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Faculdade Pitágoras

Engenharia Mecânica

Refrigeração e Ar condicionado

Professor: Diego Cruz


2 – Fluidos Refrigerantes
2.1- Refrigerantes primários e secundários.
2.2- Compostos Halocarbônicos.
2.3- Compostos Inorgânicos.
2.4- Hidrocarbonetos.
2.5- Azeotropos.
2.6- Comparação termodinâmica de alguns
refrigerantes comuns.
2.7- Comparação física e química.
2 – Fluidos Refrigerantes
2.8- Depleção de Ozona.
2.9- Base de escolha de refrigerantes.
2.10- Refrigerantes secundários.
2 – Fluidos Refrigerantes
Fluidos Refrigerantes são substâncias
empregadas como veículos térmicos na
realização dos ciclos de refrigeração. Em ciclos
de compressão a vapor, o refrigerante é o
fluido de trabalho que alternadamente
vaporiza e condensa quando absorve e libera
energia térmica.
2 – Fluidos Refrigerantes
Os refrigerantes mais utilizados na indústria
podem ser classificados nos seguintes grupos:
• Compostos Halocarbônicos
• Compostos Inorgânicos
• Hidrocarbonetos
• Azeotropos
2.1- Refrigerantes primários e
secundários.
Refrigerante primário-> São aqueles utilizados
nos sistemas de compressão de vapor.
Refrigerante secundário-> São fluidos que
transferem energia da substância que esta
sendo resfriada para o evaporador do sistema
de refrigeração.
2.2- Compostos Halocarbônicos
São hidrocarbonetos que contêm, na sua
composição, um ou mais dos seguintes
halogênios: Cl, F, Br. O hidrogênio pode ou não
aparecer.
As designações numéricas destes
hidrocarbonetos são:
> 1o. algarismo, nº de átomos de C-1 (se for
nulo, omite-se)
> 2o. algarismo, nº de átomos de H+1
> 3o. algarismo, nº de átomos de F
2.2- Compostos Halocarbônicos
• CFC : CLORO + FLÚOR + CARBONO
PROTOCOLO DE MONTREAL (assinado em
1987):
• Países desenvolvidos: extinção total a partir
de 01.01.2001
• !Países em desenvolvimento: Proibição total à
partir de 2010
2.2- Compostos Halocarbônicos
• HCFC : HIDROGÊNIO + CLORO + FLÚOR +
CARBONO
PROTOCOLO DE MONTREAL:
• Países desenvolvidos: proibição a partir de
2001 até 2015
• Países em desenvolvimento: proibição a partir
de 2030 até 2040
2.2- Compostos Halocarbônicos
• HFC : HIDROGÊNIO + FLÚOR + CARBONO
Não são contemplados no Protocolo de
Montreal
2.2- Compostos Halocarbônicos
Exemplos:
CCl3F - Tricloromonofluormetano, R-11
CHClF2 - Monoclorodifluormetano, R-22
CHF2CHF2 - Tetrafluoretano, R-134
CF3CH2F - Tetrafluoretano, R-134a
CBrF3 - Bromotrifluormetano, R-13B1 (B1 indica
o nº de átomos de Br)
2.3- Compostos Inorgânicos
Estes compostos são designados com, 700 +
peso molecular, como por exemplo:
> NH3 - Amônia, R-717.
> CO2 - Dióxido de carbono, R-744.
> SO2 - Dióxido de enxofre, R-764.
> H2O- Água, R-718.
> Ar, R-729.
2.4- Hidrocarbonetos
Seguem a mesma regra de designação dos
hidrocarbonetos halogenados (até o número
300), são adequados especialmente para
operar em indústrias de petróleo e
petroquímica, como por exemplo:
> CH4 - Metano, R-50 (HC-50).
> C2H6 - Etano, R-170 (HC-170).
> C3H8 - Propano, R-290 (HC-290).
2.5- Azeotropos
Uma mistura azeotrópica de duas substâncias
é aquela que não pode ser separada em seus
componentes por destilação.Um azeotropo
evapora e condensa como uma substância
simples com propriedades diferentes das de
cada um de seus constituintes. O azeotropo
mais popular é o refrigerante 502 que um
mistura de 48,8% de refrigerante 22 e 51,2%
de refrigerante 115.
2.6- Comparação termodinâmica de
alguns refrigerantes comuns
Os dados mostrados abaixo são baseados em um
ciclo padrão de compressão a vapor operando
entre temperaturas de -15°C e 30°C.
Vazão na
sucção/
Refrige- Pe (kPa) Pc (kPa) Taxa de ER Wc kW de
rante compres- (kJ/kg) (kJ/kg) refrigera COP
são -ção
(L/s)
11 20,4 125,5 6,15 155,4 30,89 4,90 5,03
12 182,7 744,6 4,08 116,3 24,74 0,782 4,70
22 295,8 1192,1 4,03 162,8 34,94 0,476 4,66
502 349,6 1308,6 3,74 106,2 24,30 0,484 4,37
717 236,5 1166,6 4,93 1103,4 231,81 0,462 4,76
2.6- Comparação termodinâmica de
alguns refrigerantes comuns
• Pressões de operação devem ser baixas o
suficiente de maneira a evitar o uso de
tubulações espessas.
• Pressões abaixo da atmosférica arrastam ar
para o sistema em caso de vazamento. Neste
caso o sistema deve contem um purgador.
• Taxa de compressão baixa é desejada do
ponto de vista do compressor.
2.7- Comparação física e química
TOXICIDADE: Excluindo o ar, todos os refrigerantes
podem causar sufocações se eles estiverem
presentes em quantidade suficiente para criar
deficiência de oxigenação, porém alguns são
realmente prejudiciais mesmo quando estão
presentes em pequenas porcentagens.

>R-11, R-12, R-22, R-170, R-718, Não.


>R-30, R-40, R-717, R-764, Sim.
2.7- Comparação física e química
INFLAMABILIDADE: Os refrigerantes variam
extremamente nas suas possibilidades de
queimar ou favorecer a combustão:
R-11, R-12, R-22, R-30, R-718, R-764, Não
Inflamáveis.
R-40 8,1 - 17,2% em vol
R-170 3,3 - 10,6% em vol
R-717 16,0 - 25,0% em vol
2.7- Comparação física e química
MISCIBILIDADE: A habilidade do refrigerante se
misturar com o óleo tem vantagens como fácil
lubrificação das partes dos sistemas e relativa
facilidade do óleo voltar ao compressor e
desvantagens como diluição do óleo no compressor
e pobre transferência de calor.
 R-11, R-12, R-22, R-30, R-40, R-170, Sim
 R-717, R-718, R-764, Não.
2.7- Comparação física e química
TENDÊNCIA A FUGAS: Aumenta de modo
diretamente proporcional à pressão e inversamente
proporcional ao peso molecular. O peso molecular
está relacionado diretamente com o volume
específico do vapor, quanto maior é o peso
molecular maior é o volume específico. Ex: R-717,
peso mol. 17,0 g/mol; R-22, peso mol. 86,5 g/mol
(menor tendência a fugas).
2.7- Comparação física e química
ODOR: Sob o ponto de vista de constatação de
vazamento, um leve odor pode ser vantajoso,
uma vez que uma pequena fuga de
refrigerante pode ser detectada e corrigida
imediatamente antes que todo o refrigerante
se perca ou que haja qualquer dano físico. Os
freons são praticamente inodoros, O R-717 e o
R-764ª tem cheiro forte.
2.8- Depleção de Ozona
Em 1974, Molina e Rowland, pesquisadores do
Departamento de Química da Universidade da
Califórnia, apresentaram uma teoria de que os CFC’s
estariam destruindo a camada de ozônio. Após vários
anos de negociação, paralelamente a um intenso
debate científico, foi possível firmar, em setembro de
1987, em Montreal (Canadá), um acordo entre vários
países, com o objetivo de proteger a camada de
ozônio.Inicialmente com 24 países participantes, o
acordo chamado PROTOCOLO DE MONTREAL, definiu
prazos para a redução da produção e consumo de
substâncias prejudiciais à camada de ozônio.
2.8- Depleção de Ozona

Setembro /81 Setembro/87

300 unidades de Dobson equivalem a


medida da espessura da camada não
afetada pelo cloro
2.8- Depleção de Ozona
2.8- Depleção de Ozona
2.9- Base de escolha de refrigerantes
Para a escolha de um refrigerante devem ser
considerados diversos fatores:

• Propriedades termodinâmicas.
• Propriedades físicas e químicas.
• Custo.
• ODP.
• GWP.
2.10- Refrigerantes secundários
São fluidos que transferem energia da
substância que está sendo resfriada para o
evaporador de um sistema de refrigeração. O
refrigerante secundário sofre uma variação na
temperatura quando absorve calor e o libera
no evaporador, não apresentando nenhuma
mudança de fase neste processo. Ex:
salmouras e soluções de água com etileno
glicol.
2.10- Refrigerantes secundários
2.10- Refrigerantes secundários
2.10- Refrigerantes secundários
Vantagens:

• Considerável redução da carga de refrigerante (até


85%)
• Sistemas de refrigeração muito mais compactos
• Limita o refrigerante à “casa de máquinas”
• Menor impacto ambiental
• Simplifica o circuito do refrigerante
• Temperatura de resfriamento mais estável

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