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TÉCNICO EM REFRIGERAÇÃO E

AR CONDICIONADO

AR CONDICIONADO
CARGA TÉRMICA
Carga Térmica

1.0 introdução

A função básica de um sistema de condicionamento


de ar é manter:

• Condições de conforto para o homem;

• Condições requeridas por um produto ou processo


industrial.
Carga Térmica

Para atender uma ou outra destas


necessidades deve-se instalar um
equipamento com capacidade adequada. Esta
capacidade é determinada pelos picos
instantâneos de carga térmica. Geralmente, é
impossível medir o pico real de carga térmica
em um dado recinto; por isto normalmente
estas cargas são estimadas.
Carga Térmica

Denomina-se carga térmica ao calor (sensível


ou latente) a ser fornecido ou extraído do ar,
por unidade de tempo, para manter no
recinto as condições desejadas. Esta
quantidade de calor é calculada para duas
condições, de modo a nunca termos situações
de desconforto térmico nas épocas críticas do
ano.
Carga Térmica

Para um dimensionamento correto dos


equipamentos do sistema de ar condicionado,
calcula-se a carga térmica.
Carga Térmica

A carga térmica varia com a estação:

 Carga térmica de verão

 Carga térmica de inverno


Carga Térmica

Características do
Recinto
Carga Térmica
2.0 Características do Recinto

a) Orientação da construção. Localização do


recinto a ser condicionado com relação a:

• Posição geográfica - efeitos do sol e vento;


• Efeitos de sombreamento de estruturas
vizinhas;
•Superfícies refletoras - água areia,
estacionamentos, entre outras.
Carga Térmica

b) Uso do recinto:
• Escritório, residencial, hospital, comercial,
industrial, etc.

c) Dimensões físicas do recinto:


• Comprimento, largura e altura.

d) Materiais de construção:
• Materiais e espessuras de paredes, teto,
assoalho, divisórias, entre outros.
Carga Térmica
e) Condições exteriores:
• Cor exterior de paredes e telhados, forros
ventilados ou não, espaços condicionados ou
não, temperaturas os ambientes;

f) Janelas:
• Tamanho e localização, caixilho em madeira
ou metal, tipo de vidro, tipo de
equipamento para sombreamento (toldo,
cortina, etc.)
Carga Térmica
g) Portas:
• Localização, tipo, tamanho e freqüência
de uso;

h) Elevadores e escadas:
• Localização e temperatura se forem ligados a
ambientes não condicionados;

i) Pessoas:
• Número, horas de permanência, natureza da
atividade;
Carga Térmica
l) Iluminação:
• Tipo (fluorescente ou incandescente)

m) Motores:
• Localização e potência nominal;

n) Equipamentos eletrônicos e outras cargas


Carga Térmica

Fatores Que Influenciam na Carga


Térmica do Ambiente
Carga Térmica
3.0 Fatores Que Influenciam na Carga Térmica
do Ambiente

a) Insolação pelos vidros das janelas, insolação


sobre paredes e telhados;

b) Transferência de calor devido à diferença de


temperatura entre partes externas e o
ambiente a ser condicionado, através de
paredes, vidros de janelas, telhado e assoalho
Carga Térmica
c) Transferência de calor devido à diferença de
temperatura entre partes internas não
condicionadas e o ambiente a ser condicionado;

d) Calor de iluminação e de equipamentos;

e) Calor de ocupantes (sensível e latente);

f) Ar de ventilação;

g) Infiltração de ar e umidade.

h) Ganho de calor em dutos


Carga Térmica
3.1 Insolação
Na Figura 5.1 apresenta-se o efeito da inclinação da
terra em várias épocas do ano.
Carga Térmica

Na Figura 5.2 mostra-se a posição relativa da terra


em relação aos raios solares para o solstício de verão
do hemisfério sul.
Carga Térmica
Mostra-se, esquematicamente, na Figura 5.3 um
caminho aparente do sol e definem-se os ângulos
azimute φ solar e altitude solar β. O ponto P
representa a posição de um observador na superfície
da terra para uma dada latitude.
Carga Térmica

Freqüentemente, existe a necessidade de se


determinar a sombra projetada por prédios
vizinhos, marquises e paredes. Lembrando que a
sombra só reduz o ganho de radiação direta (Ie),
conclui-se que a radiação solar total incidente sobre
uma fachada sujeita a sombreamento é dada por:

I t  I e .FS  I d

A FS  fator de sombra
FS  1  s
A As  área sombreada
A  área total da fachada
Carga Térmica
3.1.1 Sombreamento Lateral

φ  azimute solar

φ p  azimute da parede

γ  φ  φp
y
tgγ   y  x.tg γ
x

As  zy

As  z.x.tgγ
Carga Térmica
3.1.2 Sombreamento Superior

As  y.O B
OB
tgβ  '
 OB  A' Btgβ
AB

OB
tgβ  '
 OB  A' Btgβ
AB
tg β
As  y.x.
cos γ
Tabela 15
Carga Térmica
3.2 Insolação Através de Vidros
O ganho de calor devido à radiação solar através de
vidros depende da localização na superfície da terra
(latitude), da hora do dia, da direção da fachada da
janela. Quando a radiação solar atinge a superfície
do vidro, ela é parcialmente absorvida, parcialmente
refletida, e parcialmente transmitida, conforme
indicada na Figura.
Carga Térmica

A quantidade de energia refletida ou transmitida através de


um vidro depende do ângulo de incidência (θ). No caso de um
vidro comum e limpo, para ângulo de incidência de 30º, tem-
se:
α = 0,06 τ = 0,86 ρ = 0,08
α é a absortância, τ é a transmitância e ρ é a refletância.
Carga Térmica

Determinar o pico de radiação solar para uma fachada norte


com janelas de esquadrias de alumínio, localizada no Rio de
Janeiro (latitude = 22º55.S, longitude = 43º12.W)?

Solução: Pela análise da Tabela 6, conclui-se que a fachada


norte (20ºS) tem o máximo de radiação solar em junho e o valor
é 404 kcal/h.m2.

Consultando a Tabela 6 para 20OS, fachada norte e mês de


junho, tem-se:
It =404kcal / h.m2 e no dia 21 de junho às 12h
Carga Térmica

Correções para It:


1. O valor de It tem que ser corrigido pois a esquadria é de
alumínio e não de madeira: Fator = 1,17

2. A segunda correção seria pelo escurecimento da atmosfera


devido a contaminação (Haze):
Correção nula, pois considerou-se que não há poluição

3. A terceira correção seria pela altitude;


Correção nula, pois o Rio de Janeiro está ao nível do mar.
Carga Térmica

4. Ponto de Orvalho ( Para o Rio de Janeiro, tem-se To =


24,4ºC):
Reduzir em 5% o valor de It para cada 10ºC acima de 19,5ºC,
assim:

24,4 >19,5 fator = 1-0,05(4,9/10) = 0,975

5. Correção devido a proximidade do sol:

Não há correção, pois o mês é junho.


Logo valor de It corrigido será:

Itmax = 1,17. 0,975. 404 = 461,1 kcal /h.m²


(dia 21 de Junho às 12h).
Carga Térmica

As  y.O B
Carga Térmica
4.0 Armazenamento de Calor
Os processos normais de estimativa de carga térmica
baseados no cálculo instantâneo de calor recebido
pelo ambiente, conduz a seleção de um equipamento
com capacidade de remover calor nesta taxa.
Geralmente, o equipamento assim escolhido é capaz
de manter temperaturas menores do que as de
projeto. Análise e pesquisas mostraram que uma das
razões para isto é o armazenamento de calor pela
estrutura.
Carga Térmica

Na Figura 4.7 mostra-se a relação entre a radiação


solar instantânea que penetra em um ambiente em
função da hora e a carga térmica real para o período
de 24 h de funcionamento do equipamento.
Carga Térmica
A curva mais elevada da Figura 4.9 representa o
ganho instantâneo de radiação solar enquanto as
outras curvas são as cargas térmicas reais para
construções leve, média e pesada, respectivamente.
Carga Térmica
Nas Tabelas 7, 8 e 11 apresentam-se valores do fator
de armazenamento de calor (a) para o ganho de
radiação solar através de vidros. Os valores das
tabelas são dados em função de:

• Localização (latitude sul ou norte)


• Exposição da fachada;
• Hora solar;
• Tipo de construção: - Leve (150 kg /m2 )
- Média (500 kg /m2 )
- Pesada (750 kg /m2 )
Carga Térmica
Nas Tabelas 7, 8 e 11 apresentam-se valores do fator
de armazenamento de calor (a) para o ganho de
radiação solar através de vidros. Os valores das
tabelas são dados em função de:

• Localização (latitude sul ou norte)


• Exposição da fachada;
• Hora solar;
• Tipo de construção: - Leve (150 kg /m2 )
- Média (500 kg /m2 )
- Pesada (750 kg /m2 )
Carga Térmica
Assim levando-se em conta o armazenamento de
calor, conclui-se que a carga térmica real devido ao
ganho de calor através de vidros será:

Carga Térmica Sensível Real = It A ϕ a

A = Área envidraçada externa;


It = Intensidade de radiação (Tabela 15 e correções);
ϕ = Fator de redução do vidro (Tabela 16);
A = Fator de armazenamento (Tabelas 7, 8 ou 11);
Tabela 15
A Tabela 7 apresenta o fator de armazenamento (a), considerando-se que o vidro
tem sombreamento interno .internal shade., isto é, persianas, cortinas, e 24 horas
de funcionamento do sistema de ar condicionado com temperatura constante no
ambiente.
Na Tabela 8 apresenta-se o fator de armazenamento (a) para vidros sem
sombreamento externo (external shade), isto é, toldos, brises, marquises, e 24
horas de funcionamento do sistema de ar condicionado com temperatura
constante no ambiente.
Na Tabela 11 apresentam-se valores para o fator de armazenamento (a) tanto para
vidros sombreados como não sombreados, sendo que neste caso consideram-se
apenas 12 horas de funcionamento diário do sistema de ar condicionado com
temperatura constante no ambiente.
Carga Térmica
5.0 Insolação nas paredes externa
A técnica para o cálculo desta componente de carga
térmica é baseada no conceito de TEMPERATURA
SOL-AR. A temperatura sol-ar é a temperatura do ar
exterior, que na ausência de todas as trocas radiantes,
seria capaz de fornecer um fluxo de calor ao recinto
condicionado igual ao que existiria na realidade,
devido à combinação da radiação solar incidente, das
trocas radiantes com o meio ambiente, e das trocas
convectivas com o ar exterior.
Na prática o cálculo é feito pela diferença de
temperatura equivalente, a qual é dada na Tabela 19.
Assim, tem-se:
Carga Térmica

Ganho de Calor Solar Sensível sobre Paredes


U A Δte

U= Coeficiente global de transferência de calor através


da parede;

A = Área da parede;

Δte = Diferença de Temperatura Equivalente


(Tabelas 19 e correções). O valor de Δte inclui
a diferença de temperatura devido a insolação e a
transmissão de calor, simultaneamente.
Carga Térmica

ΔTe é retirado da Tabela 19 em função de:

• Exposição da fachada;

• Hora solar;

• Peso da parede.
Carga Térmica

Paredes de Tijolos Maciços


10 cm → 160 kg /m² (32,7lb/ft²) (inclusive revestimento)
15 cm → 240 kg /m² (49 lb /ft² )
25 cm → 400kg /m² (81,5 lb /ft²)

• Paredes de Tijolos Furados


10 cm → 120 kg/m² (24,4lb/ft²) (inclusive revestimento)
15 cm → 180 kg /m² (36,8 lb/ft²)
25 cm → 300kg /m² (61,2 lb/ft²)

• Paredes de concreto ou Pedra


10 cm → 245 kg/m² (50lb/ft² (inclusive revestimento)
25 cm → 612kg /m² (125 lb /ft²)
Carga Térmica
6.0 Insolação sobre telhados
Esta parcela também é calculada com o conceito de
temperatura sol-ar. Na prática o cálculo é feito pela
diferença de temperatura equivalente dada pela
Tabela 20. Assim:

Ganho de Calor Solar Sensível sobre Telhados =


U A ΔTe
Carga Térmica

U = Coeficiente global de transferência de calor


através do telhado; (Ver Tabela)

A = Área projetada do telhado;

Δte = Diferença de Temperatura Equivalente


(Tabelas 20 e correções)
Carga Térmica

ΔTe é retirado da Tabela 20 em função de:

• Condição do teto;

• Hora solar;

• Peso do teto

Como as Tabelas 19 e 20 foram elaboradas para


situações específicas, seus valores devem ser
corrigidos, quando o caso em análise apresenta
condições diferentes da listadas abaixo:
Carga Térmica
• Superfícies escuras;

• Amplitude Diária de 11 °C (Amplitude Diária de


Temperatura, ou “Daily Range”, é a diferença entre as
temperaturas de bulbo seco máxima e mínima para
um dia típico de projeto (período de 24 horas)

• Diferença entre a temperatura externa e interna


(Text . Tint) de 8ºC

• Latitude de 40º S, para as 15:00 horas do mês de


janeiro (ou 40º N, 15:00 horas, julho).
Carga Térmica
Correções:

a) (Text - Tint) ≠ 8 °C ou Amplitude Diária ≠ 11 °C,


tem-se:
(ΔTe)corrigido = (ΔTe)+ Correção da Tabela 20a

b) Latitudes diferentes de 40º S e/ou meses diferentes


de janeiro.

O valor( ΔTe ), para qualquer parede ou telhado em


qualquer latitude e mês é dado por:
Carga Térmica

Rs
(Te )  (Te ) s  b (Te ) m  (Te ) s 
Rm
Carga Térmica

(Te )  Diferença de Temperatura Equivalente para o mês,


hora do dia e latitude Considerada;

(Te ) s  Diferença de Temperatura Equivalente para a mesma


parede ou telhado na sombra e hora do dia desejado,
corrigido para as condições de projeto.

(Te ) m  Diferença de Temperatura Equivalente para a parede


ou telhado exposto ao sol e hora do dia desejado,
corrigido, para as condições de projeto.

Radiação solar máxima através de vidros para a


Rs  fachada da parede ou para a horizontal, no caso de
telhados, para o mês e latitude desejados (Tabela 6);
Carga Térmica

Rm  Radiação solar máxima através de vidros para a


fachada da parede ou para a horizontal, no caso de
telhados, para o mês de para janeiro, 40º S (para o
hemisfério norte devem ser utilizados os valores
relativos a julho a 40ºN).

b Coeficiente que considera a coloração da parede


exterior. Assim, para paredes escuras (azul escuro,
verde escuro, marrom escuro, etc...) b é igual a 1,0.
Para paredes de cor média (verde claro, azul claro,
etc...) b é igual a 0,78, e para paredes claras (creme,
branco,etc) b é igual a 0,55.
Carga Térmica
7.0 Transmissão de Calor devido à diferença de
Temperatura
7.1 Vidros externos
Ganho de Calor Sensível = U A (Text − Tint )

U = Coeficiente global de transferência de calor,


tabelado tanto para verão como inverno.
A = Área envidraçada;

Text = Temperatura do ar exterior;

Tint = Temperatura do recinto


Carga Térmica

7.2 Vidros internos


Ganho de Calor Sensível = U A (Text − Tint -3 °C)

U = Coeficiente global de transferência de calor,


tabelado tanto para verão como inverno.

A = Área envidraçada;

Text = Temperatura do ar exterior;

Tint = Temperatura do recinto


Carga Térmica

7.3 Paredes internas


Ganho de Calor Sensível = U A (Text − Tint -3 °C)

U = Coeficiente global de transferência de calor


tabelado para diversos materiais e dimensões
de parede;

A = Área da parede;

Text = Temperatura do ar exterior;

Tint = Temperatura do recinto


Carga Térmica

7.4 tetos e pisos


Ganho de Calor Sensível = U A (Text − Tint -3 °C)

U = Coeficiente global de transferência de calor


tabelado para diversos materiais e dimensões de
lajes;

A = Área do teto ou piso;

Text = Temperatura do ar exterior;

Tint = Temperatura do recinto


Carga Térmica

7.4 tetos e pisos


Ganho de Calor Sensível = U A (Text − Tint -3 °C)

U = Coeficiente global de transferência de calor


tabelado para diversos materiais e dimensões de
lajes;

A = Área do teto ou piso;

Text = Temperatura do ar exterior;

Tint = Temperatura do recinto


Carga Térmica

8.0 Carga de Iluminação


8.1 Lâmpadas incandescente

Ganho de calor Sensível = n PL 0,86 (kcal/h)

n = número de lâmpadas;

PL = Potência da lâmpada, em watts.


Carga Térmica

8.2 Lâmpadas fluorescente


Deve-se considerar a carga das lâmpadas e dos
reatores:

Ganho de calor Sensível = n (1+ r) PL 0,86 em kcal/h

n = número de lâmpadas;
PL = Potência da lâmpada, em watts.
r = corresponde a porcentagem de calor dissipado
pelos reatores, sendo igual a:
r = 0,250 para reatores eletromagnéticos.
r = 0,075 para reatores eletrônicos.
Carga Térmica

9.0 Carga dos ocupantes


Em função do grau de atividade e da
temperatura de bulbo seco os ocupantes
dissipam calor sensível e latente. Consultar o
manual da ASHRAE - Fundamental ou a
norma ABNT-NBR16401, para as indicações de
calor liberado.
Carga Térmica

10 0 Carga de Motores Elétricos


10.1 Motor e máquina se encontram nos
recintos

Ganho de Calor Sensível = (HP.641/η) (kcal/h)

η = rendimento do motor;

HP = Potência do motor (HP).


Carga Térmica

10.2 Apenas a máquina se encontra no recinto.

Ganho de Calor Sensível = HP.641 (kcal/h)

10.3 Só o motor se encontra no recinto.

Ganho de Calor Sensível = H(P.641/η) (1- η) (kcal/h)


Carga Térmica

11 0 Equipamentos Eletrônicos

A potência nominal de todos os equipamentos


eletrônicos existentes no ambiente, tais como,
máquinas de escrever, equipamentos de som e vídeo,
computadores, impressoras, entre outros, deverá ser
considerada como carga térmica sensível para o
ambiente. Sendo o ganho de calor é dado por:

Ganho de Calor sensível = Σi Peq,i 0,86 em kcal/h

Peq,i Potência nominal do equipamento i, em watts.


Carga Térmica

Psicrometria
Carga Térmica

1.0 Cálculo psicrométrico

De maneira geral, as instalações de ar condicionado


são compostas por: equipamento que promove o
condicionamento do ar, dutos de insuflamento de ar
nos recintos, dutos para retorno do ar dos recintos;
dutos de exaustão de ar; e dutos de renovação de ar.
Na Figura apresenta-se o desenho esquemático de
uma instalação de ar condicionado.
Carga Térmica
Carga Térmica
e = ar nas condições exteriores (ar de renovação ou
ventilação);

i = ar nas condições internas do ambiente;

m = ar nas condições de mistura do ar de retorno e de


ventilação;

s’ = ar nas condições de insuflação após sair do


condicionador;

Vm = vazão de ar de insuflação;
Carga Térmica
ṁ = vazão em massa

Vi = vazão de ar de retorno;

Ve = vazão de ar de ventilação;

Qs = carga térmica sensível interna do ambiente;

Qi = carga térmica latente interna do ambiente.


Carga Térmica

Existem variantes de equipamentos que podem


atender aos objetivos de condicionamento do ar em
função das necessidades do ambiente, tanto no que
diz respeito a temperatura e umidade como em
termos de limpeza do ar.

O ar fornecido ao recinto condicionado deve ter


baixa entalpia e baixa umidade para compensar as
adições de calor e umidade do recinto devido às
fontes internas e externas. A vazão de ar de
ventilação Ve é sempre conhecida e encontra-se
tabelada de acordo com o uso do ambiente e número
de ocupantes do recinto (ABNT NBR16401).
Carga Térmica

A carga térmica sensível interna do ambiente inclui:


calor conduzido através da estrutura, radiação
através de janelas e calor sensível liberado por fontes
internas. As fontes de carga térmica latente são as
pessoas, equipamentos que liberam umidade e
migração de umidade através da estrutura (paredes
permeáveis).
Os valores de Qs e Qi também incluem o calor
sensível e latente do ar de infiltração do recinto, mas
não inclui o calor que é adicionado ao sistema de ar
condicionado pelo ar de ventilação ou renovação.
Carga Térmica

1.1 Curva de carga do recinto

O ar ao ser insuflado no ambiente, nas condições s’,


deve ter certas propriedades quecombinadas
satisfaçam as equações (5.33) e (5.34) ao mesmo
tempo, isto é, o aquecimento sensível do ar insuflado
será igual a carga térmica sensível interna (Qs),
enquanto que o ganho de calor devido a umidade
será igual a carga térmica latente interna (Qi).

Logo para o aquecimento sensível, tem-se:


Carga Térmica

m m.(Ti − Ts’).cp = Qs

Considerando a ar padrão.

1,2Vm(Ti − Ts’).cp = Qs (1)

Para o ganho de calor devido a umidade tem-se:

m m.(Wi −Ws’).hlv = Qi

Vmρa (Wi −Ws’). hlv = Qi (2)


Carga Térmica

Dividindo (1) por (2).

(Ti  Ts ' )Q s c p



(Wi  Ws" ) Q l hlv

Esta equação representa uma reta na carta


psicrométrica que une os pontos (i) e (s’)

Q s c p
Ws"  Wi  (Ti  Ts ' )

Ql hlv

Curva da carga do recinto


Carga Térmica

Outra forma de indicar a relação entres as carga


latente e sensível. É através do fator de calor sensível
(fsc). O outro fator de calor sensível é definido por:

Q s Q s
fcs   
Qi Qs  Q i

Valores elevados do fator de calor sensível


correspondem à pequena carga latente e a curva de
carga menos inclinada. Valores típicos do fator de
calor sensível variam entre 0,60 a 0,85.
Carga Térmica

Uma loja tem comercial tem carga térmica sensível


de 150000 kJ/h e carga térmica latente de 45000 kJ/h,
devido a fontes internas e externas, não incluindo o
ar de ventilação. A loja é mantida a 24ºC e 50% de
umidade relativa.

Determinar:
a) O fator de calor sensível; e
b) A temperatura na interseção da reta de carga com
a linha de saturação (UR=100%)

Obs: Utilizar a carta psicrométrica.


Carga Térmica

Q s Q s 150000
fcs       0,77
Qi Qs  Qi 150000  45000

fcs  0,77
Carga Térmica

Para facilitar o traçado da reta de carga basta


tomarmos dois pontos. Um ponto já conhecido, ou
seja, o ponto que corresponde às condições internas
(i). O outro será arbitrado de tal forma que a
equação da reta de carga seja satisfeita. Assim, para
o ponto (y) a temperatura de 15ºC, calcula-se a
entalpia do ponto (y), isto é Iy :

Q s m c p (Ti  Ts ' ) c p (Ti  Ts ' ) 1,004(24.0  15,0)


fcs      0,77

Qi m ( I i  I s ' ) ( I i  I s' ) (48  I y )
Carga Térmica
hy  36,3 kJ / kg

Do diagrama psicrométrico: Ts’= 9,5 °C


Com os pontos i e y pode-se então traçar na carta
psicrométrica a curva de carga para o recinto e
determinar-se a temperatura Ta’, assim tem-se:
Carga Térmica

1.3 Condicionamento de Ar de Verão

Normalmente no verão Te > Ti e We > We > Wi,


considerando o sistema de ar condicionado padrão
da Figura abaixo tem-se a evolução na carta
Para facilitar o traçado
psicrométrica dada na Figura seguinte.
Carga Térmica

Para facilitar o traçado

Ar condicionado padrão
Carga Térmica

e = ar nas condições exteriores (ar de renovação ou


ventilação)

I = ar nas condições internas do ambiente;

m = ar nas condições de mistura do ar de retorno e de


ventilação;

S’ = ar nas condições de insuflação após sair do


condicionador;

m = vazão em massa
Carga Térmica

O ar entra na serpentina na condição m e sai na


condição s’. Assim, tem-se:

ms′ = evolução do ar na serpentina;

s′i = evolução do ar no interior do ambiente


condicionado;

s’ = condição em que o ar é insuflado (saída do


condicionador);

a = ponto de orvalho do aparelho (ADP)


Carga Térmica

A condição s’ poderia ser obtida pela mistura de uma


quantidade de ar na condição m com uma quantidade
de ar na condição a. Lembrando que a vazão de ar em
s’ é Vm , pode-se mostrar Que:

as '
Vm  Parcela de ar que ao passar pela serpentina
am permaneceu na condição m

s 'm
Vm  Parcela de ar que ao passar pela serpentina
am permaneceu na condição a
Carga Térmica

Assim pode-se calcular o .Fator de bypass. ou Desvio


(b), através dos segmentos de reta, mostrados na
figura acima.
as '
Vm
as '
f  am  f 
Vm am

Da mesma forma pode-se definir o Fator de Contato.:

s' m
(1  f ) 
am
Carga Térmica

Considere que no exemplo 3.1 a loja seja servida por


uma instalação de ar condicionado. Condições a serem
mantidas na loja: 24,0ºC e 50% UR. No sistema são
empregados 25% de ar, nas seguintes condições:
Temperatura de Bulbo Seco = 33,0ºC e Umidade
Relativa = 60%. O ar é insuflado na sala com uma
temperatura 6ºC abaixo daquele que deve ser mantida
na vsala. Pede-se calcular:

a) O esquema na carta psicrométrica mostrando a


evolução
Carga Térmica

b) A vazão de ar insuflado;

c) As cargas térmicas (sensível e latente); e

d) O peso de água retirada pelo condicionador na


desumidificação do ar.

Obs: Utilizar a carta psicrométrica.


Carga Térmica

Solução a.
Carga Térmica

b) Qs = m.cp.(Ti − Ts’) 150000 = m .1,004.(24,0 −18,0)


m = 24900 kg/h

Vm= (m/ρar ) = (24900/1,16) = 21465 m³/h

c) Da carta pode ser medido geometricamente o valor


do segmento ie = 7,0cm , lembrando que:

im/ie = 0,25 im – 1,75 então Tm = 26.3 °C


Carga Térmica

hm = 56,0 kJ/kg
hs’ = 40,0 kJ/kg
Wm = 1,60 gh20/kgar seco
Ws’ = 8,5 gh20/kgar seco

Assim, tem-se:
Q 189061,5 kJ/h
1000
Q m. .(W W ) 24900.2449,3. (11,6 8,5)
Q 24900.1,004.(26,3 18) Q 207496,7 kJ/h
Q m.c .(T T )
Cálculo da carga térmica

1. Insolação e transmissão externa

1.1 - Insolação Através de Vidros

It = Intensidade da radiação máxima para o dia


desejado (Tabela 15 e correções)
A = Área envidraçada (m²)
φ = Fator de redução do vidro (Tab. 16 - Anexo IV .
Tabelas)
a = Fator de armazenamento (Tab. 7, 8, 9 ou 11 -
Anexo IV . Tabelas).
Cálculo da carga térmica

1. Insolação e transmissão externa

1.2 - Transmissão de Calor Através Vidros Externos


.
Q 2  U A (TTEX  TINT )

U = coeficiente global para a parede externa (U é


tabelado para as condições de verão ou
inverno (consultar Anexo IV . Tabelas).
A = Área envidraçada (m²)
Text = Temperatura externa (°C)
Tint = Temperatura interna (°C)
Cálculo da carga térmica

1. Insolação e transmissão externa


1.3 - Insolação e Transmissão de Calor Através de
paredes Externas
.
Q 3  U A TE

U = Coeficiente global para parede externa (Anexo


IV . Tabelas)
A = Área da parede (m²)
ΔTe = Diferença de temperatura equivalente (Tab.
19 + Correções - Anexo IV . Tabelas
Cálculo da carga térmica

1. Insolação e transmissão externa


1.4 - Insolação e Transmissão Através de Telhados
.
Q 4  U A TE

U = Coeficiente global para parede externa (Anexo


IV . Tabelas)
A = Área do telhado projetada (m²)
ΔTe = Diferença de temperatura equivalente (Tab.
19 + Correções - Anexo IV . Tabelas
Cálculo da carga térmica

1. Insolação e transmissão externa


Ganho total de calor devido a insolação e transmissão
externa

. . . .
1  Q1  Q 2  Q 3  Q 4
Cálculo da carga térmica

2. Transmissão de calor através de partes internas


2.1 – Vidros internos
.

Q  U A (T  T  3 C)
1 TEX INT

(consultar Anexo IV . Tabelas)


Cálculo da carga térmica

2. Transmissão de calor através de partes internas


2.2– Paredes internas (divisórias)
.

Q  U A (T  T  3 C)
2 TEX INT

U = Coeficiente global (consultar Anexo IV .


Tabelas)
A = Área da Parede (Desprezam-se as áreas das
portas e janelas)
Obs: Só ocorrerá a transmissão de calor através do
vidro ou da parede se um ou outro estiver entre o
ambiente condicionado e o não condicionado (NC)
Cálculo da carga térmica

2. Transmissão de calor através de partes internas


2.3 Lages e Pisos (Assoalhos)
.

Q  U A (T  T  3 C)
3 TEX INT

U = Coeficiente global (consultar Anexo IV .


Tabelas)
A = Área do piso ou do teto)

Obs: Só ocorrerá a transmissão de calor através do piso


e lajes se ambiente adjacente não estiver condicionado
Cálculo da carga térmica

2. Transmissão de calor através de partes internas


Ganho total de calor devido a transmissão entre
partes internas é:

. . .

 Q Q Q
2 1 2 3
Cálculo da carga térmica

3. Cargas internas
3.1. Iluminação
• Lâmpadas incandescente
.
Q 7  n PL 0,86

n = número de lâmpadas;
PL = Potência da lâmpada, em watts.
Cálculo da carga térmica

3. Cargas internas
a. Iluminação
• Lâmpadas fluorescente
.

Q  n (1  r) P 0,86
4 L

n = número de lâmpadas;
PL = Potência da lâmpada, em watts.
r = corresponde a porcentagem de calor dissipado
pelos reatores, sendo igual a:
r = 0,250 para reatores eletromagnéticos.
r = 0,075 para reatores eletrônicos
Cálculo da carga térmica

3. Cargas internas
b. Calor Sensível Liberado Pelos Ocupantes
.

Q n S
5

n = Número de pessoas
S = Calor sensível liberado por ocupante que
depende da temperatura do ambiente e da
atividade – ABNT NBT16401
Cálculo da carga térmica

3. Cargas internas
Ganho total de calor devido a cargas internas é:

. . .

 Q Q Q
3 4 5 6
Cálculo da carga térmica

3. Cargas internas
A carga térmica sensível interna do recinto será
dada por:
. .

   
4
1 2
3
Cálculo da carga térmica

4. Calor Latente Interno do Recinto


a – Calor Latente Interno do Recinto

  N L  outros
5

N = Número de ocupantes
L = Calor latente liberado por ocupante
(NBR16401 ou Anexo IV . Tabelas)

Outros = Outras fontes latentes, como por


exemplo, cafeteiras, pratos de comida, lagos, , etc;
Cálculo da carga térmica

5. Outros Ganhos de Calor Sensível

Ganho de calor nos dutos 5% de Σ4 nos


casos normais
Vazamento de ar nos dutos

Calor do ventilador 5% de Σ4

Assim, estes componentes correspondem a 10% de Σ4

    10%
6
4 4
Cálculo da carga térmica

6. Carga Sensível do Ar Exterior Suposta no Recinto

Q SAef
c p , ar
V
ar, ext
ρ (T  T )b
ar ext int

Var,ext = Vazão de ar exterior de ventilação


b = Fator de bypass
Cálculo da carga térmica

7 – Carga Térmica Sensível Efetiva do Recinto

   Q
a 6 SAef
Cálculo da carga térmica

8 – Carga Térmica Latente do Ar Exterior Suposta


Incidente no Recinto

Q LAef
h V
lv ar, ext
ρ (W  W )b
ar ext int
Cálculo da carga térmica

9 – Carga Térmica Latente Efetiva do Recinto

    Q  0,05
b 5 SAef 5

Onde os 5:% adicionais em Σ5 , são por segurança


para compensar o ganho de umidade pelas paredes
Cálculo da carga térmica

10 – Carga Térmica Total Efetiva do Recinto

Calor total efetivo = Σa+Σb


Cálculo da carga térmica

11. Cargas Térmicas Removidas Diretamente No


Equipamento
.

Grande total        outros


10 a b

Σ10 = Carga térmica total da parcela de ar exterior


que é resfriada pelo condicionador
ρ (1  b)c (T  T )  h (W  W )
.

 10
V ar, ext ar p , ar EXT INT lv ext int

Σa + Σa = Calor total efetivo do recinto


Cálculo da carga térmica

Outros:

• Parte da insolação e transmissão através de teto que


foi absorvida pelo forro (20%)
• Parte da insolação e transmissão através de paredes
que foi absorvida pelo forro (20%)
• Parte da potência (carga térmica dos reatores)
dissipada no forro (20%)

Observação: Grande total é a potência frigorífica que o


condicionador deve ter para atender a carga térmica
total efetiva do recinto
Cálculo da Carga Térmica

Exemplo
Cálculo da Carga Térmica
Sala de recepção de uma empresa instalada
em uma casa, situada em Teresina – Piauí
(05° 05’ Sul e altitude de 79m).
Condições externas de projeto com 38° BS e
28° BU, amplitude diária (daily range) de
12,0°. O prédio é de pavimento único, com
forro em laje de concreto e cobertura de
telhas cerâmicas.
A iluminação é fluorescente com taxa de 20
W/m². A janela é metálica, os vidros são do
tipo comum e com proteção interna de
venezianas claras.
Cálculo da Carga Térmica
Cálculo da Carga Térmica

1.0 – Dados de Projeto:

Local: Teresina – Piauí ( 05° 05’ lat. Sul – 79m


de altitude);

∆T diário: 12,5°C;

Iluminação: 20 W/m²

Ocupação: 8 pessoas (8:00 as 20:00 hs);

Condições externas: 38 ° (BS) e 28 °C (BU);

Condições internas: 24 °C ±2 °C e 50% UR;


Cálculo da Carga Térmica

2.0 – Cálculos Iniciais:

2.1 – Dia e hora de projeto.

latitude: 0° Sul
Fachada oeste:

Tabela 6 setembro e março

Tabela 15 22 de setembro / 16:00 horas

It = 452 kcal/hm²
Tabela 15
Cálculo da Carga Térmica
2.2 – Correção da temperatura do ar em função da
hora e dia e do ∆T diário.

∆Tdia = 12 °C

TBS = 38 °C (às 15:00)

Tabela 2 corrige a temperatura exterior em


função da hora do dia e da
amplitude diária
Cálculo da Carga Térmica
Tabela 2 . Correções para a temperatura externa de projeto em função da hora considerada.
Cálculo da Carga Térmica
Tabela 3 . Correções para a temperatura externa de projeto em função do mês considerado.
Cálculo da Carga Térmica

HORA 14 15 16 17

Correção tab. 2 -0,5 0 -0,5 -1,7


Text BS 37,5 38 37,5 36,3
(Text – Tint) 13,5 14 13,5 12,3
Cálculo da Carga Térmica
2.3 – Correção da temperatura do ar em função da
hora e dia e do :

1.3 – Correção da insolação da fachada oeste.

16:00 hs → TBS = 37,5 °C


TBU = 28 °C

1.4 – Condições de projeto:

TBS = (37,5 - 1,5) = 36,0 °C (tab. 2)

TBU = (28 - 0,0) = 28,0 °C


Torv = 25,2 °C (carta psicrométrica)
Cálculo da Carga Térmica
Correção da insolação pela temperatura de orvalho

 25,2  19,5 
( I t ) cor  452. 1
,17 .1  .0,05   515,19 kcal/hm²
Janelas 
10
        
metálicas
To rv 19, 5 C
Cálculo da Carga Térmica
3.0 – Fontes externas

3.1 – Insolação através de vidros


.
Q1  It A φ a
It = 515,19 kcal/hm²
A = 1,5 x 1,5 = 2,25m²
ρ = ( fator de redução do vidro/ comum
com proteção clara - tabela 16) = 0,56
a = (fator de armazenamento) = 0,72

Q1 = 515,19x2,25x0,56x0,72

Q1 = 467,38 kcal/h
Cálculo da Carga Térmica
3.2 – Transmissão através de vidros externos
.
Q2  UA Te

U = 5,0 kcal/h.m.°C
A = 1,5x1,5 = 2,25 m²
ΔTe = (36 – 24) = 12 °C

Q2 = 5,0 x 1,50 x1,5 x 12

Q2 = 135 kcal/h
Cálculo da Carga Térmica
3.3 – Insolação e transmissão de calor através das
paredes externas
.
Q3  UA Te

U = (Parede externa tijolo furado, meia vez com


10 cm e revestimento dos dois lado) =
1,81 kcal/h.m.°C

A = 7,98 x 3,0 = 23,94 m²

Δte = diferença de temperatura equivalente.


necessário latitude 0° corrigir ΔTe, estamos na
.
Cálculo da Carga Térmica
O valor de Δte é dado na tabela 19 para latitude 40° N,
em julho, que equivale a janeiro, lat. 40° S.

Corrigir por:
.
Rs
Te  Tes  b ( Tem  Tes )
Rm
Correção de Δte.

ΔTes e ΔTem deverão ser corrigidos em função


da amplitude diária e da diferença corrigidos (Tex –
Tin) as 15:00 horas – tabela 20A
Cálculo da Carga Térmica
Para (Tex – Tin) = 36 – 24 = 12 °C
ΔTdia = 12 °C

Da tabela 20a:

É corrigido para ΔTes ou ΔTem = +3,3 °C

ΔTem

Fachada Oeste (Lat. Sul) = Fachada Leste (Lat. Norte)


Hora de projeto: 16 hs
Peso da parede: 200 kg/m² (tijolo furado 10 cm)
Cálculo da Carga Térmica
ΔTe = 10,29 °C

Q3 = 1,81 x 23,94 x 10,29

Q3 = 445,88 kcal/h
Cálculo da Carga Térmica

3.4 – Insolação e transmissão de calor através do


telhado

Q4 = U.A.ΔTe

U = (telhado com laje de concreto e telhas cerâmicas)


1,81 kcal/h.m.°C
A = 20,64 m²
ΔTe = diferença de temperatura equivalente.
Necessário corrigir ΔTe, estamos na
latitude 0°.
Cálculo da Carga Térmica

Para (Tex – Tin) = 36 – 24 = 12 °C


ΔTdia = 12 °C

É corrigido para ΔTes ou ΔTem igual a: 3,3 °C

Fachada Oeste (Lat. Sul) = Fachada Leste (Lat. Norte)


ΔTem Hora de projeto
Peso do telhado: 200 Kg/m²
Cálculo da Carga Térmica
Para 16:00 horas:

ΔTem = 22,8 °C e ΔTes = 6,7 °C ,


corrigidos:

ΔTem = 22,8 + 3,3 = 26,1 °C

ΔTes = 6,7 + 3,3 = 10 °C

Rs = Pico de radiação para a fachada oeste, 0° em 22


de setembro = 452 kcal/hm²

Rm = Pico de radiação para a fachada oeste, 40° em


janeiro = 339 x 1,07 = 362 kcal/hm²
Cálculo da Carga Térmica
a = 3,3 °C

Rs
(Te )  (Te ) s  b (Te ) m  (Te ) s 
Rm

ΔTe = 24,69 °C

Q4 = 1,81 x 20,64 x 24,69

Q’ = 922,37 kcal/h
Cálculo da Carga Térmica

3.5 – Total insolação e transmissão de calor através da


parede oeste.

Qi = Q1 + Q2 + Q3 + Q4

Qi = 467,38 + 135, 0 +445,88 +922,37

Qi = 1970,63 kcal/h
Cálculo da Carga Térmica

4.0 – Transmissão de calor através de paredes


internas

4.1 – paredes internas

Q5 = U.A.(Text – Tint)

U = 1,81 kcal/hm.°C
A = 8,56 x 3,0 = 25,68

Q5 = 1,81 x 25,68 x (36 – 24)

Q5 = 557,76 kcal/h
Cálculo da Carga Térmica

4.0 – Cargas internas

4.1 – Iluminação

A = 20,64 m²
Taxa de iluminação: 20,0 W/m²

Q6 = 1,25 x20,64 x 20 x 0,86

Q6 = 443,75 kcal/h
Cálculo da Carga Térmica

4.2 – Equipamentos elétricos

Carga estimada: = 500 W

Q7 = 500 x 0,86

Q7 = 430 kcal/h
Cálculo da Carga Térmica

4.3 – Ocupantes

Número de pessoas: 8,0

Calor sensível liberado: 61 kcal/h (pessoa)

Calor sensível latente liberado: 52 kcal/h /


(pessoa)

Qs = 8 x 61 = 488 kcal/h

Ql = 8 x 52 = 416 kcal/h
Cálculo da Carga Térmica

5.0 - Carga térmica interna do ambiente

5.1 - Carga térmica sensível:

Q = Q1 + Q2 + Q3 + Q4 + Q5 + Q6 + Q7 + Q8 +Qs

Q = 467,38 + 135 + 445,88 + 922,37 + 557,76 +443,78+


430 + 488

Qst = 3.890,17 kcal/h


Cálculo da Carga Térmica

5.0 - Carga térmica interna do ambiente

5.2 - Carga térmica latente:

Qsl = 416 kcal/h


Cálculo da Carga Térmica

6.0 - Cálculo da capacidade frigorífica do ar


condicionado

6.1 Condições exteriores (16:00 horas): BS = 36 °C


BU = 27,5 °C)

Wext = 19,25 g/kg = 0,0190 kg/kg

6.2 Condições interiores (16:00 horas): BS = 14 °C


UR = 55%
Wint = 11,10 g/kg = 0,1010 kg/kg
Cálculo da Carga Térmica

6.3 Vazão de ar exterior:

Taxa de renovação de ar: 27 m³/h / pessoa

Vext = 8 x 27 m³/h = 216 m³/h


Cálculo da Carga Térmica

6.4 - Calor sensível efetivo do recinto

Qsef = 1,10 x Qsi + Vest.ρar .cp,ar.hlv (Text – Tint).b

Qsef = 1,10 x 3.890,17 + 1.06 . 108 . 0,24 (36 – 24).0,2

Qsef = 4279,18 + 76,93

Qsef = 4356,11 kcal/h


Cálculo da Carga Térmica

6.5 - Calor latente efetivo do recinto

Qlet = 1,05 x Qsl + Vest.ρar .cp,ar.hlv (Wext – WTint).b

Qlet = 1,05 x 416 + 108 .1.06.595 (0,0190 – 0,0101).0,2

Qsef = 558, 04 kcal/h


Cálculo da Carga Térmica

6.6- Fator de calor sensível do recinto

calor sensivel efetivo


fcs ef 
calor tota l efetivo
3.609,30
= 0,91
3.609,30  341,00
Cálculo da Carga Térmica

6.7- Potência do condicionador


Qo = Qtef + (1 – b). Vest.ρar .cp,ar.hlv (Text – Tint) +
+ (1- b). Vest.ρar .cp,ar.hlv (Wext – WTint).

Qo = 4356,11+ 558,04 + 0,8.108.1,06.0,24.(36 – 24)


+ 0,8.108.1,06.595 (0.01925 – 0,0101)

Qo = 5.694,88 Kcal/h = 1,88 TR

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