprimido

O reservatório possui as seguintes funções:

 Armazenar o ar comprimido;

 Resfriar o ar auxiliando a eliminação de condensado;

 Compensar as flutuações de pressão em todo o sistema de distribuição;

 Controlar as compressão do compressor, etc.

Os reservatórios devem ser instalados de modo que todo os drenos, conexões e aberturas de
inspeção sejam facilmente acessíveis.

Em nenhuma condição o reservatório deve ser enterrado ou instalado em local de difícil


acesso, ele deve ser instalado de preferência fora da casa dos compressores, na sombra, para
facilitar a condensação da umidade e do óleo contidos no ar comprimido. Deve possuir um dreno no
ponto mais baixo para fazer a remoção deste condensado acumulado em cada 8 horas de trabalho; o
dreno, preferencialmente, deverá ser automático. Os reservatórios são dotados ainda de manômetro,
válvulas de segurança, e são submetidos a uma prova de pressão hidrostática, antes da utilização.

3.5 – Rede de distribuição de ar comprimido

É de importância não somente o correto dimensionamento, mas também a montagem das


tubulações. As tubulações de ar comprimido requerem uma manutenção regular, razão pela quais as
Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 19
mesmas não devem, dentro do possível, ser montadas dentro de paredes ou cavidades estreitas, pois
isto dificulta a detecção de fugas de ar. Pequenos vazamentos são causas de consideráveis perdas de
pressão. A FIG.19 ilustra uma rede de distribuição de ar comprimido.

Figura 19 – Rede de distribuição de ar comprimido

Geralmente as tubulações são montadas em circuito fechado, veja FIG.20. Partindo da


tubulação principal, são instaladas as ligações em derivação. Quando o consumo de ar é muito
grande consegue-se mediante esse tipo de montagem, uma alimentação uniforme. O ar flui em
ambas as direções.

Figura 20 – Rede de distribuição em circuito fechado

A rede combinada também é uma instalação de circuito fechado, a qual por suas ligações
longitudinais e transversais oferece a possibilidade de fornecimento de ar em qualquer local.
Mediante válvulas de fechamento, existe a possibilidade de bloquear determinadas linhas de ar
comprimido quando as mesmas não forem usadas ou quando for necessário pô-las fora de serviço
por razões de reparação e manutenção. Também pode ser feito um melhor controle de
estanqueidade.

Figura 21 – Rede de distribuição combinada

As tubulações, em especial as redes em circuito aberto devem ser montadas com um declive
de 1 a 2%, na direção do fluxo, veja FIG.22. Por causa da formação de água condensada, é
fundamental em tubulações horizontais, instalar os ramais de tomadas de ar, na parte superior do
tubo principal. Dessa forma evita-se que a água condensada eventualmente existente na tubulação
principal possa chegar às tomadas de ar através dos ramais. Para interceptar e drenar a água
condensada deve ser instalado derivações com drenos na parte inferior da tubulação principal.

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 20


Figura 22 – Recomendações para instalação de redes de ar comprimido

A quantidade de ar perdida através de pequenos furos, acoplamentos com folgas, vedações


defeituosas, etc., quando somadas, alcançam elevados valores. A importância econômica desta
contínua perda de ar torna-se mais evidente quando comparada com o consumo de um equipamento
e a potência necessária para realizar a compressão.

É impossível eliminar por completo todos os vazamentos, porém estes devem ser reduzidos ao
máximo com uma manutenção preventiva do sistema, de 3 a 5 vezes por ano, sendo verificada, por
exemplo: substituição de juntas de vedação defeituosa, engates, mangueiras, tubos, válvulas,
reaperto das conexões, refazer vedações nas uniões roscadas, eliminar ramais de distribuição fora de
uso e outras que podem aparecer dependendo da rede construída.

Na escolha do material da tubulação tem-se algumas possibilidades:

Cobre tubo de aço zincado (galvanizado)


Latão material sintético
Aço Liga

Tubulações instaladas para um tempo indeterminado devem ter uniões soldadas que, neste
caso, serão de grande vantagem, pois, são bem vedadas e não muito custosas. As desvantagens
destas uniões são as escamas que se criam ao soldar. Estas escamas devem ser retiradas da
tubulação. A costura da solda também é sujeita à corrosão e isto requer a montagem de unidades de
conservação.

Em redes feitas com tubos de aço zincado (galvanizado), o ponto de conexão nem sempre é
totalmente vedado. Lugares decapados (roscas) também podem enferrujar, razão pela qual também
aqui é importante o emprego de unidades de conservação. Em casos especiais prevêem-se tubos de
cobre ou de material sintético (plástico).

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 21


3.6 – Preparação do ar Comprimido

Na prática, encontram-se vários exemplos onde se deve dar muito valor à qualidade do ar
comprimido. Impurezas em forma de partículas de sujeira ou ferrugem, restos de óleo e umidade
originam muitas vezes falhas nas instalações e equipamentos pneumáticos.

Enquanto a eliminação primária do condensado é feita no separador após o resfriador, a


separação final, filtragem e outros tratamentos secundários do ar comprimido são executados no
local de consumo. É necessária especial atenção para a umidade contida no ar comprimido.

A umidade penetra na rede através do ar aspirado pelo compressor. A quantidade de umidade


depende, em primeiro lugar, da umidade relativa do ar, que por sua vez, depende da temperatura e
condições atmosféricas.

A umidade absoluta é a quantidade de água contida em 1 m³ de ar. A quantidade de saturação


é a quantidade máxima de água admitida em 1 m³ de ar a uma temperatura determinada. Nesse caso,
a umidade relativa é de 100% (Ponto de orvalho). Na FIG.23, pode-se observar a quantidade de
saturação em função da temperatura.

Umidade Relativa = umidade absoluta . 100%


Quantidade de saturação

Figura 23 – Diagrama de umidade relativa da água (Ponto de orvalho)

Por exemplo, um ponto de orvalho de 313 K (40°C), 1 m³ de ar contém 50 g de água.

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 22


Para preservar e aumentar a vida útil da instalação é necessário à secagem do ar comprimido,
além da regulação de pressão e lubrificação para as válvulas e atuadores. A seguir será apresentado
os elementos necessários para a preparação do ar comprimido.

A – Secadores

A.1 - Secagem por Absorção

A secagem por absorção é um processo puramente químico. Neste processo, o ar comprimido


passa sobre uma camada esse elemento, combina-se quimicamente com ele e se dilui formando uma
combinação elemento secador/água. Esta mistura deve ser removida periodicamente do absorvedor.
Essa operação pode ser manual ou automática. Com o tempo, o elemento secador é consumido e o
secador deve ser reabastecido periodicamente (duas a quatro vezes por ano).

O secador por absorção separa ao mesmo tempo vapor e partículas de óleo. Porém,
quantidades maiores de óleo influenciam no funcionamento do secador. Devido a isso é conveniente
antepor um filtro fino ao secador. A FIG.24 ilustra um típico secador por absorção.

Figura 24 – Secador por absorção

O processo de absorção caracteriza-se por:

 Montagem e instalação simples;

 Desgaste mecânico mínimo já que o secador não possui partes móveis.

A.2 - Secagem por Adsorção

A secagem por adsorção está baseada num processo físico. (Adsorver: admitir uma substância
à superfície de outra). O elemento secador é um material granulado com arestas ou em forma de
pérolas. Este elemento secador é formado de quase 100% de dióxido de silício. Em geral é
conhecido pelo nome "GEL" (sílica gel). Mediante a montagem em paralelo de duas instalações de
adsorção, uma delas pode ser ligada para secar enquanto a outra está sendo tratada com ar quente
(regeneração). A FIG.25 ilustra este processo de secagem.

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 23


Figura 25 – Secador por adsorção

A.3 – Filtro de Ar Comprimido

A função do filtro de ar comprimido é reter as partículas de impureza, bem como a água


condensada. A FIG.26 ilustra um típico filtro de ar comprimido e sua respectiva simbologia.

Figura 26 – Filtro de ar comprimido

Para entrar no copo (1), o ar comprimido passa por uma chapa defletora (2) com ranhuras
direcionais. Como conseqüência, o ar é forçado a um movimento de rotação. Com isso, separam-se
as impurezas maiores, bem como as gotículas de água por meio de força centrípeta, depositando-se
no fundo do copo coletor.

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 24


O filtro (4) sintetizado tem uma porosidade que varia entre 30 e 70 µm. Por ele, as partículas
sólidas maiores são retidas. O elemento filtrante deve ser limpo ou substituído em intervalos
regulares quando estiver saturado. O ar limpo passa então pelo regulador de pressão e chega à
unidade de lubrificação e daí para os elementos pneumáticos. O condensado acumulado no fundo
do copo deve ser eliminado ao atingir a marca do nível máximo admissível, através de um parafuso
purgador (3). Se a quantidade de água é elevada, convém colocar no lugar do parafuso (3) um dreno
automático. Dessa forma a água acumulada no fundo do copo pode ser eliminada, caso contrário a
água será arrastada novamente pelo ar comprimido para os elementos pneumático.

B – Reguladores de Pressão

B.1 – Regulador de Pressão com Orifício de Escape

O regulador tem por função manter constante a pressão de trabalho (secundária) independente
da pressão da rede (primária) e consumo de ar. A pressão primária tem que ser sempre maior que a
pressão secundária. A pressão regulada por meio de uma membrana (1). Uma das faces da
membrana é submetida à pressão de trabalho, enquanto a outra é pressionada por uma mola (2) cuja
pressão é ajustável por meio de um parafuso de regulagem (3).

Com o aumento da pressão de trabalho, a membrana se movimenta contra a força da mola.


Com isso a seção nominal da passagem na sede de válvula (4) diminui até o fechamento completo.
Isto significa que a pressão é regulada pela vazão. Por ocasião do consumo a pressão diminui e a
força da mola reabre a válvula. Com isso, a pressão é mantida regulada e constante no abrir e fechar
da válvula. Para evitar a ocorrência de uma vibração indesejável, sobre o prato da válvula (6) é
constituído um amortecedor por mola (5) ou ar. A pressão de trabalho é indicada por manômetro. Se
a pressão crescer demasiadamente do lado secundário, a membrana é pressionada contra a mola.
Com isso, abre-se o orifício da parte central da membrana e o ar em excesso sai pelo furo de escape
para a atmosfera. A FIG.27 ilustra o regulador de pressão com orifício de escape e sua simbologia.

Figura 27 – Regulador de Pressão com Orifício de Escape

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 25


B.2 – Regulador de Pressão sem Orifício de Escape

No comércio encontram-se reguladores de pressão sem abertura de escape. Nesses casos, não
se pode permitir a fuga do ar contido no sistema para a atmosfera.

Por meio do parafuso de ajuste (2) é tensionada a mola (8) juntamente com a membrana (3).
Conforme a regulagem da mola (8) a passagem do ar da via primária para a secundária se torna
maior ou menor. Com isso o pino (6) encostado à membrana afasta ou aproxima a vedação (5) do
assento. Se do lado secundário não houver passagem de ar, a pressão cresce e força a membrana (3)
contra a mola (8). Desta forma, a mola (7) pressiona o pino para baixo e a passagem é fechada pela
vedação (5). Somente quando houver demanda de ar pelo lado secundário é que o ar comprimido do
lado primário voltará a fluir. A FIG.28 ilustra as partes constituintes e a simbologia desta válvula.

Figura 28 – Regulador de Pressão sem Orifício de Escape

C - Lubrificador

O lubrificador tem a tarefa de abastecer com material lubrificante, os elementos pneumáticos.


O elemento lubrificante é necessário para garantir um desgaste mínimo dos elementos móveis,
mantendo o mínimo possível as forças de atrito e proteger os aparelhos contra a corrosão. Os
lubrificantes trabalham, geralmente, segundo o princípio de "Venturi". A diferença de pressão (ΔP
queda de pressão), entre a pressão antes do bocal (nebulizador) e a pressão no ponto estrangulado
do bocal, será aproveitada para sugar óleo de um reservatório e misturá-lo com o ar, formando uma
neblina.

O lubrificador somente começa a funcionar quando existe um fluxo suficientemente grande.


Quando houver uma pequena demanda de ar, a velocidade no bocal é insuficiente para gerar uma
depressão (sucção) que possa sugar o óleo do reservatório. Deve-se, portanto, prestar atenção aos
valores de vazão (fluxo) indicados pelos fabricantes. Na FIG.29 é mostrado o funcionamento do
lubrificador pelo princípio de Venturi.

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 26


Figura 29 – Funcionamento do lubrificador pelo princípio de Venturi

O lubrificador da FIG.30 trabalha segundo o princípio de Venturi. O ar comprimido entra no


lubrificador pela entrada (1) até a saída (2). Pelo estreitamento da seção da válvula (5), é produzida
uma queda de pressão. No canal (8) e na câmara de gotejamento (7) é produzida uma depressão
(efeito de sucção). Através do canal (6) e do tubo elevador (4), o óleo chega na câmara de
gotejamento (7) e no canal (8) até o fluxo do ar comprimido, que flui para a saída (2). As gotas de
óleo são pulverizadas pelo ar comprimido e chegam em forma de neblina nos aparelhos. A sucção
de óleo varia segundo a quantidade de ar que passa e segundo a queda de pressão. Na parte superior
do tubo (4) pode-se realizar outro ajuste da quantidade de óleo, por meio de um parafuso. Uma
determinada quantidade de ar exerce pressão sobre o óleo que se encontra no depósito, através da
válvula de retenção (3).

Figura 30 – Lubrificador

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 27


D – Unidade de Conservação

Atualmente, a secagem, a regulação de pressão e a lubrificação são realizadas por uma


unidade de conservação que incorpora em um único dispositivo as três funções. Esta é conhecida
popularmente com “LUBREFIL”. A FIG.31 e 32 ilustra uma unidade de conservação e sua
simbologia respectivamente.

Figura 31 – Unidade de conservação de ar comprimido

Figura 32 – Simbologia de uma unidade de conservação de ar comprimido

Na especificação de uma unidade de conservação é importante observar os seguintes pontos:

1 – A vazão total de ar em m³/hora é determinante para o tamanho da unidade. Uma demanda


(consumo) de ar grande demais provoca uma queda de pressão nos aparelhos. Devem-se observar
rigorosamente os dados indicados pelos fabricantes.

2 – A pressão de trabalho nunca deve ser superior à indicada no aparelho. A temperatura ambiente
não deve ser maior que 50°C (máximo para copos de material sintético).

A seguir serão apresentados alguns cuidados na manutenção da unidade de conservação de ar


comprimido.

D.1 – Manutenção do Filtro de Ar Comprimido


O nível de água condensada deve ser controlado regularmente, pois a altura marcada no copo
indicador não deve ser ultrapassada. A água condensada acumulada pode ser arrastada para a
tubulação de ar comprimido e para os equipamentos. Para drenar a água condensada, deve-se abrir o
parafuso de dreno no fundo do copo indicador. O cartucho filtrante, quando sujo, também deve ser
limpo ou substituído.

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 28


D.2 – Quanto ao Regulador de Pressão de Ar Comprimido
Na existência de um filtro de ar comprimido antes do regulador, este não necessita de
manutenção.

D.3 – Quanto ao Lubrificador


Controlar o nível de óleo no copo indicador. Se necessário, completar o óleo até a marcação.
Limpar, somente com querosene, os filtros de material plástico e o copo do lubrificador e usar
somente óleos minerais de baixa viscosidade.

IV – Atuadores Pneumáticos

A energia pneumática será transformada em energia mecânica pelos atuadores pneumáticos.


Dentre eles pode-se destacar os cilindros pneumáticos (atuadores de movimento retilíneo) e,
motores pneumáticos (atuadores de movimento rotativo).

4.1 – Cilindros Pneumáticos

A geração de um movimento retilíneo com elementos mecânicos, conjugados com


acionamentos elétricos é relativamente cara e com dificuldade de fabricação e durabilidade. Por esta
razão utilizam-se os cilindros pneumáticos. Os cilindros recebem uma classificação conforme seu
comando de atuação.

A - Cilindros de Simples Ação

Os cilindros de simples ação são acionados por ar comprimido em uma única via, portanto,
realizam trabalho em um só sentido. Seu retorno é efetuado mediante uma mola ou através de força
externa. A força da mola é calculada para que possa retroceder o êmbolo à posição inicial, com uma
velocidade suficientemente alta, sem absorver, porém, energia elevada. Em cilindros de simples
ação com mola, o curso do embolo é limitado pelo comprimento desta. Por esta razão fabricam-se
cilindros de ação simples com comprimento de curso até aproximadamente 100 mm. São utilizados
principalmente, para fixar, expulsar, prensar, elevar, alimentar, etc. A FIG.33 ilustra este tipo de
atuador e sua simbologia.

Figura 33 – Cilindro de simples ação e retorno por mola

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 29


B – Cilindro de Êmbolo

A vedação é feita por um material flexível alojado em um êmbolo metálico, ou de material


sintético (Perbunan). Durante o movimento do êmbolo, os lábios da junta deslizam sobre a
superfície interna do cilindro. Na FIG.34 à direita, o curso de avanço é feito por uma mola e o
retrocesso por ar comprimido. São utilizados para freios de caminhões e vagões ferroviários.
Vantagem: Frenagem instantânea quando da falta de energia.

Figura 34 – Cilindro tipo êmbolo

C – Cilindro de Dupla Ação

A força exercida pelo ar comprimido movimenta o êmbolo do cilindro de dupla ação


realizando movimento nos dois sentidos. Será produzida uma determinada força no avanço, bem
como no retorno do pistão. Os cilindros de dupla ação são utilizados especialmente onde é
necessário também realizar trabalho no retrocesso. O curso em princípio é ilimitado, porém é
importante levar em consideração a deformação por flexão e flambagem. A vedação aqui, efetua-se
mediante êmbolo (êmbolo de dupla vedação). A FIG.35 mostra um cilindro de dupla ação e sua
simbologia.

Figura 35 – Cilindro de dupla ação

D – Cilindro de Dupla Ação com Haste Passante

O cilindro de haste passante possui algumas vantagens. A haste é melhor guiada devido aos
dois mancais de guia. Isto possibilita a admissão de uma ligeira carga lateral. Os elementos
sinalizadores podem ser montados na parte livre da haste do êmbolo. Neste cilindro, as forças de
avanço e retorno são iguais devido à mesma área de aplicação de pressão em ambas as faces do
êmbolo. A FIG.36 ilustra este tipo de cilindro e sua simbologia.

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 30


Figura 36 – Cilindro de dupla ação com haste passante

E - Cilindro Tandem

Esta construção nada mais é do que dois cilindros de dupla ação os quais formam uma só
unidade. Desta forma, com simultânea pressão nos dois êmbolos, a força é uma soma das forças dos
dois cilindros. O uso desta unidade é necessário para se obter grandes forças em locais onde não se
dispõe de espaço suficiente para a utilização de cilindros de maior diâmetro. A FIG.37 ilustra o
cilindro tandem e sua simbologia.

Figura 37 – Cilindro Tandem

F – Cilindro de Dupla Ação com Amortecimento nos Fins de Curso

Quando volumes grandes e pesados são movimentados por um cilindro, deve existir neste, um
sistema de amortecimento para evitar impactos. Antes de alcançar a posição final, um êmbolo de
amortecimento interrompe o escape direto do ar, deixando somente uma pequena passagem
geralmente regulável. Com o escape do ar restringido, cria-se uma sobre pressão que, para ser
vencida absorve parte da energia e resulta em perda de velocidade nos fins de curso. Invertendo o
movimento do êmbolo, o ar entra sem impedimento pelas válvulas de retenção, e o êmbolo pode
com força e velocidade total, retroceder. A FIG.38 ilustra internamente este cilindro.

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 31


Figura 38 – Cilindro de dupla ação com amortecimento nos finais de curso

G – Cilindro Rotativo com Amortecimento nos Fins de Curso

Neste cilindro, a haste de êmbolo tem um perfil dentado (cremalheira). A haste de êmbolo
aciona esta cremalheira através de uma engrenagem, transformando o movimento linear num
movimento rotativo à esquerda ou direita, sempre de acordo com o sentido do curso. Os campos de
rotação mais usuais são vários, podendo ser de 45° - 90° - 180° - 290° até 720°. Um parafuso de
regulagem possibilita porém a determinação do campo de rotação parcial, dentro do total. O
momento de torção depende da pressão de trabalho da área do êmbolo e da relação de transmissão.
O acionamento giratório é utilizado para virar peças, curvar tubos, regular instalações de ar
condicionado, e no acionamento de válvulas de fechamento e válvulas borboleta. A FIG.39 ilustra o
cilindro rotativo e sua simbologia.

Figura 39 – Cilindro Rotativo

H – Cilindro de Múltiplas Posições

Este tipo de cilindro é formado de dois ou mais cilindro de dupla ação. Estes elementos
estão unidos um ao outro, conforme ilustrado na FIG.40. Os cilindros movimentam-se, conforme os
lados dos êmbolos que estão sob pressão, individualmente. Com dois cilindros de cursos diferentes
obtêm-se quatro posições.

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 32


Figura 40 – Cilindro de múltiplas posições

Os cilindros de múltiplas posições possuem aplicações em:

 Seleção de ramais para transporte de peças em esteiras;

 Acionamento de alavancas;

 Dispositivo selecionador (peças boas e refugados a serem aproveitados).

4.2 – Atuadores Rotativos


A – Motores a Ar Comprimido

Estes elementos transformam a energia pneumática em movimento rotativo. Os motores


pneumáticos estão classificados segundo sua construção em:

 Motores de pistão;

 Motores de palhetas.

Os motores a ar comprimido apresentam as seguintes características:

 Regulagem sem escala de rotação e do momento de torção;

 Elevada gama para escolha de rotação;

 Fisicamente pequenos e de simples construção;

 Seguros contra sobre-carga;

 Protegidos contra poeira, água, calor e frio.

A.1 – Motores de Pistão

Este tipo está subdividido em motores de pistão radial e axial. Os de pistões em movimento
radial, o êmbolo, através de uma biela, aciona o eixo do motor. Para que seja garantido um
movimento sem golpes e vibrações são necessários vários pistões. A potência destes motores
depende da pressão de entrada, número de pistões, área dos pistões e do curso dos mesmos.

O funcionamento dos motores de pistão axial é similar ao dos motores de pistão radial. Um
disco oscilante transforma a força de 5 cilindros, axialmente posicionados, em movimento rotativo.

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 33


Dois pistões são alimentados simultaneamente com ar comprimido, com isso obter-se-á um
momento de inércia equilibrado, garantindo um movimento do motor uniforme e sem vibrações.

Existem motores pneumáticos com rotação à direita e à esquerda. A rotação máxima está
fixada em 5000 rpm e, a faixa de potência em pressão normal varia entre 1,5 a 19 KW (2 a 25 CV).
A FIG.41 ilustra os tipos de motores de pistão.

Figura 41 – Motor de pistão radial e axial

A.2 – Motor de Palhetas

Por meio de pequena quantidade de ar, as palhetas serão afastadas contra a parede interna do
cilindro antes de acionar o rotor. Existem tipos de construções que o encosto das palhetas é feito por
pressão de molas, possuindo geralmente entre 3 a 10 palhetas. Estas formam no motor, câmaras de
trabalho, nas quais pode atuar o ar sempre de acordo com o tamanho da área de ataque das palhetas.
O ar entra na câmara menor, se expandindo na medida em que aumenta a câmara. A rotação do
rotor varia de 3000 a 8500 rpm. Estes motores podem ter um ou dois sentidos de rotação. A FIG.42
ilustra um típico motor de palhetas.

Figura 42 – Motor de Palhetas

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 34


V – Válvulas Pneumáticas

Os circuitos pneumáticos são constituídos por elementos de manobra, comando e trabalho. Os


elementos manobra influenciam no processo de trabalho, estes elementos são denominados
válvulas.

As válvulas são elementos de manobra para partida, parada, direção ou regulagem. Elas
comandam também a pressão ou a vazão do fluído armazenado em um reservatório ou
movimentado por uma bomba-hidráulica. A denominação "válvula" é válida considerando-se a
linguagem internacionalmente usada para tipos de construção como: registros, válvulas de esfera,
válvulas de assento, válvulas corrediças, etc.

Esta é a definição da norma DIN/ISO 1219, conforme recomendação da CETOP (Comissão


Européia de Transmissões Óleo Hidráulicas e Pneumáticas).

Segundo sua função as válvulas se subdividem em 5 grupos:

1. Válvulas direcionais 4. Válvulas de fluxo (vazão)


2. Válvulas de bloqueio 5. Válvulas de fechamento
3. Válvulas de pressão

5.1 – Válvulas Direcionais

Para representar as válvulas direcionais em diagramas, são utilizados símbolos. Ests não dão
idéia da construção interna da válvula, somente a função desempenhada por elas. Para garantir uma
identificação e uma ligação correta das válvulas, marcam-se as vias com letras maiúsculas, ou
números.

A convenção de segundo a norma ISO/ABNT é vista no ANEXO1- Classificação das


válvulas segundo Norma ISO-ABNT.

As válvulas direcionais são classificadas segundo seu tipo de acionamento em:

 Acionamento Contínuo:Durante o tempo da comutação, a válvula é acionada mecânica,


manual, pneumática ou eletricamente. O retorno efetua-se manual ou mecanicamente através
da mola.

 Acionamento Momentâneo (impulso): A válvula é comutada por um breve sinal (impulso) e


permanece indefinidamente nessa posição, até que um novo sinal seja dado repondo a
válvula à sua posição inicial.

Quanto às características de construção das válvulas direcionais são distintas em dois tipos, as
válvulas de assento e as corrediças. As características de construção das válvulas determinam sua
vida útil, força de acionamento, possibilidades de ligação e tamanho.

 Válvulas de assento: Válvulas de sede esférica;


Válvulas de sede de prato.
 Válvulas corrediças: Corrediça longitudinal (carretel);
Corrediça plana longitudinal (comutador);
Corrediça giratória (disco).
Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 35
A.1 - Válvulas de sede ou de assento

As ligações nas válvulas de sede ou de assento são abertas por esfera, prato ou cone. A
vedação das sedes de válvula efetua-se de maneira muito simples, geralmente com elemento
elástico de vedação. As válvulas de sede possuem poucas peças de desgaste e têm, portanto uma
longa vida útil. Elas são robustas e insensíveis à sujeira. A força de acionamento é relativamente
alta; sendo necessário vencer a força da mola de retorno e do ar comprimido agindo sobre a área do
elemento de vedação.

A construção de válvulas de sede esférica é muito simples e, portanto, de preço vantajoso.


Estas válvulas se caracterizam por suas reduzidas dimensões. Uma mola pressiona a esfera contra a
sede, evitando que o ar comprimido passe do orifício de pressão P para o orifício de trabalho A. Por
acionamento da haste da válvula, afasta-se a esfera da sede. Para isto, é necessário vencer a força da
mola e a força do ar comprimido. Estas são válvulas direcionais de 2 vias, pois têm 2 posições de
comando (aberto e fechado) e 2 ligações, entrada e saída (P e A). Com um canal de exaustão pela
haste elas podem ser empregadas também como válvulas direcionais de 3 vias. O acionamento pode
ser realizado manual ou mecanicamente. A FIG.43 ilustra uma válvula de sede esférica de 2
posições de 2 e 3 vias.

Figura 43 – Válvulas direcionais de 2 posições de 2 e 3 vias e retorno por mola com sede esférica

As válvulas mostradas FIG.44, são construídas e baseadas no princípio de sede de prato. Elas
têm uma vedação simples e eficiente. O tempo de comutação é curto. Um pequeno movimento do
prato libera uma área bastante grande para o fluxo do ar. Como as válvulas de sede esférica, são
insensíveis à sujeira e têm uma longa vida útil.

Ao acionar o apalpador são interligadas num campo limitado todas as três vias: P, A e R. Isto
provoca, quando em movimento lento, um escape livre de um grande volume de ar, sem ser
aproveitado para o trabalho. Quando isto ocorre, diz-se que existe "exaustão cruzada".

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 36


Figura 44 - Válvulas direcionais de 2 posições de 2 e 3 vias e retorno por mola com sede prato

As válvulas construídas segundo o princípio de sede de prato único, são livres de exaustão
cruzada. Não existe perda de ar numa comutação lenta. Ao acionar o apalpador fecha-se primeiro a
passagem de A para R (escape), pois o mesmo se veda no prato. Empurrando mais o apalpador, o
prato afasta-se da sede, abrindo a passagem de P para A; o retorno é feito pela mola.

Na FIG.45 é apresentada uma válvula direcional de acionamento pneumático de sede prato.


Acionando-se o pistão de comando com ar comprimido na conexão Z, será deslocado o eixo da
válvula contra a mola de retorno. Os orifícios P e A serão interligados. Após a exaustão do sinal de
comando Z, o pistão de comando será recolocado na posição inicial por intermédio da mola. O prato
fecha a via de P para A. O ar do canal de trabalho A pode escapar através de R.

Figura 45 – Válvula direcional com acionamento pneumático (piloto), 2 posições, 3 vias e retorno
por mola

Uma outra válvula de 3/2 vias construída com sede de prato está representada na FIG.46. A
pressão de comando na conexão Z aciona uma membrana ligada ao pistão de comutação, afastando
o prato de sua sede. Invertendo-se as ligações P e R, pode se ter uma válvula normal fechada ou
aberta. A pressão mínima de acionamento é de 120 KPa (1,2 bar); a pressão de trabalho é de 600
KPa (6 bar). A faixa de pressão está entre 120 KPa a 800 KPa (1,2 a 8 bar). A vazão nominal Qn é
de 100 l/min.

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 37


Figura 46 – Válvula direcional, acionamento pneumático, 2 posições, 3 vias e retorno por mola
bidirecional

A FIG.47 mostra uma válvula direcional de 5/2 vias (5 vias por 2 posições). Trata-se de uma
válvula da linha miniatura, que trabalha segundo o princípio de assento flutuante. Esta válvula é
comutada alternadamente por pulsos de ar, mantendo a posição de comando até receber um novo
pulso (bi-estável). O pistão de comando desloca-se, como no sistema de corrediça, ao ser submetido
à pressão. No centro do pistão de comando encontra-se um prato com anel vedante, o qual seleciona
os canais de trabalho A e B, com o canal de entrada P de pressão. A exaustão é feita através dos
canais R ou S.

Figura 47 – Válvula direcional, acionamento pneumático, 2 posições, 5 vias e bidirecional

A FIG.48 mostra uma válvula de acionamento elétrico. Estas são utilizadas onde o sinal de
comando parte de um timer elétrico, de uma chave fim de curso elétrica, de um pressostato ou de
dispositivos eletrônicos. As válvulas de acionamento eletromagnético dividem-se em válvulas de
comando direto e indireto. As de comando direto são usadas apenas para pequenas seções de
passagem. Para passagens maiores são usadas as válvulas eletromagnéticas com servocomando
(indireto).

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 38


Figura 48 – Eletroválvula direcional, 2 posições e 3 vias

Quando energizada a bobina, o induzido (núcleo móvel) é puxado para cima contra a mola,
veja FIG.48. O resultado é a interligação dos canais P e A. A extremidade superior do induzido
fecha o canal R. Cessando o acionamento da bobina, a mola pressiona o induzido contra a sede
inferior da válvula e interrompe a ligação de P para A. O ar do canal de trabalho A escapa por R.
Esta válvula tem cruzamento de ar. O tempo de atuação é pequeno.

Para reduzir a força de atuação em válvulas direcionais com comando mecânico, é utilizado o
sistema de servocomando. A força de acionamento de uma válvula é geralmente determinante para
a utilização da mesma. Esta força é de 600 KPa (6bar) em válvulas de 1/8", resultando de 1,8 N
(0,180 Kp).

Figura 49 – Válvula direcional, 2 posições, 3 vias, com acionamento por rolete servocomandada

A válvula piloto é alimentada através de uma pequena passagem com o canal de alimentação P.
Acionando a alavanca do rolete, abre-se a válvula de servocomando. O ar comprimido flui para a
membrana e movimenta o prato da válvula principal para baixo. A comutação da válvula é feita em
duas etapas, Primeiro, fecha-se a passagem de A para R; segundo, abre-se a passagem de P para A.
O retorno é feito após soltar-se a alavanca do rolete. Isto provoca o fechamento da passagem do ar
para a membrana, e posterior exaustão. Uma mola repõe o pistão de comando da válvula principal
na posição inicial, veja a FIG.49.

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 39


A.1 - Válvulas Corrediças

Os diversos pontos de ligação das válvulas corrediças serão interligados e fechados por
pistões corrediços, comutadores corrediços ou discos giratórios. Esta válvula tem como elemento de
comando um pistão que seleciona as ligações mediante seu movimento longitudinal. A força de
acionamento é pequena, pois não é necessário vencer a pressão do ar ou da mola, ambas
inexistentes (como nos princípios de sede esférica e de prato). Neste tipo de válvulas são possíveis
todos os tipos de acionamentos: manual, mecânico, elétrico e pneumático, o mesmo é válido
também para o retorno à posição inicial. O curso é consideravelmente mais longo do que as
válvulas de assento assim como os tempos de comutação. A FIG.50 ilustra o funcionamento de uma
válvula corrediça longitudinal.

Figura 50 – Válvula direcional corrediça, 2 posições, 5 vias com acionamento pneumático

A vedação nesta execução de válvula corrediça é bastante problemática. A conhecida vedação


"metal sobre metal" da hidráulica, requer um perfeito ajuste da corrediça no corpo. A folga entre a
corrediça e o cilindro em válvulas pneumáticas não deve ser maior do que 0,002 a 0,004mm. Uma
folga maior provocaria grandes vazamentos internos.

A FIG.51 ilustra uma válvula direcional corrediça giratória. Estas válvulas são geralmente de
acionamento manual ou por pedal. É difícil adaptar-se outro tipo de acionamento a essas válvulas.
São fabricadas geralmente como válvulas direcionais de 3/3 vias ou 4/3 vias. Mediante o
deslocamento rotativo de duas corrediças pode ser feita a comunicação dos canais entre si. A
FIG.51 A, mostra que na posição central todos os canais estão bloqueados, por isso, o êmbolo do
cilindro pode parar em qualquer posição do seu curso, apesar dessas posições intermediárias não
podem ser fixadas com exatidão. Devido a compressibilidade do ar comprimido, ao variar a carga a
haste também varia sua posição.

A FIG.51 B mostra que na posição central os canais A e B estão conectados com o escape.
Nesta posição, o êmbolo do cilindro pode ser movido por uma força externa até a posição de ajuste.

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 40


Figura 51 – Válvula direcional, 3 posições, 4 vias com acionamento manual (Corrediça giratória)

5.2 – Válvulas de Bloqueio


São válvulas que bloqueiam a passagem de fluxo em um sentido, permitindo passagem livre
em direção contrária. A pressão do lado de entrada atua sobre o elemento vedante e permite com
isso uma vedação perfeita da válvula.

A – Válvula de Retenção

Estas válvulas impedem completamente a passagem de ar em um sentido, na direção contrária


o ar flui com a mínima queda de pressão. O fechamento em um sentido pode ser feito por cone,
esfera, placa ou membrana. A FIG.52 ilustra a simbologia de um dispositivo de retenção.

Figura 52 – Simbologia de um dispositivo de retenção

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 41


A FIG.53 ilustra a simbologia de um dispositivo de retenção com fechamento por atuação de
contra pressão, por exemplo, por mola. Fecha a força da mola é maior ou igual à pressão da entrada.

Figura 53 – Simbologia de um dispositivo de retenção por mola

5.3 – Válvula Alternadora (Válvula OR)


Esta válvula possui duas entradas X e Y, e uma saída A. Quando o ar comprimido entra em X,
a esfera bloqueia a entrada Y e o ar circula de X para A. Em sentido contrário quando o ar circula
de Y para A, a entrada X fica bloqueada, veja FIG.54. Quando o ar retorna, quer dizer, quando um
lado de um cilindro ou de uma válvula entra em exaustão, a esfera permanece na posição em que se
encontrava antes do retorno do ar.

Figura 54 – Válvula alternadora

5.4 – Válvula Reguladora de Fluxo Unidirecional


Nesta válvula a regulagem do fluxo é feita somente em uma direção. Uma válvula de retenção
fecha a passagem numa direção e o ar pode fluir somente através da secção regulável. Em sentido
contrário, o ar passa livre através da válvula de retenção aberta, veja FIG.55.

Figura 55 – Válvula reguladora de fluxo unidirecional

5.5 – Válvula de Escape Rápido

Estas válvulas são usadas para aumentar a velocidade dos êmbolos dos cilindros. Tempos de
retorno elevados, especialmente em cilindros de ação simples, podem ser eliminados dessa forma.

Quando se aplica pressão em P, a junta desloca-se contra o assento e veda o escape R. O ar


circula até a saída A. Quando a pressão em P deixa de existir, o ar que agora retorna pela conexão
A, movimenta a junta contra a conexão P provocando seu bloqueio. Dessa forma, o ar pode escapar
por R rapidamente para a atmosfera. Evita-se com isso que, o ar de escape seja obrigado a passar

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 42


por uma canalização longa e de diâmetro pequeno até a válvula de comando. O mais recomendável
é colocar o escape rápido diretamente no cilindro ou então o mais próximo possível do mesmo. A
FIG.56 mostra uma válvula de escape rápido e sua simbologia.

Figura 56 – Válvula de escape rápido

5.6 – Válvula de Simultaneidade (Válvula AND)

Esta válvula possui duas entradas X e Y e uma saída A. O ar comprimido pode passar
unicamente quando houver pressão em ambas as entradas. Um sinal de entrada em X ou Y impede o
fluxo para A em virtude do desequilíbrio das forças que atuam sobre a peça móvel. Quando existe
uma diferença de tempo das pressões, a última é a que chega na saída A. Se os sinais de entrada são
de pressões diferentes, a maior bloqueia um lado da válvula e a pressão menor chega até a saída A,
veja FIG.57.

Figura 57 – Válvula de simultaneidade

5.7 – Temporizador (Normalmente Fechado)


O ar comprimido entra na válvula pelo orifício P. O ar de comando entra na válvula pela via Z
e passa através de uma reguladora de fluxo unidirecional. Conforme o ajuste da válvula, passa uma
quantidade maior ou menor de ar por unidade de tempo para o depósito de ar, incorporado.
Alcançada a pressão necessária de comutação, o êmbolo de comando afasta o prato do assento da
válvula dando passagem de ar de P para A. O tempo de formação da pressão no reservatório
corresponde ao retardo da válvula, veja o mecanismo de funcionamento na FIG.58 à direita.

Para que a válvula temporizadora retorne à sua posição inicial, é necessário exaurir o ar do
orifício Z. O ar do reservatório escapa através da válvula reguladora de fluxo, o piloto da válvula
direcional fica sem pressão, permitindo que a mola feche à válvula, conectando a saída A com o
escape R, veja o mecanismo de funcionamento na FIG.58 à esquerda..

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 43


Figura 58 – Temporizador normalmente fechado

5.8 – Temporizador (Normalmente Aberto)

O princípio de funcionamento deste temporizador é idêntico ao descrito anteriormente. A


única diferença é que a temporização é ajustada para fechar a passagem de fluxo de P para A. A
FIG. 59 à esquerda ilustra sua posição normalmente aberta e a FIG.59 à direita ilustra o fechamento
da via depois de decorrido o tempo ajustado.

Em ambos os temporizadores, o tempo de retardo normal é de 0 a 30 segundos. Este tempo


pode ser prolongado com um depósito adicional. Com o ar é limpo e pressão constante, pode-se
obter temporizações exatas.

Figura 59 – Temporizador normalmente aberto

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 44


VI – Referências Bibliográficas

[1] SÉRGIO, Luís; Apostila de Pneumática Básica CETEM-MMN. Minas Gerais, junho 2006.

[2] PARKER; Manual de Pneumática Básica, São Paulo, 2002.

[3] ROLF, Ganger.: Introdução a Pneumática. Festo Didatic, 2ª ed., 1987. São Paulo, SP.

[4] AYRES PACHECO, Mário; Controles Hidráulicos e Pneumáticos. Minas Gerais, 1999.

[5] PARKER HANNIFIN CO; Tecnologia Pneumática Industrial, Centro Didático de Automação
Parker Hannifin – Divisão Schrader Bellows

Acionamentos Hidráulcos e Pneumáticos 45


VII – ANEXO 1: Classificação das válvulas segundo Norma ISO-ABNT.
Para identificação da simbologia das válvulas direcionais (ISO – ABNT) deve-se considerar:
- Número de posições
- Número de vias
- Posição normal
- Tipo de Acionamento

Os quadrados (FIG. 1) unidos representam o número de posições ou manobras distintas que


uma válvula pode assumir. Deve-se saber que uma válvula direcional possui no mínimo dois
quadrados, ou seja realiza pelo menos duas manobras. O número de vias corresponde ao número de
conexões úteis que uma válvula pode possuir, podem ser vias de passagem ou vias de bloqueio ou a
combinação de ambas. A posição normal de uma válvula de controle direcional é a posição em que
se encontram os elementos internos quando a mesma não foi acionada, geralmente é mantida por
força de uma mola.

FIGURA 1 Simbologia de válvulas direcionais

As numerações de vias e comandos são indicadas por números ou letras:

- vias para utilização (saídas): A - B - C - D ou 2 - 4 - 6 - 8

- linhas de alimentação (entrada): P ou 1

- Tanque, escapes (exaustão): R - S - T ou 3 - 5 - 7

- linha de comando (pilotagem): Z - Y - X ou 12 - 14 - 16

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