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ENGENHARIA MECÂNICA

Refrigeração

FLUIDOS
REFRIGERANTES
Fluidos frigoríficos, fluídos refrigerantes, ou
simplesmente refrigerantes, são as substâncias
empregadas como veículos térmicos na realização
dos ciclos de refrigeração.

Em ciclos de compressão a vapor, o refrigerante é


o fluido de trabalho que alternadamente vaporiza e
condensa quando absorve e libera energia térmica.
Qual o fluido refrigerante ideal?
Não há um fluido refrigerante que reúna todas as
propriedades desejáveis, de modo que, um
refrigerante considerado bom para ser aplicado em
determinado tipo de instalação frigorífica nem
sempre é recomendado para ser utilizado em
outra.
Um refrigerante satisfatório deveria possuir certas
propriedades químicas, físicas e termodinâmicas
que faz o seu uso seguro e econômico, no entanto,
não existe um refrigerante ideal. As largas
diferenças entre as condições operacionais e as
exigências das várias aplicações fazem com que o
refrigerante ideal seja uma meta impossível de se
alcançar. Então, um refrigerante só se aproxima
das condições ideais somente quando suas
propriedades satisfazem as condições e exigências
de uma determinada aplicação.
Um fluído refrigerante deve preencher
adequadamente requisitos ligados à 3 critérios
principais:

 Segurança,

 Desempenho,

 Meio ambiente.
Segurança

Fluidos com Toxidade Flamabilidade


potencial de Critérios:
aplicação Segurança
como Meio ambiente Meio ambiente
refrigerantes

Depleção Ozônio Aquec. Global

Desempenho
Aplicação

Prop. Físicas Eficiência Energ.

Mudanças Tecno. Custos do Siste.

Refrigerante(s)
Características desejáveis de um refrigerante:

• O refrigerante deve ser não inflamável, não


explosivo, não tóxico em seu estado puro ou
quando misturado com o ar e também, não
deve contaminar alimentos ou outros produtos
armazenados no espaço refrigerado se ocorrer
um vazamento no sistema.

• As pressões correspondentes às temperaturas


disponíveis com os meios de condensação
normais não devem ser excessivas, para assim
eliminar a necessidade de construção
extremamente pesada.
• As pressões correspondentes às temperaturas
necessárias para maior parte dos processos de
condicionamento de ar e refrigeração devem
ser acima da pressão atmosférica para assim
evitar penetração de ar e vapor d' água.

• Um calor de vaporização relativamente grande


é desejável para que as capacidades
necessárias possam ser obtidas com o menor
peso do fluxo de refrigerante.
• Vapor deve ter um volume específico
relativamente baixo, porque é este volume que
estabelece a dimensão necessária ou
deslocamento do compressor. Esta propriedade
é mais importante para o compressor
alternativo do que para a máquina centrífuga a
qual é uma bomba de baixa pressão e grande
volume.
• É desejável que o refrigerante tenha um baixo
calor específico no estado líquido para que
menos calor seja necessário para esfriar o
líquido partindo da temperatura de
condensação até a temperatura a qual o
resfriamento deve ser realizado. O calor
necessário para este resfriamento resulta em
"Flash Gás", e diminui o efeito de refrigeração
ou capacidade de resfriamento do refrigerante
circulado.
• Os coeficientes de transferência de calor e a
viscosidade devem contribuir para boas
proporções de transferência de calor.

• O refrigerante deve ser facilmente detectado


por indicadores adequados para localizar
vazamentos no sistema.

• O refrigerante deve ser compatível com os


óleos lubrificantes usuais, e não devem alterar
sua efetividade com lubrificantes.
• O refrigerante não deve ser corrosivo para os
metais usualmente empregados em um
sistema de refrigeração e devem ser
quimicamente estáveis.

• O refrigerante deve ser facilmente disponível,


de custo baixo, ambientalmente seguro, não
contribuir para a destruição da camada de
ozônio ou para aumentar o efeito estufa e ser
de fácil manuseio.
Condições termodinâmicas de um refrigerante:

1 - Temperatura de fusão inferior a -40ºC;

2 - Temperatura crítica superior a 80ºC;

3 - Pressão de saturação a 80ºC inferior a 50MPa;

4 - hlv/hvv superior a 1 kJ/litro.


PROPRIEDADE DESEJADO JUSTIFICAÇÃO
Temperatura Crítica Inferior à temperatura Aproximação ao ciclo de Carnot e
do condensador permitir elevado COP

Temperatura de Baixa No evaporador deve existir líquido


Fusão
Pressão de Acima da atmosférica Evitar entradas de ar no sistema
Saturação
Entalpia de Elevada Redução da vazão a processar
vaporização
Volume específico Baixo Redução do trabalho do compressor e
a dimensão do sistema

Condutividade Elevada Boas taxas de transferência de calor


Térmica
Estabilidade Boa Quer de substâncias puras quer de
misturas

Solubilidade Baixa Evitar contaminação por água ou óleo


PROPRIEDADE DESEJADO JUSTIFICAÇÃO
Toxicidade Baixa Permitir manipulação sem risco de
envenenamento

Inflamabilidade Baixa Segurança na operação


Detectabilidade Boa Detecção de fugas
Destruíção do Nenhuma Prevenir a destruição da camada de
Ozono ozono

Custo Baixo *****


Designação do fluidos refrigerantes:

A American Society of Heating, Refrigeration and


Air-Conditioning Engineers, (ASHRAE) lista mais
de 100 refrigerantes, com as designações
numéricas deles, fórmulas químicas, diagramas
ph, propriedades termodinâmicas e outras
características nos livros Fundamentals e
Refrigeration (ASHRAE).
Os refrigerantes são designados de acordo com a
norma ASHRAE 34-1992, por números de, no
máximo, quatro algarismos, de acordo com a
seguinte regra:
• O primeiro algarismo da direita indica o número
de átomos de flúor na molécula;

• O segundo algarismo indica o número de átomos


de hidrogênio mais 1;

• O terceiro algarismo indica o número de átomos


de carbono menos 1;

• O quarto algarismo a partir da direita é utilizado


para designar compostos derivados de
hidrocarbonetos não saturados
Número de átomos de flúor

Número de átomos de hidrogênio mais 1

Número de átomos de carbono menos 1

Compostos derivados de hidrocarbonetos não saturados

Regra de numeração: (C-1) (H+1) (F)


• Diclorodifluormetano - CCl2F2 = R-12;

• Monoclorodifluormetano – CHClF2 = R-22;

• Tetrafluoretano - C2H2F4 = R-134a.


CFC-11 - (triclorofluormetano)
CFC-12 - (Diclorodifluormetano)
CFC-113 - (1.1.2-Tricloro-1.2.2-trifluoretano)
CFC-114 - (1.2-Diclorotetrafluoretano)
CFC-115 - (Cloropentafluoretano)
Halon 1211 - (Bromoclorodifluormetano)
Halon 1301 - (Bromotrifluormetano)
Halon 2402 - (Dibromotetrafluoretano)
CFC-13 - (Clorotrifluormetano)
CFC-111 - (Pentaclorofluoretano)
CFC-112 - (Tetraclorodifluoretano)
CFC-211 - (Heptaclorofluorpropano)
CFC-212 - (Hexaclorodifluorpropano)
CFC-213 - (Pentaclorotrifluorpropano)
CFC-214 - (Tetraclorotetrafluorpropano)
CFC-215 - (Tricloropentafluorpropano)
CFC-216 - (Diclorohexafluorpropano)
CFC-217 - (Cloroheptafluorpropano)
CCl 4 - (Tetracloreto de carbono)
Designação do fluidos refrigerantes:

Para um Hidrocarbonetos (orgânicos) o usa-


se a mesma regra com o zero no final.

• Propano - CH3CH2CH3 = R-290;

• Etano - CH3CH3 = R-170;

• Metano – CH4 = R-50.


HCFC 22 (R-22) - Clorodifluorometano (CHClF2).
Como refrigerante, funciona com pressões de
sistema mais elevadas mas baixo deslocamento do
compressor. É comum em aplicações residenciais,
comerciais e industriais. Também é utilizado como
intermediário e como agente expansor em
aplicações de espuma rígida.

CFC 12 (R-12) - Diclorodifluorometano (CCl2F2).


Um refrigerante muito usado em equipamentos de
tipo alternativo e rotativo e em alguns de tipo
centrífugo. Também é utilizado como diluente em
um gás esterilizador, e como agente expansor em
aplicações de espuma rígida.
R-401A – Clorodifluorometano / Difluoroetano /
Clorotetrafluoroetano
(CHClF2/CH3CHF2/CHClFCF3).
Um substituto temporário do CFC-12 em sistemas
refrigeradores comerciais de temperatura média.
Contém HCFC-22/HFC-152 a/HCFC-124.

R-401B - Clorodifluorometano. Difluoroetano.


(CHClF2/CH3CHF2/CHClFCF3).
Um substituto temporário do CFC-12 em sistemas
refrigeradores comerciais de temperatura baixa.
Contém HCFC-22/HFC-152a/HCFC-124.
Mistura HP80 (R-402A)
Clorodifluorometano. Pentafluoroetano. Propano
(CHClF2/CHF2CF3/C3H8).
Um substituto provisório para retroadaptar
sistemas de refrigeração comercial de
temperaturas baixas e médias.

R-404ª - Pentafluoroetano. Trifluoroetano.


Tetrafluoroetano (CHF2CF3/CH3CF3/CH2FCF3).
Um substituto a longo prazo do R-502, que não
prejudica o ozônio, nos sistemas de refrigeração
comerciais de temperaturas baixas e médias.
R-134ª - Tetrafluoroetano (CH2FCF3).
Um refrigerante para substituir o CFC-12 no ar
condicionado para automóveis, e em sistemas de
refrigeração residenciais, comerciais e industriais.
Também é utilizado como um agente expansor em
isolamentos de espuma rígida.
HCFC 123 (R-123)
Diclorotrifluoroetano (CHCl2CF3). Um composto que deteriora muito pouco a
camada de ozônio, e que serve como substituto para CFC-11 em refrigeradores
centrífugos.
HCFC 124 (R-124)
Clorotetrafluoroetano (CHClFCF3). Um refrigerante potencial de pressão média
para aplicações de refrigerantes. Está concebido para substituir o CFC-12 como
um diluente em gases de esterilização. Uma substituição potencial para o CFC-
11 e -12 em aplicações de isolamento com espuma rígida.
Mistura 407C (R-407C)
Difluorometano. Pentafluoroetano. Tetrafluoroetano
(CH2F2/CHF2CF3/CH2FCF3). Um substituto a longo prazo do HCFC-22, que não
é prejudicial para o ozônio, para várias aplicações de ar condicionado, bem
como para sistema de refrigeração de deslocamento positivo. É uma mistura
temária de HFC-32/HFC-125/HFC-134a.
R-22 (HCFC 22)
· Clorodifluorometano (CHClF2). Refrigerante.
· Aplicações: residencial, comercial e industrial.
R-22 (HCFC 22)
· Clorodifluorometano (CHClF2). Refrigerante.
· Aplicações: residencial, comercial e industrial.
R-134a
· Tetrafluoroetano (CH2FCF3).
· Substituto do R-12(CFC-12) em ar condicionado
automotivo, e sistemas de refrigeração residenciais, industriais e comerciais.

R-141b (HCFC 141b)


· Diclorofluoroetano (CCl2FCH3). Agente expansor substituto
do CFC-11 em aplicações de isolamento com espuma rígida.
· Apilações: comercial, residencial
R401a (MP39)
· Clorodifluorometano/Difluoroetano/Clorotetrafluoroetano
(CHClF2/CH3CHF2/CHClFCF3). Substituto do CFC-12 em sistemas de
refrigeração comercial de média pressão.
· Sua formulação contém HCFC-22/HFC-152 a/HCFC-124.
R401b (MP66)
· Clorodifluorometano. Difluoroetano. Clorotetrafluoroetano
(CHClF2/CH3CHF2/CHClFCF3). Um substituto CFC-12 em sistemas
refrigeradores comerciais de baixa pressão.
· Sua formulação Contém HCFC-22/HFC-152a/HCFC-124.
402a (HP80)
· Clorodifluorometano. Pentafluoroetano. Propano
(CHClF2/CHF2CF3/C3H8). Substituto sistemas de refrigeração comercial de
baixas e médias pressões.

R-402b (HP81)
· Clorodifluorometano. Pentafluoroetano. Propano
(CHC1F2/CHF2CF3/C3H8).
· Subistituto sistemas de refrigeração comercial de baixas e
mpedias pressões.
R-404a
· Pentafluoroetano. Trifluoroetano. Tetrafluoroetano
(CHF2CF3/CH3CF3/CH2FCF3).
· Substituto do R-502 para sistemas de refrigeração
comerciais de baixas e médias pressões.

R-407c
· Difluorometano. Pentafluoroetano. Tetrafluoroetano
(CH2F2/CHF2CF3/CH2FCF3).
· Substituto do R-22 (HCFC-22),
· Aplicação: em ar condicionado.

R410a (HFC-32 / HFC-125 (50/50))


· Aplicação: Aparelhos de ar condici
Designação do fluidos refrigerantes:

Para os compostos inorgânicos a


nomenclatura começa com o número 7 seguido
do seu peso molecular.

• Amônia – NH3 = R-717;

• Água - H2O = R-718;

• Dióxido de carbono - CO2 = R-744.


Os refrigerantes mais utilizados na indústria podem
ser classificados nos seguintes grupos:

• Hidrocarbonetos halogenados
• Hidrocarbonetos puros
• Compostos inorgânicos
• Misturas azeotrópicas
• Misturas não azeotrópicas
Hidrocarbonetos halogenados

São hidrocarbonetos que contêm, na sua


composição, um ou mais dos seguintes halogênios:
Cl, F, Br. O hidrogênio pode ou não aparecer.
CCl3F - Tricloromonofluormetano, R-11 (CFC-11)
CHClF2 - Monoclorodifluormetano, R-22 (HCFC-22)
CHF2CHF2 - Tetrafluoretano, R-134 (HFC-134)
CF3CH2F - Tetrafluoretano, R-134a (HFC-134a)
CBrF3 - Bromotrifluormetano, R-13B1 (B1 indica o
no. de átomos de Br)

Os isômeros são distinguidos por um critério de


simetria, baseado nas massas atômicas dos átomos
ligados a cada átomo de carbono.
Hidrocarbonetos Puros

Seguem a mesma regra de designação dos


hidrocarbonetos halogenados (até o número 300),
são adequados especialmente para operar em
indústrias de petróleo e petroquímica
CH4 - Metano, R-50 (HC-50).
CH3CH3 - Etano, R-170 (HC-170).
CH3CH2CH3 - Propano, R-290 (HC-290).
CH(CH3)3 - Isobutano, R-600a (HC-600a).
CFC: CLORO + FLÚOR + CARBONO

o Maior potencial de destruição da camada de


ozônio
• Contribuem para o efeito estufa.
• R11, R12, R502, R13, R13B...

o PROTOCOLO DE MONTREAL (assinado em


1987):
• Países desenvolvidos: extinção total a partir de
01.01.2001
• Países em desenvolvimento: Proibição total à
partir de 2010
HCFC: HIDROGÊNIO+CLORO+ FLÚOR + CARBONO

o Ainda contribuem para a destruição da camada


de ozônio
• Contribuem para o efeito estufa
• R22, R401A/B (MP39/66), R409A(Fx56),
R402A/B (HP80/81), R408A (Fx10)
o PROTOCOLO DE MONTREAL:
• Países desenvolvidos: proibição a partir de 2001
até 2015
• Países em desenvolvimento: proibição a partir de
2030 até 2040
HFC: HIDROGÊNIO + FLÚOR + CARBONO

o Não destroem a camada de ozônio


• Ainda contribuem para o efeito estufa, mas com
menor potencial
• Não são contemplados no Protocolo de Montreal
• R134a, R404a, R413a, 417 a, 407a
COMPOSTOS INORGÂNICOS:

Estes compostos são designados com, 700 + peso


molecular, como por exemplo:

NH3 - Amônia, R-717.


CO2 - Dióxido de carbono, R-744.
SO2 - Dióxido de enxofre, R-764.
MISTURAS AZEOTRÓPICAS:

Uma mistura azeotrópica de duas substâncias é


aquela que não pode ser separada em seus
componentes por destilação.
Um azeótropo evapora e condensa como uma
substância simples com propriedades diferentes das
de cada um de seus constituintes.
Uma mistura azeotrópica apresenta um diagrama de
equilíbrio em que as linhas de líquido e vapor
saturado se tangenciam em um ponto, condição
para qual a mistura se comporta como se fosse uma
substância pura de propriedades distintas daquelas
dos constituintes, como pode ser observado na
figura para o R-502 (48,8%, R-22 + 51,2%, R-115).
MISTURAS NÃO AZEOTRÓPICAS:

São misturas de refrigerantes que se comportam


como uma mistura binária, a concentração da fase
vapor é distinta da fase líquido quando ambas
ocorrem em equilíbrio, a uma dada pressão e
temperatura, como indicado no diagrama de
equilíbrio (pressão, temperatura, concentração).
Referência Rápida Para Refrigerantes

CFC HCFC HFC Naturais


R-12 *
R-502 *
R-22 *
R-123 *
R-404A *
R-507 *
R-135a *
R-410ª *
R-407C *
Propano *
Amônia *
CO2 *
Classificação dos fluidos
refrigerantes:
Designação, nome, composição química.
ASPECTOS CARACTERÍSTICOS DOS
REFRIGERANTES
TOXICIDADE:

Excluindo o ar, todos os refrigerantes podem


causar sufocações se eles estiverem presentes
em quantidade suficiente para criar deficiência de
oxigenação, porém alguns são realmente
prejudiciais mesmo quando estão presentes em
pequenas percentagens.

• Classe A - Compostos cuja toxicidade não foi


identificada- R-11, R-12, R-22, R-170, R-718
• Classe B - Foram identificadas evidências de
toxicidade - R-30, R-40, R-717, R-764
INFLAMABILIDADE:

Os refrigerantes variam extremamente nas suas


possibilidades de queimar ou favorecer a
combustão:

R-11, R-12,R-22, R-30, R-718, R-764 Não


Inflamáveis.

R-40 8,1 - 17,2


R-170 3,3 - 10,6
R-717 16,0 - 25,0
INFLAMABILIDADE:

Classe 1 – Não se observa propagação de chama


em ar a 18oC e 101,325 kPa
Classe 2 – Limite inferior de inflamabilidade (LII)
superior a 0,10kg/m3 a 21 oC e 101,325kPa,
Poder calorífico inferior a 19.000 kJ/kg
Classe 3 – Inflamabilidade elevada,
caracterizando-se por LII inferior ou igual a
0,10 kg/m3 a 21 oC e 101,325 kPa, Poder
calorífico superior a 19.000 kJ/kg
MISCIBILIDADE:

A habilidade do refrigerante se misturar com o


óleo tem vantagens como fácil lubrificação das
partes dos sistemas e relativa facilidade do óleo
voltar ao compressor e desvantagens como
diluição do óleo no compressor, pobre
transferência de calor e problemas de controle.

• R-11, R-12, R-22, R-30, R-40, R-170 Sim;

• R-717, R-718, R-764 Não.


TENDÊNCIA A FUGAS:

Aumenta de modo diretamente proporcional à


pressão e inversamente proporcional ao peso
molecular. O peso molecular está relacionado
diretamente com o volume específico do vapor,
quanto maior é o peso molecular maior é o volume
específico. Ex: R-717, peso mol. 17,0; R-22, peso
mol. 86,5 (menor tendência a fugas).
ODOR:

Sob o ponto de vista de constatação de


vazamento, um leve odor pode ser vantajoso, uma
vez que uma pequena fuga de refrigerante pode
ser detectada e corrigida imediatamente antes que
todo o refrigerante se perca ou que haja qualquer
dano físico. Os freons são praticamente inodoros,
O R-717 e o R-764A tem cheiro forte.
UMIDADE:

Embora todos os refrigerantes absorvam umidade em


quantidades variáveis, esta deve ser retirada do sistema
de refrigeração. A água, quando existente, tem dois
efeitos: Um é a água não absorvida pelo refrigerante
(água livre) que congela nos pontos onde t < 0 oC, isto
obstruirá os dispositivos medidores, resultando um
bloqueamento do sistema. O segundo é a formação de
ácidos corrosivos motivados por reações químicas.
Estes ácidos causarão lama, cobreamento e
deterioração, dentro do sistema de refrigeração. Os
motores dos compressores herméticos podem ser curto-
circuitados como resultados de formações ácidas.
DETECÇÃO DE VAZAMENTOS:

Há muitos métodos de detecção de fugas, ou


vazamentos, porém os mais comuns são:

• teste por imersão;


• teste por bolhas de sabão;
• teste de fugas hálide (Para hidrocarbonetos
halogenados);
• teste com detector eletrônico (Para
hidrocarbonetos halogenados
DESENVOLVIMENTO DOS
REFRIGERANTES
Saúde, segurança, meio ambiente e preocupações
com a conservação de energia continuam
motivando a indústria da refrigeração para melhorar
e desenvolver refrigerantes novos.
Inicialmente, a refrigeração mecânica era limitada a
algumas aplicações com amônia, dióxido de enxofre
e cloreto de metila, que eram os únicos
refrigerantes disponíveis, todos altamente tóxicos.
Com o desenvolvimento de pequenas unidades
domésticas e comerciais, automáticas, os
refrigerantes dióxido de enxofre e cloreto de metila
entraram em uso. O cloreto de metila foi
desenvolvido para uso em compressores
centrífugos. Com exceção da amônia, todos estes
refrigerantes foram substituídos pelos
Hidrocarbonetos halogenados.
Hidrocarbonetos Halogenados:

São inodoros em concentrações até 20% por


volume no ar. Em concentrações acima desta,
resulta um odor suave como éter. Vapores destes
refrigerantes são substancialmente inodoros e não
irritantes.
Os refrigerantes halógenos desta série são
essencialmente não tóxicos. Seus vapores e
líquidos são ininflamáveis e não combustíveis
porque eles não contêm elementos que alimentam a
combustão.
Eles não corroem os metais comumente usados em
equipamentos de refrigeração desde que os
refrigerantes sejam secos ou livres de vapor d'água.
Na presença de vapor d'água estes refrigerantes
podem ser totalmente corrosivos.
Eles têm uma alta ação solvente sobre a borracha
natural, mas materiais de borracha sintética podem
ser usados satisfatoriamente.
Tanto na forma líquida como na de vapor, eles não
têm efeito no odor, gosto, cor ou estrutura de
materiais refrigerados tais como lacticínios, carnes,
vegetais, vida de plantas ou peles e tecidos.
Os hidrocarbonetos permanecem como os únicos
refrigerantes na atualidade em extenso uso.

A amônia ainda é usada amplamente em plantas de


gelo, pistas de patinação e aplicações de
armazenamento de frio, devido suas excelentes
propriedades térmicas. Alguns outros refrigerantes
também encontram uso limitado em aplicações
especiais.
1º Geração - 1830 – 1930
Whatever worked

CO2, NH3,
Hidrocarbonetos
H2O, CCL4, CHCs... 2º Geração - 1930 – 1990.
Segurança e durabilidade

CFCs, HCFCs, NH3, H2O

3º Geração - 1990 –
Proteção ambiental

HCFCs, NH3, H2O, HCs,


CO2,..
Em 1974, Molina e Rowland, pesquisadores do
Departamento de Química da Universidade da
Califórnia, apresentaram uma teoria de que os CFC’s
estariam destruindo a camada de ozônio.
Por sua grande estabilidade química, os CFC’s
conseguem chegar na estratosfera intactos, sem
modificar a sua molécula. Nessa altura, a forte radiação
solar existente quebra a molécula de CFC, e o átomo de
cloro se desprende, o que permite que ele reaja com o
ozônio. Cada átomo de cloro poderia destruir cerca de
100.000 moléculas de ozônio antes de ficar inativo,
retornando eventualmente à troposfera, onde as chuvas
e outros processos o removeriam da atmosfera.
Segundo essa teoria, os CFC’s permanecem na
atmosfera por longo período, de 40 a 150 anos .
Após vários anos de negociação, paralelamente a
um intenso debate científico, foi possível firmar, em
setembro de 1987, em Montreal (Canadá), um
acordo entre vários países, com o objetivo de
proteger a camada de ozônio. Inicialmente com 24
países participantes, o acordo chamado
PROTOCOLO DE MONTREAL, definiu prazos para
a redução da produção e consumo de substâncias
prejudiciais à camada de ozônio.
28,3 Milhões de Km2

Setembro 1981 Setembro 1987 Setembro 2000

300 Unidades Dobson é a


espessura típica da camada
de ozônio em pontos não
Setembro 1993 Setembro 1999 afetados pelo Cloro e equivale
a espessura de 0,305 cm.
O FATOR AMBIENTAL

Toda a pesquisa e desenvolvimento realizado


desde meados do século XIX em tornos dos
fluidos refrigerantes buscou soluções
basicamente orientadas por restrições de
flamabilidade, toxidade, estabilidade, desempenho
energético e compatibilidade com lubrificantes e
materias. O fator ambiental só veio impactar esse
campo de estudo mais de um século depois,
provocando uma revolução na busca pelo
refrigerante “ideal”
DEPLEÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO

Em 1973, Roland e Molina formularam a hipótese


de que emissões atmosféricas de compostos
halocarbônicos clorados provocavam uma reação
catalítica de destruição de ozônio nas
estratosfera, expondo a superfície do planeta à
ação extremamente nefasta da radiação
ultravioleta. Em 1985 a observação da ocorrência
de u, buraco na camada de ozônio sobre a
Antartida, apoiou as previsões de Roland e
Molina.
AQUECIMENTO GLOBAL

Posteriormente o aquecimento global começou a


ser discutido, com novas implicações, para a
aplicações de fluidos refrigerantes.
Gases de efeito estufa como os refrigerantes
fluorados (com longa vida na atmosfera e grande
número de ligações flúor-carbono), absorvem a
radiação infra-vermelha, intensificando o
aquecimento global.
ÍNDICE DE IMPACTO AMBIENTAL

A escolha do fluido refrigerante passou então a


ser orientada também por fatores ambientais,
além daqueles ligados a segurança e
desempenho energético.
Foi criado o índices de impacto ambiental.
Em relação à degradação da camada de ozônio
foi adotado o índice ODP (Ozone Depletion
Potencial), relativo ao R-11 (ODP = 1)
ÍNDICE DE IMPACTO AMBIENTAL

O índice GWP (Global Warming Potential) foi


adotado para quantificar o potencial do
refrigerante com gás de efeito estufa, relativo ao
efeito de aquecimento de uma massa similar de
CO2 durante 100 anos.
DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO

Entre 12 e 13 km de altura, na estratosfera, existe


uma camada de ozônio que nos proteje dos raios
ultravioleta, impedindo que os mesmos atinjam a
superfície terrestre.
Quando os CFCs chegam na estratosfera são
atingidos pelos raios ultravioleta, provenientes do
sol, que provoca o rompimento das moléculas,
liberando os átomos de cloro.
Os átomos de cloro destroem o ozônio reduzindo
a camada de ozônio.
Os átomos de cloro originados da decomposição
dos CFCs, são muitos ativos, cada átomo de cloro
é capaz de quebras 100000 moléculas de ozônio.
A reação de destruição ocorre em quatro
etapas:

1 – A radiação ultravioleta quebra a ligação de um


átomo de cloro da molécula de CFC.
2 - Em seguida o átomo de cloro ataca o a
molécula de ozônio (03) e uma de monóxido de
cloro.
3/4 – O monóxido de cloro é instável, tem suas
ligações quebrada e forma novamente cloro livre,
que vai atacar e destruir outras moléculas de
ozônio.
DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO

 Em 1986 o Protocolo de Montreal determinou


a substituição dos CFCs provocando uma
verdadeira revolução na indústria frigorífica.

 A amônia tem sido adotada na maioria das


instalações industriais de construção recente,
dominando o setor .
 Refrigerantes como CO2, têm sido cogitados
pela comunidade científica e industrial.

 O problema da camada de ozônio tem se


composto com o problema do efeito estufa
Caracterização do nível de ação dos
refrigerantes em relação a camada de ozônio e
ao efeito estufa

Potencial de Destruição da Camada de Ozônio


"Ozone Depleting Potential“ – ODP

O potencial de destruição dessa camada que um


particular composto apresenta em relação ao
refrigerante R11, ao qual é atribuído o valor 1
Potencial de Aquecimento Global
"Global Warming Potential" - GWP

É relativo ao efeito estufa direto causado pelo


refrigerante R11, ao qual é atribuído
arbitrariamente o valor 1
Refrigerante Tempo de vida Redução da Efeito estufa
(anos) camada de ozônio GWP
ODP
CFC-11 60 1,0 1,0
CFC-12 120 1,0 3,0
CFC-113 90 0,8 1,4
CFC-114 200 0,7 3,2
CFC-115 400 0,4 0,75
HCFC-22 15 0,05 0,34
HCFC-123 2 0,02 0,02
HCFC-124 7 0,2 0,10
HCFC-141b 8 0,10 0,09
HCFC-142b 19 0,06 0,36
HFC-125 28 0.00 0,58
HCF-134a 16 0,00 0,26
HCF-143a 41 0,00 0,74
HCF-152a 2 0,00 0,03
SUBSTITUIÇÃO DE
REFRIGERANTES
Em geral, os fluidos refrigerantes alternativos não
podem simplesmente ser carregados em um
sistema destinado ao uso de CFC’s. Dependendo
das características específicas da máquina, é
possível que os materiais precisem ser substituídos
e que o compressor, em muitos casos, precise ser
modificado. Quando se converte, por exemplo, um
chiller de CFC para HFC-134a, é necessário
substituir o lubrificante. Os registros de
manutenção devem conter quaisquer modificações
que tenham sido feitas nos componentes originais
do sistema. Além disso, o fabricante do
equipamento deve ser consultado sobre a
compatibilidade das peças do sistema com o novo
fluido refrigerante.
R-11 (TRICLOROMONOFLUORMETANO):

É um CFC da série do metano. As baixas pressões


operacionais do R-11 e seu significante volume
específico requerem um deslocamento do
compressor maior por tonelada de efeito de
refrigeração (1,0 m3/min). O R-11 é principalmente
usado em sistemas de ar condicionado grandes, na
gama de 150 a 2000 TR (527 a 7034 kW) de
capacidade.
O R-11 têm um dos mais altos potenciais de
destruição da camada dos CFC’s.

Está sendo substituído pelo R-123 que é um


refrigerante melhor para o meio ambiente.
R-123 (2,2-DICLORO-1,1,1-TRIFLUORMETANO):

É um HCFC da série do metano usado como um


substituto do R-11. Para o retrofit de equipamentos que
operam com R-11 para uso com R-123 podem envolver
a substituição de alguns componentes do sistema.
R-12 (DICLORODIFLUORMETANO):

Foi um dos refrigerantes mais amplamente utilizado no


ciclo de compressão a vapor. Amplo campo de
aplicação, desde grandes sistemas de refrigeração e ar
condicionado até refrigeradores caseiros, inclusive
gabinetes para alimentos congelados e sorvetes;
estabelecimentos de depósito de gêneros alimentícios;
refrigeradores de água; condicionadores de ar de
ambientes ou de janelas e outros.
Infelizmente, como o R-11, o R-12 têm um alto
potencial de destruição da camada de ozônio. Por
conseguinte, deve ser substituído por outros
refrigerantes como determinou o Protocolo de
Montreal.

O R-134a é um dos principais substitutos do


refrigerante R-12 em muitas de suas aplicações.

Tem-se ainda o R-401A, R-401B e R-409ª.


R-134 (1,1,1,2-DICLORODIFLUORMETANO):

O R-134a é não inflamável e não explosivo, HFC que


tem potencial zero de destruição da camada de ozônio
e um baixo efeito estufa.
Quanto à toxidade e aspectos ambientais nos testes
realizados, não foram perceptíveis indicações sobre
teratrogenidade, mutagenidade e cancerogenidade.
Devido à ausência de átomos de cloro na molécula do
R-134a, este alternativo oferece excelente estabilidade
química e térmica, sendo até melhor que o R-12. Isto
foi comprovado em diversos testes.
O R-134a é compatível com todos os metais e ligas
normalmente usados anteriormente com os CFC’s
devendo-se evitar o uso de Zinco, Magnésio, Chumbo
e Alumínio com mais de 2 % de Magnésio, o que já era
válido para os CFC’s.
O R-134a apresenta boa compatibilidade com os
elastômeros. Contudo as borrachas fluoradas dos tipos
FKM ou FPM (Viton) não são recomendadas. Devido à
existência de diversos tipos de borracha deve ser
analisado caso por caso. Também neste caso deve ser
avaliada a compatibilidade do óleo lubrificante com os
materiais utilizados.
O R 134a e os óleos minerais ou alquilbenzenos
utilizados com os atuais refrigerantes R-12 e R-22 não
são miscíveis.
Os lubrificantes que apresentaram melhor miscibilidade
foram compostos sintéticos com maior polaridade.
Inicialmente os Poli Alquileno Glicóis (PAG’s), que com
viscosidades menores que 30 cSt à 40 oC, são quase
totalmente miscíveis entre - 40 a 80oC.
O uso acabou sendo limitado devido ser altamente
higroscópico e apresentar alguns problemas de
compatibilidade, por exemplo, com resíduos de
cloro.
Não são adequados para utilização em
compressores herméticos.
R-13 (CLOROTRIFLUORMETANO):

Foi desenvolvido para aplicações em baixas


temperaturas, cerca de - 90oC é usualmente
encontrado no estágio de baixa temperatura de um
sistema em cascata de dois e três estágios. O
refrigerante, R-13 é outro CFC que está sujeito à
substituição.
R-22 (MONOCLORODIFLUORMETANO):

Foi desenvolvido inicialmente para aplicações em


compressores alternativos de simples estágio abaixo
de -30oC.
Empregado principalmente em condicionamento de ar
residencial e comercial, mas é também amplamente
usado em fábricas de produtos alimentícios
congelados, armazenagem de gêneros alimentícios
congelados, balcões frigoríficos com vitrinas e em
outras aplicações de média e baixas temperaturas.).
Fluidos Refrigerantes

A principal vantagem do R-22 sobre o R-12 é o


deslocamento menor requerido pelo compressor,
sendo aproximadamente 60% daquele requerido pelo
R-12. Por isso, para um deslocamento de compressor
dado, a capacidade de refrigeração é
aproximadamente 60% superior à do refrigerante R-22
em relação o refrigerante R-12. Também as dimensões
da tubulação de refrigerante geralmente são menores
para o R-22 do que para o R-12.
O refrigerante R-22 é um HCFC que também deve ser
substituído. Alguns dos refrigerantes que são usados
como substituto para R-22 são o R-502, R-134a e R-
507a. O R-507a é uma mistura azeotrópica que
consiste de R-125 (50%) e R-134a (50% por massa).
Fluidos Refrigerantes

R-500 (R-12/R-152A):

É uma mistura azeotrópica de R-12 (73,8% por massa)


e R-152a (25,2%). A principal vantagem do refrigerante
R-500 reside no fato de que sua substituição pelo R-12
resulta em uma elevação da capacidade do
compressor de aproximadamente 18%. Usado, até
certo ponto, em pequenos equipamentos de ar
condicionado comercial e residencial e em refrigeração
doméstica; especialmente em áreas onde é comum
haver corrente de 50 ciclos.
Fluidos Refrigerantes

Considerando que o refrigerante R-500 é uma mistura


de um refrigerante CFC e de um refrigerante HCFC, o
R-500 também deverá estar fora de uso dentro da
primeira metade deste século.
Fluidos Refrigerantes

R-502 (R-22/R-115):

É uma mistura azeotrópica de R-22 (48,8% por


massa) e R-115 (51,2%). Ele foi desenvolvido
inicialmente para uso em aplicações de refrigerantes
em estágio único e baixas temperaturas no processo
de congelamento e armazenagem de alimentos
congelados. Ele tem a vantagem de maiores
capacidades do que o R-22, enquanto que as
temperaturas de descarga do compressor são
consideravelmente mais baixas do que aquelas do R-
22.
Fluidos Refrigerantes

Em compressores herméticos refrigerados pelo


refrigerante, o resfriamento do motor é melhor do que o
obtido com R-22. Em equipamentos novos os
prováveis substitutos para o R-502 são o R-22 e R-125
e para equipamentos existentes, freqüentemente são
usados os refrigerantes R402-a e R402-b como
substitutos.
Fluidos Refrigerantes

R-503 (R-23/R-13):

É uma mistura azeotrópica de R-23 (40,1% por


massa) e R-13 (59,9%). O R-503 é usado em
compressores alternados no estágio de baixa em
sistemas em cascata, com R-12, R-22 ou R-502 sendo
empregados no estágio de alta. O Com um ponto de
ebulição mais baixo e capacidade maior que o R-13, é
comparável ao etileno, com a vantagem de não ser
inflamável. Como o R-503 é composto por um CFC e
um HCFC, deve também ser substituído por outro
refrigerante.
Fluidos Refrigerantes

R-717 (AMÔNIA):

É um dos primeiros refrigerantes. É usado no campo


industrial, em cervejarias, plantas de empacotamento e
aplicações similares por causa da alta eficiência do
ciclo. Ele tem um baixo volume específico, um calor
latente de vaporização relativamente alto e baixo custo,
apesar destas propriedades desejáveis é limitada a
aplicações industriais e excluída do condicionamento
de ar para conforto por ser altamente tóxica e
inflamável, necessitando manejo especial e possui um
odor forte e penetrante
Fluidos Refrigerantes

R-717 (AMÔNIA):
É um dos primeiros refrigerantes. É usado no campo
industrial, em cervejarias, plantas de empacotamento e
aplicações similares por causa da alta eficiência do
ciclo. Ele tem um baixo volume específico, um calor
latente de vaporização relativamente alto e baixo custo,
apesar destas propriedades desejáveis é limitada a
aplicações industriais e excluída do condicionamento
de ar para conforto por ser altamente tóxica e
inflamável, necessitando manejo especial e possui um
odor forte e penetrante
Fluidos Refrigerantes

Com o questionamento dos CFC’s decorrentes do


efeito sobre a camada de ozônio, reacende a polêmica
sobre a viabilidade de utilização da amônia em
aplicações frigoríficas e o potencial da amônia reside
em aplicações de refrigeração indireta, onde o circuito
frigorífico fica confinado em casa de máquinas, cuja
ventilação deve ser cuidadosamente planejada. A
utilização de trocadores de calor compactos pode
reduzir significativamente o inventário de refrigerante
no circuito frigorífico, favorecendo também a aplicação
da amônia como refrigerante.
Fluidos Refrigerantes

R-718 (ÁGUA):

A água tem diversas propriedades desejáveis de um


refrigerante. Tem baixo custo e está prontamente
disponível, é totalmente segura, sendo não tóxica e
não inflamável e tem também um grande calor latente
de vaporização. Embora a água seja usada como
refrigerante em “jato de vapor” e em máquinas de
refrigeração por absorção, ela não é um refrigerante
prático para um ciclo de refrigeração mecânico.
Fluidos Refrigerantes

Ela é limitada pela temperatura a um mínimo de 0 oC,


pois abaixo disto ela congela. Para obter água
suficientemente fria, como por exemplo, para a maioria
das aplicações de condicionamento do ar iria requerer
operação a pressões extremamente baixas ou alto
vácuo, que é difícil de obter com equipamento
alternativo. Além disso, o volume específico do vapor é
grande para as baixas pressões requeridas, e estes
volumes são impraticáveis com equipamentos
alternativos e bombas centrífugas, que são incapazes
de manter o vácuo necessário.
Portanto, é desejável utilizar outros fluidos cujas
características e propriedades gerais os fazem mais
práticos para este propósito particular.
R-744 (DIÓXIDO CARBÔNICO):

É um gás inerte, incolor e inodoro. Não é tóxico nem


inflamável, mas a principal objeção para seu uso é o
pesado equipamento requerido por suas altas pressões
de operação e sua necessidade de potências
relativamente altas. Estes fatores limitam seu uso
como refrigerante.
R-40 (CLORETO DE METILO):

É um refrigerante incolor, com odor não irritante e


levemente doce. Foi usado nos modelos de
refrigeradores domésticos mais antigos e substitui
Amônia e o Anidrido Carbônico em muitas novas
instalações.
Foi usado largamente durante a Segunda Guerra
Mundial como um substituto do Freon, o qual era então
disponível somente através de prioridades
governamentais, mas no presente, é raramente usado.
Fluidos Refrigerantes

COMPOSTOS HIDROCARBONADOS:
São um grupo de fluidos compostos em várias
proporções dos dois elementos hidrogênio e carbono:
R-50 (metano), R-170 (etano), R-600 (butano), R-600a
(isobutano), R-1270 (propano). Todos são
extremamente combustíveis e explosivos.
Embora alguns compostos de hidrocarbonados
(butano, propano e isobutano) tenham sido usados em
pequenas quantidades para refrigeração doméstica,
seu uso geralmente é limitado a aplicações especiais
onde um operador experiente está em serviço. O
etano, metano e etileno são empregados em alguma
extensão para aplicações de baixa temperatura,
geralmente no estágio mais baixo de sistemas em
cascata de dois ou três estágios.
REFRIGERANTES SECUNDÁRIOS:
São fluidos que transferem energia da substância que
está sendo resfriada para o evaporador de um sistema
de refrigeração. O refrigerante secundário sofre uma
variação na temperatura quando absorve calor e o
libera no evaporador, não apresentando nenhuma
mudança de fase neste processo. Em termos técnicos,
a água poderia ser um refrigerante secundário, mas as
substâncias a serem aqui exploradas são as salmouras
e anticongelantes mais largamente usados são
soluções de água e etileno glicol, propileno glicol, ou
cloreto de cálcio. O propileno glicol tem a característica
singular de ser inócuo em contato com alimentos.
Uma das propriedades mais importantes de soluções
anticongelantes é o ponto de solidificação, mostrado na
(fig. 141). Os pontos de solidificação formam o
diagrama de fase clássico mostrado de forma
esquemática na (fig. 142).
Para todos os anticongelantes a adição do
anticongelante na água tem um efeito adverso
sobre a perda de carga e a transferência de calor.
Os anticongelantes de alta concentração têm alta
viscosidade, baixa condutibilidade térmica, baixo
calor específico, todos os fatores prejudiciais. Uma
boa regra de operação, portanto, é a de concentrar
o anticongelante não mais do que o necessário
para evitar o seu congelamento.
Uma das propriedades mais importantes de soluções
anticongelantes é o ponto de solidificação, mostrado na
(fig. 141). Os pontos de solidificação formam o
diagrama de fase clássico mostrado de forma
esquemática na (fig. 142).
SUBSTITUIÇÃO DE REFRIGERANTES

O R-134a (Tetrafluoretano) tem propriedades


físicas e termodinâmicas similares ao R-12.

Pertence ao grupo dos HFC’s Fluorcarbonos


parcialmente halogenados, com potencial de
destruição do ozônio (ODP) igual a zero, devido ao
menor tempo de vida na atmosfera,
Apresenta uma redução no potencial de efeito
estufa de 90% comparado ao R-12.

Não é inflamável, não tóxico, possui alta


estabilidade térmica e química, tem compatibilidade
com os materiais utilizados e tem propriedades
físicas e termodinâmicas adequadas.
R-12: R-401A, R-401B, R-409A e R-413A

R-409A - Mistura de fluidos refrigerantes tais como


R-22, R- 142b e R-124, tem propriedades similares
ao R-12 e pode ser utilizado com óleo lubrificante
mineral, poliolester e aquilbenzeno.

R-413A - Mistura de fluidos refrigerantes tais como


R-218, R-134a e R-600a, é compatível com óleo
lubrificante mineral, poliolester e aquilbenzeno, tem
performance similar ao R-12.
R-22: R-407C, R-410A e R-417A

R-407C - Mistura de fluidos refrigerantes tais como


R-134a, R-32 e R-125, possui propriedades e
performance similares ao R-22, porém é
necessária a mudança do óleo lubrificante.

R-410A - Mistura de fluidos refrigerantes de alta


pressão tais como R-32 e R- 125, possui melhor
capacidade de resfriamento, porém requer uma
reavaliação do projeto do sistema.
R-502: R-402A, R-402B, R-408A e R-403ª

R-408A - Mistura de fluidos refrigerantes tais como


R-22, R-134a e R-125, possui performance similar
ao R-502 e é compatível com óleo lubrificante
mineral, poliolester e aquilbenzeno.
AMÔNIA
AMÔNIA

Os sistemas de refrigeração industrial atualmente


utilizados em larga escala, fundamentam-se na
capacidade de algumas substâncias, denominadas
agentes refrigerantes, absorverem grande
quantidade de calor quando passam do estado
líquido para o gasoso.
A amônia atende à quase totalidade desses
requisitos, com ressalvas apenas para sua alta
toxicidade e por tornar-se explosiva em
concentrações de 15 a 30% em volume.

E o único agente refrigerante natural


ecologicamente correto, por não agredir a camada
de ozônio, tampouco agravar o efeito estufa.
A amônia, com símbolo químico NH3, é constituída
por um átomo de nitrogênio e três de hidrogênio,
apresentando-se como gás à temperatura e
pressão ambientes. Liquefaz-se sob pressão
atmosférica a -33,35ºC.
É altamente higroscópica, e a reação com a água
forma NH4OH, hidróxido de amônia, líquido na
temperatura ambiente, que possui as mesmas
propriedades químicas da soda cáustica.

É estável quando armazenada e utilizada em


condições normais de estocagem e manuseio.
Acima de 450ºC, pode decompor-se, liberando
nitrogênio e hidrogênio.
É facilmente detectada a partir de pequeníssimas
concentrações (5 ppm) no ar pelo seu cheiro sui-
generis.

Apresenta risco moderado de incêndio e explosão,


quando exposta ao calor ou chama. A presença de
óleo e outros materiais combustíveis aumenta o
risco de incêndio.
O gás é um irritante poderoso das vias respiratórias,
olhos e pele. Dependendo do tempo e do nível de
exposição podem ocorrer efeitos que vão de
irritações leves a severas lesões corporais.
A inalação pode causar dificuldades respiratórias,
bronco espasmo, queimadura da mucosa nasal,
faringe e laringe, dor no peito e edema pulmonar.

A ingestão causa náusea, vômitos e inchação nos


lábios, boca e laringe. Em contato com a pele, a
amônia produz dor, eritema e vesiculação. Em
altas concentrações, pode haver necrose dos
tecidos e queimaduras profundas.
O contato com os olhos em baixas concentrações
(10 ppm) resulta em irritação ocular e
lacrimejamento. Em concentrações mais altas,
pode causar conjuntivite, erosão na córnea e
cegueira temporária ou permanente. Reações
tardias podem acontecer, como catarata, atrofia da
retina e fibrose pulmonar.

A exposição a concentrações acima de 2.500 ppm


por aproximadamente 30 minutos pode ser fatal.
RISCOS DOS SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO

As instalações frigoríficas, porque trabalham com


refrigerantes com características físico-químicas
especiais e em condições de temperatura,
pressão e umidade diferenciadas do habitual,
apresentam riscos específicos à segurança e à
saúde, relacionados com o tipo agente
refrigerante utilizado, assim como com as
instalações e equipamentos.
RISCOS DOS SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO

As maiores preocupações são os vazamentos com


formação de nuvem tóxica de amônia e as
explosões.
RISCOS DOS SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO

São causas de acidentes:

• falhas no projeto do sistema de refrigeração

• danos aos equipamentos provocados pelo


calor, corrosão ou vibração
• manutenção inadequada ou ausência de
manutenção de seus componentes, como
válvulas de alívio de pressão, compressores,
condensadores, vasos de pressão,
equipamentos de purga, evaporadores,
tubulações, bombas e instrumentos em geral.
É importante observar que mesmo os
sistemas mais bem projetados podem
apresentar vazamentos de amônia, se
operados e/ou mantidos de forma
precária.
CAUSAS FREQUENTES DE VAZAMENTOS

• abastecimento inadequado dos vasos;

• falhas nas válvulas de alívio, tanto mecânicas


quanto por ajuste inadequado da pressão;

• danos provocados por impacto externo por


equipamentos móveis, como
empilhadeiras;
• corrosão externa, mais rápida em condições
de grande calor e umidade, especialmente nas
porções de baixa pressão do sistema;

• rachaduras internas de vasos que tendem a


ocorrer nos/ou próximo aos pontos de solda;

• aprisionamento de líquido nas tubulações,


entre válvulas de fechamento;
• excesso de líquido no compressor;

• excesso de vibração no sistema, que pode levar


a sua falência prematura.
GESTÃO SEGURA DE SISTEMAS DE
REFRIGERAÇÃO:

• A segurança de uma instalação de refrigeração por


amônia sustenta-se em fatores:

• projeto apropriado, orientado por normas e códigos


de engenharia;

• manutenção eficaz;

• operação adequada.
• Para a gestão de segurança e saúde em
instalações de refrigeração por amônia, deve-se
incluir:

• informações de segurança do processo;

• análises dos riscos existentes;

• procedimentos operacionais e de emergência;


• capacitação de trabalhadores;

• esquemas de manutenção preventiva;

• mecanismos de gestão de mudanças e


subcontratação;

• auditorias periódicas;

• investigação de incidentes.
CUIDADOS NA INSTALAÇÃO:

• capacitação de trabalhadores;

• esquemas de manutenção preventiva;

• mecanismos de gestão de mudanças e


subcontratação;

• auditorias periódicas;

• investigação de incidentes.
• os escapamentos dos dispositivos de alívio de
pressão devem localizar-se em altura e distante
de portas, janelas e entradas de ar – o ideal é
mantê-los acima do telhado e pelo menos a 5
metros acima do nível do solo e a mais de 6
metros de distância de janelas, entradas de ar
ou portas;
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

A armazenagem de amônia deve ser feita


preferencialmente em área coberta, seca,
ventilada, com piso impermeável e afastada de
materiais incompatíveis, recomendando-se a
instalação de diques de contenção
Considerando o risco envolvido, todas as
instalações onde existe amônia devem sofrer
processo periódico de inspeção para verificação de
suas condições. Recomenda-se uma inspeção
visual em todos os pontos críticos – soldas, curvas,
junções, selos mecânicos – pelo menos a cada 3
meses.
Tanques e reservatórios devem passar por
inspeção de segurança completa, nos prazos
máximos previstos na legislação (NR-13),
recomendando-se radiografia de soldas e testes
de pressão.
Todos as etapas da manutenção do sistema
devem ser cuidadosamente especificadas e
adequadamente registradas, definindo-se
procedimentos específicos para operações de
risco, tais como a purga de óleo do sistema, a
drenagem de amônia e a realização de reparos
em tubulações.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO:

Pontos essenciais em relação à prevenção


coletiva da exposição a amônia incluem:

• manutenção das concentrações ambientais a


níveis os mais baixos possíveis e sempre
abaixo do nível de ação (NR-9), por meio de
ventilação adequada;

• implantação de mecanismos para a detecção


precoce de vazamentos.
Outras medidas de proteção coletiva incluem a
sinalização adequada dos equipamentos e
tubulações, a existência de saídas de
emergência mantidas permanentemente
desobstruídas e adequadamente sinalizadas, e a
instalação de chuveiros de segurança e lava-
olhos.
Sistemas apropriados de prevenção e combate a
incêndios devem estar presentes e em perfeito
estado de funcionamento. O ideal é a instalação
de sprinkler sobre qualquer vaso grande de
amônia para mantê-lo resfriado, em caso de fogo.
Instalações elétricas à prova de explosão são
desejáveis.
As empresas devem possuir equipamentos básicos
de segurança pessoal para cada trabalhador
envolvido diretamente com a planta, dispostos em
locais de fácil acesso e fora da sala de máquinas:

• uma máscara panorâmica com filtro de amônia;


• equipamento de respiração autônomo;
• óculos de proteção ou protetor facial;
• um par de luvas protetoras de borracha (PVC);
• um par de botas protetoras de borracha (PVC);
• uma capa impermeável de borracha e/ou calças e
jaqueta de borracha.
Amônia
Capacitação e Treinamento:

Os sistemas de refrigeração por amônia devem ser operados


por profissional qualificado, com certificado de treinamento,
conforme o disposto na NR-13.

Todos os que trabalham no estabelecimento, inclusive


terceiros, devem ser suficientemente informados sobre os
riscos existentes e as medidas de controle e, treinamento para
as ações de emergência e de evacuação de área. É necessária a
previsão de treinamentos especiais para os que operam,
inspecionam e mantêm o sistema, assim como para os
trabalhadores próximos aos equipamentos, e os que operam
equipamentos móveis, como empilhadeiras.
Capacitação e Treinamento:

Os operadores devem ter conhecimentos completos sobre o


sistema, incluindo compressores, válvulas de controle
automático, de isolamento e de alívio de pressão, controles
elétricos e mudanças de temperatura e pressão. Devem saber
que partes do sistema requerem manutenção preventiva e como
realizá-la de forma segura, além de como observar e avaliar o
sistema para identificar sinais de problemas, como vazamentos
e vibração.
Os sistemas de refrigeração industrial
atualmente utilizados em larga escala,
fundamentam-se na capacidade de algumas
substâncias, denominadas agentes
refrigerantes, absorverem grande quantidade
de calor quando passam do estado líquido
para o gasoso.
T>T2

T<T2

T Vapor
6 Superaquecido
5 T
Linha de
4 condensação
3
Condição
azeotrópica
2

Linha de
1 vaporização

0 1 Concentração
0 1 Concentração

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